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Ciclo: 3º da Infância 

            
Encontro: 08/05/2010
Tema: DIA DAS MÃES
 
Incentivo inicial
Texto – quando Deus criou as mães
Slides com gravuras de mães famosas, mães evangelizandos, e mães/animais com
filhotes.
 
Desenvolvimento:
Escrever uma carta para a mãe – livre
Colocar na cesta de origami (artesanato). Embrulhar.
 
Final
Texto: Eu os amei o suficiente
Completar comcomentário sobre Maria mãe de Jesus
 
 
Quando Deus criou as mães
Diz uma lenda que o dia em que o bom Deus criou as mães, um mensageiro se acercou Dele e Lhe
perguntou o porquê de tanto zelo com aquela criação.
Em quê, afinal de contas, ela era tão especial?
O bondoso e paciente Pai de todos nós lhe explicou que aquela mulher teria o papel de mãe, pelo que
merecia especial cuidado.
Ela deveria ter um beijo que tivesse o dom de curar qualquer coisa, desde leves machucados até namoro
terminado.
Deveria ser dotada de mãos hábeis e ligeiras que agissem depressa preparando o lanche do filho,
enquanto mexesse nas panelas para que o almoço não queimasse.
Que tivesse noções básicas de enfermagem e fosse catedrática em medicina da alma. Que aplicasse
curativos nos ferimentos do corpo e colocasse bálsamo nas chagas da alma ferida e magoada.
Mãos que soubessem acarinhar, mas que fossem firmes para transmitir segurança ao filho de passos
vacilantes. Mãos que soubessem transformar um pedaço de tecido, quase insignificante, numa roupa
especial para a festinha da escola.
Por ser mãe deveria ser dotada de muitos pares de olhos. Um par para ver através de portas fechadas,
para aqueles momentos em que se perguntasse o que é que as crianças estão tramando no quarto
fechado.
Outro para ver o que não deveria, mas precisa saber e, naturalmente, olhos normais para fitar com
doçura uma criança em apuros e lhe dizer: Eu te compreendo. Não tenhas medo. Eu te amo, mesmo
sem dizer nenhuma palavra.
O modelo de mãe deveria ser dotado ainda da capacidade de convencer uma criança de nove anos a
tomar banho, uma de cinco a escovar os dentes e dormir, quando está na hora.
Um modelo delicado, com certeza, mas resistente, capaz de resistir ao vendaval da adversidade e
proteger os filhos.
De superar a própria enfermidade em benefício dos seus amados e de alimentar uma família com o pão
do amor.
Uma mulher com capacidade de pensar e fazer acordos com as mais diversas faixas de idade.
Uma mulher com capacidade de derramar lágrimas de saudade e de dor mas, ainda assim, insistir para
que o filho parta em busca do que lhe constitua a felicidade ou signifique seu progresso maior.
Uma mulher com lágrimas especiais para os dias da alegria e os da tristeza, para as horas de
desapontamento e de solidão.
Uma mulher de lábios ternos, que soubesse cantar canções de ninar para os bebês e tivesse sempre as
palavras certas para o filho arrependido pelas tolices feitas.
Lábios que soubessem falar de Deus, do Universo e do amor. Que cantassem poemas de exaltação à
beleza da paisagem e aos encantos da vida.
Uma mulher. Uma mãe.
*   *   *
Ser mãe é missão de graves responsabilidades e de subida honra. É gozar do privilégio de receber nos
braços Espíritos do Senhor e conduzi-los ao bem.
Enquanto haja mães na Terra, Deus estará abençoando o homem com a oportunidade de alcançar a
meta da perfeição que lhe cabe, porque a mãe é a mão que conduz, o anjo que vela, a mulher que ora,
na esperança de que os seus filhos alcancem felicidade e paz.
Redação do Momento Espírita.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 5, ed. Fep.
Em 04.05.2010.
 
 
 
Eu os amei o suficiente
 Meus filhos, um dia, quando vocês forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os
pais e as mães, eu hei de lhes dizer:
Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão.
Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele
novo amigo não era boa companhia.
Eu os amei o suficiente para os fazer pagar as balas que tiraram da mercearia e os fazer dizer ao dono:
Nós roubamos isto ontem e queríamos pagar.
Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé junto de vocês por uma hora, enquanto limpavam o seu
quarto; tarefa que eu teria realizado em quinze minutos.
Eu os amei o suficiente para os deixar ver, além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e
também as lágrimas nos meus olhos.
Eu os amei o suficiente para os deixar assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as
consequências eram tão duras que me partiam o coração.
Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes não, quando eu sabia que vocês poderiam me
odiar por isso.
Essas eram as mais difíceis batalhas de todas. Estou contente... Venci... porque no final vocês venceram
também!
E, qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os
pais e as mães, meus filhos vão lhes dizer quando eles lhes perguntarem se a sua mãe era má: Sim...
nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo. As outras crianças comiam doces no café da manhã
e nós tínhamos de comer pão, queijo, leite.
As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvete no almoço e nós tínhamos de
comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas.
Ela nos obrigava a jantar à mesa, bem diferente das outras mães, que deixavam os filhos comer vendo
televisão. Ela insistia em saber onde nós estávamos a toda hora. Era quase uma prisão.
Mamãe tinha que saber quem eram os nossos amigos e o que nós fazíamos com eles. Insistia que lhe
disséssemos quando íamos sair, mesmo que demorássemos só uma hora ou menos.
Nós tínhamos vergonha de admitir, mas ela violou as leis de trabalho infantil. Nós tínhamos de lavar a
louça, fazer as camas, lavar a roupa, aprender a cozinhar, aspirar o pó do chão, esvaziar o lixo e todo o
tipo de trabalhos cruéis.
Eu acho que ela nem dormia à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer.
Ela insistia sempre conosco para lhe dizer a verdade, e apenas a verdade.
E quando éramos adolescentes, ela até conseguia ler os nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo
chata. Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que nós saíssemos.
Tinham de subir, bater na porta para ela os conhecer. Enquanto todos podiam sair à noite com doze,
treze anos, nós tivemos de esperar pelos dezesseis.
Nossos amigos dirigiam o carro dos pais, mesmo sem ter habilitação, mas nós tivemos que esperar os
dezoito anos para aprender, como pede a lei.
Por causa da nossa mãe, nós perdemos muitas experiências da adolescência. Nenhum de nós esteve
envolvido em roubos, atos de vandalismo, violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum
crime.
Foi tudo por causa dela. Agora já saímos de casa. Somos adultos, honestos e educados, e estamos
fazendo o possível para ser, também, "pais maus", tal como a nossa mãe.
Eu acho que este é um dos males do mundo de hoje: não há suficientes mães más como a nossa mãe o
foi...
Redação do Momento Espírita, com base em mensagem de autoria desconhecida.
Disponível no CD Momento Espírita, Coletânea v. 8 e 9, ed. Fep.
Em 04.05.2009.
 

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