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Humanas
IDADE MÉDIA
Nº: 20201445
Turma: B
1
Índice
Introdução.............................................................................................................3
Quando surgiu o termo “Idade Média”?................................................................4
Cristianismo..........................................................................................................5
Trabalho e formas de organização social e cultural...............................................6
Filosofia................................................................................................................7
Arquitectura..........................................................................................................8
Santo Agostinho....................................................................................................9
Duas Cidades......................................................................................................10
Conclusão............................................................................................................ 11
Referências Bibliográficas..................................................................................12
2
Introdução
O meu trabalho tem como tema a Idade média, é primordial explicar quando surge, e
quais os acontecimentos marcados na mesma época. Falarei também sobre os
pensadores daquele tempo e por fim, chegarei ao autor que agora por nós será estudado
Santo Agostinho.
Os marcos utilizados pelos historiadores para definir-se o início e o fim da Idade Média
são:
3
Quando surgiu o termo “Idade Média”?
O termo “Idade Média” não foi criado pelas pessoas que viveram no medievo, mas sim
por pessoas que viveram após ele. Os responsáveis por essa nomenclatura foram
os renascentistas, e um dos primeiros a valer-se da ideia por trás dela foi um italiano do
século XV chamado Giovanni Andrea1.
Essa nomenclatura possuía uma conotação pejorativa, uma vez que tal “tempo médio”
era considerado um período que separava a Europa da tradição clássica (greco-romana).
Assim, nessa concepção, houve o período clássico (Antiguidade), interrompido pela
Idade Média, entendida negativamente, e, com o fim dela, houve o resgate da tradição
clássica ou um “renascimento”.
Feudalismo
Então, o conceito de feudalismo vale para entender, além da questão econômica, toda
a organização social, política, cultural e ideológica da Europa medieval. Seu
período clássico existiu entre os séculos XI e XIII. O período anterior — século V ao X
— é entendido como o momento no qual o feudalismo esteve em formação. A partir do
século XIV, iniciou-se a sua crise.
A Europa medieval entrou em crise, a partir do século XIV, por uma série de fatores.
Primeiramente, é importante considerar que, a partir do século XI, embora o feudalismo
estivesse no seu auge, transformações começaram a ocorrer no continente europeu. A
população e a produção agrícola aumentaram, e houve um renascimento do comércio e
das cidades.
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crise. Esse século ficou marcado por guerras, revoltas de camponeses e de trabalhadores
urbanos, fome e peste. Houve também colheitas ruins que levaram a um aumento
significativo do preço do alimento, o que resultou em fome.
O evento mais catastrófico desse século foi a Peste Negra, o surto de peste bubónica que
se espalhou e resultou na morte de 1/3 da população europeia. Em alguns locais, como
na Inglaterra, o impacto dela foi mais severo, uma vez que o historiador Jacques Le
Goff afirma que 70% da população inglesa morreram nesse período2.
Cristianismo
O cristianismo estabeleceu-se como instituição nos séculos finais do Império Romano.
Enquanto o Império Romano desmanchava-se em crises internas, a Igreja Católica
fortaleceu-se e firmou suas bases. A perseguição aos cristãos encerrou-se a partir de 313
com o Édito de Milão, assinado pelo imperador Constantino. A partir de 380, com a
assinatura do Édito de Tessalônica pelo imperador Teodósio, o Cristianismo
transformou-se na religião oficial do Império.
2
|3| LE GOFF, Jacques. As raízes medievais da Europa. Petrópolis: Vozes, 2011. p. 228.
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a Igreja, cada grupo possuía uma função específica a ser realizada, e essas funções
haviam sido estabelecidas por Deus. A Igreja, portanto, definia
aquela sociedade como estamental, e isso resultava em pouca mobilidade social.
O resultado foram inúmeros reinos, com seus suseranos, como forma de pacto de
fidelidade, para se manter uma força guerreira estável no período. Os vassalos se
apresentavam como camponeses que mantinham uma condição servil, trabalhando nas
terras do feudo. Obviamente, esta não foi a única forma de trabalho da Idade Média,
mas sim a que se distinguia à escravidão antiga.
Cultura Medieval
A Idade Média (476-1453), também chamada de Idade das Trevas, por muito tempo foi
vista como uma época de atraso cultural devido, principalmente, a interferência da
igreja na produção científica. A visão negativa também advém das várias guerras,
doenças e desigualdades sociais que ocorreram.
Contudo, actualmente essa conotação negativa não é tão utilizada. A ideia de escuridão
tem sido desmistificada aos poucos por alguns historiadores do século XX, que
reconheceram que houve sim produção de conhecimentos que contribuíram para a
Cultura Medieval.
Educação
Grande parte da população medieval era analfabeta e não tinha acesso aos livros. Como
era de se esperar, a educação dentro da Cultura Medieval desenvolveu-se com base nos
ensinamentos religiosos. Existiam quatro tipos de escolas:
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abrigavam filhos dos reis e dos servidores, que aprendiam sobre latim, gramática,
retórica e dialéctica.
Escola palatina - o ensino dado aos filhos de reis e servidores, nas escolas monásticas,
virou quase uma obrigatoriedade para esse público. Nas escolas palatinas havia uma
espécie de programa de ensino para as sete artes liberais, subdivididas em trivium
(gramática, retórica, dialéctica) e quadrivium (geometria, astronomia, música e
aritmética).
Filosofia
Na universidade surgiu o método filosófico da escolástica – “questiones et
responsiones”, inicialmente utilizado como um método que buscava conciliar o
pensamento eclesiástico e o pensamento filosófico. Thomaz de Aquino foi o principal
propagador dessa filosofia.
