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EXCELENTISSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA

______ VARA CIVEL DA COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO DYZ

SUPERMERCADO GAMA, empresa de direito privado, portador do CNPJ nº__, residente e


domiciliado na Rua __, n__, bairro______, CEP: _______, Capital do Estado DYZ, por meio de
seu advogado que esta subscreve, vem perante Vossa Excelência, propor:

REPETIÇÃO DE INDÉBITO C/C AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE RESTITUIR

nos termos do art. 168, inciso I, do Código Tributário nacional ,em face da requerida
ESTADO DYZ, pessoa jurídica, com /CNPJ de n_____, com sede na Rua ____, n___,
bairro ____, CEP: ______ Estado DYZ, pelas razões de fato e de direito que passa a
aduzir e no final requer:

DOS FATOS

A narrativa dos fatos, diz respeito à indústria Gole D´Água que fornece bebidas
para o supermercado Gama, que por via de regra chegará aos consumidores
posteriormente.
Vale destacar que todas as operações que ocorrem são dentro dos limites
estabelecidos pelo Estado DYZ. Estado este que se vigora a Lei Ordinário n° 123, que
prevê a indústria como substituta tributária do ICMS ( imposto sobre circulação de
mercadorias e serviços), que serão incidentes nas operações subsequentes.
Acontece que em abril de 2017, o estado DYZ, exigiu da empresa Gole D´Água
todo o tributo incidente sobre a cadeia produtiva, aonde a mesma teve que pagar todo
o incidente na operação no que diz respeito ao ICMS e pagou também nas operações

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subsequentes, ou seja, no que diz respeito ao comercio do supermercado Gama e os
seus consumidores finais.
O valor que foi pago, teve sua base de calculo sobre o valor presumido de
venda da mercadoria ao consumidor final. Ocorrendo um contra tempo, que o
supermercado Gama que vendia as bebidas ao valor de R$ 16,00 reais, resolveu
abaixar o preço para R$ 14,00 reais, mediante a crise econômica que se instalou no
país
Claramente, podendo observar que o valor pago pela indústria Gole D´Água ao
Estado DYZ, foi superior no que diz respeito aos tributos subsequentes, uma vez que
se teve o calculo de base de cada produto em R$ 16,00, sendo que na verdade o
produto foi comercializado ao preço de R$ 14,00. Restando claro que foi pago um
valor superior ao estado.

DOS DIREITOS
DA PETIÇÃO DE INDÉBITO

1- Conforme fora exposto, o Estado DYZ cobrou um valor, que se presumia entre a
venda dos produtos entre o supermercado Gama e seus consumidores finais,
mediante o tributo que se cobra conforme Lei Ordinária n° 123. Tributos subsequentes,
ou seja, os que serão comercializados ainda, com base em seu valor atual.
Ocorrendo que conforme crise econômica o preço do produto abaixou, porém
já foi pago ao estado essa comercialização, com base na tabela de calculo e seu
preço anterior. Assim, a indústria Gole D´Água pagou por comercializações futuras, a
mais do que o Estado DYZ, teria que receber de direito.
2- Com base nos acontecimento, resta clara o cabimento referente à petição de
indébitos, uma vez que esta assegura perante a CTN, em seu art. 165, inciso I, que
diz:

Art. 165. O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio


protesto, à restituição total ou parcial do tributo, seja qual for a

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modalidade do seu pagamento, ressalvado o disposto no § 4º do
artigo 162, nos seguintes casos:

I - cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior


que o devido em face da legislação tributária aplicável, ou da
natureza ou circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente
ocorrido.

