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MANUAL DE

O COMISSÁRIO DE VOO

COMISSÁRIO DE VOO

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1. INTRODUÇÃO 02
2. HISTÓRIA DAS TRIPULAÇÕES 02
3. LEI Nº 7.183, DE 05 DE ABRIL DE 1984 06
4. CURSO DE FORMAÇÃO DE COMISSÁRIOSMCA 58-11 07
5. MATÉRIAS DO CURSO 07
6. CARACTERÍSTICAS PSICOLÓGICAS 08
7. CARACTERÍSTICAS FÍSSICAS 10
8. CARACTÉRISTICAS PESSOAIS 10
9. PECULIARIDADES DO TRABALHO DO AERONAUTA 10
10. CERTIFICADO DE CAPACIDADE FÍSICA 11
11. LICENÇA DE VOO E CERTIFICADO DE HABILITAÇÃO TÉCNICA 12
12. LISTA DE ABREVIATURAS E TERMOS UTILIZADOS 12

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1. INTRODUÇÃO

O primeiro "assistente de bordo" foi do sexo masculino, que tripulou o Zeppelin


alemão "LZ10 Schwaben" em 1911.

A aviação comercial teve início na década de 20, e as empresas aéreas contrataram


tripulantes do sexo masculino que receberam o nome de steward, a exemplo dos
tripulantes de navios e trens. A função do steward era cuidar da segurança e conforto
dos passageiros, além de carregar e descarregar malas postais, cargas e bagagens da
aeronave.

A profissão “Comissário de Voo” nem sempre teve essa nomenclatura. No passado, as


comissárias eram conhecidas como aeromoças, literalmente – moças do ar -, sendo
que as primeiras contratadas eram enfermeiras profissionais e cuidavam do “medo de
voar” dos passageiros e dos desconfortos proporcionados pelos voos. Temos que
lembrar que, na época, as cabines não eram pressurizadas e, portanto, as aeronaves
voavam em altitude bem mais baixa e sujeitas às grandes turbulências, o que
provocava sintomas de enjoo e vômito, além do medo que sentiam.

Com o desenvolvimento das aeronaves e de equipamentos de auxílio à navegação, as


viagens tornaram-se mais confortáveis e estáveis, o medo também diminuiu e a
preocupação passou a ser além dos aspectos ligados à segurança, o conforto e o
entretenimento dos passageiros. Com isso, surgiu o serviço de bordo, onde drinks,
petiscos, lanches, revistas, jornais, etc., são oferecidos aos passageiros para que se
mantivessem entretidos e com o medo de voar sob controle. Foi assim que surgiu o
glamour da aviação, com serviços cada vez mais sofisticados e com as empresas
concorrendo entre si.

Essas mudanças na tecnologia das aeronaves e equipamentos trouxeram maior ênfase


aos aspectos da segurança de voo, e a entrada de homens para a profissão foi um
grande ganho, pois as “aeromoças” tinham sua imagem fortemente vinculada ao
serviço de bordo, entretenimento, conforto, e não com a segurança propriamente
dita.

2. HISTÓRIA DAS TRIPULAÇÕES

Desde os primeiros aviões, os pilotos têm sido as estrelas da aviação mundial e seu
papel tem evoluído consideravelmente ao longo dos anos.
Os principais progressos no mundo dos pilotos são devido aos novos equipamentos e à
mudança dos padrões de treinamento.

Quando os aviões foram inventados, eles tinham sistemas de controle relativamente


simples e eram geralmente pilotados pelos próprios projetistas, como no caso de
Santos Dumont.

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Voar era uma arte difícil, mas como todo mundo era amador a única maneira de
aprender era pela tentativa e erro.

Com o desenvolvimento da tecnologia da aviação, mais e mais treinamento era


necessário. Sistemas automatizados e instrumentos sofisticados faziam muito do
trabalho do piloto, mas ele também tinha de entender o que os instrumentos faziam.
Os pilotos têm de passar por muito trabalho antes que possam pilotar para as grandes
companhias aéreas.

O primeiro treinamento amplo e padronizado veio com a Primeira Guerra Mundial,


quando os militares começaram a colocar os soldados no ar. O treinamento militar
com aeronaves foi expandido durante a Segunda Guerra Mundial e nas décadas
seguintes.

Nos anos 20, os EUA começaram a regulamentação do projeto das aeronaves e do


treinamento para pilotos.

