Você está na página 1de 13

A importância da atenção farmacêutica na prevenção da automedicação de alopáticos em

mulheres no período gestacional Dezembro/2017


1

A importância da atenção farmacêutica na prevenção da


automedicação de alopáticos em mulheres no período gestacional

Alâna Costa de Oliveira – alannacossta@gmail.com


Atenção Farmacêutica e Farmácia Clinica
Instituto de Pós-Graduação - IPOG
Salvador, BA, 23 de fevereiro de 2017

Resumo

O estudo trata de uma revisão bibliográfica realizada no curso de Pós-graduação em


Atenção Farmacêutica e Farmácia Clínica da instituição IPOG – Salvador-BA, com intuito
de analisar e destacar a importância da atenção farmacêutica na prevenção da
automedicação de alopáticos em mulheres no periodo gestacional. O uso de fármacos na
gestação é frequente, seu consumo é devido a vários fatores, tais como o surgimento de
manifestações clínicas específicas da gravidez, o uso por prescrição medicamentosa, a
prática da automedicação e entre outros fatores socioculturais e econômicos. A
automedicação durante a gestação na maioria das vezes tem por objetivo a obtenção de
efeitos terapêuticos na mãe, porém atinge dois organismos simultaneamente, onde a resposta
fetal ao medicamento é diferente da observada na gestante, assim podendo resultar em
toxicidade fetal com lesões variadas e algumas até irreversíveis. Nesse contexto, cabe ao
farmacêutico, orientar a paciente sobre a ação de determinados medicamentos e as
consequências de seu uso durante a gestação. Dessa forma o profissional farmacêutico deve
estar inserido na equipe multidisciplinar que presta acompanhamento pré-natal, já que a
atenção farmacêutica propõe ações que vão muito além do que apenas acompanhar a
farmacoterapia, mas que buscar a saúde e qualidade de vida da gestante.

Palavras-chave: Atenção farmacêutica. Automedicação em gestantes. Gestação.

1. Introdução
A profissão farmacêutica vem sofrendo grandes mudanças no decorrer dos anos, com a
evolução da indústria de medicamentos e as inovações nas formas farmacêuticas,
remodelando ações terapêuticas dos fármacos. O profissional se tonou responsável não apenas
em distribuir o medicamento, mas também por ações primárias em saúde, tendo o
medicamento como insumo estratégico e o paciente como principal foco (PEREIRA,
FREITAS, 2008).

Desta forma, visando nortear e estender a atuação do farmacêutico iniciou-se a construção do


conceito de Atenção Farmacêutica como um modelo de prática profissional que se refere a
atividades específicas do farmacêutico no âmbito da atenção à saúde. Centrada no paciente,

ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017
A importância da atenção farmacêutica na prevenção da automedicação de alopáticos em
mulheres no período gestacional Dezembro/2017
2

com interação direta do farmacêutico com o usuário, farmacoterapia racional, obtenção de


resultados definidos e mensuráveis, a atenção farmacêutica surgiu como alternativa voltada
para a melhoria da qualidade de vida do paciente (WISNIEWSKI, 2009, REIS, [entre 2002 e
2007]).

No Brasil o termo Atenção Farmacêutica foi seguido a partir de discussões lideradas pela
Organização Pan-Amecirana de Saúde (OPAS), Organização Mundial de Saúde (OMS) e o
Ministério da Saúde (MS), definindo-a como um modelo desenvolvido no contexto de
Assistência farmacêutica compreendendo atitudes, valores éticos, corresponsabilidades na
prevenção de doenças, promoção e recuperação da saúde, de forma integrada a equipe de
saúde (PEREIRA, FREITAS, 2008).

A utilização de medicamentos é um processo complexo com múltiplos determinantes e


envolve diferentes atores. Podendo proceder por três tipos: prescrição médica, automedicação
e autoprescrição. A prescrição médica pode ser definida pela prescrição de um determinado
medicamento ou terapêutica por profissional habilitado. A autoprescrição consiste no uso
inadequado de medicamentos que requerem a prescrição do profissional e que apresentam em
sua embalagem, tarja indicativa da necessidade de controle. A automedicação definida como
o consumo de medicamentos sem orientação de profissional habilitado é considerada um dos
principais problemas de saúde pública (RODRIGUES; TERRENGUI, 2006; LUNARDI-
MAIA et. al. 2009).

O uso de medicamentos dispensados sem receita médica é considerado parte integrante do


sistema de saúde. Quando praticada corretamente pode contribuir para aliviar financeiramente
os sistemas de saúde pública e uma resposta mais rápida ao tratamento da enfermidade.
Porém, com o incentivo da indústria o que está ocorrendo é o uso indiscriminado do
medicamento (SOUSA; SILVA; NETO, 2008).

O uso de fármacos na gestação é frequente, seu consumo é devido a vários fatores, tais como
o surgimento de manifestações clínicas específicas da gravidez, o uso por prescrição
medicamentosa, a prática da automedicação e outros. (RODRIGUES FILHO, 2011).

