O ANTIGO

TARÔ DE
MARSELHA

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 Lo Scarabeo
Zilda Hutchinson Schild Silva

O ANTIGO
TARÔ DE
MARSELHA
– Edição da arte gráfica original de Nicolas Conver,
impresso em Marselha pela primeira vez em 1760 –

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 Copyright © 2000 Lo Scarabeo.
Copyright © 2006 Editora Penamento-Cultrix Ltda.
1ª edição 2006
2ª edição 2019
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mecânico, inclusive fotocópias, gravações ou sistema de armazenamento
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Gerente editorial: Roseli de S. Ferraz
Produção editorial: Indiara Faria Kayo
Editoração eletrônica: Join Bureau

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Scarabeo, Lo
O antigo tarô de Marselha / Lo Scarabeo; [tradução] Zilda Hutchinson Schild
Silva. – 2. ed. – São Paulo: Editora Pensamento, 2019.
Título original: Ancient tarot of Marseilles
“Edição da arte gráfica original de Nicolas Conver, impresso em Marselha
pela primeira vez em 1760”.

ISBN 978-85-315-2108-9

1. Destino 2. Ocultismo 3. Sorte – Leitura 4. Tarô I. Conver, Nicolas. II. Título.

19-30708 CDD-133.32424

Índices para catálogo sistemático:

1. Tarô de Marselha: Artes divinatórias: Ciências ocultas 133.32424
Maria Paula C. Riyuzo – Bibliotecária – CRB-8/7639

Direitos de publicação para a língua portuguesa adquiridos com exclusi-

vidade pela EDITORA PENSAMENTO-CULTRIX LTDA.
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Fone: (11) 2066-9000
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http://www.editorapensamento.com.br
Foi feito o depósito legal.

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 Nota do Editor sobre
O Antigo Tarô de Marselha

O Antigo Tarô de Marselha que o leitor tem

agora em mãos trata-se de uma obra histórica.
Suas imagens foram reproduzidas com base na
edição de meados de 1760, realizada pelo grava-
dor e tipógrafo francês Nicolas Conver, um mes-
tre na arte de editar baralhos de tarô, tornando
este específico conjunto de cartas numa referên-
cia para edições posteriores do tarô mais famoso
do mundo, que foi por muito tempo reconhecido
como o “mais autêntico Tarô de Marselha”.
Hoje em dia, por meio das pesquisas sobre as
origens enigmáticas do tarô, sabe-se que o tarô
de Conver não foi o único “Tarô de Marselha”

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 editado na época, e na realidade, este, especifica-
mente, tornou-se uma referência póstuma em
termos históricos, e que foi baseado nos muitos
baralhos que o precederam, como os de: Pierre
Madenié (Dijon,1709), François Chosson
(Marselha,1736) e Claude Burdel (Freiburg,1745),
entre outros. Entretanto, o tarô original projeta-
do por Nicolas Conver e seus descendentes en-
trou para a história após inúmeras reimpressões
serem comercializadas em Marselha por mais de
cem anos, o que é um recorde de longevidade em
termos de publicação, fazendo com que esta edi-
ção na atualidade seja a mais próxima do original
e tradicional Tarô de Marselha.

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 Sumário

Dedicatória ........................................................ 8
Introdução ......................................................... 9
1. O que é o Tarô?............................................ 11
2. O Tarô de Marselha..................................... 13
3. A Interpretação esotérica do Tarô ............ 15
4. A interpretação das cartas ......................... 17
5. Os esquemas de disposição de cartas ...... 19
Disposição com 3 cartas ............................. 20
Disposição com 4 cartas ............................. 21
Disposição com 5 cartas ............................. 22
Disposição com 7 cartas ............................. 23
Disposição com 10 cartas ........................... 24
O Círculo do Destino .................................. 25
6. Como interpretar os Arcanos Maiores .... 27
7. Como interpretar os Arcanos Menores ... 73

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 Dedico este singelo livro às minhas netas queri-
das, continuação da minha existência:
Beatriz,
Bianca
e Bruna

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 Introdução

Desde os primórdios da humanidade o ser hu-

mano quer conhecer o que o futuro lhe reserva.
O público em geral quer saber o que são as car-
tas do Tarô e no que elas se distinguem das cartas
comuns, se qualquer pessoa pode interpretá-las,
se elas realmente predizem o futuro.
De fato, o Tarô é muito conhecido como sis-
tema de adivinhação, mas ele é muito mais do
que isso. Os 22 Arcanos Maiores apresentam
uma série de arquétipos que permitem ao in-
térprete mergulhar no inconsciente e, como
eles representam as etapas de desenvolvimento
de toda uma vida, é possível usá-los para uma
autoanálise.

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 Acontece com o Tarô o mesmo que acontece
com os sonhos. Nestes os símbolos são tão carre-
gados de significados e ao mesmo tempo tão
intensos e incompreensíveis que nenhuma inter-
pretação posterior lhes faz justiça. Os melhores
jogos de Tarô se parecem com esses sonhos in-
tensos, sua mensagem nos abala muito e trans-
forma a nossa consciência. Qual é o sentido do
jogo do Tarô? Tudo depende do que se pode fazer
com ele. Para nós o Tarô é real, pois sabemos que
as ações dependem da compreensão de cada
pessoa. Então ele vale por despertar a nossa
consciência no momento do jogo e por mudar a
nossa percepção dos fatos. Também podemos
descobrir algo novo que nos permite dar uma
nova orientação à nossa vida.

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 1. O que é o Tarô?

Em primeiro lugar, devemos deixar claro o que

é o Tarô. Numa época muito antiga, por volta do
século XV, foram encontradas as primeiras pro-
vas da existência dos baralhos mais antigos. Até
o final do século XVIII o Tarô foi um jogo de car-
tas muito usado em todas as classes sociais da
Europa e só depois veio a ser considerado um
instrumento de cartomancia. O lado espiritual
teve um grande significado para as pessoas que
se reuniam nas Escolas de mistérios, fraternida-
des e sociedades secretas. Elas consideravam as
cartas como um caminho místico de iniciação.
Mas as cartas despertaram muito mais interesse
como oráculo para responder às perguntas

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 profanas. Especula-se bastante sobre a origem
dos 22 Arcanos Maiores: só temos certeza de que
os temas das cartas são muito antigos. Alguns
estudiosos dizem que eles refletem o caminho da
iniciação mística. Jung os chamou de arquétipos.
Importante mesmo é não perder de vista que as
imagens que as cartas nos mostram remontam
às origens da consciência humana.
Existem muitos jogos de cartas, mas o bara-
lho mais usado nos nossos dias é o composto por
78 cartas que foi chamado de Tarô de Marselha.

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 2. O Tarô de Marselha

O nome Tarô de Marselha refere-se a uma série

de iconografias que identificam um tipo de bara-
lho. Foi com o Tarô de Marselha que os estudio-
sos esotéricos se depararam ao começar seus
estudos, e as imagens foram interpretadas à luz
de práticas divinatórias. Foi em Marselha que
surgiram e prosperaram os mais importantes fa-
bricantes de cartas. Eles exportaram as cartas
para os outros países e o uso dos ícones do Tarô
de Marselha tornou-se sinônimo da alta quali-
dade do baralho.

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