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Centro Universitário Internacional UNINTER


Curso: Bacharelado em Serviço Social
Disciplina: Ética Profissional do Serviço Social.
Aluna RU: Géssica da Silva Vitor – RU 3076129

O TRABALHO COMO MEIO DE SOCIABILIDADE HUMANA

INTRODUÇÃO - Conforme explica Pochmann (2007), atualmente vive-se intensas


mudança em relação à base técnica do trabalho no que se refere à produtividade e a organização
do trabalho, os quais por sinal em sofrido consideradas alterações. O autor ainda observa que o
capital impõe exigência e modificações embora isso não permita ao trabalho perder sua
centralidade mesmo mediante as mudanças tecnológicas as quais acabam reduzindo os postos de
trabalho, causando com isso muitas vezes o fim do emprego provocado pela nova ordem
econômica internacional.
Observa-se que há muito tempo a substituição do homem pela maquina vem se
intensificando, o que por sinal, não é bom, pois, tem aumentado o número de desemprego no
mundo todo.
DESENVOLVIMENTO – Quando se questiona: será que o trabalho realizado pelos
homens deixará de ser o sustentáculo na construção da natureza humana? Percebe-se que o
trabalho será sempre o eixo importante da sociabilidade humana, ou seja, o trabalho sempre será
uma atividade capaz tornar o homem um ser dotado de uma natureza diferente dos demais seres
naturais, como, por exemplo: aves, animais e insetos, portanto, desenvolverá trabalho em
diferentes níveis de sofisticação.
Acredita-se que seja por meio das atividades laborativas que o homem se diferencia do
mundo orgânico, podendo vir a submetê-la, a manipulá-la. Ainda por meio de sua autonomia
relativa uma vez que o ser social mesmo diante dos avanços e conquistas acumuladas em relação
ao domínio e controle da natureza jamais poderá prescindir de sua base natural, genética, pois,
sem esta, ou seja, sem a vida natural não seria possível à existência da sociabilidade.
Na concepção de Marx (1988, p. 187), entende-se que ao estabelecerem relações sociais
no tocante as relações e interesses das distintas classes sociais, confronta-se entre si: comprador,
possuidores de mercadorias e vendedor da força de trabalho. Observa-se que reside nessa relação
uma marca que é particular da sociedade capitalista, onde as relações sociais são substituídas por
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relações econômicas, desde que a força de trabalho seja concedida pelo vendedor ao comprador
detentor do capital como simples mercadoria, por um período de tempo sem ser preciso o
vendedor abrir mão de sua propriedade.
Em relação ao vídeo o lado negro do chocolate, foi chocante assistir, pois, percebeu-se o
lado desumano dos detentores do poder do capital, à medida que explora crianças para
manutenção da riqueza. Neste documentário, dirigido por Miki Mistrati e U. Roberto Romano,
o qual foi divulgado no ano de 2010, se constitui em grave e importante denúncia contra as
poderosas indústrias produtoras de chocolate do mundo em relação ao emprego de mão de obra
escrava infantil empregada nas fazendas produtoras de cacau localizadas na Costa do Marfim,
na África.
O ponto forte do documentário é a cobrança de intervenção das autoridades
competentes com relação à aplicação da legislação específica abrangendo todos envolvidos no
processo de produção/colheita do cacau, seja de forma direta ou indiretamente com relação a
exploração da mão de obra infantil, trafico, contrabando e exploração sexual de crianças.
O documentário também pretendeu conscientizar a sociedade sobre este problema que
por sinal tem sido maquiado ao longo dos tempos, pelo fato de expor a polêmica que atinge
marcas poderosas, como: Hershey, Nestlé, Barry Callebaut e muitas outras, as quais são
beneficiadas por fornecedores que infligem as leis internacionais que envolve a produção de
chocolates e derivados do cacau.
O documentário foi realizado em 2010, a partir de uma primeira visita-se uma Colônia
alemã, depois Costa do marfim na África, cujo objetivo maior do documentário é alertar, chamar
atenção e informar aos consumidores a forma como é produzido o chocolate, expondo a
realidade escondido que vai além da doçura e da felicidade trazida pelo chocolate. Pretendeu-se
ainda provocar uma reflexão sobre trabalho escravo, trafico, contrabando e exploração assexual
de crianças nas fazendas de cacau, recomendando, por fim às empresas a optarem por outras
formas de produção, abandonando assim a prática escravocrata.
O dilema ético percebido neste documentário são as velhas formas de produção baseada
na exploração do ser humano, nesse caso, crianças, para enriquecer ainda mais as produtoras de
cacau/chocolates, tendo em vista que o vídeo evidencia claramente o tráfico de crianças para
serem conduzidas ao trabalho escravo nas fazendas de plantações de cacau. A partir daí as
crianças também são aliciadas, vendidas como meras mercadorias a qualquer um que possa
pagar um valor mínimo, que nunca chega as mãos das crianças nem dos familiares.
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A relação entre o documentário e o texto em estudo e o Serviço Social é a forma de obter


