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CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL BEZERRA DE ARAÚJO

PROCESSO SAÚDE DOENÇA

“CONSTRUINDO E TRANSFORMANDO A MAIS DE 40 ANOS”

APOSTILA DE ENFERMAGEM
PROCESSO DE SAÚDE E DOENÇA

RIO DE JANEIRO
2020

Rua Viúva Dantas, nº 417, 501 – Campo Grande – RJ –


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PROCESSO SAÚDE DOENÇA

PROCESSO SAÚDE DOENÇA

Durante muito tempo predominou o entendimento de que saúde era sinônimo de


ausência de doenças físicas e mentais, assim os serviços de saúde privilegiam sua
organização a atenção médica curativa. O conceito hoje adotado se refere ao da
Organização Mundial de Saúde (OMS), discutido na Conferência Internacional de Alma- Ata
(1979):
“Saúde é o completo bem estar físico, mental e social e não a simples ausência de doença”.

MODELOS BIOLÓGICOS DO PROCESSO SAÚDE DOENÇA

CONCEPÇÃO MÁGICA E SOBRENATURAL DA SAÚDE DOENÇA: a doença como


resultado da obra de demônios e espíritos malignos, os agentes de saúde neste caso são os
feiticeiros e sacerdotes.

"CONCEPÇÃO EMPÍRICA DA SAÚDE E DA DOENÇA": OS "MAUS ARES"," GAZES"


provenientes da natureza seriam a causa do desequilíbrio o homem provocando a doença.

TEORIA DO CONTÁGIO: partículas invisíveis ao ar penetram no corpo

CONCEPÇÃO CIENTÍFICA: a microbiologia descobre os agentes causadores das doenças,


intensificam-se nesta época estudos para o descobrimento dos antibióticos e anticépticos.
TEORIA MULTICAUSAL: a doença como resultante de várias causas que ordenam dentro
de três categorias: o agente, o hospedeiro e o meio ambiente.
__AGENTE: é um microrganismo capaz de produzir infecção ou um agravo a saúde.
__HOSPEDEIRO: é todo e qualquer ser vivo que abrigue um agente em seu organismo.
__MEIO AMBIENTE: meio pelo qual o micro-organismo é transmitido ao hospedeiro
(sangue, semêm, ar, água, solo...).
Exemplo:
Agente: vírus da hepatite B.
Fatores do meio: contato sangue, semêm.
Hospedeiro: pessoas não vacinadas

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MODELO DE DETERMINAÇÃO SOCIAL DO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA

Interação do homem com osambientes físicos e sociais (relacionamento com outros


homens, condição de trabalho).
Todos os agentes infecciosos possuem propriedades que ajudam a determinar a
ocorrência da doença, identificando-se, para cada um destes microorganismos, mecanismos
que permitem deter a sua disseminação. Um esquema que facilita a compreensão destes
mecanismos é a chamada cadeia de transmissão de doenças ou cadeia epidemiológica ou
cadeia de infecção, cujos elos representam pontos importantes no processo de
determinação da doença:

__O agente causal específico: bactéria, vírus, outros;


__O reservatório: homem ou animal que abriga o agente causador, apresentando ou não a
doença;
__A porta de saída: local por onde o agente causador é eliminado (boca, nariz, aparelho
digestivo, etc.);
__O modo de transmissão: maneira como o agente causador passa do doente para o sadio
(novo hospedeiro);
__A porta de entrada para o novo hospedeiro: local por onde o agente causador entra para
o organismo;
__Suscetibilidade: capacidade de o novo hospedeiro enfrentar o agente causador, o que
resulta ou não na ocorrência da doença.

SAÚDE PÚBLICA

DEFINIÇÃO
“Saúde púbica é o campo de conhecimento e atividades que tem por objetivo a promoção,
proteção e recuperação da saúde da comunidade, identificar e elevar os níveis de saúde da
comunidade através de medidas de alcance coletivo, da motivação e participação ativa da
população e da organização de seus recursos, assim como algumas práticas para conservar
a saúde impedindo a instalação da doença”.

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CARACTERÍSTICAS DA SAÚDE-PÚBLICA

__ATUAÇÃO INTERSETORIAL e Multidisciplinar: sua atuação não se reduz ao


denominado “setor de saúde”
__INTERSETORIAL: setores ligados à alimentação e nutrição, ao trabalho, a habitação, ao
meio ambiente, a educação, ao transporte e lazer.
__MULTIDISCIPLINAR: utilizam-se conhecimentos provenientes da medicina e de várias
outras ciências-engenharia, odontologia, educação, administração, epidemiologia.
__Seu trabalho realiza-se junto à comunidade
__Atua de forma integral junto a essa comunidade, ou seja, sem a separação entre medicina
preventiva e curativa. Por se tratar de ações ligadas à comunidade tem naturalmente uma
ação maior na promoção e proteção da saúde.
__Tem como característica da ação a motivação da população
__Não é necessariamente sinônima de ação governamental, podendo ser executada por
iniciativa privada (por ex. as ONGs).

DEFINIÇÃO: promoção, proteção, recuperação e reabilitação da saúde. Prevenção

PRIMÁRIA – PROTEÇÃO DA SAÚDE


Visa evitar ou remover fatores de risco ou causais antes que se desenvolva o mecanismo
patológico que levará à doença. Recorre a meios dirigidos ao nível individual, a grupos
selecionados ou à população em geral. Assim, espera-se a diminuição da incidência da
doença pelo controle de fatores de risco ou causas associadas.
Como exemplos deste tipo de prevenção, temos:

__imunização (vacinação) contra algumas doenças infectocontagiosas

__uso de preservativos para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis

__uso de seringas descartáveis pelos toxicodependentes, para prevenir infecções como


VIH/SIDA e hepatites.

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PREVENÇÃO SECUNDÁRIA – RECUPERAÇÃO DA SAÚDE

Corresponde à detecção precoce de problemas de saúde em indivíduos


presumivelmente doentes, mas assintomáticos para a situação em estudo. Pretende-se,
ainda, que haja uma aplicação imediata de medidas apropriadas, com vista ao rápido
restabelecimento da saúde ou, pelo menos, um condicionamento favorável da evolução da
situação, com cura e/ou redução das conseqüências mais importantes da doença.

Temos como exemplos:

__Rastreio dos cancros do colo do útero, da mama, da próstata, do cólon e reto.


__rastreio e vigilância da pressão arterial, glicemia ou dislipidemia.

PREVENÇÃO TERCIÁRIA – REABILITAÇÃO DA SAÚDE

Este tipo de prevenção tem como objetivos:


__Limitar a progressão da doença,
__Evitar ou diminuir as conseqüências ou complicações da doença como as insuficiências,
incapacidades, seqüelas, sofrimento ou ansiedade, morte precoce,
__Promover a adaptação do doente às conseqüências inevitáveis (situações incuráveis),
__Prevenir recorrências da doença, ou seja, controlá-la e estabilizá-la.
Para atingir estes objetivos, é freqüente (e necessária) a intervenção associada da medicina
preventiva e da medicina curativa. Não obstante essa situação há múltiplos exemplos de
ações de caráter não médico e que é fundamental para a potenciação da capacidade
funcional do indivíduo, melhoria significativa no seu bem-estar, reintegração familiar e social
e até diminuição dos custos sociais e econômicos dos “estados de doença”.
__Realização de sessões formativo-educativas nas escolas e locais de trabalho para
eliminar atitudes fóbicas em relação a indivíduos soropositivos para o HIV.
__Reintegração de trabalhadores na empresa que por algum tipo de incapacidade (pós-
traumática, seqüelas de politraumatismos, etc.) não possam voltar a realizar o mesmo tipo
de atividades.

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MEDIDAS DE PROFILAXIA E CONTROLE LIGADAS AO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA

De acordo com o conceito de saúde preconizado pela OMS, as causas das doenças
encontram- se na relação do homem com seu meio ambiente podendo ser estas, portanto,
bastante extensas e variáveis:

AGENTES BIOLÓGICOS: podem pode chegar ao organismo transportados pela água, ar,
utensílios, mosquitos

AGENTES FÍSICOS: calor, frio, eletricidade, radioatividade.

AGENTES QUÍMICOS: podem contaminar o ar, água e os alimentos, causando danos ao


organismo.
AMBIENTE: iluminação, má ventilação, ruídos.

OUTROS: alimentação, ignorância, analfabetismo, miséria, habitação inadequada, falta de


lazer, tensão preocupações da vida.
Dessa forma as medidas ligadas à profilaxia e controle da saúde são extremamente amplas,
necessitando, portanto, de um efetivo compromisso de todos para sua conquista.
Nesse contexto, podemos citar algumas medidas gerais de importância:

PROTEÇÃO PESSOAL

Ela engloba o cuidado e preservação com o corpo, bem como a manutenção da


saúde mental. São exemplos dessas medidas: banho, cuidado com os dentes, boa
alimentação, imunização, lazer, atividades de relaxamento, cuidado no uso de medicações,
cuidados ligados a pratica sexual, cuidados relacionados a pratica profissional (uso de EPI
´s), entre outros.

INVESTIMENTO NAS ÁREAS DA SAÚDE E MEIO AMBIENTE

A fixação do homem em qualquer região está intimamente vinculada à


disponibilidade quantitativa e qualitativa, da energia necessária à sua subsistência: luz solar,
ar, água e alimento. Como resultado dessa utilização temos diversos tipos de resíduos,
entre os quais predominam o esgoto e o lixo.

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MEDIDAS LIGADAS AO SANEAMENTO DO MEIO AMBIENTE

Saneamento básico é a condição essencial para o bem estar humano, oferecendo


situações de produtividade e melhor atuação na vida em sociedade. Pode-se definir
saneamento segundo a OMS, como sendo “O controle de todos os fatores do meio físico do
homem, que exercem ou podem exercer efeito nocivo sobre o seu bem estar físico, mental
ou social”.

PROGRAMAS DE SAÚDE DO SUS

PAISA Programa de Atenção Integral à Saúde do Adulto.

PAISM Programa de Atenção à Saúde da Mulher.

PAISC Programa de Atenção Integral à Saúde da Criança.


PROSAD Programa de Atenção à Saúde do Adolescente.
PAIST Programa de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador
PAISI Programa de Assistência Integral à Saúde do Idoso.

Sistema de Cadastro e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos


HIPERDIA
PNAISH Programa de Saúde do Homem

PNSB Política nacional de saúde bucal

CONCEITOS

ATENÇÃO BÁSICA: A Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde,


no âmbito individual e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a
prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde.

ATRIBUIÇÕES DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM NA ATENÇÃO BÁSICA


As atribuições dos profissionais das equipes de atenção básica devem seguir as
referidas disposições legais que regulamentam o exercício de cada uma das profissões.

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I__Participar das atividades de atenção realizando procedimentos regulamentados no


exercício de sua profissão na UBS e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos
demais espaços comunitários (escolas, associações etc.);
II__Realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea;
III__Realizar ações de educação em saúde à população adstrita, conforme planejamento da
equipe;
IV__Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento
da UBS; e
V __Contribuir, participar e realizar atividades de educação permanente.

PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: O PSF desenvolve, em sua rotina de trabalho,


atividades com grupos nas diferentes fases da vida e conforme demanda da população
local, dentre os quais podemos citar: saúde da mulher, saúde da criança, ações de vigilância
epidemiológica, atenção domiciliar e atividades educativas com idosos, adolescentes,
hipertensos, diabéticos e desnutridos.

O PSF VALORIZA OS PRINCÍPIOS DE:


__Vinculação com a população;
__Garantia de integridade na atenção;
__Trabalho em equipe com enfoque interdisciplinar;
__Ênfase na promoção da saúde com fortalecimento das ações intersetoriais;

PAISM – PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DA MULHER

Compreende ações educativas, preventivas de diagnóstico, tratamento e


recuperação, englobando a assistência à mulher em clínica ginecológica, pré-natal, parto e
puerpério, climatério, planejamento familiar, DSTs, câncer de colo de útero e de mama, além
de outras necessidades identificadas a partir do perfil populacional das mulheres.
OBJETIVOS:
__Ampliar e qualificar a atenção clínico-ginecológica, inclusive para as portadoras da
infecção pelo HIV e outras DSTs.
__Estimular a implantação e implementação da assistência em planejamento familiar, para
homens e mulheres, adultos e adolescentes, no âmbito da atenção integral à saúde.

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__Promover a atenção obstétrica e neonatal, qualificada e humanizada, incluindo a


assistência ao abortamento em condições inseguras, para mulheres e
adolescentes.Promover a atenção à mulheres e adolescenyes em situação de violência
doméstica e sexual.
__Reduzir a morbimortalidade por câncer na população feminina.
__Implantar um modelo de atenção à saúde mental das mulheres sob e enfoque de gênero.
__Implantar e implementar a atenção à saúde da mulher no climatério.
__Promover atenção à saúde da mulher na terceira idade.
__Promover a atenção à saúde das trabalhadoras do campo e da cidade.
__Promover a atenção à saúde da mulher indígena.
__Promover a atenção à saúde das mulheres em situação de prisão, incluindo a promoção
das ações de prevenção e controle de DSTs e infecção pelo HIV/AIDS nessa população.
__Fortalecer a participação e o controle social na definição e implementação das políticas
de atenção integral à saúde das mulheres

PAISC – PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA CRIANÇA

OBJETIVO:
Reduzir a morbimortalidade infantil.

PROSAD – PROGRAMA DE SAÚDE DO ADOLESCENTE

É um programa dirigido a todos os jovens entre 10 e 19 anos e é


caracterizado pela integralidade das ações e pelo enfoqueivo e educativo.
Suas áreas de ação são: crescimento e desenvolvimento, sexualidade,
saúde mental, saúde reprodutiva, saúde do escolar adolescente, prevenção de acidentes,
volência e maus tratos e família
OBJETIVOS:
__Promover a saúde integral do adolescente, favorecendo o processo geral de seu
crescimento e desenvolvimento, buscando reduzir a morbimortalidade e os desajustes
individuais e sociais.

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__Normatizar as ações consideradas nas áreas prioritárias.


__Estimular e apoiar a implantação e/ou implementação dos Programas Estaduais e
Municipais, na perspectiva de assegurar ao adolescente um atendimento adequado às suas
características, respeitando as particularidades regionais e realidade local.
__Promover a apoiar estudos e pesquisas multicêntricas relativas a adolescência.
__Contribuir com as atividades intra e interistitucional, nos âmbitos governamentais e não
governamentais, visando a formação de uma política nacional para a adolescência e
juventude, a ser desenvolvida nos níveis Federal, Estadual e Municipal.

PAIST – PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO TRABALHADOR

FINALIDADE: promover um meio ambiente laboral hígido e livre de doenças e acidentes


decorrentes do trabalho, melhorando as condições de trabalho e minimizando as
consequências prejudiciais é contribuir na formação de uma sociedade que promova a
saúde preventiva através dos espaços de trabalho.

VISÃO: visa à redução dos acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, através de ações
de promoção, reabilitação e vigilância na área de saúde.

DIRETRIZES: compreendem a atenção integral à saúde, a articulação intra e intersetorial, a


participação popular, o apoio a estudos e a capacitação de recursos humanos.

PAISI – PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO IDOSO

É um programa criado pelo MS cuja finalidade primordial é recuperar,


manter e promover autonomia e a independência dos indivíduos idosos, direcionando
medidas coletivas e individuais de saúde para esse fim, em consonância com os princípios e
diretrizes do SUS. Engloba o atendimento a todos os cidadãos brasileiros com 60 anos ou
mais de idade.
OBJETIVO
__Conseguir a manutenção de um estado de saúde com a finalidade de atingir um máximo
um máximo de vida na comunidade junto à família, com o maior grau possível de
dependência funcional e autonomia.

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DIRETRIZES
__Promoção do envelhecimento ativo e saudável
__Manutenção e reabilitação da capacidade funcional
__Apoio ao desenvolvimento de cuidados informais

As ações do PAISI são voltadas para a promoção, prevenção e recuperação da saúde


e/ou manutenção de uma qualidade de vida com a formação de centros de convivência,
promoção à saúde e prevenção a doenças e ações intersetoriais com parcerias com as
secretaria de educação, esporte e turismo.
Em setembro de 2003 é aprovado o ESTATUTO DO IDOSO, que em consonância
com o PAISI, amplia os diretos dos cidadãos com idade acima de 60 anos de idade e trás
punições severas para situações de violência, maus tratos e abandono.

HIPERDIA – PROGRAMA DE HIPERTENSÃO E DIABETES

OBJETIVOS:
__Elaborar e atualizar protocolos clínicos e notas técnicas para suporte técnico às equipes.

__Qualificar os profissionais da atenção primária na prevenção e cuidado com pessoas com


hipertensão e diabetes
__Aumentar o acesso a população, possibilitando acompanhar e tratar o maior número de
pessoas com hipertensão e diabetes.
__Fornecer ao usuário ferramemntas para o autocuidado.
As ações do MS no HIPERDIA incluem o programa academias da saúde, farmácia
popular, SIS-Hiperdia, NASF

PNAISH – PROGRAMA DE SAÚDE DO HOMEM

OBJETIVO:
Promover a melhoria das condições de saúde da população masculina do Brasil,
contribuindo, de modo efetivo, para a redução da morbidade e mortalidade dessa
população, através do enfrentamento racional dos fatores de risco e mediante a facilitação
ao acesso, às ações e aos serviços de assistência integral à saúde.

PNSB – POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE BUCAL

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É o programa do governo federal que tem mudado a Atenção da Saúde Bucal no


Brasil. De modo a garantir ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal da
população brasileira, o Brasil Sorridente reúne uma série de ações para ampliação do
acesso ao tratamento odontológico gratuito, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

AS PRINCIPAIS LINHAS DE AÇÃO DO PROGRAMA SÃO:

1__Reorganização da Atenção Básica em saúde bucal, principalmente com a implantação


das Equipes de Saúde Bucal na Estratégia Saúde da Família;

2__Ampliação e qualificação da Atenção Especializada, em especial com a implantação de


Centros de especialidades odontológicas e Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias.
Na Atenção Especializada encontra-se também a Assistência Hospitalar.

EPIDEMIOLOGIA

CONCEITO
“Epidemiologia é o estudo da freqüência, da distribuição e dos determinantes dos eventos
relacionados à saúde em específicas populações e a aplicação desses estudos no controle
dos problemas de saúde."
A epidemiologia é uma disciplina básica da saúde pública voltada para a
compreensão do processo saúde-doença na coletividade. Como disciplina da saúde pública,
preocupa-se com o desenvolvimento de estratégias para as ações voltadas para a proteção
e promoção da saúde da comunidade.

OBJETIVOS DA EPIDEMIOLOGIA
__Identificar o agente causal ou fatores relacionados à causa dos agravos à saúde.
__Entender a causa dos agravos à saúde.
__Definir os modos de transmissão.
__Definir e determinar os fatores contribuintes aos agravos à saúde.
__Identificar e explicar os padrões de distribuição geográfica das doenças.
__Estabelecer os métodos e estratégias de controle dos agravos à saúde.
__Estabelecer medidas preventivas.
__Auxiliar o planejamento e desenvolvimento de serviços de saúde.
__Prover dados para administração e avaliação de serviços de saúde.

