autotransformador?
Motores de indução trifásicos podem arrancar com tensão reduzida usando um único
autotransformador trifásico ou três autotransformadores monofásicos. Os taps no
autotransformador variam entre 50 a 80% da tensão nominal. Se o motor não
consegue acelerar a carga na mais baixa tensão, os taps de tensão mais altas devem
ser tentados até que se obtenha o torque de partida próprio e desejado. Neste tipo de
partida o autotransformador age de duas maneiras para reduzir a corrente solicitada à
linha, ao reduzir a tensão a corrente de partida também é reduzida e pela relação de
transformação do transformador, onde a corrente de linha primária é menor que a
corrente secundária do motor.
Os mit podem ser ligados a linha tanto na configuração estrela quanto na triângulo. A
finalidade de partir um motor de indução na configuração Y-∆ é reduzir a corrente de
1
partida. Quando ligados em estrela, a tensão de fase no enrolamento é . v L ou
√3
aproximadamente 57,8% da tensão de linha, com isso a corrente de partida é reduzida
pelo mesmo fator. Quando o motor acelera até próximo da velocidade plena, os
enrolamentos do estator podem ser abertos e religados em uma configuração ∆.
Motores de indução tipo gaiola polifásicos são projetados com enrolamentos parciais
ou de fase dividida, isto é, dois enrolamentos idênticos por fase cada um dos quais
produzirá o mesmo número de polos e o mesmo campo magnético girante. A
vantagem de tais enrolamentos é que eles podem ser ligados em série para sistemas
de alta tensão, ou em paralelo para sistemas de baixa tensão. A vantagem da partida
com fase dividida é que a resistência do estator e sua reatância são o dobro das que
correspondem aos enrolamentos quando estão em paralelo na partida. A resultante da
corrente de partida é aproximadamente 65% da corrente de partida normal e o torque
de partida é da ordem de 45% do normal de partida. O motor parte com metade do
seu enrolamento ligado em estrela e, quando atinge velocidade, o segundo
enrolamento é ligado em paralelo.
O torque de partida no mit com rotor bobinado pode ser ajustado por meio de
resistências externas associadas ao circuito do rotor para prover torques de partida da
ordem do torque máximo. A corrente no circuito do rotor é limitada, obtém-se um
fator de potência e torque mais altos no instante da partida, a corrente de linha no
estator é consideravelmente reduzida. O motor arranca no primeiro contato com a
máxima resistência do circuito do rotor e é acelerado diminuindo a resistência do
rotor. No final, o rotor é completamente curto-circuitado.
Categoria C – Rotor dupla gaiola (mais caro), torque de partida de 2 a 2,5 vezes o
nominal, corrente de partida 3,5 a 5 vezes a nominal, dissipação térmica limitada
(sobreaquecimento), regulação de velocidade pior que os das categorias A e B.
Categoria D – motor de torque elevado, rotor com alta resistência, torque de partida 3
vezes o nominal, corrente de partida de 3 a 8 vezes a carga nominal,
sobreaquecimento, regulação de velocidade mais pobre de todas as categorias.
Quando três enrolamentos defasados de 120° no espaço são alimentados por tensões
defasadas de 120° no tempo, correntes defasadas também de 120° passarão a circular
nos enrolamentos do estator e com isso cria-se um campo magnético girante, ou seja,
sua orientação norte-sul gira continuamente, porém sua intensidade é constante. A
velocidade do campo girante depende da frequência da rede e do número de pólos da
máquina.
Devido a ação do campo magnético girante induzir uma corrente no rotor e esta
produzir um outro campo magnético que interage com o campo girante, o rotor e o
próprio campo magnético girante irão se comportar como duas barras imantadas e
tenderão a se alinhar quando próximas, ou seja, o campo do rotor tenderá a se alinhar
com o campo do estator.
12 – Explique porque a inversão dos terminais de duas linhas faz o rotor inverter o
sentido de rotação.
Quando dois terminais de linha das bobinas forem trocados entre si, a sequência de
fases (que depende da frequência angular ω) inversa produzirá reversão do sentido de
rotação do campo magnético, sabemos que no motor de indução o rotor gira no
mesmo sentido do campo girante, consequentemente o sentido de rotação é invertido
também.
Como se sabe, a velocidade do rotor nunca pode ser igual a velocidade do campo
girante. Se o fosse, a corrente induzida seria zero e não haveria fluxo nem torque.
Assim o rotor deve escorregar em velocidade afim de que se produza torque. Isso
resulta numa diferença da velocidade síncrona e a velocidade do rotor, o
escorregamento é definido como uma diferença percentual entre a velocidade
síncrona e a velocidade do rotor.