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Conceitos básicos de população

aula 1

1. a) População absoluta é a população total de um determinado local. Quando esse local tem
uma população absoluta numerosa, dizemos que ele é populoso.
b) População relativa é a média de habitantes por quilômetro quadrado obtida pelo quociente
da divisão da população absoluta pela área. Quando o local tem mais de 100 habitantes por
quilômetro quadrado, dizemos que é povoado.
c) Taxa de mortalidade (TM) corresponde à relação entre o número de óbitos ocorridos em um
ano e a população absoluta, cujo resultado é expresso por mil.
d) Taxa de natalidade (TN) corresponde à relação entre o número de nascimentos em um ano
e a população absoluta, cujo resultado é expresso por mil.
e) Taxa de fecundidade (ou de fertilidade) corresponde à média de filhos por mulher em idade
reprodutiva (dos 15 aos 49 anos).
f ) Crescimento natural ou vegetativo (CV) é a diferença entre a taxa de natalidade (TN) e a de
mortalidade (TM).
2. Índice de desenvolvimento humano (IDH) é o cálculo feito pela ONU para analisar as condições de
vida da população de determinado local, levando em conta três fatores: escolaridade, esperança
de vida e renda per capita.
3. a) Renda per capita é o resultado da divisão do PIB (Produto Interno Bruto) pela população
absoluta de determinado local.
b) Grau de escolaridade é o cumprimento de um determinado ciclo de estudos. Se um indivíduo
completou todos os anos de um ciclo e for aprovado, diz-se que ele obteve o grau de escolaridade
do ciclo em questão.
c) Analfabetismo é a condição do indivíduo que não sabe ler nem escrever sequer o próprio
nome.
d) Expectativa de vida corresponde à quantidade de anos que vive, em média, determinada
população.
4. a) Baixo IDH – São países que apresentam os mais baixos indicadores socioeconômicos,
como altas taxas de pobreza e de mortalidade infantil, baixa expectativa de vida e renda e
elevada percentagem de subnutrição entre a população.
Exemplos: Serra Leoa (0,365), Burundi (0,394) e Afeganistão (0,362).
b) Médio IDH – São países que apresentam melhores indicadores socioeconômicos, com uma po-
pulação miserável relativamente menor do que aquela dos países com baixo IDH, mas ainda
com um grande número de pobres e problemas relacionados à concentração de renda.
Exemplos: Turquia (0,732), África do Sul (0,683) e Colômbia (0,764).
c) Alto IDH – São países que apresentam melhores indicadores socioeconômicos e uma impor-
tante parcela da população com elevado padrão de vida, mas que ainda apresentam problemas
relacionados à concentração de renda, insuficiência de moradias e de serviços públicos com qua-
lidade, etc.
Exemplos: Rússia (0,817), México (0,854) e Brasil (0,799).

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d) Altíssimo IDH – acima de 0,900. São países que apresentam os melhores indicadores
socioeconômicos, como elevada renda per capita, baixas taxas de analfabetismo e mortalidade
infantil, elevada expectativa de vida, além de serviços públicos de qualidade.
Exemplos: Noruega (0,971), Canadá (0,966) e Japão (0,960).
5. População absoluta é o número total de habitantes de um espaço qualquer, enquanto população
relativa é a relação entre a população absoluta e o espaço territorial que ela ocupa, ou seja, é a
densidade demográfica.
6. Taxa de natalidade (TN) é a relação entre o número de nascimentos ocorridos em um ano e o
número de habitantes, enquanto a taxa de fecundidade expressa o número de filhos que uma
mulher tem no decorrer da vida ou o número de nascimentos por 1 000 mulheres em idade de
procriar (dos 15 aos 49 anos).

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Fases de crescimento e teorias demográficas
aula 2

1. Os principais fatores de crescimento demográfico são o crescimento natural (ou vegetativo) e


o saldo migratório positivo.
2.

