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BELO HORIZONTE
2020
DAVID SILVA DE FREITAS
BELO HORIZONTE
2020
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.................................................................................................................4
ESTUDO CONTEXTUAL...............................................................................................5
1 Contexto histórico da passagem.................................................................................5
1.1. Autor.......................................................................................................................5
1.2. Leitor......................................................................................................................8
1.3. Data.........................................................................................................................8
1.4. Circunstâncias históricas........................................................................................9
1.5. Objetivo................................................................................................................11
2 Contexto literário da passagem................................................................................12
2.1. Estrutura do livro..................................................................................................12
2.2. Contexto remoto...................................................................................................14
2.3. Contexto próximo.................................................................................................16
3 Contexto canônico....................................................................................................18
3.1. Antigo testamento.................................................................................................18
3.2. Novo Testamento..................................................................................................19
INTRODUÇÃO
TEXTO BÍBLICO
Mas para a terra que estava aflita não continuará a obscuridade. Deus, nos
primeiros tempos, tornou desprezível a terra de Zebulom e a terra de Naftali; mas, nos
últimos, tornará glorioso o caminho do mar, além do Jordão, Galileia dos gentios.
O povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da
morte, resplandeceu-lhes a luz. Tens multiplicado este povo, a alegria lhe aumentaste;
alegram-se eles diante de ti, como se alegram na ceifa e como exultam quando
repartem os despojos. Porque tu quebraste o jugo que pesava sobre eles, a vara que
lhes feria os ombros e o cetro do seu opressor, como no dia dos midianitas; porque
toda bota com que anda o guerreiro no tumulto da batalha e toda veste revolvida em
sangue serão queimadas, servirão de pasto ao fogo. Porque um menino nos nasceu, um
filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso
Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz; para que se aumente o
seu governo, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o
estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo
do Senhor dos Exércitos fará isto (Isaías 9:1-7)1.
ESTUDO CONTEXTUAL
1.1. Autor
1
A BÍBLIA SAGRADA. Revista e Atualizada no Brasil. Tradução de João Ferreira de Almeida. 2ª ed.
São Paulo, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2010.
2
HARRISON, Everett F.; PFEIFFER, Charlis F. Comentário Bíblio Moody: Volume 3, Isaías a
Malaquias. 3ª ed. São Paulo: Batista Regular, 2001. p. 1
Isaías era membro de uma família influente naquela sociedade patriarcal. J. Ridderbos
completa esta informação da vida pessoal de Isaías dizendo que “a respeito da vida
doméstica de Isaías, sabemos que ele era casado e teve pelo menos dois filhos. [...]
Isaías era morador da cidade; vivia em Jerusalém.” 3 O profeta, então, escreve aos seus
conterrâneos israelitas.
O nome de Isaías traz uma informação interessante à observação inicial do livro.
Isaías significa “O Senhor (Javé) deu a salvação”, diz Ridderbos, que complementa
dizendo que
Talvez os pais de Isaías lhe deram esse nome para expressar a sua
gratidão pela benção experimentada por ocasião do nascimento do seu
filho. Pode-se observar a providência de Deus no fato de eles lhe
terem dado este nome, pois ele se enquadra completa e perfeitamente
com o caráter do trabalho de Isaías: a sua pregação foi governada pelo
tema de que é só o Senhor que salva, enquanto todos os esforços
humanos se demonstram ser vãos.
3
RIDDERBOS, J. Isaías: Introdução e comentário. Tradução de Adiel Almeida de Oliveira. São Paulo,
SP: Vida Nova, 1986, p. 9
4
HARRISON, PFEIFFER, 2011. p. 1
escrito os capítulos 40 a 66 porque ele não seria capaz de prever a queda de Jerusalém
(587 a.C) nem o surgimento de Ciro (539 a.C) 5. Neste ínterim, Pfeiffer e Harrison
afirmam que “o autor destes capítulos parecia saber da queda de Jerusalém e também da
restauração da Palestina pelos judeus cativos após a queda da Babilônia em 539 a.C.” 6
Para eles, esta seção do livro deve ter sido escrita por um autor desconhecido, ao qual
chamam de Deutero-Isaías.