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CARACTERES EPIDEMIOLÓGICOS DEFINIÇÃO:

Características relativas à pessoa, tempo e lugar que determinam a forma de


apresentação das doenças à comunidade.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA – ocorrência das doenças segundo áreas ou regiões.

DISTRIBUIÇÃO UNIVERSAL – Gripe, Hepatite, HIV... Distribuição Rural – Diarréias


(saneamento) Distribuição Urbana – Sarampo (aglomeração)
DISTRIBUIÇÃO CRONOLÓGICA – ocorrência de doenças segundo:
__Variações regulares: endemias
__Variações irregulares: epidemia, surto epidêmico, pandemia.

TERMINOLOGIAS EPIDÊMICAS

AGENTE: entidade biológica, física ou química capaz de causar doença.


AGENTE INFECCIOSO: agente biológico capaz de produzir infecção ou doença infecciosa.
BUSCA ATIVA: é a busca de casos suspeitos, que se dá de forma permanente ou não;
visitas periódicas do serviço de saúde em áreas silenciosas e na ocorrência de casos em
municípios vizinhos.
CASO AUTÓCTONE: caso contraído pelo enfermo na zona de sua residência.
CASO IMPORTADO: doente que adquiriu a doença em outra região de onde emigra ou
onde esteve ocasionalmente.
ELIMINAÇÃO: é a redução à zero da incidência de uma doença/agravo, porém com
manutenção indefinidamente no tempo, das medidas de controle.
ENDEMIA: ocorrência de casos de doença em freqüência que não exceda à habitual na
mesma comunidade.
EPIDEMIA: elevação brusca, temporária e significante na incidência de uma moléstia,
causada pela alteração de um ou mais fatores da estrutura epidemiológica. O número de
casos que indica a existência de uma epidemia varia com o agente infeccioso, o tamanho e
as características da população exposta, sua experiência prévia ou falta de exposição à
enfermidade e o local e a época do ano em que ocorre.
ERRADICAÇÃO: é a cessação de toda a transmissão da infecção pela extinção artificial da
espécie do agente em questão, de forma a permitir a suspensão de qualquer medida de
prevenção ou controle.

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FÔMITES: objetivos de uso pessoal do caso clínico ou portador, que podem estar
contaminados e transmitir agentes infecciosos e cujo controle é feito por meio da
desinfecção.
FONTE DE INFECÇÃO: pessoa, animal, objeto ou substância a partir da qual o agente é
transmitido para o hospedeiro.
HOSPEDEIRO: organismo simples ou complexo, incluindo o homem, que é capaz de ser
infectado por um agente específico.
IMUNIDADE: resistência usualmente associada à presença de anticorpos que têm o efeito
de inibir microorganismos específicos ou suas toxinas responsáveis por doenças
infecciosas.
IMUNIDADE ATIVA: imunidade adquirida naturalmente pela infecção, com ou sem
manifestações clínicas, ou artificialmente pela inoculação de frações ou produtos de agentes
infecciosos ou do próprio agente morto, modificado ou de uma forma variante.
IMUNIDADE PASSIVA: imunidade adquirida naturalmente da mãe ou artificialmente pela
inoculação de anticorpos protetores específicos (soro ou imunoglobulina). INCIDÊNCIA:
número de casos novos de uma doença ocorridos em uma população particular durante um
período específico de tempo.
INFECÇÃO: penetração, alojamento e, em geral, multiplicação de um agente etiológico
animado no organismo de um hospedeiro, produzindo-lhe danos, com ou sem aparecimento
de sintomas clinicamente reconhecíveis.
INFECTIVIDADE: capacidade do agente etiológico se alojar e multiplicar-se no corpo do
hospedeiro.
NOTIFICAÇÃO: consiste na informação periódica do registro de doenças de notificação
compulsória, obtidas por meio de todas as fontes notificadoras.
PANDEMIA: epidemia de uma doença que afeta pessoas em muitos países e continentes.
PATOGENICIDADE: capacidade de um agente biológico causar doença em um hospedeiro
suscetível.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: intervalo entre a exposição efetiva do hospedeiro suscetível a
um agente biológico e o início dos sinais e sintomas clínicos da doença nesse hospedeiro.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: intervalo de tempo durante o qual uma pessoa ou
animal infectado elimina um agente biológico para o meio ambiente ou para o organismo de
um vetor hematófago, possível, portanto, a sua transmissão a outro hospedeiro.
PROFILAXIA: conjunto de medidas que têm por finalidade prevenir ou atenuar as doenças,
suas complicações e conseqüências. Quando a profilaxia está baseada no emprego de
medicamentos, trata-se da quimioprofilaxia.

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RESERVATÓRIO: o habitat de um agente infeccioso, no qual este vive, cresce e se


multiplica, sendo responsável pela sua sobrevivência e perpetuação na natureza. Ele pode
ser humano (sarampo, DST), animal (leptospirose, raiva) ou ambiental.
RESISTÊNCIA: conjunto de mecanismos corporais que servem de defesa contra a invasão
ou multiplicação de agentes infecciosos ou suas toxinas.
SURTO EPIDÊMICO: epidemia de proporções reduzidas, atingindo uma pequena
comunidade humana ou instituições fechadas (colégios, hospitais, quartéis).
VIRULÊNCIA: grau de patogenicidade de um agente infeccioso, capacidade de produzir
casos graves e fatais.
VIA DE ELIMINAÇÃO: (porta de saída) a forma como o agente atinge o meio ambiente
(trato digestivo, respiratório, lesões na pele, trato geniturinário).
VIA DE PENETRAÇÃO: (porta de entrada) trajeto pelo qual o agente introduz-se no novo
hospedeiro. Basicamente são as mesmas de saída.
ZOONOSES: infecção ou doença infecciosa transmissível, sob condições naturais, de
homens a animais e vice-versa.

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

“Conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou a prevenção de


qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou
coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar medidas de prevenção e controle”.

FONTES DE DADOS: São necessários vários tipos de informações buscando conhecer,


documentar e intervir.

NOTIFICAÇÃO DE DOENÇAS:

Notificação Ativa: procedimento que tem por objetivo detectar casos que não foram
captados pelo sistema de Notificação. É realizada através de visitas periódicas a serviços de
saúde como hospitais e laboratórios, instituições de ensino, ambulatórios, busca em
prontuários, CCIH e outros locais que possam ser fontes de notificação.

Notificação Negativa: denominação da notificação realizada periodicamente, mesmo na


ausência de casos. O serviço de saúde informa por intermédio de um boletim, telegrama ou
até por telefone, que não ocorreram casos de uma determinada doença. Esse sistema é útil:

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__Sendo a doença objeto de erradicação, de eliminação ou controle;

__Quando a incidência da doença é baixa, e pode haver um período mais ou menos longo
sem que ocorram casos; dessa forma, os serviços de saúde obrigando-se informar que não
houve casos, estão sempre vigilantes.

SISTEMAS NACIONAIS DE INFORMAÇÃO:

SINAN: Sistema de Informação de Agravos de Notificação reúne todas as informações


relativas aos agravos de notificação alimentados pelas notificações compulsórias
SIM: Sistema de Informação de Mortalidade
SINASC: Sistema de Informação de Nascimentos SIH: Sistema de Informações
Hospitalares
SAI: Sistemas de Informações Ambulatoriais

SIAB: Sistemas de Informações sobre Atenção Básica


SIOVIOLÊNCIA: Sistema de Informação de Violência

CARACTERÍSTICAS GERAIS PARA A INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA:

__Coleta de dados
__Processamento dos dados coletados
__Analise e interpretação dos dados processados
__Recomendações das medidas de controle apropriadas
__Promoção das ações de controle indicadas
__Avaliação da eficácia das medidas adotadas
__Divulgação de informações pertinentes.

DOENÇAS DE CONTROLE, ELIMINAÇÃO OU ERRADICAÇÃO

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INTRODUÇÃO
Serão descritas a seguir, de forma sintetizada, as características gerais de algumas
doenças cujo controle, eliminação ou erradicação estão vinculados ao trabalho de
vacinação.
O objetivo final da vacinação, ou seja, da administração de um imunobiológico, não é
apenas a proteção do indivíduo contra determinada doença, ou seja, não é somente
possibilitar a imunidade individual. Na verdade, a vacinação realizada pela rede de serviços
públicos de saúde busca, principalmente, produzir imunidade coletiva, o que vai permitir o
controle ou a erradicação ou a eliminação da doença.

PARODITE INFECCIOSA (CAXUMBA )

DESCRIÇÃO
A caxumba (parotidite epidêmica) é doença sistêmica viral aguda ,transmissível, de
etiologia viral, caracterizada pela inflamação das glândulas salivares.
AGENTE INFECCIOSO
O agente é o vírus da parotidite infecciosa, do gênero paramixovirus, da família
paramixoviridae.
RESERVATÓRIO E FONTE DE INFECÇÃO
O reservatório e a fonte de infecção é o homem infectado.
MODO DE TRANSMISSÃO
A caxumba se transmite por meio do contato direto com secreções nasofaríngeas da
pessoa infectada. Via aérea, através da disseminação de gotículas
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
O período de incubação é de 12 a 25 dias, sendo a média de 18 dias.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE
A transmissibilidade ocorre entre seis e sete dias antes da parotidite, principalmente
nas 48 horas antes, até nove dias depois do início da doença.

COQUELUCHE

DESCRIÇÃO
A coqueluche é uma doença infecciosa causada por uma bactéria que afeta a
traquéia e os pulmões, e que se caracteriza por apresentar três fases: catarral, paroxística e
de convalescença.

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Na primeira fase, inicial ou catarral, o doente apresenta tosse e expectoração de


muco claro e viscoso, com duração de uma a duas semanas, aproximadamente.
Na segunda, denominada paroxística, o doente passa a apresentar acessos de tosse
que terminam com um “guincho” ou então com vômitos, quando é eliminada uma secreção
viscosa. Esta fase tem duração aproximada de dois meses.
A terceira fase é a de convalescença, quando a tosse torna-se branda e pouco
freqüente, com duração de uma a três semanas.
AGENTE INFECCIOSO
O agente infeccioso da coqueluche é um bacilo gram-negativo: a Bordetella
pertussis.
RESERVATÓRIO
O único reservatório é o homem.
MODO DE TRANSMISSÃO
A coqueluche se transmite de pessoa a pessoa, por meio das secreções
nasofaríngeas, especialmente na fase catarral, ou seja, no início da doença. A transmissão
ocorre, também, pelo contato com objetos contaminados por essas secreções.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
O período de incubação varia entre sete e 14 dias, sendo a média de sete dias.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE
A transmissibilidade é maior durante a fase catarral, diminuindo nas três semanas
seguintes, quando é insignificante.

DIFTERIA

DESCRIÇÃO
É uma doença infecciosa agúda, contagiosa, potencialmente letal causada pela
toxina de uma bactéria que se localiza nas amígdalas, faringe, laringe ou na pele. Quando
se instala nas vias respiratórias superiores caracteriza-se pelo aparecimento de uma ou
várias placas acinzentadas, circundadas por uma zona inflamatória de cor vermelha, que
podem obstruir a passagem do ar, provocando asfixia e morte.
AGENTE INFECCIOSO
O agente infeccioso da difteria é um bacilo gram-positivo, o Corynebacterium
diphtheriae.
RESERVATÓRIO
O reservatório é o homem doente

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MODO DE TRANSMISSÃO
A difteria se transmite mediante contato direto com o exsudato e secreções das
mucosas do nariz e da faringe ou com lesões cutâneas do doente ou portador.
A transmissão pode ocorrer, também, por meio de objetos contaminados por suas
secreções.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
O período de incubação é de um a seis dias, podendo ser mais longo.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE
A transmissão ocorre enquanto houver bacilos nas secreções e lesões, durando, em
média, de duas a quatro semanas. Com antibioticoterapia adequada à transmissibilidade
cessa 24 a 48 horas depois de iniciado o tratamento do doente ou do portador.

FEBRE AMARELA

DESCRIÇÃO
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, imunoprevenível aguda de
curta duração e de gravidade variável. Os casos mais benignos apresentam quadro clínico
indefinido. A doença é súbita, com febre, dor de cabeça, prostração e vômitos. A forma grave
se caracteriza por manifestações de insuficiência hepática e renal, que podem levar à morte.
Apresenta-se sob duas formas epidemiologicamente distintas: febre amarela silvestre e
febre amarela urbana. A febre amarela silvestre ocorre acidentalmente pela penetração do
homem nas áreas onde o vírus circula entre hospedeiros naturais (macacos principalmente)
e onde existe o vetor silvestre (mosquito).

AGENTE INFECCIOSO
O agente infeccioso é o vírus da febre amarela, um arbovirus, do gênero Flavivirus,
da família Flavivirídae.
RESERVATÓRIO
Na febre amarela urbana o homem é o único reservatório. Na febre amarela silvestre
(nas florestas) os primatas não humanos (macacos, marsupiais) são os principais
reservatórios e hospedeiros do vírus, sendo o homem um hospedeiro acidental.
FONTE DE INFECÇÃO
A fonte de infecção na febre amarela urbana é o mosquito Aedes aegypti infectado (o
mesmo mosquito transmissor do vírus da dengue). Na febre amarela silvestre a fonte de
infecção são mosquitos com hábitos estritamente silvestres, sendo

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os gêneros Haemagogus e Sabethes, sendo a espécie Haemagogus a que mais se


destaca no Brasil.

MODO DE TRANSMISSÃO
Na área urbana a febre amarela se transmite pela picada do mosquito Aedes aegypti
que, previamente, foi infectado ao picar um doente.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
O período de incubação é muito curto, em média de três a seis dias após a picada do
mosquito infectado. No mosquito o período de incubação é de nove a 12 dias podendo se
estender até 15 dias.

PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE
O sangue do doente é infectante para os mosquitos 24 a 48 horas antes do
aparecimento dos sintomas, ou seja, de um a dois dias antes do início da febre e durante os
três a cinco primeiros dias da doença. O mosquito infectado transmite o vírus por toda a
vida, cerca de três a quatro meses.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
O quadro clínico típico caracteriza-se por manifestações de insuficiência hepática e
renal, tendo em geral apresentação bifásica, com um período inicial prodrômico (infecção) e
um toxêmico, que surge após uma aparente remissão e, em muitos casos, evolui para óbito
em aproximadamente uma semana.
__Período de infecção – dura cerca de 3 dias, tem inicio subito e sintomas inespecificos
como febre, calafrios, cefaleia (dor de cabeça), lombalgia, mialgias generalizadas,
prostração, náuseas e vômitos

__Remissão – ocorre declínio da temperatura e diminuição dos sintomas provocando uma


sensação de melhora no paciente. Dura poucas horas, no máximo um a dois dias.

__Período toxêmico – reaparece a febre, a diarreia e os vômitos e tem aspecto de borra de


café. Instala-se quadro de insuficiência hepatorrenal caracterizado por icterícia, oligúria,
anúria e albuminúria, acompanhado de manifestações hemorrágicas: gengivorragia,
epistaxe, otorragia, hematêmese, melena, hematúria, sangramentos em locais de punção
venosa e prostração intensa, além de comprometimento do sensório, com obnubilação
mental e torpor, com evolução para coma e morte. O pulso torna-se mais lento, apesar da
temperatura elevada. Essa dissociação pulsotemperatura é conhecida como sinal de Faget.

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PARALISIA FLÁCIDA AGUDA (POLIOMIELITE)

DESCRIÇÃO
A poliomielite ou paralisia infantil é doença infectocontagiosa viral aguda, provocada
por vírus e que pode ocorrer sob a forma de infecção não aparente (a mais comum) e sob a
forma paralítica que pode provocar seqüelas permanentes ou levar à morte. O vírus se
instala e se multiplica no tubo digestivo e logo pode apresentar viremia, com invasão do
sistema nervoso central e ataque às células motoras. Acomete em geral os membros
inferiores, tendo como principais características: flacidez muscular, com sensibilidade
conservada e arreflexia no segmento atingido.
A poliomielite foi de alta incidência no país. Hoje, encontra-se erradicada graças ao
trabalho de vacinação e vigilância epidemiológica, desenvolvidos desde 1980.
AGENTE INFECCIOSO
O agente infeccioso é o poliovírus pertencente ao gênero Enterovírus da família
Picornaviridae. São três sorotipos: o poliovírus I, o II e o III.
RESERVATÓRIO
O único reservatório da poliomielite é o homem, em especial crianças
MODO DE TRANSMISSÃO
A transmissão ocorre, principalmente, pelo contato direto de pessoa a pessoa. A
boca é a porta de entrada do poliovírus que se transmite pela via fecal-oral ou oral-oral.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
O período de incubação da poliomielite varia de 2 a 30 dias, sendo, em geral, de 7 a
12 dias.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE
A transmissão acontece num período que varia de sete a dez dias antes do início dos
sintomas até cerca de seis semanas após o aparecimento destas manifestações, ocorrendo,
de maneira geral, uma semana antes e uma semana após.

RAIVA

DESCRIÇÃO
A raiva é uma encefalite aguda sempre fatal. Os primeiros sintomas são: ansiedade,
dor de cabeça, febre, mal-estar, formigamento e sensação de anestesia, relacionados com o
local do ferimento. A evolução da doença provoca paresia e paralisia, produzindo espasmos
nos músculos da deglutição e sialorréia quando o indivíduo vê ou tenta ingerir líquidos.

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Delírios, convulsões e períodos de consciência se intercalam. A morte ocorre por paralisia


dos músculos respiratórios e a doença dura em média de cinco a sete dias.
A raiva é uma doença que representa importante problema de saúde pública, em
razão de sempre evoluir para a morte.
AGENTE INFECCIOSO
O agente infeccioso é o vírus da raiva e pertence ao gênero Lyssavirus, da família
Rhabdoviridae.
RESERVATÓRIO
No ciclo urbano os principais reservatórios são animais domésticos, como o cão e o
gato. A cadeia silvestre é mantida principalmente pelo morcego.
MODO DE TRANSMISSÃO
A doença se transmite pelo contato com a saliva do animal infectado, principalmente
por intermédio da mordedura e arranhadura. Também ocorre pela lambedura de ferimentos
ou mucosas.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
O período de incubação é muito variável, desde um dia até um ano, com uma média
de 45 dias no homem e de 10 dias a dois meses no cão.
PERÍODO DE TRANSMISSÃO
No cão e na maioria dos animais domésticos, a eliminação dos vírus pela saliva
ocorre entre dois e cinco dias antes de surgirem os sinais da doença, persistindo durante
toda a sua evolução.

