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NOVOS MIGRANTES DO E PARA O BRASIL:


UM BALANÇO DA PRODUÇÃO BIBLIOGRÁFICA1

Gláucia de Oliveira Assis2


Elisa Massae Sasaki3

Imigração e emigração no Brasil neste final de século

O Brasil vivencia neste final de século dois momentos de uma mesma experiência. O país, que
até meados do século XX atraiu milhares de imigrantes, foi surpreendido nos anos 80 por uma
significativa emigração de brasileiros para o estrangeiro e também por um novo fluxo de coreanos,
bolivianos e outros latinos para o Brasil – os novos migrantes internacionais do e para o Brasil. Este
artigo pretende apresentar, através de um amplo levantamento bibliográfico, como a produção acadêmica
buscou compreender e explicar esse duplo movimento. Nesses dois movimentos vive-se o encantamento e
desencantamento com a sociedade de recepção, o encontro com a alteridade, as dificuldades de inserção
no mercado de trabalho, a condição de migrante temporário, a discriminação, as múltiplas relações entre a
sociedade de destino e a de emigração.
Esses novos migrantes constituem os movimentos de população que ocorrem no final de século
XX no Brasil, delimitando o presente artigo aos últimos vinte anos. É importante salientar que os novos
migrantes do e para o Brasil referem-se a um movimento de trabalhadores migrantes, ou seja trata-se de
uma migração voluntária, o que significa que não trabalharemos com os refugiados no Brasil4 .
O objetivo desse trabalho, e também o seu desafio, é mapear a produção bibliográfica sobre
imigração e emigração no Brasil recente, da forma mais completa possível. Ao reunirmos a bibliografia
havia diferentes alternativas de organizarmos o artigo - por fluxos (Brasil-América do Norte; Brasil–
Japão; Brasil-Europa; Brasil-Mercosul; Imigrantes para o Brasil); por temas e cronologicamente. A
medida que fomos realizando o levantamento bibliográfico, constatamos que embora as pesquisas

1
Esse texto (de autoria de duas orientandas) foi publicado pela CNPD (Comissão Nacional de População
e Desenvolvimento - Migrações Internacionais - Contribuições para Políticas, Brasília, CNPD, 2001
(615-669).
Na minha apresentação no GT Migrações Internacionais da ANPOCS, pretendo apresentar em
linhas gerais e dentro de uma análise crítica os principais pontos abordados no artigo, atualizando a
bibliografia apresentada e inserindo-a no contexto de discussão teórica atual das migrações internacionais.
2
Professora do Centro Ciências da Educação, FAED, UDESC; Doutoranda em Ciências Sociais, IFCH,
UNICAMP; participante da equipe do projeto “Redes sociais nas migrações internacionais”, no Núcleo de
Estudos de População – NEPO, UNICAMP, coordenado pela Dra. Teresa Sales.
3
Doutoranda em Ciências Sociais, IFCH, UNICAMP; participante da equipe do projeto “Redes sociais
nas migrações internacionais”, no Núcleo de Estudos de População – NEPO, UNICAMP, coordenado
pela Dra. Teresa Sales.
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abarcassem temas diferentes, sempre se reportavam aos locais de destino dos migrantes. Diante dessa
observação, o artigo procurou contemplar o desenvolvimento dos fluxos migratórios ao longo do tempo,
adotando portanto, o critério cronológico para apresentar a produção encontrada.
As pesquisas começaram seguindo o percurso dos próprios fluxos migratórios. Quando as
notícias de brasileiros barrados no exterior ou dos imigrantes clandestinos no país começaram a aparecer
na imprensa, duas questões gerais instigavam os pesquisadores: “quem são os brasileiros emigrantes?’, “o
Brasil ainda atrai imigrantes, quem seriam?”. Esses foram os temas das primeiras pesquisas.
Este artigo está dividido nos seguintes tópicos: o primeiro apresentaremos o percurso da pesquisa
bibliográfica, informando sobre acervos, bibliotecas, centro de documentação, revistas, seminários e sites
consultados, que fornecem um quadro da produção no Brasil. No segundo tópico, realizaremos uma breve
análise das imagens do Brasil Migrante. Essa análise percorreu os textos que comentaram as notícias na
imprensa nacional e nos jornais estrangeiros, sobre a emigração e imigração no Brasil recente. Esse
retrato do “Brasil Migrante” nos remete às primeiras pesquisas que passamos a apresentar. Nos itens
subsequentes, traçaremos um panorama do Brasil emigrante que trata dos trabalhadores emigrantes
brasileiros para a América do Norte, o Japão e a Europa. Após abordarmos sobre a emigração de
brasileiros, passamos então a esboçar um quadro dos novos imigrantes para o Brasil, tais como os latino-
americanos e coreanos e, num último tópico, trataremos da migração fronteiriça no Cone Sul. Dentro do
universo bibliográfico levantado, embora isso não signifique termos esgotado todas as produções
bibliográficas existentes, procuramos traçar um balanço da produção sobre o Brasil migrante.

Metodologia de levantamento das informações

Um levantamento da produção bibliográfica sobre emigração e imigração no Brasil recente é


uma tarefa necessária e complexa. Como trata-se de um fenômeno contemporâneo, muitas pesquisas
ainda estão em andamento, relatórios de pesquisa e outros trabalhos ainda não foram publicados, o que
dificulta o acesso aos mesmos. Nesse sentido, embora as pesquisas tenham começado no final da década
de 80 e início de 90, os resultados e a divulgação das mesmas apareceram em meados da década de 90. A
produção aqui referenciada é basicamente da área de ciências sociais – embora a produção bibliográfica
no exterior seja citada, este artigo limitar-se-á aos textos e livros publicados na língua portuguesa. Outras
bibliografias sobre os dekasseguis (trabalhadores nikkeis no Japão) encontram-se em japonês, sendo
citadas neste texto, mas não trabalharemos com as mesmas, pois escapam ao objetivo desse trabalho.
Um balanço da produção demonstra que essa se caracteriza basicamente por artigos em
periódicos, teses e livros que começaram a ser publicados sobretudo a partir de 1995 no Brasil. A
produção está dispersa em alguns centros acadêmicos5, destacando-se dentre estes a UNICAMP, onde há

4
Sobre regufiados no Brasil ver Melesi e Moroni (1998); Ribeiro (1998), Seminário “Acolhimento aos
refugiados”, UERJ (1998), ver no anexo sobre seminários.
5
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Universidade de São Paulo (USP), Universidade
Católica de São Paulo (PUC-SP), Universidade Nacional de Brasília (UnB), Universidade Federal de
Santa Catarina (UFSC), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
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o maior número de teses e/ou dissertações que abordam a temática da migração internacional recente. Por
ser uma bibliografia espalhada em vários centros de pesquisa, o acesso às teses e dissertações tornou-se
muito lento. Entretanto, o que dificultou a localização das obras, em muitos casos, foi a forma como
estavam indexadas. Por exemplo: muitas delas não estão catalogadas como “emigrantes brasileiros”, ou
“trabalhadores emigrantes”, no caso da emigração; no caso dos nipo-brasileiros, muitas vezes apareciam
como “identidade étnica” e não sob o próprio termo “dekassegui”; e, no caso dos imigrantes para o Brasil,
encontramos mais referências sobre as imigrações históricas do que as imigrações recentes.
Ao iniciarmos o levantamento, percebemos que várias publicações são papers apresentados em
congressos anuais de associações acadêmicas6. No início dos anos 90, os trabalhos apresentados sobre
migração internacional aparecem como temas associados a outras discussões como globalização,
nacionalismo, identidade, etnicidade, regionalismo – não fazendo parte de nenhum grupo específico de
discussão que tomasse a e/imigração brasileira recente como um problema sociológico. A partir dos
meados dos anos 90, emergem mesas redondas e grupos de trabalhos específicos sobre a migração
internacional e o tema é também tratado em seminários ou simpósios realizados em outras instituições7.
Desses eventos, cerca de 70% foram realizados na segunda metade da década de 90, o que sinaliza o
amadurecimento das pesquisas, assim como a continuidade e a maior visibilidade do fluxo migratório
internacional do e para o Brasil.
Os grupos de trabalho específicos de migração internacional foram criados nos fóruns da
ANPOCS, da ABEP e do CNPD, por exemplo. Observando-se ainda, uma tendência dos eventos
começarem a preocupar-se em discutir políticas migratórias. O primeiro seminário que tratou
especificamente das migrações internacionais foi resultado do Programa Interinstitucional de Avaliação e
Acompanhamento das Migrações Internacionais no Brasil8, realizado em 1994 e 1995, representando a
institucionalização das questões relativas à migração internacional contemporânea no Brasil.
Posteriormente, foram realizados outros eventos sobre essa temática, tais como o I Simpósio Internacional
sobre a Emigração Brasileira, organizado pelo CEMI/UNICAMP e Casa do Brasil, em Lisboa em 1997; o
Seminário Internacional ‘Políticas Migratórias’, realizado no IDESP em 2000, promovido pelo GT de
migração da ANPOCS e o seminário que realizar-se-á em dezembro de 2000, pelo CNPD. Num primeiro
momento, as pesquisas buscavam responder às perguntas como: quem são, quantos são, de onde vem e
para onde vão. Embora nem todas essas perguntas tenham sido respondidas, pois as pesquisas continuam
acontecendo e os fluxos também, o que se percebe é que se ampliaram e se complexificaram as questões
abordadas pelos eventos.

6
Congressos da Associação Nacional de Pós Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS),
Associação Brasileira de Antropologia (ABA), Associação Brasileira de Estudos Populacionais (ABEP) e
Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Uma relação das mesas redondas e outros
eventos sobre o tema segue em anexo.
7
Núcleo de Estudos de População (NEPO), Instituto de Estudos Econômicos, Políticos e Sociais de São
Paulo (IDESP), Universidade do Vale do Rio Doce (UNIVALE – MG), Sociedade Brasileira de
Pesquisadores Nikkeis (SBPN); Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa (SBCJ); Associações Latino-
Americanos, grupos de trabalhos que discutem Mercosul etc.
8
coordenado por Neide Patarra, com o apoio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) / Fundo de
População das Nações Unidas (FNUAP), em conjunto com Núcleo de Economia Social, Urbana e
Regional (NESUR) e Núcleo de Estudos de População (NEPO), ambos da UNICAMP.
4

As mesas redondas e os grupos de trabalho trazem o passado e o presente das migrações


internacionais no Brasil. Os temas enfocaram procedimentos metodológicos, relatos de pesquisa e
trajetórias dos e/imigrantes. Os trabalhos descrevem os imigrantes brasileiros para os EUA, Japão, Europa
e Canadá, enfatizando mais a emigração que os imigrantes recentes para o Brasil, como os latino-
americanos e os coreanos em São Paulo.
O trabalho de pesquisa bibliográfica foi realizado em vários centros de pesquisa9, bibliotecas
universitárias, sites10 e CD-ROMs11. De maneira geral, pudemos constatar nessa pesquisa que a produção
sobre esse tema está concentrada no Centro-Sul do país. Ao compararmos com a produção sobre a
migração da virada do século XIX para XX, notamos que o recente fluxo da população brasileira, bem
como as recentes imigrações para o Brasil, tem uma produção relativamente pequena. Como é um
fenômeno contemporâneo, em processo, a produção bibliográfica indica que as pesquisas também estão
em andamento, acompanhando a dinâmica desses fluxos.

As imagens do Brasil migrante: as primeiras publicações

As imagens e notícias, muitas vezes dramáticas, sobre os migrantes internacionais nesta virada
para o século XXI, revelaram o crescimento das migrações, demonstrando diferentes facetas desse
fenômeno. As imagens de albaneses chegando em barcos na Itália, de vietnamitas à deriva no mar da
China, de chineses viajando em porões de navios para os EUA, de imigrantes ilegais atravessando a
fronteira dos EUA com o México, indicaram um “Planeta em Movimento”12. Essas imagens revelaram
também um novo fluxo da população brasileira – a emigração de brasileiros para o exterior. As primeiras

9
O Centro de Estudos Migratórios (CEM - Federação dos CEMs J. B. Scalabrini, SP) possui um amplo
acervo de teses, artigos apresentados em seminários e congressos sobre migração, com destaque aos que
se referem a população latino-americana, além de publicar quadrimestralmente ‘Travessia – Revista do
Migrante’). Centro de Estudos de Migração Internacional (CEMI, IFCH, UNICAMP) conta com um
acervo atualizado sobre migração internacional histórica e contemporânea que se encontra na biblioteca
do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH, UNICAMP). No NEPO, UNICAMP, concentram-se
dados da área de demografia e estudos populacionais, documentos e relatórios de pesquisa e de
conferências. No Centro Brasileiro de Documentação e Estudos da Bacia do Prata (CEDEP, IFCH,
UFRGS) encontramos um banco de dados sobre o processo de integração, particularmente o Mercosul, as
relações internacionais dos países platinos e demais países da América Latina).
10
As bibliotecas da UNICAMP; USP; UNESP; UnB; IPPUR / UFRJ; CEM / Depto. de Geografia /
UERJ; Museu Nacional; UFSC; Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT);
Prossiga (CNPq); Web of Science; CEDEPLAR/UFMG, foram consultadas por internet.
11
Os CD-ROMs Consultados foram: UNIBIBLI (reúne livros e teses das três universidades paulistas, a
saber USP, UNESP e UNICAMP); SOCIOFILE (Sociological Abstract, que reúne teses e artigos de cerca
de 2500 periódicos do mundo inteiro, indexados e em geral com resumos. Observamos que os resumos
das teses e as dissertações brasileiras sobre as migrações internacionais de brasileiros não estão
indexadas); Fundação Japão (catálogo de pesquisadores (1998) e CD-ROM (1998), resultado de um
levantamento bibliográfico realizado junto às principais bibliotecas paulistas, sobre temas que se referem
ao Japão e japoneses).
12
“Planeta em Movimento”, tema do caderno especial “World Mídia” da Folha de São Paulo, 18, 29 e 20
de julho de 1991.
5

notícias retratavam as histórias dos emigrantes brasileiros que, em meados dos anos 80, foram deportados
por tentarem entrar ilegalmente nos EUA.
No artigo, Retrato do Brasil Migrante, Sales (1994) realizou um levantamento de notícias da
imprensa sobre emigração de brasileiros, no período 1983-1995 analisando como a imprensa brasileira
tem noticiado o fenômeno, bem como a presença desses imigrantes no exterior. A partir dessa análise, a
autora traçou um retrato do Brasil Migrante na imprensa. Segundo a autora, os temas abordados pela
imprensa escrita apontavam para uma sinalização negativa desses novos fluxos migratórios, pois se
referiam de maneira geral à clandestinidade, à criminalidade e à discriminação.
Neste ponto autora contrapõe a imagem negativa da imprensa brasileira com a imprensa
americana destacando matérias de um importante jornal de Boston – “Boston Globe”- no qual os
imigrantes brasileiros, particularmente os que se concentram em Malborough e Framingham são
retratados como bons trabalhadores e empreendedores e que formam uma comunidade coesa, embora não
seja politicamente ativa seria uma comunidade coesa.
Embora Sales destaque esta boa imagem do imigrante brasileiro nos EUA, aponta também para
outras imagens não tão receptivas dos migrantes. São as noticias que associam os migrantes ilegais com a
criminalidade: roubo, contrabando de armas, assassinato e estupro ou que revelam o aumento dos
conflitos entre brasileiros e americanos. Estas imagens associadas à imagem negativa do Brasil no
exterior - devido a violência urbana, o assassinato de crianças, o assassinato de líderes rurais na
Amazônia - contribuiriam para a discriminação do migrante. Outros fatores de discriminação seriam: as
medidas de segurança para impedir a entrada de imigrantes ilegais e o fato de ser imigrante clandestino e
sentir-se inferior aos americanos ou a outros grupos de imigrantes mais antigos.
Para Sales, portanto, o retrato do Brasil Migrante na imprensa, embora revele algumas ilhas de
sucesso, revela um Brasil clandestino, do trabalho ilegal, da criminalidade e da discriminação.
Assis (1995) analisando algumas noticias que saíram na imprensa sobre Governador Valadares,
observa que a imprensa nacional inicialmente enfocou a emigração de brasileiros como fenômeno
exótico, pois o país não tinha tradição de emigração. As notícias relatavam as aventuras e desventuras de
brasileiros nos EUA. As reportagens enfatizavam as estratégias de migração, as deportações, os relatos
das viagens clandestinas, o sucesso daqueles que chegaram na “América”, construindo representações
sobre os emigrantes. Dessa forma, as matérias da imprensa não apenas revelaram o fenômeno, mas
também ajudaram a construí-lo, destacando-se nesse cenário os relatos e imagens produzidos sobre a
cidade de Governador Valadares (MG), como ponto de partida desse movimento. Tais imagens
evidenciavam-se nos títulos das reportagens: “Brasileiro tem a fama de exportar conflitos sociais”;
“Aventureiros sobrevivem do subemprego nos EUA”; “Filhos aventureiros são o orgulho da cidade “O
sonho americano”; “A invasão de brasileiros”; “Uma corrida aos dólares – Joaquim Jackson Araújo é um
dos 40 mil valadarenses que perseguem o Eldorado nos EUA”13. Estas reportagens trazem informações
imprecisas sobre o número de emigrantes, a localização da cidade e suas características econômicas, as