Fase Denominação Características


Altas taxas de natalidade e altas taxas de mor-
talidade; a população crescia lentamente.
1ª Pré-transição
Esse período estende-se desde a Pré-História
até a Idade Moderna.
Altas taxas de natalidade e queda nas taxas
de mortalidade. Com as melhorias das con-
2ª Início da transição demográfica
dições de higiene, a mortalidade caiu, mas as
pessoas continuavam tendo muitos filhos.
Tanto a taxa de natalidade quanto a de mor-
talidade sofrem quedas. Com o avanço dos
métodos anticoncepcionais e o planejamen-
to familiar, a natalidade caiu; as melhorias no
3ª Fim da transição demográfica
saneamento básico e condições alimentares,
além do avanço da medicina, fizeram com
que a taxa de mortalidade caísse. O Brasil en-
contra-se nessa fase.
Com crescimento vegetativo muito baixo, in-
ferior a 1% ao ano, ou crescimento vegetativo
negativo, a taxa de natalidade é inferior à de
mortalidade. A população dos países desen-
volvidos, por razões culturais e financeiras,
4ª Regime demográfico moderno evita filhos, de modo que há mais pessoas
morrendo (idosas), do que nascendo; é algo
que preocupa o governo, já que, além da falta
de mão de obra (jovens), o sistema de previ-
dência social pode falir. A taxa ideal de reposi-
ção populacional é de 2,1 filhos por casal.

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3.

Teoria Período Princípio Proposta


Somente poderiam
ter filhos aqueles com
condições financeiras
de criá-los, os pobres
deveriam se abster
Enquanto a população
de sexo para não se
cresce em progressão
reproduzirem; guerras
geométrica, a pro-
Malthusiana Final do século XVIII e epidemias eram bem-
dução de alimentos
-vistas por Malthus,
cresce em progressão
pois reduziam a popu-
aritmética.
lação, mas antes que
isso ocorresse, seria
melhor controlar e re-
duzir o crescimento da
população.
Pobreza e subdesen-
volvimento seriam Planejamento familiar,
Neomalthu- Final da Segunda
gerados pelo grande incentivado pelo
siana Guerra Mundial, 1945
crescimento popula- governo.
cional.
Investimento em refor-
ma social e educação,
É a própria miséria a
já que quanto maior o
Reformista Década de 1960 responsável pelo cres-
nível cultural de uma
cimento populacional.
família, menor a taxa
de fecundidade.

4. O princípio fundamental das teorias demográficas é a constatação do aumento populacional,


sendo que cada uma delas propõe uma solução para que se evite a explosão demográfica no
planeta.
5. O melhor exemplo de um país em transição demográfica é o próprio Brasil, pois a taxa de
natalidade, ainda alta, vem caindo, e o número de idosos aumenta expressivamente graças
às melhorias das condições de vida. A base da pirâmide está se estreitando, e o topo, aumen-
tando.
6. Um país em explosão demográfica apresenta a taxa de natalidade e a de fecundidade em altís-
simo patamar, com queda da taxa de mortalidade e altas taxas de crescimento populacional.

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Dinâmica das populações – Distribuição e migração
aula 3

