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O Sistema de

Relações de
Trabalho no Brasil

VINICIUS SPIGARIOL 746047


RONALDO FRANKLIN FLORESTA 744758
Introdução

❏ No início da década de 90, ocorreram mudanças estruturais significativas na economia


brasileira.

❏ Ruptura com a política de substituição de importações.

❏ Demissão em massa de dimensão jamais vivida na história da industrialização do país.

❏ Duas mudanças políticas interdependentes acompanharam essas transformações:


❏ flexibilização dos regimes de trabalho;
❏ desregulamentação do sistema legislativo nacional de proteção ao trabalho;

❏ CLT
Representação sindical controlada e
autoritarismo gerencial

❏ A política de substituição de importações, fez incorporar o padrão produtivo e tecnológico


dominante nos países mais industrializados

❏ O Estado preparava as bases para a expansão acelerada do capitalismo no país

❏ Entre 1931 e 1934, ja com Vargas , uma série de decretos passava a regulamentar a
exploração do trabalho

❏ A contrapartida, veio a imposição legal às empresas de reivindicações trabalhistas


elementares, mas isso só se estendeu apenas para uma parte dos trabalhadores

❏ Criação da CLT
Representação sindical controlada e
autoritarismo gerencial

❏ CLT:
❏ limitação da jornada de trabalho em 48 horas;
❏ proibição do trabalho de menores de 14 anos;
❏ regulamentação do trabalho feminino;
❏ remuneração obrigatória da hora extra;
❏ descanso e férias remuneradas;
❏ condições de salubridade e proteção contra acidentes de
trabalho;
❏ elevada indenização por dispensa imotivada.
Representação sindical controlada e
autoritarismo gerencial

❏ O nosso projeto de desenvolvimento realiza-se assentado numa base


muito estreita e dependente das leis estatais
❏ O sistema de representação sindical nasce fortemente tutelado pelo
Estado:
❏ Setor econômico numa mesma base territorial, tendo como
referência geográfica mínima o município;
❏ A lei permitia a criação de uma estrutura verticalizada e
descentralizada;
❏ Também é assegurada a sobrevivência financeira dos sindicatos
instituindo o imposto sindical anual sobre os trabalhadores;
❏ Só poderia pleitear direitos, se obtivesse autorização do
Ministério do Trabalho;
❏ Greves foram proibidas.
Representação sindical controlada e
autoritarismo gerencial

❏ O crescimento econômico acontecia desatrelado ao aumento do


padrão de renda/consumo e bem-estar da população

❏ Conservadorismo empresarial

❏ Desencadeamento de manifestações operárias e a efervescência


dos movimentos populares alastraram-se, conquistando poder para
pressionar o governo
Repressão militar e o recrudescimento
do regime autoritário de relações de
trabalho

❏ Contenção dos movimentos operários e populares voltaram a


ocorrer, só que dessa vez com o agravante da intervenção
da força policial

❏ Início do Regime militar em 1964

❏ Instituição do FGTS
Repressão militar e o recrudescimento
do regime autoritário de relações de
trabalho

❏ Custos indenizatórios aos trabalhadores começaram a ser


diluídos com o tempo
❏ Estimulou-se a prática da alta rotatividade de trabalhadores
nas empresas
❏ Houveram duas grandes greves nas cidades industriais de
Contagem, Minas Gerais, e Osasco em São Paulo, ambas no
ano 1968
Abertura política e novo sindicalismo

❏ O país experimentava o principal surto de crescimento,


alavancado pelos elevados índices de produtividade dos
setores industriais.
❏ Gestão despótica do trabalho e controle oficial rígido sobre
salários: desencadeamento de greves.
❏ Contra a exploração econômica das empresas e a ditadura
política dos militares
Abertura política e novo sindicalismo

❏ Reivindicações do novo sindicalismo:


❏ negociação coletiva;
❏ representação nos locais de trabalho;
❏ direito à greve;
❏ As greves de 1978, 1979,1980, embora duramente reprimidas,
conseguiram se espalhar por todo país.
❏ Estima-se que, 132 milhões de jornadas de trabalho foram
perdidas devido às greves entre 1978 e 1988.
Abertura política e novo sindicalismo

