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aula 1
1. a) População absoluta é a população total de um determinado local. Quando esse local tem
uma população absoluta numerosa, dizemos que ele é populoso.
b) População relativa é a média de habitantes por quilômetro quadrado obtida pelo quociente
da divisão da população absoluta pela área. Quando o local tem mais de 100 habitantes por
quilômetro quadrado, dizemos que é povoado.
c) Taxa de mortalidade (TM) corresponde à relação entre o número de óbitos ocorridos em um
ano e a população absoluta, cujo resultado é expresso por mil.
d) Taxa de natalidade (TN) corresponde à relação entre o número de nascimentos em um ano
e a população absoluta, cujo resultado é expresso por mil.
e) Taxa de fecundidade (ou de fertilidade) corresponde à média de filhos por mulher em idade
reprodutiva (dos 15 aos 49 anos).
f ) Crescimento natural ou vegetativo (CV) é a diferença entre a taxa de natalidade (TN) e a de
mortalidade (TM).
2. Índice de desenvolvimento humano (IDH) é o cálculo feito pela ONU para analisar as condições de
vida da população de determinado local, levando em conta três fatores: escolaridade, esperança
de vida e renda per capita.
3. a) Renda per capita é o resultado da divisão do PIB (Produto Interno Bruto) pela população
absoluta de determinado local.
b) Grau de escolaridade é o cumprimento de um determinado ciclo de estudos. Se um indivíduo
completou todos os anos de um ciclo e for aprovado, diz-se que ele obteve o grau de escolaridade
do ciclo em questão.
c) Analfabetismo é a condição do indivíduo que não sabe ler nem escrever sequer o próprio
nome.
d) Expectativa de vida corresponde à quantidade de anos que vive, em média, determinada
população.
4. a) Baixo IDH – São países que apresentam os mais baixos indicadores socioeconômicos,
como altas taxas de pobreza e de mortalidade infantil, baixa expectativa de vida e renda e
elevada percentagem de subnutrição entre a população.
Exemplos: Serra Leoa (0,365), Burundi (0,394) e Afeganistão (0,362).
b) Médio IDH – São países que apresentam melhores indicadores socioeconômicos, com uma po-
pulação miserável relativamente menor do que aquela dos países com baixo IDH, mas ainda
com um grande número de pobres e problemas relacionados à concentração de renda.
Exemplos: Turquia (0,732), África do Sul (0,683) e Colômbia (0,764).
c) Alto IDH – São países que apresentam melhores indicadores socioeconômicos e uma impor-
tante parcela da população com elevado padrão de vida, mas que ainda apresentam problemas
relacionados à concentração de renda, insuficiência de moradias e de serviços públicos com qua-
lidade, etc.
Exemplos: Rússia (0,817), México (0,854) e Brasil (0,799).
1. a) Fatores naturais adversos, como climas muito frios ou muito secos, relevos montanhosos
ou densas florestas, impedem a fixação humana.
b) Fatores histórico-econômicos: o nível de desenvolvimento de determinada região contribui
para a atração populacional, ou seja, áreas mais industrializadas e com forte Setor Terciário,
geradoras de empregos, tendem a ser mais populosas. Fatores geopolíticos também contri-
buem para a expulsão ou fixação de pessoas, como, por exemplo, áreas com constantes guerras
tendem a expulsar a população.
2. a) Migração é o deslocamento populacional em determinado espaço geográfico, seja ele dentro
de um mesmo país, entre regiões, estados ou cidades, ou de um país para outro.
b) Emigração é a saída de contingente populacional de um determinado país.
c) Imigração é a chegada de contingente populacional estrangeiro num determinado país.
3. a) Migração pendular é aquela que ocorre diariamente entre duas cidades ou de um bairro
periférico para a região central de uma determinada cidade para trabalhar e/ou estudar.
b) Transumância é um movimento migratório sazonal, ou seja, ocorre de acordo com as estações
do ano.
c) Migração de cérebros é o fenômeno em que parte da população de um país, por ter melhor
formação profissional e intelectual, parte para outros países em busca de melhores salários e
condições de vida.
4. Migrantes refugiados são aqueles que fogem de seu país por causa de guerras, perseguições
políticas, étnicas ou religiosas, ou até mesmo por catástrofes naturais ou ambientais.
5. Os fatores que impulsionam seres humanos a migrarem são de ordem econômica (fome,
desemprego, pobreza), política (guerras, perseguições religiosas, políticas e/ou de qualquer
outra natureza) ou de ordem natural (catástrofes, como terremotos, furacões, etc.).