Baseada nos ideais dos filósofos gregos Aristóteles e Platão, a Escolástica marcou a
Cultura Medieval, principalmente pelo contacto com novas leituras, em especial as
obras Arquimedes traduzidas do árabe para o latim. O método escolástico consistia na
leitura de textos produzidos por filósofos sobre determinados temas. Com isso, a
proposta era provocar debates sobre os problemas filosóficos: a relação fé x razão e o
problema dos universais.
Ciência
• Albertus Magnus
• São Tomás de Aquino
• Robert Grosseteste
• João Duns Scot
• Jean Buridan
• Nicolás d'Oresme
• Jordanus de Nemore
• Theodoric de Freiberg
• Thomas Bradwardine
• Nicolau de Cusa
• Santo Agostinho
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Arquitectura
Outro elemento que marcou a Cultura Medieval foi a arquitectura, cujos patrimónios
ainda permanecem e encantam a muitos. A maioria das construções arquitectónicas da
época se resumiu em igrejas, mosteiros e catedrais.
• Poucas janelas;
• Pouca iluminação;
• Arcos de volta-perfeita;
• Paredes espessas.
Literatura
A maior parte dos textos literários da Cultura Medieval estavam em latim (língua
oficial) e relacionados a temas religiosos. As primeiras literaturas em línguas vernáculas
pertenceram ao Trovadorismo e Humanismo (fase de transição para o Classicismo).
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Santo Agostinho
Aurelius Augustinus (Aurélio Agostinho), mais conhecido como Santo Agostinho
de Hipona, foi o patrono da ordem religiosa agostiniana e um dos responsáveis pela
concepção do pensamento cristão medieval e da filosofia patrística.
Noção de Estado.
Na concepção agostiniana, a graça de Deus não serve para porquanto só libera uma
pequena minoria da grande massa dos pecadores: por isso, se a graça divina é
inadequada à estruturação da vida social, outros meios têm de ser encontrados. Esses
meios são organizados pelo Estado: a prevenção, a sanção, a repressão.
A paz e a segurança terrena devem ser asseguradas por “mão pesada”- a coacção e a
punição, em ordem evitar que elas sejam destruídas pelas forças poderosas do pecado.
Assim, o principal instrumento do Estado para obter a paz e a segurança é o sistema
jurídico, o Direito.
Igreja e Estado
Para começar, importa ter presente que uma coisa foi o pensamento genuíno de SANTO
AGOSTINHO Correcto, ortodoxo, assente na doutrina da clara diferenciação entre o
espiritual e o temporal- e outra coisa, bem diversa, foi a concepção que nos séculos
seguintes se atribuiu ao bispo de Hipona da supremacia da Igreja sobre o Estado. A
Igreja devia ser, assim, uma verdadeira escola de civismo. Mas houve dois factores de
peso que contribuíram para abrir as portas, nos séculos seguintes, ao que ficou a ser
conhecido como "agostinianismo político", ou a doutrina da supremacia da Igreja sobre
o Estado.
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Duas Cidades
Santo Agostinho, que nos dera a definição preliminar de cidade, nos vai dar uma
segunda, quase idêntica à primeira, mas mais curta. Ele diz: “Civitas, concors hominum
multitudo”. (Epist., Olim LII.). Cidade é a reunião dos homens em comunhão de
coração, ou, em outros termos, cujos corações se possuem do mesmo amor. Os
homens são unidos ou desunidos em função do amor. Dois homens que
compartilhem o mesmo amor estão unidos; dois outros que o não compartilhem, estão
desunidos.
“Dois amores fazem duas cidades”, diz Santo Agostinho. O próprio doutor descreve
os dois princípios constitutivos das duas cidades: “São dois os amores, diz ele, em
que um é puro, e o outro impuro; um junta, e o outro espalha; um quer o bem
comum em vistas da sociedade celeste, e o outro se vale do bem comum e submete-o a
seu domínio por orgulho e prevalência; um submete-se a Deus, e o outro Lhe tem
inveja; um é tranqüilo, e o outro turbulento; um é pacífico, e o outro sedicioso; um
prefere a verdade aos louvores dos palradores, e o outro é ávido de louvores,
quaisquer sejam suas fontes; um deseja ao próximo o bem que para si deseja, e o
outro deseja submeter o próximo; um governa os homens para o bem do próximo, e o
outro para seu proveito; esses dois amores, de que já se imbuíam os anjos, um nos
bons, e o outro nos maus, esses dois amores erigiram duas cidades por entre os
homens” (De Genesi ad litt., Lib. XI, c. XV.).
Cidade de Deus
A cidade de Deus é obra de Deus, por um ato santíssimo e boníssimo do Criador, o qual
ato, chamando as criaturas racionais à existência, chama-lhes também à graça e,
finalmente, à glória, constituindo deles e neles a cidade obra de Suas mãos. Nessa
cidade, tudo é bem, já que de Deus vem; tudo é bom, já que para Deus vai; tudo é feliz,
já que em Deus permanece para sempre.
A cidade do mundo é obra da criatura que se apartou de Deus por desobediência, que
vive sem Deus sob o pretexto duma falsa liberdade, e que enfim se dirige à uma
infelicidade sem termo no inferno, lá onde os desgraçados terão fome e sede de Deus, e
não as poderão saciar nele. A cidade do mundo, desesperada da eternidade, deseja fixar-
se no tempo, mas o tempo se não fixa nela e lhe rouba a cada dia os objetos de seus
falsos prazeres: eis porque não tem a paz.
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Conclusão
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Referências Bibliográficas
https://www.historiadomundo.com.br/idade-media/a-igreja-medieval.htm
https://www.historiadomundo.com.br/idade-media
https://pt.wikipedia.org/wiki/Idade_M%C3%A9dia
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