1. a) Fatores naturais adversos, como climas muito frios ou muito secos, relevos montanhosos
ou densas florestas, impedem a fixação humana.
b) Fatores histórico-econômicos: o nível de desenvolvimento de determinada região contribui
para a atração populacional, ou seja, áreas mais industrializadas e com forte Setor Terciário,
geradoras de empregos, tendem a ser mais populosas. Fatores geopolíticos também contri-
buem para a expulsão ou fixação de pessoas, como, por exemplo, áreas com constantes guerras
tendem a expulsar a população.
2. a) Migração é o deslocamento populacional em determinado espaço geográfico, seja ele dentro
de um mesmo país, entre regiões, estados ou cidades, ou de um país para outro.
b) Emigração é a saída de contingente populacional de um determinado país.
c) Imigração é a chegada de contingente populacional estrangeiro num determinado país.
3. a) Migração pendular é aquela que ocorre diariamente entre duas cidades ou de um bairro
periférico para a região central de uma determinada cidade para trabalhar e/ou estudar.
b) Transumância é um movimento migratório sazonal, ou seja, ocorre de acordo com as estações
do ano.
c) Migração de cérebros é o fenômeno em que parte da população de um país, por ter melhor
formação profissional e intelectual, parte para outros países em busca de melhores salários e
condições de vida.
4. Migrantes refugiados são aqueles que fogem de seu país por causa de guerras, perseguições
políticas, étnicas ou religiosas, ou até mesmo por catástrofes naturais ou ambientais.
5. Os fatores que impulsionam seres humanos a migrarem são de ordem econômica (fome,
desemprego, pobreza), política (guerras, perseguições religiosas, políticas e/ou de qualquer
outra natureza) ou de ordem natural (catástrofes, como terremotos, furacões, etc.).
6. As principais áreas repulsoras de população são os países pobres, destacando-se a migração
do norte da África para a Europa, do México para os EUA e dos países andinos para o restante
da América do Sul. Observamos também um grande fluxo partindo da Europa Oriental para
a Ocidental, fruto da queda do socialismo (crise econômica), da China para diversas partes do
mundo (por ser um país muito populoso) e do Sudeste Asiático e da Ásia Meridional para Aus-
trália e o Oriente Médio, áreas geradoras de empregos.
7. As principais consequências socioeconômicas das migrações são: aumento da mão de obra e
melhoria das condições de vida do imigrante nos países receptores dos fluxos, que também
podem se beneficiar com o choque cultural positivo, pois chegam novas ideias, projetos e
vontade de vencer por parte dos recém-chegados. Um terço dos prêmios Nobel dos EUA, por
exemplo, foram ganhos por imigrantes.

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8. A Europa foi o grande centro de movimentos emigratórios no passado, principalmente para
as Américas e Oceania e, atualmente, é uma área de imigração, principalmente os países da
Europa Ocidental (Inglaterra, França, Espanha, Alemanha e Itália), que recebem imigrantes dos
países subdesenvolvidos.
9. Entre as principais causas, pode-se citar:
•  a pobreza que atinge elevadas parcelas da população;
•  o desemprego;
•  fraco crescimento econômico, que agrava ainda mais a pobreza e o desemprego;
•  conflitos internos;
•  perseguições políticas ou religiosas.
10. Devido ao baixo crescimento natural, a Espanha adota políticas para reposição de mão de obra
baseadas em estímulos à natalidade e à entrada de imigrantes.

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Estrutura da população, desemprego e indicadores sociais
aula 4