RUBÉOLA

DESCRIÇÃO
A rubéola é uma doença exantemática aguda, de etiologia viral, que apresenta alta
contagiosidade, acometendo principalmente crianças. Sua forma mais importante é a
síndrome da rubéola congênita (SRC) ou síndrome do pré-natal, que atinge o feto ou o
recém- nascido cujas mães se infectaram durante a gestação. A infecção na gravidez
acarreta inúmeras complicações para a mãe (aborto, natimorto) e para a criança (surdez,
problemas cardíacos, lesões oculares e outras).

AGENTE INFECCIOSO
O agente infeccioso é um vírus pertencente ao gênero Rubivirus, família Togaviridae.
RESERVATÓRIO
O reservatório é o homem.

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MODO DE TRANSMISSÃO
A rubéola se transmite de pessoa a pessoa, por meio do contato direto com as
secreções nasofaríngeas de pessoas infectadas.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
O período de incubação é de 14 a 21 dias, podendo variar de 12 a 23 dias. A média é
de 17 dias.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE
O período de transmissibilidade é de, aproximadamente, cinco a sete dias antes do
início do exantema e pelo menos de cinco a sete dias depois.

SARAMPO

DESCRIÇÃO
O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave, transmissível e
extremamente contagiosa, muito comum na infância. Na fase inicial se caracteriza por
apresentar febre, tosse seca, coriza, lacrimejamento e fotofobia. Ocorre, também, intensa
hiperemia da mucosa oral, sendo que, muito freqüentemente, observam-se neste local,
pequenos pontos esbranquiçados chamados manchas de Koplick. Em torno do quarto dia
da evolução da doença surge o exantema; a tosse passa a ser produtiva, com secreção. As
manchas de Koplick desaparecem e a febre vai diminuindo até desaparecer, mais ou menos
no quarto ou quinto dia do exantema.
AGENTE INFECCIOSO
O agente infeccioso é um vírus pertencente ao gênero Morbillivirus, família Paramyxoviridae.
RESERVATÓRIO
O único reservatório é o homem doente.

FONTE DE INFECÇÃO
A fonte de infecção é o homem.
MODO DE TRANSMISSÃO
O sarampo se transmite de pessoa a pessoa, por meio das secreções nasofaríngeas.
Também tem sido descrito o contágio por dispersão de aerossóis com partículas virais no ar,
em ambientes fechados, como escolas, creches e clínicas
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
O período de incubação é de sete a 18 dias, sendo a média de 10 dias.

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PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE
A transmissão ocorre quatro a seis dias antes do aparecimento do exantema, até
quatro dias após o início da erupção e durante todo o período febril.

TÉTANO

DESCRIÇÃO
O tétano é uma doença infecciosa aguda não contagiosa causada pela toxina do
bacilo tetânico que se desenvolve anaerobicamente, ou seja, se desenvolve na ausência de
oxigênio, no interior de um ferimento, como o coto umbilical, por exemplo. A doença se
caracteriza clinicamente por contraturas musculares dolorosas que surgem primeiro nos
músculos da face, do pescoço e depois nos músculos do tronco, podendo se estender por
todo o corpo, produzindo espasmos e convulsões que podem levar à morte por asfixia.
No tétano do recém-nascido, tétano neonatal, os sintomas, em geral, aparece entre o quinto
e o 12o dia, mais freqüentemente em torno do sétimo dia (“mal de sete dias”).
AGENTE INFECCIOSO
O agente infeccioso é um bacilo gram-positivo e anaeróbio, o Clostridium tetani.

RESERVATÓRIO
O reservatório do bacilo é o trato intestinal do homem e de animais domésticos,
especialmente o cavalo, onde vive sem causar nenhum problema. O solo, principalmente o
cultivado para agricultura, a pele e/ou qualquer instrumento perfuro cortante contaminado
com o bacilo também são reservatórios.
MODO DE TRANSMISSÃO
O tétano não é uma doença contagiosa e, portanto, não se transmite de pessoa a
pessoa. Os esporos do bacilo são introduzidos no corpo por intermédio de um ferimento,
geralmente do tipo perfurante, contaminado com terra, poeira de rua e fezes humanas e de
animais. É o chamado tétano acidental. Queimaduras e tecidos necrosados favorecem,
especialmente, o desenvolvimento do bacilo anaeróbio.
O tétano neonatal acontece pela contaminação do coto umbilical com esporos do
Clostridium tetani, devido à infecção do umbigo não cicatrizado. A infecção ocorre quando o
umbigo é “tratado” com substâncias e instrumentos impróprios e contaminados com
esporos.

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PERÍODO DE INCUBAÇÃO
O período de incubação é de dois dias a três semanas, variando de acordo com a
natureza, a extensão e a localização da ferida. Quanto menor o tempo de incubação mais
grave é o prognóstico.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE
Como o tétano não se transmite de um indivíduo a outro, não há período de
transmissibilidade.

TUBERCULOSE

A tuberculose é uma doença infecciosa e contagiosa, causada por um


microorganismo denominado Mycobacterium tuberculosis A transmissão ocorre
através do ar, por meio de gotículas contendo os bacilos expelidos por um doente ao tossir,
espirrar ou falar em voz alta. Quando estas gotículas são inaladas por pessoas sadias,
provocam a infecção tuberculosa e o risco de desenvolver a doença.

SINTOMAS DE TUBERCULOSE

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Os sintomas mais comuns da TB pulmonar são: tosse persistente produtiva (muco e


eventualmente sangue) ou não, febre, sudorese noturna e emagrecimento. No exame físico,
pode ser encontrado também linfoadenomegalias, às vezes relacionadas tanto à presença
de TB extrapulmonar concomitante, quanto à existência de coinfecção pelo HIV.
Considerando tais aspectos, define-se como suspeito de portador de TB pulmonar (e
com indicação de investigação diagnóstica) o indivíduo que apresente:

tosse por tempo igual ou superior a três semanas .

**Em crianças menores de 10 anos, as manifestações clínicas podem variar. A forma


pulmonar costuma ser negativa ao exame bacteriológico, pelo reduzido número de bacilos
nas lesões. Além disso, crianças, em geral, não são capazes de expectorar. O achado
clínico que se destaca na maioria dos casos é a febre, habitualmente moderada, por 15 dias
ou mais, e frequentemente vespertina.

Muitas vezes, a suspeita de tuberculose em crianças surge com diagnóstico de


pneumonia sem melhora com o uso de antimicrobianos para microrganismos comuns.

PERÍODO DE TRASMISSIBILIDADE

A transmissão pode ocorrer enquanto o indivíduo estiver eliminando bacilos no


escarro, período identicado pela baciloscopia de escarro positiva.
Com o início do esquema terapêutico adequado, a transmissão tende a diminuir
gradativamente e, Vem geral, após 15 dias de tratamento, chega a níveis insigni!cantes.
Crianças menores de 10 anos com tuberculose pulmonar geralmente têm
baciloscopia negativa e, por isso, costumam ter pouca participação na transmissão da
doença

DIAGNÓSTICO EM TUBERCULOSE

A pesquisa bacteriológica é o método prioritário para o diagnóstico e o controle do


tratamento da tuberculose, uma vez que permite a identificação da fonte de transmissão da
infecção (o bacilífero). Considerando esses aspectos, cabe ressaltar que a descoberta
precoce do caso, o diagnóstico correto e o tratamento completo dos doentes com

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baciloscopia positiva são tidos como uma das principais medidas de controle da tuberculose
na comunidade.
Apesar de a forma pulmonar bacilífera ser a mais importante, do ponto de vista
epidemiológico, outras formas de tuberculose podem ser observadas, como a disseminada
miliar ou as extrapulmonares: pleural, ganglionar, osteoarticular, geniturinária,
meningoencefálica, entre outras

É função do enfermeiro do programa de controle da tuberculose organizar e cumprir


as recomendações do Ministério da Saúde e, segundo a Portaria da Atenção Básica no 648,
de 28 de março de 2006 (BRASIL, 2006a), o diagnóstico de tuberculose nos serviços de
saúde está implícito nas atribuições desse profissional: “Conforme protocolos ou outras
normativas técnicas estabelecidas pelo gestor municipal ou do Distrito Federal, observadas
as disposições legais da profissão,

Realizar consulta de enfermagem, solicitar exames complementares e prescrever


medicações”.

SOLICITAÇÃO DO EXAME:

O exame de baciloscopia de escarro deve ser solicitado aos pacientes que apresentem:

__Paciente sintomático repiratório


__Paciente com suspeita clínica ou radiológica de tuberculose pulmonar, independente do
tempo de tosse
__Acompanhamentop do tratamento e confirmação da cura em casos pulmonares com
confirmação laboratorial.

(Guia de vigilância;2017)

A baciloscopia de escarro deve ser realizada em, no mínimo, duas amostras: uma,
por ocasião da primeira consulta, e outra, independentemente do resultado da primeira, na
manhã do dia seguinte, preferencialmente ao despertar. Nos casos em que há indícios

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clínicos e radiológicos de suspeita de TB e as duas amostras de diagnóstico apresentem


resultado negativo, podem ser solicitadas amostras adicionais.

A baciloscopia após escarro para diagnóstico deve ser realizada mensalmente


durante o acompanhamento
do tratamento para todos os casos de TB pulmonar para veri!cação a e!cácia do tratamento
por meio da negativação do escarro.

TEMPO DE TOSSE PARA INVESTIGAÇÃO DA TUBERCULOSE NAS POPULAÇÕES


MAIS VULNERÁVEIS

CONDUTA FRENTE AO SINTOMÁTICO RESPIRATÓRIO

__Providenciar pote de coleta de escarro transparente, de boca larga e tampa com rosca;

__Solicitar duas amostras de escarro: a primeira por ocasião da identificação do paciente, a


fim de garantir a realização imediata do exame baciloscópico (o paciente não necessita se
encontrar em jejum); e a segunda amostra será coletada no dia seguinte, ao despertar,
independentemente do resultado da primeira (veja Orientação para a coleta de escarro
espontâneo na unidade de saúde e em domicílio);

__Organizar o fluxo de encaminhamento do material coletado para o laboratório, conforme a


possibilidade de cada serviço de saúde. É importante lembrar que é de responsabilidade do
serviço o encaminhamento das amostras;

__Se necessário, prever caixa térmica refrigerada para possibilitar a boa conservação da
amostra de escarro, durante o transporte para o laboratório;

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__Identificar a requisição do exame adequadamente, incluindo o nome completo do


paciente, data de nascimento, endereço e telefone para contato. A identificação do escarro
deve constar no corpo do pote e não na tampa;

IMPORTANTE!!!!

Outros espécimes clínicos podem ser utilizados para a investigação do


Mycobacterium tuberculosis, além do escarro, entre elas: urina, pus, fluídos orgânicos
oriundos de lavado gástrico e brônquico, escarro induzido, além de material de biópsia e de
ressecção (FIOCRUZ, 2008)

ORIENTAÇÃO PARA O ESCARRO INDUZIDO

Esse procedimento é recomendado quando o paciente tem pouca secreção feita


após a realização de nebulização com solução salina hipertônica (5 ml de NaCl 3%-5% - 5
ml de soro fisiológico 0,9% + 0,5 ml de NaCl 20%), durante 15 minutos. A nebulização
fluidifica a secreção do pulmão e provoca uma irritação que leva à tosse e facilita a expulsão
do escarro. Esse procedimento deve ser realizado na referência de tuberculose.

CONSIDERAÇÕES GERAIS PARA A CONSERVAÇÃO E O ARMAZENAMENTO DAS


AMOSTRAS CLÍNICAS

Em relação à conservação da amostra do escarro, elas poderão ficar em


temperatura ambiente e ao abrigo da luz solar por um período máximo de 24 horas. Se a
demora para o envio ao laboratório for superior a um dia, as amostras deverão ser mantidas
refrigeradas entre 2°C e 8°C, para que não deteriorem e se evite a ocorrência de
resultados falso-negativos. Conforme a Organização Mundial de Saúde, essas amostras
podem ficar refrigeradas de cinco a sete dias, no máximo, em locais de difícil acesso a um
laboratório.

INTERPRETAÇÃO DO RESULTADO DO EXAME BACTERIOLÓGICO E CONDUTA

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Será considerado como tuberculose pulmonar positiva o caso que apresentar


(BRASIL, 2008a):

__Duas baciloscopias diretas positivas; ou


__Uma baciloscopia direta positiva e cultura positiva; ou
__Uma baciloscopia direta positiva e imagem radiológica sugestiva de tuberculose; ou
__Duas ou mais baciloscopias diretas negativas e cultura positiva.

Será considerado como tuberculose pulmonar negativa o caso que apresentar


(BRASIL, 2008a):

__Duas baciloscopias negativas, com imagem radiológica sugestiva e achado clínico,


situação em que se deve buscar a confirmação bacteriológica solicitando cultura para
efetivação do diagnóstico da tuberculose.

CULTURA PARA MICOBACTÉRIA, IDENTIFICAÇÃO E TESTE DE SENSIBILIDADE

A cultura é um método de elevada especificidade e sensibilidade no diagnóstico


da TB. Nos casos pulmonares com baciloscopia negativa, a cultura do escarro pode
aumentar em até 30% o diagnóstico bacteriológico da doença.

A cultura para micobactéria é indicada nos seguintes casos:

__Suspeita clínica e/ou radiológica de TB com baciloscopia repetidamente negativa;


__Suspeitos de TB com amostras paucibacilares (poucos bacilos);
__Suspeitos de TB com dificuldades de obtenção da amostra (por exemplo, crianças);
__Suspeitos de TB extrapulmonar;
__Casos suspeitos de infecções causadas por micobactérias não tuberculosas –MNT;

Cultura com identificação e teste de sensibilidade, independentemente do resultado


da baciloscopia, estão indicados nos seguintes casos:

__Contatos de casos de tuberculose resistente;


__Pacientes com antecedentes de tratamento prévio;
__Pacientes imunodeprimidos, principalmente portadores de HIV;
__Paciente com baciloscopia positiva no final do 2o mês de tratamento;

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__Falência ao tratamento antiTB.

PROVA TUBERCULÍNICA

Essa prova é também conhecida como teste tuberculínico ou de Mantoux, que


consiste na inoculação intradérmica da tuberculina em uma pessoa, a fim de conhecer se
ela está ou não infectada pelo Mycobacterium tuberculosis. No Brasil, a tuberculina utilizada
é a RT 23.
A prova tuberculínica é realizada intradermicamente na dose de 0,1 ml de PPD, no
terço médio da face anterior do antebraço esquerdo. Recomenda-se inocular a tuberculina
em local com pouco pelo, sem tatuagem, cicatriz ou lesões de pele e distante de veias
superficiais calibrosas

A leitura deve ser realizada 48 a 72 horas,após a aplicação, podendo este prazo ser
estendido para 96 horas, caso o paciente falte à consulta de leitura na data agendada.

Chama-se conversão tuberculínica quando uma pessoa sem resposta anterior à


tuberculina passa a responder ao teste. É considerada conversão um incremento de pelo
menos 10 mm em relação à 1a PT (BRASIL, 2010a). Para testar a conversão, a segunda PT
deve ser realizada de cinco a oito semanas após a primeira, pois antes a pessoa pode estar
na janela imunológica (BRASIL, 2010a).

A INTERPRETAÇÃO E A CONDUTA DIANTE DO RESULTADO DA PT DEPENDEM DE

__Probabilidade de ILTB – critério epidemiológico;

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__Risco de adoecimento por TB;


__Tamanho do endurado;
__Idade.

INDIVÍDUOS INFECTADOS PELO HIV

devem ser submetidos a prova tuberculínica. Enduração ≥5mm reflete infecção


latente, para qual deve ser iniciada a quimioprofilaxia (ou tratamento da infecção latente)
com isoniazida, após exclusão de Tuberculose ativa. Para pacientes com enduração entre 0
e 4mm, e em uso de terapia anti-retroviral, recomenda-se fazer o teste seis meses após o
início da terapia, devido à possibilidade de restauração da resposta.
PROVA TUBERCULÍNICA

0-4 mm NÃO REATOR


0-4 mm (Em uso de terapia retroviral) Refazer o teste seis meses após o inicio
da terapia
>5 mm Infecção latente ?

INDICAÇÕES

O teste está indicado na investigação de infecção latente do adulto e de TB doença


em crianças, no controle de contatos e em saúde pública, particularmente, no conhecimento
do risco anual de infecção tuberculosa.

INDICAÇÕES DA PROVA TUBERCULÍNICA SERIADA

__Pacientes infectados pelo HIV;


__Profissionais dos serviços de saúde, por ocasião de sua admissão, nos exames
ocupacionais periódicos e demissionais;
__Contatos de caso índice bacilífero

A prova tuberculínica pode ser interpretada como sugestiva de infecção por M.


tuberculosis quando igual ou superior a 5mm em crianças não vacinadas com BCG,
crianças vacinadas há mais de dois anos, ou com qualquer condição imunodepressora. Em
crianças vacinadas há menos de dois anos, considera-se sugestivo de infecção PT igual ou
superior a 10mm.

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O lavado gástrico somente ・ indicado quando for possível a realização de cultura


para M. tuberculosis. O exame de escarro (baciloscopia e cultura), em geral, somente é
possível a partir dos 5 ou 6 anos de idade

CONDIÇÕES ASSOCIADAS A RESULTADOS FALSO-NEGATIVOS

__Tuberculina mal conservada, exposta à luz


__Contaminação com fungos, diluição errada, manutenção em frascos inadequados e
desnaturação
__Injeção profunda ou quantidade insuficiente; uso de seringas e agulhas inadequadas
__Administração tardia em relação à aspiração na seringa
__Leitor inexperiente ou com vício de leitura
__Biológicas
__Tuberculose grave ou disseminada
__Outras doenças infecciosas agudas virais, bacterianas ou fúngicas
__Imunodepressão avançada (aids, uso de corticosteróides, outros imunossupressores e
quimioterápicos)
__Vacinação com vírus vivos
__Neoplasias, especialmente as de cabeça e pescoço e as doenças linfoproliferativas
__Desnutrição, diabetes mellitus, insuficiência renal e outras condições metabólicas
__Gravidez
__Crianças com menos de 3 meses de vida
__Idosos (> 65 anos)
__Luz ultravioleta
__Febre durante o período da feitura da PT e nas horas que sucedem
__Linfogranulomatose benigna ou maligna
__Desidratação acentuada

EXAME RADIOLÓGICO

A radiografia de tórax é método diagnóstico de grande importância na investigação


da tuberculose Diferentes achados radiológicos apontam para a suspeita de doença em
atividade ou doença no passado, além do tipo e extensão do comprometimento pulmonar.
Radiografia de tórax em um caso de tuberculose pulmonar

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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DO TÓRAX

Método diagnóstico útil, notadamente a tomografia computadorizada de alta


resolução, em alguns casos em que a radiografia do tórax apresenta resultados imprecisos,
por alterações parenquimatosas mínimas ou por não permitir distinguir lesões antigas das
lesões da Tuberculose ativa. No entanto, é método de maior custo e menor oferta, restrito
aos centros de referência. Deve ser usado de forma individualizada, levando em
consideração os recursos disponíveis e o custo-benefício, especialmente nos casos com
baciloscopia negativa que exigem melhor diagnóstico diferencial com outras doenças.