❏ Novo sindicalismo crítica, também, a estrutura corporativa e a


prática sindical.
❏ Surgimento de líderes conhecidos como sindicalistas
autênticos (Lula é o maior representante deles).
❏ Eram apoiados pelas massas de trabalhadores e militância.
❏ Surgimento do Partido dos Trabalhadores (PT) e das centrais
sindicais CUT e CGT.
❏ Confronto com aspectos de trabalho de domínio da gestão
capitalista: ritmo de trabalho, controle disciplinar, regras de
promoção, condições de higiene e segurança do trabalho.
Abertura política e novo sindicalismo

❏ Devido às fortes pressões sindicais aos patrões, as


negociações coletivas conseguiram:
❏ A implantação de ajustes salariais,
❏ Reivindicações de abonos salariais,
❏ Demandas relativas a carreira e estabilidade no emprego,
❏ Redução da jornada de trabalho,
❏ Igualdade de salário para o mesmo trabalho,
❏ Igualdade de salário e de tratamento entre sexos
diferentes,
❏ Condições de saúde e de segurança do trabalhador.
Abertura política e novo sindicalismo

❏ O novo sindicalismo começou a perder o folêgo com o


declínio da economia, na medida que as empresas iam
recompondo suas políticas de produção e gestão do
trabalho.
❏ Nos anos de 1990, a postura confrontacionista perde lugar
para políticas de negociação e cooperação entre capital e
trabalho.
❏ A reestruturação produtiva nas empresas, faria do
desemprego o maior vilão para a retração dos sindicatos e
avanços da flexibilização do trabalho.
Neoliberalismo e o retrocesso nas
relações de trabalho

❏ Abertura comercial e privatizações.


❏ Expansão do processo de reestruturação produtiva, devido a
competitividade gerada pela queda nas taxas de
importações.
❏ Terceirização, subcontratação, reorganização dos processos
produtivos, fechamento de fábricas.
❏ Resultados dessas mudanças na primeira metade dos anos de
1990: mais de 1 milhão de empregos destruídos.
❏ Trabalhadores caíram para mercado informal e setor de
serviços (grande heterogeneidade das condições de
emprego)
Neoliberalismo e o retrocesso nas
relações de trabalho

❏ No governo FHC, editou-se um pacote de medidas legislativa


que alterava regras trabalhistas básicas, como, o vínculo
contratual, a jornada e o salário.
❏ Essas medidas representaram um desmonte dos direitos de
proteção do trabalho e um retrocesso na conquista sindical.
❏ A participação empregos formais cai de 53% em 1991 para
45% em 2000.
❏ A informalidade cresce de 36,6% em 1986 para 50,8% em 2000.
Neoliberalismo e o retrocesso nas
relações de trabalho

❏ Surgimento da Força Sindical


❏ Pautava-se na cooperação e parceria com o capital,
negando o sindicalismo confrontacionista.
❏ Nova institucionalidade micro-regulatória.
❏ Novos parâmetros, novas regras, comporiam os contratos
coletivos de trabalho e os aparatos normativos internos a
empresa.
Flexibilização da CLT: perda de
direitos e maior precarização das
condições de trabalho

❏ As negociações coletivas extrapolaram a CLT e passaram a


incorporar interesses individuais e específicos.
❏ Havia a necessidade de reformular a CLT.
❏ Criação do Fórum Nacional do Trabalho (FNT).
❏ Discussão sobre uma reforma da estrutura sindical.
❏ Propuseram: institucionalização do poder de negociação
centrais sindicais e a legalização do pluralismo.
Flexibilização da CLT: perda de
direitos e maior precarização das
condições de trabalho

❏ Aspectos positivos da proposta de reforma trabalhista:


❏ Criação do Conselho Nacional de Relações do Trabalho.
❏ Câmara de negociação tripartite que possibilita maior
políticas públicas e de iniciativas legislativas nas relações
de trabalho.
❏ Legalização da representação nos locais de trabalho.
Flexibilização da CLT: perda de
direitos e maior precarização das
condições de trabalho

❏ Aspectos negativos da proposta de reforma trabalhista:


❏ Pluralismo
❏ Grau relativo de autonomia dos sindicatos (Concentração
de poder nas Centrais Sindicais)
❏ Negociado deve prevalecer sobre o legislado.
Conclusão

❏ A reestruturação produtiva e a flexibilização da CLT tem


gerado processos de perdas salariais e sociais, e intensificando
as jornadas de trabalho.
❏ A postura conciliadora, prevalece sobre a confrontacionista,
uma vez que preza assegurar o próprio emprego.
Obrigado!!

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