13
World Mídia, Folha de São Paulo, 18 a 20.08.1991; Diário Catarinense (16.05.1993); Diário
Catarinense (16.05.1993); Zero Hora (16.05.93), Isto É (MG), respectivamente.
6

relações com os EUA e, segundo os valadarenses, criavam uma visão distorcida e discriminatória da
cidade.
Silva Filho (1994:16-17) publicou, numa revista de circulação em Governador Valadares e
região, um artigo que expressa a indignação dos habitantes da cidade com a imprensa nacional. No texto
“Abobrinhas, insultos e barrigadas” Silva Filho critica a grande imprensa e as imagens que os textos
construíram de Governador Valadares. O autor demonstra que através de informações incorretas, que
buscavam identificar a presença da cultura americana na cidade, bem como explicar a emigração para os
EUA, criaram-se imagens sobre a cidade e os valadarenses que contribuíram para o preconceito em
relação à mesma.
Segundo Soares (1997), num levantamento preliminar das noticias veiculadas nos jornais e
revistas de maior circulação no país sobre a migração de brasileiros para os exterior, chama atenção a
saída de cirurgiões dentistas para Portugal que, por se tratar de mão-de-obra qualificada, tal migração,
embora não seja numericamente expressiva, torna-se notícia, escândalo público, até mesmo “uma pedra
no sapato” na diplomacia entre os dois países. A autora demonstra, a partir de várias reportagens, como os
brasileiros se dirigiram a Portugal, as dificuldades, os preconceitos que enfrentam na comunidade irmã, os
posicionamentos tanto do governo brasileiro quanto do governo português.
Feldman-Bianco (1999) realiza uma cronologia dos conflitos diplomáticos entre Brasil e
Portugal a partir das notícias veiculadas pela imprensa. Segundo essa autora, as notícias mediatizam o
conflito causado entre as diplomacias por ocasião da deportação de 11 brasileiros detidos e submetidos a
maus tratos no aeroporto de Lisboa em 1993. No decorrer do artigo, a autora demonstra como as
manchetes nos jornais brasileiros contribuíram, em alguns momentos, para acirrar os conflitos quando
veicula através de suas reportagens os preconceitos e estereótipos sobre os brasileiros em Portugal, e vice-
versa, provocando a reação não só da diplomacia, mas também das associações de portugueses no Brasil,
que passam a temer as retaliações aqui. Manchetes dos principais jornais brasileiros sobre esses conflitos
alardeavam: “Ilegais enfrentam preconceito e subemprego: brasileiros ‘blefam’ para entrar em Portugal e
vêem o país como porta de ‘Entrada Fácil’ na Europa”. Para a autora a mídia também ajuda a exacerbar (e
intermediar) a produção destes estereótipos.
O encarte de “Migrações Internacionais Herança XX Agenda XXI” (1996) apresenta dados, fatos
e flashes, enfatizando a problemática da migração internacional, a partir de notícias veiculadas na
imprensa sobre emigrantes brasileiros para os EUA, Japão, Mercosul e sobre a imigração para o Brasil
(particularmente, coreanos e bolivianos).
Sasaki (1998) apresenta um conjunto de notícias veiculadas por uma imprensa que emergiu e que
tem como público alvo os brasileiros no Japão. A ênfase dessas matérias é na construção da imagem dos
emigrantes como bons trabalhadores e na discriminação que sofrem por serem estrangeiros14.
A forma como a imprensa trata os imigrantes recentes para o Brasil não foi discutida em nenhum
artigo específico, assim localizamos apenas algumas reportagens sobre a vida desses os imigrantes. Essas
reportagens sobre os imigrantes recentes para o Brasil revelam, em grande parte, a situação de

14
Ver revistas “Japão Aqui”; “Made in Japan”, jornais “Notícias do Japão”, “Nova Visão”, “Jornal Nipo-
Brasileiro”, “JornaL Tudo Bem”, “Nikkey”, “Jornal Nippak”, “Jornal Paulista”, “São Paulo Shinbun”,
dentre outros.
7

clandestinidade e o preconceito com que os imigrantes, principalmente os latino-americanos, são


recebidos no Brasil e apontam para os problemas que esses migrantes enfrentam no Brasil15 como as
dificuldades de acesso a serviços como a escola para seus filhos.
Se, por um lado, as reportagens criaram imagens muitas vezes estereotipadas da migração e dos
migrantes, por outro, revelaram este novo fenômeno da população brasileira antes que a academia e as
políticas públicas percebessem o mesmo. As imagens dos emigrantes que surgem na imprensa vieram se
modificando nos últimos anos com o estabelecimento de um fluxo contínuo e o surgimento de novos
pontos de partida de emigração. Este breve comentário aponta para essas imagens que foram o ponto de
partida dos estudos acadêmicos.
Os exóticos e/imigrantes das primeiras reportagens foram revelados pelos estudos acadêmicos
que se realizaram ao longo dos anos 90. Diante desta novidade, a emigração de brasileiros para o exterior,
nos perguntamos: “quem são estes emigrantes?”, “por que deixaram o país?”. Os artigos publicados em
anais de congressos, revistas especializadas e livros contribuíram para tornar esse tema, que era tratado
com curiosidade, em problema de pesquisa. Assim no final dos anos 80 surgem os primeiros trabalhos
publicados.
As revistas brasileiras que inicialmente publicaram artigos sobre os brasileiros no circuito da
migração internacional foram a Revista Travessia e a Revista Brasileira de Estudos Populacionais da
ABEP.
A revista “Travessia”, organizada pelo Centro de Estudos Migratórios (CEM), publica artigos de
pesquisadores e estudiosos que analisam a realidade em que o migrante está envolvido, num enfoque
interdisciplinar. Uma de suas características é a preocupação em atingir diferentes públicos, sendo uma
ponte entre a produção acadêmica e movimentos sociais que lidam com e/imigrantes. Até o início dos
anos 90, as publicações retratavam diferentes aspectos das migrações internas e regionais. Em 1991 foi
publicado um primeiro número sobre “Estrangeiros”, que representou uma ampliação das temáticas para
o tratamento de diferentes aspectos das migrações internacionais e dos e/imigrantes do e para o Brasil.
Ao longo da década de noventa esta publicação continuou a contemplar temas relacionados aos
e/imigrantes nacionais e internacionais16, sendo uma importante fonte de consulta sobre essa temática.
A Revista Brasileira de Estudos Populacionais é um periódico acadêmico que tem um caráter
sócio-demográfico, apresentando trabalhos que discutem migração interna, regional, bem como vários
aspectos da população brasileira. A partir dos anos 90, passou a contemplar um novo movimento da
população brasileira, apresentando as discussões sobre migração internacional, os primeiros resultados
das pesquisas conduzidas sobre o tema e elaborando um volume especial sobre migração internacional,
em 1996.

15
“Clandestinos do Brasil” (Isto É, 2/09/1998); “O eldorado boliviano” (Veja, 25/08/1999); “Xenofobia
na América” (matéria especial, Caderno Geral do Jornal Zero Hora, 28/08/2994).
16
Estes temas foram abordados nas revistas: Imagens (n.17 – set. 1993); Identidades (n.19 – mai. 1994);
Emigração (n.21– jan. 1995); Retorno (n.22 – mai. 1995); Metrópole (n.23 – set. 1995); Deslocamentos
compulsórios (n. 25 – mai. 1996); Mulher Migrante (n.26 – set. 1996); Clandestinidade (n. 30 – jan. 98);
Festas (n. 31 – Mai. 1998); Mercosul (n. 33 – jan. 1999); Associações (n. 34 – mai-ago. 1999); Gerações
na Migração (n.35 – set./dez. 1999); Abdalmalek Sayad - Retorno: elemento constitutivo da condição do
imigrante (n. especial – Jan. 2000).
8

Esses artigos e publicações analisaram os novos movimentos da população brasileira buscando


mapear estes fluxos e compreender uma aparente inversão de nossa auto-imagem de país de imigração. O
que estas pesquisas começaram a se perguntar era como um país que, até metade desse século, construiu
uma imagem de país de imigração, a partir década de 80, experimentou um novo movimento: a emigração
de brasileiros para o exterior.

Panorama do Brasil Emigrante

A emigração de brasileiros tornou-se uma questão relevante quando o que era um movimento
esporádico para o exterior nos anos 70, transformou-se num fluxo migratório. Em meados da década de
80, fomos surpreendidos por notícias de vários turistas brasileiros “barrados” pelos Serviços de
Imigração, em aeroportos internacionais dos EUA e na Europa, pela suspeita de que poderiam vir a
engrossar os contingentes de imigrantes ilegais nesses países.
Na introdução do segundo seminário que discutiu este novo cenário – “Migrações Internacionais
– Herança século XX agenda XXI”, Patarra (1996:vii) inicia seu texto afirmando que a estimativa de “um
milhão de brasileiros vivendo no exterior” passou a simbolizar, para a imprensa e os meios de
comunicação, a relevância dos atuais e crescentes movimentos internacionais de trabalhadores que
caracterizam o mundo contemporâneo e que acabaram por envolver um país de forte tradição imigratória.
A autora ainda ressaltou que a primeira reação diante dessa constatação foi o orgulho nacional ferido; a
suposta inversão de tendências transformava a pátria acolhedora num país expulsor de seus filhos. Patarra
afirma que talvez seja excessivo falar de inversão de tendência ou, mais enfaticamente, que o país de
receptor tornou-se expulsor da população. O contexto atual de movimentos internacionais envolvendo o
país significou também, embora em menor escala, a entrada de novos contingentes estrangeiros. As
observações de Patarra (1996) nos remetem ao início do nosso mapeamento e à tentativa de delinear
como a literatura procurou discutir este duplo movimento de emigração e imigração para o Brasil.
Uma das características desse contingente é que grande parte do fluxo é de emigrantes ilegais,
excetuando-se os dekassegui, que são, em sua grande maioria, migrantes legais. Esta característica ilegal
do fluxo implica numa dificuldade de saber com precisão quantos são os brasileiros lá fora – os dados
divergem e apontam para números imprecisos.
Os primeiros dados indicavam que cerca de 1,25 milhões de brasileiros deixaram o país – e não
voltaram – entre 1985 e 198717. Patarra (1997) apresenta os dados do Ministério das Relações Exteriores,
coletados através de um levantamento nos órgãos consulares. A estimativa é de mais de 1,5 milhões de
brasileiros no exterior, assim distribuídos: 598.526 (38,36%) nos EUA, 460.846 (29,54%) no Paraguai e
201.139 (12,89%) no Japão. Segundo os dados oficiais do Ministério da Justiça do Japão (1994-1997), em
1997 havia 233 mil brasileiros residentes no país (Sasaki, 1999b). Carvalho (1996) a partir do censo
demográfico de 80 e 91, apresenta estimativas surpreendentes, uma vez que indicam que o Brasil teria

17
Dados da Polícia Federal, in Sales: 1994.
9

perdido, durante a última década – dependendo da estimativa – cerca de um milhão de pessoas (741 mil
homens e 302 mil mulheres de 10 ou mais anos de idade) ou dois milhões e meio de pessoas (1350 mil
homens e 1180 mil mulheres de 10 ou mais anos de idade) mediante os fluxos internacionais.

Os emigrantes brasileiros para América do Norte – EUA e Canadá

As primeiras tentativas de mapear e compreender este fluxo classificaram os emigrantes como


“exilados da crise” – uma alusão aos exilados políticos da década de 70 – que, para fugir da crise
econômica brasileira, estariam sendo “obrigados" a migrar.
Os primeiros artigos publicados enfatizavam a emigração como única saída para a crise
econômica que assolou o país na década de 80 – a chamada década perdida18. Os trabalhos procuravam
revelar quem eram os novos migrantes brasileiros no exterior, quais as motivações para migrar, quais os
principais locais de destino nos EUA e no Canadá e quais as cidades de origem no Brasil. A emigração é
analisada como resultado da crise econômica, centrando o estudo nas relações estabelecidas pelo
emigrante com a sociedade hospedeira, onde podemos situar os primeiros trabalhos de Margolis (1989,
1992), Bicalho (1989) Sales (1991, 1992), Goza (1992), Forjaz (1993).
Bicalho (1989) realizou o primeiro estudo sobre a vida de brasileiros imigrantes em Boston. O
trabalho não tem o objetivo de discutir com maior rigor teórico e metodológico o tema, o que é um dos
seus limites. A contribuição deste trabalho foi descrever como vivem esses migrantes brasileiros e
fornecer um perfil qualitativo sobre os emigrantes em Framingham. O autor priorizou em sua pesquisa o
estudo das motivações subjetivas presentes na decisão de migrar, apontando para o impacto da população
mineira sobre o conjunto dos emigrantes e, especificamente, os mineiros de Governador Valadares sendo
este um dos méritos desse trabalho.
As primeiras pesquisas de Margolis (1989) e Sales (1991) apontaram para o momento de
transformação dessa questão num problema de pesquisa. As referidas autoras realizaram as primeiras
pesquisas acadêmicas preocupadas em compreender e revelar as características desse novo movimento da
população brasileira.
Sales (1991; 1992) publicou os primeiros trabalhos acadêmicos no Brasil sobre os novos fluxos
da população brasileira. Os artigos apresentaram os dados de suas pesquisas em Boston e no Brasil e
traçaram uma caracterização desses migrantes. Apresentam, ainda, uma discussão teórica sobre a inserção
do Brasil nas migrações internacionais recentes, fornecendo dados sobre o ingresso dos migrantes no
mercado de trabalho americano, além de destacar a ausência de políticas governamentais para lidar como
problema naquele momento.