O único jeito para atender aos padrões das companhias aéreas era ter uma grande
experiência na força aérea militar.

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Dos anos 30 até os anos 60, a grande maioria dos pilotos era composta de homens
brancos com algum treinamento militar. Hoje em dia, existem cada vez mais pilotos
que são mulheres, afro-americanos ou pertencentes a outras minorias e
aproximadamente metade dos pilotos americanos atuais nunca esteve nas forças
armadas.

O mundo dos comissários também mudou significativamente desde o começo da


aviação comercial.

As primeiras linhas aéreas eram, na realidade, aviões do serviço postal com alguns
assentos extras para passageiros.

Nesses voos, a tripulação era composta somente de pilotos que estavam tão ocupados
na pilotagem do avião que não tinham tempo de atender aos passageiros.
Eventualmente, algumas empresas contratavam atendentes para os voos. Esses
membros da tripulação eram geralmente adolescentes ou homens de baixa estatura e
estavam à bordo para carregar as bagagens, tranquilizar passageiros com medo e
ajudar as pessoas a se acomodar na aeronave.

Em 1930, uma jovem enfermeira chamada Ellen Church junto com Steve Stimpson,
da Boeing Air Transport, surgiram com um novo tipo de atendimento. Church propôs
que enfermeiras profissionais seriam ideais para fazer parte de uma tripulação porque
poderiam ajudar os passageiros que passassem mal.

A Boeing, que era até então uma linha aérea e fabricante de aeronaves, contratou
oito enfermeiras por um período de experiência de três meses. Essas novas
atendentes que foram chamadas de "aeromoças" logo se tornaram parte integral de
todas as linhas aéreas. Elas não precisavam mais ter formação em enfermagem, mas o
caráter maternal era considerado como um elemento chave na profissão. Elas não
podiam ser casadas porque os maridos reclamariam das longas horas em que ficariam
fora de casa.

A maioria das empresas aéreas tinham certas restrições de altura, peso e proporções,
o que continua ocorrendo, uma vez que para exercer a profissão, o (a) comissário (a)
deverá ter altura e peso compatível, excelente saúde física e mental para fazer face a
situações anormais que possam ocorrer durante o voo.

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A vestimenta também era restritiva. Elas tinham que vestir uniformes que mostravam
a silhueta, salto alto e luvas brancas quando voavam.
Embora fosse um emprego perfeitamente respeitável para mulheres jovens, as
primeiras aeromoças eram geralmente mal pagas, tinham benefícios mínimos e
estavam em uma posição subserviente a dos pilotos.

O uniforme continua sendo uma peça fundamental, pois deve ser usado de acordo
com o Manual da empresa contratante, não permitindo adereços pessoais.
Durante os anos 60, 70 e 80, os sindicatos das aeromoças e os representantes dos
movimentos da igualdade de direitos conseguiram enormes mudanças nas linhas
aéreas que tinham esses tipos de problemas.

Desde os anos 70, a política das principais empresas aéreas tem sido contratar tanto
homens como mulheres e não ter restrições quanto ao peso ou à altura. Os
comissários de voo hoje em dia têm os mesmos benefícios que os pilotos e as linhas
aéreas os reconhecem como profissionais cruciais. No final das contas, para muitos
passageiros o comissário de voo é o cartão de visitas da linha aérea.

As primeiras oito aeromoças que eram enfermeiras e foram trabalhar na Boeing


Air Transport, em 1930.

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3. LEI 7.183, DE 05/04/1984 \ PROFISSÃO DO COMISSÁRIO DE VOO

Com o advento da LEI 7.183, de 05/04/1984, a profissão ganhou outra nomenclatura e


que permanece até os dias atuais: COMISSÁRIO DE VOO, que pela definição da lei é o
auxiliar do comandante, encarregado do cumprimento das normas relativas à
segurança e atendimento dos passageiros a bordo e da guarda de bagagens,
documentos, valores e malas postais que lhe tenham sido confiados pelo Comandante.
Essa LEI é que regulamenta nossa profissão e deve ser parte integrante, em todos os
seus itens, do dia-a-dia do Comissário de Voo.

A profissão de Comissário de Voo é hoje uma profissão valorizada no meio aéreo onde
os profissionais são reconhecidos como agentes de segurança de voo,
fundamentalmente, e também responsáveis pelo conforto dos passageiros.