BRONCOSCOPIA

A broncoscopia e os procedimentos a ela associados, a exemplo de lavado


brônquico, lavado broncoalveolar, escovado brônquico, biópsia brônquica, biópsia
transbrônquica e punção aspirativa com agulha podem ser úteis no diagnóstico da
Tuberculose nas seguintes situações: formas negativas à baciloscopia, suspeita de outra
doença pulmonar que não a Tuberculose, presença de doença que acomete difusamente o
parênquima pulmonar, suspeita de Tuberculose endobrônquica ou pacientes
imunodeprimidos, particularmente os infectados pelo HIV

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PREVENÇÃO DA INFECÇÃO LATENTE OU QUIMIOPROFILAXIA PRIMÁRIA

Recomenda-se a prevenção da infecção tuberculosa em recém-nascidos co-


habitantes de caso índice bacilífero. Nesses casos, o recém-nascido não deverá ser
vacinado ao nascer. A H é administrada por três meses e, após esse período, faz-se a prova
tuberculínica – PT. Se o resultado da PT for ≥ 5 mm, a quimioprofilaxia – QP deve ser
mantida por mais três meses; caso contrário, deve-se interromper o uso da isoniazida e
vacinar com BCG.

FLUXOGRAMA DE PREVENÇÃO DA INFECÇÃO LATENTE OU QUIMIOPROFILAXIA


PRIMÁRIA

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** recém-nascidos contatos de indivíduos bacilíferos deverão ser vacinados somente após


trtatamneto da tuberculose ou quimioprofilaxia.
(Guia de vigilância2017)

INDICAÇÕES DE TRATAMENTO DA ILTB DE ACORDO COM IDADE, RESULTADO DA


PT E RISCO DE ADOECIMENTO

TESTE AVALIADO INDICAÇÕES EM ADULTO E


ADOLESCENTES
__HIV\AIDS
__Contatos adultos e adolescentes (≥10
PT ≥ 5mm OU IGRA POSITIVO anos)
__Alerações radiológicas fibróticas
sugestivas de sequelas de TB
__Uso de inibidores de TNF-1
__Uso de corticoides (>15mg de Prednisona
por >1 Mês)

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__Silicose
__Neoplasia de cabeça e pescoço
__Insuficiencia renal em diálise
__linfomas e outras neosplasias
PT ≥ 10mm OU IGRA POSITIVO hematológicas
__Outros tipos de neoplasias com
quimioterapia imunossupressora
__Diabetes Mellitus (85%do peso ideal)
__tabagista (1 maço\dia)
__Calcificação isolada (sem fibrose)na
radiografia.
__
__Contatos de TB Bacilífera
CONVERSÃO __Profissional de saúde
(segunda PT com incremento de 10mmem __Profissional de Laboratório de
relação a 1ªPT) Micobactéria
__Trabalhador do sistema prisional
__Trabalhadores de instituições de longa
permanência

Notas: * Conversão do PT: segunda PT com incremento de 10 mm em relação á 1a PT.


** Especificidades na condução do paciente com HIV/aids, ver situações especiais a seguir.
*** Ver capítulo sobre Controle de Contatos.
**** Essas recomendações se aplicam às populações indígenas.
***** O programa de controle da tuberculose – PCT deve avaliar a viabilidade operacional
para disponibilizar PT a essa população,
garantindo, porém, acesso ao tratamento em casos referenciados.

AVALIAÇÃO DA INFECÇÃO TUBERCULOSA EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE

__Caso a PT seja <10 mm – repeti-la de 1 a 3 semanas para avaliação do efeito booster

__Efeito booster positivo – não repetir a PT.

__Persistência de PT < 10 mm – repetir a PT a cada 12 meses, quando o PS atuar em


locais de elevado risco de transmissão por Mycobacterium tuberculosis, por exemplo, no
serviço de emergência. Será considerada ILTB recente quando ocorrer conversão da PT,

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caracterizada por incremento de 10 mm em relação ao valor encontrado na última PT


realizada – nesse caso, considerar tratamento de ILTB

__Caso a PT seja ≥ 10 mm – documentar esta informação, afastar TB ativa. Nesses casos,


não será necessária a repetição da PT.

O efeito booster representa a reativação da resposta tuberculínica pelas células de


memória (BCG ou infecção remota por M. tuberculosis), está presente em cerca de 6% dos
profissionais de saúde e é definido quando a segunda PT é ≥ 10 mm, com incremento de
pelo menos 6 mm em relação à primeira PT. Nesses indivíduos, não há indicação de
tratamento da ILTB, pois o risco de adoecimento é muito baixo. A 2a aplicação da
tuberculina é utilizada apenas para excluir uma falsa conversão, no futuro, em indivíduos
testados de forma seriada. Se o resultado da 2a aplicação for ≥ 10 mm, mesmo sem
incremento de 6 mm em relação à 1a, a PT não deve ser repetida futuramente
CONTROLE DE CONTATOS

Caso índice: todo paciente com TB pulmonar ativa, prioritariamente com baciloscopia
positiva.

Contato: é definido como toda pessoa que convive no mesmo ambiente com o caso índice
no momento do diagnóstico da TB. Esse convívio pode se dar em casa, em ambientes de
trabalho, instituições de longa permanência, escola ou pré-escola. A avaliação do grau de
exposição do contato deve ser individualizada considerando-se a forma da doença, o
ambiente e o tempo de exposição.

TRATAMENTO DA TUBERCULOSE

As principais drogas, aquelas que preferencialmente devem ser utilizadas no


tratamento da tuberculose são conhecidas como drogas de primeira linha.

ESQUEMAS DE TRATAMENTO

O tratamento deve ser sempre realizado com combinação de, pelo menos, três
drogas, tendo preferência absoluta a combinação de rifampicina e isoniazida entre elas. No
Brasil, os esquemas indicados pelo Ministério da Saúde são:

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I- ESQUEMA BÁSICO PARA ADULTOS E ADOLESCENTES (APARTIR DE 10 ANOS DE


IDADE) (2RHZE/4RH):

__ Casos novos adultos e adolescentes (> 10 anos), de todas as formas de tuberculose


pulmonar e extrapulmonar (exceto a forma meningoencefálica), infectados ou não por HIV;

__Retratamento: recidiva (independentemente do tempo decorrido do primeiro episódio) ou


retorno após abandono com doença ativa em adultos e adolescentes (> 10 anos) - (exceto a
forma meningoencefálica).

Em casos individualizados, cuja evolucao clinica inicial nao tenha sido satisfatoria, ou
ainda nos casos de TB extrapulmonar, com a orientacao de especialistas ou profissionais de
unidades de referencia, o tempo de tratamento podera ser prolongado, na sua 2a fase, por
mais tres meses. Os casos de Tuberculose associados ao HIV devem ser encaminhados
para unidades de referencia (servicos ambulatorial especializado), em seu municipio ou em
municipios vizinhos, para serem tratados para os dois agravos (TB/HIV).

Observação: Em todos os casos de retratamento por recidiva ou retorno apos abandono


preconiza-se a solicitacao de cultura, identificacao e teste de sensibilidade antes de iniciar o
tratamento.

II- ESQUEMA BÁSICO 2RHZ/4RH PARA CRIANÇA (EB) (2RHZ /4RH) INDICAÇÃO:

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__Casos novos de crianças (<10 anos), de todas as formas de tuberculose pulmonar e


extrapulmonar (exceto a forma meningoencefálica), infectados ou não pelo HIV;

__Retratamento: recidiva (independentemente do tempo decorrido do primeiro episódio) nou


retorno após abandono com doença ativa em crianças (<10 anos) – (exceto a forma
meningoencefálica).

OBSERVAÇÕES:

a) Os medicamentos deverão ser administrados preferencialmente em jejum (1h antes ou


duas horas após o café da manhã), em uma única tomada ou, em caso de intolerância
digestiva, junto com uma refeição.

b) O tratamento das formas extrapulmonares (exceto a meningoencefálica) terá a duração


de seis meses assim como o tratamento dos pacientes co-infectados com HIV,
independentemente da fase de evolução da infecção viral.

III- ESQUEMA PARA A FORMA MENINGOENCEFÁLICA DA TUBERCULOSE EM


ADULTOS E ADOLESCENTES (EM) INDICAÇÃO:

__Casos de TB na forma meningoencefálica em casos novos ou retratamento em adultos e


adolescentes (>10 anos). (a partir de 10 anos de idade) – 2RHZE/7RH
O esquema preconizado para casos da forma meningoencefalica em adultos e
adolescentes consiste em doses fixas combinadas por nove meses, sendo dois meses de
RHZE seguidos de sete meses de RH em doses que variam conforme o peso

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PARA CRIANÇA COM MENOS DE 10 ANOS DE IDADE

No tratamento da tuberculose com meningoencefalite ou osteoarticular em crianças,


utiliza-se o esquema básico com prolongamento da fase de manutenção para 10 meses, ou
seja, o tempo total de tratamento será de 12 meses.
Durante o tratamento da tuberculose meningoencefálica, deve ser associado
corticosteroide ao esquema antituberculose: prednisona (1-2mg/kg/dia) por 4 semanas ou
dexametasona intravenosa nos casos graves (0,3 a 0,4 mg/kg/dia), por 4 a 8 semanas, com
redução gradual da dose nas 4 semanas subsequentes.

DEFINIÇÃO DE FALÊNCIA

__Paciente com baciloscopia de escarro positiva ao final do tratamento

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__Pacientes com baciloscopia fortemente positiva (++ou +++) no ínicio do tratamento que
mantém essa situação até o 4º mês;
__Pacientes com Baciloscopia de escarro positiva inicial seguida de negativação e novos
resultados positivos por 2 meses consecutivos, a partir do 4º mês de tratamento.

Infecção pelo HIV/aids, hepatopatias e insu!ciência renal são exemplos de condições


que merecem atenção especializada de serviços de referência para tratamento da
tuberculose.

EFEITOS ADVERSOS

Os efeitos adversos dos medicamentos antituberculose podem ser classificados em:

__MENORES, que podem ser manejados na atenção básica e normalmente não


determinam a suspensão
do medicamento antituberculose

__MAIORES , que normalmente causam a suspensão do tratamento. Nesses casos, os


pacientes precisam
ser avaliados em unidades de referência secundária

EFEITOS MENORES

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EFEITOS MAIORES

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ESQUEMA TERAPÂEUTICO PARA TRATAMENTO DE ILTB

***No regime de tratamento com isoniazida, o mais importante é o número de doses, e não
somente o tempo de tratamento. Recomenda-se a utilização de no mínimo 270 doses, que

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poderão ser tomadas de 9 a 12 meses. Deve-se considerar a utilização de 180 doses, a


serem tomadas entre 6 a 9 meses em casos individuais, após avaliação da adesão. Há
evidências de que o uso de 270 doses protege mais do que o uso de 180 doses. Esforços
devem ser feitos para que o paciente complete o total de doses programadas.

***No regime de tratamento com rifampicina, recomenda-se a utilização de no mínimo 120


doses, que deverão ser tomadas idealmente em 4 meses, podendo-se prolongar até 6
meses, e, da mesma maneira do tratamento com isoniazida, o mais importante é o número
de doses, e não somente o tempo de tratamento. Esforços devem ser feitos para que o
paciente complete o total de doses programadas

VARICELA

DESCRIÇÃO
A varicela ou catapora é uma doença infecciosa que se apresenta, habitualmente,
com febre baixa e lesões vesiculares generalizadas, pruriginosas, concentradas, em sua
maioria, no tronco e na face, com menor presença nas extremidades (braços e pernas). As
lesões podem atingir as mucosas e nunca aparecem nas mãos e nos pés. A maioria dos
casos (90%) ocorre em pessoas com menos de 15 anos de idade.
A infecção primária produz a doença. Depois da infecção primária o agente
infeccioso pode permanecer latente nos gânglios nervosos próximos à medula espinhal e a
sua reativação causa o herpes zoster. O herpes zoster é uma doença que apresenta lesões
vesiculares e dor intensa em uma a três zonas do corpo, relacionadas às terminações dos
nervos acometidos. O herpes zoster é menos contagioso que a catapora porque a
transmissão ocorre somente pelo contato direto com as lesões.

AGENTE INFECCIOSO
O agente infeccioso é o vírus da varicela-zoster ou Herpesvirus varicellae,
pertencente à família Herpesviridae.

RESERVATÓRIO
O reservatório é o indivíduo infectado.

FONTE DE INFECÇÃO
A fonte de infecção é o homem doente.

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MODO DE TRANSMISSÃO
A varicela se transmite por intermédio do contato direto com secreções das lesões
vesiculares e da nasofaringe da pessoa infectada. A porta de entrada habitual é a mucosa
do trato respiratória superior.

PERÍODO DE INCUBAÇÃO
O período de incubação é de 10 a 21 dias, sendo, em média, 14 dias.

HANSENÍASE

DESCRIÇÃO
A hanseníase é uma doença infecciosa causada pelo bacilo Mycobacterium leprae,
um tipo de bactéria. A hanseníase é conhecida por vários outros nomes, sendo lepra o mais
conhecido. O nome lepra sido evitado devido ao estigma de uma doença deformante,
contagiosa e incurável que a doença carrega.
AGENTE ETIOLÓGICO
O Mycobacterium leprae é um parasita intracelular bacilo álcool-ácido resistente. É a
única espécie de micobactéria que infecta nervos periféricos, especifcamente as células de
Schwann. Este bacilo não cresce em meios de cultura artifciais, ou seja, não é cultivável in
vitro.
O alto potencial incapacitante da hanseníase está diretamente relacionado ao poder
imunogênico do M. leprae.

TRANSMISSÃO DA HANSENÍASE

A transmissão se dá por meio de uma pessoa com hanseníase, na forma infectante da


doença MB, sem tratamento, que elimina o bacilo para o meio exterior, infectando outras
pessoas suscetíveis. Estima--se que 90% da população tenha defesa natural que confere
imunidade contra o M. leprae, e sabe-se que a suscetibilidade ao bacilo tem infuência
genética. Assim, familiares de pessoas com hanseníase possuem chances maiores de
adoecer.
A principal via de eliminação do bacilo pelo doente e a mais provável via de entrada
deste no organismo são as vias aéreas superiores (mucosa nasal e orofaringe), por meio de
contato próximo e prolongado, muito frequente na convivência domiciliar. Por isso, o
domicílio é apontado como importante espaço de transmissão da doença.

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PERÍODO DE INCUBAÇÃO
Dura em média de 2 a 7 anos, não obstante haja referências a períodos mais curtos,
de 7 meses, como também mais longos, de 10 anos.

PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE
Os doentes com poucos bacilos –paucibacilares—não são considerados
importyantes como fonte de transmissão da doença devido à baixa carga bacilar. as
pessoas com a forma mb, no entanto,

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
As manifestações clínicas da doença estão diretamente relacionadas ao tipo de resposta ao
M. leprae:

FORMA CLÍNICA CARACTERÍSTICAS


Forma inicial,evolui espontaneamente para
cura na maioria dos casos ou evolui para as
formas polarizadas em cerca de 25% dos casos,
o que pode ocorrer no prazo de 3 a 5 anos.
Geralmente, encontra-se apenas uma lesão, de
HANSENÍASE INDETERMINADA cor mais clara que a pele normal, com distúrbio
da sensibilidade, ou áreas circunscritas de pele
com aspecto normal e com distúrbio de
sensibilidade, podendo ser acompanhadas de
alopecia e/ou anidrose
Forma mais benigna e localizada que
aparece em pessoas com alta resistência ao
bacilo. As lesões são poucas (ou única), de
limites bem defnidos e pouco elevados, e com
ausência de sensibilidade (dormência). Ocorre
comprometimento simétrico de troncos nervosos,
HANSENÍASE TUBERCULOIDE podendo causar dor, fraqueza e atrofa muscular.
Próximos às lesões em placa, podem ser
encontrados fletes nervosos espessados. Nas
lesões e/ou trajetos de nervos, pode haver perda

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total da sensibilidade térmica, tátil e dolorosa,


ausência de sudorese e/ou alopecia.
Forma intermediária ,resultante de uma
imunidade também intermediária, com
características clínicas e laboratoriais que podem
se aproximar do polo tuberculoide ou
HANSENÍSE DIMORFA (OU virchowiano. A variedade de lesões cutâneas é
BORDERLINE) maior e estas apresentam-se como placas,
nódulos eritêmato-acastanhados, em grande
número, com tendência à simetria, O
acometimento dos nervos é mais extenso,
podendo ocorrer neurites agudas de grave
prognóstico
Nesse caso, a imunidade celular é nula e o
bacilo se multiplica com mais facilidade, levando a
uma maior gravidade, com anestesia dos pés e
mãos.
Esse quadro favorece os traumatismos e
HANSENÍASE VIRCHOWIANA (OU feridas, que por sua vez podem causar
LEPROMATOSA) deformidades, atrofa muscular, inchaço das
pernas e surgimento de lesões elevadas na pele
(nódulos). As lesões cutâneas caracterizam-se
por placas infltradas e nódulos (hansenomas), de
coloração eritêmato-acastanhada ou ferruginosa,
que podem se instalar também na mucosa oral
(Guia de vigilância em saúde; 2017)

DIAGNÓSTICO DA HANSENÍASE

DIAGNÓSTICO CLÍNICO
O diagnóstico é essencialmente clínico e epidemiológico, realizado por meio da
análise da história e condições de vida do paciente, além do exame dermatoneurológico

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para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou


comprometimento de nervos periféricos, com alterações sensitivas e/ ou motoras e/ou
autonômicas.
O diagnóstico de hanseníase deve ser recebido de modo semelhante ao de outras
doenças curáveis. Se vier a causar impacto psicológico, tanto em quem adoeceu quanto nos
familiares ou em pessoas de sua rede social, essa situação requererá uma abordagem
apropriada pela equipe de saúde, que favoreça a aceitação do problema, superação das di!
culdades e maior adesão ao tratamento. Essa atenção deve ser oferecida no momento do
diagnóstico, bem como no decorrer do tratamento da doença e, se necessário, após a alta.