John Oswalt aponta duas razões para se questionar a autoria de Isaías 40 a 66. A
primeira é a mudança de estilo entre os capítulos 1 a 39 e os capítulo 40 a 66 que,
segundo ele, são mais líricos e exaltados. A outra razão é a observância de que os
profetas, ao anunciarem o futuro, não dirigem suas palavras ao povo no futuro, como
parece ser o caso nos capítulos 40-55 e 56-66.7
A escrita deste Deutero-Isaías tem sido hipoteticamente marcada para a
Babilônia, participando do Cativeiro Judeu em cerca de 550 a.C. Contudo, ficamos com
Pfeiffer e Harrison que dizem que “isto é impossível de se reconciliar com evidência
internas. Isaías 40-66 mostra pouca familiaridade com a geográfica da Babilônia [...] As
árvores mencionadas são nativas da Palestina, mas desconhecidas na Babilônia (44.14;
41.19). O ponto de vista é palestiniano, pois diz-se que o Senhor enviou uma mensagem
da Babilônia (43.14); Israel foi descrita como a semente de Abraão que o Senhor tomou
dos “confins da terra” (41.9).”8 Portanto, percebe-se que as evidências internas do livro
parecem se chocar com a ideia de um escritor da Babilônia.
Archer Jr. Afirma que “Isso significa que o argumento inteiro em prol de
Deutero ou Trito-Isaías cai por terra, simplesmente com base nas evidências internas do
próprio texto.”9 Por fim, vale ressaltar pequenas referências neotestamentárias que
indicam a autoria de Isaías em todo o livro. Ao relatar uma leitura que Jesus fez dos
profetas, Lucas registra que Jesus leu Isaías, referindo-se aos capítulos finais deste livro
(Lc 4.17). Outros textos como João 12.37-41; Romanos 9.27-29 e 10.20,21 indicam
Isaías como autor dos capítulos finais deste livro profético.
1.2. Leitor
5
ARCHER JR., Gleason L. Panorama do Antigo Testamento. 4ª ed. Tradução de Gordon Chown. São
Paulo, SP: Vida Nova, 2012, p. 413-416.
6
HARRISON, PFEIFFER. 2001. p. 2
7
OSWALT, John. p. 43 ACABAR
8
HARRISON, PFEIFFER. 2001. p. 2-3
9
ARCHER JR., 2012, p. 430
É notório, pelas evidências internas do livro (inicialmente 1.1,10; 2.1;), que o
público alvo do escrito de Isaías são os habitantes do reino de Judá – Reino do Sul – e
de Jerusalém. O livro mostra também que Isaías proferia oráculos destinados a nações
específicas (13.1; 15.1; 17.1; 19.1; 21.1; 22.1; 23.1). Estes oráculos eram ações de Deus
contra as nações que desempenharam papéis importantes durante o período do
julgamento assírio. Isaías contém também declarações para o povo do Norte (9.8-9) que
estava determinado em garantir futuro com suas próprias forças. Após anunciar o
julgamento contra Israel, Judá e as nações específicas, Isaías leva conforto aos futuros
exilados, mostrando a capacidade de Deus em restaurá-los. Portanto, nos capítulos finais
do livro o povo de Israel era o público alvo do profeta.
1.3. Data
A citação acima traz verdades, mas a datação aproximada dita (750 a.C.) está
alguns anos acima do período do chamado de Isaías, de acordo com comentaristas
(embora apresentem diferenças de alguns anos). Sobre a data deste chamamento, Derek
Kidner afirma que o ano da morte de Uzias foi 740 a.C (à luz de Isaías 6.1 que afirma
que no ano desta morte é que foi chamado). 11 Wirsbe defende a data de 739 a.C. 12 Já
10
CHAMPLIN, R.N. O Antigo Testamento Interpretado: versículo por versículo. Volume 5. São
Paulo: Hagnos, 2001. p.2781
11
KIDNER, Derek. Isaías. In: CARSON, D. A. (Ed.). Comentário Bíblico Vida Nova. Tradução de
Carlos E. S. Lopes; James Reis; Lucília Marques P. da Silva; Márcio L. Redondo; Valdemar Kroker. São
Paulo, SP: Vida Nova, 2009, p. 950.
