Você está na página 1de 3

Curso de Introdução ao Pensamento de Hegel

OBJETIVOS
O presente curso pretende oferecer uma introdução do pensamento de Hegel a
partir de seus próprios textos. Isso implica em fazer o estudante tomar contato com o
estilo de pensamento de Hegel diretamente a fim de, aos poucos, conquistar autonomia
na leitura. Obviamente, quatro encontros, a duração do curso, são incapazes de
proporcionar isso em sua inteireza, de maneira que o curso se valerá de uma abordagem
ao mesmo tempo panorâmica (porque irá sugerir uma ideia geral acerca de Hegel) como
também uma específica, ao se voltar a textos específicos do filósofo.
CONTEÚDOS
Os encontros serão assim organizados e divididos:
1) Apresentação geral de Hegel, sua biografia, história do período, obras,
desenvolvimento de seu pensamento;
2) Leitura do primeiro capítulo da Diferença entre entre os sistemas filosóficos
de Fichte e Schelling (1801);
3) Leitura da introdução, primeiro capítulo, trechos do prefácio da
Fenomenologia do Espírito (1807); leitura do subcapítulo “Independência e
dependência da consciência-de-si: dominação e escravidão” (tendo como pano de fundo
Hegel e o Haiti de Susan Buck-Morss);
4) Leitura do prefácio, introdução e trechos selecionados da Sociedade Civil-
Burguesa da Filosofia do Direito (1821).
MÉTODOS
As aulas serão expositivas e dialogadas.
ATIVIDADES DISCENTES
Se houver interesse da parte dos estudantes, poder-se-ão realizar um trabalho
escrito no formato de artigo sobre algum dos tópicos abordados.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
HEGEL, G.W.F. A sociedade civil-burguesa (Textos Didáticos). Tradução de Marcos
Lutz Muller, Campinas: IFCH/UNICAMP, nº 21, 1996.
HEGEL, G.W.F. Diferença entre os sistemas filosóficos de Fichte e Schelling.
Tradução de Carlos Morujão. Lisboa: Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa-
Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2003,
HEGEL, G.W.F. Filosofia do Direito. Tradução de Paulo Meneses et alii. São Paulo:
Loyola; São Leopoldo: UNISINOS, 2010.
HEGEL. G.W.F. Fenomenologia do Espírito. Tradução de Paulo Meneses. Petrópolis:
Vozes, 2007.
HEGEL. G.W.F. Quem pensa abstratamente?. Tradução de Charles Feitosa. Revista
Síntese Nova Fase, v. 22, n. 69, 1995.
HEGEL, G.W.F. Werke. Frankfurt am Main: Surkhamp, 1986

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

ADORNO, Theodor W. Três estudos sobre Hegel. Tradução de Ulisses Razzante


Vaccari, São Paulo: UNESP, 2013.
ARANTES, Paulo Eduardo. Ressentimento da Dialética. São Paulo: Paz e Terra,
1996.
BEISER, Frederick. Hegel. Tradução de Guilherme Rodrigues Neto, São Paulo:
Ideias&Letras, 2014.
BOURGEOIS, Bernard. O pensamento político de Hegel. Tradução de Paulo Neves da
Silva, São Leopoldo: Unisinos, 1999.
BUCHWALTER, Andrew (org.). Hegel and Capitalism. Nova Iorque: Suny Press,
2015.
BUCK-MORSS, Susan. Hegel e o Haiti. Tradução de Sebastião Nascimento. São
Paulo: N-1 Edições, 2017.
DROZ, Jacques. Europa: Restauración y Revolución – 1815-1848. Tradução de
Ignacio Romero de Solís, México-Espanha-Argentina: Siglo Veintiuno, 1974.
DROZ, Jacques. Histoire des Doctrines Poliques em Allemagne. Paris: PUF, 1968.
GOETHE, Johann Wolfgang von. Fausto I. Tradução de Jenny Klabin Segall, São
Paulo: 34, 2004.
GOETHE, Johann Wolfgang von. Os anos de aprendizado de Wilhelm Meister.
Tradução de Nicolino Simone Neto, São Paulo: 34, 2009.
HABERMAS, Jürgen. O Discurso Filosófico da Modernidade. Tradução de Luiz
Sérgio Repa e Rodnei Nascimento, São Paulo: Martins Fontes, 2002.
HYPPOLITE, Jean. Gênese e Estrutura da Fenomenologia do Espírito de Hegel.
Tradução de Sílvio Rosa Filho et alii. São Paulo: Discurso Editorial, 1999.
KAUFMANN, Walter. “The Hegel Myth and its Method”, in: MACINTYRE, Alasdair.
Hegel: A Collection of Critical Essays. New York: Achor Books, 1972.
KERVÉGAN, J-F. “L’institution de la liberté”, in: HEGEL, G. W. F. Principes de la
philosophie du droit. Paris: PUF, 2016.
KNOWLES, Dudley. Hegel and the Philosophy of Right. Routledge, London: 2002.
LOSURDO, Domenico. A hipocondria da antipolítica. Tradução de Jaime Clasen, Rio
de Janeiro: Revan, 2014.
LOSURDO, Domenico. Hegel et la Catastrophe Allemande. Tradução de Charles
Alunni, Paris: Alvin Michel.
LOSURDO, Domenico. Hegel Marx e a tradição liberal – liberdade, igualdade,
Estado. Tradução Carlo Alberto Fernando Nicola Dastoli; revisão técnica Marco
Aurélio Nogueira, São Paulo: UNESP, 1998.
LUKÁCS, György. O jovem Hegel e os problemas da sociedade capitalista.
Tradução de Nélio Schneider. São Paulo: Boitempo, 2018.
NOBRE, Marcos. Como nasce o novo. São Paulo: Todavia, 2018.
PINKARD, Terry. Hegel – Uma biografía. Tradução de Carmen García-Trevijano
Forte, Acento: Madrid, 2001.
ROSENFIELD, Denis. Política e Liberdade em Hegel. São Paulo: Ática, 1995.
RUBIN, Isaac Ilich. História do Pensamento Econômico. Tradução de Rubens
Enderle, UFRJ: Rio de Janeiro, 2014.
SAFATLE, Vladimir. “A forma institucional da negação: Hegel, liberdade e os
fundamentos do Estado moderno”, in: Revista Kriterion, n. 125, Belo Horizonte, 2012.
SMITH, Adam. A Riqueza das Nações (Vol. I e II). Tradução de Luiz João Baraúna,
São Paulo: Abril Cultural, 1983.
TAYLOR, Charles. Hegel. Tradução de Nélio Schneider, São Paulo: É Realizações,
2014.
WASZEK, Norbert. The Scottish Enlightenment and Hegel’s Account of “Civil
Society”. Dordrecht: International Archives of the History of Ideas: 1998.
WEIL, Eric. Hegel e o Estado. Tradução de Carlos Nougué, São Paulo: É Realizações,
2011.
WERLE, Marco Aurélio. A questão do fim da arte em Hegel. São Paulo: Hedra, 2011.

Você também pode gostar