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Organização do espaço em instituições pré-escolares

Mara I. Campos de Carvalho


Marcia R. Bonagamba Ruabiano

De acordo com as autoras recentemente tem havido um reconhecimento crescente da


importância de componentes do ambiente sobre o desenvolvimento da criança (David e
Westein, 1987; Wachs e Camli,1991). Entretanto, as características físicas de um
ambiente geralmente são negligenciadas no planejamento de ambientes infantis
coletivos, sejam eles creches, escolas, hospitais, exceto pelas recomendações gerais de
que esses ambientes devem ser ricos e estimuladores. Inclusive em estudos sobre
desenvolvimento da criança este fato também ocorre, revelando assim um ponto de
vista que considera os componentes físicos do ambiente como um cenário sem grande
importância.
Segundo Weistein e Mignano (1993), que comentam especificamente sobre sala de
aula, dizem que, a menos que ela se torne muito quente ou muito fria, muito populosa
ou barulhenta, geralmente é tida simplesmente como um cenário, ou pano de fundo,
para interação. Contudo, a organização da sala de aula tem influência sobre os usuários
determinando em parte o modo como professores e alunos sentem, pensam e
comportam. Dessa forma, um planejamento cuidadoso do ambiente físico é parte
integrante de um bom manejo do ensino em sala de aula.
Através do texto pretendemos auxiliar o leitor a reconhecer como os aspectos físicos
do ambiente exercem impacto sobre os comportamentos de seus usuários e como o
educador pode organizar ambientes em função dos objetivos que pretende atingir. Para
isto focalizaremos: a) as funções que a organização do ambiente pode exercer tendo
em vista o desenvolvimento infantil; b) as relações entre certas concepções de
desenvolvimento e a organização do espaço educacional; c) pesquisas que realizamos
apontando a influência da organização espacial na interação e brincadeira de crianças
em creche e d) a experiência de assessoria em uma das creches estudadas.
1. Funcões da organização do ambiente
2- Promover Identidade pessoal:
3- Promover o desenvolvimento de competência:
4- Promover oportunidade para crescimento: A oportunidade para explorar
ambientes ricos e variados geralmente esta associada ao desenvolvimento
cognitivo, social e motor. De acordo com Olds(1987) para tornarmos um
ambiente mais rico e variado devemos oferecer oportunidades para
movimentos corporais e para estimulação dos sentidos.
- Movimentos Corporais:
- Estimulação dos sentidos:
5- Promover sensação de segurança
6 -Promover oportunidades para contato social e privacidade
2- Organização do espaço e concepções de desenvolvimento: Os educadores já estão
em geral, conscientes de como objetivos, conteúdos e métodos educacionais variam em
funções das teorias psicológicas e filosofias subjacentes, como apontado por Kolberg e
Mayer(1972)
De acordo com o observado, a creche constitui um contexto de socialização de
crianças pequenas. Neste contexto, um adulto cuida simultaneamente de várias
crianças, sendo que os parceiros mais disponíveis para interação são outras crianças,
geralmente coetâneas.
3- Estudos sobre arranjo espacial: Considerar as interações entre crianças como tão
importantes quanto as interações adulto-criança para o desenvolvimento infantil.
4- Organização espacial: relato de uma experiência de acessoria: Cabe ao adulto a
responsabilidade pela estruturação e organização do ambiente, para favorecer o
envolvimento das crianças em atividades e em interações. Fica evidente com o trabalho
de intervenção que o arranjo espacial é um dos aspectos do contexto ambiental que
exerce uma clara influência no padrão de ocupação do espaço pelas crianças e
conseqüentemente, na oportunidade de interações entre elas e com os adultos, como
também nas atividades por elas desenvolvidas. Embora nossos estudos tenham
focalizado mais especificamente o arranjo espacial, é importante lembrar que outros
aspectos do ambiente, tais como os apontados na apresentação inicial sobre as funções
dos ambientes, devem ser contemplados ao se planejar ambientes infantis.
Com o exposto esperamos ter auxiliado o leitor a se tornar mais sensível aos aspectos
físicos dos ambientes e às mensagens comunicadas por eles, reconhecendo a
necessidade de incluir esses aspectos no planejamento d ambientes infantis coletivos.

Parfor 2012 – Turma 1º A


Leni
Jeane
Camila
Erika
Kezedy
Pamela
Priscila

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