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Então, quando Ryan retorna após uma missão e encontra uma bela estranha,
ele não está apenas surpreso, ele também fica intrigado instantaneamente.
No entanto, nada pode prepará-lo para o que ele descobre quando começa a
cavar em seu passado.
É por isso que ela não deixa o guarda-costas robusto e bonito chegar muito
perto. Mas a química deles é inegável, e Hannah rapidamente se vê envolvida em
um romance turbulento com Ryan.
No entanto, o homem lindo e cativante que tirou Hannah do chão nem sabe
quem ela realmente é. E no momento em que ele descobre, as vidas de ambos estão
em risco.
Para meus leitores.
Sem vocês, sou apenas uma mulher com uma louca e hiperativa
imaginação.
JEM x
1
Algo não está certo. Eu deixei o MI5 há dez anos, mas meu
sexto sentido ainda é tão forte como nunca, uma espécie de
detector de perigo, e estou detectando perigo agora. Minha pele
está formigando. A adrenalina começando a bombear através
das minhas veias.
— Porque eu o deixei.
— Corey Felton.
— Animado?
— Estou dentro.
Nós dois paramos quando vemos o carro de Lucinda virar
na esquina. Foda-se, esse carro soa irritado. Eu olho para Jake
do mesmo jeito que Jake olha para mim. — Cerveja agora? —
Eu pergunto me afastando da nossa supervisora ardente que
está prestes a ficar impetuosa na minha bunda.
— Você fez isso anos atrás. Agora tenho mais medo da ira
de Cami do que da sua, então vá para o inferno, Luce. — Jake
brinda com um sorriso sarcástico enquanto ela bufa seu
desgosto. Eu me pego sorrindo. Lucinda ama Cami. A esposa de
Jake é a única mulher no planeta que nossa supervisora
realmente gosta.
— O que?
— Vai se foder.
— Tchau, Hannah.
Dirijo-me ao sol com ela e enfio as mãos nos bolsos,
observando enquanto ela se abaixa e pega uma embalagem de
doces. — Eu não sei, — ela suspira, colocando-a em uma lixeira
próxima. — Por que as pessoas insistem em desarrumar nossa
adorável cidadezinha?
Ninguém.
Passo pela caixa, examinando todos os cantos da minha
loja e paro de me mexer quando vejo uma pilha de mini tintas
espalhadas pelo chão, caídas da prateleira que eu apenas
meticulosamente empilhei. — Merda! — Minha mão dispara em
direção à parede, derrubando uma pintura, meu coração
batendo no peito.
Miau.
— Obrigada.
— Vou tentar.
— Você iria?
Casa.
Bang.
— Maldito inferno!
Oh!
— Mas eu quero.
Casa.
Quem é ele?
Pintura.
Eu sinto...
— Eu tenho dezenove.
— Uns trinta, eu acho. Mas ele parece melhor cada vez que
volta à cidade.
— Me dê seu número.
— Que coisa?
Afaste-se, Hannah.
2É um modelo de sandálias de uma marca alemã (Birkenstock) notavél por suas solas, que coincidem
com o formato dos pés de seus usuários.
E eu sento lá. E eu torço meus polegares. Uma hora
depois, arrumo uma prateleira de pincéis que não precisa ser
arrumada. E uma hora depois disso, varro o chão que já está
limpo. Vejo pessoas passando, pessoas que reconheço da cidade
- algumas pelo nome, outras pelo rosto - mas nenhuma delas
entra. Não deixo que isso me desanime.
— Parece bom.
Bom Deus, eu sou uma perdedora. Diga oi. Sorria para ele.
Ele está apenas sendo amigável, pelo amor de Deus. Mas não
importa o quanto eu tente, simplesmente não consigo me forçar
a encará-lo.
Deus, eu não sei, mas eu sei que ele deve pensar que eu
sou totalmente louca. Talvez eu seja. Ou talvez eu esteja
quebrada além do reparo. Talvez eu simplesmente não saiba
mais como agir na frente de um homem.
Ela não está olhando para onde está indo. Ela está
confusa. Envergonhada. Eu posso ver o que está prestes a
acontecer, tudo muito claramente. — Ei, cuidado com-
Erro.
— Eu sou Ryan.
— Água morna.
— Não.
— Por quê?
— E uma rede?
— Estou me mudando.
— Sim?
— Lobos?
— Cães selvagens?
Aí está.
— Você flertou?
— Sim?