1. Pirâmide etária é um gráfico que abrange a população de determinado país, dividida por sexo
e idade.
2. O estudo de uma pirâmide etária é importante para que o governo local planeje suas políticas
sociais, ou seja, se o número de crianças aumenta, será necessário investir em mais escolas; se
é a fatia de idosos que aumenta, há que se realizar reformas no sistema de previdência social e
no sistema de saúde pública.
3. A base da pirâmide etária representa as crianças e os jovens (0-19 anos), seu topo representa
os idosos (a partir de 59 anos) e a parte intermediária representa a população adulta.
4. a) Trata-se de uma pirâmide típica de país subdesenvolvido, já que a base larga indica um
grande número de crianças e jovens e as altas taxas de natalidade são típicas de países pobres.
O topo estreito indica um pequeno número de idosos, consequência da baixa expectativa de
vida.
b) Trata-se de uma pirâmide típica de um país em fase de transição demográfica (emergentes,
geralmente), já que o padrão de vida vem melhorando a ponto de a expectativa de vida aumen-
tar (topo se alargando), mas o atraso continua presente nas grandes taxas de natalidade (em
queda, como mostra a base da pirâmide, que, embora esteja se estreitando, ainda é grande).
c) Trata-se de uma pirâmide típica de país desenvolvido, já que a base não constitui a maior
parte da pirâmide (baixas taxas de natalidade) e o topo é considerável, ou seja, há um grande
número de idosos (topo largo) e há o predomínio da população adulta.
5. a) A PIA (População em Idade Ativa) – conjunto de todas as pessoas teoricamente aptas a exercer
atividade econômica; no Brasil, todas aquelas com mais de 10 anos de idade.
b) PEA (População Economicamente Ativa) – compreende os trabalhadores ocupados e os
desempregados, ou seja, aqueles que estão inseridos no mercado de trabalho.
c) Setor Primário da economia abrange aquelas atividades que lidam diretamente com a
matéria-prima: agropecuária e extrativismo.
d) Setor Secundário é formado pelas indústrias e pela construção civil.
e) Setor Terciário é formado pelo comércio e por serviços em geral (bancos, educação, trans-
porte, etc.).
f ) Ocupados são os indivíduos que exercem atividades remuneradas; desempregados são
aqueles que estão à procura de atividade remunerada; inativos são os aposentados, as donas
de casa e as crianças, desde que não exerçam atividades remuneradas.
g) Desemprego conjuntural é aquele decorrente de uma crise momentânea em determinado
setor, cujas vagas podem ressurgir com o fim da crise. Já o desemprego estrutural não tem
volta, ou seja, o trabalhador é substituído por novas tecnologias.
h) Setor informal da economia é aquele em que o trabalhador não é registrado em CTPS
(Carteira de Trabalho da Previdência Social) ou não contribui, de forma autônoma, para esse
sistema de previdência.

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6. Nos países subdesenvolvidos (ou em áreas pobres), a maioria das pessoas trabalha no Setor
Primário, já que o nível de industrialização é baixo. Já nos países desenvolvidos e em desenvol-
vimento (ou em áreas mais ricas), a maioria da população trabalha nos Setores Secundário ou
Terciário.
7. A pirâmide etária de um país não desenvolvido possui a base larga, em decorrência das altas
taxas de natalidade, e o topo estreito, pois poucas pessoas atingem idade superior a 59 anos.
idade
100+
95-99
90-94
85-89
80-84
homens 75-79 mulheres
70-74
65-69
60-64
55-59
50-54
45-49
40-44
35-39
30-34
25-29
20-24
15-19
10-14
5-9
0-4
8 6 4 2 0 0 2 4 6 8

8. A pirâmide etária de um país em desenvolvimento representa a chamada fase de transição, ou


seja, a base ainda é larga devido às altas taxas de natalidade, mas o topo vem aumentando,
pois as condições de vida estão melhorando a tal ponto que a expectativa de vida aumenta e,
por consequência, o número de idosos também.
idade
80+
75-79
homens 70-74 mulheres
65-69
60-64
55-59
50-54
45-49
40-44
35-39
30-34
25-29
20-24
15-19
10-14
5-9
0-4
15 10 5 0 0 5 10 15

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9. A pirâmide etária de um país desenvolvido tem a base relativamente pequena, pois a taxa de
natalidade é baixa; os intervalos na faixa etária dos adultos (19 a 59 anos) destacam-se e o topo
é bastante significativo graças ao grande número de idosos.
idade
100+
95-99
90-94
85-89
80-84
75-79
70-74
65-69
60-64
55-59
50-54
45-49
40-44
35-39
30-34
25-29
20-24
15-19
10-14
5-9
0-4
8 6 4 2 0 0 2 4 6 8
homens mulheres

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Urbanização – Conceitos, tendências, características e problemas
aula 5