Nem sempre a profissão teve a valorização e o respeito da população como é hoje. No


passado muitas empresas usaram de forma inadequada as profissionais que atuavam a
bordo, com o objetivo de diminuir o medo de voar e como enfermeiras, para tornar a
aviação mais atrativa para os passageiros. Não havia a conscientização do verdadeiro
papel que este profissional deveria desempenhar a bordo: cuidar da segurança dos
passageiros e do seu bem-estar.

Muitos viam nas “aeromoças”, nomenclatura utilizada no passado para designar o


glamour da própria aviação: liberdade, possibilidade de conhecer novas cidades e
países, lugares cheios de charme que por si só já despertavam o imaginário coletivo
das pessoas, tais como Paris, Londres e Nova Iorque. O tempo, porém, encarregou-se
de corrigir essas distorções, pois a complexidade da aviação não permite mais vermos
no Comissário de Voo apenas a glamorosa figura da “aeromoça”.

Hoje, o treinamento para a aquisição dessa profissão exige muita disciplina, estudo e
esforço concentrado dos candidatos. Não basta fazer um curso de formação. É
necessário estudar muito e se distinguir num mercado altamente competitivo,
apresentando uma gama de conhecimentos e atitudes que são desenvolvidas no
decorrer do curso.

Somente aqueles que conseguem, além de internalizar todos os conhecimentos e


procedimentos práticos, adquirir essa nova postura de profissional da aviação, sério e
competente, vencem na nova carreira escolhida.

Portanto, uma grande carga horária de estudos está prevista durante o curso de
formação, porém, ela não é suficiente: o candidato deve se dedicar com afinco ao
estudo dessas disciplinas e matérias correlatas à profissão, em casa, para
complementar e sedimentar o conhecimento adquirido em sala de aula.

Esta disciplina – Comissário de Voo – é matéria obrigatória de todos os cursos de


Formação de Comissários de Voo, e, apresenta aspectos legais que irão orientar a
prática cotidiana da profissão.

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É necessário internalizar esse conhecimento, pois ele será exigido constantemente
durante a vida profissional do comissário.

Este curso é concebido de conhecimentos a serem construídos e práticas a serem


exercitadas, para constituir uma sólida formação básica indispensável para o
aspirante à função de comissário de voo, para obter o melhor aproveitamento do
treinamento em aeronave, ao ingressar em empresa de transporte aéreo, bem como
de todos os treinamentos posteriores a que se submeterá no exercício da função.

4. CURSO DE FORMAÇÃO DE “COMISSÁRIO DE VÔO” – MCA 58-11

Todos os aspectos deste tópico estão contemplados no Regimento Interno que o aluno
recebe ao se matricular na Escola, explicando detalhadamente os objetivos do curso,
grade curricular prevista, horários do curso e atividades, bem como as formas de
avaliação de desempenho.

5. MATÉRIAS DO CURSO
- Conhecimentos Gerais de Aeronaves;

- Sistema de Aviação Civil;


- Regulamentação da Aviação Civil;

- Navegação Aérea;

- Cultura Profissional de Aviação;


- Emergências a Bordo e Combate ao Fogo;

- Aspectos Fisiológicos do Comissário de Voo;

- Segurança de Voo;
- Regulamentação da Profissão do Aeronauta;
- A Aviação Civil;

- Fatores Humanos na Aviação e CRM;

- Meteorologia;

- Sobrevivência na Selva e no Mar;


- Combate a Incêndio;
- Primeiro Socorros;

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- Etiqueta Profissional;

- Maquilagem Profissional;
- Arte do Atendimento;

-Apresentação Pessoal, Postura e Uso de uniforme.

6. CARACTERÍSTICAS PSICOLÓGICAS
• Capacidade de tomar decisões: é necessário que o profissional seja capaz de
estabelecer prioridades entre soluções e atitudes a adaptar em situações imprevistas,
após avaliar os fatos e situações;

• Iniciativa: tomar decisões por conta própria, saber agir adequadamente em


situações não previstas, ou de emergência, em busca de uma solução imediata para os
problemas, quando não houver possibilidade de consultar seus superiores;

• Capacidade de planejamento: fundamental para organizar o trabalho de maneira


eficiente, prevendo possíveis situações e respectivas soluções;

• Atenção concentrada: necessária para trabalhar em ambiente com estímulos e


necessidades diversas, mantendo o desempenho adequado;

• Atenção a detalhes: esta é uma característica fundamental, pois muitas vezes os


grandes problemas começam com variações mínimas em relação ao padrão normal. Se
o comissário de voo consegue perceber essas variações, ele poderá ter uma atuação
pró ativa e preventiva a bordo;

• Atenção difusa: o comissário de voo deverá estar atento a tudo o que ocorre a sua
volta;

• Raciocínio lógico e verbal: raciocinar de forma rigorosa é uma característica


necessária para uma boa interpretação e estabelecimento de comunicação verbal
sensata e eficaz com os passageiros e com a tripulação.