18
- Segundo Sales (1992:60), a emigração seria o fruto mais amargo de nossa década perdida -
denominação dada por economistas à década de 80, devido à queda dos indicadores econômicos - pois
entramos na economia mundial pela porta dos fundos, fornecendo trabalhadores imigrantes ilegais que
fugiam da crise econômica. Goza (1992) afirma que jamais se imaginara que um país que entre 1940-
1980 cresceu a taxa de 7% ao ano e o PIB real per capita aumentou em torno de 4% (Economist, 1991),
experimentaria um êxodo maciço para outros lugares.
10

Goza (1992) realizou um estudo comparativo entre a imigrantes brasileiros para o Canadá e os
Estados Unidos, realizando a pesquisa em três cidades: Toronto e Ontario, no Canadá, e uma comunidade
no Norte dos EUA. A partir de estudo socio-demográfico realizado nessas localidades e no Brasil, em
Governador Valadares (MG), o estudo procurou demonstrar as experiências de adaptação e ajuste de um
novo grupo de migrantes para a América do Norte. O autor delineou as causas desse movimento
internacional de mão-de-obra e de seu crescimento, associando o fluxo aos problemas econômicos
enfrentados no Brasil.
Castro (1992) analisa a migração de brasileiros com a de outros latinos para os EUA, inserindo-
os juntamente com os novos migrantes internacionais que fazem parte de um novo movimento do capital.
Aponta para a diferença entre os fluxos latinos e brasileiros, pois em grande parte são frações da classe
média que migram. Destaca ainda que as redes de apoio, amigos e parentes da mesma nacionalidade no
lugar do destino contribuem para a maior seletividade por classe da migração internacional.
Os artigos de Margolis (1989), Goza (1992), Sales (1991, 1992) apresentaram os primeiros
contornos da emigração de brasileiros. Os emigrantes são descritos como jovens de classe média que
emigram para trabalhar ilegalmente nos EUA colocando-se no mercado secundário americano. Estes
emigrantes teriam o projeto de migração temporária e apontavam como motivação para migrar a crise
econômica do país. Os autores destacaram ainda que associados aos chamados determinantes
macrossociais (a crise econômica e política) os migrantes apontavam também como motivação para
migrar um certo desencantamento com o país. Este desencantamento com a nação explicaria como foi se
construindo o projeto de migrar para "América", não só como projeto de mobilidade social, mas como
tentativa de “fugir” desse desencanto com a nação.
Margolis (1994) reuniu os resultados de suas pesquisas no livro – “The Little Brazil – imigrantes
brasileiros em New York”. Segundo esta autora, os brasileiros nos EUA constituem uma “comunidade
invisível” praticamente ignorada pelas autoridades americanas e caracterizada pelo fato de não se
preocupar, como os demais imigrantes, em formar comunidades. Para a autora uma das características que
poderiam explicar esta invisibilidade seria o fato da migração ser tratada pelos brasileiros como
temporária. Os brasileiros poderiam ainda ser caracterizados como uma minoria invisível por causa da
ignorância americana sobre o Brasil e sua etnicidade, isto gera uma confusão no momento de classificar
os brasileiros que são englobados na categoria "hispânico" , referente aos emigrantes da América Latina.
O fato dos brasileiros falarem português e historicamente não se identificarem como latinos, afirmando
sua distintividade cultural, faz com que recusem esta classificação e procurem afirmar que constituem
uma "raça" brasileira. Além de confundidos com os hispânicos, a "invisibilidade brasileira" pode ser
observada por não formarem, como outros grupos emigrantes, uma estrutura culturalmente distinta como
Chinatown ou Little Italy, acrescentando um novo ingrediente étnico na cidade.
A pesquisa de Margolis trouxe uma importante contribuição, pois retrata as primeiros
contingentes que migraram para New York, principalmente a partir de meados da década de 80. Este
recorte temporal permite observarmos que ao longo da década de 90 mudou sensivelmente a face da
comunidade brasileira nos EUA. Os trabalhos que se seguem apontam para a ampliação do tempo de
permanência nos Estados Unidos e para a configuração desses migrantes como grupo étnico o que irá
problematizar essa idéia de comunidade invisível.
11

A partir de 1995, as dissertações de mestrado também apresentam um quadro desses emigrantes


para os EUA. Os trabalhos de Assis (1995), Soares (1995), Scudeler (1999) e Fusco (2000) se propuseram
a analisar os contornos da Conexão EUA-Governador Valadares, apresentando diferentes aspectos e
momentos da migração de brasileiros para os EUA.
Assis (1995) analisou a emigração valadarense para os EUA através de uma pesquisa de natureza
qualitativa, que procurou reconstruir a trajetória através de suas narrativas. O objetivo geral foi
compreender como emigrantes vivenciam a experiência migratória e por que Governador Valadares
transformou-se no ponto de partida para os fluxos de migração para os EUA. Para tanto, as narrativas –
cartas, vídeos, fotos dos emigrantes - foram tomadas como ponto de partida para a análise que denominou
como subjetividade no processo migratório. Os dados que emergiram das cartas e entrevistas apontam
para a cultura migratória como uma explicação pertinente para a “conexão USA”, associada à rede de
relações estabelecida entre os dois lugares. Os dados também evidenciaram modificações nas relações
familiares e de gênero, sugerindo que o processo migratório rearticula essas relações. Desta forma, ao
reconstruir a trajetória do emigrante, através dos “relatos de intimidade”, o trabalho evidenciou que outros
fatores, juntamente com os fatores de ordem econômica, concorrem para a decisão de migrar e fazem a
história deste fluxo. O trabalho ainda analisa o fluxo de Governador Valadares no contexto das migrações
internacionais, procurando demonstrar as articulações possíveis com a discussão sobre transnacionalismo,
visto que na cidade se estabelecem múltiplas ligações entre a sociedade de emigração e a sociedade local.
Soares (1995) realizou uma pesquisa sobre a relação e articulação que se estabelece entre a
dinâmica de compra e venda de imóveis e a emigração de valadarenses para os EUA. A pesquisa tem
como foco a sociedade de onde parte o fluxo – Governador Valadares. O objetivo geral era demonstrar a
articulação entre os investimentos dos emigrantes e a segregação social do espaço urbano. Através desta
pesquisa tem-se o primeiro levantamento realizado na cidade para saber o número de valadarenses no
exterior e dos investimentos que fazem na cidade. Uma análise que também enfoca o impacto econômico
da emigração em Governador Valadares está presente em Coelho Jr. (1999).
Scudeler (1999) discutiu a presença dos valadarenses no mercado de trabalho americano. A
autora parte de duas hipóteses: a) que os migrantes recentes e de baixa qualificação se situam no mercado
de trabalho secundário, atuando como mão-de-obra complementar ao nativo; b) que os migrantes
inserem-se na base da estrutura ocupacional e têm pouca possibilidade de mudança ocupacional
ascendente (ou positiva), mesmo quando há muito anos nos EUA ou quando legalizados. A partir destas
hipóteses a autora analisa o debate sobre o funcionamento do mercado de trabalho americano entre os
teóricos da segmentação e a abordagem dos teóricos do capital humano, buscando retratar a participação
dos imigrantes brasileiros. Os dados sobre os imigrantes valadarenses são provenientes de um survey19
realizado em Governador Valadares em 1997. Para a autora, os migrantes valadarenses tem uma
possibilidade muito restrita de mobilidade ocupacional no mercado de trabalho americano.
Fusco (2000) discute as redes sociais partindo de Governador Valadares, cidade escolhida por
sua alta concentração de emigrantes. O trabalho, baseado em survey, demonstra a relevância das redes
para explicar porque esta cidade tornou-se nacionalmente conhecida como ponto de partida de

19
Projeto de Pesquisa – “Imigrantes brasileiros nos EUA – cidadania e identidade” – Coord. Professora
Teresa Sales. CNPq/NEPO
12

emigrantes, destacando ainda a importância das redes familiares, os diferenciais por sexo na utilização
das mesmas e a concentração de migrantes em lugares e nichos ocupacionais.
Nesse primeiro momento, os trabalhos expressaram, portanto, algumas preocupações em traçar
um perfil da população emigrante, caracterizar sua inserção no mercado de trabalho americano,
centrando-se nos locais aonde os brasileiros inicialmente chegaram – New York e Boston, e de onde
partiram – Governador Valadares. Pesquisas mais recentes – Sales (1999), Reis e Sales (1999) Martes
(1999) e Ribeiro (1997, 1999) – têm demonstrado que as correntes migratórias estão se consolidando, a
ampliação do tempo de permanência dos emigrantes, outros pontos de partida e destino dos emigrantes
indicando uma maior diversidade regional, étnica, de classe e gênero e contribuindo para compor este
quadro de emigrantes nos EUA.
O trabalho de Ribeiro (1999) analisa os emigrantes brasileiros em São Francisco priorizando a
diferenciação de classe, etnia, status, gênero e origem regional (os emigrantes para São Francisco são em
sua grande maioria goianos). Investiga os vários cenários que constróem as relações dos imigrantes
brasileiros no interior do grupo, na relação com outros grupos e com a própria sociedade brasileira. Dos
vários cenários analisados destaca o Carnaval como momento de maior evidência da comunidade
brasileira em São Francisco. Para este autor a questão central era discutir a constituição de uma
comunidade imaginada nos EUA. Embora não se refira diretamente às organizações associativas ou redes
sociais, o autor elenca cenários que indicam a solidariedade étnica, revelando a presença das redes sociais
e a configuração de uma comunidade brasileira nos EUA.
Sales (1999), no livro “Brasileiros longe de Casa”, fornece um quadro mais completo desse
movimento, pois contempla dados de uma pesquisa mais ampla realizada na região de Framingham (em
1995-1996) e em Governador Valadares (1996-1997). A pesquisa apresenta um perfil sócio-demográfico
da população brasileira residente em Framingham e o impacto dos negócios brasileiros nessa cidade. Num
segundo tópico, reconstrói a trajetória dos emigrantes descrevendo o impacto do contato com a sociedade
americana e com outros grupos imigrantes. Para compreender como os brasileiros imigrantes ilegais se
sentem nessa sociedade americana, retoma de seu trabalho anterior o conceito de “fetiche da igualdade”,
demonstrando que a informalidade e o jeitinho, assumidas pelos emigrantes como uma das características
de nossa identidade, servem na realidade para encobrir o fetiche de uma cultura política de mando e
subserviência. No tópico seguinte, trata do trabalho revelando que, após mais de uma década de
movimento migratório, os brasileiros começaram a redefinir suas expectativas temporais, ao mesmo
tempo que mantém os vínculos com o Brasil, destacando a importância das redes sociais. Para a autora, os
emigrantes brasileiros, embora trabalhadores ilegais, vivem o que denomina a “legitimidade da condição
clandestina”. Isto significa que, apesar de indocumentados, os emigrantes consideram-se muitas vezes
mais cidadãos nos EUA que no Brasil, uma vez que têm acesso a serviços públicos, sentem-se respeitados
realizando trabalhos que no Brasil não teriam nenhum reconhecimento, são tratados com igualdade em
lojas, repartições e bancos e, portanto, embora sejam ilegais, sentem-se com “direitos” respeitados.
Finaliza apresentando os dados que apontam para a redefinição da expectativa temporal e a configuração
de uma comunidade étnica nos EUA.
Reis e Sales (1999) reuniram no livro “Cenas do Brasil Migrante” um conjunto de artigos que
retrataram diferentes aspectos das migrações internacionais de brasileiros. Os artigos analisam os
13

resultados das pesquisas realizadas com os contingentes que se dirigiram aos EUA e ao Japão. Os artigos
de Sales e Ribeiro analisam os confrontos com a sociedade americana, destacando as questões que
envolvem a configuração de uma comunidade brasileira nos EUA e a questão da (re)construção de
identidade étnica. Martes descreve a atuação da Igrejas junto aos imigrantes em Massachussets abordando
a questão da configuração de uma comunidade nos EUA e a importância das redes sociais. Os artigos de
Assis, Soares e de Scudeler discutem a Conexão Governador Valadares – EUA, demonstrando a
importância das redes sociais na constituição desse fluxo, bem como os diferentes aspectos (econômico,
social e cultural) do impacto da migração na cidade. Uma outra parte da coletânea trata dos emigrantes
brasileiros no Japão. Os artigos de Capuano e de Sasaki enfocam a questão dos dekassegui e serão
abordados na sessão seguinte sobre os emigrantes nipo-brasileiros no Japão.
Martes (1999), no livro “Brasileiros nos Estado Unidos: um estudo sobre imigrantes em
Massachusetts”, apresenta os resultados da pesquisa que realizou com os emigrantes brasileiros em
Boston. Esta autora, combinando dados de um survey com pesquisa qualitativa, centrou o foco na análise
das redes sociais, enfatizando a importância das mesmas. Segundo a autora, as redes sociais, geralmente
de parentesco, amizade, de origem comum e religiosas, são fundamentais para explicar porque os
brasileiros chegam aos EUA, sobretudo porque as redes sociais ajudam a diminuir os custos psicológicos
e econômicos da migração (Martes, 1999:73). A autora discute com os trabalhos sobre migração
internacional, que enfatizam apenas os aspectos de solidariedade das redes, criticando o pressuposto da
solidariedade étnica predominante nos estudos de migração. Para a autora, a emigração de brasileiros para
os EUA permite questionar tal perspectiva de análise das redes sociais na medida em que revela os
conflitos que ocorrem no interior das mesmas. Desta forma, Martes, ao invés de tomar a solidariedade
como dado, analisa o caso das redes religiosas e o comércio de postos de trabalho na faxina doméstica
entre os emigrantes, revelando a ambigüidade e o conflito no interior das mesmas.
Ao longo da década de noventa, a medida que os fluxos de brasileiros para o exterior se
consolidaram e o tempo de permanência se ampliou, outras questões foram incorporadas ao debate.
Temas como: identidade, os re-arranjos familiares e as mudanças nas relações de gênero, os filhos que
nasceram nos Estados Unidos, a atuação das igrejas, a configuração de comunidades, a segunda geração
de filhos de migrantes nos Estados Unidos, as organizações de migrantes passaram a ser objeto de
pesquisas que procuraram complexificar as análises sobre os emigrantes brasileiros nos Estados Unidos.
Tais questões são abordadas em diferentes artigos e pesquisas em andamento: identidade étnica (Sales
1999, Ribeiro 1999, Martes 1999, Assis 2000a), cidadania e políticas migratórias (Sales 1998, Ribeiro
1998, Martes 1999), família e gênero (DeBiaggi 1996, Martes 1996, Fusco 2000, Assis 2000b), geração
(Sales 1999), associações (Souza 1999), dentre outros.

Os Dekasseguis brasileiros no Japão

O levantamento bibliográfico sobre os migrantes brasileiros no Japão procurou contemplar a


bibliografia não só brasileira, mas incluindo também a produção japonesa e as publicadas em outros
países. Este levantamento embora extenso, não esgotou todas as produções bibliográficas existentes.
14

Procuramos, no entanto, incluir aquelas que não são estritamente acadêmicas, sendo que, muitas vezes,
houve uma certa produção de livros em japonês20, escrito por jornalistas ou voluntários que
acompanhavam de perto a vivência e a presença de brasileiros no Japão.
Dentro do universo bibliográfico levantado, notamos que no início dos anos 90, as publicações
japonesas tratavam de temas sobre trabalhadores migrantes estrangeiros no Japão, muitos deles asiáticos
(chineses, coreanos, paquistaneses, filipinos, bangladeshianos, iranianos etc.), preocupados com a questão
laboral, relações de trabalho, da ilegalidade desses trabalhadores migrantes, política imigratória
japonesa21.
Os estudiosos japoneses começaram a perceber nesse contexto, em que abordavam a população
migrante estrangeira, uma presença cada vez maior dos migrantes brasileiros no Japão, entretanto, esta
percepção não conduziu a uma abordagem mais específica sobre esse último contingente.
No Brasil, a produção bibliográfica da primeira metade da década de 90 preocupou-se em
delinear os contornos dessa migração de dekasseguis no Japão22. Esse contingente de dekasseguis
brasileiros ganhou visibilidade, sobretudo a partir de 1990, quando houve a reforma legislativa da política
imigratória japonesa, na qual o governo japonês facilita a entrada de descendentes de japoneses (os
nikkeis) para trabalharem como dekasseguis, entendendo isso como uma resposta alternativa para sanar os
problemas decorrentes da presença dos migrantes ilegais no Japão, sobretudo os asiáticos.
No caso de brasileiros no Japão, interessante notar que na primeira metade da década de 90,
encontramos alguns livros que enfocam a questão da presença de trabalhadores estrangeiros no Japão e,
dentro desse assunto maior, é apontada a presença cada vez mais volumosa de brasileiros presentes no
Japão como trabalhadores migrantes ou dekasseguis. Em outras palavras, nesse período referido, não se
tem muitas publicações no Japão especificamente sobre os migrantes brasileiros. Pode-se dizer no
entanto, que as pesquisas sobre os dekasseguis começaram a ser elaboradas e iniciadas no inicio dos anos
90, sendo que as pesquisas mais abrangentes tiveram e iniciativa e financiamento japoneses. Podemos
indicar, por exemplo, a da Fundação Toyota (1992), que financiou uma pesquisa de campo, envolvendo
equipe japonesa e brasileira, que posteriormente resultou em uma publicação desses resultados em um
livro de dois volumes, de Watanabe (1995a e 1995b), coordenadora japonesa e geral desta pesquisa.
Alguns artigos que apresentam resultados parciais dessa mesma pesquisa foram escritos por Mori (1992a,
1992b, também coordenador da equipe brasileira dessa mesma pesquisa.), assim como em monografias de
graduação [Sasaki (1993)]. Uma outra grande pesquisa foi promovida e organizada pelo Departamento de
Administração do Trabalho da Província de Kanagawa, que, para traçar a realidade laboral dos
trabalhadores estrangeiros no Japão, fizeram pesquisas de campo nos países procedentes, a saber – China,

20
Shinnô Mainichi shinbun sha (1992); Chigusa (1994); Sai Media & Patrimônio Tokyo Ltd. (1995);
Fuchikami (1995); Jômo Shinbun sha (1997); Honma (1998); Fukusawa (1999).
21
Tezuka (vol.1: 1989; vol.2: 1991); Komai (1990); Azusawa (1991; 1993); Fujisaki (1991); Tezuka et al
(1992); Kajita (1994); Shimada (1994); Morita & Sassen (1994).
22
Ver por exemplo, Comissão (1992); Ninomiya (1992); Miyoshi (1993); Fuzii (1992); Kitagawa (1992);
Mori (1992b); Fundação Toyota (1992); Centro de Estudos Nipo Brasileiro (1993); Ohashi (1991); Sasaki
(1993); Kato et al. (1992); Rossini (1992); Kato (1993); Castro (1994); Kato et al. (1994); Kawamura
(1994); Borstein (1992); Kawamura (1993a; 1993b; 1994); Morita & Sassen (1994); Shimada (1994),
dentre outros. Veja a bibliografia em anexo.
15

