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Estudo da Eletrosfera

Modelo Atômico de Rutherford-Bohr

Segundo Rutherford o átomo era apenas divido em núcleo e eletrosfera.

O núcleo consiste numa região extremamente pequena e densa do átomo sendo sua carga
positiva devido à presença dos prótons. A eletrosfera é a região externa ao núcleo, onde
encontramos os elétrons orbitando, segundo Rutherford, em qualquer posição possível.

Bohr, considerando a natureza quântica da matéria, consegue observar que a eletrosfera estava
dividida em camadas ou níveis de energia.

Ao total temos sete camadas ou sete níveis de energia, sendo que cada uma possui um
número máximo de elétrons permitidos:

À medida que nos afastamos do núcleo, ou seja, nos caminhamos para camadas mais externas,
a quantidade de energia aumenta. Sendo assim, a camada Q (nível 7) possui mais energia em
relação à camada K (nível 1) da eletrosfera.

Além dos níveis de energia, a eletrosfera também possui subdivisões, chamadas neste caso de
subníveis de energia:

Modo de organização dos elétrons ao redor do núcleo


Distribuição eletrônica ou configuração eletrônica corresponde ao modo como os elétrons estão
organizados ao redor do núcleo do átomo, ocupando as sete camadas eletrônicas (K, L, M, N, O, P e Q) e
relacionando-se com as linhas horizontais da tabela periódica (1 a 7) que estudaremos mais tarde. 
Considerando estas observações, o bioquímico Linus Pauling propôs a criação de um diagrama
onde se observa uma sequência crescente de energia na distribuição dos elétrons da eletrosfera
de um átomo.

Diagrama de Linus Pauling

Utilizando as diagonais, podemos obter a sequência abaixo:


1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d
10 5p6 6s2 4f14 5d10 6p6 7s2 5f14 6d10

Exemplos
 
 

Observe que na distribuição do escândio (Sc) o 4º nível aparece no meio do 3º nível quando
seguimos o diagrama de Linus Pauling.

Podemos fazer a distribuição considerando a sequência dos níveis e assim chamamos de


distribuição em ordem geométrica ou ordem de distância:

Camada de Valência

A camada de valência é a última camada ocupada por elétrons. Ela pode ser identificada pelo
MAIOR nível energético presente na distribuição eletrônica de um átomo:

Exemplo:

Subnível mais energético


O subnível mais energético é identificado pelo último subnível escrito numa distribuição eletrônica
de um átomo.

Exemplo:
 

Distribuição Eletrônica - Para Íons

Para fazer a distribuição eletrônica de um íon devemos lembrar que:


Íons são resultado da perda ou ganho de elétrons pelo átomo.
PERDA: cátions (+)
GANHO: ânions (-)

CÁTION: deve-se seguir dois passos para fazer a distribuição eletrônica de cátions:
1 – Fazer a distribuição do átomo neutro correspondente
2 – Retirar os elétrons necessários sempre da camada de valência
EXEMPLO:

11 Na+1:
Na(Z = 11): 1s2 2s2 2p6 3s1
2 – Retira-se agora 1e- para tornar-se Na +, da camada de valência (3º camada (n=3)).
Na+: 1s2 2s2 2p6

ÂNIONS: segue os mesmos passos do cátion, sendo que ao invés de retirar elétrons da camada de
valência, se adiciona.
Exemplo:

16 S2-
Lembrando-se neste caso, que para formar um ânion bivalente, foi preciso GANHAR dois
elétrons. Para se fazer a distribuição.
Primeiro sempre se faz a do átomo neutro( P=E), ou seja, P=16 e É=16

16 S: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p4


Agora, basta colocar 2e- na camada de valência (n=3). Como o subnível 3s está cheio (número
máximo de elétrons no s é 2), coloca-se no 3p, ficando assim:

16 S2-: 1s2 2s2 2p6 3s23p6

Observe que P= 16 e É=18, pois em íons P≠E, como estudamos anteriormente.


Uma maneira mais fácil de lembrar como distribuir os elétrons em um subnível segue abaixo:
Para cada subnível deve-se preencher todos os orbitais, primeiro os elétrons com um só spin;
depois que completar todos os orbitais, deve-se voltar para o primeiro orbital e continuar o
preenchimento com o outro spin

REGRAS PARA DISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA


Quando todos os elétrons de um átomo estiverem nas posições de menor energia permitida,
teremos uma configuração eletrônica normal ou fundamental.

Para conseguir a configuração eletrônica fundamental de um átomo, observe as seguintes regras:

1) descubra, através do número atômico, quantos elétrons o átomo possui;


2) distribua os elétrons segundo a ordem crescente de energia dos subníveis;
3) preencha um subnível somente depois que os anteriores estiverem completos;
4) obedeça sempre às regras de Pauli e Hund.

Esse caminho, chamado por alguns cientistas Método de Aufbau, mostra o estado fundamental
de um átomo isolado. Nessas condições, o átomo teria a menor energia permitida e, portanto, a
maior estabilidade possível no estado isolado, isto é, sem estar ligado a um outro átomo.

Veja as distribuições eletrônicas fundamentais de alguns átomos:


1 H — 1s1 Um elétron no subnível s do 1º nível.
2 He — 1s2 Dois elétrons no subnível s do 1º nível.
3 Li — 1s2 2S1 Dois elétrons no subnível s do 1º nível e um elétron no subnível s do 2º nível.
EXEMPLO:
Para o potássio:

Em átomos maiores, podemos reagrupar os subníveis para efetuar a contagem de elétrons em cada nível.
DISTRIBUIÇÕES ELETRÔNICAS ANORMAIS
Vários átomos não seguem rigorosamente as regras de distribuição eletrônica. Dentre os mais
importantes,
Isso parece dever-se ao fato de que subníveis completos ou semipreenchidos conferem maior
estabilidade ao átomo.

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