• Expressão oral e escrita: saber manifestar o pensamento de forma correta através


da palavra ou da escrita.

• Capacidade de adaptação a trabalho em lugar confinado: o ambiente confinado


não poderá ser um empecilho para o trabalho do comissário.

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• Habilidade nas relações interpessoais: o comissário de voo deve gostar de se
relacionar com pessoas e acima de tudo deve saber estabelecer um relacionamento
profissional com elas;

• Bom humor: esta é uma das características fundamentais para que o trabalho seja
prazeroso;

• Precisão e exatidão: são fundamentais para que o comissário de voo expresse com
fidelidade seus pensamentos, seja pontual e muito rigoroso na execução de suas
funções;

• Capacidade de executar tarefas repetidas: o comissário de voo deverá ter


habilidade para executar a mesma tarefa em um curto espaço de tempo;

• Capacidade de trabalhar em equipe: o espírito de equipe e a colaboração devem


estar presentes no exercício da função do comissário de voo;

• Capacidade de organização: devido à vida atribulada e intensa, ele deverá ser uma
pessoa com habilidade para planejar seu trabalho de maneira eficiente;

• Rapidez de percepção e de raciocínio: habilidade para desempenhar com rapidez e


eficiência tarefas que requeiram o máximo de precisão e minúcia;

• Equilíbrio emocional: capacidade de controlar as emoções não deixando que elas


interfiram no seu trabalho;

• Empatia: habilidade de se colocar no lugar do outro e tentar compreender o


comportamento do outro;

• Capacidade de se abster de juízos de valor e de atitudes preconceituosas: o


comissário de voo não poderá julgar as atitudes das pessoas, assim como não deverá
ter preconceitos de raça, sexo ou credo;

• Flexibilidade: o comissário de voo deverá estar apto a se adaptar a diversas


aplicações e trabalhos;

• Memória: capacidade de lembrar com detalhes de algo que viu ou fez realizando as
tarefas programadas segundo os padrões e as normas da empresa;

• Capacidade de adaptação a situações novas: o comissário de voo deve ter a


facilidade em lidar frequentemente com situações novas;

• Disciplina: o comissário de voo deverá sempre obedecer às normas, diretrizes e


orientações da empresa na qual trabalha.

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7. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS
. Acuidade visual; . Agilidade;

. Acuidade olfativa; . Resistência física;

. Acuidade auditiva; . Rapidez.

8. CARACTERÍSTICAS PESSOAIS
As principais características que facilitarão seu desenvolvimento pessoal e profissional
na aviação são:

1. Estar aberto a novos relacionamentos;


2. Comunicar-se de forma efetiva (objetiva, clara, direta);

3. Tratar todas as pessoas, colegas, passageiros, amigos, inimigos, com deferência,


respeito, educação, bons modos e boas maneiras, sem sarcasmo ou hostilidade;

4. Jamais esquecer as palavras mágicas: “Com Licença”, “Por favor”, “Muito Obrigado
(a)”, “Desculpe”. São palavras que abrem as portas para você, e, a ausência delas,
fecha as portas com maior rapidez do que abriu.

5. Não se envolva em fofocas ou confusões. Mantenha uma postura profissional;

6. Seja ético;
7. Procure saber o nome das pessoas e chame-as pelo seu nome próprio;

8. Olhe nos olhos das pessoas;

9. Fale a verdade, porém, sem agredir, sem raiva, de forma equilibrada;

10. Não crie um “mundo de fantasia”, seja você mesmo!


11. Sorria com olhos e não apenas com os lábios;

12. Preserve-se.

9. PECULIARIDADES DO TRABALHO DO AERONAUTA


1. Permanecer longe de casa por períodos de até 6 (seis) dias;

2. Ter Folgas em dias de semana quando os seus familiares e amigos estão


trabalhando;

