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Por quê tenho tanta convicção sobre isso ? Algumas evidências ou ponderações
abaixo.
As áreas comerciais das organizações, por sua natureza, são indisciplinadas por
essência na captura de clientes, prospects, leads e atropelam qualquer
processo organizado para gerir funil de vendas e nesse sentido usam e abusam
de envios de mail marketing, sem consentimentos de seus alvos, na tentativa
Continuo a receber, por dia, nada mais, nada menos do que uns 20 emails
marketing de empreendimentos variados onde não tenho a menor idéia de já
ter sido clientes deles algum dia, sem a opção de descadastramento da sua
base de emails. Me parece que os estas empresas, ou seu marketing, não tem
a mínima noção do que seja a LGPD ou, em maio a crise, o desespero de
vender é tão grande, que o risco vale a pena. Imagino que possa ser alguma
destas alternativas.
As redes sociais ( todas ! ) já tem o consentimento dos seus “usuários” para fazerem o
que fazem desde a origem. Hoje “vendem” espaços publicitários, de bases de dados já
consentidas ( exatamente com a LGPD pede ) já que voçê mesmo não tem o consentimento do
seu cliente e ainda afirma que o seu serviço é gratuito, ampliando mais e mais novos
usuários !!!
Então, talvez seja a hora ( apenas uma provocação), de organizações criarem suas
próprias comunidades digitais, seus próprios apps, com consentimento na origem, para
evitarem o pagamento, em excesso, de impulsionamento de campanhas através de redes
sociais de terceiros. Qual é a melhor relação custo x benefício? Desenvolver um app que crie
uma rede social dos seus clientes ou pagar impulsionamento de campanhas de vendas? É uma
bela pergunta, com sentimentos distintos para uma resposta precisa. Se a resposta é utilizar
redes já consolidadas, para venderem seu portfólio, alimentarão, cada vez mais, o poder dos
dados dos grandes players de redes sociais, ampliando controles e monopólios mundiais.
Será difícil, realmente, se surpreender com documentários tipo “O Dilema das redes”
ou “Privacidade hackeada” se as próprias pessoas é que autorizarão o uso de suas próprias
informações em troca de prazeres virtuais discutíveis e que dão tanto poder de persuasão a
estes conglomerados.
Este “novo” futuro do marketing tem a ver com conteúdo, onde o cliente busca seu
fornecedor ou parceiro de negócios baseado em critérios de inteligência artificial ou com bases
de dados geridas de forma espartana. Caso contrário, a ANPD ( Autoridade Nacional de
Proteção de Dados) vai cansar de aplicar sanções em empresas que violarem direitos básicos
dos titulares de dados, em simples ações de telemarketing, email marketing, SMS marketing,
inbound marketing, outbound marketing ou qualquer outro semelhante que vise forçar a
atenção para o seu produto, sem obter a permissão do seu futuro cliente.
É tempo ainda, antes das primeiras sanções da LGPD, deste novo modelo de
marketing, que deve surgir agora, promover esforços a repensar como coleta e usa endereços
de e-mail, telefones, IP, cookies e adotar uma abordagem mais centrada no cliente
considerando, verdadeiramente, seus desejos e necessidades para obter essa aceitação inicial,
respeitando sua privacidade e criando conteúdos de valor, sofisticados e que realmente façam
este cliente se sentir no centro da sua organização.
Torço que sim...serão os protagonistas de novos negócios mais rentáveis no século XXI.