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Instalações Elétricas
1º/2021
Projeto Elétrico
Etapas
Detalhes,
Memorial
Dimensionamento de Dimensionar Equilibrar as Diagrama Unifilar
Descritivo/Cálculo
Eletrodutos Alimentador Fases Geral
e Lista de
Material
Proteção em Instalações Elétricas
• Proteção contra choques elétricos: Proteção contra contatos diretos; Proteção contra
contatos indiretos.
São dispositivos que garantem simultaneamente, a manobra e a proteção contra correntes de sobrecarga e
contra correntes de curto-circuito;
Numa instalação elétrica, residencial, comercial ou industrial, o importante é garantir as condições ideais de
funcionamento do sistema sob quaisquer condições de operação, protegendo os equipamentos e a rede
elétrica de acidentes provocados por alteração de corrente.
• Quanto à tensão de operação: Disjuntores de baixa tensão (até 1000 V) e Disjuntores de média e alta
tensões (acima de 1000 V):
Curva de Atuação Tempo x Corrente de um Dispositivo de Proteção
Os dispositivos de proteção apresentam características de operação definidas através de uma curva
ou zona tempo x corrente.
A NBR 5410 estabelece que “os condutores vivos devem ser protegidos por um ou mais dispositivos de seccionamento
automático contra sobrecargas e contra curtos-circuitos”. Estabelece também que “as proteções contra os curtos-circuitos
e contra as sobrecargas devem ser devidamente coordenadas, de modo que a energia que o dispositivo de proteção
contra curtos-circuitos deixa passar, por ocasião de um curto, não seja superior à que pode suportar, sem danos, o
dispositivo de proteção contra sobrecargas”.
Conforme a NBR 5410 devem ser previstos dispositivos de proteção para interromper toda corrente de sobrecarga nos
condutores dos circuitos antes que esta possa provocar um aquecimento prejudicial à isolação, às ligações, aos terminais
ou às vizinhanças das linhas.
Deve haver uma coordenação entre os condutores e o dispositivo de proteção, de forma a satisfazer as duas condições
seguintes:
Onde:
IB é a corrente de projeto do circuito;
IN é a corrente nominal do dispositivo de proteção;
IZ é a capacidade de condução de corrente dos condutores;
I2 é a corrente que assegura efetivamente a atuação do dispositivo de proteção; na prática, a corrente I2 é considerada igual à corrente convencional
de atuação para disjuntores. Nota: A condição “b” é aplicável quando for possível assumir que a temperatura limite de sobrecarga dos condutores não
seja mantida por um tempo superior a 100 h durante 12 meses consecutivos, ou por 500 h ao longo da vida útil do condutor. Quando isto não for
ocorrer, a condição b deve ser substituída por I2 < IZ .
1) Exemplo : Dimensionar o disjuntos para proteção de um circuito terminal de um chuveiro, com
as seguintes características:
Pn = 4400W; 220V, Ip = 20A, Ip’ = 25 A, bitola do condutores 4,0 mm2 sendo utilizados condutores
de cobre com isolação de PVC, instalados na maneira B1, onde existe um outro circuito , sendo
30° C a temperatura ambiente.
20 ≤ In ≤ 25, 6 20 ≤ 23 ≤ 25, 6
31,05 ≤ 37,12
2) Exemplo: Dimensionar o disjuntos para proteção de um circuito terminal de uma torneira
elétrica, com as seguintes características:
Pn = 3400W; 220V, Ip = 15,45A, Ip’ = 22,07 A, bitola do condutores 2,5 mm2 sendo utilizados
condutores de cobre com isolação de PVC, instalados na maneira B1, onde existe mais 2 circuitos
, sendo 30° C a temperatura ambiente.
15,45 ≤ In ≤ 16,8
A NBR 5410 estabelece que os condutores vivos devam ser protegidos por um ou mais dispositivos de seccionamento
automático contra sobrecargas e contra curtos-circuitos.
A NBR 5410 estabelece que “devam ser previstos dispositivos de proteção para interromper toda corrente de curto-circuito
nos condutores dos circuitos, antes que os efeitos térmicos e mecânicos dessa corrente possam tornar-se perigosos aos
condutores e suas ligações”.
As correntes presumidas de curto-circuito devem ser determinadas em todos os pontos da instalação julgados
necessários, nos quais serão aplicados os dispositivos de proteção. Recomendações:
A-O dispositivo de proteção deve ter capacidade de ruptura compatível com a corrente de curto circuito presumida no
ponto de sua instalação.
B- O dispositivo de proteção deve ser rápido o suficiente para que os condutores do circuito não ultrapassem a
temperatura limite
Para curo circuitos assimétricos ou simétricos, com duração inferior a cinco segundos, o tempo limite de atuação do
dispositivo de proteção pode ser calculado pela expressão:
Correntes de curtos-circuitos presumidas
Da Tabela:
Icco= 11,2KA (curto diretamente no secundário do transformador)
cos Ø = 0,3
l= 60m
S 2x120 = 240mm2
CONCLUSÃO
2) O dispositivo de proteção do circuito de proteção do circuito parcial (terminal) em que ocorreu o curto com Icc2 deve
possuir capacidade de ruptura > 3,61KA, portanto fusível ou disjuntor com Ir > 5 KA (valor comercial).