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3. Trabalhar nos finais de semana e feriados enquanto seus familiares e amigos estão
de folga, participam de festas e reuniões, etc.;

4. No Natal e no Ano Novo você poderá estar trabalhando e passar essa data com
pessoas, por vezes, completamente desconhecidas e em qualquer parte do Brasil ou
do mundo, enquanto seus familiares e amigos estarão reunidos comemorando o Natal
e/ou o Ano Novo;

5. Sua família e seus filhos (caso tenha) sentirão muito a sua falta e você mesmo irá
demorar um tempo para se acostumar com a “vida cigana” de aeronauta;

6. É importante aprender a arrumar a mala rapidamente, pois sua escala de vôo


poderá sofrer alteraçõesa qualquer instante;
7. Aprenda a tomar banho, se vestir e se maquilar (as mulheres) rapidamente;

8. Aprenda a ser organizado, isso facilitará o seu dia-a-dia;

9. Não sofra antes do tempo pelas ausências que com certeza acontecerão, você
poderá compensar sua família e amigos com a qualidade do relacionamento, com
carinho e atenção, sempre que for possível;

10. Leve sempre um bom livro em sua mala, ele poderá ajudá-lo nas noites de insônia,
nas demoras e atrasos nos aeroportos, etc.;

11. Aproveite as coisas boas que a aviação oferece: conhecer novas pessoas,
relacionar-se bem com diferentes culturas, conhecer novos lugares, etc.

10. CERTIFICADO DE CAPACIDADE FÍSICA


O CCF é um documento oficial, mandatório, sem o qual o aluno não poderá participar
do Curso de Formação de Comissário de Voo.

A ANAC abre uma exceção de 30 dias, contados do início do curso, para o aluno
apresentar o Certificado de Capacidade Física (CCF), sendo que, neste período em
que ainda não tirou seu CCF, o aluno não poderá participar das aulas práticas de
Sobrevivência no Mar, na Selva e Combate ao Fogo. O CCF deve ser renovado,
anualmente, cabendo ao Comissário (a) providenciar sua renovação, no mínimo, 1(um)
mês antes do vencimento.

Para realizar o 1º exame junto ao CEMAL (Centro de Medicina Aeroespacial), o aluno


deverá levar no dia do exame, as vacinas solicitadas, carta de encaminhamento
emitido pela escola, exame de fezes e exame oncológico preventivo (mulheres).
Quaisquer dúvidas, os alunos poderão receber maiores informações na secretaria da
Escola.

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11. LICENÇA DE VOO E CERTIFICADO DE HABILIAÇÃO TÉCNICA
Com relação à obtenção da Licença de Vôo, o detalhamento consta do Regimento
Interno, documento recebido e assinado pelo aluno, por ocasião de sua matrícula no
Curso de Formação de Comissários de Vôo.

O CHT – Certificado de Habilitação Técnica é um documento que a empresa


contratante deverá providenciar, programando o funcionário contratado para o
treinamento teórico e prático (visitação à aeronave) e, posteriormente,
encaminhando a documentação e comprovação do treinamento, para a ANAC.

É um item que não se aplica à Escola. Apenas como informação geral, para cada tipo
de aeronave (exemplos: B-737, B-767, A-340, etc.) a empresa contratante irá
programar o treinamento do comissário de vôo (normalmente, 1 (hum)dia de aula
teórica e 1 (hum) dia de aula prática) para obter a carteira (Habilitação Técnica) de
cada equipamento que ele irá voar.

Cada treinamento é seguido de uma prova teórica e prática tanto para a empresa
quanto para a ANAC.O vencimento do CHT e a sua conseqüente renovação é a cada 2
(dois anos), sendo de inteira responsabilidade do detentor da mesma (comissário)
informar à empresa seu vencimento com uma antecedência mínima de 60 dias, para
ser programado o curso de revalidação da mesma.

