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às pessoas, as pessoas
se dedicam a você.
Sofia Esteves
4
Abstract
AX Sofia Esteves é um dignificante exemplo de
superação. Desde quando foi desvalorizada
em um emprego e começou a trabalhar em
um “banheiro” reformado, ganhando menos
do que um salário mínimo, até a fundação
de uma das maiores consultorias de Recursos
Humanos do país, ela sempre encarou a vida de
frente, e não fugiu dos desafios que apareceram.
(01)
Mas, mesmo com uma situação financeira frágil, seus pais batalhavam dia a dia para
dar educação aos filhos.
A empreendedora cresceu observando a luta dos pais para tocar, inicialmente, uma
carrocinha que vendia miúdos pelo bairro, e, depois, um açougue na região.
Ela lembra que eles sempre buscaram tirar os filhos da zona de conforto. “Meus pais
sempre nos ensinaram que teríamos de batalhar por cada objetivo.”
Depois, fez um curso técnico na área de arquitetura e foi trabalhar em uma loja de
móveis perto de casa.
No final da faculdade, Sofia não havia feito um estágio em sua área de formação.
Mesmo assim, Sofia resolveu “dar a cara para bater” após ver o anúncio de uma vaga em
uma dessas consultorias no jornal.
7
“Liguei dizendo: ‘olha, tenho 24 anos e um alto potencial. Não querem me ajudar a
começar?’ A recepcionista que me atendeu riu e passou para o diretor, que riu também
e disse: ‘qual a sua pretensão salarial?’ Eu disse: ‘estou quase pagando para quem me
deixar começar.’.” A entrevista com a jovem candidata foi marcada.
Chegando no escritório, Sofia tomou um “chá de cadeira” de uma hora e meia. “Me
senti desrespeitada”. Quando o diretor finalmente apareceu, foi logo dizendo: “Olha,
acabamos de contratar uma psicóloga formada pela USP com experiência de cinco
anos”.
Sofia não deixou barato. “Que bom que encontraram a pessoa certa. Não tenho mais
tempo a perder aqui. Quero trabalhar.”
O diretor, então, pensou duas vezes e fez uma proposta. “Olha, já que você diz que tem
esse talento todo, você entra na empresa como assistente. Mas, se não se desenvolver
em três meses, vai ser uma ‘assistentezinha’.” O pagamento? Menor do que um salário
mínimo na época. Sua sala? Um banheiro “reformado”.
O sangue de Sofia “ferveu”, mas ela resolveu encarar a proposta como um desafio. “Ele
me desvalorizou. Mas resolvi lutar e mostrar do que era capaz. Em 15 dias, já era uma
consultora, e, depois de um ano, já havia me tornado gerente da área, e estava abrindo
uma unidade de negócios para eles.”
Sofia continuou na empresa até que resolveu buscar uma outra oportunidade
profissional, em uma empresa de recolocação de executivos.
Depois de seis meses, viu-se diante de um dilema ético. “Os diretores queriam que
eu tomasse uma atitude com relação a um fornecedor que não era de ganha-ganha.
Insisti que não iria fazer, mas o diretor colocou sua autoridade na mesa. Resolvi pedir
demissão. Aquilo ia contra os meus valores.”
Sem emprego, ela conheceu uma psicóloga que propôs que alugasse uma sala de
sua clínica. Quase ao mesmo tempo, recebeu a ligação de um diretor de uma grande
empresa, cliente na sua antiga consultoria.
9
“Ele me disse que queria passar um projeto para mim depois de descobrir que havia
saído da empresa. Rebati: só tenho dois anos de experiência. Acho melhor passar para
a empresa. Ele então me disse que gostava do jeito que eu pensava a área de recursos
humanos, e me aconselhou: ‘abra o seu negócio que você vai ter sucesso, menina.’.”
Sofia continuou na empresa até que resolveu buscar uma outra oportunidade
profissional, em uma empresa de recolocação de executivos.
Depois de seis meses, viu-se diante de um dilema ético. “Os diretores queriam que
eu tomasse uma atitude com relação a um fornecedor que não era de ganha-ganha.
Insisti que não iria fazer, mas o diretor colocou sua autoridade na mesa. Resolvi pedir
demissão. Aquilo ia contra os meus valores.”
Sem emprego, ela conheceu uma psicóloga que propôs que alugasse uma sala de
sua clínica. Quase ao mesmo tempo, recebeu a ligação de um diretor de uma grande
empresa, cliente na sua antiga consultoria.
“Ele me disse que queria passar um projeto para mim depois de descobrir que havia
saído da empresa. Rebati: só tenho dois anos de experiência. Acho melhor passar para
a empresa. Ele então me disse que gostava do jeito que eu pensava a área de recursos
humanos, e me aconselhou: ‘abra o seu negócio que você vai ter sucesso, menina.’.”
10
O início
Sofia pensou que inicialmente trabalharia como uma profissional autônoma.
“Por absoluta necessidade de sobrevivência, aluguei a sala da psicóloga, comprei uma
mesa e três cadeiras por cerca de mil reais na época, que era o que eu tinha, e aluguei
uma máquina elétrica, pois não conseguia comprar uma. Só fiz isso porque o projeto
daria para pagar ao menos o primeiro aluguel.”
Ela conta que, em janeiro de 1988, teve 15 dias para criar uma metodologia própria na
qual acreditava, ouvindo diversos profissionais do mercado.
Logo um projeto puxou o outro. “Foi tudo no boca a boca.” Sofia resolveu, então,
seguir o conselho do cliente. “Pedi ajuda para mentores sobre como abrir uma empresa,
e criei a Decision Making, que depois virou a DM”.
Depois de seis meses, a empreendedora alugou seu primeiro escritório, e tinha uma
pequena equipe, de cinco pessoas. Não demorou muito para enfrentar sua primeira
crise: o confisco da poupança realizado pelo então presidente Fernando Collor.
Para ter esse grau de engajamento de seus funcionários, foi necessário dar muita
autonomia, confiar no trabalho deles, e sempre tratá-los como sócios. “Sempre busquei
fazer quatro reuniões no ano, nas quais compartilho os resultados da empresa e sua
situação real. Não por acaso, quem esteve comigo no início se tornou, efetivamente,
sócio com o tempo. Todo mundo sempre soube qual era meu salário e quanto a
empresa faturava.”
Até que, um dia, recebeu a ligação de um diretor da então Gessy Lever, agora Unilever.
A divisão somente deu lucro para o grupo depois de 13 anos. O importante, conta
Sofia, era que o grupo fechasse no azul neste período. “Quando a divisão se tornou
conhecida até em países vizinhos, percebi que não há dinheiro melhor do que aquele
que você coloca no que acredita.”
12
O sucesso
Com mais de 100 funcionários e presença em vários países, a DMRH já tem mais de
30 anos. No portfólio, grandes clientes, inclusive a Unilever, que são fiéis à consultoria
há mais de duas décadas.
Olhando sua trajetória, Sofia conta que nunca parou para pensar muito em
empreender, e nem percebia os riscos que corria quando montava o negócio.
“Por necessidade, eu ia fazendo, seguindo uma intuição, sempre buscando fazer bem
feito. Acho que faz parte de um perfil: tem muita gente com história similar à minha
que, frente a uma dificuldade, para e se engessa.”
O que fez diferença, conta, foi a visão de mudar o que se praticava na área. “Quando
comecei, só existiam consultorias internacionais que faziam processos seletivos
enlatados, que não levavam em consideração os valores, a cultura e o perfil emocional
do brasileiro.”
Apesar do crescimento rápido, Sofia conta que ele poderia ter sido ainda mais
acelerado. Precauções para evitar que o negócio saísse do seu controle diminuíram o
ritmo do crescimento, mas tornaram o negócio mais sólido.
Seus pais foram roubados por sócios e contadores mais de uma vez, e ela nunca assumiu
dívidas ou empréstimos sem a certeza de que poderia pagar, dando um passo por vez.
13
A sinceridade com colaboradores, humildade de pedir ajuda a profissionais experientes,
e o fato de sempre pagar funcionários e fornecedores em dia também foram decisivos
no caminho para o sucesso do negócio.