A automedicação durante a gestação, na maioria das vezes, tem por objetivo a obtenção de
efeitos terapêuticos na mãe, porém atinge dois organismos simultaneamente, onde a resposta
fetal ao medicamento é diferente da observada na gestante, assim podendo resultar em
toxicidade fetal com lesões variadas e algumas até irreversíveis (OLIVEIRA; SILVA, 2010;
SILVA; SANTOS; BRITO 2012).

Nesse contexto, cabe ao farmacêutico, orientar a paciente sobre a ação de determinados


medicamentos e as consequências de seu uso durante a gestação. Por tanto, esse artigo tem
como objetivo analisar e destacar a importância da atenção farmacêutica na prevenção da
automedicação em mulheres no período gestacional.

2. Metodologia

ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017
A importância da atenção farmacêutica na prevenção da automedicação de alopáticos em
mulheres no período gestacional Dezembro/2017
3

O estudo trata de uma revisão bibliográfica realizada no curso de Pós-graduação em Atenção


Farmacêutica e Farmácia Clínica da instituição IPOG, que utilizou como fonte de dados
artigos selecionados nos bancos de dados eletrônicos; Literatura Latino-Americana em
Ciências da Saúde (LILACS) , Scientific Electronic Library Online (SciELO) e PubMed,
publicados nos últimos desseseis anos (2000 a 2016), na língua portuguesa
“A pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído
principalmente de livros e artigos científicos” (GIL, 2007, p. 64).
Os dados foram coletados nos meses de novembro de 2016 a janeiro de 2017, em seguida
analisados, por meio daIM compreensão de cada autor, com finalidade de responder a uma
pergunta específica, utilizando métodos para identificar, selecionar e avaliar criticamente os
estudos, identificando congruências e incongruências entre os artigos, obedecendo aos
critérios de inclusão.
Os processos para coleta de dados envolveram exploração de fontes bibliográficas referentes à
área temática, leitura do material para seleção, compilação e análise do material, elaboração
do texto, estabelecendo-se como critérios de inclusão, publicações em português, utilizando-
se o critério das palavras-chave, que foram as seguintes: atenção farmacêutica, automedicação
em gestantes e gestação.
Foram selecionados artigos sobre o tema proposto. Os resultados obtidos pela consulta à
literatura específica encontrada receberam um tratamento com duas finalidades principais:
manter o contexto em que se inclui o estudo do tema e garantir a consistência entre
fundamento, integração e relacionamento proveniente das informações.

3. Alterações fisiológicas e farmacocinéticas na gravidez


A gestação tem duração de 40 semanas tendo inicio, fisiologicamente, na fertilização. Com a
divisão celular após a fecundação, o óvulo se torna zigoto sendo transportado até o útero,
assim denominado de blastocisto nos primeiros quatro a cinco dias. A partir da implantação
do blastocisto na parede uterina até aproximadamente oito semanas de gestação ele é
denominado embrião. O desenvolvimento embrionário é rápido e crucial para a formação de
um feto saudável, durante esse período as células especializadas formam os órgãos vitais,
assim na oitava semana o embrião se torna feto (SILVA, 2013).

A gravidez é um estado fisiológico onde ocorrem profundas mudanças no corpo da gestante.


Uma das principais alterações é o desenvolvimento placentário que ocorre, aproximadamente,
a partir do 16º dia de gestação até o parto. A placenta é responsável pelo fornecimento de
nutrientes e oxigênio para o feto. Durante muito tempo foi atribuída à placenta funções de
proteção e barreira contra agentes externos ao feto, mas a descoberta de sua capacidade de
metabolizar xenobióticos por difusão passiva e transporte ativo, modificou esta visão,
entendendo que a placenta pode assumir o papel de um local de armazenamento de agentes
químicos (SILVA, 2013; SILVA et al.,2012).

Além da formação da placenta, a fisiologia da mulher é completamente alterada, todos os


sistemas sofrem alterações para se adaptar ao novo concepto.
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017
A importância da atenção farmacêutica na prevenção da automedicação de alopáticos em
mulheres no período gestacional Dezembro/2017
4

O aumento da massa corporal é variável a depender do estado nutricional da gestante, porém


há alterações nas dimensões do corpo da gestante, como nos pés e nos seios, que são
atribuídas ao acúmulo de líquido devido à pressão exercida sobre os capilares dos membros
inferiores pela ação gravitacional e à compressão da veia cava inferior pelo útero gravídico
(SILVA, 2013).

As alterações relacionadas ao seio ocorrem pelas mudanças hormonais e a produção de leite,


devido ao aumento de estrógenos, prolactina, glicocorticoides adrenais, insulina e
progesterona (SILVA, 2013).