Coréia, Filipinas, Paquistão, Bangladesh e América Latina (Brasil, Peru e Argentina). O relatório de
pesquisa deste estudo foi apresentado em Tezuka et al. (1992).
No Brasil, nos dias 8 a 10 de novembro de 1991, foi realizado um “Simpósio sobre o Fenômeno
chamado Dekassegui”, organizado por Masato Ninomiya, na Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa,
em São Paulo. Esse foi um dos primeiros simpósios organizados especificamente sobre esse tema, no qual
tentou traçar um panorama geral desse movimento migratório. Representantes governamentais e civis
discorreram sobre os aspectos político e jurídico, tendo como sub-módulos o direito penal e o direito do
trabalho; os impactos sociológico, psicológico e cultural da migração; e aspectos econômicos, cujos anais
desse simpósio foi publicado em 1992. Na conclusão desse simpósio, apresentaram-se algumas
recomendações: a ampliação do serviço consular, pelo governo brasileiro no Japão; a criação de centro de
informação e orientação para os dekasseguis no Brasil, assim como a multiplicação desse tipo de centro
no Japão.
Seguindo as recomendações desse evento foi a criação do Centro de Informações e Apoio ao
Trabalhador no Exterior – CIATE, uma entidade civil sem fins lucrativos fundada em outubro de 1992 –
na própria sede da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa, em São Paulo (SP).
Um dos trabalhos que discorreu sobre as atividades do CIATE foi feito por Heimei Yoshioka.
Este trabalho foi publicado no livro ‘Por que migramos do e para o Japão’ (1995) que apresenta o
resultado de sua tese de doutorado, no Departamento de Geografia (USP), defendida em 1994, um dos
primeiros trabalhos acadêmicos que tratou sobre o tema dos dekasseguis. A primeira parte do livro
analisou as causas e conseqüências da migração dos japoneses para o Brasil, no início deste século XX –
quando um grande contingente de imigrantes, dentre esses os japoneses, vieram para fazendas paulistas
de café – descrevendo sua fixação no Bairro das Alianças, no município de Mirandópolis, no interior do
Estado de São Paulo. Esta comunidade apresentou peculiaridade dentre as diversas colonizações – foi
uma ocupação planejada e dirigida, no seu início, por uma entidade de cunho religioso cristão
denominada ‘Nippon Rikko Kai’. Na segunda parte do seu livro, o autor discorreu sobre os descendentes
desses imigrantes japoneses que seguiam para o Japão, para trabalharem como dekasseguis. Yoshioka
apresentou os dados do Centro de Informação e Apoio ao Trabalhador no Exterior, CIATE, em São Paulo
(SP), onde ele colaborou na montagem e funcionamento desse Centro. Apresentou vários casos atendidos
nesse Centro, contando os problemas freqüentemente relacionados à intermediação ou o recrutamento
ilícito de dekasseguis no início do fluxo, na virada da década de 80 para 90, os problemas burocráticos,
assim como as disponibilização das orientações e informações.
Kawamura tratou, em sua tese de livre docência (1997), da questão da qualificação dos
trabalhadores brasileiros no Japão. Posteriormente este trabalho resultou na publicação do livro “Para
onde vão os brasileiros?” (1999). A autora buscou desvendar a vivência contraditória de trabalhadores
brasileiros nas relações dentro do grupo e com a população nipônica, em diferentes momentos na vida no
Japão. Nesse “encontro desencontrado” emergem questões de identidade, competitividade, solidariedade
e formação educacional dos filhos, por onde perpassam preconceitos e discriminação. Analisou essas
questões em relação ao contexto mais amplo da sociedade e da cultura japonesa, buscando entender os
limites, as possibilidades e as estratégias do grupo de migrantes brasileiros. Essas estratégias também se
desenvolvem entre os japoneses, quer para se defenderem de ‘estranhos’, quer para integrá-los,
16

caracterizando, este último aspecto, o que chama de ‘niponização’. Por outro lado, medidas, propósitos e
ações internacionalizantes da sociedade japonesa, ao lado da crescente presença de órgãos financeiros,
governamentais e associativos brasileiros, além de produtos, lojas, esportes, música e outros, marcam
espaços que impulsionam em direção `a internacionalização. Para a autora, os trabalhadores imigrantes
brasileiros sobrevivem pressionados entre a niponização e a internacionalização (globalização).
Kawamura recorreu a várias estratégias de pesquisa no Japão, como parceria informal com professores e
pesquisadores no levantamento de dados, com apoio de universidades, associações civis e prefeituras;
aplicação de questionários; entrevistas individuais e coletivas, nas cidades de Toyota, Nagoya,
Hamamatsu, Oizumi Ota e Kanagawa, com responsáveis de firmas de recursos humanos (de trabalhadores
estrangeiros), com executivos de empresas grandes (que não empregam brasileiros), médias e pequenas
(que empregam brasileiros) em Toyota e Tokyo; com responsáveis por órgãos governamentais e não-
governamentais que atuam junto aos trabalhadores brasileiros; com diretores, coordenadores de curso e
alunos brasileiros em escolas primárias e secundárias, onde estudam os filhos dos trabalhadores
brasileiros em Toyota e Hamamatsu; participação em debates, seminários acadêmicos e não acadêmicos,
em eventos, festas e encontros de trabalhadores, educadores, pesquisadores que tratam sobre a
problemática dos trabalhadores estrangeiros no Japão; além do levantamento de documentos, registros e
relatórios fornecidos pelos órgãos governamentais, associações civis e empresas de recursos humanos.
Miura (1997), além da sua própria experiência como dekassegui, baseou-se em seis estudos de
caso, para discorrer em sua dissertação, na área de psicologia social, sobre a identidade social dos
dekassegui, analisando o impacto que o trabalho, na condição de migrante no contexto social e cultural do
Japão, produziu na configuração da identidade desses migrantes, revelando diversas modalidades de
identidade social.
Madeira (1997), na sua dissertação de mestrado, discorre sobre o fluxo migratório dos
dekasseguis, os brasileiros de origem nipônica que iniciaram um movimento migratório em direção ao
Japão, nos meados dos anos 80, em meio à crise econômica do Brasil e ao crescimento vertiginoso da
economia japonesa. A história das relações entre os dois países – a imigração de japoneses para o Brasil e
a conseqüente formação da importante colônia nikkey brasileira – insere-se no contexto global de
movimentação de trabalhadores em busca de melhores padrões de vida. Para a autora, os dekasseguis
estão colaborando para o estreitamento das relações entre dois países geograficamente tão distantes.
Como no caso de outras correntes emigratórias, o governo brasileiro teve de responder a esse novo
desafio procedendo à reestruturação de seu serviço de assistência consular.
A dissertação de Oliveira (1997) abordou a questão da identidade no contexto migratório Brasil-
Japão a partir da problemática: ‘japoneses no Brasil ou brasileiros no Japão?’. Oliveira discute sobre a
formação da nação brasileira, pautada em princípios eugenistas (Oliveira Vianna 1987), e no mito da
democracia racial (Gilberto Freyre 1975), demonstrando que as características físicas e aparentes, ou a
fenotipia é um fator importante para a construção de uma identidade. Para Oliveira a discussão sobre
fenotipia e construção de identidade inicia-se com os trabalhos de Oracy Nogueira (1985) sobre os negros
e a autora parte dessa discussão para pensar sobre o caso dos nipo-brasileiros. A autora conclui que
contraditoriamente ao fenótipo que classifica os nipo-brasileiros como japoneses no Brasil, no Japão os
nikkeis são rostos japoneses levam mais do que braços para o trabalho pois, carregam o Brasil dentro de
17

si. A autora sugere que ao invés de serem chamados de os “nossos japoneses” porque não chamá-los de
“nossos brasileiros”.
Sasaki (1998) também discorreu sobre a experiência identitária no movimento dekassegui. Essa
autora apresenta dados do contingente brasileiro no Japão, como os brasileiros se inserem no Japão
enquanto trabalhadores migrantes descendentes de japoneses face à política imigratória japonesa, na qual
a questão da identidade é colocada em pauta. Assim, discute onde é o homeland dos migrantes nipo-
brasileiros. A autora toma a migração como pano de fundo para analisar a complexa negociação de
identidade, na qual o ator social é o dekassegui detentor de vários elementos identitários que são
acionados de acordo com as situações vivenciadas ao longo da experiência migratória. A autora
demonstra que não existe, portanto, uma identidade homogênea do emigrante dekassegui, mas sim uma
constante negociação de identidade, acionadas de acordo com os contextos e as relações, construindo um
jogo identitário no qual vão se contrastando e demarcando suas distintividades. Sasaki ainda destaca que
esse jogo de identidade é também acionado quando o dekassegui nikkei ao chegar ao Japão, imaginando
encontrar uma suposta semelhança e proximidade física e cultural devido a ancestralidade comum, é
surpreendido ao descobrir que “parece, mas não é” japonês.
Mais recentemente, Kitahara (1999) chama os dekasseguis de ‘os novos gaijins23’, para analisar
a identidade e a estratégia de ascensão sócio econômica dos nipo-brasileiros.
Nos Estados Unidos, Roth (1999), a partir da pesquisa de campo realizada no Japão, apresentou
uma tese na qual explora o modo como os japoneses e os migrantes nipo-brasileiros no Japão constróem
as ‘comunidades’ no local de trabalho e nas relações de vizinhança, sugerindo que os nikkeis
compartilham com os japoneses o desejo de pertencerem às comunidades nos quais eles sejam
respeitados.
Dentre as monografias de graduação, podemos citar algumas como Ohashi (1991), que traça um
panorama do trabalhador japonês no Brasil, desde o início da imigração até o período recente. Sasaki
(1993) a partir da participação na pesquisa de campo realizada pela Fundação Toyota em Tomé Açu (PA)
e Mogi das Cruzes (SP), apresenta os dados desse estudo, esboçando um panorama desse movimento
migratório. Ferreira (1997) foca sua pesquisa de iniciação científica em Itapetininga (SP), fazendo uma
contextualização histórica da imigração japonesa nessa cidade. Posteriormente, os descendentes destes
migrantes se dirigem ao Japão para trabalharem como dekassegui.

Emigrantes Brasileiros na Europa – Itália, Alemanha, Suíça e Portugal

Os emigrantes brasileiros na Europa ainda são pouco conhecidos e as pesquisas realizadas


recentemente procuram traçar um quadro dessa migração. Os trabalhos que se seguem apresentam
diferentes aspectos desses movimentos de população: Bógus (1995), Bógus & Bassanzzi (1998); Prencipe
(1996); Huber (1996); Savoldi (1998); Soares (1997); Feldman-Bianco (1999); Silva (2000), Machado

23
Gaijin significa ser estrangeiro, alguém de fora. Em geral, os japoneses e os nikkeis, chamam os
ocidentais ou não-orientais de gaijins.
18

(1999), Santos (1998). Nesse levantamento contemplamos os trabalhos publicados em congressos e


seminários, bem como pesquisas em andamento.
Bógus (1995) fez uma caracterização do movimento de brasileiros para Europa, principalmente
em Portugal e Itália. No caso dos migrantes para Portugal, os brasileiros estão entre aqueles que
apresentam maiores níveis de qualificação profissional e maior grau de escolarização (profissionais
liberais, autônomos e estudantes). Na Itália os imigrantes brasileiros se inserem no setor de trabalhos
pouco qualificados e mal remunerados, muitas vezes ligados ao turismo, considerado um dos mais
rentáveis setores de atividade no país. Estes imigrantes, mesmo quando legais, são discriminados pela sua
origem não-européia, pois para os habitantes locais, os imigrantes concorrem no mercado de trabalho com
jovens italianos, favorecendo a manutenção dos baixos salários. A autora ainda demonstra que os
preconceitos tornaram-se mais evidentes quando os imigrantes, mesmo que possuam a dupla cidadania e
autorização para trabalhar enfrentam a discriminação por serem cidadãos extra-comunitários e também
nas medidas cada vez mais restritivas a migração que têm levando ao fechamento das fronteiras.
Bógus e Bassanezi (1998) analisaram a emigração para a Itália, demonstrando como os dados
ainda são dispersos, diferente dos dados disponíveis sobre os imigrantes que vieram para o Brasil no
início do século. As autoras fazem uma breve caracterização das migrações neste final de século e
mostram como a Itália passa por uma transição demográfica que a torna uma área de atração de
imigrantes internacionais. Segundo essas autoras, as primeiras imagens desses emigrantes inicialmente
relacionavam aos travestis e a presos por tráficos de drogas. Segundo as autoras, ao contrário do que a
imprensa destaca, nem só de travestis e prostituição se mantém esse fluxo migratório. Desde os anos 80
tem maior visibilidade o movimento de emigrantes brasileiros para a Itália. Bógus & Bassanezi traçaram
um perfil sócio-demográfico dos emigrantes demonstrando que a pirâmide etária é típica de outros
movimentos migratórios, com poucos velhos e crianças e com o predomínio de uma população jovem em
plena fase reprodutiva e produtiva de sua vidas. Destacam ainda, o número de mulheres brasileiras que
compõem essa comunidade, pois elas representariam aproximadamente 70% do conjunto dos brasileiros
entre 20 e 39 anos. Analisando esse movimento, as autoras colocam como uma hipótese que esta
migração estaria relacionada a uma contra-corrente migratória de oriundi em direção a locais onde
possivelmente ainda residam parentes e/ou amigos e onde há possibilidade da formação de uma rede de
apoio que auxilia a inserção e a permanência.
As pesquisas de Bógus & Bassanezi enfocaram os emigrantes nos locais de destino, destacando
as regiões de Lácio e Lombardia como as que atraem a maioria dos emigrantes para a Itália. Seguindo o
percurso dos emigrantes, a partir dos locais de origem desses movimentos migratórios no Brasil, mais
especificamente nas cidades do estado de Santa Catarina que mantém fluxos para a Europa, os trabalhos
de Savoldi (1998) e Renk & Cabral Jr. (2000) analisaram esse movimento de retorno dos descendentes de
imigrantes italianos e alemães a terra de seus pais e avós.
Savoldi (1998) retrata o movimento de ‘retorno’ dos descendentes de imigrantes italianos da
região sul do estado de Santa Catarina para a Itália. A autora descreve o que denomina de o caminho
inverso – a trajetória dos descendentes dos imigrantes que buscam obter a cidadania italiana para resgatar
os seus laços com a terra de seus antepassados, bem como procurar oportunidades de trabalho. Segundo
essa autora, os descendentes dos imigrantes foram estimulados por programas de intercâmbio com a
19

Itália, que passou a reconhecer a dupla cidadania de descendentes de imigrantes espalhados pelo mundo e
expandiu a construção da identidade italiana para além das fronteiras do território. Para os descendentes
desses imigrantes, este fato vislumbra um reencontro com a Itália, terra de seus antepassados, e uma
possibilidade de reencontro com sua italianidade, agora afirmada positivamente. Assim, nos anos 80 e 90,
através de convênios com algumas regiões da Itália24, os filhos dos emigrantes retornam à Itália para
reencontrar seus parentes, da mesma forma que italianos vêm conhecer um pedacinho da Itália no Brasil.
Deste intercâmbio com cidades do sul do Estado de Santa Catarina como Urussanga, Araranguá, Nova
Veneza, Cocal do Sul, Rio Jordão e Criciúma, os descendentes dos imigrantes passam por um processo de
reconstrução das tradições italianas, revalorizando os brasões de família, a língua, as comidas típicas que
se tornam elementos que atraem os italianos para virem conhecer no Brasil uma Itália que não existe
mais.
Por outro lado, a dupla cidadania abre para estes brasileiros o mercado de trabalho na
comunidade européia, pois a partir de convênios com algumas cidades na Itália, estes brasileiro-italianos
conseguem contratos de trabalho temporários no verão europeu na Itália e Alemanha e, assim, passam de
seis a oito meses na Europa e retornam para o Brasil.
Estes trabalhadores temporários são reconhecidos pelos consulados italianos e, pelo fato de
terem passaporte italiano, podem trabalhar sem problemas na Itália. Num contexto de revalorização da
identidade italiana, neste encontro de culturas estes emigrantes temporários se surpreendem quando
chegam na Itália e são reconhecidos como brasileiros e/ou estrangeiros. Este é um primeiro choque, pois
vão se encontrar com aqueles que julgam ser seus patrícios e são distinguidos do grupo, não são
reconhecidos como italianos, mas como extra-comunitários e por isso objeto de um ‘certo preconceito’.
A pesquisa realizada por Renk & Cabral Jr. (2000) tratou sobre a emigração de jovens rurais à
Alemanha, em busca de estudo e trabalho. Na migração desses jovens se evidencia a negação da condição
camponesa, do trabalho ‘na acepção ponus’, na penosidade inerente à vida da colônia. O assalariamento
pode ser interpretado como melhor que a situação de dependência e subordinação dos filhos em relação
pai-patrão na agricultura. Paradoxalmente, os jovens que migram contam com capital incorporado da
condição de colono, da campesinidade e da socialização no alto grau de auto-exploração, que fazem valer
frente àqueles socializados noutro contexto, que não da colônia. Objetivamente, esse processo migratório
propicia uma alteração no substrato morfológico do mundo camponês, que rebate no interior da unidade
familiar afetando as percepções, as visões e representações do mundo, que passam pela ressemantização
de algumas categorias nucleantes, tais como trabalho, o papel da mulher, do jovem e a subalternidade da
condição de colono. Dos movimentos analisados, este tem a característica de ser do meio rural e, quando
retornam ao Brasil, voltam com outro status no seu local de origem. Esse trabalho enfatiza o impacto da
migração, que pode dar pistas para o transnacionalismo. Diante da crise e redefinição no mundo agrário
no oeste catarinense, os descendentes de alemães têm como alternativa a migração internacional.
Huber (1996) descreve atuação do Centro de Informações para mulheres da Ásia, África e
América Latina em Zürich (Suiça) – (FIZ) e do Centro Humanitário de Apoio a Mulher – CHAME –