“No aluguel do meu primeiro escritório, não tinha como pagar uma arquiteta. Mas ela
me disse que eu estava sendo tão corajosa que poderia pagar depois. Confiou em mim,
pois fui muito transparente.”
O cuidado com os candidatos também sempre marcou o seu negócio. “Quem paga
minhas contas são as empresas que contratam, meus clientes, mas sempre expliquei
para eles que não poderia colocar os candidatos em uma fria. Precisava, portanto, de
informações completas sobre os processos seletivos.”
Preocupada em tornar o mercado de trabalho mais acessível, Sofia conta que levou uma
década para mudar a mentalidade de clientes sobre o perfil almejado dos candidatos.
“Expliquei que talento não é sinônimo de uma boa escola e nem significa ter fluência
em uma língua estrangeira. Dessa forma, acredito que se criam feudos, com cabeças
pensando sempre igual.
121
As competências e profissões do futuro para o
mercado de trabalho
138 REFERÊNCIAS
20
Recepcionista,
vendedora,
psicóloga...
e um escritório
em banhei ro
desativado
21
Sofia Esteves é filha de um casal de imigrantes, caçula de três irmãos, e nasceu em Ita-
quera, onde viveu uma infância feliz.
Filha de pai português e mãe italiana, Sofia teve uma educação rígida para encarar a
vida de frente com os sábios ensinamentos dos pais. Esse foi um forte legado que Sofia
recebeu.
Sofia Esteves: “Tem uma frase que eles me falavam muito, talvez o que pautou todas as
decisões da minha vida, da minha conduta:
Aos 4 anos, Sofia começou a vislumbrar o seu sonho de vida: ter um orfanato para
crianças e pessoas que precisassem de ajuda, e se planejou para realizar seu ideal.
Mas a realidade era diferente do sonho: Sofia precisava ganhar dinheiro para ajudar a
pagar a faculdade.
Sofia teve uma rápida ascensão profissional: com vinte dias já era consultora, e preci-
sava de um espaço para receber os candidatos: improvisou um escritório em um ba-
nheiro desativado.
Sofia Esteves: “Eu coloquei uma placa em cima da banheira, uma samam-
baia na frente de um vitrô, e, para esconder os registros, eu
colocava pastas poliondas verdes. Coloquei uma armário
suspenso dentro do box, e desenhei um armário para es-
conder a descarga. A mesa era de datilografia, bem peque-
na, e foi lá que eu comecei como Consultora, atendendo
profissionais. Eu tenho muita gratidão a esse banheiro e à
Manager por ter me deixado começar lá.”
24
Um pedido
de demissão
na véspera
do Natal
e um projeto
caindo no colo...
25
Sofia Esteves: “Eu recebi um convite de uma consultoria que fazia seleção de executi-
vos, e eu fui ser gestora dessa divisão de negócios. Fiquei nessa empresa por oito meses.
Aprendi muito fazendo recrutamento, até que um dia um dos sócios me chamou
para fazer um trabalho que não batia com os meus valores. Então, pedi demissão na
véspera do Natal.”
Era Ano Novo de 1988, e outros planos estavam sendo traçados. Sofia foi convidada a
conhecer uma clínica de psicologia no bairro do Pacaembu, em São Paulo.
Reflexões
no talk show
com Sandro
Magaldi (08)
...
aquecendo
os músculos...
28
Sandro: Quais são as principais lembranças da sua infância?
Sofia: Na hora que você passa é muito duro, mas eu sou muito
grata que isso tenha me acontecido; eu desenvolvi resistên-
cia à frustração.
Com a alma
DM nasce,
talentosamente,
a Cia. de
Talentos!
35
Quando começou a trabalhar, ganhando menos do que um salário mínimo, Sofia não
sabia como funcionava uma consultoria de RH.
Da mesma forma, quando iniciou seu próprio negócio, ela também não sabia como
era ser empresária.
Segundo round
de talk show
com Sandro
Magaldi (08)
...
entrando
no ringue...
40
Sandro: Como que foi o convite da empresa do headhunter?
Sofia: Acho que o Walcyr nunca soube disso, mas eu fui tremen-
do de medo. Eu achava que ele queria conversar sobre re-
crutamento, mas ele queria saber do programa voluntário
nas universidades. Então, ele me disse que tinha um pro-
grama de trainees desde 1964, mas queriam terceirizar o
processo seletivo, e não existia consultoria no Brasil que
fizesse o trabalho.
“Você quer fazer pra gente?” Eu disse que sim, mas o que é
trainee? Ele riu, me explicou, e disse que eu já estava em
contato com jovens, que eu era especialista em seleção, e
que iria me ensinar a metodologia que eles usavam, e va-
mos ver o que dá. Eu não sabia nem como cobrar aquele
trabalho e nem como começar. Eles me disseram que tinha
que fazer dinâmica de grupo, e lá vou eu pesquisar como se
faz. No ano seguinte, o Citibank soube que a
Unilever tinha terceirizado comigo, e me chamou para rea-
lizar o mesmo trabalho lá. Agora, com a Sula Vasconcelos,
que eu conheci, e, dois anos depois, montamos a Cia. De
Talentos.
Sandro: Quando você assume esse job poderia ter colocado todo o
seu trabalho em cheque, né?
44
Sofia: Eu pensava nisso muitas vezes, e, de fato, durante 13 anos
ele deu prejuízo.
Sandro: Você cria a Cia. de Talentos, e ela deu prejuízo por 13 anos?
Sofia: Eu tive que investir dinheiro nele porque ele não se susten-
tava: o valor que a gente cobrava não cobria o custo com o
número de candidatos que passavam pelo processo. No
primeiro ano, foram 2.345 fichas de inscrição para o Pro-
grama Unilever, e eu lia pessoalmente cada uma delas. O
Processo de seleção consumia dias e dias de dinâmica, uma
operação cara, e eu tive que começar a contratar pessoas
para poder dar conta. Não se pagava, mas eu era apaixo-
nada.
The women
entrepreneurs'
power (02)
Empreender é sonhar.
“Mulheres empreendem por idéias.”
“O poder de mudar a história – isso é coisa de mulher” – Luisa Mahin. (09)
Mulheres são movidas por ideais, não por dinheiro ou por poder;
isso motiva ainda mais a mulher ser empreendedora.
Como elas empreendem:
Capacidades:
RESILIÊNCIA; PERSEVERANÇA;
FORÇA; PROPÓSITO.;
Mulheres
empreendem
mais do que
os homens
e ganham menos,
diz pesquisa (10)
48
O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) revelou que as
mulheres ganham 22% a menos do que os homens.
“Neste cenário, a mulher assume diversos compromissos e papéis, e, pelo que acompa-
nho de muitas empreendedoras, na maioria das vezes não há incentivo e apoio das pes-
soas mais próximas, principalmente de seus familiares, que não acreditam ser possível
obter sucesso com o tipo de negócio que elas desejam iniciar”, diz Rita.
49
A arquiteta Lívia Quintella possui um escritório que leva o seu nome há seis anos; ela
sempre teve um sonho de construir o próprio negócio logo após a faculdade, e nunca
teve dúvidas sobre isso.
O apoio dos pais financeiramente e emocionalmente foi muito importante para ala-
vancar a sua carreira.
Passou a vida vendo o pai conduzindo uma empresa de engenharia, e se inspirou para
seguir os passos de ser uma empresária na área de arquitetura e urbanismo.
Lívia também conta que a sua maior dificuldade no início do trabalho foi capacitar
clientes e fazer com que eles ficassem satisfeitos para que a indicasse para outros clien-
tes, e que hoje em dia a maior dificuldade é a administração e conciliação das ativida-
des. Hoje, Lívia não precisa mais da ajuda dos pais, e tem três funcionárias.
E isso foi motivo o suficiente para buscar encarar o desafio e buscar o trabalho próprio.
Pesquisar, estudar, criar técnicas com protocolos exclusivos, fazer cursos nacionais e
internacionais foram essenciais para carreira deslanchar.
50
“Queria algo singular, intimista, mas com muito profissionalismo e amor”, declara
Danielle.