A pele da gestante também pode sofrer alterações como a hiperpigmentação localizada


denominada melasma, que ocorre na face, pescoço e antebraços, essa alteração ocorre devido
a maior produção de melanócitos e alta estimulação hormonal (SILVA, 2013).

O aumento no sono e do cansaço no inicio da gestação é bastante notado pelas gestantes.


Alterações comportamentais e psicológicas como flutuações no humor também são notadas
em algumas gestantes.

Dentre as alterações que ocorrem no corpo da gestante, as variações nos níveis hormonais são
as que mais contribuem para caracterizar o período gestacional (BISSON, 2003). A
progesterona durante a gestação é secretada pelo corpo lúteo do ovário e pela placenta,
diminuindo a excitabilidade da fibra muscular uterina, além de aumentar a vascularização do
corpo e colo uterino. Os estrógenos durante a gestação são produzidos pelas células sinciciais
do trofoblasto, agindo sobre o crescimento e a excitabilidade uterina com fundamental
importância no aumento da vascularização, hipertrofia e hiperplasia das fibras musculares
miometriais (SILVA et al.,2012).

Os aparecimentos de náuseas e vômitos ocorrem devido aos efeitos hormonais do estrogênio e


da progesterona, que modificam o tonus da musculatura lisa fazendo com que os alimentos
permaneçam por mais tempo no estômago e o esfíncter do esôfago tende a relaxar, permitindo
o refluxo do conteúdo estomacal para o esôfago. Esses hormônios também estão ligados à
constipação intestinal (SILVA et al.,2012).

Além dos estrógenos e da progesterona, a gonadotrofina coriônica humana (HCG) também


secretada durante o período gestacional, produzida pelas células do citotrofoblasto placentário
tem importante função luteotrófica na gestante, além de exercer ação adrenocorticotrófica na
adrenal do feto (BISSON, 2003).

Alterações como a motilidade intestinal diminuída, o aumento do volume de sangue, da massa


corporal e do tempo de esvaziamento gástrico da gestante, junto com a diminuição da ligação
da proteína do plasma, nível de albumina reduzido, aumento da taxa de filtração glomerular e
do fluxo de sangue renal influenciam diretamente na farmacocinética dos fármacos no período
gestacional (SILVA, 2013). As diversas alterações fisiológicas podem alterar a

ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017
A importância da atenção farmacêutica na prevenção da automedicação de alopáticos em
mulheres no período gestacional Dezembro/2017
5

farmacocinética da maior parte dos medicamentos em relação à absorção, distribuição,


metabolismo, biotransformação e excreção renal (BISSON, 2003).

A maioria dos medicamentos administrados à gestante chega ao feto. O principal mecanismo


de passagem do fármaco é através da difusão simples atravessando a placenta. Alguns fatores
como o peso molecular do fármaco, lipossolubilidade, grau de ionização, capacidade de
ligação com proteínas, concentração do fármaco no sangue da gestante e a condição da
placenta influenciam diretamente a farmacodinâmica do medicamento em relação ao feto,
deixando susceptível a maioria dos medicamentos usados na gestação (CHAVES;
LAMOUNIER, 2004).

4. Problemas causados por automedicação na gravidez


A automedicação é uma prática que consiste na procura de sanar as queixas utilizando
medicação sem uma consulta previa com profissional habilitado. O fato de o indivíduo
executar a automedicação, sem critérios técnicos e acompanhamento profissional, enquadra
essa prática como uso irracional de medicamentos (FERNANDES; CEMBRANELLI, 2015).

O uso irracional de medicamentos envolve condutas que incluem a utilização simultânea de


muitos medicamentos sem critérios técnicos e o uso inapropriado de classes farmacológicas
(FERNANDES; CEMBRANELLI, 2015).

A grande parte das mulheres no período gestacional não possui informação adequada sobre os
possíveis riscos da utilização de medicamentos durante a gestação. A deficiência de
informações e a complexidade dos diversos fatores que decidem a escolha de um
medicamento para uso durante a gestação reforçam a apreensão sobre a automedicação nesse
período (RIBEIRO et al., 2013).

A automedicação ocupa um importante lugar no sistema de cuidados da saúde, vários estudos


consideram a automedicação motivo de grande preocupação, sobretudo entre mulheres na
faixa etária entre 16 e 45 anos. Estudos têm demonstrado que os medicamentos mais
comumente usados em automedicação na gestação incluem os analgésicos (42,1%), antiácidos
(7,0%) e medicamentos para resfriados ou alergias (6,0%). Outros estudos realizados no
Brasil apontam uma estimativa de que 83,8% e 97,6% das gestantes estão expostas a, pelo
menos, um medicamento durante a gestação (BRUM et al.,2011; BALDON et al.,2006).