6. As principais áreas repulsoras de população são os países pobres, destacando-se a migração
do norte da África para a Europa, do México para os EUA e dos países andinos para o restante
da América do Sul. Observamos também um grande fluxo partindo da Europa Oriental para
a Ocidental, fruto da queda do socialismo (crise econômica), da China para diversas partes do
mundo (por ser um país muito populoso) e do Sudeste Asiático e da Ásia Meridional para Aus-
trália e o Oriente Médio, áreas geradoras de empregos.
7. As principais consequências socioeconômicas das migrações são: aumento da mão de obra e
melhoria das condições de vida do imigrante nos países receptores dos fluxos, que também
podem se beneficiar com o choque cultural positivo, pois chegam novas ideias, projetos e
vontade de vencer por parte dos recém-chegados. Um terço dos prêmios Nobel dos EUA, por
exemplo, foram ganhos por imigrantes.
1. Pirâmide etária é um gráfico que abrange a população de determinado país, dividida por sexo
e idade.
2. O estudo de uma pirâmide etária é importante para que o governo local planeje suas políticas
sociais, ou seja, se o número de crianças aumenta, será necessário investir em mais escolas; se
é a fatia de idosos que aumenta, há que se realizar reformas no sistema de previdência social e
no sistema de saúde pública.
3. A base da pirâmide etária representa as crianças e os jovens (0-19 anos), seu topo representa
os idosos (a partir de 59 anos) e a parte intermediária representa a população adulta.
4. a) Trata-se de uma pirâmide típica de país subdesenvolvido, já que a base larga indica um
grande número de crianças e jovens e as altas taxas de natalidade são típicas de países pobres.
O topo estreito indica um pequeno número de idosos, consequência da baixa expectativa de
vida.
b) Trata-se de uma pirâmide típica de um país em fase de transição demográfica (emergentes,
geralmente), já que o padrão de vida vem melhorando a ponto de a expectativa de vida aumen-
tar (topo se alargando), mas o atraso continua presente nas grandes taxas de natalidade (em
queda, como mostra a base da pirâmide, que, embora esteja se estreitando, ainda é grande).
c) Trata-se de uma pirâmide típica de país desenvolvido, já que a base não constitui a maior
parte da pirâmide (baixas taxas de natalidade) e o topo é considerável, ou seja, há um grande
número de idosos (topo largo) e há o predomínio da população adulta.
5. a) A PIA (População em Idade Ativa) – conjunto de todas as pessoas teoricamente aptas a exercer
atividade econômica; no Brasil, todas aquelas com mais de 10 anos de idade.
b) PEA (População Economicamente Ativa) – compreende os trabalhadores ocupados e os
desempregados, ou seja, aqueles que estão inseridos no mercado de trabalho.
c) Setor Primário da economia abrange aquelas atividades que lidam diretamente com a
matéria-prima: agropecuária e extrativismo.
d) Setor Secundário é formado pelas indústrias e pela construção civil.
e) Setor Terciário é formado pelo comércio e por serviços em geral (bancos, educação, trans-
porte, etc.).
f ) Ocupados são os indivíduos que exercem atividades remuneradas; desempregados são
aqueles que estão à procura de atividade remunerada; inativos são os aposentados, as donas
de casa e as crianças, desde que não exerçam atividades remuneradas.
g) Desemprego conjuntural é aquele decorrente de uma crise momentânea em determinado
setor, cujas vagas podem ressurgir com o fim da crise. Já o desemprego estrutural não tem
volta, ou seja, o trabalhador é substituído por novas tecnologias.
h) Setor informal da economia é aquele em que o trabalhador não é registrado em CTPS
(Carteira de Trabalho da Previdência Social) ou não contribui, de forma autônoma, para esse
sistema de previdência.
1. O Brasil é um país populoso, contando com 205 milhões de habitantes em 2016, ocupando a
quinta posição nesse ranking, cuja ordem é: China, Índia, EUA, Indonésia e Brasil; isso se explica
devido às altas taxas de fecundidade e natalidade que a população brasileira apresentou até
recentemente, e a queda da taxa de mortalidade geral, todas responsáveis pelo crescimento
vegetativo da população brasileira. No entanto, o Brasil é um dos países menos povoados do
mundo (24 hab./km2), já que a relação entre o número de habitantes e a área é baixa.
2. O Brasil é um país em fase de transição demográfica porque sua pirâmide etária está em
mudança, ou seja, a base está se estreitando, com a queda das taxas de natalidade e fecundidade,
e o topo vem alargando, graças ao aumento do número de idosos em decorrência da maior
expectativa de vida.