E foi assim que começou a se especializar na área de estética. Iniciou um estúdio es-
pecializado em sobrancelhas, onde atendia e administrava; com o passar do tempo, o
negócio foi crescendo, e outros profissionais surgiram para formar parcerias. Hoje,
o Studio Furtado tem seis anos de existência, e está consolidado e reconhecido pelo
bairro da Freguesia, Zona Oeste do Rio de Janeiro, e também ministra diversos cursos.
Danielle contou com o apoio do seu avô para ter êxito na montagem do Studio: “Ele
é falecido, sinto muita falta dele por vários motivos, e sou muito grata a ele, pois sem
ele não teria conseguido chegar aonde cheguei. E sei que até hoje ele me protege, me
incentiva e me abençoa”.
Conciliar o lado empreendedora com o lado mãe é um dos maiores desafios que Da-
nielle enfrenta: “Ser mãe demanda muita atenção, educação e muito carinho. Já me
senti muito culpada, e ainda me sinto às vezes; hoje, com a segunda gestação, fico bem
cansada fisicamente, mas quando vejo o que já proporcionei e o que posso proporcio-
nar a eles, me dá mais força para crescer cada dia mais.
“Sempre amei essa área. Lembro que muitas vezes meu namorado brigava comigo por
ficar horas escutando minhas amigas, sempre tentando ajudar a resolver seus proble-
mas; sempre gostei de promover as pessoas”, conta.
Se formou em física quântica, coaching, buscou técnicas na Alemanha e Estados Uni-
51
dos, e atualmente cursa psicologia. O medo de fracassar foi o maior desafio que Ivana
enfrentou, mas ela encontrou o apoio de seu marido e de seus familiares, que sempre
estiveram ao seu lado, e sempre ajudaram no que foi preciso.
Recrutando,
selecionando...
fazendo
a diferença! (03)
Especificidade;
Tempo;
Confidencialidade;
Sua marca;
Localização;
Networking;
Consultoria de recrutamento;
Mídias Sociais;
Anúncios; e
Empresas de outplacement.
54
Candidatos: é preciso filtrar por habilidades específicas, histórico profissional, e tria-
gem telefônica, até chegar nos finalistas.
Perguntas:
• Sucesso e insucesso;
• Resultados obtidos;
• Motivações de carreira;
• Momento pessoal;
O carinho
transcende
o processo...
a Sofia
parece
onipresente!
56
José Augusto Minarelli – fundador da Lens e Mina-
relli: “Networking é algo genuíno de interesse por
pessoas, uma atitude que produz benefícios de toda
a natureza. A Sofia tem a coisa de criar vínculo: isso
é uma coisa cativante, porque quebra o gelo, ela se
aproxima das pessoas. Quando a gente se relaciona
bem, vamos descobrindo interesses e afinidades, e
vamos colocando essas informações na memória e
no coração. No caso da Sofia, ela conquista o cora-
ção das pessoas. Para fazer negócios, precisamos de
relacionamentos que aproximam, que geram con-
fiança e oportunidade de realizar uma proposta.”
Valéria Djehdian – amiga: “A Sofia é muito preocupada com todo mundo, afetiva, carinhosa,
e ela era muito batalhadora, sempre levava as coisas muito a sério.”
57
Lara Prado – sócia no grupo DMRH: “A Sofia é
tudo junto e misturado: é amiga sempre, olha para
as pessoas como um todo, e realmente se aproxima.
Várias vezes ela conhece a pessoa e, no mesmo dia,
já está conversando sobre infância, família, histórias
de vida.”
Tercei ro
round de
talk show
com Sandro
Magaldi ...
(08)
participando
da luta...
59
Sandro: O serviço voluntário na Febem (Fundação Estadual para o
Bem Estar do Menor) foi durante a faculdade; como foi
essa experiência?
Sofia: A Febem foi muito importante para mim, pois foi vivên-
cia prática durante meu estágio! Lá estava o meu “órfão”,
porém, criança abandonada! Então, eu já sabia o que eu
não queria para o meu orfanato! Eu queria um lar, uma
casa, onde as pessoas tivessem quartos, apoio. Foi muito
importante.
Sofia: No momento de choro, sim, mas era mais forte do que eu!
As decepções vêm, mas é preciso ir em frente. Momentos
de raiva, mas é aprendizado. Em momentos de dor, você
evolui.
Networking:
construção
de relações 04
Mercado de trabalho é um lugar cheio de riscos e oportunidades.
O cultivo do relacionamento é importante para você ter crédito, recuperar o seu capi-
tal social e, principalmente, ter formas de acesso para achar essas pessoas.
Tenha sempre o contato, com o velho cartão de visita, por exemplo, e-mail, celular e
mídias sociais.
COISA:
- Conselhos
- Orientações
- Informações
- Sugestões
- Apresentação
Muitas vezes elas são utilizadas para descrever a relação de confiança que uma pessoa
tem com a outra, que pode ser tanto profissional quanto pessoal.
"Somos um pouco
de todo mundo!"
63
Todos nós exercemos influência naqueles que estão à nossa volta e vice-versa. O círculo
com o qual nos relacionamos revela muito de nós e de nossa personalidade.
Estar ao lado de alguém que quer fazer diferente, que é curioso, instigante, e tem valo-
res e princípios concretos, como metas e objetivos claros, é muito importante, porque
gera uma sensação de admiração e respeito que faz com que tenhamos vontade de ser
como essa pessoa.
O Netweaving
tornou o
Networking
obsoleto (11)
Você se relaciona bem com os outros? Como está a sua rede de contatos?
Muitas vezes, talento e habilidade têm pouco a ver com o seu sucesso, e mais a ver com
as pessoas que você conhece e que contribuem em sua jornada.
Você já sabe que se relacionar bem com as pessoas e estabelecer uma rede de contatos é
essencial para se ter sucesso profissional.
Um termo bem conhecido no mundo dos negócios é o tal do networking, de que você
já deve estar cansado de ouvir falar.
Mas será que networking é a melhor maneira para se criar relações profissionais bem-
-sucedidas e de longo prazo?
Outra definição que o dicionário dá é: “A atividade de tentar conhecer pessoas que
podem ser úteis para você, principalmente no trabalho.”
Dê uma olhada nas frases. Se você pensar bem, chegará à conclusão de que, quando
você faz networking, você está se concentrando primariamente em você e nos seus inte-
resses: “O que eu posso ganhar ao me relacionar com essa pessoa?”.
O problema é que essa mentalidade não é construtiva em longo prazo e eficaz no mun-
do globalizado de hoje. Essa é uma maneira mecânica e pouco eficiente de se criar uma
rede de contatos duradoura, forte e de real valor.
67
Mas será que existe uma alternativa para o networking tradicional?
Existe. Essa alternativa se chama netweaving.
O que é netweaving?
Outro termo em inglês, netweaving é uma alternativa mais adaptada aos dias de hoje.
Net significa “rede”, enquanto weave significa “entrelaçar” ou “tecer”. Ao fazer net-
weaving, você se concentra não em o que você ganha com aquela interação, mas em o
que você pode fazer para ajudar aquela pessoa.
Um netweaver está aberto para conhecer todos os tipos de pessoas e ajudá-las de al-
guma forma. Quando você faz isso, você cria uma rede de contatos mais genuína e,
possivelmente, duradoura.
PENSAMENTO 1 PENSAMENTO 2
“O que você pode fazer por mim?” “O que eu posso fazer por você?”
Mas não confunda ser um netweaver com ser “trouxa” ou um “faz-tudo para todos” e
deixar as pessoas se aproveitarem de você.
Não estamos falando em ser ingênuo; temos sim que ser perspicazes e perceber quem
se aproxima de nós com segundas ou terceiras intenções… ou mesmo só quando ne-
cessita de algo, mas procurar exercer a ausência de julgamento quando se dá as boas-
vindas a um novo contato...
Quero deixar aqui uma dica de livro muito pertinente ao assunto: Dar e receber: uma
abordagem revolucionária sobre sucesso, generosidade e influência, de Adam Grant. (12)
69
O Netweaving e sua Marca Pessoal
Pense bem: no processo de desenvolvimento de sua marca pessoal, você precisa ser
genuíno. Você identifica os seus valores pessoais, sua motivação, suas habilidades, sua
oferta, seu propósito, seus diferenciais, e os comunica para o seu público-alvo.