Um estudo realizado no hospital escola do município de Campinas-SP, onde foram


entrevistadas puerperais, ainda hospitalizadas, 94,6% utilizaram pelo menos um medicamento
durante o período gestacional, 11,2% utilizados por automedicação ou por indicação leiga,
tendo como os principais medicamentos utilizados analgésicos e os antiácidos (FONSECA;
FONSECA; MENDES, 2002)

Entrevista realizada em seis cidades brasileiras apontam que 82,9% das gestantes utilizaram
pelo menos um medicamento durante a gestação, sendo 54% de uso orientando por pessoa
leiga e 32% por orientação de profissional habilitado (MENGUE et al., 2001).

ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017
A importância da atenção farmacêutica na prevenção da automedicação de alopáticos em
mulheres no período gestacional Dezembro/2017
6

Na automedicação e sua epidemiologia observou-se significância estatística na utilização de


medicamentos no período gestacional, constatando que há uma taxa elevada na
automedicação por gestantes, o que aumenta o risco para o feto.

No período gestacional ocorre uma série de alterações fisiológicas e farmacocinéticas,


acarretando mudanças na absorção, concentração e distribuição dos fármacos, assim deve-se
ter cuidado e atenção na administração de fármacos nesse período.

A preocupação com o uso de medicamentos por gestantes passou a ser mais frequente após a
tragédia da talidomida, nas décadas de 50 e 60, período em que nasceram cerca de 10 mil
bebês apresentando focomelia e outras alterações congênitas ambas associadas à utilização do
medicamento pelas mães (ALENCAR et al., 2013). Os cientistas têm focado na questão da
segurança no uso de medicamentos durante a gestação, pois de fato, pouco se sabe sobre o
efeito causado no feto humano. Essa situação decorre da impossibilidade de se realizarem
testes em humanos e da dificuldade de extrapolar os resultados obtidos em ensaios pré-
clínicos in vitro e in vivo (RIBEIRO et al., 2013).

Medicamentos teratogênicos são aqueles considerados capazes de não só ultrapassar a


barreira placentária e causar modificações morfológicas e neurológicas no concepto, mas
como podem agir na ocasião da concepção e implantação do óvulo. Podem causar aborto
espontâneo, anormalidades congênitas, retardo no crescimento intrauterino, retardo mental,
carcinogênese e mutagênese (RODRIGUES; TERRENGUI, 2006).

A teratogênicidade das substancias químicas depende do período da gestação e do mecanismo


de ação da substancia. Isto se deve porque cada órgão do feto apresenta seu período crítico de
desenvolvimento. Assim os medicamentos só devem ser administrados quando estritamente
necessários, não apresentando potencial teratogênico e quando não desencadeiam efeitos
colaterais ao feto (SILVA et al., 2012).

O primeiro trimestre de gestação é o mais delicado e o de maior risco de ação danosa para o
feto, por ser a fase na qual ocorre formação de basicamente todas as estruturas anatômicas e
fisiológicas do feto, sendo, portanto, imprescindível ser redobrado o cuidado na administração
de medicamentos durante o período (MAIA et al., 2014, RIBEIRO et al., 2013).

Durante muito tempo, acreditou-se que o embrião ou feto estava totalmente protegido pela
placenta. Contudo, a identificação da síndrome da rubéola congênita, em 1941, derrubou a
ideia de que a placenta era totalmente impermeável. A partir de então, a gestação começou a
ser observada como uma situação especial que necessita de cuidados especiais. Qualquer
agente permeável à placenta passou a ser considerado perigoso pela possibilidade de
desenvolvimento de alterações fetais e embrionárias de natureza morfológica e ou fisiológica
(RAMOS et al., 2008).

ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017
A importância da atenção farmacêutica na prevenção da automedicação de alopáticos em
mulheres no período gestacional Dezembro/2017
7

Quando se utiliza um fármaco durante o período da gestação, deve-se avaliar sempre o fator
risco/benefício para mãe e feto. O medicamento de escolha deve ser aquele que não possui
efeito teratogênico ou qualquer alteração funcional. Com o objetivo de orientar e auxiliar o
prescritor na escolha terapêutica mais adequada para a gestante, desde 1975 a agência
americana FDA (Food and Drug Administration) adota a classificação de medicamentos
conforme o risco associado ao seu uso durante a gravidez, que são classificados em 5
categorias (A, B, C, D e X), crescentemente, de acordo com o grau de riscos à gestação,
tomando por base, predominantemente, o primeiro trimestre de gravidez (RIBEIRO et al.,
2013).

A classificação “A” refere-se aos estudos controlados em mulheres que não apresentaram
risco no 1º trimestre e a possibilidade de dano ao feto é remota. A classe “B” corresponde às
pesquisas em reprodução animal e não demonstram riscos ao feto, porém não há estudos em
gestantes. A categoria “C” está ligada à estudos em animais que revelaram efeitos adversos no
feto e não há pesquisas em mulheres. Na classe “D” há evidencias de risco para o feto
humano, mas os benefícios do uso em gestantes podem justificar seu uso. A classe “X”
corresponde à drogas contraindicadas para mulheres que pretendem engravidar (RAMOS et
al., 2008).