Disjuntores Diferenciais Residuais (DR)
Proteção dos condutores contra sobrecorrentes, garantem a proteção das pessoas
contra choques elétricos e a proteção dos locais contra incêndio, nas condições
descritas na NBR 5410. Além disso, esses disjuntores são ideais para controlar o isolamento da
instalação, impedindo o desperdício de energia por fuga excessiva de corrente e qualidade da
instalação.
A situação ideal é a de que IDR = 0, no entanto na realidade IDR _ 0 (correntes naturais de fuga)
Atuação: IDR = IDn (corrente diferencial residual nominal de atuação)
2. Podem ser instalados dispositivos DR na proteção geral da instalação e/ ou nas proteções individuais de circuitos
terminais.
3. Dependendo dos níveis de corrente de fuga do sistema, à instalação, devem-se tomar cuidados especiais na
sensibilidade dos dispositivos DR, pois principalmente se instalados na proteção geral poderão causar seccionamentos
intempestivos da rede de alimentação de toda a instalação;
4. Quando tivermos dispositivos DR na proteção geral e nos circuitos terminais, deverá ser feita uma coordenação
buscando a seletividade da atuação. O dispositivo de maior sensibilidade de atuação deverá ser instalado no circuito
terminal e o de menor sensibilidade no circuito de distribuição, obedecidos os limites fixados em norma;
5. Recomenda-se o uso de dispositivos DR de alta sensibilidade, como medida adicional na proteção contra contatos
diretos;
6. Utilização de dispositivos DR’s de alta sensibilidade ( I n < 30 m A) na proteção de circuitos terminais que sirvam a:
• Tomadas de corrente em cozinhas, lavanderias, copas-cozinhas, áreas de serviços, garagens, locais com pisos e/ou
revestimentos não isolantes (BC3) e áreas externas;
• Tomadas de corrente que, embora instaladas em áreas internas, possam alimentar equipamentos de uso em áreas
externas;
7. Utilização de DR’s de alta sensibilidade na proteção de aquecedores elétricos de locais contendo banheira ou chuveiro
8. Utilização de DR’s de alta sensibilidade na proteção de circuitos em eletrodutos metálicos embutidos em áreas de
piscinas.
9. Em nenhum caso, o condutor neutro deve ser interligado a Terra a jusante de um dispositivo diferencial- residual.
Esquema de Ligação dos Disjuntores nos Quadros de Distribuição
Comercialmente, os dispositivos de proteção à corrente diferencial residual são fornecidos como módulos
acoplados elétrica e mecanicamente a disjuntores termomagnéticos, constituindo, portanto um único
dispositivo. Desta forma, garante-se em um mesmo dispositivo, a proteção dos condutores contra sobrecarga
e curtos-circuitos (módulo termomagnético) e a proteção das pessoas contra choques elétricos (módulo
diferencial residual).
No mercado nacional, encontramos diversos fabricantes de dispositivos DR’s, fornecidos nos tipos bipolares,
tripolares e tetrapolares.
Dispositivo de Proteção contra Surtos - DPS
Surto elétrico é uma onda transitória de tensão, corrente ou potência que tem como característica
uma elevada taxa de variação por um período curtíssimo de tempo. Ele se propaga ao longo de
sistemas elétricos e pode causar sérios danos aos equipamentos eletroeletrônicos.
1.Descargas Atmosféricas;
2. Manobras de Rede;
3. Liga/Desliga de Máquinas
Obrigatoriedade dos DPS’s
• A Norma ABNT 5410/2004, em seu item 5.4.2.1, estabelece que todas as edificações dentro
do território brasileiro que forem alimentadas total ou parcialmente por linha área e se situarem
onde há ocorrência de trovoadas em mais de 25 dias por ano;
• Com relação ao DPS é importante entender que quando ocorre um surto, o DPS desvia este
surto para o sistema de aterramento, isto ocorre numa fração de segundos e costuma ser tão
rápido, que o disjuntor nem chega a detectar esta fuga para aterramento. Exatamente por isso
que o DPS é ligado fase de um lado e terra do outro.
• Parece mesmo que você está fechando um curto circuito entre fase e terra, e na verdade
quando o DPS detecta um surto, ele fecha sim um curto entre fase e terra, mas isso acontece
em um período extremamente curto de forma que não seja prejudicial para a instalação.
Classificação do DPS
De acordo com a NBR IEC 61643-1, o DPS pode ser classificado em três classes, classe I, II e III. A
classe I é destinada a proteção contra surtos elétricos conduzidos, provenientes de descargas
atmosféricas diretas, geralmente recomendados para locais com alta exposição e/ou que sejam
dotados de SPDA – Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas;
O DPS classe II é destinado a proteção contra surtos elétricos ocasionados por descargas
atmosféricas indiretas, ou seja, caem próximo à edificação ou as linhas de transmissão de energia ou
dados;
O DPS classe III é um dispositivo de proteção que deve ser utilizado próximo ao equipamento
protegido. Normalmente utilizado como complemento de proteção ou em locais com baixa exposição .
Instalação _ O protetor de surto não possui polaridade e deverá ser posicionado sempre depois do
disjuntor geral de uma instalação elétrica, se o quadro de distribuição onde fica o disjuntor geral
possuir um dispositivo diferencial residual o famoso DR, o DPS ( dispositivo de proteção contra
surto) ou bem dizer protetor de surto deverá ser posicionado antes do mesmo ( DR ).