Não consigo ver o rosto dela, mas sei que o sorriso dela se
alargou. Bom, porque eu gosto do sorriso dela. Ela abaixa o
machado com força e precisão, e em um grito alto demais para
seu pequeno corpo. A madeira se divide perfeitamente, e ela
pula de emoção na minha frente, olhando para ela. — Oh meu
Deus, isso foi tão bom.
Desejo.
— Quinze minutos.
— Você terá que aguardar. Ela não está em casa e não
terminou de desfazer as malas. — Darcy tenta fechar a porta em
mim. Ah não.
— Sorte sua.
— O que?
— Seja como for, você tem dever de casa aqui que precisa
ser feito.
— Está imundo.
— Papai?
Eu pulo no meu assento e olho através do caminhão. Alex
está me olhando com um pouco de preocupação. — Desculpe,
eu estava pensando. — Idiota.
— A respeito?
— Hã?
— Sério.
Eu rio e isso soa cem por cento louco. — Por que eu teria
uma calcinha na minha caminhonete?
— Me diz você.
— Um cinzel.
— Temos um cinzel.
— Eu sou Hannah.
Eu ando até ela. — Por que ele iria querer irritar sua mãe?
— Eles não estão juntos. — Ela desliza o pincel de volta
para o pote e começa a pentear o comprimento dos cabelos com
os dedos, enquanto caminha pelas prateleiras empilhadas com
tintas. — Eles eram incompatíveis. E eu fui um erro bonito.
— Eu fiz.
— Obrigada.
— Isso não é uma boa ideia. — Ele vai até ela e a levanta
do banquinho, colocando-a gentilmente em pé.
— Por quê?
— Hannah?
— Papai!
— Eu gostaria de consertar.
— Tem certeza?
— O que? — Eu pergunto.
— Foda-se, Ryan.
— Foda-se.
— Mãe?
— A respeito?
Então... o que vou fazer comigo agora? Mais uma vez, sinto
que meu braço direito está faltando. Chego ao final da entrada e
fico parado por alguns minutos. Eu poderia virar à esquerda e ir
para casa. O amanhã virá mais rápido se eu cair na cama. Ou
posso virar à direita e ir ao pub para tomar uma cerveja.
— Bem.
— Oh meu Deus!
— Eu sei.
— Mas quase?
— Eu parei.
— Oh meu Deus!
— Eu sei.
Eu vacilo. — Ai.
— Sim, você acredita nisso? A bruxa nunca diria a Ryan
que ele tinha uma filha.
Eu não endureço.
Eu não suspiro.
— Então olhe para mim. — Ele move uma mão entre nós e
coloca a ponta do dedo sob o meu queixo. Mas ele não faz mais
do que isso. Ele apenas coloca lá, e eu levanto meu rosto por
vontade própria. É como se ele sentisse que eu precisava disso.
Para levar o meu tempo. Estar no controle.
— Então me beije.
Tão perto.
Quase lá.
Bang!
— Por quê?
— Vou ficar e ter mais uma com a sra. Hatt, — diz Molly.
— Nós vamos voltar para casa juntas.
— Não ande por conta própria.
— Hannah?
— Você acha?
— Nada a perdoar.
Sempre tão atencioso. Descansando os lábios nos cabelos
dela, ele a respirou com um suspiro contente. — Você deve usar
mangas compridas hoje à noite, — disse ele, acariciando seu
braço. — Está frio. E preto, sim? — Virando as costas para o
espelho sem esperar pela confirmação, Jarrad deixou Katrina
para se preparar para o jantar ao pôr do sol.
10
É sem dúvida uma das coisas mais difíceis que já tive que
fazer, mas quebro nosso beijo e seus olhos se abrem. Ela sorri
um sorriso que só pode ser definido como sereno enquanto olha
para as mãos que estão de volta no meu peito.
Não.
— Casa.
Ela olha para mim e vejo com perfeita clareza que ela ama
o que eu amo nela. Estendo a mão e deslizo minha mão na dela,
apertando. — Então, o que você gosta em mim?
É ele.
Balanço a cabeça.
— E suponho que já faz um tempo, você está...
— Limpa, sim.
Estou exausta.
— Bom dia.
— Morrendo de fome.
— Então coma, — diz ela, rindo um pouco, colocando
outra porção na boca, me observando enquanto mastiga. Eu
continuo a observá-la até ela comer mais devagar e ela pousa a
faca e o garfo. — O que? — ela pergunta, meio sorrindo.