Uma avaliação nos prontuários de pacientes com malformações congênitas atendidas pela
Associação Norte Paranaense de Reabilitação constatou a prevalência de 62,3% de mães que
utilizaram medicamentos durante o período gestacional. Também foi relatado no estudo,
tentativas de aborto consideradas importantes para os autores, pois é comum o uso de
substâncias químicas com o misoprostol para esta finalidade. (RAMOS et al., 2008).

Os medicamentos isentos de prescrição (MIP) são os mais utilizados por gestantes, devido à
sua facilidade de consumo, porém, assim como os que necessitam de prescrição, podem trazer
prejuízo à gestante e por consequência ao feto (SILVA, 2013).

Para o tratamento de alterações fisiológicas causadas pela gestação como náuseas e vômitos a
classe muito utilizada são os anti-histamínicos, porém afetam a gestante com sonolência e
alguns estudos apontam risco considerável de más formações congênitas como seu uso
(SILVA, 2013).

O uso de laxantes deve ser utilizado em curto prazo ou, ocasionalmente, para evitar a
desidratação ou desequilíbrios eletrolíticos. Já, o uso de anti-infamatórios não esteroidais
(AINES) no terceiro trimestre de gestação aumenta o potencial de risco de constrição
prematura do ducto intrauterino arterial, o que resulta na hipertensão pulmonar fetal e na
diminuição do líquido amniótico (KOREN et al., 2006).

Durante o período gestacional, alguns princípios básicos devem ser observados pelos
profissionais de saúde para a correta prescrição de medicamentos, tais como relação dos
riscos e benefícios, experiência prévia com o fármaco e suas propriedades como meia-vida,

ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017
A importância da atenção farmacêutica na prevenção da automedicação de alopáticos em
mulheres no período gestacional Dezembro/2017
8

dose recomendada, via e horário de administração, tempo de ação e níveis séricos, entre
outros (RIBEIRO et al., 2013).

A utilização de medicamentos na gravidez deve ser vista com cautela e avaliação criteriosa
em relação ao risco/beneficio, devido às possíveis implicações sobre a saúde do feto
(OSORIO-DE-CASTRO et al. 2004).

É de responsabilidade do profissional farmacêutico, orientar sobre os riscos da automedicação


em mulheres no período gestacional e até mesmo no período fértil, priorizando sempre que
possível, a utilização de medidas não farmacológicas para sanar as queixas.

A indicação da procura de outros profissionais de saúde além do médico como farmacêuticos,


enfermeiros, nutricionista e fisioterapeutas, é de grande valia. Também, o uso de ações não
farmacológicas para o tratamento de algumas queixas tais como tratamento de náuseas e
vômitos com mudança na dieta, elevação da cabeceira da cama para evitar o refluxo, ingestão
de líquidos, assim como mudanças no estilo de vida são medidas que podem aliviar ou sanar
alguns sintomas desagradáveis.

Sobre as queixas de dores posicionais, uma das maiores queixas das gestantes, tratamentos
não farmacológico com hidroginástica e fisioterapia apresentam benefícios significativos.

Nesse contexto, a participação integrada dos diferentes profissionais que oferecem assistência
às gestantes, precisa ocorrer quando se discute sobre o uso de medicamentos, tento em vista
as amplas possibilidades de tratamento para algumas queixas. Especialmente o farmacêutico
por ser habilitado e capacitado para todas as questões relacionadas ao uso do medicamento,
contribuindo no desenvolvimento de programas de educação em saúde a fim de informar e
orientar sobre os riscos do uso inadequado de medicamentos no período gestacional
(SANTOS et al., 2013, GALATO et al., 2015).

5. A importância da atenção farmacêutica na gravidez


A atenção farmacêutica é uma prática recente, onde se prioriza a orientação e o
acompanhamento farmacoterapêutico. Essa atividade já é realidade na maioria dos países
desenvolvidos, e vem demonstrando ser eficaz na redução de agravamentos de doenças e de
custos para o sistema de saúde (PEREIRA, FREITAS, 2008).

Inserida na assistência farmacêutica a atenção farmacêutica é responsável pela terapia


farmacológica que tem como finalidade obter resultados definidos na saúde que melhore a
qualidade de vida do paciente, através da minimização dos problemas de saúde relacionados
ao uso de medicamentos (CARMO, 2007).
A atenção farmacêutico não tem como objetivo intervir no diagnóstico ou na prescrição de
medicamentos, mas sim garantir um tratamento farmacológico seguro, eficaz e com custo
efetivo. A prática envolve não apenas a orientação farmacêutica, mas também a educação em
saúde (NOVAES, 2007).

ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017
A importância da atenção farmacêutica na prevenção da automedicação de alopáticos em
mulheres no período gestacional Dezembro/2017
9

De forma geral, a atenção farmacêutica engloba todas as atividades assistenciais do


farmacêutico orientadas para o paciente que utiliza medicamentos.
O profissional farmacêutico pode ser entendido como um agente de saúde de fácil acesso, e a
sua atuação pode contribuir, consideravelmente, na atual situação de saúde pública do Brasil.
O farmacêutico tem a responsabilidade de orientar sobre informações técnicas de confiança
sobre medicamentos (FERNANDES; CEMBRANELLI, 2015).
A farmácia é a porta de acesso primário à saúde, sendo o farmacêutico, muitas vezes.
procurado antes de um serviço hospitalar. Dessa maneira, o profissional deve estar preparado
para atuar de maneira adequada, executando a atenção farmacêutica sempre a favor do
paciente e promovendo o uso racional de medicamentos (FERNANDES; CEMBRANELLI,
2015).
O uso racional de medicamento parte do principio que o paciente recebe o medicamento
adequado para suas necessidades clinicas, nas doses individualmente requeridas para um
apropriado período de tempo e baixo custo (SOUSA et al., 2008).

O farmacêutico possui uma formação sólida em medicamentos e é o profissional de saúde


com maior conhecimento sobre fármacos e seus efeitos no organismo humano, tornando-o
fundamental no atendimento e acompanhamentos de pacientes gestantes (RODRIGUES
FILHO, 2011).

A filosofia da atenção farmacêutica prevê uma prática voltada ao paciente, que busca atender
as necessidades sociais de controlar a morbimortalidade relacionada ao uso de medicamento
(PEREIRA, FREITAS, 2008).

O farmacêutico com aplicação da atenção farmacêutica torna-se fundamental no serviço de


saúde, já que muitas vezes, é o último profissional entre o paciente e o medicamento, assim é
a ultima oportunidade de garantir uma terapia medicamentosa completa e a prevenção da
automedicação, além de contribuir na redução de gastos públicos derivados do uso irracional
de medicamento (PEREIRA, FREITAS, 2008).

Dessa forma o profissional farmacêutico deve estar inserido na equipe multidisciplinar que
presta acompanhamento pré-natal, já que a atenção farmacêutica propõe ações que vão muito
além do que apenas acompanhar a farmacoterapia, mas também buscar a saúde e qualidade de
vida da gestante. (RODRIGUES FILHO, 2011).

Sabendo que os medicamentos constituem o procedimento terapêutico mais massivamente


empregado, torna-se indispensável a atuação do profissional farmacêutico enquanto
orientador seguro e responsável a cerca dos medicamentos. Porém, grande parte dos
problemas não é inerente aos medicamentos e sim, à forma que são utilizados (SILVA et al.,
2012).

ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017
A importância da atenção farmacêutica na prevenção da automedicação de alopáticos em
mulheres no período gestacional Dezembro/2017
10

É de responsabilidade do farmacêutico esclarecer eventuais dúvidas sobre o uso de


medicamentos durante o período gestacional, uma vez que o livre acesso a alguns
medicamentos de venda livre incentivam a automedicação (SILVA et al., 2012).

O farmacêutico deve fazer todas as orientações sobre a administração de medicamentos,


fornecer informações possíveis de interações medicamentosas ou alimentares. A gestante
deve ser bem instruída, desde a primeira conversa com o farmacêutico, com intuito de
promover uma gestação segura.

6. Conclusão
A gestação compreende situação única, na qual a exposição à determinada substância envolve
dois organismos. A resposta fetal é diferente da observada na gestante, podendo resultar em
toxicidade fetal com lesões até mesmo irreversíveis.

O uso de medicamentos durante a gestação deve ser avaliado considerando as variações


farmacocinéticas deste período, as alterações fisiológicas das funções maternas e os efeitos
que estas influenciam no feto.
As gestantes apresentam desconhecimento dos riscos da automedicação, assim cabe ao
farmacêutico orientar sobre o uso de medicamentos nesse período. Analisando os dados
encontrados sobre automedicação em mulheres no período gestacional, podemos inferir que o
profissional farmacêutico é de fundamental importância no acompanhamento da gestante,
para prevenir possíveis complicações tanto na mãe quanto seu concepto. Portanto, o
farmacêutico enquanto agente capacitado em promover saúde, tem a responsabilidade de estar
esclarecendo à gestante todos os cuidados e precauções que devem ser tomados durante o
período gestacional, assim evitando o uso irracional de medicamentos.
Concluindo, a medicalização no periodo gestacional expõem mãe e feto a riscos decorrentes
do consumo de medicamentos, sejam eles determinados pelas necessidades
farmacoterapêuticas inerentes a peculiaridades da gestação, como por exemplo a
suplementação de nutrientes especiais, ou intercorrências obstétricas, que determinam à
prescrição aspectos que requerem apropriada seleção do medicamento para evitar riscos
indesejáveis à gestante, ao feto ou recém-nascido. Nesse cenário, é importante que o
farmacêutico tenha conhecimento dos medicamentos usados na gestação, bem como os seus
efeitos adversos e correlação com os períodos críticos da gestação. Tais conhecimentos
podem ser direcionados ao planejamento e à intervenções educativas dirigidas às gestantes e
aos demais profissionais de saúde, desta forma, proporcionando maior segurança quanto à
utilização racional de medicamentos durante a gestação.