O mesmo princípio é válido para a sua rede de contatos: é de você para eles e não deles
para você.
Em vez de ser uma pessoa “interesseira”, que tal ser uma pessoa “interessante”?
Ao fazer netweaving, você se apresenta para as pessoas como alguém que realmente
quer criar conexões verdadeiras, ofertar valor mesmo sem esperar pelo retorno imedia-
to, e desenvolver relações duradouras.
Se você se tornar um bom netweaver, a sua marca pessoal só vai ficar mais forte e apa-
rente para seu mercado alvo.
70
Reciprocidade é muito importante
Seja uma informação que você dá, um contato de alguém que você conhece que pode
ajudar a outra pessoa, ou algum material que você compartilha, os seus relacionamen-
tos são baseados em reciprocidade.
Se você tomar a iniciativa e ajudar os outros sem esperar nada em troca no curto prazo,
as pessoas irão naturalmente se sentir mais propensas a te ajudar quando você precisar;
é como uma dívida moral.
Se você se concentrar em agregar valor primeiro, você terá resultados, não se preocupe.
Aqui vão algumas dicas de como você pode usar o netweaving para
fortalecer a sua marca pessoal:
Seja presente
O que isso quer dizer é o seguinte: toda vez que você estiver conversando com alguém,
concentre a sua atenção na pessoa com quem você está conversando.
Faça a pessoa sentir que ela é o ser mais importante do mundo naquele momento. Dê
110% da sua atenção para a outra pessoa, e você estará no caminho certo para se tornar
um excelente netweaver.
Esteja atento(a) à linguagem corporal, e nada de diálogos internos em sua cabeça, tam-
pouco interrompa a pessoa diante de você já com conclusões ou respostas, o que pode
demonstrar falta de respeito e desinteresse.
A qualidade das suas conversas está diretamente ligada à qualidade das suas perguntas.
Perguntas como “O que você acha sobre…”, “Como você se sentiu quando…”, e “O
que você deseja conquistar daqui a “x” anos” são alguns exemplos de boas perguntas
abertas.
Terceiro, repita o que a pessoa te diz de vez quando, para ter certeza de que você en-
tendeu. Isso mostra que você está realmente interessado no que o outro tem a dizer.
No fim das contas, você precisa gerar uma relação de confiança com as pessoas. Uma
relação de confiança é a chave para bons negócios, boas indicações, bons clientes, e até
mesmo (ou principalmente) boas amizades.
Uma relação de confiança com a sua rede de contatos também vai fortalecer a sua
marca pessoal ainda mais.
73
Gestão do
tempo o tempo
todo: só com
disciplina
para fazer tudo
o que é preciso
74
Um dos grandes desafios do empresário é o tempo. Tempo de se dedicar.
Sofia: “Você tem que ter olho no que o teu cliente está fazen-
do, olho no mercado, olho na economia, sempre atento a
tudo, porque, de uma hora para a outra, as coisas podem
mudar; acho que é o maior desafio do empreendedor,
tudo tem um preço na vida.”
Hoje com a empresa mais estabilizada, com 5 sócios e quase 200 funcionários, Sofia
não ocupa mais a função de executiva na empresa. Para isso, teve o cuidado de procu-
rar pessoas com os mesmo objetivos e propósitos.
76
Sofia: “Se cercar de pessoas que pensem ou sejam complementa-
res a você, que tenham valores iguais, mas que tenham ca-
racterísticas diferentes, com competências diferentes para
poder somar e fazer um bom trabalho: isso permite que
eu me envolva nas questões da mulher, porque tem muito
mais aquela fala de o mundo ser machista, e eu, de verda-
de, não acho que é isso; eu acho que a mulher não cresce
mais na carreira porque ela não quer, porque, quando ela
está disposta a juntar todos os papéis que são importantes,
ela vai e faz e acabou. Mas vivemos em uma sociedade que
aceita muito mais a mulher parar de trabalhar para ser mãe;
vai um homem parar de trabalhar para ser pai?
Tempo:
gestão para a
produtivi dade (05)
Conceito de tempo
1 Você usa tempo demais para o trabalho, deixando para lá outras tarefas
que gostaria de fazer, como dormir ou apenas assistir a um bom filme?
4 Para você, todos os dias do ano são para trabalhar? Pois sempre tem que
estar fazendo algo produtivo?
5 Você usa com frequência a frase “tenho tido muito trabalho para fazer,
não paro”?
6 Quando um novo dia começa você pensa “tenho tanto para fazer que
nem sei por onde começar”?
79
Sofia: “Eu sou bastante disciplinada. Faço o possível para conse-
guir fazer tudo, e priorizo o que é mais importante”.
Procrastinação: deixar para depois é um hábito que tem na sua base condições gerais
do ser humano e sua formação.
Quão consciente você está das implicações (ônus e bônus) que trazem consigo?
Como as escolhas que você tem feito estão conectadas com a sua gestão do tempo?
Matriz de decisão
- Importantes: crises;
- Não Importantes: interrupções (urgentes) e distrações (não urgentes).
81
Complementando:
oito estratégias
para uma gestão
do tempo eficaz (13)
82
Quantas vezes você já se sentiu frustrado ao fim de um dia de trabalho porque não
conseguiu dar conta do que havia planejado entregar? Essa é, de fato, uma sensação
incômoda, especialmente porque ela revela a sua dificuldade em se manter produtivo
e cumprir o que estava previsto para aquele dia.
Normalmente, é nesses momentos que você pensa: “Ah, se meu dia tivesse mais de 24
horas...” Definitivamente, essa não é a solução. Até mesmo porque quanto mais tem-
po temos, maior o número de tarefas que são solicitadas e incluídas na pauta.
Além disso, não adiantaria ter 36 horas e continuar gerenciando as suas atividades e o
seu tempo da mesma forma.
Pode não parecer, mas se o tempo corre entre os nossos dedos, temos que fazer um
mea-culpa. Isso porque a origem da dificuldade de gerenciar o tempo reside em aspec-
tos como a desorganização e a falta de foco. Ou seja, os nós da produtividade começam
a surgir por conta de hábitos pouco saudáveis que insistimos em manter.
A boa notícia é que dá para fazer diferente. Uma gestão do tempo eficaz está ao alcance
de todos. O primeiro passo é reconhecer os possíveis gargalos da sua rotina e, depois,
pensar em como se reorganizar para fazer um uso inteligente da sua carga horária de
trabalho.
Benefícios de uma gestão do tempo eficaz
83
Um dos maiores benefícios de se fazer uma gestão do tempo adequada é conquistar
uma rotina mais leve, que deixa você mais tranquilo e confiante.
Além disso, as pessoas que convivem com você – seja no trabalho, seja em casa – tam-
bém sentem a diferença.
1
Tudo sob controle: com uma gestão do tempo adequada, você consegue
acompanhar a sua agenda e ter muito mais visibilidade sobre as tarefas
que estão na sua pauta. Ao seu organizar e prever a execução das ativida-
des que lhe foram atribuídas, você reduz muito as chances de atrasar ou
comprometer uma entrega.
2
Aumento de produtividade: essa não é só uma vantagem, como também
é um dos principais objetivos com a gestão do tempo. A partir do mo-
mento que você sabe o que precisa ser feito e quando, torna-se muito
mais fácil gerenciar as demandas, organizando-as em sua lista de tarefas.
Ao saber o que já foi feito e o que está por vir, quando você conclui uma
tarefa, já sabe exatamente qual é a próxima, ou seja, não perde tempo se
organizando, o que diminui os níveis de ansiedade e estresse.
3
Menos retrabalho: quando você prioriza a gestão do tempo e passa se
organizar, o fluxo de trabalho funciona muito melhor, levando à dimi-
nuição de erros e de refações. Anote tudo o que for relevante, planeje as
atividades necessárias, e você verá o índice de retrabalho diminuir.