12. LISTA DE ABREVIATURAS E TERMOS UTILIZADOS


SIGLA/DEFINIÇÃO:

ATTD. AER. - Autoridade Aeronáutica

ACR - Ação Corretiva Retardada


AD - Airworthiness Directive (Diretriz de Aeronavegabilidade)

AFM - Aircraft Flight Manual (Manual de Voo da Aeronave)

ANAC - Agencia Nacional de Aviação

AOG - Aircraft on Ground (Aeronave no Solo)


AP - Auto Pilot (Piloto Automático)

APAA - Atestado de Produto Aeronáutico Aprovado


ASV - Agente de Segurança de Voo

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ATA - Air Transport Association

ATC -Air Traffic Control (Controle de Tráfego Aéreo)


BI - Boletim de Informação

BT - Biblioteca Técnica

CA - Certificado de Aeronavegabilidade

CBAER - Código Brasileiro de Aeronáutica


CCO - Centro de Coordenação Operacional

CD-ROM - Compact Disk Read Only Memory

CDU - Cockpit Display Unit


CHE - Certificado de Homologação de Empresa
CHETA - Certificado de Homologação de Empresa de Transporte Aéreo

CHST - Certificado de Homologação Suplementar de Tipo

CHT - Certificado de Homologação de Tipo (referindo-se à aeronave)


CHT - Certificado de Habilitação Técnica (referindo-se ao tripulante)

CIAA - Comissão de Investigação de Acidente Aeronáutico

CMR - Combustível Mínimo Requerido

CMT - Comandante
CANAC - Código da ANAC

CSLI - Cycles Since Last Inspection (Ciclos Desde a Última Inspeção)

CSN - Cycles Since New (Ciclos Desde Novo)


CSO - Cycles Since Overhaul (Ciclos Desde Revisão Geral)

CTM - Controle Técnico de Manutenção

CVR - Cockpit Voice Recorder (Gravador de Voz da Cabine de Comando)

DA - Diretriz de Aeronavegabilidade
DATA - Data de Vencimento de Itens com Vencimento por Data

EA - Especificação de Aeronave (TCDS do CTA / IFI para Avião)


EC - Elemento Credenciado (do CENIPA)

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EO - Especificações Operativas

FDR - Flight Data Recorder (Gravador de Dados de Voo)


FIAM - Ficha de Inspeção Anual de Manutenção

FIEV - Ficha de Instrumentos e Equipamentos de Voo

FISTEL - Fundo de Fiscalização das Telecomunicações

GER - Gerência Regional


IAC I- nstrução de Aviação Civil

IATA - International Aviation Transportation Association (Associação Internacional dos


Transportadores Aéreos)

ICAO - International Civil Aviation Organization

IFI - Instituto de Fomento e Coordenação Industrial


IFR - Instrument Flight Rules (Regras de Voo por Instrumento)

INSPAC - Inspetor de Aviação Civil

IMC - Instrument Meteorological Condition (Condição Meteorológica de Voo por


Instrumentos)

MEL - Minimum Equipment List (Lista de Equipamentos Mínimos)


MGE - Manual Geral da Empresa

MPI - Manual de Procedimentos de Inspeção

MTA - Manifesto de Transporte Aéreo


NCIA - Notificação de Condição Irregular de Aeronave

NM - Milhas Náuticas

NSMA - Norma de Serviço do Ministério da Aeronáutica

OACI - Organização da Aviação Civil Internacional


OJT - On the Job Training

OS - Ordem de Serviço

OSV - Oficial de Segurança de Voo


PAX - Passageiro
PBO - Peso Básico Operacional

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PC - Piloto Comercial

PLA - Piloto de Linha


PSEA - Plano de Segurança Aeroportuária

PM - Piloto Monitorando

PV - Piloto Voando

PPAA - Programa de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos


PTrnOp - Programa de Treinamento de Operações

QAV - Querosene de Aviação

RAB - Registro Aeronáutico Brasileiro


RBHA - Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica
RVR - Runway Visual Range (Alcance Visual na Pista)

SAC - Seção de Aviação Civil

SIE - Sub-departamento de Infra-Estrutura


SIPAER - Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos

SL - Service Letter (Carta de Serviço) SOP Sub-departamento de Operações SPL Sub-


departamento de Planejamento

STE - Sub-departamento Técnico

TBO - Time Between Overhaul (Tempo entre Revisão Geral)


TLV - Life Limit Time (Tempo Limite de Vida)

TSLI - Time Since Last Inspection (Tempo Desde a Última Inspeção)

TSN - Time Since New (Tempo Desde Novo)

TSO - Time Since Overhaul (Tempo Desde Revisão Geral)


VFR - Visual Flight Rules (Regras de Voo Visuais)

VMC - Visual Meteorological Condition (Condições Meteorológicas de Voo Visual)

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