1. a) Urbanização é o processo em que a população urbana de determinado país aumenta, em


detrimento da população rural.
b) Crescimento urbano é o fenômeno em que uma cidade cresce em área, principalmente de
forma horizontal, ou seja, seu sítio urbano aumenta.
c) Conurbação é o encontro entre áreas urbanas de duas ou mais cidades devido ao seu
crescimento horizontal. É o caso de São Paulo com algumas cidades da região metropolitana
(São Paulo-Osasco).
d) Metrópole é aquela cidade mais importante de sua área, ou seja, que acaba exercendo uma
função polarizadora por oferecer melhor estrutura nos setores Secundário e Terciário.
e) Megalópole é o processo de conurbação entre duas ou mais metrópoles, fenômeno que
no Brasil ainda não se concretizou, já que o eixo São Paulo-Rio de Janeiro, uma área bastante
urbanizada, é uma megalópole em formação. Destacamos as seguintes megalópoles: Tóquio-
-Nagoya-Osaka (Japão), Vale do Ruhr (Alemanha), BosWash, ChiPitts e SanSan (todas nos EUA).
f ) Megacidade é toda cidade com mais de 10 milhões de habitantes.
g) Cidade global é aquela que exerce influência global por abrigar sedes ou ramificações de
grandes grupos empresariais, independentemente do tamanho de sua população. Hoje há
aproximadamente 50, destacando-se Nova York.
h) Macroencefalia urbana é o fenômeno em que uma cidade de determinado país abriga uma
grande parte de sua população e das atividades econômicas, em desproporção às outras cida-
des espalhadas pelo território nacional. É como se essa cidade fosse uma grande cabeça sobre
um corpo pequeno (no caso, o próprio país).
i) Uma cidade sofre o processo de terciarização quando a maioria de sua população é empregada
no Setor Terciário da economia (comércio e serviços).
j) Terceirização é um termo empregado mais na área administrativa de empresas, sem nenhuma
relação com conceitos de urbanização. Trata-se do processo em que uma empresa delega
algumas de suas atividades a empresas de terceiros, com o objetivo de cortar custos operacionais.
k) Os economistas designam o setor governamental (público) como primeiro setor e o privado
como segundo. As ONGs (organizações não governamentais), surgidas nos anos 1980, passaram
a englobar o terceiro setor, já que não possuem caráter público nem privado.
2. Urbanização é o crescimento da população urbana em detrimento da população rural em um
país; já crescimento urbano é o momento em que determinada cidade cresce em tamanho, ou
seja, aumenta seu sítio, independentemente da urbanização.
3. Megacidade é toda cidade com mais de 10 milhões de habitantes, enquanto megalópole é a
conurbação de duas ou mais metrópoles, fenômeno que ainda não se concretizou no Brasil.
4. O primeiro setor representa os funcionários públicos, o segundo os que trabalham na iniciativa
privada e o terceiro representa as ONGs.

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5. •  Poluição atmosférica.
•  Acúmulo de lixo.
•  Poluição da água.
•  Poluição do solo.
•  Poluição sonora.
6. •  Falta de moradia.
•  Saneamento básico deficiente.
•  Deficiência no sistema de transporte coletivo.
•  Desemprego.
•  Trânsito caótico.
•  Serviço público insatisfatório.
7. •  Moradia adequada para todos.
•  Assentamentos humanos sustentáveis.
•  Habilitação e participação na gestão dos recursos financeiros públicos (orçamento participativo).
•  Igualdade de gêneros.
•  Financiamento de habitações e assentamentos humanos.
•  Cooperação internacional.
•  Avaliação dos progressos.
•  Prioridade para o transporte público coletivo.
8. As quatro importantes tendências urbanas mundiais são:
•  urbanização acelerada e caótica;
•  urbanização acelerada, principalmente nas cidades de médio porte;
•  urbanização acelerada no mundo não desenvolvido (principalmente Ásia e África) e estabili-
dade no desenvolvido;
•  intensificação dos fenômenos da macrocefalia urbana e dos problemas ambientais e
sociourbanos nas maiores aglomerações terceiro-mundistas.
9. Os principais problemas socioestruturais e ambientais presentes na maioria dos grandes aglo-
merados urbanos são a falta de áreas verdes, impermeabilização que favorece as enchentes,
poluição atmosférica e das águas (mananciais, rios e lençóis freáticos), acúmulo de lixo doméstico,
problemas de habitação, transporte, lazer e segurança.
10. •  Direito à moradia;
•  Defesa do desenvolvimento sustentável;
•  Descentralização e novo papel do poder local;
•  Prioridade para o transporte público coletivo;
•  Institucionalização de canais de participação popular, como o orçamento participativo;
•  Parcerias entre o poder público, as organizações não governamentais (ONGs) e o setor
privado para implementar as políticas setoriais;
•  Preocupação com a preservação ambiental e com a reciclagem dos dejetos urbanos.

