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N-2825 AGO / 2006

RETARDO PARA CORDEL DETONANTE

Especificação

Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do


texto desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o
responsável pela adoção e aplicação dos seus itens.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que


deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
CONTEC eventual resolução de não segui-la (“não-conformidade” com esta Norma) deve
Comissão de Normalização ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo
Técnica Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos:
“dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outros verbos de caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da
PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos:
“recomendar”, “poder”, “sugerir” e “aconselhar” (verbos de caráter
não-impositivo). É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].
Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 28 CONTEC - Subcomissão Autora.

Explosivos e Detonadores
As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o
item a ser revisado, a proposta de redação e a justificativa técnico-econômica.
As propostas são apreciadas durante os trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S.A. - PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reprodução
para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa
autorização da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação
pertinente, através da qual serão imputadas as responsabilidades
cabíveis. A circulação externa será regulada mediante cláusula própria de
Sigilo e Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade
industrial.”

Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelas
Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias, são aprovadas pelas Subcomissões Autoras - SCs
(formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as Unidades da Companhia e
as suas Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado pelos representantes das
Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS está sujeita a
revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a cada 5 anos para
ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas em
conformidade com a norma PETROBRAS N-1. Para informações completas sobre as Normas
Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 6 páginas e GT


N-2825 AGO / 2006

1 OBJETIVO

1.1 Esta Norma fixa as características exigíveis para qualificação e aceitação do retardo
para cordel detonante como acessório de explosivos utilizados no desmonte de rochas pela
PETROBRAS.

1.2 Esta Norma se aplica a procedimentos iniciados a partir da data de sua edição.

1.3 Esta Norma contém somente Requisitos Técnicos.

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Os documentos relacionados a seguir contêm prescrições válidas para a presente Norma.

Decreto no 96044 de 18/05/88 - Regulamento para o Transporte de Produtos


Perigosos do Ministério dos Transportes;
Portaria DLOG no 18 de 07/11/05 - Aprova as Normas Administrativas Relativas
às Atividades com Explosivos e seus
Acessórios;
Regulamento R-105 - Regulamento para Fiscalização de Produtos
Controlados do Ministério da Defesa - Exército
Brasileiro;
PETROBRAS N-2387 - Segurança no Transporte, Armazenagem,
Manuseio e Uso de Explosivos;
ABNT NBR 5426 - Plano de Amostragem e Procedimento por
Atributos;
ABNT NBR 7500 - Identificação para o Transporte Terrestre,
Manuseio, Movimentação e Armazenamento
de Produtos;
ABNT NBR 7503 - Ficha de Emergência e Envelope para o
Transporte Terrestre de Produtos Perigosos -
Características, Dimensões e Preenchimento;
ABNT NBR 14725 - Ficha de Informações de Segurança de
Produtos Químicos - FISPQ.

3 DEFINIÇÕES

Para os propósitos desta Norma são adotadas as definições indicadas nos itens 3.1 a 3.8.

3.1 Acessório

Engenho que suplementa um artigo principal para possibilitar ou melhorar o seu emprego.

3.2 Acessório Explosivo

Engenho não muito sensível (de elevada energia de ativação) que tem por finalidade
fornecer energia suficiente à continuidade de uma detonação e que necessita de um
acessório iniciador para ser ativado.

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3.3 Retardo

Artefato de união entre 2 ramos que, ao ser iniciado necessariamente por um ramo de
cordel, proporciona iniciação, com atraso de tempo, ao ramo de saída ligado ao retardo do
outro lado, em escala de milésimos de segundos.

3.4 Alto Explosivo

Explosivo caracterizado por alta velocidade de reação (1 500 m/s a 9 000 m/s) e alta taxa de
pressão (50 000 psi a 4 000 000 psi). Exemplo: nitropenta e nitroglicerina.

3.5 Cordel Detonante

Acessório explosivo constituído por um núcleo (filamento) de nitropenta, envolvido por fios
trançados (sintéticos ou naturais) e revestido por uma camada de composto termoplástico
colorido. É destinado a iniciar ou transmitir a detonação para toda a coluna de explosivos e
também permitir a interligação de diversas cargas.

Nota: Os cordéis são especificados pela quantidade de nitropenta que contêm, dada em
massa (g) por unidade de comprimento (m). Denomina-se gramatura a quantidade
de nitropenta, em massa, distribuída em 1 m do produto. Exemplo: cordel
detonante NP-5 contém 5 g de nitropenta por metro; cordel detonante NP-10
contém 10 g de nitropenta por metro.

3.6 Espoleta

Acessório iniciador de detonação de cargas explosivas.

3.7 Tubo Iniciador Não Elétrico ou Tubo de Choque

Tubo plástico flexível com mistura em pó de alto explosivo e energizante metálico


depositada em sua parede interna, para propagar uma onda de choque entre 2 iniciadores.

3.8 Carga Explosiva

Material explosivo e seu invólucro.

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 Retardo

4.1.1 O fornecedor deve assegurar a precisão do tempo de retardo, dentro dos limites
estipulados pela especificação do produto.

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4.1.2 O fornecedor deve assegurar o funcionamento do produto para as condições de


desmonte de rochas estabelecidas no contrato de compra, tais como: situação de terreno
alagadiço, temperatura e umidade do ar.

4.2 Comportamento na Armazenagem

Desde que sejam obedecidos os requisitos para armazenamento constantes do


Regulamento R-105, o retardo, na sua embalagem original, deve suportar as condições de
temperatura e umidade, sem sofrer qualquer alteração, durante o período de sua validade.

4.3 Embalagem

A identificação das caixas deve atender aos requisitos estabelecidos na Portaria DLOG
no 18 e conter as seguintes indicações:

a) tempo de retardo (ms);


b) validade;
c) quantidade em unidades;
d) “este lado para cima”;
e) “limite para empilhamento máximo”.