12
WIRSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo: Antigo Testamento. Vol IV. Tradução de
Susana E. Klassen. Santo André, SP: Geográfica, 2010, p. 17.
Keil e Delitzsh propõem a data de 759 a.C.13
Para Oswalt, a data do ministério e da escrita de Isaías (capítulos 1-39) está entre
os anos 739 – 701 a.C.14 Já para Kidner, a data sera entre 740 – 701 a.C. 15, crendo que o
início do trabalho profético se deu exatamente no ano da morte de Uzias.
A partir da segunda metade do século oitavo a Assíria foi governada por líderes
fracos, que foram incapazes de manter os avanços e as conquistas dos líderes
anteriores.16 Com este declínio aparente, os vizinhos assombrados pela Assíria
desfrutaram de um aparente período de paz, alívio das pressões expansionistas dos
assírios. Dentre estes povos que desfrutavam de alívio, estavam as nações de Judá e
Israel. Oswalt afirma que entre os anos 810 a 750 a.C., “os dois reinos haviam
desfrutados de uma paz e prosperidade que não tinham conhecido desde o tempo de
Salomão.”17 Contudo, a sensação de liberdade e alívio trouxeram a estas nações uma
falsa sensação de agrado de Deus diante de suas atitudes de derrocada.
Alguns profetas menores, como Amós e Oséias foram encarregados de
exortarem os israelitas desta errada noção de agrado a Deus, chamando-os a voltar a
práticas e caminhos divinamente santos. Porém, não tiveram êxito. Os reinos do Norte e
Sul continuavam no caminho da apostasia, sendo-os levado à destruição. 18 O que este
povo fazia era esquecer-se de Deus, renunciando a submissão exclusiva a este para
servir a outros deuses e a agrados humanos. Pfeiffer e Harrison dizem que o Reino do
Norte sofreu um declínio rápido e catastrófico e o Reino do Sul parecia pronta a seguir o
exemplo horrível da apostasia de Israel 19. Os reinos caminhavam para degradação e
severa podridão moral e religiosa.
Neste tempo de degradação dos reinos do Norte e Sul, a Assíria continuava
enfrentando uma crise em sua potência. Oswalt diz que a motivação do livro foi a “crise
assíria, a qual causou a destruição de Israel ao norte e ameaçou a existência de Judá ao
13
KEIL, Karl Frederich; DELITZSH, Franz. Commentary on the Old Testament. Disponível em:
<https://www.studylight.org/commentaries/kdo/isaiah-1.html>. Acesso em 07 de abril de 2021.
14
OSWALT, 2011, p.21
15
KIDNER, 2009, p. 957
16
OSWALT, 2011, p. 21
17
Ibid.
18
OSWALT, 2011, p.22
19
PFEIFFER e HARRISON, 2001, p. 1
sul.”20 Ele completa dizendo que Judá sobreviveu à apostasia de Acaz graças ao
ministério de Isaías, e que a sobrevivência de Jerusalém se deu pela fidelidade de
Ezequias.
O período de fraqueza Assíria chegava ao fim com a ascensão do rei Tiglate-
Pileser III, em 745 a.C, e a expansão do domínio se tornou novamente foco. Israel e
Judá foram alvos desta expansão. Com a pressão assírio sobre Israel, Judá, já sob o
reinado de Acaz (735 a.C.), preparou-se para isto de maneira estranha: posicionando-se
politicamente a favor da Assíria.21 Pfeiffer e Harrison dizem que Judá “buscou a
proteção e o livramento da Assíria pagã, em vez de buscar a Jeová, o Deus de sua
aliança.”22 Oswalt diz que “Judá não deveria ser anti-Assíria, nem pró-Assíria, mas pró-
Deus!”23. Portanto, neste ambiente, Isaías vê as nações renunciando sua confiança em
Deus e se deixando levar pela pompa, pela política e pelo poder humano (conforme
1.21-23; 2.12-17). Isaías, então, condena as condições corruptas da vida em Jerusalém e
Judá, bem como da de Israel (9.7) e anuncia o julgamento divino sobre eles.