— Muito bem.
— Acho que quase matar você pode ser uma das melhores
coisas que já me aconteceram. — Porra, o que ela fez comigo?
Alguns encontros e uma noite com essa mulher atrapalharam
tudo. E eu não podia me importar menos, porque aqui agora,
com ela em meus braços e um milhão de memórias da noite
passada, nunca tive tanta certeza sobre nada na minha vida.
Eu tenho que ver como isso cresce.
'— Nada. — Sua voz é baixa e vejo com perfeita clareza que
ela está começando a desligar. Porra, merda. Eu estou
empurrando-a para longe. Estou desesperado por ela
compartilhar suas tristezas. Estou desesperado para aliviar a
dor dela. Olho para essa mulher apaixonada e imagino coisas
que pensei que estavam além da minha capacidade de imaginar.
Como compartilhar minha vida.
— O que?
Eu voo em pânico e pego uma Hannah assustada do chão,
colocando-a de pé e levando-a para fora do chuveiro.
Apressando-nos através do gramado, olho por cima do ombro,
vendo o Jaguar de Darcy emergindo da escuridão das árvores
que cobrem a estrada. O que diabos ela está fazendo aqui? — É
a mãe de Alex.
Eu me endireito. — Eu não.
— O que?
Porra.
— O nosso favorito?
— Claro.
Eu dou de ombros.
Hannah.
— Hã?
— Eu não sei. Pensei que sim, mas depois pensei que devia
ter sido um erro. Você? Ryan Willis? O solteirão eterno?
— Ok, respire.
— Quem é ela?
— Eu?
— Uma semana.
— Sim.
— Sim.
— Sim.
— Eu não sei. Sinto que algo não está certo com ela. —
Afasto-me da minha caminhonete e começo a andar pelo
gramado, chutando alguns galhos enquanto vou. — Acho que
ela foi ferrada ou algo assim. Por um homem.
— Que implicações?
— Ei.
— Vamos onde?
— Sim eu vi. E?
— E foi isso.
— Oh meu Deus!
— Algo diferente.
— Claro.
Foda-se.
— Papai!
Eu pulo e bato com o pé no freio, parando a tempo na luz
vermelha. — Merda, — respiro, imediatamente examinando o
outro lado da estrada novamente. Eu pensei ter visto...
— Sim!
— Não!
— Sim, porra!
— O que?
— Hannah?
— Mas talvez fosse melhor assim mesmo, — diz ela,
recusando-se a olhar para mim.
— Papai?
Nãoooooooo!
— Sim.
Oh Deus.
— Conversando.
— O que?
— Repolho...
— Não!
— Você a beijou?
— Até o beijo?
Desde que Ryan saiu mais cedo, meu sorriso voltou, mas
ele oscila e isso me irrita. Eu tenho algo genuíno e real para
sorrir pela primeira vez em muitos anos. Algo para construir
esperança. É possível que eu possa construir uma vida aqui?
Eu poderia ficar em Hampton?
— Desculpe, o que?
— Sim.
Ela está errada. Eu fui uma atriz incrível por anos. Eu até
me enganei por um tempo. Eu pisco com força, lutando para
manter o flashback iminente à distância.
— Por quê?
Sou parada de novo e me pergunto exatamente isso. Por
quê? — Você foi à loja para comprar sorvete. Se você aparecer
comigo, seu pai pode não ficar feliz. — Ele ficaria feliz?
Puta merda.
— Aham!
— Astuto, — murmuro.
Sinto Ryan tenso e olho para ele quando ele me solta, indo
atrás dela. Meu coração cai um pouco, me sentindo tão culpada
por fazê-la sentir que precisa sair. — Repolho, espere, — Ryan
chama, acelerando o passo.
Oh? Olho para trás e encontro Ryan, e vejo que ele está
relaxado agora. — Eu esqueci, — diz ele, segurando o telefone.
— A mãe dela está aqui para buscá-la. — Ele recua, deixando
eu e Alex sozinhas.
— Você sabe?
— Claro. Ele protegeu as pessoas. — Girando, ela dança
através do mato, toda feliz, me deixando em pé abalada.
Framboesas.
— Meu vestido.
Não.
Ela geme um som tão doce, e vira seu rosto para mim,
encontrando minha boca sem precisar abrir os olhos. Eu a
deixei, dando um pouco, esperando conseguir um pouco mais.
— Vou me lembrar disso, — diz ela, com a voz rouca. — Se eu
quiser compartilhar algo com você.