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Brasil: populoso, pouco povoado e em transição demográfica
aula 6

1. O Brasil é um país populoso, contando com 205 milhões de habitantes em 2016, ocupando a
quinta posição nesse ranking, cuja ordem é: China, Índia, EUA, Indonésia e Brasil; isso se explica
devido às altas taxas de fecundidade e natalidade que a população brasileira apresentou até
recentemente, e a queda da taxa de mortalidade geral, todas responsáveis pelo crescimento
vegetativo da população brasileira. No entanto, o Brasil é um dos países menos povoados do
mundo (24 hab./km2), já que a relação entre o número de habitantes e a área é baixa.
2. O Brasil é um país em fase de transição demográfica porque sua pirâmide etária está em
mudança, ou seja, a base está se estreitando, com a queda das taxas de natalidade e fecundidade,
e o topo vem alargando, graças ao aumento do número de idosos em decorrência da maior
expectativa de vida.
3. A principal consequência socioeconômica das transformações demográficas pelas quais o
Brasil vem passando é uma necessidade urgente de reforma da previdência social, devido ao
grande número de aposentados. Também não será mais necessária a construção de novas
escolas de Ensino Fundamental, pois a taxa de natalidade está em queda. O aumento no
número de integrantes da faixa etária adulta (19 a 59 anos) faz com que o país tenha que gerar
urgentemente grande número de vagas no mercado de trabalho.

Distribuição e formação étnica da população brasileira


aula 7

1. A população brasileira concentra-se na faixa litorânea, graças ao fato de que a colonização por-
tuguesa se iniciou nessa área e pelo desenvolvimento econômico que se seguiu. No entanto, a
situação está mudando, com o desenvolvimento econômico de áreas interioranas no decorrer
da história (Minas Gerais no século XVIII, São Paulo e Sul do Brasil no século XIX, Centro-Oeste
e Amazônia a partir de 1950).
2. Não há relação entre a densidade demográfica do país e a distribuição de sua população. A
primeira representa apenas uma média aritmética; a população se distribui de acordo com
fatores históricos, econômicos e naturais, ou seja, um Centro-Sul próspero bastante populoso,
um Sertão semiárido pouco povoado e uma Amazônia florestada como áreas anecúmenas.
3. Um aspecto positivo do sistema de cotas é a inclusão da etnia negra, que sempre sofreu com
a herança da escravidão no país, pois, sendo metade do contingente populacional do país,
ocupa os piores postos de trabalho e mais baixos índices sociais. O sistema de cotas, porém,
pode gerar conflitos num país que nunca apresentou tensões racistas (pelo menos aparente-
mente), já que as outras parcelas da sociedade (como brancos, amarelos e indígenas) podem
sentir-se alijadas de seus direitos, afetando o princípio constitucional de igualdade de todos
perante a lei. Mesmo porque a pobreza não está apenas entre os negros, havendo elementos
de outras etnias nessa mesma situação.

