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Minha formação antroposófica me tornou muito criterioso com certos acontecimentos atuais, receoso e
incontestavelmente chato. Procuro não ser fanático, radical aos princípios a mim passados na infância,
porém, não consigo calar-me, perante esse apego à matéria, deixando para trás o invisível, o imaginário,
o inexistente nessa nossa dimensão… o espiritual e o intocável – estamos fechando todos os portais. E
olha que não falo só da Disney. Falo também de jogos virtuais, novelas ou desenhos animados para
crianças, em que se criam um mundo pré-fabricado, pré-concebido e imaginado ao consumismo, onde
nos tornamos felizes se fomos, se vimos ou se temos.
Quanto ao jogo da moda Pokémon Go, prefiro e não entrarei na discussão se mapeiam ou não nossas
casas, nossas vidas, invadindo de forma sorrateira nossa privacidade; quando o mérito em questão é
muito mais profundo pois, penetram, arrastam a nossa alma, a nossa imaginação e mapeiam, conduzem
os nossos pensamentos. Isso é irreversível, incontestável e absolutamente letal ao pensamento livre… E
tornamo-nos cada vez mais materialistas em um mundo capitalista. Não há nada melhor para o
capitalismo que crianças materialistas.
E estamos fugindo cada dia mais do natural, vivemos em uma época antinaturalista. Nossas crianças
provavelmente nunca viram o nascer da lua, ou do sol, não sabem identificar os planetas do sistema
solar no céu e provavelmente nem que o sol se põe a oeste. Não sabem, também, identificar o canto de
um trinca-ferro ou de uma sabiá, desconhecem o azul do azulão ou do sanhaço, nunca viram um bem-te-
vi. Estão preocupadas demais com suas atividades virtuais, para perceber os fenômenos que nos cercam.
Quantas já tomaram um simples banho de chuva? Quantas sabem reconhecer o cheiro da chuva, o vento
de chuva?
E a cada dia mais inserimos os nossos filhos em bolhas, colocamo-los nos carros, em nossa garagem
coberta e os levamos até a porta da escola, onde por uma passarela coberta, entram em uma sala de aula,
climatizada, assim como sua casa e seu carro. Fazem atividades físicas em ginásios cobertos e nadam em
piscinas climatizadas; realizam compras no shopping e consomem comidas de fast food. E assim,
vamos perdendo o contato com a natureza, não existem mais dias de chuva, a não ser o trânsito nas
grandes metrópoles, também não existem mais dia nem noite, tornamo-nos donos da natureza. Pelo
amor de Deus… A que ponto chegamos? Acabamos com o mundo imaginário. E em um discurso doido,
de liberdade individual, colocamos nossas crianças em uma situação ridícula de escolher o gênero,
sendo que não podem escolher seus próprios pensamentos, pois esses são condicionados por valores
puramente materiais, ditados não sabemos por quem e nem o porquê…
https://falandosobrewaldorf.wordpress.com/2016/08/25/consumismo-a-que-ponto-chegamos/ 1/3
13/04/2021 Consumismo: a que ponto chegamos? – Falando sobre Waldorf
*Alex Palermo Ramos, 44 anos. Arquiteto e Urbanista, mora em Indaiatuba, é pai de Francesco e Gioconda e
marido da Monica.
Sobre a Aracê
A escola associativa Aracê Indaiatuba, baseada na Pedagogia Waldorf, atende a crianças de 1 ano (que
estejam já andando) a 6 anos em dois períodos de permanência: manhã (8h às 12h30) ou tarde (13h15 às
17h45).
escolaarace@associacaoesperanto.com.br
A Associação Esperanto mantém grupo de estudo sobre Antroposofia e Pedagogia Waldorf em página
privada no Facebook e em reuniões presenciais. Trabalha na administração e manutenção da Aracê
Indaiatuba – SP. Para participar ou obter mais informações, contate o e-
mail: pedagogico@associacaoesperanto.com.br
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13/04/2021 Consumismo: a que ponto chegamos? – Falando sobre Waldorf
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