— E? — Ela pergunta.
— E... o que você estava fazendo lá?
— Ela morreu.
— Ryan.
— Você é incorrigível.
— Volte.
— E os pegou?
— Sim.
— E matou eles?
— Não.
— Matar alguém?
— De nada.
— De nada.
— De nada novamente.
— E...
— Sim.
E se eu não fizer?
Eu me forço a entrar em minha caminhonete e saio
rapidamente antes que eu possa discutir mais comigo mesmo.
Eu posso vê-la mais tarde.
4É um ente fantástico da mitologia celta (Irlanda) que é conhecida como Bean Nighe na mitologia. Fala-
se que a Banshee seria um ser maligno.
— Não, não vou deixar você sair. Não posso ficar sem você,
Casper. O que as pessoas vão dizer? Vou ser motivo de chacota!
— Quão ótima?
— Isso é minúsculo!
— Então, obrigada.
— Eu vou.
— Ei.
Silêncio.
Silêncio agonizante.
Jesus.
Então, silêncio.
Não.
— Tá bom.
— Não diga ‘tá bom’.
— Hampton é ótimo.
Essa é a questão.
— Nome?
— Hannah Bright.
— Razão?
Minha cabeça cai pesadamente. Claro que não seria tão
fácil. — Por favor, Luce.
— Obrigado.
5 Uma lista das coisas que a pessoa gostaria de fazer ou alcançar antes de morrer.
essa gravata. Era vermelho sangue. O favorito de Jarrad. —
Como estamos aqui por uma semana e nossas reuniões não
começam até quarta-feira, pensei em levar as meninas para
saírem por um dia.
Era bonito.
Perfeito.
— É minha mãe.
— O que?
6 É uma empresa de moda de luxo fundada no Reino Unido, conhecida internacionalmente por seus
artigos de couro.
— Está tudo bem. — Empurro as tintas pelo balcão,
ansiosa para tirá-la daqui. Espero que Ryan ainda esteja
dormindo. Eu posso dizer que Alex também está preocupada.
Ela continua olhando nervosamente para o teto. — Você pode
aparecer e se acertar comigo quando tiver algum.
— Sim, bem, ela certamente sabe que você está aqui agora.
Seminu. Deus, pai!
— E se alguém entrar?
— Quem entra na loja além de mim e Alex?
— Baby, eu não acho que Darcy volte para sua loja tão
cedo.
— Dia bom?
— Correto.
— Ai.
Liberando-me, ele me dá uma olhada. — Você também não
parece muito otimista. Você não tem recém-nascido, então o
que há?
— Ok!
— Um pouco.
— Sim.
— Já liguei.
— Nada.
— O que?
— Sim.
— Carregada?
— Totalmente.
— Fora da loja.
— Você o conhece?
Jake engole em seco, mas ele não balança para mim, o que
é o que eu meio que esperava. Ele não gosta muito de ser
lembrado do tempo em que foi designado para proteger Cami e
rapidamente foi demitido quando o pai dela descobriu o
relacionamento deles. Ele sabia que algo estava errado. Ele
sabia que Cami não estava segura. E ele não recuou até chegar
ao fundo disso.
Ela está indo? Mas presumi que ela passaria a noite. Meu
coração cai e minha boca está em ação antes que eu possa
pará-lo. — Você não vai ficar? — Parece um pouco acusador, e
eu realmente não pretendia.
— Senhor?
— Bem, sim.
— Ryan?
E ela se foi.
25
— O que?
— O que?
— Que erro?
— O erro da pesquisa. Já faz muito tempo que eu tenho
que me meter em algo assim.
— E?
— Não posso ajudá-lo com isso, mas posso lhe dizer como
ela pagou por isso.
— Como?
— O que?
— Eu te amo.
— Eu já sei disso. — Seu rosto cai no meu pescoço e se
arrasta, mordendo e chupando, me deixando instantaneamente
louca.
Eu paro. — O que?
— Papai!
Splat.
— Coloque-o.
— Seus avós?
— Sim.
Eu olho para Ryan e sorrio, e ele cai na cadeira. — Você
vai me pedir para distraí-los, não é?
— Sem problemas.
Ela se apressa, reivindicando uma caneca de cidra de Bob
enquanto passa, e eu termino de montar a área de competição,
dando a cada lugar uma paleta de tintas e uma tela em branco
antes de correr para o meu apartamento e rapidamente tirar o
vestido e colocar minhas calças.