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Brasil: migrações internas e externas
aula 8

1. O principal fator da migração interna no Brasil é a disparidade regional entre o Centro-Sul


próspero e industrializado e o Nordeste e Norte, de economia primária e atrasada. Com isso, o
Sudeste tornou-se a principal região de atração populacional e o Nordeste, a de repulsão. No
entanto, a diminuição de postos de trabalho no Sudeste e o avanço das fronteiras agrícolas no
Centro-Oeste e Norte fizeram com que essas duas últimas regiões se tornassem hoje os grandes
polos de atração populacional do país.
2. A segunda fase da imigração italiana para São Paulo foi decorrente da necessidade de mão de
obra em razão do avanço da cafeicultura no Oeste Paulista e da industrialização na capital, pois
muitos desses imigrantes tinham uma formação profissional. No Sul, o propósito era ocupar e
integrar essa região ao restante do território. O governo imperial criou uma política de doação
de terras aos imigrantes que lá se instalassem.
3. Os “brasiguaios” são os brasileiros radicados no Paraguai que se dedicam principalmente ao
cultivo da soja e do algodão; decasséguis são os descendentes dos japoneses (que chegaram
ao Brasil a partir de 1908), que hoje fazem o fluxo contrário ao de seus antepassados, emigrando
para o Japão para trabalhar.

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Estrutura da população brasileira
aula 9

1. A atual pirâmide etária brasileira está em fase de transição com a diminuição da base (crianças
e jovens) devido à queda das taxas de fecundidade e natalidade; com o meio (adultos) e o topo
(idosos) mais largos devido à queda da taxa da mortalidade geral, e o aumento da expectativa de
vida. Assim, a pirâmide etária brasileira está cada vez mais parecida com aquela dos países
de urbanização mais antiga e desenvolvida.
2000
80+
75-79
homens 70-74 mulheres
65-69
60-64
55-59
50-54
45-49
40-44
35-39
30-34
25-29
20-24
15-19
10-14
5-9
0-4
15 10 5 0 0 5 10 15

2. O Brasil vem passando por uma fase de terciarização em sua economia, já que o número de
pessoas que trabalham no Setor Terciário (comércio e serviços) só aumenta. Outro processo
que ocorre com a modernização de nossa economia é o de terceirização, ou seja, para cortar
custos, as empresas transferem algumas atividades, como, por exemplo, os setores de faxina e
segurança para terceiros, pagando pelo serviço. Isso evita, por exemplo, problemas decorrentes
de greves.
3. O mercado de trabalho brasileiro ainda sofre com a informalidade, pois o número de traba-
lhadores no mercado informal (sem registro em carteira, sem direito à aposentadoria e outros
benefícios previdenciários) ainda é elevado. Uma outra característica é a hipertrofia do Setor
Terciário, consequência da informalidade. Podemos destacar também o aumento das exigências
de qualificação na hora da contratação, consequência do processo de globalização e o aumento da
participação feminina no mercado de trabalho.

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Brasil: processo de urbanização, classificação urbana e problemas
aula 10

1. Podemos citar como três importantes fatores para a urbanização do Brasil a política industrial
promovida por Juscelino Kubitschek a partir de 1956, a mecanização agrícola e a melhor
infraestrutura proporcionada pelos grandes centros urbanos.
2. Algumas cidades do Brasil acabam exercendo importância exagerada em sua região, polarizando
as vizinhas por oferecer melhor infraestrutura. A demanda por serviços nessas cidades por
moradores de cidades vizinhas deixa ainda mais caótico o processo de urbanização nacional.
3. Os critérios são diversidade da economia, concentração de centros decisórios (sedes de grandes
empresas nacionais, ou de filiais de grandes multinacionais, ligadas aos setores financeiro e
produtivo) e desenvolvimento da infraestrutura de transportes, comunicações e de serviços
em geral.
4. Dentre os problemas ambientais presentes nas grandes metrópoles brasileiras, temos a polui-
ção atmosférica, o assoreamento dos rios e os deslizamentos de encostas.
5. Dentre os problemas sociais presentes nas grandes metrópoles brasileiras, temos o aumento
da criminalidade, a favelização e o desemprego.
6. Dentre os problemas estruturais, temos a falta de investimento em saneamento básico, o déficit
de moradias e o descaso com a segurança pública.

Ciências Humanas e suas Tecnologias – Geografia – 2ª Série – Módulo 1 – Resolução 15


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