84
4
Uso inteligente do tempo: você sabe que tem um limite de horas de tra-
balho por dia, e que não é possível ir muito além disso. Se não é possível
criar mais tempo, é preciso, sim, fazer um uso mais inteligente da sua
carga horária diária. Essa é a proposta da gestão do tempo: aprender a
usar um recurso escasso para obter mais benefício e se preparar para ou-
tras oportunidades.
5
Foco no que realmente importa: com a gestão do tempo, você consegue
alocar a sua energia nas tarefas de mais impacto. Ou seja, desse modo, irá
dedicar mais horas àquilo que for realmente relevante para você e para
a empresa.
6
Menos problemas: a partir do momento que você começa a fazer a gestão
do tempo e assume o controle das suas atividades, a organização torna
tudo muito mais simples. Dificilmente você irá deixar de comparecer a
uma reunião ou esquecer um prazo se fizer uma gestão do tempo ade-
quada. Na prática, isso quer dizer que gerenciar o seu tempo evita pro-
blemas.
85
Oito estratégias para uma gestão do tempo eficaz
1. Qual a
Antes de dar início ao seu trabalho, liste as tarefas
que precisam da sua atenção, indicando a priori-
2. Aprenda
É claro que ninguém fará as coisas do mesmo
modo que você, mas isso não quer dizer que elas
a procras-
gem de e-mail e telefone, a procrastinação é uma
das principais vilãs da produtividade.
tinação
Na prática, parte do tempo que poderia ser dedi-
cado à realização de uma tarefa acaba sendo gasto
no exercício sabotador de “deixar para depois”.
Como as tarefas mais complexas e/ou menos pra-
zerosas são adiadas, outras atividades pouco (ou
nada) importantes roubam o seu precioso tempo.
Não deixe que isso aconteça!
o estresse
e delegar, por exemplo, você otimiza o seu desem-
penho e evitar qualquer tipo de desgaste. Quan-
do você conhece o seu potencial de atendimento
e aceita somente o que é capaz de dar conta com
tranquilidade, também escolhe evitar o estresse.
multitarefa
coisas ao mesmo tempo pode até pensar que ele
é muito produtivo. Na maioria das vezes, não é
não é bem assim. Isso porque, frequentemente, quem
a dizer não
que você precisa seguir à risca.
No er ro ou na
dificuldade:
"Nunca perco,
ou ganho
ou aprendo"
(Mandela)
90
Ao longo de sua trajetória, todo empreendedor passa por dificuldades.
Sofia: “Eu demorei para acreditar que a DM existia e não era uma
coisa passageira, demorei para acreditar que as pessoas es-
tavam aqui por mim e amavam o meu sonho e faziam o
meu sonho seguir adiante. Em 1990, a DM enfrentou a
primeira crise: era o confisco de verbas do governo Collor e
o desespero dos empresários com a situação econômica do
País. Dos 17 projetos em andamento, 5 conseguiram ser
entregues, e, em um só dia, 12 foram cancelados de uma
vez.
Em 2008, ela teve uma nova prova. A crise internacional bateu na porta da empresa, e
atingiu profundamente o mercado de RH. Ela já tinha mais de 100 funcionários, e o
prejuízo já havia ultrapassado 1,2 milhão de reais.
Sofia: “Eu achava que nós íamos fechar, perder tudo. Tivemos
uma reunião com a diretoria e a equipe financeira, na qual
foi dito que tínhamos que cortar 30% dos funcionários.
No final dessa reunião, eu chorava muito. Então, eu falei
que se eles tivessem coragem de demitir as pessoas que fi-
zessem, pois eu não ia fazer. Então, eles ofereceram para
cortar de 5% a 25% do salário das pessoas de coordenação,
gerência e diretoria, até o final do ano, para tentar distri-
buir os custos da empresa.”
• “Não ter estudado inglês; não tenho inglês fluente, uma dificuldade que eu não fui
atrás. Eu não acreditava que eu era capaz de aprender, uma crença limitadora.”
• “Outro erro foi a questão de tecnologia: eu escolhi parceiros errados que não tiveram
a sensibilidade de me ajudar no que eu precisava.”
• “Também não consegui passar o que eu queria, e um erro como esse me custou mui-
to dinheiro e me atrasou na inovação de mercado.”
• “Eu tive outros erros em acreditar demais em algumas pessoas que vieram oferecer
parcerias, e elas só queriam absorver algum conhecimento que só a gente tinha.”
• “Eu cometi um erro de trazer uma pessoa para a sociedade que estava comigo havia
muitos anos, e não estava preparada com esse papel, tomando algumas atitudes não
legais. Entra a questão do timing, não tinha essa maturidade.”
95
Três fatores
cruciais para
engajar e moti-
var pessoas (06)
Engajar uma equipe e mantê-la motivada em prol dos objetivos de uma organização é
crucial para que o trabalho que levará a essas metas dê certo.
Isso, no entanto, ainda é um grande desafio para muitos empreendedores, que não
conseguem dominar completamente o modus operandi dessa atividade.
96
Entre os fatores destacados como fundamentais para que o processo de engajamento e
motivação funcione, ressaltamos três:
Antes de esperar que as pessoas se motivem, avalie o que você está fazendo para engajá-
-las em sua causa e mantê-las motivadas para suas ações. Muitos profissionais acabam
se interessando por um projeto simplesmente por acreditarem e se sentirem realizados
de trabalhar ao lado de determinados líderes.
“Deve-se conhecer a meta antes do percurso.” Esta frase, do filósofo Jean-Paul Sartre,
ressalta que ter uma rota bem definida é fundamental para envolver outras pessoas na
caminhada.
“Ninguém se envolve, ninguém se mobiliza, ninguém se mexe se não souber para onde
está indo. Quanto mais eu clareio a meta, quanto mais eu demonstro às pessoas para
onde vamos, por que vamos, e qual é o significado desse movimento, mais eu começo a
mexer com fatores intrínsecos dessas pessoas no sentido de fazer com que elas se en-
gajem.”
Outro fator crucial para engajar e motivar equipes é saber o que as pessoas consideram
importante. Há um tripé de interesses dos profissionais que se repete em todas as pes-
quisas realizadas sobre engajamento.
97
• O primeiro ponto é o entendimento das razões pelas quais eles estão ali envolvidos
com aquele projeto.
• O segundo diz respeito à diferença que aquilo fará para a vida deles do ponto de vista
da aprendizagem e do crescimento pessoal.
• O terceiro é o que fecha a história: o ganho que terão. Nesse tópico, no entanto, é
importante não limitar a visão às vantagens financeiras. O sentido de “ganho” é relati-
vo, e está mais relacionado à realização e ao prazer do que necessariamente ao dinheiro.
Algo mais
para engajar
e motivar
equipes? (14)
98
Equipes motivadas são mais produtivas e satisfeitas com seus locais de trabalho, o que,
para empresa, é um grande ganho!
Os gestores de pessoas têm um desafio e tanto nas mãos quando o assunto é a motiva-
ção dos colaboradores. Como fazer para que todos unam forças e trabalhem centrados
no mesmo objetivo? Como garantir um ambiente de ajuda e crescimento mútuo?
Vale ressaltar que o papel do gestor como líder é imprescindível para que as estratégias
de motivação e engajamento dêem certo. É isso o que você verá a seguir com as cinco
ideias para motivar e engajar sua equipe:
99
equipe
Leve em consideração que o colaborador tem uma
visão diferente da sua, e pode lhe apresentar solu-
ções e sugestões que um gestor demoraria a dar.
Obviamente, não é possível acatar todas as suges-
tões, mas um bom gestor de pessoas sabe utilizar o
que é possível para o bem em comum.
Paixão,
o grande
segredo
dos empre-
endedores (07)
- propósito;
- protagonista;
- paixão;
- promessa;
- paradoxo;
- purificação;
- paz;
- prontidão.
O maior propósito do PMI é ensinar as pessoas a trabalhar com seus recursos mentais
que estão latentes e inativos para despertar a inteligência da mente próspera.
Protagonista: quem é você de verdade? Você é quem gostaria de ser? A verdade in-
terior.
Promessa: muitas vezes os empreendedores têm sonhos maravilhosos, mas não têm
uma promessa, não estão prontos para enfrentar e confrontar crises.