— Eu sei.
— Ok!
Ele me encontrou.
27
Ah não.
Olho para Alex, que ainda está desfilando para cima e para
baixo, mas sua atenção está diretamente em nós. Os pais dela.
Falando. Ela parece preocupada. Ela deveria estar. Eu forço um
sorriso no meu rosto para tranquilizá-la, tossindo. — Darcy, eu
respeito você, eu cuido de você, mas apenas como a mãe da
minha filha. Você não me quer. — Ela faz?
— O que?
— Eu já olhei.
— E? — Eu pergunto.
— O que?
Ela olha para trás, mas não para, lutando para frente com
sua mochila. A rejeição dela é como uma faca no meu coração.
A caminhonete de Ryan.
Ele pode.
Ele vai.
— O que?
— Mamãe disse que minha pintura era a melhor de todas,
então na verdade não importa se eu não ganhar.
— Você vai deixar Molly saber que Hannah foi para casa?
— Ryan pergunta.
— Certo!
— Você disse que Hannah vai para casa, mas ela não vai.
Ela vai voltar para a cabana.
— Eu disse?
— Eu já disse...
— Não, — eu respondo, virando-me para encará-lo. — Eu
sei que você tem conexões. Mas não me diga que você ligou para
eles, deu a eles o nome de Hannah Bright, e eles voltaram com
toda uma história de merda de uma mulher que está morta há
cinco anos. — Tomo mais vinho, mas tenho certeza de manter
meus olhos em Ryan. — Porque se sim, Ryan, estou com sérios
problemas. — Estou sendo sarcástica, dizendo em voz alta e
clara que há mais e ele não está me dizendo.
— Eu não disse que você não deveria. Pedi para você não
fazer, — murmuro timidamente. — E percebo que tenho um
caminho a percorrer, Ryan. Sei que sou um trabalho em
andamento, mas estou indo bem. Tenho orgulho de mim mesma
e você também deve ter orgulho de mim. Este é um pontinho, só
isso. Uma pequena recaída. — Deslizo do balcão, me sentindo
um pouco brava. Matar ele. Problema resolvido. Exceto pelo fato
de Ryan ser trancado ou sofrer represálias e, francamente,
mantê-lo é mais importante do que infligir dor ao meu marido.
— Então, perca seu maldito ego e olhe um pouco mais perto de
casa para saber o que é importante. — Eu passo por ele e chego
exatamente a lugar nenhum, seu braço disparando e enrolando
em volta do meu estômago, me puxando de volta. Sou apanhada
e recostada no balcão, presa pelas mãos dele de cada lado de
mim.
— E depois?
— Então como?
— Meus anéis. — Eu levanto minha mão esquerda. Jarrad
os encomendou. Meu anel de noivado era um diamante amarelo
em forma de coração único e valia uma fortuna.
— Bandido?
Arrepios.
— Em que?
— Molly?
— Ryan...
— O que?
— Soa perfeito.
Impossível.
Ryan.
A arma.
Jarrad olha para mim com a aversão que sinto por mim
mesma. Minha tristeza óbvia parece irritá-lo ainda mais, o
monstro lá dentro se preparando para ser desencadeado
novamente. Ele vai me matar. Bom. Espero que ele seja rápido.
E eu puxo o gatilho.
33
— Pedindo ajuda.
— Oh, merda.
— Eu vou viver.
— Há um lado bom?
Eu concordo.
— Eu prometo.
34
Eu acreditei nele.
Ele pega minha mão e a beija, sem dizer nada. Ele apenas
sorri, se afastando lentamente para trocar.
Uma hora? Para onde foi esse tempo? Concordo com ele,
silenciosamente aceitando que é hora de sair. Aceitando que
não a verei. Mas e agora? O que eu devo fazer. Ler todos os
obituários até encontrá-la?
— Liguei para casa, — diz ele, seus olhos como raios laser
nos meus. Eu me inclino para trás, cautelosa com o que vem a
seguir. — E pedi para que sua irmã me ligasse.
— Manda.
— Pippa!
— Eu não sei.
Eu olho para minha irmã enquanto ela olha para mim, nós
duas sorrindo através das lágrimas.
Ela não diz nada quando para diante de mim. Ela apenas
olha para mim com aqueles grandes olhos azuis lacrimejantes e
acena com a cabeça, tão suavemente que quase não consigo
entender. Mas eu entendo.
— Perda total.
— Alexandra!
JEM x