Referências
BALDON, J P; CORRER, C J; MELCHIORS A C; ROSSIGNOLI, P; FERNÁNDEZ—
LLIMÓS, F; PONTAROLO, R. Conhecimento e atitudes de farmacêuticos comunitários
na dispensação de medicamentos para gestantes. Pharm Practice 2006; 4(1): 38-43.

ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017
A importância da atenção farmacêutica na prevenção da automedicação de alopáticos em
mulheres no período gestacional Dezembro/2017
11

Disponível em: http://www.atencaofarmaceutica.ufpr.br/GPPF/docs/gestantes_dispensa.pdf.


Acesso em: 05 jan. 2017.

BISSON, M. P. Seguimento de Pacientes Gestantes. Farmácia Clínica & Atenção


Farmacêutica.1° ed. São Paulo: Medfarma, 2003. p. 91-126.

BRUM, L F S; PEREIRA, P; FELICETTI, L L; SILVEIRA, R D. Utilização de


medicamentos por gestantes usuárias do Sistema Único de Saúde no município de Santa
Rosa (RS, Brasil). Ciência & Saúde Coletiva, 2011; 16(5):2435-2442. Disponível
em:http://www.scielo.br/pdf/csc/v16n5/a12v16n5.pdf. Acesso em: 05 jan. 2017

CARMO, T. A. Melhoria na adesão ao tratamento medicamentoso por meio da atenção


farmacêutica. 5ª amostra acadêmica de UNIMEP. Tema: Educação brasileira: extinção ou
sustentabilidade na universidade. Outubro, 2007.

CHAVES, R G; LAMOUNIER, J A. Uso de medicamentos durante a lactação. Jornal


Pediatria, Rio de Janeiro, 80(5): p.189-198, 2004. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/jped/v80n5s0/v80n5s0a11.pdf Acesso em: 05 jan. 2017

FERNANDES, W S; CEMBRANELLI, J C. Automedicação e o uso irracional de


medicamentos: O papel do profissional farmacêutico no combate à essas
práticas. Revista Univap, São Jose dos Campos - Sp, v. 21, n. 37, p.5-12, jun. 2015.
Disponível em: <http://revista.univap.br/index.php/revistaunivap/article/view/265>. Acesso
em: 06 fev. 2017

FONSECA, M R C C; FONSECA, E; BERGSTEN-MENDES, U N. Prevalência do uso de


medicamentos na gravidez: uma abordagem farmacoepidemiológica. Rev. Saúde
Pública, Campinas, Sp, n. 36, p.205-212, 05 nov. 2001. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102002000200013>.
Acesso em: 15 fev. 2017.

GALATO, D. et al. Perfil do uso de medicamentos durante a gravidez de puérperas


internadas em um hospital do brasil. Rev. Bras. Farm. Hosp. Serv. Saúde São Paulo, São
Paulo, v. 6, p.24-29, maio 2015. Disponível em:
<http://www.sbrafh.org.br/rbfhss/public/artigos/2015060105000660BR.pdf>. Acesso em: 06
fev. 2017.

GIL, A C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2007.

KOREN, G. et al. Nonsteroidal antiinflammatory drugs during third trimester and the
risk of premature closure of the ductus arteriosus: a meta-analysis. Ann Pharmacother.
2006, v.40 e.5 p.824-9. Disponivel em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16638921
Acesso em: 06 fev. 2017.

ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017
A importância da atenção farmacêutica na prevenção da automedicação de alopáticos em
mulheres no período gestacional Dezembro/2017
12

LUNARDI-MAIA, T; SCHUELTER-TREVISOL, F; GALATO, D. Uso de medicamentos


no primeiro trimestre de gravidez: avaliação da segurança dos medicamentos e uso de
ácido fólico e sulfato ferroso. Rev. Bras Ginecol Obstet, Brasilia, v. 36, p.541-547, 30 set.
2014. Disponível em: <http://saudepublica.bvs.br/pesquisa/resource/pt/lil-729883>. Acesso
em: 05 fev. 2017.

MENGUE, S S. et al. Uso de medicamentos por gestantes em seis cidade brasileiras. Rev.
Saúde Pública, Porto Alegre, v. 5, n. 35, p.415-420, 8 ago. 2001. Disponível em:
<https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/71406/000305989.pdf?sequence=1>.
Acesso em: 12 fev. 2017

NOVAES, M. R. C. G. Atenção farmacêutica ao idoso. Revista Prática Hospitalar. [s.l.],


n.52, jul./ago. 2007. Disponível em: http://www.mastereditora.com.br/periodico/201411
30_215818.pdf. Acesso em: 12 fev. 2017.