24
Segundo Savoldi (1998.), o sul do Estado vem investindo em festas típicas italianas para criar a sua
marca como região e atrair um turistas italianos. A cidade de Urussanga é considerada a capital italiana de
20

Salvador (BA), com intuito de combater o que denomina de tráfico internacional de mulheres. Assim
descreve a situação enfrentada mulheres brasileiras na Suíça. Essas emigrantes entrariam na Suíça como
dançarinas, via casamento e como turistas com o desejo de mudarem de vida. Essa migração caracteriza-
se por um recorte sexual e racial, já que as mulheres utilizam-se de sua origem racial – em sua maioria
mulatas – para entrar no mercado matrimonial suíço. A autora revela que nem sempre essas estratégias
correspondem à realidade. Ao contrário da expectativa inicial, muitas delas são maltratadas por seus
maridos suíços ou são levadas e/ou induzidas para a prostituição. As brasileiras formam, juntamente com
as dominicanas, marroquinas e tailandesas, o maior grupo de mulheres migrantes dos chamados países do
“Terceiro Mundo”. A maioria vive ilegalmente no pais e sem registro em nenhum órgão, tornando
imprecisos os números desse contingente. O texto aborda as estratégias das mulheres para se tornarem
cidadãs suíças, as dificuldades encontradas, as situações de discriminação, violência física e sexual, as
mudanças nas leis de migração que restringem as possibilidades de legalização via casamento, além de
apontar para a dificuldade cada vez maior de migrar legalmente, principalmente com a concorrência das
mulheres migrantes da Rússia e do Leste Europeu após a queda do Muro de Berlim. O texto descreve o
trabalho dessa associação com as mulheres brasileiras.
As relações mantidas entre Portugal e o Brasil são historicamente de reciprocidade no que se
refere os movimentos migratórios. Uma vez que enfocamos nesse artigo os movimentos recentes da
população brasileira, as questões que envolvem as migrações de brasileiros para Portugal ganharam novos
contornos, pois re-significam essas relações que, como veremos a seguir, são caracterizadas por
ambigüidades e conflitos.
Soares (1997) focaliza na sua dissertação de mestrado o fluxo de brasileiros para Portugal
preocupando-se, basicamente, com os migrantes especializados que entram no mercado de trabalho
internacional, mais especificamente os cirurgiões-dentistas brasileiros, não como uma mão-de-obra que se
sujeita aos trabalhos cujos nativos não se submetem, mas como aqueles que se inserem dentro de sua
categoria profissional concorrendo com os trabalhadores nativos. A autora descreve ainda as
características desse tipo de migração e as disposições políticas que suscita entre os países envolvidos –
Brasil e Portugal – quer seja em termos de revisão de acordos ou mesmo de leis de controle de migrantes,
quer seja do processo de sua integração no mercado de trabalho. A contribuição desse trabalho é fornecer
um perfil desse grupo específico de migrantes brasileiros – os cirurgiões dentistas.
Feldman-Bianco (1999)25 amplia estas questões examinando as reconfigurações das produções de
permanências e de diferenças identitárias entre o Brasil e o Portugal, no contexto do capitalismo global. Para a
autora, Brasil e Portugal, países semi-periféricos interligados por relações ambivalentes e contraditórias, por
uma produção de fronteiras culturais fluidas, vivenciam novas inversões. O Brasil, país de imigração, tornou-
se país de emigração a partir dos anos 80 e Portugal, que com a descolonização e integração à Comunidade
Européia, tornou-se um país de imigração, não só do Brasil mas também dos demais países lusófonos. Ao
localizar essas inversões, a autora analisou, a partir dos modos através dos quais o Estado colonial português

Santa Catarina e possui um projeto de cidades irmãs (Gemellagio: Urussanga - Longrone), que tem por
objetivo intercâmbio cultural entre as duas cidades e os dois países.
25
A linha de pesquisa Nação e Diáspora, do Centro de Estudos de Migrações Internacionais (CEMI,
IFCH, UNICAMP) tem desenvolvido estudos referentes aos portugueses no Brasil e brasileiros em
Portugal, analisando antigos imaginários e reconstruções de identidades no passado e no presente.
21

negocia o seu posicionamento na economia global, as atuais reconfigurações da dupla história de


colonialismo e imigração portuguesa no Brasil. Para tanto, enfoca dois eventos: o primeiro, os conflitos
diplomáticos que eclodiram entre Portugal e Brasil em 1993, quando brasileiros e outros cidadãos da PALOP
foram barrados nos aeroportos portugueses pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteira; o segundo, trata das
disputas e reconfigurações identitárias entre lideranças portuguesas e luso-brasileiras de São Paulo, no
contexto do assim chamado ‘Retorno das Caravelas’ e de crescente política de objetivação da cultura
portuguesa. A autora demonstra, ao analisar esses eventos, que as relações entre Brasil e Portugal
reconfiguram-se através da reelaboração das raízes históricas comuns, através de produção de similaridades e
permanências, que reescrevem as relações entre os dois países em termos de laços (horizontais) de parentesco,
cultura e língua comum. Um outro ponto enfocado pela autora é o posicionamento do Estado pós colonial
português em prol das relações econômicas bilaterais entre os países, tendo em vista o patrimônio comum e
os laços de amizade e afetividade (incluindo o parentesco) construídos ao longo de cinco séculos e reforçados
pelas populações diaspóricas em ambos os países.
Machado26 (1999) examina as construções identitárias dos brasileiros na cidade do Porto, em
Portugal. No passado, grandes levas de “comerciantes e imigrantes de Portugal do Porto dirigiam-se para o
Brasil e a figura do “brasileiro” (ou do português do Brasil) era representada pelo “torna-viagens”. Entretanto,
desde meados da década de 1980, para além de portugueses e descendentes do Brasil, muitos dos quais com
direitos de dupla cidadania, também começaram a chegar no Porto brasileiros, sem ascendência portuguesa.
Esse movimento entre Brasil e Portugal, que inclui a proliferação de telenovelas brasileiras, redes ilegais de
prostituição de mulheres e de travestis, competição no mercado de trabalho, como a travada entre os dentistas,
e até a ascensão da Igreja Universal do Reino de Deus, começou a ser caracterizado como uma “invasão de
brasileiros”. O autor procurou esboçar processos de reconstrução por brasileiros, portugueses retornados,
luso-brasileiros e portugueses, de imagens ambíguas sobre Brasil, brasileiros e cultura brasileira elaborados
num confronto com o discurso dominante (produtor de estereótipos de exotização) por parte desses
imigrantes. Demonstra ainda, os diferentes processos de objetivação das visões de nação que resultam em
interpretações, apropriações, essencializações e na mercantilização da identidade brasileira a partir de
posicionamentos sociais diversificados do conjunto de ‘brasileiros’ da cidade do Porto.
27
Silva (2000) analisa a produção de categorias e situações sociais decorrentes do processo de
extensão dos laços do estado-nação português junto aos imigrantes e seus filhos presentes no Brasil, assim
como linguagem e práticas contraditórias – ou reivindicatórias – da extensão desses laços, em duas fases:
durante o regime salazarista, sobretudo no período pós-guerra, e no período pós-colonial. Em ambos os
períodos, a produção de categorias tenderam a enfatizar as semelhanças no espaço lusófono, ao mesmo tempo
em que afirmam os laços de descendência, cultura e língua compartilhada, tendo como conseqüência a

26
A primeira versão desse artigo foi apresentado no GT de migrações internacionais da ANPOCS, com
título ‘A invenção da nação exótica entre os imigrantes brasileiros no Porto, Portugal’, em 1999. A versão
ampliada com o título ‘500 anos depois: brasileiros e portugueses do Brasil na cidade do Porto, Portugal’
integrará a coletânea organizada por Feldman-Bianco “Identidades, Fronteiras Culturais: a produção de
semelhanças e diferenças entre o Brasil e Portugal”, no prelo.
27
Artigo apresentado no GT de migrações internacionais da ANPOCS, com título ‘O exílio anti-
salazarista no Brasil e a memória da resistência: antigos e novos laços e disputas políticas’, em 2000. Este
artigo integrará a coletânea organizada por Feldman-Bianco “Identidades, Fronteiras Culturais: a
22

contínua produção de fronteiras culturais fluidas entre os dois países. Os antigos exilados anti-salazaristas
contrariamente enfatizam a ambiguidade nessas relações, optando por uma afirmação identitária com base em
uma política de diferenças.
Santos (1997) examina os modos pelos quais os líderes de associações de migrantes (Casa do Brasil,
Associação Caboverdiana e Associação Guineense) estão negociando direitos de cidadania em Portugal, num
período marcado pelo fechamento de fronteiras da União Européia e recrudescimento das políticas
portuguesas de controle de estrangeiros. Estas lideranças apropriam-se das narrativas do Estado pós-colonial
português, sustentadas em retóricas de harmonia, que enfatizam relações históricas culturais entre os países
que compõem a comunidade lusófona. A hipótese do autor é que os discursos de semelhança e proximidade
são colocados em xeque por desigualdades entre as populações imigrantes, no tocando à posição de classe e
construções raciais, resultando em clivagens e conflitos entre as associações e dando origem a
posicionamentos diversos neste jogo de semelhanças e alteridades.
28
Silva & Seki pesquisam sobre a presença dos imigrantes portugueses em São Paulo. Para os
autores, embora de grande expressividade numérica, a diáspora portuguesa na cidade de São Paulo é
considerada dispersa pelas lideranças de diversas associações lusas. Para essas lideranças, os portugueses no
Brasil não se preocupariam em manter laços de nacionalidade, tornando-se ‘invisíveis’ como grupo imigrante.
segundo os autores, por trás desse discurso, situam-se políticas de inclusão e exclusão do estado português e
de seus representantes junto à diáspora em São Paulo, as quais emergem no cotidiano, subsidiando as suas
negociações identitárias. A pesquisa coloca em xeque a idéia de invisibilidade, demonstrando que a
experiência desses sujeitos está marcada pelo peso determinante da condição de imigrante.
Gomes (1998) analisa a ambiguidade que marca as construções de imagens recíprocas entre
brasileiros e portugueses em diferentes momentos e situações. Para o autor, os portugueses utilizam-se de
estratégias diferenciadas para reconstrução de identidade, tanto na relação com outros portugueses,
quanto no embate com os brasileiros. Essa reconstrução de identidade é marcada pelas ambivalências que
permeiam os dois países. Assim, baseiam-se na retórica da irmandade – a crença de que Brasil e Portugal
são pátrias irmãs – cujas culturas se fundem numa só: a luso-brasileira. Num segundo momento, descreve
o conflito diplomático entre Brasil e Portugal, quando demonstrações de preconceito e de intolerância de
ambos os lados fizeram eclodir situações de antagonismo, onde imagens estereotipadas foram acionadas
para, logo em seguida, lançar mão de apelos reconciliatórios forjados no discurso da irmandade. Portanto,
demonstra que a ambigüidade presente nas relações entre brasileiros e portugueses tem sua raiz na
colonização do Brasil por Portugal, e é reproduzida, em grande parte, na historiografia brasileira, que
alterna imagens dos portugueses apresentados tanto como colonizadores como imigrantes. Para o autor,
esse modelo de representação é reproduzida pelas associações portuguesas, bem como pelos mediadores
culturais e políticos das duas nações.

produção de semelhanças e diferenças entre o Brasil e Portugal”, no prelo, sob o título ‘Exilados anti-
salazaristas no Brasil e a memória da resistência´.
28
Seki produziu um vídeo etnográfico chamado ‘Diáspora invisível?’, que aborda sobre os imigrantes
portugueses em São Paulo.
23

Novos imigrantes no Brasil: latino-americanos e coreanos

A imigração latino americana para o Brasil intensifica-se a partir dos anos 70. Calcula-se que
existam 150.000 chilenos, 100.000 bolivianos, 60.000 paraguaios, seguidos por argentinos, uruguaios e
peruanos29. Dentro do universo levantado, os dados disponíveis sobre imigrantes latino-americanos no Brasil
são esparsos e tratam-se basicamente de dissertações e artigos publicados em periódicos. As pesquisas
realizadas no âmbito acadêmico ainda são poucas e o conhecimento desse grupo de migrantes latinos está
muito relacionado aos trabalhos realizados pela Pastoral do Migrante, em São Paulo e no Rio Grande do Sul,
que atuam no sentido de orientação religiosa e jurídica aos migrantes. Esses migrantes enfrentam uma série de
dificuldades e preconceitos dada a sua condição clandestina, assim muitos brasileiros no exterior.
A dissertação de Bevilaqua (1992) reconstitui, através de pesquisa qualitativa, a memória histórica e
a vivência cotidiana de chilenos, argentinos e uruguaios que, após os golpes militares da década de 70,
emigraram para o Brasil. O estudo se concentrou em São Paulo e Campinas (SP) onde, em muitos casos,
correspondiam à etapa final de um trajeto migratório que começou em seus países de origem e passou por
vários outros países. A autora procurou compreender sobre as representações desse grupo sobre: política e
políticos, pátria, sobre o Brasil e os brasileiros e os anos 70 no Cone Sul, bem como a vivência e a experiência
de ser estrangeiro.
Bonassi (1999) trata dos imigrantes latinos americanos no Brasil. Para tanto, discute as políticas
migratórias na América Latina, sobretudo no Cone Sul e no Brasil, contemplando ainda as questões referentes
às migrações e ao Mercosul. Ao descrever a situação dos latinos no Brasil analisa a legislação sobre
imigrantes estrangeiros no Brasil e as dificuldades enfrentadas para regularizar a situação no país, atentando
para as características das leis de anistia de 1981, 1988, e 1998. A autora apresenta ainda uma descrição da
vida cotidiana desses imigrantes no Brasil.
A dissertação de mestrado de Silva resultou no livro ‘Costurando Sonhos’ (1997) que trata a
trajetória de um grupo imigrante boliviano em São Paulo. A possibilidade de ascensão social, algo quase
inatingível no país de origem, os trazem para a metrópole paulistana, inserindo-os no ramo de confecção. A
sua condição em geral é clandestina, dada a falta de documentação. O autor indica a existência de enclave
étnico boliviano na cidade de São Paulo, cujas redes de apadrinhamento e de parentesco são fundamentais
para manutenção desse fluxo migratório, assim como para a reprodução econômica das pequenas confecções,
muitas delas clandestinas. Silva faz uma etnografia desse contingente abordando o processo de reprodução
econômica, social, cultural e simbólica migrantes na metrópole paulista e analisa como os migrantes recriam
alguns valores de sua cultura, destacando a família, o compadrio, o presterio, os elementos da religião popular
e a importância das festas religiosas na dinâmica cultural.
Galetti (1995) apresenta em seu artigo a relação de exploração entre os migrantes coreanos e
bolivianos no setor de confecção em São Paulo. A autora demonstra como os coreanos sucederam os
judeus no ramo de confecções e construíram uma trajetória de sucesso utilizando-se de um sistema de
produção descentralizado, da mão-de-obra familiar, bem como dos imigrantes recém-chegados. Segundo
a autora, os bolivianos, que chegaram mais expressivamente na segunda metade dos anos 80, foram

29
Revista Travessia, n.11, p.38
24

utilizados para substituir parte da mão-de-obra coreana por serem trabalhadores clandestinos,
descrevendo as condições precárias de trabalho aos quais estão submetidos.
Choi (1991), em seu trabalho de mestrado, trata da imigração coreana para o Brasil,
reconstituindo os aspectos históricos tanto na Coréia quanto no Brasil. A autora descreve as dificuldades
enfrentadas por esses migrantes que inicialmente procuraram trabalhar no meio rural, mas que acabaram
estabelecendo-se no setor de confecções, muitas vezes como trabalhadores clandestinos, trabalhando para
migrantes coreanos estabelecidos há mais tempo e legais. A autora descreve a vida da comunidade
coreana no Brasil, seu cotidiano, as relações familiares e religiosas, as associações civis, a importância do
sistema de ‘consórcio’ na ajuda mútua entre os coreanos, assim como o papel da mídia impressa. Choi
apresenta ainda a problemática dos choques culturais, internos e externos, entre os migrantes, a
preocupação com a questão do casamento exogâmico, o futuro dos filhos, e com a situação econômica do
Brasil.
Sam (1993), em sua dissertação de mestrado, descreve aspectos da vida de jovens imigrantes
coreanos no Brasil, mais especificamente em São Paulo. Os dados coletados através de entrevistas
reconstróem a história de vida desses imigrantes relatando: o início de vida no Brasil; a convivência com
a família e amigos; a função das igrejas coreanas, as representações que esses jovens têm dos brasileiros e
dos coreanos, a auto-percepção em relação à identidade racial; a posição em relação ao casamento e à
língua coreana; os projetos de vida. Os dados foram analisados sob o enfoque da socialização. Sam
(1993) afirma que a socialização pode levar à contaminação mútua positiva entre os jovens coreanos e o
meio que os engloba, resultando em modificação socio-cultural no interior dos grupos.