poder que fica a custa da exploração da mão de obra, seja de que natureza for a qual interessa, no
caso documentaria a gigantes da produção de chocolate, como, no caso: Hershey, Nestlé, Barry
Callebaut e muitas outras. Vale destacar ainda que essa não é apenas u ma realidade dos países
africanos, mas, de todo o mundo, visto que a produção de chocolate e responsável por uma
movimentação bilionária na economia mundial.
A produção mundial de cacau em 2018 era de aproximadamente alcançou quase 4,6
milhões de toneladas e cerca de 75% dessa produção é proveniente da produção da Costa do
Marfim, o qual se consolidou como maior produtor mundial da amêndoa.

CONSIDERAÇÕES FINAIS.

É evidenciado no documentário o lado negro do chocolate o fato das autoridades e


empresários fingirem desconhecerem a exploração da mão de obra e sexual das crianças que
são contrabandeadas para trabalharem nas fazendas de cacau. A falta de fiscalização de forma
mais efetiva, assim como o descaso das autoridades em relação ao tráfico de crianças na
fronteira também chamou muito a atenção, o que faz pensar na possibilidade de que sejam
indevidamente beneficiados com a prática do trabalho ilegal, tendo em vista ao fato da região
da Costa do Marfim e outras cidades africanas basearem sua economia no cultivo do cacau,
chegando a ser um dos maiores produtores e exportadores do mundo.
Não se pode negar o fato de que o governo prioriza sim a economia do mercado embora
isso ocorra em detrimento da negação dos direitos humanos, uma vez que submete as frágeis
crianças ao trabalho árduo sem nenhuma proteção.
Muitas são as denúncias com relação ao desrespeito aos Direitos Humanos compõe o
setor cacaueiro e a história de seu acelerado desenvolvimento, onde crianças são exploradas e
forçadas a trabalhar em precárias condições, sendo privadas de liberdade e de elementos básicos
essenciais como saúde e educação e alimentação mínima adequada. O reconhecimento dessa
problemática já teve seu inicio a partir desse documentário, resta agora governos e empresas que
são conhecedoras de tudo o que ocorre nas plantações costa-marfinenses tome medidas
preventivas a partir do já foi apresentado no vídeo.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MARX, Karl. Livro 1 – O processo de produção do capital. In: O Capital – crítica da economia
política. 12. ed. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1988. v. I.

MERCADO DO CACAU. Cresce o número de trabalho infantil nas lavouras de cacau na


Costa do Marfim. [S/l], 15 ago. 2016

https://geovanirodrigues.jusbrasil.com.br/artigos/330349030/o-lado-negro-do-chocolate.

https://verlereconhecer.blogspot.com/2016/10/o-lado-negro-do-chocolate-documentario.html.

OIT. IPEC.[S/l];[s/d].Disponível: < http://www.oit.org.br/sites/all/ipec/apresentacao.php&gt;.
Acesso em: 10.04.2021.

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