Paradoxo: é uma equação que coloca duas variáveis que muitas vezes são contrapo-
sições. Quanto maior a crise, maior a dificuldade, o risco. Quem pensa de uma forma
paradoxal, pensa de
uma forma diferente: quanto maior a crise, maior a oportunidade.
Prontidão: impulsos: para alcançar um sonho, muitas vezes não se sabe de onde vem
a força.
Paz: trabalho interno: quanto mais paz você tiver, mais realizado profissionalmente
você estará.
108
Purificação: espírito purificado: se você flui, você tem um parceiro que lhe faz fluir.
Pesquisa sobre arrependimento com cem pacientes terminais, feitapor uma psiquiatra
Talento: as pessoas falavam que não tiveram coragem de colocar o seu talento verda-
deiro no ar por vergonha, e arrependiam-se de não haver confrontado essa vergonha,
de fazer as coisas acontecerem.
O que está no passado nós não podemos modificar, mas o futuro, sim. Você tem tem-
po para escolher o caminho da felicidade.
Você olha para o espelho e se admira e se orgulha? Não importa como você foi criado;
você realmente acredita em si mesmo?
Comece a pensar sobre você como uma pessoa única; precisamos ser responsáveis co-
nosco. Quando você é responsável pelas suas ações você entende a questão do protago-
nismo. Ressalte o que há de melhor em você, pois nada acontece sem paixão.
Comece a perceber o desconforto ao tomar uma decisão. Quando você pensa positiva-
mente, cria uma ilusão; isso frustra, pois, quando confrontado o pensamento positivo
com a realidade, constata-se que não existe força.
Comece escrever uma promessa de que, mesmo chovendo canivete, você porá o seu
plano de ação, colocando o propósito na mesa.
110
Os obstáculos: “A pedra preciosa não pode ser polida sem atrito.”
- Injustiça: grande parte de nós não sabe lidar com injustiça. Não se prenda à vingança
ou à raiva: as pessoas vão te trair, mas não deixe que ninguém trabalhe a sua raiva.
111
Síntese
dos oito
P do PMI )
1 Propósito
Não permita que nada e ninguém interfira na conquista do seu propó-
sito de vida.
2 Protagonista
Assuma totalmente a responsabilidade por sua vida. Aceite o
incontrolável, e controle o que é controlável.
3
112 Paixão
Entregue-se de corpo e alma a tudo o que você se propõe fazer.
Sua paixão rompe dificuldades.
4 Promessa
Promessa feita, promessa cumprida. Sua consistência o levará
à excelência.
5 Paradoxo
Não seja refém das circunstâncias: seja o criador
das circunstâncias. Positive suas respostas.
6 Purificação
Desintoxique as emoções debilitadoras demonstrando mais amor.
O perdão é a sua melhor ferramenta.
7 Paz
Confronte as ameaças, para enxergar oportunidades.
É no conflito que está a chave mestra para o seu sucesso.
8 Prontidão
Disponibilize-se para agir em prol da compaixão.
A gratidão é a sua maior fonte.
113
Futuro
do trabalho:
como se
preparar para
as mudanças
que já
começar am (15)
114
Na chamada Quarta Revolução Industrial, a educação e a valorização de características
essencialmente humanas são fundamentais para criar um mundo sustentável.
No livro, o autor defende que as tecnologias digitais são mais do que sistemas e má-
quinas inteligentes e conectadas, uma vez que estão se tornando mais sofisticadas e
integradas, promovendo uma transformação profunda na sociedade, no futuro do
trabalho , e na economia global.
“Seu escopo é muito mais amplo. Ondas de novas descobertas ocorrem simultanea-
mente em áreas que vão desde o sequenciamento genético até a nanotecnologia, das
energias renováveis à computação quântica. O que torna a Quarta Revolução Indus-
trial profundamente diferente das anteriores é a fusão dessas tecnologias e a interação
entre os domínios físicos, digitais e biológicos”, escreve Schwab.
O futuro
do trabalho
A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) considera
que , nos próximos vinte anos, a automação poderá acabar com quase metade dos em-
pregos que conhecemos hoje. Além disso, 32% dos postos de trabalho devem mudar
radicalmente por causa da tecnologia.
No extremo oposto das ocupações com menor chance de serem substituídas por má-
quinas estão as tarefas que exigem criatividade, inteligência emocional e social, e per-
cepção sensorial. Profissões que envolvam gestão de negócios e finanças, assim como
educação, artes, mídia e saúde são áreas com menos de 1% de chance, segundo Frey.
116
Isso mostra que a conciliação entre seres humanos e tecnologia não precisa ser amea-
çadora. “Com o trabalho repetitivo sendo substituído por máquinas e software, nós fi-
camos livres para as funções que são tipicamente humanas, como o trabalho artístico e
criativo e o cuidado com o outro”, defende Rosa Alegria.
Flexibilidade para começar e terminar uma tarefa, autonomia e horas reduzidas de ex-
pediente serão fundamentais para os profissionais do futuro escolherem onde querem
trabalhar. Realizações pessoais e qualidade de vida serão fatores cada vez mais valo-
rizados, assim como a transição de uma lógica individualista para uma que preze a
coletividade.
“Nós estávamos numa lógica de meu dinheiro, minha carreira, minha ideia. A nova
geração tem uma ideia, lança no ar e pede a colaboração de todo mundo. Além disso,
cada vez mais pessoas estão ofertando produtos e serviços; então, nós estamos tirando
o monopólio de empresas e passando para as pessoas”, defende a futurista Daniela
Klaiman no vídeo em que elenca as principais mudanças de mentalidade que guiarão
a inovação no futuro.
117
“Nós temos uma geração Z que está pronta para mudar o mundo, mas ela tem que es-
tar preparada. As escolas precisam favorecer o compartilhamento de conhecimento de
forma que as crianças sejam capazes de criar os mundos que elas desejam. Que não se-
jam apenas receptoras de informações, mas que se apropriem disso”, diz Rosa Alegria.
Como se preparar
para esse futuro?
É possível apontar alguns caminhos, algumas profissões para as quais haverá maior
demanda, mas muita coisa do que será valorizado no futuro ainda não existe, segundo
a futurista Rosa Alegria. No entanto, voltar-se para o desenvolvimento de algumas
competências é a melhor maneira de começar a se preparar para o que está por vir.
“Para que o mundo rume para um futuro sustentável, ele precisa urgentemente supe-
rar esse modelo de sociedade individualista. Por isso, precisamos resgatar aquilo que
nos é mais básico e natural, como empatia, imaginação e colaboração”, diz Rosa.
Temos que buscar atividades que ofereçam aprendizado contínuo e ajudem a exercitar
cada vez mais a imaginação, o pensamento crítico e analítico, e competências socioe-
mocionais, como empatia e resiliência, além de criatividade e intuição.
Há que lembrar que não é preciso cursos específicos para isso. Ter um hobby, como
fotografar ou pintar, jogar um esporte coletivo ou se envolver em uma atividade volun-
tária ou comunitária são excelentes formas de se desenvolver.
119
As revoluções
que já fizemos
01 02
Revolução Revolução
Agrícola Industrial
Há cerca de 10 mil anos, os Ocorreu aproximadamente
seres humanos passaram a entre 1760 e 1840. Provocada
domesticar animais e usar sua pela construção de ferrovias e
força em benefício da pro- invenção da máquina a vapor,
dução, do transporte e da co- ela deu início à produção
municação. A produção de mecânica.
alimentos aumentou, estimu-
lando o crescimento popula-
cional e, em consequência, a
urbanização e o surgimento
das cidades.
120
03 04
2ªRevolução 3ªRevolução
Industrial Industrial
Entre o final do século XIX e Começou na década de 60 e
início do século XX, surgiu a costuma ser chamada de revo-
produção em massa com o ad- lução digital, pois foi impul-
vento da eletricidade e da linha sionada pelo aprimoramento e
de montagem. Especialização popularização de computado-
do trabalho, consumo em res e da internet.
massa de produtos industria-
lizados e aprimoramento de
novas fontes de energia, como
petróleo, urânio e água deram 05
início a uma serie de progres-
sos científicos. 4ªRevolução
Industrial
Teve início na virada do século
e está atrelada à revolução di-
gital. É caracterizada por uma
internet móvel e onipresente,
por sensores menores e mais
poderosos que se tornaram
mais baratos e pela inteligen-
cia artificial e aprendizagem de
máquina.