3- Verifica-se que o valor a ser pago de tributo, cuja base de calculo do ICMS é o valor
estimado de comercialização e venda de mercadorias ao consumidor final, conforme
expresso no art. 8° da LC n° 87/1996:
Art. 8º A base de cálculo, para fins de substituição tributária, será:
        I - em relação às operações ou prestações antecedentes ou
concomitantes, o valor da operação ou prestação praticado pelo
contribuinte substituído;
        II - em relação às operações ou prestações subsequentes,
obtida pelo somatório das parcelas seguintes:
        a) o valor da operação ou prestação própria realizada pelo
substituto tributário ou pelo substituído intermediário;
        b) o montante dos valores de seguro, de frete e de outros
encargos cobrados ou transferíveis aos adquirentes ou tomadores de
serviço;
        c) a margem de valor agregado, inclusive lucro, relativa às
operações ou prestações subsequentes.

Restando claro que o valor estimado ou presumido referente ao comercio do


produto e seu destinatário final, não foi verificado, uma vez que se pode observar que
a venda total do supermercado se deu por um valor bem inferior ao que foi pago de
ICMS por tributos subsequentes.

DA OBRIGAÇÃO DE RESTITUIR

4- Assim como se trata de imposto indireto, em que o tributo incide apenas sobre a
parcela da renda que é utilizada para o consumo. Aonde se percebe expressamente o
poder de restituição no art. 166 do CTN:

Art. 166. A restituição de tributos que comportem, por sua natureza,


transferência do respectivo encargo financeiro somente será feita a

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quem prove haver assumido o referido encargo, ou, no caso de tê-lo
transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado a
recebê-la.

Assegurado ainda pela Súmula 546 do STF que menciona:

Cabe a restituição do tributo pago indevidamente, quando


reconhecido por decisão, que o contribuinte "de jure" não recuperou
do contribuinte "de facto" o "quantum" respectivo.

Assegurando ao supermercado Gama o direito em ter seu ressarcimento, com


base nos valores que foi pago a titulo de contribuinte substituto com fulcro no art. 10°
da Lei Complementar 87/1996:

Art. 10. É assegurado ao contribuinte substituído o direito à restituição


do valor do imposto pago por força da substituição tributária,
correspondente ao fato gerador presumido que não se realizar.

Com base nos fatos, e entendendo que a presunção que poderia ocorrer não
se concretizou, o autor terá direito a restituição da diferença do ICMS pago se a base
de calculo efetiva da operação for inferior à presumida, conforme Art. 10 da LC n° 87/
1996.

DOS PEDIDOS

5- Opção por preliminarmente realizar audiência de conciliação/mediação, conforme


art. 319, inciso VII do CPC15:

Art. 319. A petição inicial indicará:


VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de
conciliação ou de mediação.

6- Ante o exposto, requer, respeitosamente, a procedência do pedido, com a


condenação do estado DYZ, no que diz respeito à restituição dos valores pagos a
maior título de ICMS (atualizados e corrigidos), conforme expresso no Art. 167 da
CTN:

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Art. 167. A restituição total ou parcial do tributo dá lugar à restituição,
na mesma proporção, dos juros de mora e das penalidades
pecuniárias, salvo as referentes a infrações de caráter formal não
prejudicadas pela causa da restituição.
 Parágrafo único. A restituição vence juros não capitalizáveis, a partir
do trânsito em julgado da decisão definitiva que a determinar.

7- Posteriormente a condenação do réu estado DYZ ao ressarcimento das custas


processuais e ao pagamento dos honorários advocatícios, nos termos do Art. 85, § 3°,
do CPC/15.

8- Deverá a parte ré fornecer endereço atualizado de onde pretende receber as


intimações referentes à suas obrigações perante este juízo, e informa-las no caso de
troca do endereço indicado.

9- Por fim a comprovação da juntada das guias de recolhimento dos tributos pagos
indevidamente. Que dever ser anexados posteriormente aos presentes autos.

Valor da causa
Dá-se à causa o valor de R$ 200.000,00 reais
Respeitosamente, pede deferimento.

Londrina, 02 de abril de 2020

Advogado _________.
OAB/ _____.
.

Dá-se à causa o valor de R$ 200.000,00 reais

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Respeitosamente, pede deferimento.

Londrina, 02 de abril de 2020.

Advogado _________.
OAB/ _____.
.

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