CLASSIFICAÇÃO OPERACIONAL

A classificacao operacional do caso de Hanseniase, visando o tratamento om


poliquimioterapia e baseada no numero de lesoes cutâneas e acordo com os seguintes
criterios:

__PAUCIBALARES: Casos com ate 5 lesoes de pele;


__MULTIBACILARES: Casos com mais de 5 lesoes de pele.

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

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As seguintes dermatoses podem se assemelhar algumas formas e reacoes de


Hanseniase e exigem segura
diferenciacao: eczematides, nevo acromico, pitiriase ersicolor, vitiligo, itiriase rosea de
Gilbert, eritema solar, eritrodermias e eritemas ifusos varios, psoriase, eritema polimorfo,
eritema nodoso, eritemas nulares, granuloma anular, lupus eritematoso, farmacodermias,
fotodermatites olimorfas, pelagra, sifilis, alopecia areata (pelada), sarcoidose, uberculose,
xantomas, hemoblastoses, esclerodermias, neurofibromatose e Von Recklinghausen

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

O diagnóstico da hanseníase é clínico. Quando a baciloscopia estiver disponível e for


realizada, não se deve esperar o resultado para iniciar o tratamento do paciente.
A baciloscopia é o exame microscópico onde se observa o Mycobacterium leprae,
diretamente nos esfregaços de raspados intradérmicos das lesões hansênicas ou de outros
locais de coleta selecionados: lóbulos auriculares e/ou cotovelos, e lesão quando houver.
É um apoio para o diagnóstico e também serve como um dos critérios de confirmação de
recidiva quando comparado ao resultado no momento do diagnóstico e da cura.
Por nem sempre evidenciar o Mycobacterium leprae nas lesões hansênicas ou em
outros locais de coleta, a baciloscopia negativa não afasta o diagnóstico da hanseníase.

Mesmo sendo a baciloscopia um dos parâmetros integrantes da definição de caso,


ratifica-se que o diagnóstico da hanseníase é clínico. Quando a baciloscopia estiver
disponível e for realizada, não se deve esperar o resultado para iniciar o tratamento do
paciente. O tratamento é iniciado imediatamente após o diagnóstico de hanseníase e a
classificação do paciente em pauci ou multibacilar baseado no número de lesões de pele.

IMPORTANTE!!!!

A baciloscopia positiva classifica o caso como MB, independentemente do


número de lesões.

CLASSIFICAÇÃO OPERACIONAL

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TRATAMENTO

ESQUEMA PAUCIBACILAR (PB)


Neste caso é utilizada uma combinação da Rifampicina e Dapsona, acondicionados
numa cartela, no seguinte esquema:
Medicação:
- Rifampicina: uma dose mensal de 600 mg (2 cápsulas de 300 mg) com administração
supervisionada,
- Dapsona: uma dose mensal de 100mg supervisionada e uma dose diária auto
administrada;
# duração do tratamento: 6 doses mensais supervisionadas de Rifampicina.
# critério de alta: 6 doses supervisionadas em até 9 meses.

ESQUEMA MULTIBACILAR (MB)

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Aqui é utilizada uma combinação da Rifampicina, Dapsona e de Clofazimina,


acondicionados numa cartela, no seguinte esquema:
Medicação:
- Rifampicina: uma dose mensal de 600 mg (2 cápsulas de 300 mg) com administração
supervisionada;
- Clofazimina: uma dose mensal de 300 mg (3 cápsulas de 100 mg) com administração
supervisionada e uma dose diária de 50mg auto-administrada; e
- Dapsona: uma dose mensal de 100mg supervisionada e uma dose diária auto
administrada;
# duração do tratamento: 12 doses mensais supervisionadas de Rifampicina;
# critério de alta: 12 doses supervisionadas em até 18 meses.

DENGUE

Doença febril aguda, que pode apresentar um amplo espectro clínico: enquanto a
maioria dos pacientes se recupera após evolução clínica leve e autolimitada, uma pequena
parte progride para doença grave. É a mais importante arbovirose a afetar o ser humano,
constituindo um sério problema de Saúde Pública global. Sua ocorrência é disseminada,
especialmente nos países tropicais e subtropicais, onde as condições do meio ambiente
favorecem o desenvolvimento e a proliferação do Aedes aegypti e do Aedes albopictus.

MODO DE TRANSMISSÃO

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A principal forma de transmissão de dengue, chikungunya e Zika se faz pela picada


de fêmeas infectadas de A. aegypti no ciclo homem -A. aegypti- homem.
Para os tres agravos foram registrados casos de tranmissão vertical (gestante bebê). Na
chikungunya, a transmissão pode acontecer no momento do parto de gestantes virêmicas,
muitas vezes provocando infeção neonatal grave. Na Zika, a transmissão vertical pode gerar
malformações e diferentes manifestações clínicas no feto, incluindo aborto. Existem relatos
de transmissão sexual de Zika mas o impacto epidemiológico dessa via ainda está sob
investigação. Essas doenças também podem ser transmitidas por via transfusional. Para
dengue e chikungunya, a transmissão por essa via é rara se atendidos os protocolos
recomendados; em relação ao Zika, o impacto ainda necessita ser avaliado.

PERÍODO DE INCUBAÇÃO E TRANSMISSIBILIDADE

A transmissão compreende dois ciclos: um intrínseco, que sucede no ser humano, e outro
extrínseco, no vetor.
O período de incubação intrínseco da dengue ocorre, em média, de 5 a 6 dias, e varia de 4
a 10 dias. Após esse período, inicia-se o período de viremia (geralmente, de um dia antes do
aparecimento da febre até o 6º dia da doença). O vetor pode se infectar ao picar uma
pessoa virêmica, iniciando o período de incubação extrínseco, que varia de 8 a 12 dias. Este
período de incubação é influenciado por fatores ambientais, especialmente temperatura.
O período de incubação intrínseco do chikungunya acontece, em média, de 3 a 7 dias
(podendo variar de 1 a 12 dias), e o extrínseco dura, em média, 10 dias. Assim como na
dengue, os mosquitos adquirem o vírus a partir de um hospedeiro virêmico. O período de
viremia no homem pode perdurar por até 10 dias e, geralmente, inicia-se 2 dias antes da
apresentação dos sintomas.
Estima-se que o período de incubação intrínseco do Zika seja de 2 a 7 dias, em média, e o
período de incubação extrínseco seja semelhante ao de dengue, variando de 8 a 12 dias.
Depois do período de incubação extrínseco, o mosquito permanece infectante até o final da
sua vida (6 a 8 semanas), sendo capaz de transmitir o vírus para um hospedeiro suscetível,
a exemplo do homem.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

A infecção pelo vírus da dengue pode ser assintomática ou sintomática. Quando


sintomática, causa uma doença sistêmica e dinâmica, de amplo espectro clínico, variando

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desde formas oligossintomáticas até quadros graves, possíveis de evoluir a óbito. Três
fases clínicas podem ocorrer: febril, crítica e de recuperação.
Na fase febril, a primeira manifestação é a febre com duração de dois a sete dias,
geralmente alta (39º a 40ºC), de início abrupto, associada à cefaleia, astenia, mialgia,
artralgia e dor retroorbitária. O exantema, presente em 50% dos casos, é
predominantemente do tipo máculo-papular, atingindo face, tronco e membros de forma
aditiva, não poupando plantas dos pés e palmas das mãos, podendo se apresentar sob
outras formas, com ou sem prurido, frequentemente no desaparecimento da febre. Anorexia,
náuseas e vômitos podem se fazer presentes. A diarreia está presente em um percentual
signifcativo dos casos.
Após a fase febril, grande parte dos pacientes recupera-se gradativamente, com
melhora do estado geral e retorno do apetite. A fase crítica pode se apresentar em alguns
pacientes, podendo evoluir para as formas graves, razão porque medidas diferenciadas de
manejo clínico e observação devem ser adotadas imediatamente. Esta fase tem início com a
defervescência da febre, entre o terceiro e o sétimo dia do início da doença, acom- panhada
do surgimento dos sinais de alarme e/ou gravidade

OS SINAIS DE ALARME SÃO CARACTERIZADOS POR:


__Dor abdominal intense (referida ou a palpação) e continua;
__Vomitos persistentes;
__Acumulos de líquidos (ascites, derrame pleural, derrame pericardico);
__Hipotensão postural ou lipotímia;
__Hepatomegalia maior que 2cm abaixo do rebordo costal;
__Sangramento de mucosa;
__Aumento progressive de hematócrito.
Os casos graves são caracterizados por sangramento grave, disfunção grave de
órgãos ou extravasamento grave de plasma.

SÃO SINAIS DE CHOQUE

__Pulso rápido e fraco


__Diminuição da pressão arterial (diferença entre as pressões
sistólica e diastólica, ≤20mmHg em crianças; em adultos, esse valor indica choque mais
grave);
__Extremidades frias;
__Demora no enchimento capilar;

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__Pele úmida e pegajosa;


__Agitação.
__Alguns pacientes ainda podem apresentar manifestações neurológicas, como convulsões
e irritabilidade.

TRATAMENTO
Baseia-se principalmente na hidratação adequada, levando em consideração o
estadiamento da doença (grupos A, B, C e D) segundo os sinais e sintomas apresentados
pelo paciente, assim como no reconhecimento precoce dos sinais de alarme. É importante
reconhecer precocemente os sinais de extravasamento plasmático, para correção rápida
com infusão de "uidos. Quanto ao tipo de unidade de saúde adequada ao atendimento dos
pacientes de dengue, deve-se levar em consideração o estadiamento da doença, seguindo
as indicações elencadas a seguir.

GRUPO A – pacientes com as seguintes caracteristicas:


__Caso suspeito de dengue (nos lactentes, alguma irritabilidade e choro persistente podem
ser a expressão de sintomas como cefaleia e algias) com - prova do laço negativa e

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ausência de manifestações hemorrágicas espontâneas; - ausência de sinais de alarme; e -


sem comorbidades, sem risco social ou condições clínicas especiais.
Estes pacientes devem ter acompanhamento ambulatorial.

GRUPO B – pacientes com as seguintes caracteristicas:


__Caso suspeito de dengue com
- sangramento de pele espontâneo (petéquias) ou induzido (prova do laço positiva); e -
ausência de sinais de alarme;
__Condição clinica especiais ou de risco social ou comorbidades: lactentes (menores de 2
anos), gestantes, adultos com idade acima de 65 anos, hipertensão arterial ou outras
doenças cardiovasculares graves, diabetes mellitus, DPOC, doenças hematológicas
crônicas (principalmente, anemia falciforme e púrpuras), doença renal crônica, doença
ácido-péptica, hepatopatias e doenças autoimunes.
Estes pacientes devem ter acompanhamento em unidade de saúde com leitos de
observação até saírem resultados de exames e reavaliação clínica.

GRUPO C – pacientes com as seguintes caracteristicas:

__Casos suspeito com presença de algum sinal de alarme, com manifestações


hemorrágicas presentes ou ausentes.
Estes pacientes devem ter acompanhamento em unidade hospitalar.

ATENÇÃO: esses pacientes devem ser atendidos, inicialmente, em qualquer serviço de


saúde, independentemente de nível de complexidade, sendo obrigatória a hidratação
venosa rápida, inclusive durante eventual transferência para uma unidade de referência. Se
houver resposta inadequada após as três fases de expansão, deve-se conduzir como Grupo
D.

GRUPO D – pacientes com as seguintes caracteristicas:


__Caso de suspeita de dengue com: - presença de sinais de choque, desconforto
respiratório ou disfunção grave de órgãos; - manifestações hemorrágicas presentes ou
ausentes.
Estes pacientes devem ter acompanhamento preferencialmente em unidade com terapia
intensive.

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INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (IST)

SÍNDROMES CLÍNICAS PRINCIPAIS

SÍFILIS

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CONCEITO: doença infectocontagiosa sistêmica (acomete todo o organismo), que evolui de


forma crônica (lenta) e que tem períodos onde se manifesta agudamente e períodos de
latência (sem manifestações). Pode comprometer múltiplos órgãos (pele, olhos, ossos,
sistema cardiovascular, sistema nervoso). De acordo com algumas características de sua
evolução a sífilis divide-se em Primária, Secundária, Latente e Terciária ou Tardia. Quando
transmitida da mãe para o feto é chamada de Sífilis Congênita.
O importante a ser considerado aqui é a sua lesão primária, também chamada de cancro de
inoculação (cancro duro), que é a porta de entrada do agente no organismo da pessoa.

AGENTE: Treponema pallidum

SÍFILIS PRIMÁRIA: trata-se de uma lesão ulcerada (cancro) não dolorosa (ou pouco
dolorosa), em geral única, com a base endurecida, lisa, brilhante, com presença de
secreção serosa (líquida, transparente) escassa e que pode ocorrer nos grandes lábios,
vagina, clitóris, períneo e colo do útero na mulher e na glande e prepúcio no homem, mas
que pode também ser encontrados nos dedos, lábios, mamilos e conjuntivas. É freqüente
também a adenopatia inguinal (íngua na virilha) que, em geral passa despercebida. O
cancro usualmente desaparece em 3 a 4 semanas, sem deixar cicatrizes. Entre a segunda e
quarta semanas do aparecimento do cancro, as reações sorológicas (exames realizados no
sangue) para sífilis tornam-se positivas.
SÍFILIS SECUNDÁRIA: é caracterizada pela disseminação dos treponemas pelo organismo
e ocorre de 4 a 8 semanas do aparecimento do cancro. As manifestações nesta fase são
essencialmente dermatológicas e as reações sorológicas continuam positivas.

SÍFILIS LATENTE: nesta fase não existem manifestações visíveis, mas as reações
sorológicas continuam positivas.

SÍFILIS ADQUIRIDA TARDIA: a sífilis é considerada tardia após o primeiro ano de evolução
em pacientes não tratados ou inadequadamente tratados. Apresentam-se após um período
variável de latência sob a forma cutânea, óssea, cardiovascular, nervosa etc. As reações
sorológicas continuam positivas também nesta fase.

SÍFILIS CONGÊNITA: é devida a infecção do feto pelo Treponema por via transplacentária,
a partir do quarto mês da gestação. As manifestações da doença, na maioria dos casos,
estão presentes já nos primeiros dias de vida e podem assumir formas graves, inclusive
podendo levar ao óbito da criança.

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COMPLICAÇÕES/CONSEQÜÊNCIAS
__Aborto espontâneo, natimorto, parto prematuro, baixo peso, endometrite pós-parto.
__Infecções peri e neonatal.
__Sífilis Congênita. Neurossífilis. Sífilis Cardiovascular.
TRANSMISSÃO
__Relação sexual (vaginal anal e oral), transfusão de sangue contaminado, transplacentária
(a partir do quarto mês de gestação). Eventualmente através de fômites.

TRATAMENTO
Medicamentoso. Com cura completa, se tratada precoce e adequadamente.
PREVENÇÃO
Camisinha pode proteger da contaminação genital se a lesão estiver na área recoberta.
Evitar contato sexual se detectar lesão genital no (a) parceiro (a).

CANDIDÍASE

CONCEITO: a candidíase, especialmente a candidíase vaginal, é uma das causas mais


freqüentes de infecção genital. Caracteriza-se por prurido (coceira), ardor, dispareunia (dor
na relação sexual) e pela eliminação de um corrimento vaginal em grumos brancacentos,
semelhante à nata do leite. Com freqüência, a vulva e a vagina encontram- se edemaciadas
(inchadas) e hiperemiadas (avermelhadas). As lesões podem estender-se pelo períneo,
região perianal e inguinal (virilha). No homem apresenta-se com hiperemia da glande e
prepúcio (balanopostite) e eventualmente por um leve edema e pela presença de pequenas
lesões puntiformes (em forma de pontos), avermelhadas e pruriginosas. Na maioria das
vezes não é uma doença de transmissão sexual. Em geral está relacionada com a
diminuição da resistência do organismo da pessoa acometida. Existem fatores que
predispõe ao aparecimento da infecção: diabetes melitus, gravidez, uso de contraceptivos
(anticoncepcionais) orais, uso de antibióticos e medicamentos imunosupressivos (que
diminuem as defesas imunitárias do organismo), obesidade, uso de roupas justas etc.
AGENTE
Cândida albicans e outros.

COMPLICAÇÕES/CONSEQÜÊNCIAS
São raras. Pode ocorrer disseminação sistêmica (especialmente em imunodeprimidos).

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TRANSMISSÃO
Ocorre transmissão pelo contato com secreções provenientes da boca, pele, vagina
e dejetos de doentes ou portadores. A transmissão da mãe para o recém-nascido
(transmissão vertical) pode ocorrer durante o parto.
A infecção, em geral, é primária na mulher, isto é, desenvolve-se em razão de fatores locais
ou gerais que diminuem sua resistência imunológica.

TRATAMENTO
Medicamentos locais e/ou sistêmicos.

PREVENÇÃO
Higienização adequada. Evitar vestimentas muito justas. Investigar e tratar doença (s)
predisponente (s). Camisinha.

GONORREIA

CONCEITO
Doença infecto contagiosa que se caracteriza pela presença de abundante secreção
purulenta (corrimento) pela uretra no homem e vagina e/ou uretra na mulher. Este quadro
freqüentemente é precedido por prurido (coceira) na uretra e disúria (ardência miccional).
Em alguns casos podem ocorrer sintomas gerais, como a febre. A gonorreia é
frequentemente assintomática em mulheres
AGENTE
Neisseria gonorrhoeae

COMPLICAÇÕES/CONSEQÜÊNCIAS

Aborto espontâneo, natimorto, parto prematuro, baixo peso, endometrite pós-parto. Doença
Inflamatória Pélvica. Infertilidade. Epididimite. Prostatite. Pielonefrite.
Transmissão Relação sexual
Tratamento Antibióticos.
Prevenção Camisinha. Higiene pós-coito.

LINFOGRANULOMA VENÉREO

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CONCEITO: o linfogranuloma venéreo caracteriza-se pelo aparecimento de uma lesão


genital (lesão primária) que tem curta duração e que se apresenta como uma ulceração
(ferida) ou como uma pápula (elevação da pele). Esta lesão é passageira (3 a 5 dias) e
freqüentemente não é identificada pelos pacientes, especialmente do sexo feminino. Após a
cura desta lesão primária, em geral depois de duas a seis semanas, surge o bubão inguinal
que é uma inchação dolorosa dos gânglios de uma das virilhas (70% das vezes são de um
lado só). Se este bubão não for tratado adequadamente ele evolui para o rompimento
espontâneo e formação de fístulas.
AGENTE
Chlamydia trachomatis.
COMPLICAÇÕES/CONSEQÜÊNCIAS
Elefantíase do pênis, escroto, vulva. Proctite (inflamação do reto) crônica. Estreitamento do
reto.
TRANSMISSÃO
Relação sexual é a via mais freqüente de transmissão.
TRATAMENTO
Sistêmico, através de antibióticos. Aspiração do bubão inguinal. Tratamento das fístulas
PREVENÇÃO
Camisinha. Higienização após o coito.

HIV/ AIDS

CONCEITO: síndrome (uma variedade de sintomas e manifestações) causada pela infecção


crônica do organismo humano pelo vírus HIV (Human Immunodeficiency Virus). O vírus
compromete o funcionamento do sistema imunológico humano, impedindo-o de executar
sua tarefa adequadamente, que é a de protegê-lo contra as agressões externas (por
bactérias, outros vírus, parasitas e mesmo por células cancerígenas). Com a
progressiva lesão do sistema imunológico o organismo humano se torna cada vez mais
susceptível a determinadas infecções e tumores, conhecidas como doenças oportunísticas,
que acabam por levar o doente à morte.
A fase aguda (após 1 a 4 semanas da exposição e contaminação) da infecção manifesta-se
em geral como um quadro gripal (febre, mal-estar e dores no corpo) que pode estar
acompanhada de manchas vermelhas pelo corpo e adenopatia (íngua) generalizada (em
diferentes locais do organismo). A fase aguda dura, em geral, de 1 a 2 semanas e pode ser
confundida com outras viroses (gripe, mononucleose etc.) bem como pode também passar
despercebida.