4.4 Transporte e Armazenamento

4.4.1 O transporte e o armazenamento devem ser feitos de acordo com a segurança que o
material explosivo exige, observando rigorosamente os preceitos do Regulamento R-105,
das normas específicas do Ministério do Transporte, da norma PETROBRAS
N-2387 e demais leis em vigor.

4.4.2 O produto deve ser transportado acompanhado da Ficha de Informações de


Segurança de Produtos Químicos - FISPQ (conforme norma ABNT NBR 14725) e da Ficha
de Emergência do Produto (conforme norma ABNT NBR 7503).

4.5 Responsabilidade do Fornecedor

4.5.1 O fornecedor é responsável pelo cumprimento da legislação vigente e atendimento


aos requisitos desta Norma. Uma possível inspeção do produto, realizada pela
PETROBRAS, não exime o fornecedor de tais responsabilidades.

4.5.2 O produto deve possuir validade mínima de 2 anos.

4.6 Amostra Testemunha

Durante o período de fabricação de retardo para a PETROBRAS, o fabricante deve separar,


aleatoriamente, 1 amostra testemunha a cada 500 peças produzidas de forma contínua.
Para quantidades menores que 500 peças, deve ser também separada 1 amostra
testemunha. Esta amostra deve ser guardada por período idêntico ao da validade do
produto.

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5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

As tolerâncias para o tempo nominal de retardo devem ser conforme a seguir:

a) até 50 ms, ± 15 %;
b) de 51 ms a 100 ms, ± 10 %;
c) acima de 100 ms, ± 5 %.

6 INSPEÇÃO

6.1 A PETROBRAS, a seu critério, durante a vigência de um contrato de fornecimento de


retardo, pode solicitar ao fornecedor a retirada de amostras de retardo para a realização de
ensaios, a serem presenciados por técnicos da PETROBRAS ou por seus representantes.

6.2 A inspeção da PETROBRAS, quando realizada, deve constatar a condição da


embalagem, o acondicionamento do produto e o cumprimento da presente Norma. Ações
corretivas devem ser tomadas pelo fornecedor, no caso de serem constatadas
não-conformidades.

6.3 A PETROBRAS pode efetuar qualquer ensaio que julgar necessário para se assegurar
do fornecimento em conformidade com os requisitos desta Norma.

7 AMOSTRAGEM

A amostragem para realização dos ensaios deste Capítulo deve atender a norma
ABNT NBR 5426, inspeção simples Tipo II e NQA (Nível de Qualidade Assegurada) 2,5.

8 ENSAIOS

Todos os ensaios devem ser realizados nas instalações do fabricante, salvo acordado de
forma diferente, com a aprovação prévia da PETROBRAS.

8.1 Verificação do Tempo de Retardo

O ensaio consiste em determinar o tempo de retardo, utilizando cronômetro eletrônico.

8.1.1 Aparelhagem

a) cronômetro eletrônico aferido, com precisão de 1 μs;


b) conjunto iniciador (pode ser composto por espoleta conectada ao tubo iniciador
não elétrico ou cordel detonante).

8.1.2 Procedimento

a) anotar o tempo nominal do retardo e o número do lote das amostras coletadas;


b) fixar uma das extremidades do retardo ao conjunto iniciador;

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c) passar as extremidades do conjunto retardo e iniciador pelos sensores de


abertura e de fechamento do cronômetro;
d) zerar o cronômetro;
e) iniciar a detonação;
f) fazer a leitura no cronômetro;
g) anotar o resultado.

Nota: O resultado do ensaio é considerado satisfatório se o resultado obtido estiver de


acordo com o Capítulo 5 desta Norma.

8.2 Estanqueidade

O ensaio consiste em determinar a funcionalidade do retardo depois de submetido à pressão


hidrostática.

8.2.1 Aparelhagem

a) vaso de pressão;
b) manômetro aferido, com precisão de 0,1 atm.

8.2.2 Procedimento

a) anotar o tempo nominal do retardo e o número do lote das amostras coletadas;


b) dispor as amostras a ensaiar no interior do vaso de pressão com água;
c) fechar o vaso de pressão e aplicar 1 atm;
d) após 1 h, retirar as amostras e submetê-las à iniciação.

Nota: O resultado do ensaio é considerado satisfatório se ocorrer a detonação da


amostra.

9 RESULTADOS

9.1 Os registros dos resultados dos ensaios do Capítulo 8 desta Norma devem ser
mantidos arquivados pelo fornecedor e disponibilizados à PETROBRAS, se solicitados.

9.2 A PETROBRAS pode aceitar, a seu critério, relatórios de resultados de ensaios


realizados por entidades independentes, desde que detenham certificações de qualidade
emitidas por órgãos acreditados.

10 ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO

A aceitação ou rejeição deve estar de acordo com o critério estabelecido na norma


ABNT NBR 5426.

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GRUPO DE TRABALHO - GT-28-04

Membros

Nome Lotação Telefone Chave


Aloísio Batista SIX/MN 856-7370 SXAS
Casimiro Gabriel da Silva Filho SIX/MN 856-7250 SI83
Marcus Petracco E&P-EXP/SOP/ADS/SAG 821-3631 SS90
Roberto Dittz Chaves E&P-EXP/SOP/ADS 814-3707 S142
Sílvia Regina Corrêa MATERIAIS/EMAT/DMT 819-1794 SMR6
Suzana Cristina Souza de Melo SIX/MN 856-7275 RX2Y
Secretário Técnico
Ana Paula Martins de Souza ENGENHARIA/SL/NORTEC 819-3090 ENJM

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