Migração fronteiriça no Cone Sul

O levantamento bibliográfico sobre os imigrantes brasileiros na fronteira do país e sobre os


emigrantes de outros países para as regiões de fronteira no Brasil, revelou-nos um universo complexo de
relações que envolvem não apenas a migração internacional, mas questões que se articulam com os
acordos comerciais que envolvem o Mercosul, a questão agrária no Brasil e nos países limítrofes, e os
direitos desses cidadãos que atravessam essas fronteiras num circuito transnacional. Conforme vários
estudos apontam, tratar esses migrantes como imigrantes internacionais, talvez não seja suficiente, dadas
as múltiplas dimensões que tais migrações assumem. Uma dificuldade que encontramos em delimitar a
temática é que esses movimentos migratórios na região de fronteira ocorrem historicamente entre o Brasil
e os países com quem estabelece fronteiras. Como este artigo procurou limitar-se aos últimos vinte anos
de emigração/imigração para o Brasil, o recorte temporal nos levou a delimitarmos quais os temas e
questões que abordaríamos nesse tópico. Assim, optamos por fazer uma seleção na bibliografia
relacionada, limitando-nos àquelas que tratavam dos especificamente dos movimentos migratórios e que
discutiam aspectos relacionados à migração e ao Mercosul. Apresentaremos os trabalhos que analisaram
as migrações na fronteira com o Brasil, os que abordam a questão dos Brasiguaios e as discussões em
torno das migrações e Mercosul.
25

Agostini (1985) produziu um trabalho de conclusão de curso que analisa a importância das
migrações fronteiriças, centrando o foco na migração de bolivianos para o Brasil. Apresenta a evolução
da migração de bolivianos para o Brasil nas regiões de fronteira, onde se concentram: Guajará-Mirm,
Corumbá, Cáceres, Porto Velho e Ladário. A autora constata que os emigrantes bolivianos são a maioria
entre os imigrantes estrangeiros na região e explica essa concentração através das características das
cidades para as quais emigram.
Wagner (1990) aborda os Brasiguaios, descrevendo como os acordos políticos entre os governos
do Brasil e do Paraguai trouxeram cerca de 350.000 camponeses brasileiros para trabalhar nas terras
paraguaias, demonstrando que a colonização das terras paraguaias pelos camponeses não foi um
movimento populacional espontâneo. O autor retrata a situação de exploração do trabalho e exclusão
social ao quais estavam submetidos esses trabalhadores, uma vez que no Paraguai enfrentaram conflitos
pela posse da terra. Apresenta a descrição dos vários momentos dessa imigração, o quadro político no
Paraguai, a situação de violência a que esses agricultores foram submetidos e a atuação das entidades
religiosas na organização e luta por direitos desses homens sem pátria, conforme definição do autor.
Sprandel (1992) em sua dissertação faz uma análise antropológica da situação dos agricultores
brasileiros sem-terra que emigraram para o Paraguai fazendo uma etnografia da constituição desse grupo
e sua luta por terra e cidadania. Segundo a autora, a denominação Brasiguaio está ligada a três categorias
de atribuição: estrangeiros, brasileiros e imigrante. A categoria brasiguaio seria uma quarta categoria
resultante das contradições desses camponeses se definirem e serem definidos pelas três atribuições.
Através dessa categoria tentam se distinguir dos demais brasileiros no Paraguai, os grandes proprietários
de terras e empresários rurais, e os sem terra no Brasil, e revelam a gravidade do problema que enfrentam,
transitando por regiões de fronteiras internacionais. A autora ainda analisa as perspectivas colocadas pela
assinatura do tratado de constituição do Mercosul que inclui a “livre circulação de bens, serviços, recursos
financeiros e trabalhadores” sugerindo que a “livre circulação de trabalhadores” poderá redefinir as regras
do controle social da força de trabalho na região de fronteira. O livro de Cortez (1994) também apresenta
a situação dos brasileiros no Paraguai, retratando-os como refugiados, uma vez que não são reconhecidos
como cidadãos nem no Paraguai nem no Brasil.
Fogel e Greco (1992) analisam as migrações massivas na fronteira com o Paraguai, os quais
podem ser relevantes na discussão sobre o processo de integração. Os autores apresentam os antecedentes
das migrações massivas na fronteira leste, tanto de agricultores para o Paraguai quanto de paraguaios para
o Brasil. Analisou os efeitos das migrações internacionais na fronteira, demonstrando que esses migrantes
enfrentam problemas nos dois lugares. Aponta para a necessidade de que as políticas econômicas e de
integração cultural atendam às reivindicações da população migrante, que reclama a proteção de direitos
em ambos os países. Desta forma, os processos de integração não deveriam limitar-se às regulações
comerciais; as migrações em massa com seu impacto econômico e social, constituem os pontos de debate
que devem ser incorporados ao processo de integração.
O artigo de Heikel e Rojas Bahr (1992) apresenta uma análise dos movimentos populacionais
Norte-Sul e Leste-Oeste, comparando as características socio-demográficas desses movimentos
migratórios intra-regionais no Paraguai nos últimos 20 anos. Apresentam ainda os boletins demográficos
da população nascida no Paraguai e recenseada em outros países, segundo sexo e período de chegada
26

(1981, 1982), e da população nascida na América Latina e Caribe recenseada em distintos países e de seu
nascimento.
Kraumer (1996) estuda o mercado de trabalho no Mercosul e, em particular, no Paraguai, face às
transformações tecnológicas e a globalização. Apresenta quadro teórico geral, dados sobre a conjuntura
atual no Mercosul e elementos sobre a situação paraguaia: sociedade rural, urbanizada, setor informal e
mão de obra não qualificada.
Os artigos de Lattuca (1995), Palau (1996), Mármora 1996) e Pellegrino (1996) analisam e
discutem diferentes aspectos do tratamento dispensado à livre circulação de pessoas. Isso implicaria que
os princípios colocados para a livre circulação dos produtos fossem aplicados para as populações que
vivem nos países fronteiriços. A livre circulação de pessoas (Kratochwill 1996) significa que os países do
Mercosul teriam uma política migratória comum que permitisse aos cidadãos circularem livremente entre
os estados para trabalhar, residir, educar seus filhos, contando com acesso e cobertura de seguros sociais.
Esses trabalhos tratam dos países fronteiriços do Cone Sul, antecipando efeitos do Tratado de Livre
Comércio (Mercosul) sobre os deslocamentos populacionais, condições de vida e relações de trabalho no
âmbito dos quatro países inicialmente envolvidos. No confronto de dinâmicas demográficas e sociais
bastante diferenciadas sobrepondo-se às tendências tradicionais de deslocamentos populacionais
específicos – que incluem uma considerável circularidade entre os países os efeitos do Tratado já se
fazem sentir, colocando em questão a decisão oficial de postergar o tratamento das questões relacionada
às pessoas para depois dos acertos sobre tarifas e livre circulação de mercadorias. Nesse contexto, emerge
uma nova situação. A cidadania, os direitos, a necessária compatibilização das relações de trabalho, a
questão das políticas providenciarias e de saúde são algumas das múltiplas dimensões a serem enfrentadas
na nova convivência entre esses países. Da leitura dos vários textos pode-se depreender os riscos do
adiamento de decisão acerca da vida das pessoas que já estão ou que, a curto prazo, irão crescentemente
se envolver no processo de integração regional (Patarra, 1996: ix).
Patarra (2000), a partir dos dados do censo de 1991 procura identificar os imigrantes para o
Brasil. Ao localizar esse contingente descobre que a maioria dos imigrantes para o Brasil são sul-
americanos provenientes principalmente do Paraguai, Argentina, Bolívia e Chile. A partir desses dados
procura analisar o contexto no qual ocorrem os deslocamentos populacionais e as discussões gerados pelo
Tratado Comercial do Mercosul, inaugurado em 1991. No relatório, a autora discorre sobre os fluxos para
o Brasil e para os países fronteiriços, destacando os municípios fronteiriços nas regiões Norte, Sul e
Centro-Oeste nos quais essas migrações se concentram e os problemas colocados para os projetos de
integração pela proposta de livre circulação de trabalhadores.

Considerações finais

Esse artigo sobre os novos migrantes internacionais do e para o Brasil constituiu-se num esforço
de apresentar um quadro da produção bibliográfica sobre esse movimento migratório nas duas últimas
décadas. Como se trata de um movimento recente, o universo levantado abarcou não apenas os livros, que
são poucos, mas contemplou produções acadêmicas como teses, dissertações, monografias, relatórios de
27

pesquisa, papers apresentados em congressos e seminários, artigos publicados em revistas acadêmicas,


não-acadêmicas e de divulgação.
A pretensão desse artigo e, ao mesmo tempo um dos seus limites, foi localizar uma produção que
está situada em vários centros acadêmicos e outras instituições de pesquisa e atendimentos ao migrante. O
que pudemos constatar é que há um interesse crescente pelo tema em várias dessas instituições no Centro-
Sul do país, concentrando-se essas pesquisas nas instituições que têm linhas de pesquisa vinculadas às
migrações internacionais.
Um balanço dessa produção evidencia o crescimento significativo da mesma, sobretudo a partir
da segunda metade dos anos 90. Pode-se perceber ainda que há mais pesquisas e publicações sobre a
emigração de brasileiros para o exterior do que sobre a imigração recente para o Brasil. No universo
pesquisado, encontramos um volume maior de produção referente ao fluxo de brasileiros nos Estados
Unidos, no Japão e Paraguai, do que sobre os migrantes brasileiros para a Europa e os imigrantes recentes
para o Brasil. Essa diferença quantitativa de produção bibliográfica pode ser explicada. por que estes
fluxos para os Estados Unidos e o Japão, juntamente com as migrações na fronteira com o Paraguai, se
constituem nos maiores contingentes de migrantes brasileiros como também, pelo fato de configurarem
fluxos mais visíveis e consolidados ao longo do tempo. No caso da migração para Europa, como esse
movimento cresceu ao longo dos anos 90, particularmente para Itália e Portugal, como revelam os
trabalhos e pesquisas em andamento, a produção ainda é pequena em relação aos outros fluxos. Quando
se trata de imigração para o Brasil, notamos que a produção se concentra nos grupos imigrantes que
vieram na virada do século XIX para o XX, mas que ainda pouco se sabe sobre os imigrantes recentes
para o Brasil. Talvez isso se explique pelas características dos recentes fluxos migratórios brasileiros, pois
nossa auto-imagem não era de país de emigração. Assim, a “novidade” é a partida de milhares de
brasileiros para os EUA, Japão e Europa, bem como os imigrantes bolivianos, outros latino-americanos e
coreanos, que se diluem nesse cenário associados a outros contingentes imigratórios. Esse levantamento
indica algumas lacunas temáticas e sugere a necessidade de se conhecer melhor quem são os novos
imigrantes para o Brasil.
Os primeiros trabalhos sobre os emigrantes brasileiros para os EUA, Europa e Japão procuraram
traçar um perfil sobre desse novo fluxo da população brasileira. As primeiras questões procuram delinear
quem são e quantos são os emigrantes brasileiros no exterior.
No caso dos trabalhos sobre emigrantes nos EUA, as pesquisas apontaram para a cidade mineira
de Governador Valadares como ponto de partida para emigração de brasileiros. A cidade foi objeto de
estudos de natureza qualitativa e de dois surveys que traçaram um perfil sobre esses emigrantes. Nos
EUA, os estudos inicialmente ocorrem em New York e depois se dirigiram para onde se concentram os
emigrantes brasileiros na região de Boston – Massachussetts. Os trabalhos mais recentes procuram
analisar outros locais de concentração de emigrantes brasileiros, como São Francisco, nos EUA, e outros
pontos de partida de emigrantes no Brasil – o que indica a necessidade de pesquisas que contemplem
esses novos direcionamentos. O perfil esboçado por essas pesquisas é parcial, pois tratam-se de
emigrantes ilegais. Revelam ainda a constituição de uma comunidade brasileira nos EUA e os
sentimentos ambíguos em relação à ampliação do tempo de permanência na sociedade de destino, à
modificação dos projetos de retorno e às várias facetas das ligações com o Brasil.
28

A bibliografia que localizamos sobre emigrantes brasileiros na Europa enfoca os contingentes de


trabalhadores migrantes em países como Portugal, Itália, Suíça e Alemanha, apresentando diferentes
situações enfrentadas pelos mesmos. No caso dos emigrantes para Portugal e Itália, muitos deles podem
conseguir com a dupla-cidadania podendo trabalhar legalmente nestes países. No caso de Portugal
acrescenta-se ainda que trata uma migração que é caracterizada por profissionais qualificados, entre eles
destacam-se os cirurgiões dentistas. Os trabalhos ainda indicam que às levas de migrantes que recorreram
à dupla cidadania sucederam-se os emigrantes ilegais que se inserem nessa rota de migração.
Os emigrantes nipo-brasileiros também se inserem no circuito migratório internacional
percorrendo o caminho inverso, pois assim como os descendentes de europeus que vieram para o Brasil,
recorrem à ancestralidade para trabalhar legalmente no Japão. Os trabalhos apontam para a importância
da etnicidade nesse contexto migratório uma vez que apontam para as inúmeras situações de encontros e
desencontros entre nikkeis e os japoneses na sociedade de recepção – o Japão.
A problemática das migrações na área de fronteira no Cone Sul e sua articulação com os acordos
que envolvem o Mercosul é tratada e discutida em várias instâncias governamentais, civis e acadêmicas,
que abordam questões de políticas de integração econômica, política, social e cultural dentre as quais a
migração emerge como questão ligada a livre circulação de pessoas.
A bibliografia apresentada neste texto fornece um painel das migrações internacionais
contemporâneas no Brasil, esboça características dos fluxos e dos grupos migratórios, tanto dos
brasileiros no exterior quanto dos estrangeiros que chegam ao Brasil, mostrando dados sócio-
demográficos, políticos, econômicos e etnográficos, reveladores de diferentes facetas desses fenômenos
migratórios. Os trabalhos abordam diferentes temas como identidade, cidadania, etnicidade, trabalhador
migrante, redes sociais, transnacionalismo, comunidade, campesinato, questão agrária, fronteiras. À
medida que os contingentes de brasileiros vão sendo analisados, as questões ampliam-se: a temática da
reconstrução de identidade, cidadania, e políticas migratórias, tanto nos países receptores quanto no Brasil
em relação aos emigrantes, começaram a fazer parte das agendas de pesquisa e seminários.
Os trabalhos revelaram alguns pontos fundamentais do debate: a questão do trabalho legal/ilegal;
a importância das redes sociais na articulação, manutenção e consolidação dos fluxos migratórios; a
importância da Igreja tanto no aspecto da sociabilidade do migrante, quanto na luta por seus direitos; a
experiência cotidiana da migração e os impactos na vida dos migrantes, o papel do Estado brasileiro na
formulação de políticas migratórias para os emigrantes e imigrantes no Brasil; a questão da livre
circulação de pessoas quando se refere às migrações fronteiriças. Estas questões perpassam vários
trabalhos, pesquisas e seminários.
O balanço da bibliografia revela que, se por um lado, ocorreu um crescimento quantitativo e
qualitativo da produção – o que se expressa nos trabalhos aqui relacionados – , por outro lado,
permanecem em aberto essas questões que de certa forma dão o contorno das perguntas mais gerais que
iniciaram as pesquisas e este levantamento: quem são? quantos são? como vivem a experiência
migratória? apontando para a importância da continuidade das pesquisas que forneçam um quadro mais
amplo dos novos migrantes do e para o Brasil.
41