OSORIO-DE-CASTRO, C G S; PAUMGARTTEN, F J R; SILVER, L D. O uso de


medicamentos na gravidez. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 4, p.987-996,
2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/csc/v9n4/a19v9n4.pdf>. Acesso em: 15 jan.
2017.

PEREIRA, L R P; FREITAS, O. A evolução da Atenção Farmacêutica e a perspectiva


para o Brasil. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas. v. 44, p. 601-612, 2008.
Disponivel em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
93322008000400006 Acesso em: 15 jan. 2017.

PEREIRA, L R L; FREITAS, O. A evolução da atenção farmacêutica e a perspectiva para


o Brasil. Rev. Bras. de Ciências Farmacêuticas, Ribeirão Preto - Sp, v. 44, p.601-612, 4 dez.
2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbcf/v44n4/v44n4a06.pdf>. Acesso em: 15
fev. 2017.

RAMOS, W L P et al. Analise do uso de medicamentos durante a gestação em mães de


pacientes portadores de malformações fetais. Rev. Saude e Pesquisa, Maringá, v. 1, n. 1,
p.59-64, abr. 2008. Disponível em: <http://periodicos.unicesumar.edu.br/index.php/saudpesq/
article/viewFile/709/581>. Acesso em: 15 fev. 2017.

REIS, A M M. Atenção farmacêutica e promoção do uso racional de


medicamentos. 2002. 17 f. Tese (Doutorado) - Curso de Farmacia, Unidade Funcional
Farmácia do Hospital das Clinicas do Ufmg, Universidade Federal de Minas Gerais, Minas
Gerais, 2002. Disponível em: <http://www.ceatenf.ufc.br/Artigos/ATENFAR e URM Adriano
Max.pdf>. Acesso em: 17 fev. 2017.

RIBEIRO, A S et al. Risco potencial do uso de medicamentos durante a gravidez e a


lactação. Infarma Ciências Farmacêuticas, Minas Gerais, v. 25, n. 1, p.62-67, 2013.

ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017
A importância da atenção farmacêutica na prevenção da automedicação de alopáticos em
mulheres no período gestacional Dezembro/2017
13

Disponível em: <http://revistas.cff.org.br/infarma/article/view/441>. Acesso em: 05 fev.


2017.

RODRIGUES FILHO, E P.Uma proposta de atenção farmacêutica à gestante: Da


gravidez ao puerpério. 2011. 85 f. TCC (Graduação) - Curso de FarmÁcia, Departamento de
BioquÍmica e Farmacologia, Universidade Federal do PiauÍ, Terezinha, 2011. Disponível em:
<http://leg.ufpi.br/subsiteFiles/lapnex/arquivos/files/edivaldo_pinto.pdf>. Acesso em: 15 fev.
2017.

RODRIGUES, AV P.; TERRENGUI, L C S. Uso de medicamento durante a gravidez. Rev.


Enferm Unisa 2006, São Paulo, n. 7, p.9-14, 2006. Disponível em:
http://www.unisa.br/graduacao/biologic as/enfer/revista/arquivos/2006-02.pdf Acesso em: 05
jan. 2017

SANTOS, P O; ALENCAR, T O S; ALENCAR, B R. Medicamentos e gravidez: Uma


analise dos estudos de utilização de medicamentos realizados no Brasil (2000-
2011). Revista Eletrônica Gestão & Saúde, Feira de Santana - Ba, v. 4, n. 3, p.1102-15, 2013.
Disponivel em:http://periodicos.unb.br/index.php/rgs/index/index.php/gestaoesaude/article/do
wnload/511/pdf. Acesso em> 05 jan. 2017.

SILVA, A A et al. A importância do acompanhamento farmacêutico no período


gestacional. Faculdade União de Goyazes, Trindade, p.45-75, jun. 2012. Disponível em:
<http://docplayer.com.br/8741776-A-importancia-do-acompanhamento-farmaceutico-no-
periodo-gestacional-amanda-alves-da-silva-1-larice-cicera-da-costa-santos-1-aline-de-sousa-
brito-2.html>. Acesso em: 05 jan. 2017.

SILVA, N F. Atenção Farmacêutica em gestantes. 2013. 92 f. TCC (Graduação) - Curso de


Farmácia-bioquímica, Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Araraquara,, Araraquara-sp,
2013. Disponível em: <http://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/121253/00074
5589.pdf?sequence=1>. Acesso em: 15 fev. 2017.

SOUSA, H W O. ; SILVA, J L.; S. NETO, M. A importância do profissional farmacêutico


no combate à automedicação no brasil. Revista Eletrônica de Farmácia, Imperatriz - Ma, v.
1, p.67-72, 03 jun. 2008. Disponível em: https://revistas.ufg.br/REF/article/view/4616/39 38 .
Acesso em: 06 jan. 2017.

ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017

Você também pode gostar