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Os sintomas da fase aguda são, portanto, inespecíficos e comuns a várias doenças, não
permitindo por si só o diagnóstico de infecção pelo HIV, o qual somente pode ser confirmado
pelo teste anti-HIV, o qual deve ser feito após 90 dias (3 meses) da data da exposição ou
provável contaminação.
Considera-se adequado trabalhar com o período médio de janela imunológica de 30 dias,
pois nele a maioria dos indivíduos apresentará resultados positivos no conjunto de testes
diagnósticos para a detecção da infecção pelo HIV.

AGENTE
HIV (Human Immunodeficiency Virus), com 2 subtipos conhecidos: HIV-1 e HIV-2.

COMPLICAÇÕES/CONSEQÜÊNCIAS

Doenças oportunas, como a tuberculose miliar e determinadas pneumonias, alguns tipos de


tumores, como certos linfomas e o Sarcoma de Kaposi. Distúrbios neurológicos.

TRANSMISSÃO
Sangue, semêm, secreções vaginais e leite materno. Pode ocorrer transmissão no sexo
vaginal, e anal.

PERÍODO DE INCUBAÇÃO
O tempo entre a infecção pelo HIV e o aparecimento de sinais e sintomas da fase
aguda, denominada síndrome retroviral aguda (SRA), é de 1 a 3 semanas.

PERÍODO DE LATÊNCIA
Após a infecção aguda, o tempo de desenvolvimento de sinais e sintomas da aids é
em média de 10 anos. Entretanto, sinais e sintomas de imunodeficiência associada à
infecção pelo HIV, não aids, podem aparecer com tempo de latência variável após a
infecção aguda.
DIAGNÓSTICO
Por exames realizados no sangue do (a) paciente.

TRATAMENTO
Existem drogas que inibem a replicação do HIV, que devem ser usadas associadas, mas
ainda não se pode falar em cura da AIDS.

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As doenças oportunas são em sua maioria tratáveis, mas há necessidade de uso contínuo
de medicações para o controle dessas manifestações.

PREVENÇÃO
Na transmissão sexual se recomenda sexo seguro: relação monogâmica com
parceiro comprovadamente HIV negativo, uso de camisinha.
Na transmissão pelo sangue recomenda-se cuidado no manejo de sangue (uso de seringas
descartáveis, exigir que todo sangue a ser transfundido seja previamente testado para a
presença do HIV, uso de luvas quando estiver manipulando feridas ou líquidos
potencialmente contaminados). Não há, no momento, vacina efetiva para a prevenção da
infecção pelo HIV. É necessário observar que o uso da camisinha, apesar de proporcionar
excelente proteção, não proporciona proteção absoluta (ruptura, perfuração, uso
inadequado etc.). Repito, a maneira mais segura de se evitar o contágio pelo vírus HIV é
fazer sexo monogâmico, com parceiro (a) que fez exames e você saiba que não está
infectado (a).

PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO

CONCEITOS FUNDAMENTAIS

___IMUNIZAR: significa tornar NAO suscetivel a uma determinada doenca. Pode ocorrer de
forma ativa ou passiva.

___ATIVA e quando o individuo e estimulado a desenvolver defesa, seja naturalmente,


quando pela propria doenca, ou artificialmente, quando produzida por vacina.

___PASSIVA e quando o individuo recebe anticorpos prontos, seja de forma natural,


quando os anticorpos sao recebidos da mae, ou de forma artificial, atraves do recebimento
de imunoglobulinas ou soros.

___VACINAS: sao produtos farmacologicos que contem agentes imunizantes capazes de


induzir imunizacao ativa.

___AGENTES IMUNIZANTES (antígenos): sao produtos que compoem as vacinas. Podem


ser virus vivo atenuado, bacteria viva atenuada, virus inativado, bacteria inativada, toxoides

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ou componentes de estrutura bacteriana ou viral. No caso de agentes vivos atenuados, a


resposta e mais eficiente e, portanto, sao necessarias menos doses do produto para garantir
a resposta. No caso dos inativados, a resposta e menos eficiente, sendo necessárias mais
doses, e ha utilizacao de adjuvante na composicao.

___ANTICORPO: e o que o organismo produz apos receber uma vacina/antigeno.

___ADJUVANTES: sao substancias utilizadas para aumentar e prolongar o poder


imunogenico das vacinas. Ex.: Sais de aluminio.

___CONSERVANTES: sao representados por pequenas quantidades de substancias


necessarias para evitar o crescimento de bacterias e fungos, como o timerosal e
antibioticos. Nunca estarao em vacinas VIVAS.

___ESTABILIZANTES: sao substancias que auxiliam a proteger as vacinas de condicoes


adversas, como congelamento, calor, alteracoes de pH. Sao utilizados tambem para formar
volume quando a quantidade de antígenos e minima. Os mais utilizados sao acucares,
proteinas derivadas de animais ou de humanos, tampoes (fosfato) e sais (NaCl).

___IMUNOGLOBULINAS: sao solucoes concentradas contendo anticorpos, principalmente


da classe IgG. Podem ser de uso IM ou EV, dependendo das especificacoes do produtor.

___SOROS: sao produtos farmacologicos constituidos de anticorpos heterologos obtidos


atraves do plasma de animais previamente imunizados.

___VACINA COMBINADA: e a que contem varios antigenos diferentes em uma unica


apresentacao. Ex.: DTP, Tetra.

___VACINA CONJUGADA: e a que usa uma proteina ligada ao antigeno. Ex.: Hib, Meningo
C, Pneumo 10.

___VACINAÇÃO SIMULTÂNEA: e a administracao de duas ou mais vacinas em diferentes


locais ou vias. Nao intensifica eventos adversos locais ou sistêmicos e nao prejudica a
resposta.

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___ADJUVANTES: compostos contendo alumínio são comumente utilizados para aumentar


o poder imunogênico de algumas vacinas, amplificando o estímulo provocado por esses
agentes imunizantes (toxóide tetânico e toxóide diftérico, por exemplo).

COMPOSIÇÃO
O produto em que a vacina é apresentada contém, além do agente imunizante, os
componentes a seguir especificados:

a) líquido de suspensão: constituído geralmente por água destilada ou solução salina


fisiológica, podendo conter proteínas e outros componentes originários dos meios de cultura
ou das células utilizadas no processo de produção das vacinas;

b) conservantes, estabilizadores e antibióticos: pequenas quantidades de substâncias


antibióticas ou germicidas são incluídas na composição de vacinas para evitar o crescimento
de contaminantes (bactérias e fungos); estabilizadores (nutrientes) são adicionados a
vacinas constituídas por agentes infecciosos vivos atenuados.
Reações alérgicas podem ocorrer se a pessoa vacinada for sensível a algum desses
componentes;

c) adjuvantes: compostos contendo alumínio são comumente utilizados para aumentar o


poder imunogênico de algumas vacinas, amplificando o estímulo provocado por esses
agentes imunizantes (toxóide tetânico e toxóide diftérico, por exemplo).

FATORES QUE INFLUENCIAM A RESPOSTA IMUNE

Fatores relacionados ao vacinado

__IDADE No primeiro ano de vida


__GESTAÇÃO
__AMAMENTAÇÃO
__REAÇÃO ANAFILÁTICA: Alguns individuos poderao apresentar reacao anafilatica a
alguns componentes dos imunobiologicos. No mecanismo dessa reacao, estao envolvidos
os mastocitos. A reacao ocorre nas primeiras duas horas apos a aplicacao e e caracterizada
pela presenca de urticaria, sibilos, laringoespasmo, edema de labios, podendo evoluir com
hipotensao e choque anafilatico.

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__PACIENTES IMUNODEPRIMIDOS

__USO DE ANTITÉRMICO PROFILÁTICO: Em estudos realizados, observou-se que as


criancas que receberam paracetamol profilático apresentaram uma reducao nos titulos de
anticorpos das vacinas administradas. Considerando-se essa situacao, recomenda-se a sua
utilizacao apenas para as criancas com historia pessoal e familiar de convulsao e para
aquelas que tenham apresentado febre maior do que 39,5oC ou choro incontrolavel apos
dose anterior de vacina triplice bacteriana (penta ou DTP ou DTPa). Nessas situacoes,
indica-se antitermico/analgesico no momento da vacinacao e com intervalos regulares nas
24 horas ate as 48 horas subsequentes.

CONTRAINDICAÇÕES COMUNS A TODO IMUNOBIOLÓGICO

Para todo imunobiologico, consideram-se como contraindicacoes:

__A ocorrencia de hipersensibilidade (reacao anafilatica) confirmada apos o recebimento de


dose anterior; e
__Historia de hipersensibilidade a qualquer componente dos imunobiologicos.

__Imunodeficiencia congênita e adquirida


__Neoplasia maligna
__Corticosteroide: crianças 2mg/Kg/dia e adulto
20mg/Kg/dia por > 14 dias;
CONTRAINDICAÇÕES VACINAS __Quimioterapia e Radioterapia
BACTERIANAS E VIRAIS ATENUADAS NAO __Gestante (exceto altorisco de exposição
DEVEM SER ADMINISTRADAS exemplo Febre amarela)

Obs: O uso de corticoides por via inalatória ou


tópicos ou em esquemas de altas doses em
curta duração (menor do que 14 dias) não
constitui contraindicação de vacinação.

CONTRAINDICAÇÕES COMUNS A TODO __Reação anafilática confirmada apos o

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IMUNOBIOLÓGICO recebimento de dose anterior;


__ Historia de hipersensibilidade a qualquer
componente dos imunobiológicos
__Usuários de corticoides vacinar 90 dias após
a suspensão do medicamento;
__Crianças filhas de mãe HIV+ < 18 meses
sem sinais e sintomas da AIDS podem receber
todas as vacinas dos calendarios de vacinacao
e as disponíveis no CRIE o mais precocemente
SITUAÇÕES ESPECIAIS possivel.

__usuario que fez transplante de medula ossea


(pos-transplantado) deve ser encaminhado ao
CRIE de 6 a 12 meses apos o transplante, para
revacinacao conforme indicacao.
__Usuario de dose imunossupressora de
corticoide – vacine 90 dias apos a suspensao
ou o termino do tratamento.

__Usuario que necessita receber


imunoglobulina, sangue ou hemoderivados –
ADIAMENTO DA VACINAÇÃO nao vacine com vacinas de agentes vivos
atenuados nas quatro semanas que antecedem
e ate 90 dias apos o uso daqueles produtos.

__Usuario que apresenta doença febril grave


não vacine ate a resolução do quadro;
__Mulheres em amamentação vacinadas
contra Febre Amarela, por 28 dias (mínimo de
15 dias)
__Febre Amerela + SCR (tríplice viral) +
Varicela monovalente+ SCR e Varicela (Tetra
VACINAÇÃO SIMULTÂNEA viral) não podem ser administrada de forma
simultanea aguarda o intervalo mínino de 30
dias
_As demais sem problemas

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FALSAS CONTRAINDICAÇÕES

__Doenca aguda benigna sem febre – quando a crianca nao apresenta historico de doenca
grave ou infeccao simples das vias respiratorias superiores.

__Prematuridade ou baixo peso ao nascer – as vacinas devem ser administradas na idade


cronológica recomendada, com excecao para a vacina BCG, que deve ser administrada nas
criancas com peso
≥ 2 kg.
__Ocorrencia de evento adverso em dose anterior de uma vacina, a exemplo da reacao
local (dor, vermelhidao ou inflamacao no lugar da injecao).

__Diagnosticos clinicos previos de doenca, tais como tuberculose, coqueluche, tetano,


difteria, poliomielite, sarampo, caxumba e rubeola.

__Doenca neurologica estavel ou pregressa com sequela presente.

__. Antecedente familiar de convulsao ou morte subita.

__Alergias, exceto as alergias graves a algum componente de determinada vacina


(anafilaxia comprovada).
__Historia de alergia nao especifica, individual ou familiar.

__. Historia familiar de evento adverso a vacinacao (exemplo: convulsao).

__Uso de antibiotico, profilatico ou terapeutico e antiviral.

__Tratamento com corticosteroides em dias alternados em dose nao imunossupressora.

__Uso de corticosteroides inalatorios ou topicos ou com dose de manutencao fisiologica.

__. Quando o usuario e contato domiciliar de gestante, uma vez que os vacinados nao
transmitem os virus vacinais do sarampo, da caxumba ou da rubeola.

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ESQUEMA BÁSICO DE VACINAÇÃO

BCG

PREVENÇÃO CONTRA:
Vacina é indicada para prevenir as formas graves da tuberculose (miliar e meníngea)
COMPOSIÇÃO:
Bacilos vivos atenuados;
- APRESENTAÇÃO:
Forma liofilizada;
Frasco com 10 doses;
CONSERVAÇÃO:
2º a 8ºC
Proteger da luz solar;
A vacina BCG, uma vez reconstituída, pode ser usada por um prazo máximo de 6 horas.
VIA / LOCAL / AGULHA:
Intradérmica
(Região da inserção inferior do deltoide direito (13x4,5));
VOLUME: 0,1ml
DOSE / REFORÇO: dose única o mais precocemente possível, preferencialmente nas
primeiras 12 horas após o nascimento, ainda na maternidade. Na rotina, a vacina pode ser
administrada em crianças até 4 anos, 11 meses e 29 dias. No caso de contato intradomiciliar
de paciente com diagnóstico de hanseníase que não apresenta sinais e sintomas,
independentemente de ser paucibacilar (PB) ou multibacilar (MB),

- Reações:
Pápula, nódulo, pústula, crosta, úlcera e cicatriz;
Notas: • A lesão vacinal evolui da seguinte forma: • após a administração, de 3 a 4 semanas,
surge um nódulo (caroço) no local; • entre 4 a 5 semanas, o nódulo evolui para uma pústula
(ferida com pus); • em seguida, evolui para uma úlcera (ferida aberta) de 4 a 10 mm de
diâmetro; e • entre 6 a 12 semanas, finalmente, forma-se uma crosta (ferida com casca em
processo de cicatrização).

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CONTRAINDICAÇÕES:
Criança infectada pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH) que apresentam sintomas da
doença. Recomenda-se adiar a vacinação em recém-nascidos com peso inferior a 2000g e
em presença de afecções dermatológicas em atividades; usuários a partir dos 5 anos de
idade portadores de HIV, mesmo que assintomáticos e sem sinais de imunodeficiência

RECOMENDAÇÕES:
Não aparecendo em 12 meses, retornar ao posto. Não colocar a mão na ferida;
Evitar piscina e praia;
Para crianças que foram vacinadas com a vacina BCG e que não apresentem cicatriz
vacinal após 6 meses, revacine-as apenas uma vez, mesmo que não apresentem cicatriz
novamente.

ANTI- HEPATITE B

PREVENÇÃO CONTRA:
Hepatite B

COMPOSIÇÃO:
Recombinação genética do DNA viral;

APRESENTAÇÃO:
Forma líquida;
Frascos com 10 doses;

CONSERVAÇÃO:
2º a 8ºC
VIA / LOCAL / AGULHA:
Intramuscular
Em usuário portador de discrasia sanguínea (por exemplo: hemofílico), a vacina pode ser
administrada por via subcutânea.
Vasto lateral da coxa direita: até 30 dias de vida (20x5,5) ;
Região Deltóide direito: maiores de 2 anos (25x7 ou 30x7);

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PROCESSO SAÚDE DOENÇA

VOLUME: 0,5ml (O volume da vacina hepatite B (recombinante) monovalente a ser


administrado é de 0,5 mL até os 19 anos de idade e 1 mL a partir dos 20 anos).

DOSE / REFORÇO: Adulto:


1ª Dose – na ida a USB
2ª Dose – 30 dias após
3ª Dose – 180 dias após a 1ª dose.
Não há reforço.

Recém-nascidos devem receber a primeira dose (vacina monovalente) nas primeiras 24


horas de vida, preferencialmente nas primeiras 12 horas, ainda na maternidade ou na
primeira visita ao serviço de saúde, até 30 dias de vida.

Nota: Em recém-nascidos de mães portadoras da hepatite B, administre a vacina e a


imunoglobulina humana anti-hepatite B preferencialmente nas primeiras 12 horas, podendo
a imunoglobulina ser administrada no máximo até 7 dias de vida.

REAÇÕES:
Dor local (48 – 72 h), mal estar, cefaleia, febre, fadiga;

CONTRAINDICAÇÕES:
A única contra indicação é o relato, muito raro, de reação anafilática seguindo-se à aplicação
de dose anterior, que ocorre nos primeiros 30 minutos até duas horas pós- vacinação;

RECOMENDAÇÕES:
Colocar compressa fria 3x ao dia por 10 minutos;

VIP (Vacina Inativada Poliomielite)

PREVENÇÃO CONTRA:
Poliomielite (paralisia infantil);
COMPOSIÇÃO:
Vírus vivos inativados;

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A vacina inativada poliomielite (VIP) foi desenvolv ida em 1955 pelo Dr. Jonas Salk.
Também chamado de "vacina Salk", a VIP é constituíd a por cepas inativadas (mortas) dos
três tipos (1, 2 e 3) de poliovírus e produz anticorpos contra todos eles.

APRESENTAÇÃO:
Forma líquida;
Frasco com 10 doses;

CONSERVAÇÃO:
2º a 8ºC

VIA / LOCAL / AGULHA:


Intramuscular;
A via subcutânea também pode ser usada, mas em situações especiais (casos de discrasias
sanguíneas)
Vasto lateral da coxa direita;
VOLUME: 0,5ml
DOSE: 2, 4 e 6 meses;

Criança filha de mãe HIV positivo deve receber o esquema básico e também os reforços
com a vaci- na VIP, mesmo antes da definição diagnóstica.

VOP (Vacina Oral Poliomielite)

PREVENÇÃO CONTRA:
Poliomielite (paralisia infantil);

COMPOSIÇÃO:
Vírus vivos atenuados.