ANEXO I

BIBLIOGRAFIA

Migração internacional contemporânea do Brasil

1. GERAL

ALMINO, João – Conselhos de cidadãos: parceria comunidade-Estado brasileiro no exterior, trabalho


apresentado no Simpósio Internacional sobre Emigração Brasileira, CEMI-UNICAMP, Casa do
Brasil de Lisboa, Lisboa, out. 1997

AMORIM, Lúcio – A política do Ministério das Relações Exteriores em relação aos emigrantes brasileiros,
trabalho apresentado no Simpósio Internacional sobre Emigração Brasileira, CEMI-UNICAMP,
Casa do Brasil de Lisboa, Lisboa, out. 1997

ANDRADE, José H. Fischel de – A proteção internacional dos refugiados no limiar do século XXI, Travessia
– Revista do Migrante, n. 25, mai.1996

BAENINGER, Rosana & ANTICO, Cláudia – Questões decorrentes da emergência da migração


internacional no Brasil, in PATARRA, Neide (coord.) – Migrações Internacionais – herança
XX, agenda XXI, Campinas: FNUAP, São Paulo: Oficina Editorial, 1996, p.259-26

CAIADO, Aurílio Sérgio Costa – A inserção do Brasil no novo ciclo internacional de migrações (resenha),
Revista Brasileira de Estudos de População, vol. 13, n.1, jan./jun. 1996, p.101-106

CARVALHO, José Alberto Magno de – O saldo dos fluxos migratórios internacionais no Brasil na década
de 80: uma tentativa de estimação, in PATARRA, Neide (coord.) – Migrações Internacionais –
herança XX, agenda XXI, Campinas: FNUAP, São Paulo: Oficina Editorial, 1996, p.227-238

CARVALHO, José Alberto Magno de – O saldo dos fluxos migratórios internacionais no Brasil na década
de 80: uma tentativa de estimação, Revista Brasileira de Estudos de População, vol. 13, n.1,
jan./jun. 1996, p.3-14

CARVALHO, José Alberto Magno de; MAGALHÃES, Marisa Valle; GARCIA, Ricardo Alexandrino;
SOARES, Weber – Sinuosos caminhos para estimação dos emigrantes internacionais de
1986/1991 e de 1991/1996 e dos saldos migratórios dos qüinqüênios entre 1981 e 1996 das
Unidades da Federação Brasileira, trabalho apresentado no XII Encontro Nacional de Estudos
Populacionais, Caxambu (MG), 23 a 27 de outubro de 2000

GARCIA, Ricardo Alexandrino & SOARES, Weber – Estimativa dos SM, das TLM e dos emigrantes
internacionais da macrorregião VIII – Rio Doce, trabalho apresentado no II Encontro Nacional
sobre Migração, MR1 – ‘Contribuições metodológicas para a análise das migrações e avaliação
dos dados’, GT de Migração da ABEP (Associação Brasileira de Estudos Populacionais), Outro
Preto (MG), 24 a 26 de Novembro de 1999.

HUGO, Graeme – Migrações internacionais não-documentadas: uma tendência global crescente, Travessia –
Revista do Migrante, n. 30, jan. 1998

KLASGSBRUNN – A dimensão econômica da diáspora brasileira, trabalho apresentado no Simpósio


Internacional sobre Emigração Brasileira, CEMI-UNICAMP, Casa do Brasil de Lisboa, Lisboa,
out. 1997
42

LOURENÇO, Luis Carlos de Brito – Soluções pra o atendimento bancário a brasileiros no exterior, trabalho
apresentado no Simpósio Internacional sobre Emigração Brasileira, CEMI-UNICAMP, Casa do
Brasil de Lisboa, Lisboa, out. 1997

MÁRMORA, Lélio – A migração de trabalhadores e os processos de integração, Travessia – Revista do


Migrante, n. 25, mai.1996

MARTINS, José de Souza – O problema das migrações no limiar do terceiro milênio, in SERVIÇO
PASTORAL DOS MIGRANTES et al. (orgs.) – O fenômeno migratório no limiar do terceiro
milênio – desafios pastorais, Petrópolis, RJ, ed. Vozes, 1998, p. 19-34

MILESI, Irmã Rosita & MORONI, José Antonio – Refugiados no Brasil, in O fenômeno migratório no limiar
do terceiro milênio – desafios pastorais, Petrópolis, ed. Vozes, 1998, p. 93-108

OLIVEIRA, Antonio Tadeu R. de et al. – Notas sobre a migração internacional no Brasil na década de 80, in
PATARRA, Neide (coord.) – Migrações Internacionais – herança XX, agenda XXI, Campinas:
FNUAP, São Paulo: Oficina Editorial, 1996, p.239-257

PATARRA, Neide (coord.) – Emigração e imigração internacionais no Brasil contemporâneo, SP, FUNAP,
1995

PATARRA, Neide & BAENINGER, Rosana – Migrações internacionais recentes: o caso do Brasil, in
PATARRA, Neide (coord.) – Emigração e imigração internacionais no Brasil contemporâneo,
SP, FUNAP, 1995, p.78-89

PATARRA, Neide (coord.) – Migrações Internacionais – herança XX, agenda XXI, Campinas: FNUAP, São
Paulo: Oficina Editorial, 1996

PATARRA, Neide – Migrações internacionais: uma nova questão demográfica (ponto de vista), Revista
Brasileira de Estudos de População, vol. 13, n.1, jan./jun. 1996, p. 111-113.

SALES, Teresa – Novos fluxos da população brasileira, Revista Brasileira de Estudos de População, v.8, n.1-
2. ABEP, SP, jan./dez. 1991.

SALES, Teresa – O Brasil no contexto das novas migrações internacionais, Travessia – Revista do Migrante,
n. 21, jan.1995

SALES, Teresa & BAENINGER, Rosana – Migrações internas e internacionais no Brasil – panorama deste
século, Travessia – Revista do Migrante, n.36, jan./abr. 2000, p.33-44

SAYAD, Abdelmalek – O retorno – elemento constitutivo da condição do imigrante, volume especial de


Travessia – Revista do Migrante, ano XIII, número especial, jan. 2000

SERVIÇO PASTORAL DOS MIGRANTES et al. (orgs.) – O fenômeno migratório no limiar do terceiro
milênio – desafios pastorais, Petrópolis, RJ, ed. Vozes, 1998

STARLING, Sandra – Os emigrantes brasileiros e a ação do Poder legislativo, trabalho apresentado no


Simpósio Internacional sobre Emigração Brasileira, CEMI-UNICAMP, Casa do Brasil de
Lisboa, Lisboa, out. 1997

VAINER, Carlos – Estado e imigração internacional: da imigração à emigração, trabalho apresentado no


XXII Encontro Anual da ANPOCS, GT-09 – ‘Migrações Internacionais’, Caxambu (MG), 27 a
31 de outubro de 1998.
43

VIANNA, Carlos – As reivindicações dos imigrantes brasileiros em prol de seus (duplos) direitos à
cidadania e à justiça social, trabalho apresentado no Simpósio Internacional sobre Emigração
Brasileira, CEMI-UNICAMP, Casa do Brasil de Lisboa, Lisboa, out. 1997

2. ESTADOS UNIDOS

ASSIS, Gláucia de Oliveira – Estar aqui, estar lá... o retorno dos emigrantes valadarenses ou a construção
de uma identidade transnacional?, Travessia – revista do migrante, n.22, ano 8, mai.ago./1995
(Retorno), p. 8-14

ASSIS, Gláucia de Oliveira – Estar aqui, estar lá... o retorno dos emigrante valadarenses ou a construção de
uma identidade transnacional?, Caderno de Ciências Sociais, vol.4, n.7, dez.1996, p. 36-47

ASSIS, Gláucia de Oliveira – Estar aqui, estar lá...: uma cartografia da emigração valadarense para os
Estados Unidos, in REIS, Rossana Rocha & SALES, Teresa (orgs.) – Cenas do Brasil
Migrante, SP, ed. Boitempo, 1999, p. 125-166

ASSIS, Gláucia de Oliveira – Rupturas e permanências: os novos fluxos da população brasileira e as


transformações nas relações de gênero, trabalho apresentado na XXIII Reunião Anual da
ANPOCS, GT-9 – “Migração Internacional”, Caxambu (MG), 19 a 23 de outubro de 1999

ASSIS, Gláucia de Oliveira – Os novos fluxos da população brasileira e as transformações nas relações de
gênero, trabalho apresentado no II Encontro Nacional sobre Migração, MR3 – ‘Migração
Internacional’, GT de Migração da ABEP (Associação Brasileira de Estudos Populacionais),
Outro Preto (MG), 24 a 26 de Novembro de 1999.

ASSIS, Gláucia de Oliveira – A emigração de brasileiros para os EUA e a (re)construção da identidade


nacional, trabalho apresentado na XI Jornada de Estudos Americanos – ‘Raízes e Rumos /
Roots & Routes’, Mesa 2 “Circuitos migratórios transnacionais”, Associação Brasileira de
Estudos Americanos (ABEA), UFF, Rio de Janeiro (RJ), 14 a 16 de julho de 2000

BELLEI, Sergio Luiz Prado – Brazilian Culture in the Frontier, Bulletin of Latin American Research, vol.14,
n.1, p.47-61, jan. 1995.

BESERRA, Bernadete – A integração brasileira no mundo latino de Los Angeles, trabalho apresentado no
XXIV Encontro Anual da ANPOCS, GT-9 – ‘Migrações Internacionais’, Petrópolis, RJ, 23 a
27 de outubro de 2000

BICALHO, José V. – Yes, eu sou Brazuca. Governador Valadares, Ibituruna, 1989, 106p.

BIDDLECOM, An E. – Book-Review: “Little Brazil: an ethnography of Brazilian immigrants in New York”,


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BOTELHO, Vera – Políticas públicas no contexto da transnacionalidade: o caso das brasileiras da British
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CASTRO, Mary Garcia de – Latinos nos EUA: unindo Américas, fazendo a América de lá ou perdendo a
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CASTRO, Mary Garcia – Latinos nos EUA: unindo Américas, fazendo a América de lá ou perdendo a nossa
América? In: Adorno, Sérgio (org.). A sociologia entre a Modernidade e a contemporaneidade.
Cadernos de Sociologia. Programa de Pós-graduação em Sociologia IFCH/UFRGS, 1993.

CASTRO, Mary Garcia – Trans-identidades no local globalizado. Não-identidades, margens e fronteiras:


vozes de mulheres latinas nos Estados Unidos, Revista Crítica de Ciências Sociais, n. 48, June,
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DeBIAGGI, Sylvia – Mudança, crise e redefinição de papeis: as mulheres brasileiras lá fora, Travessia –
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FERREIRA, Argemiro – Aventureiros sobrevivem com subemprego nos EUA. Saindo do Brasil (1), País,
Diário Catarinense. 16/mai/1993, p.17.

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Caxambu (MG), 23 a 27 de outubro de 2000

FUSCO, Wilson – Redes sociais na migração internacional – o caso de Governador Valadares, trabalho
apresentado no II Encontro Nacional sobre Migração, MR3 – ‘Migração Internacional’, GT de
Migração da ABEP (Associação Brasileira de Estudos Populacionais), Outro Preto (MG), 24 a
26 de Novembro de 1999.

FUSCO, Wilson – Redes Sociais na migração internacional: o caso de Governador Valadares, Campinas,
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GILBERTSON, Greta A. – Review essay: “Little Brazil: an ethnography of Brazilian immigrants in New
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GOULART, Robson & SALES, Teresa – ‘América, país de imigrantes’ e as crescentes restrições aos
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GOZA, Franklin – A imigração brasileira na América do Norte, Revista Brasileira de Estudos da População,
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GOZA, Franklin – Brazilian Immigration to North America, International Migration Review, vol. 28, n. 1,
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LEON, Thales de – Clandestinos – aventuras verídicas de um guia de imigrantes ilegais nas fronteiras
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MARGOLIS, Maxine – An American in Governador, in The Brazilians., n.18 (september); 4. 1990

MARGOLIS, Maxine – From Mistress to Servant: Downward mobility among Brazilians in New York City,
Urban Anthropology, vol.19, n.3, 1992, p.215-231

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MARGOLIS, Maxine – With new eyes: returned international immigrants in Rio de Janeiro, trabalho
apresentado na XI Jornada de Estudos Americanos – ‘Raízes e Rumos / Roots & Routes’, Mesa
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(ABEA), UFF, Rio de Janeiro (RJ), 14 a 16 de julho de 2000

MARTES, Ana Cristina Braga – A atuação das igrejas entre imigrantes brasileiros em Boston, Revista
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MARTES, Ana Cristina Braga – Solidarity and competition – access to the labor market and the role of the
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MARTES, Ana Cristina Braga – Trabalhadoras brasileiras em Boston, Travessia – Revista do Migrante, n.
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MARTES, Ana Cristina Braga – Ministério das Relações Exteriores e emigração brasileira, trabalho
apresentado no Simpósio Internacional sobre Emigração Brasileira, CEMI-UNICAMP, Casa do
Brasil de Lisboa, Lisboa, out. 1997

MARTES, Ana Cristina Braga – Migração internacional e mercado de trabalho: um estudo sobre imigrantes
brasileiros em Boston, trabalho apresentado na XXIII Reunião Anual da ANPOCS, GT-9 –
“Migração Internacional”, Caxambu (MG), 19 a 23 de outubro de 1999

MARTES, Ana Cristina Braga – Os imigrantes brasileiros e as igrejas em Massachusetts, in REIS, Rossana
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MARTES, Ana Cristina Braga – Brasileiros nos Estados Unidos: um estudo sobre imigrantes em
Massachusetts, São Paulo, ed. Paz e Terra, 1999.

MARTES, Ana Cristina Braga – Migração internacional e o mercado de trabalho: um estudo sobre
imigrantes brasileiros em Boston, trabalho apresentado na XI Jornada de Estudos Americanos –
‘Raízes e Rumos / Roots & Routes’, Mesa 2 “Circuitos migratórios transnacionais”, Associação
Brasileira de Estudos Americanos (ABEA), UFF, Rio de Janeiro (RJ), 14 a 16 de julho de 2000

MONTEIRO, Joyce Anne Rodrigues – Estados Unidos: um retrato político das migrações internacionais,
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MONTEIRO, Joyce Anne Rodrigues – ‘IRIRA 96’ – fechando o cerco aos clandestinos nos Estados Unidos,
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MORETTO, Denise – Descripitive study of the brazilian immigrants, living in the Boston area and
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educação, Boston University, School of Education, 1991.

NORRIS, W. P. – book review: “Little Brazil – an ethnography of Brazilian in New York City” (Margolis,
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REIS, Rossana Rocha & SALES, Teresa (orgs.) – Cenas do Brasil Migrante, São Paulo, ed. Boitempo, 1999

RIBEIRO, Gustavo L. – Bichos-de-obra – Fragmentação e reconstrução de identidade, Revista Brasileira de


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RIBEIRO, Gustavo L. – Explorando fragmentos das fronteiras da cultura, in FONSECA, Claudia (org.) –
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RIBEIRO, Gustavo Lins – Vulnerabilidade e ambiguidade. Cidadania na situação de emigrante em São


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Brasileira, CEMI-UNICAMP, Casa do Brasil de Lisboa, Lisboa, out. 1997

RIBEIRO, Gustavo Lins – O que faz o Brasil, Brazil: jogos identitários em São Francisco, in REIS, Rossana
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ROSSI, Ana M.; TODD MANCILLAS, William R. – A Comparison of Managerial comunication strategies
between Brazilian and American women, Communication Research Report; vol. 2, n.1, dec.
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47

RUDRAPPA, Sharmila; BAIOCCHI, Gianpaolo – Seeing ourselves in Black and White: South Asians and
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SALES, Teresa – Imigrantes estrangeiros, imigrantes brasileiros: uma revisão bilbiográfica e algumas
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jan./jul. 1992, p. 50-64.