121
As com-
petências
e profissões
do futuro
para o mercado
de trabalho (17)
122
Pensamento computacional, inteligência artificial, conectividade e novos recursos tec-
nológicos estão entre as competências exigidas de profissionais do futuro.
O século XIX foi palco de uma série de transformações que mudaram para sempre
a forma de o ser humano se relacionar com o trabalho. Com as máquinas a vapor e
a produção em série da Primeira Revolução Industrial, surgiram uma variedade de
profissionais e profissões que até então não existiam, além de oportunidades e desafios
voltados à mão de obra para operação de equipamentos e manutenção.
Algo similar está acontecendo desde a virada para o século XXI, marcada por inven-
ções disruptivas, como a do primeiro iPhone, apresentado por Steve Jobs em 2007.
Passamos a viver em um mundo no qual a conectividade, os aplicativos e os avanços
tecnológicos estão ao alcance da mão. Isso revolucionou o mercado, pois, assim, se
abre caminho para novas possibilidades e se queda mais espaço às profissões do fu-
turo, o que exige o desenvolvimento de novas competências. É a Quarta Revolução
Industrial.
Todo esse histórico foi apresentado por Marcelo Veras, sócio e membro do conselho
da empresa Inova Consulting. “É muita coisa ao mesmo tempo, tudo aqui e agora”,
afirma. “Muitas profissões nascem desse tsunami de áreas como a nanotecnologia, a
inteligência artificial e a computação cognitiva”. Se antes já havia uma dificuldade
para escolher uma carreira para seguir, hoje as possibilidades são ainda mais variadas,
acredita o especialista.
Segundo relatório do Fórum Econômico Mundial, entre 65% e 70% das crianças que
ingressam no Ensino Fundamental atualmente trabalharão em empregos que sequer
existem nos dias de hoje. Além disso, 50% das empresas pretendem automatizar e re-
duzir parte do tempo de trabalho de seus empregados até 2022, de acordo com a mes-
ma pesquisa. Outro dado interessante mostra que 54% dos trabalhadores devem se re-
qualificar e adquirir novas competências relacionadas a pensamento crítico, inovação,
criatividade e proficiência em novas tecnologias.
123
Tudo isso significa que nós, seremos humanos, precisaremos aprender constante-
mente, e não apenas durante uma graduação, para seguir em determinada carreira.
Até porque seremos cada vez mais influenciados pelas transformações digitais, seja
em carreiras consideradas tradicionais, nas tecnológicas, ou até mesmo nas que ainda
não existem, diz o especialista. “Os conhecimentos vão mudar tanto que será preciso
agregar aprendizados ao longo da vida”, aponta Veras.
Profissões do futuro
Marcelo Veras divide as possibilidades de trabalho em três frentes. Além disso, a Inova
Consulting elaborou um relatório com algumas das profissões do futuro, que listamos
a seguir:
CARREIRAS TRADICIONAIS
São as profissões “clássicas”, como médicos, engenheiros ou advogados. Aqui, as atividades simples serão
executadas por robôs e haverá um intercâmbio entre humanos e máquiinas cada vez maior. “A partir do
momento em que se tem um robô em uma sala de cirurgia, por exemplo, não terá mais como um médico não
saber nada sobre tecnologia, ou um engenheiro não entender um puco sobre biologia. Será necessário saber
ao menos um pouco de tecnologia para compreender os recursos que farão parte da sua área profissional”,
diz Veras.
CARREIRAS TECNOLÓGICAS
São as profissões que estão totalmente imersas na cultura digital, como programador, cientista de dados,
desenvolvimento de software e outras que já existem e que lidam quase que exclusivamente com tecnologia.
CARREIRAS EMERGENTES
“as emergentes são mais fora da curva. Por exemplo, a nossa expectativa de vida pode chegar aos 100 anos
nas próximas duas décadas. Existirá como profissão o conselheiro de aposentadoria, que trabalhará com esses
novos idosos para cuidar de sua saúde, finanças etc”, projeta o especialista.
124
COMPETÊNCIAS DO FUTURO
> Pensamento analítico e inovação
> Aprendizagem ativa
e estratégias de aprendizagem
> Criatividade, originalidade e iniciativa
> Design tecnológico e programação
> Pensamento crítico
> Solução de problemas complexos
> Liderança e influência social
> Inteligência emocional
> Raciocínio, resolução
de problemas e ideação
> Análise e avalaiação de sistemas
Condutor de drone
Aviões não tripulados já são uma realidade, mas ainda requerem profissionais espe-
cializados para a condução desses equipamentos em áreas como segurança, monitora-
mento, varejo e logística, o que aumenta a complexidade do trabalho e exige formação
especializada.
Profissional 3D
A impressão 3D é uma tendência que abrange desde o setor de saúde até a construção
e a gastronomia. Por isso, será necessário o trabalho de um especialista que saiba operar
a tecnologia e os equipamentos necessários para a produção de mercadorias a partir
de impressoras 3D.
125
Cinco
tendências
para a
educação
na era
digital (18)
127
A enlightED 2018 reuniu em Madri especialistas do mundo todo em um debate sobre
o papel da tecnologia na educação do futuro.
“A revolução tecnológica está pedindo para que abramos nossas mentes, porque tudo
vai mudar. E é impossível mudar tudo se não estamos abertos a aprender”, anunciou
o presidente do Grupo Telefónica, José Maria Álvarez-Pallete, na abertura do evento.
A seguir, você confere as cinco principais tendências para a educação na era digital que
emergiram do encontro:
A capacidade de aprender será mais importante do que o conteúdo
“Pensando no Brasil, onde normalmente nos concentramos nas aprendizagens que es-
tão em avaliações de larga escala, como o Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educa-
ção Básica], nossa tarefa é enorme! Não podemos lutar para que só o desempenho em
português e matemática aumente. Se quisermos preparar os nossos estudantes para o
futuro, temos que buscar o desenvolvimento simultâneo das quatro competências”,
avalia Priscila.
A relação entre humanos e máquinas foi explorada em vários painéis ao longo da con-
ferência. O ex-vice presidente de inovação e criatividade da Walt Disney Company,
Duncan Wardle, disse que nossa missão estará concentrada em criar, imaginar e intuir.
“Nos próximos dez anos, as máquinas serão cinco mil vezes mais inteligentes do que
nós, mas elas jamais terão a nossa imaginação”, disse à plateia.
“Criatividade, imaginação e intuição são algumas das mais incríveis ferramentas dos
seres humanos, e elas são irreplicáveis virtualmente”, falou Duncan Wardle.
Segundo Americo Mattar, diretor e presidente da Fundação Telefônica Vivo, que par-
ticipou da conferência, os painéis buscaram exaltar uma visão mais otimista sobre a
tecnologia, diferente da distopia normalmente exibida em filmes ou livros.
“A inteligência artificial vai nos ajudar nas tarefas que tomam tempo e vontade, vai nos
liberar para desenvolvermos mais nossa humanidade, para nos concentrarmos nas ati-
vidades que geram valor”, contou. Como exemplo, ele cita a tecnologia trabalhada em
sala de aula, que permite ao professor trocar tempo expositivo por tempo interativo
com o aluno.
Ele contou que, num dos jogos, o sobrinho atribuiu a derrota ao sol na quadra, ao que
ouviu de volta: “Só tinha sol no seu lado da quadra? Você perdeu porque não se pre-
parou bem!”. Não deixar que o tenista transfira responsabilidade por seu fracasso ou
sucesso faz com que a confiança aumente.
Por fim, todas as tendências citadas anteriormente passam por uma reinvenção da es-
cola, a começar pelos espaços físicos construídos com elementos comuns a presídios,
como muros, grades e cores sóbrias. “Isso limita completamente a criatividade”, enfa-
tizou o consultor em educação nas artes Sir Ken Robinson, que alertou para a urgên-
cia de se reimaginar a escola, assim como abandonar os sistemas educacionais baseados
na competição.