3. A principal consequência socioeconômica das transformações demográficas pelas quais o
Brasil vem passando é uma necessidade urgente de reforma da previdência social, devido ao
grande número de aposentados. Também não será mais necessária a construção de novas
escolas de Ensino Fundamental, pois a taxa de natalidade está em queda. O aumento no
número de integrantes da faixa etária adulta (19 a 59 anos) faz com que o país tenha que gerar
urgentemente grande número de vagas no mercado de trabalho.
1. A população brasileira concentra-se na faixa litorânea, graças ao fato de que a colonização por-
tuguesa se iniciou nessa área e pelo desenvolvimento econômico que se seguiu. No entanto, a
situação está mudando, com o desenvolvimento econômico de áreas interioranas no decorrer
da história (Minas Gerais no século XVIII, São Paulo e Sul do Brasil no século XIX, Centro-Oeste
e Amazônia a partir de 1950).
2. Não há relação entre a densidade demográfica do país e a distribuição de sua população. A
primeira representa apenas uma média aritmética; a população se distribui de acordo com
fatores históricos, econômicos e naturais, ou seja, um Centro-Sul próspero bastante populoso,
um Sertão semiárido pouco povoado e uma Amazônia florestada como áreas anecúmenas.
3. Um aspecto positivo do sistema de cotas é a inclusão da etnia negra, que sempre sofreu com
a herança da escravidão no país, pois, sendo metade do contingente populacional do país,
ocupa os piores postos de trabalho e mais baixos índices sociais. O sistema de cotas, porém,
pode gerar conflitos num país que nunca apresentou tensões racistas (pelo menos aparente-
mente), já que as outras parcelas da sociedade (como brancos, amarelos e indígenas) podem
sentir-se alijadas de seus direitos, afetando o princípio constitucional de igualdade de todos
perante a lei. Mesmo porque a pobreza não está apenas entre os negros, havendo elementos
de outras etnias nessa mesma situação.
1. A atual pirâmide etária brasileira está em fase de transição com a diminuição da base (crianças
e jovens) devido à queda das taxas de fecundidade e natalidade; com o meio (adultos) e o topo
(idosos) mais largos devido à queda da taxa da mortalidade geral, e o aumento da expectativa de
vida. Assim, a pirâmide etária brasileira está cada vez mais parecida com aquela dos países
de urbanização mais antiga e desenvolvida.
2000
80+
75-79
homens 70-74 mulheres
65-69
60-64
55-59
50-54
45-49
40-44
35-39
30-34
25-29
20-24
15-19
10-14
5-9
0-4
15 10 5 0 0 5 10 15
2. O Brasil vem passando por uma fase de terciarização em sua economia, já que o número de
pessoas que trabalham no Setor Terciário (comércio e serviços) só aumenta. Outro processo
que ocorre com a modernização de nossa economia é o de terceirização, ou seja, para cortar
custos, as empresas transferem algumas atividades, como, por exemplo, os setores de faxina e
segurança para terceiros, pagando pelo serviço. Isso evita, por exemplo, problemas decorrentes
de greves.
3. O mercado de trabalho brasileiro ainda sofre com a informalidade, pois o número de traba-
lhadores no mercado informal (sem registro em carteira, sem direito à aposentadoria e outros
benefícios previdenciários) ainda é elevado. Uma outra característica é a hipertrofia do Setor
Terciário, consequência da informalidade. Podemos destacar também o aumento das exigências
de qualificação na hora da contratação, consequência do processo de globalização e o aumento da
participação feminina no mercado de trabalho.
1. Podemos citar como três importantes fatores para a urbanização do Brasil a política industrial
promovida por Juscelino Kubitschek a partir de 1956, a mecanização agrícola e a melhor
infraestrutura proporcionada pelos grandes centros urbanos.
2. Algumas cidades do Brasil acabam exercendo importância exagerada em sua região, polarizando
as vizinhas por oferecer melhor infraestrutura. A demanda por serviços nessas cidades por
moradores de cidades vizinhas deixa ainda mais caótico o processo de urbanização nacional.
3. Os critérios são diversidade da economia, concentração de centros decisórios (sedes de grandes
empresas nacionais, ou de filiais de grandes multinacionais, ligadas aos setores financeiro e
produtivo) e desenvolvimento da infraestrutura de transportes, comunicações e de serviços
em geral.
4. Dentre os problemas ambientais presentes nas grandes metrópoles brasileiras, temos a polui-
ção atmosférica, o assoreamento dos rios e os deslizamentos de encostas.
5. Dentre os problemas sociais presentes nas grandes metrópoles brasileiras, temos o aumento
da criminalidade, a favelização e o desemprego.
6. Dentre os problemas estruturais, temos a falta de investimento em saneamento básico, o déficit
de moradias e o descaso com a segurança pública.