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A relação cena-público
Aqui a autora apresenta as questões que a motivaram para esta pesquisa e nos
contextualiza acerca do que já foi pesquisado sobre o assunto. Deixa-se bem claro que,
apesar de existirem vários estudos sobre como a cena afeta o público, há muito pouco
sobre o caminho inverso. Pais expõe esta afetação como matéria concreta, e nos lembra
que o público sempre foi aceito como um dado a priori e ontológico para o acontecimento
teatral, mas sua pesquisa instiga, sobretudo, quais as consequências estéticas que o
público é capaz de causar no acontecimento/evento teatral. Propõe ainda os conceitos
comoção e ressonância afectiva como respectivamente “movimento conjunto de afectos”
e “função de ampliação e intensificação de afectos por parte do público.” (p. 12).
A proposta é, pois, pensar a relação cena-público do ponto de vista dos
afectos, em particular, da sua performatividade, com as ferramentas que
o campo emergente da Teoria dos Afectos oferece, nomeadamente os
modelos de circulação dos afectos de Teresa Brennan e Sara Ahmed,
que sublinham o seu poder performativo.
PAIS, Ana. (p. 13)
Modelos de Participação
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• Valorização da arte como experiência
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• Susan Bennet – comunidades interpretativas;
• Tulloch – públicos como construções discursivas
• Mediação tecnológica; experiência interativa supostamente controle do
espectador;
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• Colocar o espectador como participante direto pode ser emancipador mas
também pode ser coercivo e limitador
• Allan Kaprow happenings - defende que colocar os espectadores como
participantes é emancipador e democrático, qualquer um pode ser artista
• Os modelos de participação objetivam despertar o espectadro passivo mas
o que isso significa praticamente? Como se diferencia um espectador
passivo de um espectador ativo?
• “Constroi-se assim o problemático pressuposto de que a arte participativa
acarreta um empoderamento do espectador, necessariamente politico”
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• Bishop - Democratização do fazer artístico ou emancipação política das
massas?
• Estética relacional
• Autores recorrem a estudos cognitivos para perceber a atividade do
espectador
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1. McConachie – sinconização rítica; defende que a empatia é central na
experiencia do espectador
2. Beckerman – kinesis ; John Martin – metakinesis
3. Os espetáculos configuram
O Encontro (p. 26)
1. O espectador participa do plano de emergência estética do retorno autopiético
(p. 27)
2. Tudo o que é observável aos sentidos participa do CRA (circuito retroativo
autopoiético)
3. Bonfitto - O encontro não é somente condição necessária para o teatro: é uma
possibilidade, nem sempre positiva, e um confronto.
4. Ridout – vibratorium momento dos espetáculos em que a sala parece vibrar,
considerando a vibração como plano de ligação entre a cena e o público
A Teoria dos Afectos: paradigma emergente (p. 33)
1. Massumi - Afeto =/= emoção; afetos são forças incapturáveis que circulam no
espaço público; emoções são a tradução qualificada e localizada do fluxo de
afetos
2. Deleuze, Artaud – corpo sem órgãos; subjetividade do corpo, não separa
sujeito e objeto, recepção e fazer artístico; bloco de sensações, inclui fazer
artístico e experiencia
3. Laura Cull – teatros de imanência; acontecimentos que incluem o espectador
num plano de participação conjunta: a obra participa no espectador e o
espectador participa na obra
4. “pensar o afectos libertadores potenciados no acontecimento teatral por
oposição aos efeitos produzidos pelo dispositivo do teatrão apontaria para uma
configuração moralista que pouco ajudaria a uma análise útil e relevante.” (p.
39)
5. Transmissão dos afetos; perturbando as fronteiras entre indivíduo e coletivo
6. 6.1 Teresa Brennan – transmissão dos afetos se dá pelos sentidos; são
alimentados por uma atenção vital (living attention) que é uma força qu cria
ligações energéticas com o mundo; é o que potencializa os afetos
7. Entrainment; sincronização; mecanismo de transmissão de afetos;
8. Inteligência sensível do corpo; mais rápida que a comunicação verbal ou o
pensamento consciente é a comunicação sensorial; corpo-antena; as emoções
nem sempre tem origem em nós;
9. Ahmed – “O que fazem as emoções?”
10. 10.1 Economia dos afetos; as emoções fazem coisas;
11. “[...] a experiência resulta de um cntato com o mundo craido e condicionado
pela sua dimensão afectiva, na qual o saber do corpo (os sentidos, a atenção,
as intensidades) se imbrica a níveis profundos com os condicionamentos
culturais.” (p. 47)
Conceitos (p. 48)
1. Jorge Dubatti - Acontecimento teatral vs. Acontecimento convivial
2. Diferenças entre emoção, afeto, mood, sentimento;
3. O que é afeto? Sentido-sentido; feeling theatre; cargas sensíveis;
4. Afetos na cena-público; conexão desconexção; proximidade distância;
fronteiras ligações; ecologia teatral;
5. Acontecimento teatral;
Materiais e Métodos (p. 54)
1. Identificar o que?
2. Política de afetos; efeito vs afeto;
Capítulo 2
Contextualização da relação cena-público
Capítulo 4
Comoção: a relação cena-público como um movimento conjunto de afectos (p. 195)
Sabem porque sentem (p. 195)
1. Magia do teatro;
2. Comoção;
“Lá”: o lugar do acontecimento poético (p. 199)
3. Encontro;
4. Obra como outro;
5. Emancipação;
Sentir o público (p. 204)
1. Performer corpo em estado de fluxo;
2. Atmosfera;
3. Boa citação;
Ressonância afectiva (p. 210)
1. Ritmo;
2. Função do público; estar em ressonância;
Atenção e tensão (p. 212)
REF (p. 212)
1. Atenção e tensão;
Ritmos (p. 220)
1. Mapear os ritmos;
2. Treinar a sensibilidade para ouvir os ritmos;
A circulação de afectos no acontecimento teatral e suas implicações estéticas (p. 233)
1. Sujeito-antena;
2. Ressonância afetiva; ambiente social;
3. Abertura do espaço de potenciação;
CONCLUINDO:
O Movimento da Comoção
1. comoção;
2. potenciar afetos de distração e digressão;