131
Para o autor do best-seller O elemento-chave, a discussão sobre como a ética pode e deve
transformar a educação na era digital é a conversa mais importante do momento, assim
como a defesa da curiosidade que nos move na condição de seres humanos. “Se quiser-
mos que nossa comunidade e nossos filhos floresçam, temos que pensar na educação
como forma de encorajar a diversidade, e não a conformidade”, encerra.
HR Tech:
para onde o Grupo
Cia. de Talentos
deve olhar par a
vetorizar prováveis
future drawings (19)
132
A tecnologia mudou o dia a dia das empresas, não é verdade? Tudo ficou mais fácil
e acessível — inclusive a gestão de recursos humanos. E isso ocorreu devido ao surgi-
mento de ferramentas digitais que foram criadas para solucionar muitos problemas
dessa área, e que são chamadas de HR Tech.
O ambiente on-line vem sendo cada vez mais utilizado para otimizar os processos de
recrutamento e seleção de candidatos. Existem outras formas além das plataformas
digitais que divulgam as vagas, e realizam testes e a candidatura dos profissionais.
Vale destacar que 2018 é o ano em que passou a vigorar o eSocial, a plataforma digital
que unifica o processo de fechamento da folha de pagamento e facilita o cumprimento
das obrigações trabalhistas.
Outra solução que veio para diminuir as tarefas e os custos do setor de RH são os
software de registro de ponto alternativos, que disponibilizam um sistema completo
para a gestão e marcação de ponto de forma online. Além da diferença na forma de
registrar o ponto comparado aos métodos convencionais, como relógio de ponto ou
ponto cartográfico, os sistemas alternativos se adequam à portaria 373 do Ministério
do Trabalho e Emprego (MTE); já os sistemas convencionais aderem à portaria 1.510
do MTE.
134
Monitoramento da produtividade dos colaboradores
Sabia que uma boa gestão de benefícios ajuda o RH a ser uma área mais estratégi-
ca para a empresa? Isso ocorre porque ela consegue atender com eficiência às deman-
das do capital humano da organização.
E como a gestão de benefícios é a prática que tem por objetivo atrair e reter colabora-
dores talentosos, ela precisa ser feita de maneira ímpar e, ao mesmo tempo, precisa o
suficiente para funcionar.
135
Com a ajuda de soluções em HR Tech, o gestor de RH consegue escolher e oferecer os
benefícios certos, favorecendo a todos. Do mesmo modo, por meio de relatórios, tor-
na-se possível estudar as preferências dos colaboradores e avaliar a disponibilidade do
orçamento da companhia.
O clima organizacional também recebe um apoio muito importante para sua manu-
tenção, contribuindo com a valorização das pessoas e o consequente aumento da pro-
dutividade e dos resultados da equipe.
Todos os benefícios das soluções em HR Tech que foram citados até o momento le-
vam a companhia à redução de custos — seja por meio da diminuição de gastos com
contratações e demissões, ou a precisão das ações do RH.
Contudo, outro aspecto que a tecnologia para RH traz é a redução de custos por meio
da automação de tarefas. Isso foi citado no exemplo do software que compara candi-
datos e vagas.
Além disso, a automação diminui a quantidade de erros que podem acontecer em tare-
fas manuais, bem como o retrabalho que envolve a correção delas. Sendo assim, sobra
mais dinheiro para investir em melhorias contínuas.
(01)
Marilia Almeida. Ela foi desvalorizada no emprego – e criou um negócio de R$ 30 mi. Exame, jun.
(02)
Ana Fontes. Fundadora da Rede Mulher Empreendedora, da Virada Empreendedora e do Natheia
Coworking . É também professora nos cursos 10 Mil Mulheres, da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e
(03)
Augusto Puliti. Desenvolveu sua carreira em posições regionais e globais na área de marketing na
Unilever, posteriormente migrando para o mercado de recrutamento e seleção de um grupo inglês, che-
gando a posição de managing director. Nesse período, além de conduzir centenas de processos seletivos,
(04)
José Augusto Minarelli. É fundador e presidente da Lens & Minarelli Associados, consultoria espe-
atividade de outplacement para auxiliar tanto empresas na hora da demissão quanto profissionais na con-
tinuação de suas carreiras, seja buscando emprego ou iniciando negócio por conta própria. E ducador,
conselheiro profissional, escritor e palestrante, Minarelli atuou na área de recursos humanos com sele-
professor universitário, foi pioneiro ao implantar, em São Paulo, o curso de graduação em treinamento.
(05)
Carlla Zanna. A profissional atua há cerca de 24 anos no desenvolvimento humano e relacionamento
interpessoal com foco estratégico. Nos últimos sete anos, tem sido responsável por treinamento e de-
humano e mestre em administração de empresas. Senior Coach, atende clientes no Brasil e nas Américas.
Membro da Internacional Coaching Federation (ICF), Estados Unidos. Em 2009, fundou a Transforma-
ção Consultoria em Desenvolvimento Humano, que tem como missão sensibilizar, mobilizar e formar
sultoria. Presta serviços de consultoria para equipes de alta liderança em uma ampla variedade de solu-
ções organizacionais, tendo trabalhado com clientes como: Andrade Gutierrez, BRF, Zilor, Volkswagen,
MAN, Itaú-Unibanco, Nextel, SAP, Banco Votorantim, Promon, Petrobras, Pfizer, Novartis, Hospital
Oswaldo Cruz, Hospital Albert Einstein, Amil, Porto Seguro, Icatu, Avon, entre outros. Atuou como
em psicologia da educação. É certificada em coaching pelo ICF, e fez várias outras formações relativas à
sua prática, tais como: andragogia, instrumentos de mapeamento e identificação de características indi-
viduais (Birkman, Wave, JTI e Hogan), entre outros. Atua como professora no curso MBA Executivo –
Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e FGV, sendo que nesta última é professora do
(07)
Renato Hirata. É consultor especializado em negociação estratégica e gerenciamento de conflitos,
autor dos livros Estilos de negociação e Os segredos da proposta irresistível, e professor de negociação
na Fundação Dom Cabral e HSM Educação. Renato também é engenheiro de produção e pós-graduado
em finanças corporativas.
(08)
Sandro Magaldi. Palestrante, empreendedor, escritor, expert em gestão estratégica de vendas, mentor
Coautor, com José Salibi Neto, do best-seller Gestão do amanhã, e de dois outros livros: O novo código da
cultura e O que as escolas de negócios não ensinam, e autor do livro Vendas 3.0. Cofundador e ex-CEO do
meuSucesso.com, ocupou posições de liderança em várias companhias, incluindo a HSM. Em sua carrei-
ra acadêmica, atuou por mais de 15 anos como professor de mestrado na ESPM, na Fundação Instituto
de Administração (FIA) e na Fundação Dom Cabral (FDC). É pós-graduado pela ESPM, e tem
para o Brasil como escrava. Pertencente à tribo Mahi, da nação africana Nagô, Luísa esteve envolvida
na articulação de todas as revoltas e levantes de escravos que sacudiram a então província da Bahia nas
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Old. JayPRO. Mulheres empreendem mais do que os homens e ganham menos, diz pesquisa. Exame,
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Daniela Viek. Networking ou Netweaving? Como criar uma rede de contatos poderosa para a sua
marca pessoal. Blog Daniela Viek, maio 2019. Disponível em: https://danielaviek.com/networking-
2020.
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Adam Grant. Dar e receber – uma abordagem revolucionária sobre sucesso, generosidade e influên-
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Larissa Muhlbauer. Oito estratégias para uma gestão do tempo eficaz. Blog Digitalks, out. 2019.
Disponível em:
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CINCO IDEIAS para engajar e motivar sua equipe! oitchau blog, jan. 2020. Disponível em:
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Rosa Alegria. Futuro do trabalho: como se preparar para as mudanças que já começaram. Blog Funda-
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EnlightED2018. Cinco tendências para a educação na era digital. Fundação Telefônica, out. 2018.
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Marcelo Braga. HR Tech: veja os benefícios dessas tecnologias para sua empresa. Reachr Blog, fev.