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Todos nós nos sentimos zangados de vez em quando. É uma resposta natural quando nos sentimos
atacados, insultados, enganados ou frustrados. Normalmente, quando isso acontece, expressamos a
nossa zanga e seguimos em frente.
No entanto, a raiva que sentimos pode ser assustadora. Faz-nos ficar tensos e é difícil lidar com ela
de modo construtivo. O nosso coração bate mais depressa, respiramos e reagimos mais rápido e nem
sempre conseguimos pensar bem, às vezes reagimos de uma forma da qual nos arrependemos mais
tarde: podemos gritar, chamar nomes, bater em alguém ou partir objetos.
Estar zangado não é um problema, mas a forma como lidamos com a zanga e a raiva pode ser . A
zanga torna-se um problema quando nos leva a magoar os outros ou a nós próprios. Quando não
expressamos a nossa raiva ou a expressamos de forma e em alturas desadequadas, podemos
prejudicar-nos a nós e às nossas relações.
Às vezes, a nossa zanga não é com algo que tenha acontecido no presente, mas sim no
passado. Nessa altura não fomos capazes ou não pudemos exprimir a nossa zanga e, por isso, ela
acumulou- se dentro de nós. O problema é que no futuro nos podemos mostrar demasiado zangados ou
agressivos com uma situação diferente, que não justifica a nossa agressividade.
Quando não conseguimos controlar e expressar a nossa raiva e a nossa zanga de forma segura,
isso pode ser um sinal da existência de problemas de saúde psicológica. Pode levar à depressão,
ansiedade, dificuldades em dormir, adições (ao álcool, drogas), perturbações alimentares,
comportamentos compulsivos ou doenças físicas.
Quando sentimos que nos zangamos muito depressa e muito frequentemente, às vezes por “coisas
pequenas”, e que não somos capazes de controlar a nossa raiva, devemos procurar ajuda. Um
Psicólogo pode ajudar-nos a encontrar uma forma construtiva de gerir os nossos sentimentos
agressivos.
Gerir o comportamento agressivo de uma criança ou adolescente é muito cansativo e pode ser
frustrante para os Professores, até porque desperta sentimentos de agressividade em si próprios.
Ajudar as crianças e adolescentes a encontrar e utilizar formas construtivas de expressar a
agressividade exige paciência e esforço e deve ter como objetivo proteger e ajudar (em vez de
castigar).