APRESENTAÇÃO:
Forma líquida;
Bisnaga com 20 doses;

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CONSERVAÇÃO:
2º a 8º C
Nível Estadual e Nacional: -20ºC;

VIA / LOCAL:
Via oral
Volume: 02 gotas

DOSE / REFORÇO: 1º Reforço: 15ºmês de vida;


2º Reforço: 4 anos de vida;
REAÇÕES:
Não são comuns
CONTRAINDICAÇÕES:
Apenas as estabelecidas nas contraindicações gerais para vacinas de vírus vivos
atenuados. Na rotina, recomenda-se adiar a sua aplicação em presença de diarreia grave ou
vômitos intensos;
ROTAVÍRUS

PREVENÇÃO CONTRA:
Infecções gastrointestinais;

COMPOSIÇÃO:
Vírus vivos atenuados

APRESENTAÇÃO:
Forma líquida;
Frasco com 01 dose.
CONSERVAÇÃO:
2º a 8ºC

VIA / LOCAL / AGULHA:


Via oral
VOLUME: 1,5ml
DOSE / REFORÇO: 1ª dose – 2 meses, (1 mês e 15 dias até 3 meses e 15 dias);
2ª dose – 4 meses, (3 mês e 15 dias até 7 meses e 29 dias);

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Se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar após a vacinação ou se a vacina for administrada


fora das faixas etárias preconizadas, não repita a dose. Nestes casos, considere a dose
válida

REAÇÕES:
Reações alérgicas (raras)

CONTRAINDICAÇÕES:
Hipersensibilidade conhecida após a administração prévia ou a qualquer componente da
vacina; para crianças que tenham histórico de invaginação intestinal ou com malformação
congênita não corrigida do trato gastrointestinal

RECOMENDAÇÕES:
Intervalo entre as doses de quatro semanas;

PENTAVALENTE

PREVENÇÃO CONTRA:
Difteria, Tétano, Coqueluche, Haemophilus influenzae B, Hepatite B.

COMPOSIÇÃO:
DTP: Tox. Tetânico e diftérico com pertussis inativo
HIB: polissacarídeo capsular purificado de Híb;
DNA do vírus de Hepatite B;

APRESENTAÇÃO:
Forma líquida;
Frasco de 01 dose;
CONSERVAÇÃO:
2º a 8ºC

VIA / LOCAL / AGULHA:


Intramuscular
Vasto lateral da coxa esquerda (20x5,5)
Volume: 0,5ml
DOSE / REFORÇO: 1ª dose – 2 meses

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2ª dose – 4 meses
3ª dose – 6 meses
REAÇÕES:
Dor, eritema, edema, rubor;
CONTRA INDICAÇÕES:
Hipersensibilidade conhecida após a administração prévia ou a qualquer componente da
vacina; Convulsão nas primeiras 72 horas após a administração da vacina; Episódio
hipotônico-hiporresponsivo nas primeiras 48 horas após a administração da vacina;
Encefalopatia aguda grave depois de sete dias após a administração de dose anterior da
vacina.
RECOMENDAÇÕES:
Colocar compressas fria 3 x ao dia por 10 minutos;

DTP (TRÍPLICE BACTERIANA)

PREVENÇÃO CONTRA:
Difteria, tétano, coqueluche

COMPOSIÇÃO:
Toxóide tetânico e diftérico com pertussis inativo;

APRESENTAÇÃO:
Forma líquida;
Frascos com 10 doses;

VIA / LOCAL / AGULHA:


Intramuscular
Vasto lateral da coxa esquerda (20x5.5)
Região Deltóide esquerdo (25x7 ou 30x7);
VOLUME: 0,5ml
DOSE / REFORÇO: 1º - 15º mês de vida;
2º - reforço de 4 a 6 anos;
REAÇÕES:
Dor e febre

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CONTRA INDICAÇÕES ESPECÍFICAS:


A aplicação da vacina DTP é contraindicada à crianças com doenças neurológicas em
atividade e às que tenham apresentado, após a dose anterior, algum dos seguintes eventos:
convulsão nas primeiras 72 horas;
Encefalopatia nos primeiros 7 dias; nas primeiras 48 horas; reações anafiláticas que corre
nos primeiros após a vacinação; Episódio hipotônico-hiporresponsivo nas primeiras 48 horas
após a administração da vacina.

RECOMENDAÇÕES:
Colocar compressas fria 3 x ao dia por 10 minutos

ANTIPNEUMOCÓCIA 10 – VALENTE (VPC 10)

PREVENÇÃO:
Doenças invasivas e otite média agudas causada por estreptococos pneumoniae: 1, 4, 5,
6b, 7f, 9v, 14, 18c, 19f, 23f; (Pneumonia. Otite, Meningite e outras doenças causadas pelo
pneumococo)

COMPOSIÇÃO:
Bactérias inativadas

APRESENTAÇÃO:
Frasco de dose única

VIA / LOCAL :
Intramuscular
Vasto lateral da coxa direito;
VOLUME: 0,5ml
DOSE / REFORÇO: 1ª dose: 2 meses
2ª dose: 4 meses
Reforço: 12 meses

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ANTIMENINGOCÓCICA C

PREVENÇÃO CONTRA:
Neisseria meningitidis C

COMPOSIÇÃO:
Bactérias inativadas

APRESENTAÇÃO:
Embalagem com dois frascos: um diluente e um liófilo;

VIA / LOCAL:
Intramuscular
Vasto lateral coxa esquerdo
Volume: 0,5ml
DOSE / REFORÇO: 1 ª dose – 3 meses
2ª dose – 5 meses
Reforço: 12 meses

HEPATITE A

PREVENÇÃO CONTRA:
Hepatite A

COMPOSIÇÃO:
Vírus inteiro e inativo

APRESENTAÇÃO:
Forma líquida
Frascos dose única
CONSERVAÇÃO:
2º a 8º C

VIA / LOCAL / AGULHA:


Intramuscular

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Vasto lateral da coxa direita (20x5.5)


VOLUME: 0.5ml
DOSE: 15 meses (dose única)

TRÍPLICE VIRAL

PREVENÇÃO CONTRA:
Sarampo, Caxumba e Rubéola

COMPOSIÇÃO:
Vírus vivos atenuados

APRESENTAÇÃO:
Forma liofilizada
Frascos com 10 doses

CONSERVAÇÃO:
Nível local: 2º a 8ºC
Níveis estadual e nacional: -20ºC

VIA / LOCAL / AGULHA:


Subcutânea Deltóide direito (13x4,5)
VOLUME: 0,5ml
DOSE: 12 meses

REAÇÕES:
Dor, febre, erupção e cutânea

CONTRAINDICAÇÃO específica:
Em caso de gravidez e orientar as mulheres em idade fértil para evitar a gravidez nos
próximos 30 dias, após a vacinação;

RECOMENDAÇÕES: colocar compressa fria 3x ao dia por 10 dias;

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TETRA VIRAL

PREVENÇÃO CONTRA:
Sarampo, Caxumba, Rubéola e Varicela

COMPOSIÇÃO:
Vírus vivos atenuados
APRESENTAÇÃO:
Forma liofilizada
Frascos de dose única
CONSERVAÇÃO:
Nível local: 2º a 8ºC
Níveis estadual e nacional: -20ºC

VIA / LOCAL / AGULHA:


Subcutânea
Região Deltóide Direito (13x4,5)
VOLUME: 0,5ml
DOSE: 15 meses
HPV QUADRIVALENTE

PREVENÇÃO CONTRA:
Câncer do colo do útero e câncer da região genital masculina (vírus HPV 6, 11, 16, 18)

COMPOSIÇÃO:
Vírus vivos atenuados

APRESENTAÇÃO:
Forma líquida
Frascos de dose única

CONSERVAÇÃO:
Nível local: 2º a 8ºC

VIA / LOCAL /AGULHA:

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Intramuscular
Região Deltóide esquerdo (13x4,5)
VOLUME: 0,5ml
DOSE / REFORÇO: 1ª dose – na ida a UBS
2ª dose – 180 dias a 1ª dose ( 6 meses)

OBS: Meninas 1ª dose de 9 a 14 anos e 2ª dose intervalo de 6 meses após a 1ª dose


até sem limite de idade.
Meninos 1ª dose de 11 a 14 anos e 2ª dose intervalo de 6 meses após a 1ª dose
até sem limite de idade.

DT (ANTI-TETENICA)

PREVENÇÃO CONTRA:
Difteria e Tétano

COMPOSIÇÃO:
Toxóide tetânico e diftérico

APRESENTAÇÃO:
Forma líquida
Frasco com 10 doses

CONSERVAÇÃO:
2º a 8ºC
VIA / LOCAL / AGULHA:
Intramuscular
Região Deltóide esquerdo (25x7 ou 30x7);
VOLUME: 0,5ml
DOSE / REFORÇO: aplicar somente em maiores de 7 anos de idade
Reforço de 10 em 10 anos;

REAÇÕES: Dor, febril, nódulo e edema

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CONTRAINDICAÇÕES:
As únicas contra indicações são um relato muito raro de reação anafilática seguindo se
aplicação de dose anterior que ocorre nos primeiros trinta minutos até duas horas pós
vacinação, síndrome de Guilhain Barré e neuropatia periférica.

RECOMENDAÇÕES:
Colocar compressas fria 3x ao dia por 10 minutos;

DTPa (VACINAÇÃO DE GESTANTES)

PREVENÇÃO CONTRA:
Difteria, Tétano (acidental , neonatal) e Coqueluche (dTpa)

COMPOSIÇÃO:
Toxóide tetânico e Diftérico e Pertussis (acelular)

APRESENTAÇÃO:
Forma líquida
Frasco de dose única

CONSERVAÇÃO:
2º a 8º C

VIA / LOCAL / AGULHA:


Intramuscular
Região Deltóide esquerdo (25x7 ou 30x7);
VOLUME: 0,5ml
DOSE: aplicar uma dose entre a 20ª e 36ª semana de gestação.
REFORÇO: A cada gestação aplicar uma dose.

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VACINA FEBRE AMARELA (ATENUADA) (FA

PREVENÇÃO CONTRA:
Febre amarela

COMPOSIÇÃO:
Vírus vivos atenuados

APRESENTAÇÃO:
Forma liofilizada
Frasco com 5 doses

CONSERVAÇÃO:
Nível local: 2º a 8ºC

VIA / LOCAL / AGULHA:


Subcutânea
Região Deltóide esquerdo
VOLUME: 0,5ml
( a partir dos 9 meses)

REAÇÕES:
Não há reações

CONTRAINDICAÇÕES ESPECÍFICAS:
__As estabelecidas nas contra indicações gerais para as vacinas de vírus vivos atenuados;
__Antecedente de anafilaxia após a ingestão de ovo de galinha;
__Reações graves seguindo-se à aplicação de dose anterior;
__Crianças menores de 6 meses de idade.
__Pacientes com imunossupressão grave de qualquer natureza:
__Gestantes. A administração deve ser analisada caso a caso na vigência de surtos.

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ANTI-RÁBICA

PREVENÇÃO CONTRA:
Raiva humana

COMPOSIÇÃO:
Vírus inativados

APRESENTAÇÃO:
Forma liofilizada
Frasco com 01 dose

CONSERVAÇÃO:
2ºa 8º C
VIA / LOCAL / AGULHA:
Intramuscular
Região Deltóide direita profunda ou vasto lateral da coxa direita (25x7 ou 30x7)
VOLUME: 0,5ml

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DOSE:

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REAÇÕES:
Não há reações

CONTRAINDICAÇÕES:
Hipersensibilidade conhecida após a administração prévia ou a qualquer componente da
vacina.

RECOMENDAÇÕES:
Não há recomendações

REDE DE FRIO

A Rede de Frio refere-se a estrutura tecnico-administrativa (normatizacao,


planejamento,avaliacao e financiamento) direcionada para a manutencao adequada da
Cadeia de Frio. Esta, por sua vez, representa o processo logistico (recebimento,
armazenamento, distribuicao e transporte) da Rede de Frio. A sala de vacinacao e a
instancia final da Rede de Frio, onde os procedimentos de vacinacao propriamente ditos sao
executados mediante acoes de rotina, campanhas e outras estrategias.Na sala de
vacinacao, todas as vacinas devem ser armazenadas entre +2oC e +8oC, sendo ideal
+5oC.

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CÂMARAS REFRIGERADA PARA ARMAZENAMENTO DE IMUNOBIOLÓGICO

Atualmente, dadas a evolucao tecnologica, as novas oportunidades de mercado, as


necessidades de qualificacao e a otimizacao dos processos da cadeia de frio, equipamentos
especificos sao recomendados para armazenar imunobiologicos.

Neste sentido, os refrigeradores de uso domestico, projetados para a conservacao


de alimentos e produtos que nao demandam precisao no ajuste da temperatura, nao sao
mais indicados para o armazenamento e conservacao dos imunobiologicos.

Realizar a manutenção periódica, preditiva e preventiva, é fundamental para garantir


os requisitos de segurança, desempenho e funcionalidade do equipamento, ampliando sua
vida útil e assegurando a conservação dos imunobiológicos. Nesse sentido, algumas
recomendações são importantes:

__Checar a temperatura e registrar diariamente No mapa de registro para controle de


temperatura, no mínimo duas vezes ao dia, no início e ao final da jornada de trabalho.

__Certificar se,a cada abertura Da porta, se o fechamento foi realizado adequadamente.

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__Estabelecer rotina diária Para verificação do perfeito funcionamento Dos equipamentos de


refrigeração (fechamento da porta, funcionamento dos alarmes, alimentação elétrica, entre
outros), ao final do expediente
.
__Limpar mensalmente, Ou conforme o uso, As superfícies internas Das câmaras,
Segundo orientação do fabricante. Realizar o remanejamento dos produtos armazenados
antes do procedimento
.
__Realizar os procedimentos De limpeza com estoque reduzido, Preferencialmente no início
da semana, para que o usuário possa monitorar ao longo da semana o funcionamento pleno
e adequado do equipamento de refrigeração. NÃO REALIZAR a limpeza do equipamento
na véspera de feriado prolongado ou ao final da jornada de trabalho

__Preservar uma área livre aproximada de 15 cm em torno do equipamento

__Verificar e registrar a temperatura em intervalos de 2 horas por sete dias, NO CASO DE


EQUIPAMENTOS NOVOS OU SUBMETIDOS A MANUTENCAO.

__Ajustar o alarme visual e sonoro da câmara refrigerada para imunobiológico, mínimo de


+3oC e máximo de +7oC para possibilitar a adocao de condutas apropriadas.

__CALIBRAR PERIODICAMENTE E/OU MEDIANTE INTERVENÇÃO, por laboratório


credenciado à RBC–INMETRO.

AS CÂMARAS REFRIGERADAS SÃO DOTADAS DE INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO DA


TEMPERATURA E DISPOSITIVOS DE ALARME, NÃO HAVENDO A NECESSIDADE DE
INSTALAR NENHUM DELES.

REFRIGERADOR DE USO DOMÉSTICO:

Por não atender aos critérios de segurança e qualidade, o refrigerador de uso


doméstico não é mais recomendado para o armazenamento de imunobiológicos. As
instâncias que ainda utilizam tais equipamentos devem proceder, no menor prazo possível,
a substituição gradativa por câmaras refrigeradas cadastradas pela Anvisa. Enquanto se
utilizar os refrigeradores domésticos, MEDIDAS DE SEGURANÇA devem ser adotadas

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UTILIZAÇÃO EXCLUSIVA PARA IMUNOBIOLÓGICOS.

__Utilizar capacidade máxima de 50% Da capacidade total De armazenamento (confirmara


indicação no manual anterior).

__Identificar a localização Do evaporador ou Da entrada de Ar refrigerado no Interior da


câmara (é variável de acordo com marca/modelo), NÃO POSICIONAR os frascos de
imunobiológicos nas proximidades deste(s) ponto(s). Essas regiões sofrem variações
de temperatura e, eventualmente, podem submeter os insumos à temperatura negativa,
comprometendo as características certificadas pelo laboratório produtor.

__NÃO ARMAZENAR imunobiológicos No compartimento inferior (local da gaveta) desses


equipamentos domésticos.

__Estabelecer rotina De manuseio das vacinas armazenadas, Evitando abertura freqüente


Das portas, no máximo duas vezes ao dia.

__Utilizar termômetro De momento, máxima E mínima Ou data loggers para


monitoramento e controle da temperatura dos equipamentos, CALIBRADOS
PERIODICAMENTE.

__No caso de utilização do termômetro digital, posicionar o sensor OUT do cabo extensor
no ponto mais central da câmara interna (altura x profundidade) sem contato com os
produtos ou partes do equipamento. NÃO COLOCAR O SENSOR DENTRO DE FRASCOS,
COM OU SEM LÍQUIDO.

__Realizar leitura diária da temperatura e registrar, ao iniciar a rotina (antes da


primeira abertura da porta do refrigerador) e ao final do expediente (após o último
fechamento da porta).

__Organizar bobinas reutilizáveis no congelador e garrafas de Água com corante (azul


demetileno, anil e violeta genciana) no compartimento inferior para formar massa térmica,
para promover a recuperação mais rápida da temperatura.

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__Estabelecer procedimento da qualidade para análise diária e semanal das temperaturas


registra das no mapa de controle de temperatura para acompanhamento e constatação de
flutuações que possam submeter o imunobiológico às situações críticas.

__Implantar rotina para verificação do fechamento Das portas dos equipamentos de


refrigeração ao final do expediente.

__Realizar procedimentos de manutenção periódica preditiva, preventiva e corretiva

ORGANIZAÇÃO DOS IMUNOBIOLÓGICOS NO REFRIGERADOR

Nos refrigeradores domesticos, os imunobiologicos devem ser organizados por tipo


(viral ou bacteriano) e acondicionados nas 2a e 3a prateleiras, colocando-se na frente os
produtos com prazo de validade mais curto para que sejam utilizados antes dos demais.

__Nao acondicione imunobiologicos na 1a prateleira nem no compartimento inferior (gaveta)


desses equipamentos.

__Coloque garrafas preenchidas com agua misturada a um corante (azul de metileno, anil,
violeta de genciana) na gaveta da parte de baixo do refrigerador, ocupando todo o espaco.

LIMPEZA DO REFRIGERADOR DOMÉSTICO

__A limpeza do refrigerador deve ser feita a cada 15 dias ou quando a camada de gelo do
congelador atingir 0,5 cm. Antes de proceder a limpeza propriamente dita, adote as
seguintes providencias:

__Prepare as caixas termicas para acondicionar os imunobiologicos que estao no


refrigerador.

__Espere o tempo necessario (mais ou menos 30 minutos) ate que o ambiente interno da
caixa termica esteja na temperatura recomendada, ou seja, entre +2oC a +8oC (o ideal e
+5oC).

__Transfira os imunobiologicos para a caixa termica apos a ambientacao, vedando-a com


fita adesiva larga.

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__Registre no formulario de controle de temperatura o horario de desligamento do


refrigerador.
__Desligue a tomada e abra as portas do refrigerador e do congelador.

__Espere ate que todo o gelo aderido se desprenda das paredes do congelador sem utilizar
faca ou outro objeto pontiagudo para a remocao do gelo.