Acaz passou a reinar em Judá após a morte do seu pai Jotão (2Rs 16.1-20).
Nesse período, Rezim, rei da Síria, e Peca, rei de Israel, cercaram Jerusalém, mas não
conseguiram derrotar Acaz. Então, Acaz enviou mensageiros a Tiglate-Pileser, rei da
Assíria, pedindo socorro contra Rezim e Peca. Ao procurar pompas, o rei Acaz se alia a
Tiglate-Pilaser III (2Rs 16.7-9) para ir contra Rezim e Peca, incitando a “guerra siro-
efraimita”. Ridderbos afirma que a seção constante de 7.1 a 9.6 do livro de Isaías data
desse período de guerra.24
Acaz morre em 727 a.C. e Ezequias, seu filho o sucedeu no trono (2 Rs 16.20;
18.1). Ezequias temia a Deus e, pela boa disposição desse rei, Isaías coloca-se ao seu
lado, com conselhos proféticos.25 Neste tempo Isaías passa a ser bem ativo em seu
trabalho profético. Ezequias eliminou grande parte da idolatria (2 Rs 18.2-5) e
promoveu conhecimento da lei mosaica (2 Rs 18.1-6; 2 Cr 19.1-36) entre o povo. 26 No
reinado de Ezequias, Salmaneser invadiu Israel e conquistou Samaria. O rei da Assíria
levou os cidadãos como prisioneiros. Enquanto isso, no ano catorze do reinado de
20
OSWALT, 2011, p. 49
21
Ibid., p.23
22
PFEIFFER e HARRISON, 2001, p. 1
23
OSWALT, 2011, p. 23
24
RIDDERBOS, 1986, p. 13
25
RIDDERBOS, 1986, p. 15
26
PFEIFFER e HARRISON, 2001, p. 1
Ezequias, Senaqueribe, rei da Assíria, atacou todas as cidades de Judá e as conquistou.
Ridderbos afirma que
1.5. Objetivo
Segundo este comentário, o livro de Isaías mostra a Israel que Deus não os havia
esquecido e que eles não deviam esquecer-se deste Deus No livro do profeta são
transmitidos oráculos de Deus à nação de Israel. Entre os capítulos 1 a 39 os oráculos
27
RIDDERBOS, 1986, p. 15
28
Ibid., p. 75
29
PRICE, Ross E.; GRAY, C. Paul; GRIDER, Kenneth. Comentário Bíblico Beacon: Isaías a Daniel.
Tradução de Valdemar Kroker e Haroldo Janzen. Rio de Janeiro: CPAD, 2012. p. 24
são de juízo, enquanto nos capítulos 40 a 66 os oráculos são de livramento e
restauração.
31
CHAMPLIN, 2001, p. 2785
glória de Deus e Seu reino vindouro. Esta exposição do erro que Isaías faz dá o norte do
grande contexto deste livro.