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SALES, Teresa – O trabalhador brasileiro no contexto das migrações internacionais, in: PATARRA, N. L.
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SALES, Teresa – Entre Governador Valadares e Framingham, Massachussets: ilegalidade, mercado de


trabalho e redes sociais, trabalho apresentado no Simpósio Internacional sobre Emigração
Brasileira, CEMI-UNICAMP, Casa do Brasil de Lisboa, Lisboa, out. 1997

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SALES, Teresa – Brasil-Massachusetts – cenas de um processo migratório, in SERVIÇO PASTORAL DOS


MIGRANTES et al. (orgs.) – O fenômeno migratório no limiar do terceiro milênio – desafios
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SALES, Teresa – Brasileiros longe de casa, SP, ed. Cortez, 1999

SALES, Teresa – Identidade étnica entre imigrantes brasileiros na região de Boston, Estados Unidos, in
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1999, p.17-44

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SALES, Teresa – The construction of an ethnic identity: Brazilian immigrants in Boston, Mass., Migration
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SAVOLDI, A . – O caminho inverso: a trajetória dos descendentes de imigrantes italianos em busca da dupla
cidadania, Florianópolis, dissertação de mestrado em antropologia social, UFSC, 1997.

SCUDELER, Valéria Cristina – Imigrantes valadarenses no mercado de trabalho dos Estados Unidos, in
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SCUDELER, Valéria Cristina – Imigrantes valadarenses: experiência migratória, legalização e status


ocupacional no mercado de trabalho norte-americano, trabalho apresentado no XII Encontro
Nacional de Estudos Populacionais, Caxambu (MG), 23 a 27 de outubro de 2000, ST-16 – ‘A
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SILVA FILHO, Alpiniano – Abobrinhas, Insultos e Barrigadas, GV NEWS, jan. 1994, p.16-17, Governador
Valadares (MG)

SOARES, Weber – Emigrantes e investidores: redefinindo a dinâmica imobiliária na economia valadarense,


Rio de Janeiro, dissertação de mestrado, IPPUR, UFRJ, 1995.
48

SOARES, Weber – Ser valadarense: a conquista de nova posição no espaço social e a ‘(re)territorialização’
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SOARES, Weber – Emigração e (i)mobilidade residencial: momentos de ruptura na


reprodução/continuidade da segregação social no espaço urbano, in REIS, Rossana Rocha &
SALES, Teresa (orgs.) – Cenas do Brasil Migrante, SP, ed. Boitempo, 1999.

SOUSA, Heloísa – Imigrantes brasileiros em Boston: testemunhos, experiências e reivindicações, trabalho


apresentado no Simpósio Internacional sobre Emigração Brasileira, CEMI-UNICAMP, Casa do
Brasil de Lisboa, Lisboa, out. 1997

SOUZA, Heloisa M. – Associações Brasileira em Boston: um primeiro olhar, Travessia – Revista do


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PATARRA, Neide Lopes – Movimentos migratórios no Mercosul: modalidades de migração internacional


contemporânea, trabalho apresentado no I Simpósio Internacional sobre Emigração Brasileira,
CEMI-UNICAMP, Casa do Brasil de Lisboa, Lisboa, out. 1997

PATARRA, Neide Lopes – Integração econômica, mercado de trabalho e migração internacional: o caso do
Mercosul, trabalho apresentado no Seminário Regional “Globalización y Migración
Internacional en Latinoamerica y el Caribe: tendências y perspectivas para el siglo XXI”, 27-29
out. 1998, Santigo, Chile.

PATARRA, Neide Lopes – Deslocamentos populacionais e livre circulação de trabalhadores: o caso do


Mercosul. Relatório final de atividades (CNPq), NEPO, UNICAMP, fev. 2000

PATARRA, Neide Lopes & ANTICO, Cláudia – Municípios fronteiriços brasileiros: uma abordagem sobre
deslocamentos populacionais, trabalho apresentado no XXII Encontro Anual da ANPOCS, GT-
09 – ‘Migrações Internacionais’, Caxambu (MG), 27 a 31 de outubro de 1998.

PELLEGRINO, Adela – As migrações no Cone Sul, com ênfase no caso do Uruguai, in PATARRA, Neide
(coord.) – Emigração e imigração internacionais no Brasil contemporâneo, SP, FUNAP, 1995,
p.188-193

PELLEGRINO, Adela (comp.) – Migracion e integracion: nuevas formas de movilidad de la poblacion,


Montevideo: Ed. Trilce, 1995.
65

POCHMANN, Marcio – Economia global e os direitos trabalhistas na periferia do capitalismo, in


PATARRA, Neide (coord.) – Migrações Internacionais – herança XX, agenda XXI, Campinas:
FNUAP, São Paulo: Oficina Editorial, 1996, p.197-215

PRESSER, Mario Ferreira – Globalização e regionalização: notas sobre o Mercosul, in PATARRA, Neide
(coord.) – Migrações Internacionais – herança XX, agenda XXI, Campinas: FNUAP, São
Paulo: Oficina Editorial, 1996, p.185-196

REVISTA DA OIM SOBRE MIGRACIONES NA AMERICA LATINA. Santiago do Chile, CIMAL, v.10.
n.213, ago./dic. 1992, 27p.

REYDON, Bastiaan P. & PLATA, Ludwig Agurto – Migrações e os mercados de terra agrícolas no Cone
Sul, in PATARRA, Neide (coord.) – Emigração e imigração internacionais no Brasil
contemporâneo, SP, FUNAP, 1995, p. 160-174

SALES, Teresa – Migrações de fronteira entre o Brasil e os países do Mercosul, Revista Brasileira de
Estudos de População, vol. 13, n.1, jan./jun. 1996, p.87-98

SALIM, Celso Amorim – A questão dos brasiguaios e o Mercosul, in PATARRA, Neide (coord.) –
Emigração e imigração internacionais no Brasil contemporâneo, SP, FUNAP, 1995, p.144-159

SANTILLO, Mario – Estudios y investigaciones recientes sobre migraciones internacionales en los paises
integrantes del Mercosur, trabalho apresentado no Seminário Regional “Globalización y
Migración Internacional en Latinoamerica y el Caribe: tendências y perspectivas para el siglo
XXI”, 27-29 out. 1998, Santigo, Chile.

SANTILLO, Mario – O impacto das migrações limítrofes no mercado de trabalho da Argentina e suas
conseqüências no Mercosul, in SERVIÇO PASTORAL DOS MIGRANTES et al. (orgs.) – O
fenômeno migratório no limiar do terceiro milênio – desafios pastorais, Petrópolis, RJ, ed.
Vozes, 1998, p.191-202

SANTOS, Carlos Augusto dos; BRASIL, Marília Carbalho e MOURA, Hélio Augusto de – “Personae Non
Gratae”? A imigração indocumentada no Estado do Amazonas, trabalho apresentado no XII
Encontro Nacional de Estudos Populacionais, Caxambu (MG), 23 a 27 de outubro de 2000, ST-
16 – ‘A migração internacional no final do século’

SPRANDEL, Márcia Anita – Brasiguaios: os camponeses e as regras do jogo político nas fronteiras do Cone
Sul, Travessia – Revista do Migrante, n. 11, set. 1991

SPRANDEL, Marcia Anita. Brasiguaios: conflito e identidade em fronteiras internacionais, RJ, dissertação de
mestrado em antropologia social, Museu Nacional/UFRJ, 1992.

SPRANDEL, Márcia Anita – Os movimentos de repatriamento, Travessia – Revista do Migrante, n. 22,


mai.1995

SPRANDEL, Márcia Anita – Brasileiros de fronteira: o caso do Paraguai, trabalho apresentado no Simpósio
Internacional sobre Emigração Brasileira, CEMI-UNICAMP, Casa do Brasil de Lisboa, Lisboa,
out. 1997

SPRANDEL, Marcia – Brasileiros de além-fronteira: Paraguai, in SERVIÇO PASTORAL DOS


MIGRANTES et al. (orgs.) – O fenômeno migratório no limiar do terceiro milênio – desafios
pastorais, Petrópolis, RJ, ed. Vozes, 1998, p.113-138
66

SPRANDEL, Márcia – A terra é estrangeira, mas a da minha roça é igual: terras e territórios no cotidiano
de camponeses brasileiros emigrantes, trabalho apresentado no XXII Encontro Anual da
ANPOCS, GT-09 – ‘Migrações Internacionais’, Caxambu (MG), 27 a 31 de outubro de 1998.

SPRANDEL, Marcia – Entre as leis e as realidades localizadas as tentativas de construção de um mercado


comum solidário, Travessia – Revista do Migrante, n.33, ano XII, jan./abr. 1999.

VILLA, Miguel – Una nota acerca de la información sobre migración internacional en Latinoamerica
(IMILA), in PATARRA, Neide (coord.) – Migrações Internacionais – herança XX, agenda XXI,
Campinas: FNUAP, São Paulo: Oficina Editorial, 1996, p.107-124

VILLALÓN, Adriana – De facilidades y restricciones: políticas inmigratorias argentinas de los ’90 ,


Travessia – Revista do Migrante, n. 33, jan. 1999

WAGNER, Carlos – Brasiguaios: homens sem pátria, Petrópolis, ed. Vozes, 1990
74

ANEXO II

EVENTOS

Migração internacional contemporânea do Brasil

1991 – Simpósio sobre o “Fenômeno chamado Dekassegui”, realizado pela Sociedade Brasileira de Cultura
Japonesa (SBCJ), em São Paulo (SP)

1992 – Seminário "Integração, Região e Regionalismos", Sessão "Mobilidade do Trabalho, Integração e


Mudanças Institucionais", realizado pelo IPPUR-UFRJ, Cedeplar-UFMG, CAEN-UFCE e UFPR,
Rio de Janeiro (RJ)

1992 – VIII Encontro Nacional de Estudos Populacionais, realizado pela Associação Brasileira de Estudos
Populacionais (ABEP), MR "O Brasil no Contexto das Migrações Internacionais", Brasília (DF)

1993 – III Encontro Nacional de Estudos do Trabalho da Associação Nacional de Estudos do Trabalho (ABET),
MR "Trabalho e Movimentos Migratórios", Rio de Janeiro (RJ)

1994 – Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento, realizado pelas Nações Unidas, Cairo,
Egito

1994 – IX Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, MR "Migrações Internacionais", Caxambu


(MG)

1994 – Seminário "Emigração e Imigração Internacionais no Brasil Contemporâneo", realizado pelo FNUAP,
NESUR-IE e NEPO, UNICAMP, Campinas (SP)

1994 – Seminário "O Novo Fluxo dos Povos no Mundo", organizado pelo Instituto Fernand Braudel de Economia
Mundial, São Paulo (SP)

1994 – Seminário “Terra natal, terra estrangeira – Migrações na Europa nos anos 90: integração ou conflito?”
realizado por Instituto Goethe de SP, CEDEC, IDESP, Serviço cultural do Consulado Geral da França
em SP, The British Council, no Instituto Goethe, São Paulo (SP).

1994 – Seminário Internacional "Distribucion y Movilidad Territorial de la Poblacion y Desarrollo Humano",


Seção "Dimensiones y tendencias recientes de la distibución y de la movilidad territorial de la
población en América Latina. Recistribución territorial y politicas migratorias en países del Cono Sur",
Bariloche, Argentina

1995 – Seminário "O Contexto Geral das Migrações Internacionais", realizado pelo FNUAP, NESUR-IE e
NEPO, UNICAMP, Campinas (SP)

1996 – 1º (E)MIGRA – 1º Ciclo de Estudos sobre “Migração Regional e Emigração de Valadarenses para Países
Estrangeiros”, Governador Valadares (MG)

1996 – 48ª Reunião Anual da SBPC, Mesa Redonda "O Brasil no Contexto das Novas Migrações Internacionais",
PUC-SP, São Paulo (SP)

1996 – Seminário "Migração – Turcos na Alemanha, Brasileiros no Mundo", organizado pelo Goethe Institut, Rio
de Janeiro (RJ)
75

1996 – Seminário "O Fenômeno Migratório no Limiar do Terceiro Milênio – desafios pastorais”, organizado pelo
Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM), Centro de Estudos Migratórios (CEM), Setor Pastoral Social da
CNBB, Laboratório de Geografia Urbana da USP, Centro Scalabriniano de Estudos Migratórios
(CSEM), São Paulo (SP)

1996 - X Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, MR "Migrações Internacionais", Caxambu


(MG)

1996 – XX Reunião Brasileira de Antropologia (ABA), MR 21 “Globalização, Estado e embates de identidade”,


Salvador (BA)

1997 – 49º Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), MR “Estudos de
Migração: relatos de pesquisa”; MR “Procedimentos metodológicos em estudos de imigração”, Belo
Horizonte (MG).

1997 – Comemoração do 5º Aniversário de Constituição do CIATE (Centro de Informação e Atendimento ao


Trabalhador no Exterior) – “Dekassegui – 10 anos de história e suas perspectivas futuras”. Sociedade
Brasileira de Cultura Japonesa, São Paulo (SP)

1997 – I Encontro Nacional sobre Migração, GT ‘Migrações’ da Associação Brasileira de Estudos Populacionais
(ABEP), Curitiba (PR)

1997 – Simpósio Internacional sobre a Emigração Brasileira, organizado pelo CEMI-UNICAMP e Casa do Brasil,
em Lisboa, Portugal

1997 – Jornada sobre “Procesos migratórios en paises del Mercosur (1860-1990), Centro de Estudios Migratorios
Latinoamericanos (CEMLA), Buenos Aires, Argentina

1997 – Reunião Internacional da Organizacion Internacional para las Migraciones (OIM), Montevidéu, Uruguai

1997 – Seminário “International Migration at Centory’s End: trends and issues”, Union Internationale pour
l’Étude Scientifique de la Population (UIESP), Barcelona, Espanha

1997 – XXI Congresso de la Associación Latinoamericana de Sociologia, Associação Latino-Americano de


Sociología (ALAS), GT "Migrações e Fronteiras", USP, São Paulo (SP)

1997 – XXI Encontro Anual da ANPOCS, ST 12 “Movimentos Migratórios, visões comparativas”, Caxambu
(MG)

1997 – XXIIIrd General Population Conference, Beijing, China

1998 – 21ª Reunião Brasileira de Antropologia (ABA), MR 11 “A formação da ‘diáspora brasileira’: migrações
transnacionais e reconstruções e identidades”, Vitória (ES)

1998 – Seminário "Faces do Brasil Migrante", CEMI/PRONEX, UNICAMP, Campinas (SP)

1998 – Seminário “Acolhimento aos refugiados no contexto atual das migrações internacionais: ação e
perspectiva no caso brasileiro”. Depto. Geografia, UERJ, Cáritas, ACNUR, Rio de Janeiro (RJ)

1998 – Seminário “Globalización y Migración Internacional en Latinoamerica y el Caribe: tendências y


perspectivas pra el siglo XXI, Universidad de Chile, Santiago, Chile

1998 – Seminário “Taller sobre Políticas Migratórias, Gobernabilidade y Sociedad Civil”, OIM, CEMLA, Buenos
Aires, Argentina.
76

1998 – Simpósio Anual do CEMI, UNICAMP, Campinas (SP)

1998 – XI Encontro Nacional de Estudos Populacionais (ABEP), GT ‘Migrações Internacionais’, Caxambu (MG)

1998 – XXII Encontro Anual da ANPOCS, GT 9 "Migrações Internacionais”, Caxambu (MG)

1999 – II Encontro Nacional sobre Migração, GT de migração da ABEP, Ouro Preto (MG)

1999 – Seminário "Migrações Internacionais", organizado pela Comissão Nacional de População e


Desenvolvimento (CNPD) e pela Organização Internacional de Migração (OIM).

1999 – Simpósio Internacional "Migração: nação, lugar e dinâmicas territoriais", organizado pelo Depto. de
Geografia da USP e pela União Geográfica Internacional, USP, São Paulo (SP)

1999 – XXIII Encontro Anual da ANPOCS, GT 9 "Migrações Internacionais”, Caxambu (MG)

2000 – Ciclo de palestras “Psicanálise, Cultura e migração”, Psicologia Social, PUC-SP, São Paulo (SP)

2000 – Seminário Internacional "Políticas Migratórias", organizado pelo GT ‘Migrações Internacionais’ da


ANPOCS, IDESP, São Paulo (SP)

2000 – X Congresso Internacional da Associação Latino-Americana de Estudos de África e Ásia (ALADAA), C7


“imigração e identidade” e conferência de encerramento de Hiroshi Komai “Migración internacional
de trabalhadores e seu estatuto em las sociedades receptoras, caso Japon” Centro de Estudos Afro-
Asiáticos (CEAA), da Universidade Cândido Mendes (UCAM), Rio de Janeiro (RJ)

2000 – XII Encontro Nacional de Estudos Populacionais (ABEP), GT ‘Migrações Internacionais’, Caxambu
(MG)

2000 – XXIII Encontro Anual da ANPOCS, GT "Migrações Internacionais”, Petrópolis (RJ)

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