__Nao mexa no termostato para nao alterar o padrao de temperatura.

__Limpe as areas externa e interna do refrigerador usando um pano umedecido em solucao


de agua com sabao neutro ou sabao de coco

BOBINA REUTILIZÁVEL

As bobinas reutilizáveis são recipientes constituídos de material plástico (geralmente


polietileno), contendo gel à base de celulose vegetal em concentração não tóxica e
água (bobina reutilizável de gel) ou apenas água (bobina reutilizável de água).
As preenchidas por água apresentam a vantagem adicional da possibilidade do
esvaziamento do conteúdo interno, quando de tampa rosqueada, sendo recomendadas
para o transporte em localidades de difícil acesso, pois diminuem o peso do material. As
bobinas disponíveis no mercado possuem diferentes designs, dimensões e capacidades
(litro), selecionadas conforme necessidades específicas, por exemplo, tamanho da caixa
térmica.
Independente da atividade a que se destina a utilização das bobinas reutilizáveis, o usuário
DEVE –SE CERTIFICAR DA TEMPERATURA ANTES DE PROCEDER A

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ORGANIZAÇÃO DA CAIXA
TÉRMICA, já que os diferentes conteúdos de preenchimento das bobinas possuem pontos
de congelamento distintos. Neste sentido, é de extrema importância o monitoramento da
temperatura Durante a ambientação com termômetro calibrado.

CUIDADOS COM A BOBINA REUTILIZÁVEL

__Caso o material plástico seja danificado, deixando vazar seu conteúdo, no total ou em
parte,a bobina deverá ser desprezada.

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__NUNCA USAR ÁGUA COM SAL OU OUTRA SUBSTÂNCIA para completar o volume
das bobinas. Quando se adiciona sal à água, baixa-se o ponto de congelamento podendo
submeter os imunobiológicos, em armazenamento, à temperatura negativa.

__Ao serem retiradas das caixas térmicas, as bobinas deverão ser lavadas, enxugadas e
congeladas.

__Todas as instâncias de armazenamento e distribuição de imunobiológicos deverão


possuir bobinas congeladas em quantidade necessária às suas atividades.

__Verificar periodicamente o PRAZO DE VALIDADE das bobinas à base de celulose


vegetal.

__Certificar que estas não apresentam depósitos ou resíduos no interior, O que


representaria a contaminação do produto. Caso isto ocorra, desprezar imediatamente

AMBIENTAÇÃO DAS BOBINAS REUTILIZÁVEIS

A ambientação precede o acondicionamento de imunobiológicos em caixas térmicas,


cuja temperatura de conservação está fixada na faixa entre +2ºC e +8ºC, para o
transporte ou uso nas atividades de vacinação.

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O intervalo de tempo para ambientação das bobinas está diretamente relacionado ao


material construtivo da superfície onde serão dispostas, bem como a temperatura do
ambiente. Orienta-se o seguinte procedimento:
Retirar as bobinas reutilizáveis do freezer
.
__Colocá-las sobre uma mesa, pia ou bancada, até que desapareça a “névoa” que
normalmente cobre a superfície externa da bobina congelada.

__Simultaneamente colocar sob uma das bobinas o sensor de um termômetro de cabo


extensor, para indicação da temperatura mínima de 0 oC.

__Após o desaparecimento da “névoa” e a confirmação da temperatura


(aproximadamente+1oC), por meio do termômetro de cabo extensor, colocá-las nas
caixas,. Concomitantemente, recomenda-se mensurar a temperatura interna da caixa por
meio de termômetro de cabo extensor, antes de colocar as vacinas em seu interior

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O PNI recomenda a substituicao das caixas termicas de poliestireno expandido,


utilizadas nas atividades de rotina e extramuros, por caixas de poliuretano, devido a
sua resistencia, durabilidade e facilidade de higienizacao.

ORGANIZAÇÃO DAS CAIXAS TÉRMICAS DE USO DIÁRIO

Na sala de vacinacao, recomenda-se o uso de caixa termica de poliuretano com


capacidade mínima de 12 litros.
__Colocar as bobinas reutilizáveis ambientadas (0oC) nas laterais internas da caixa.
__Posicionar o sensor do termômetro no centro da caixa, monitorando a temperatura até
atingir o minimo de +1oC.
__Acomodar os imunobiológicos no centro da caixa em recipiente plástico para melhor
organização e identificacao.
__IMPRESCINDÍVEL O MONITORAMENTO CONTÍNUO DA TEMPERATURA.
__Trocar as bobinas reutilizáveis sempre que necessário.
__Manter a caixa térmica fora do alcance da luz solar direta e distante de fontes de
calor.
__Retornar as bobinas para congelamento.
__Lavar e secar cuidadosamente as caixas, mantendo-as abertas até que estejam
completamente secas.
__Guardá-las abertas e em local ventilado.

ORIENTAÇÕES PARA ORGANIZAÇÃO DAS CAIXAS PARA ATIVIDADES


EXTRAMUROS

__É indispensável caracterizar a população para definir a quantidade de vacinas a serem


transportadas e o numero de caixas termicas e de bobinas reutilizaveis.
__Recomenda-se que sejam utilizadas, no mínimo três caixas, uma para o estoque de
vacinas, uma para bobinas e outra para as vacinas em uso.
__Na organização dessas caixas, seguir as mesmas orientações descritas no item sobre
organização de caixa para transporte.

PLANO DE CONTINGÊNCIA ( ANTIGA SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA )

Os equipamentos de refrigeração podem deixar de funcionar por vários motivos.


Assim, para evitar a perda dos imunobiológicos, é necessário dispor de recursos

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estratégicos que orientem medidas de prevenção e controle do risco associado à ocorrência


deste tipo de evento. Neste sentido, orienta-se a elaboração de Planos de Contingência:

__Havendo interrupção no fornecimento de energia elétrica, manter o equipamento fechado


E monitorar, rigorosamente, a temperatura interna.

__Se NÃO houver o restabelecimento da energia, ou quando a temperatura estiver próxima


a+7oC, proceder imediatamente a transferência dos imunobiológicos para outro
equipamento com temperatura recomendada (refrigerador ou caixa térmica).

__O mesmo procedimento deve ser adotado em situação de falha do equipamento.

__O serviço de Saúde deverá dispor de bobinas reutilizáveis congeladas para serem usadas
no acondicionamento dos imunobiológicos em caixas térmicas.

__Nas situações de emergência, é necessário que a unidade comunique a ocorrência à


instância superior imediata para as devidas providências.

TRATAMENTO DOS RESÍDUOS RESULTANTES DE ATIVIDADES DE VACINAÇÃO

Diariamente sao gerados dois tipos de residuos na sala de vacinacao:

__Residuos infectantes, classificados como residuos do Grupo A1, que contem na sua
formulação micro-organismos vivos ou atenuados, incluindo frascos de vacinas com prazo
de validade expirado, vazios ou com sobras de vacinas e, ainda, agulhas e seringas
utilizadas.

__Residuos comuns, tambem classificados como residuos do Grupo D, que sao


caracterizados por nao apresentarem risco biologico, quimico ou radiologico a saude ou ao
meio ambiente, podendo ser equiparados aos residuos domiciliares (papel, embalagens de
seringas e agulhas).

E responsabilidade do trabalhador da sala de vacinacao realizar a segregacao, o


acondicionamento e a identificacao de tais residuos. O referido profissional tambem e
responsavel pelo tratamento dos residuos nos servicos de saude onde nao esteja disponivel
a Central de Material e Esterilizacao (CME).

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IMPORTANTE!!!!!

A inativação dos resíduos infectantes ocorre por autoclavagem, durante 15


minutos, a uma temperatura entre 121°C e 127°C. Após a autoclavagem, tais resíduos
podem ser acondicionados segundo a classificação do Grupo D e desprezados com o
lixo hospitalar.

LIMPEZA DA SALA DE VACINAÇÃO

__Limpeza concorrente (diaria): deve ser realizada pelo menos duas vezes ao dia em
horarios preestabelecidos ou sempre que ela for necessária.

__A limpeza terminal: e mais completa e inclui todas as superficies horizontais e verticais,
internas e externas da sala e dos equipamentos. A limpeza terminal da sala de vacinacao
deve ser realizada a cada 15 dias.

ESPECIFICIDADES DA SALA DE VACINAÇÃO

A sala de vacinacao e classificada como area semicritica. Deve ser destinada


exclusivamente a administracao dos imunobiologicos, devendo-se considerar os diversos
calendarios de vacinacao existentes.
__Sala com area minima de 6 m2. Contudo, recomenda-se uma area media a partir de 9
m2 para a adequada disposicao dos equipamentos e dos mobiliarios e o fluxo de
movimentacao em condicoes ideais para a realizacao das atividades

CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO

IDADE VACINAS DOSES DOEÇAS

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EVITADAS
BCG ÚNICA Formas graves de
tuberculose
AO NASCER
HEPATITE B 1ª DOSE Hepatite B
Difteria, tétano,
coqueluche, hepatite B,
PENTAVALENTE meningite e outras
(DTP + HB + Hib) infecções causadas pelo
(CONJUGADA Haemophilus influenzae
(instrução Normativa da tipo b.
Portaria nº 1498/2013)
2 MESES
VIP Poliomielite (paralisia
1ª DOSE
( inativada infantil)
poliomielite)
PORTARIA Nº 149,
2015)
Doenças invasivas e otite
PNEUMOCÓCICA média aguda causadas por
10 Streptococcus pneumoniae
(VALENTE) sorotipos 1, 4, 5, 6B, 7F,
9V, 14, 18C, 19F e 23F.
VORH Diarreia por Rotavírus
( ORAL DE
ROTAVÍRUS
HUMANO)
MENINGOCÓCICA Doenças invasivas causadas
C 1ª DOSE por Neisseria meningitidis do
3 MESES (conjugada) sorogrupo C.
Difteria, tétano,
coqueluche, hepatite B,
PENTAVALENTE meningite e outras
(DTP + HB + Hib) infecções causadas pelo
(CONJUGADA Haemophilus influenzae
tipo b.
Poliomielite (paralisia
VIP infantil)
( inativada
4 MESES poliomielite) 2ª DOSE
PORTARIA Nº 149,
2015)
Doenças invasivas e otite
PNEUMOCÓCICA média aguda causadas por
10 Streptococcus pneumoniae
(VALENTE) sorotipos 1, 4, 5, 6B, 7F,
9V, 14, 18C, 19F e 23F.
VORH
( ORAL DE Diarreia por Rotavírus
ROTAVÍRUS
HUMANO)
(introduzida em 2006)

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MENINGOCÓCICA Doenças invasivas causadas


C 2ª DOSE por Neisseria meningitidis do
5 MESES (conjugada) sorogrupo C.

PENTAVALENTE Difteria, tétano,


(DTP + HB + Hib) coqueluche, hepatite B,
(CONJUGADA) meningite e outras
infecções causadas pelo
6 MESES Haemophilus influenzae
3ª DOSE tipo b.
VIP Poliomielite (paralisia
( inativada infantil)
poliomielite)
PORTARIA Nº 149,
2015)
FEBRE AMARELA
(viajantes para área DOSE ÚNICA Febre amarela
9 MESES com recomendação (12/04/2017)
de vacinação)
TRÍPLICE VIRAL DOSE ÚNICA Sarampo, caxumba e rubéola
(SCR)
Doenças invasivas causadas
MENINGOCÓCICA por Neisseria meningitidis do
sorogrupo C.
C
(conjugada)
PORTARIA Nº 149,
2015) REFORÇO
12 MESES (REFORÇO ATÉ 4
ANOS)
PNEUMOCÓCICA Doenças invasivas e otite
10 média aguda causadas por
(VALENTE) Streptococcus pneumoniae
sorotipos 1, 4, 5, 6B, 7F,
9V, 14, 18C, 19F e 23F.
DTP Difteria, tétano e coqueluche
(tríplice bacteriana).
VOP 1ª REFORÇO Poliomielite (paralisia infantil)
(oral poliomielite)
PORTARIA Nº 149,
2015)
HEPATITE A Hepatite A
15 MESES (introduzida em 2014)
(PORTARIA Nº 149, DOSE ÚNICA
2015)
(idade máxima Sarampo, caxumba, rubéola e
TETRAVIRAL para varicela varicela.
(ANTES IDADE ATÉ 2 ANOS)
(SCRV) passar ser : 4 (AGORA 4 ANOS 11 MESES E 29 DIAS)
(desde 2013) anos, 11 meses e
29 dia)
(Portaria GM/MS 1498, de

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19 de julho de 2013)

DTP Difteria, tétano e coqueluche


(tríplice bacteriana).
VOP 2ª REFORÇO
4 ANOS (oral poliomielite) Poliomielite (paralisia infantil)
PORTARIA Nº 149,
2015)
VARICELA DOSE ÚNICA VARICELA
(atenuada) 4 até 6 anos de
idade

CALENDÁRIO DE IMUNIZAÇÃO DO ADOLESCENTE

IDADE VACINAS DOSES DOENÇAS


EVITADAS
3 DOSES
HEPATITE B (0,1 E 6 Hepatite B
Meses)
(A DEPENDER DA
SITUAÇÃO
VACINAL)

DE 10 A 19 ANOS FEBRE AMARELA DOSE ÚNICA


(viajantes para área com (A DEPENDER DA Febre amarela
SITUAÇÃO
recomendação de VACINAL)
vacinação)
TRÍPLICE VIRAL 2 DOSES Sarampo,
(SCR) (até 29 anos) caxumba e rubéola
A DEPENDER DA
SITUAÇÃO
VACINAL)
dT 3 DOSES
(DUPLA ADULTO) (A DEPENDER DA Difteria e tétano
SITUAÇÃO
VACINAL)
MENINOS Prevenir os
( 11 A 14 ANOS) HPV 2 DOSES cânceres de pênis,
2018 (quadrivalente) (0-6 MESES) ânus, garganta e
Fonte:CGPNI/DEVIT/SVS/MS (introduzida em 2014) verrugas genitais
(2018)

Redução da
MENINAS HPV incidência do
(09 A 14 ANOS) (quadrivalente) 2 DOSES câncer de colo de
Fonte:CGPNI/DEVIT/SVS/MS (introduzida em 2014) (0-6 MESES) útero e vulva nas
(2018) mulheres, já que
os homens são
responsáveis pela
transmissão do

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vírus para suas


parceiras
REFORÇO A vacinação de
MENINOS E OU DOSE adolescentes
ÚNICA proporciona
MENINAS (ANTES O proteção direta
11 a 14 anos REFORÇO desses grupos
(ANO 2018) MENINGOCÓCICA C ERA ATÉ 2 etários. Também
(14 anos, 11 meses e 29 (conjugada) ANOS AGORA estende a proteção
dias)
http://portalarquivos2.saude.gov
É ATÉ 4 a indivíduos não
.br/images/pdf/2018/marco/14/I ANOS) vacinados (efeito
nforme-T--cnico-HPV- rebanho).
MENINGITE.pdf

HOMENS E Pessoas com o


MULHERES DE 9 A 3 DOSES sistema imune
26 ANOS , VIVENDO HPV (com intervalo comprometido são
(quadrivalente) de 0, 2 e 6 mais suscetíveis a
COM HIV/AIDS
meses) problemas graves
(meninos e meninas)
Fonte:CGPNI/DEVIT/SVS/MS de saúde.
(2018)

PESSOAS COM Pessoas com o


BAIXA IMUNIDADE, 3 DOSES sistema imune
HOMENS E comprometido são
HPV com intervalo mais suscetíveis a
MULHERES DE 9 A
(quadrivalente) de 0, 2 e 6 problemas graves
26 ANOS meses) de saúde.
(TRANSPLANTADO
DE ÓRGÃOS
SÓLIDOS, DE
MEDULA ÓSSEA OU
PACIENTES
ONCOLÓGICOS)
Fonte:CGPNI/DEVIT/SVS/MS
(2018)

http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/28/Nota-Informativa-384-
Calendario-Nacional-de-Vacinacao-2017.pdf (pesquisado em 03/04/2018)

CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO ADULTO

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10
0
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VACINAS DOSES DOENÇAS


EVITADAS
HEPATITE B 3 DOSES
(A DEPENDER DA Hepatite B
SITUAÇÃO VACINAL)
FEBRE AMARELA DOSE ÚNICA
(viajantes para área com (A DEPENDER DA Febre amarela
SITUAÇÃO VACINAL)
recomendação de
vacinação)
20 a 59 1 DOSES Manter a
anos (de 30 anos até 49 eliminação do
TRÍPLICE VIRAL anos) sarampo, rubéola e
(SCR) síndrome da
rubéola congênita,
além de diminuir
número de casos
de caxumba e
coqueluche.
3 DOSES OU
dT REFORÇO A CADA Difteria e tétano
(DUPLA ADULTO) 10 ANOS
(A DEPENDER DA
SITUAÇÃO VACINAL)
http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/28/Nota-Informativa-
384-Calendario-Nacional-de-Vacinacao-2017.pdf(pesquisado em 03/04/2018)
CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DO IDOSO
3 DOSES OU
dT REFORÇO A CADA Difteria e tétano
(DUPLA ADULTO) 10 ANOS
(A DEPENDER DA
SITUAÇÃO VACINAL)

IDOSOS
(60 ANOS OU
3 DOSES
MAIS) HEPATITE B (A DEPENDER DA Hepatite B
SITUAÇÃO VACINAL)

FEBRE AMARELA DOSE ÚNICA


(viajantes para área (A DEPENDER DA Febre amarela
SITUAÇÃO VACINAL)
com recomendação de (ATENTAR PARA A
vacinação) IDADE SOMENTE COM
INDICAÇÃO MÉDICA)

CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DA GESTANTE

VACINAS DOSES DOENÇAS


EVITADAS

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10
1
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PROCESSO SAÚDE DOENÇA

HEPATITE B 3 DOSES
(A DEPENDER DA SITUAÇÃO Hepatite B
VACINAL)
3 DOSES
dT (A DEPENDER DA SITUAÇÃO Difteria e tétano
VACINAL)
(DUPLA ADULTO)

dTpa 1 DOSE após a 20º dTpa Gestantes:


(Difteria, tétano e semana de gestação aumentar a
Coqueluche acelular) sendo uma dose a oportunidade de
GESTANTE (introduzida em 2014) cada gestação ou no imunização das
puerpério (até 45 gestantes, visando
ANTES: dias após o parto) passagem de
1 dose a cada anticorpos ao bebê
gestação entre a 27ª para proteção da
e a 36ª semana coqueluche
dTpa para
mulheres no
puerpério: evitar
que a mãe possa
transmitir a
coqueluche para o
recém nascido
http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/28/Nota-Informativa-
384-Calendario-Nacional-de-Vacinacao-2017.pdf(pesquisado em 03/04/2018)

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

___Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de


Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de Normas e Procedimentos para
Vacinação ;Brasília-DF. 2014.

__Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de


Vigilância Epidemiológica. Manual de rede de frio ,4. ed. – Brasília, DF;2014.

___Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-Geral de


Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância em Saúde : volume 1
, 1. ed. atual. – Brasília DF. 2017

___Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-Geral de


Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância em Saúde : volume 2,
1. ed. atual. – Brasília DF. 2017

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2
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PROCESSO SAÚDE DOENÇA

___Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-Geral de


Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância em Saúde : volume 3,
1. ed. atual. – Brasília DF. 2017

___Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-Geral de


Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância em Saúde: volume 4,
1. ed. atual. – Brasília DF. 2017

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