Champlin divide o contexto do livro em quatro grandes partes. A primeira são
profecias de cumprimento a curto prazo (1.1- 35.10). Dentro desta divisão, Oswalt diz
que os capítulos 1-5 tratam do grande problema: “o Israel orgulhoso, arrogante e
pecaminoso é tudo menos o servo de Deus.”32 Estes capítulos são os oráculos de Isaías,
que mostram que Israel era o meio pelo qual Deus abençoaria as famílias da terra. Ainda
dentro da primeira divisão de Champlin, o capítulo 6, segundo Oswalt, é o tema
resultante do restante do livro; e os capítulos 7-39 expressam a majestade de Deus e a
maldade do povo.33
A segunda parte de Champlin são os capítulos históricos (36.1 – 39.8) –
capítulos semelhantes aos capítulos 7-12. Esta seção examina o pré-requisito básico
para o caso do papel do servo: entregar-se alguém à plena confiança em Deus.34 Já a
terceira parte são as profecias preditivas sobre a Babilônia (40.1 – 45.25) e a quarta
parte são profecias preditivas (46.1 – 66.24)35. Isaías antecipa a invasão e o cativeiro
babilônico e faz profecias sobre ensinamentos morais e espirituais. Oswalt diz que esta
última parte do livro responde a três perguntas e constituem um quebra cabeça. Ele diz:
[...] o que nos motivará a servir a Deus (caps. 40-48)? De que maneira
nos será possível servir, ainda que o queiramos (caps. 49-55)? Quais
são as marcas da vida do servo num mundo imperfeito (caps. 56-66)?
[..] Os capítulos 40-55 dão uma feição totalmente nova às coisas. [..]
Os capítulos 56-66 constituem um quebra-cabeça. [...] Uma coisa é ser
libertado da Babilônia e reconhecer, ainda que vagamente, que Deus
tem na história um meio de isentar do pecado com mais eficácia do
que bois e cabritos. Outra coisa bem diferente é viver na presença das
nações no palco da história. Não obstante, viver e tomar-se um vaso
puro por meio do qual a luz divina pudesse resplandecer requeria que
o livramento se disseminasse. É desse tema que falam os capítulos 56-
66.36
Isaías revela o nome e a natureza do Deus que convida os seus a serem seus
servos. Esse Deus é santo, justo, e seu amor é sólido. Ele é glorioso, temível e habita
com o manso e contrito. Ele chama sua nação a renunciar de sua independência e a
confiar nele, dando o Messias para a capacitar a ser como ele é e quer.
32
OSWALT, 2011, p. 79
33
Ibid., p. 80
34
Ibid.
35
CHAMPLIN, 2011, p. 2785
36
OSWALT, 2011. p, 84-86
O capítulo 9 faz parte de uma chamada à confiança no Senhor. Este capítulo
mostra, dentro do grande contexto de Isaías, o caminho de trevas da nação e o caminho
de Luz dado pelo Senhor. Ademais, mostra o filho que o Senhor daria para conduzir seu
povo à sua presença luminosa.
Os escritos que levam seu nome estão entre os mais profundos de toda
a literatura, e sua profecia é incomparável no que diz respeito à
excelência e distinção. Isaías, portanto, não encontra paralelos e se
sobressai em relação aos outros profetas pela força da sua
personalidade, sabedoria e habilidade de estadista, pelo poder da sua
oratória e pela clareza de suas ideias. 39
Como dito, Isaías se sobressai em relação a outras profecias, uma vez que seu
estilo e linguagem são bastante expressivos, como afirma Coffman: “Em todo o livro, o
estilo e a linguagem de Isaías são muito expressivos. Com exceção de alguns parágrafos
(principalmente nos capítulos 36 - 39), o livro é escrito na forma de verso da poesia
hebraica.”40 O livro de Isaías é um porta-voz profético de Deus para a exortação do
Israel do Senhor.
3 Contexto canônico
O livro de Isaías é o livro profético mais citado pelo Novo Testamento e, por ser
um livro profética, tem bastante referências às atualidades da época, ligando-se muito ao
Antigo Testamento. Embora o livro todo tenha bastante contexto canônico, nesta
37
CHAMPLIN, 2001, p. 2781
38
Ibid., p. 2785
39
PRICE, GRAY, GRIDER, 2012, p. 21
40
COFFMAN, James Burton. Commentaries on the Bible. Disponível em: <
https://www.studylight.org/commentaries/bcc/isaiah.html>. Acesso em 09 abril. 20. Tradução nossa.
presente análise cabe-nos analisar a passagem de estudo desta exegese. Portanto,
observaremos agora como Isaías 9.1-7 se relaciona com outros textos canônicos.
41
CHAMPLIN, 2001, p. 2818