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ICET – INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA

CURSO: ENGENHARIA ELÉTRICA/ELETRÔNICA


DISCIPLINA: CIRCUITOS ELÉTRICOS

8. NÚMEROS COMPLEXOS

Os números complexos representam uma importante ferramenta matemática, em


especial para o nosso estudo sobre o comportamento de capacitores e indutores
em corrente alternada, os quais apresentam situações para as quais precisaremos
representar uma grandeza elétrica através do seu módulo e da sua fase,
grandezas denominadas de complexas.

Um número complexo tem duas componentes: uma real e outra imaginária. Assim
sendo, podemos representar um número complexo na forma:

Z = a + jb (1)

Onde, Z é um número complexo qualquer, a é sua parte real e b a sua parte


imaginária, sendo que b = √−1.

Os números complexos representam o conjunto de números mais abrangentes.


Os números reais são um subconjunto dos números reais. Um número real é um
número complexo com a parte imaginária igual a zero.

Em circuitos elétricos os números complexos são muito importantes, pois


permitem analisar circuitos reativos, isto é, circuitos que contem capacitores
e indutores, assim como as tensões e correntes alternadas senoidais
também podem ser representadas por números complexos. Isto facilita
muito analise de circuitos alternados em regime permanente.

O Conjunto de Números Complexos (C) é o conjunto formado pelos


pares ordenados (x, y) de números reais para os quais:

Graficamente, os eixos de representação das suas coordenadas x e y


denominam-se: eixo de números reais(x) e eixo dos números imaginários(y).

Z é complexo na forma ou algébrica ou binomial.

Z é complexo na forma de par ordenado.

Onde:

x - parte real de Z
y - parte imaginária de Z

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REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE COMPLEXOS Z(x,y) = Z(nºreal;nºimaginário)

Onde: a coordenada x = um número real


a coordenada y = um número imaginário

Um número complexo pode ser representado em duas formas: retangular e


polar. A forma retangular foi mostrada acima na Eq (1). Na forma polar, o número
complexo é representado por seu módulo e ângulo. Assim, tem-se para o número
complexo acima:

Z = Z∠φ (2)

Aonde:

Z = √𝑨𝟐 + 𝑩𝟐 e φ = tg-1 (B/A) (3.a)

Como Z constitui-se claramente a hipotenusa de um triângulo retângulo, tem-se


que:

A = Z.cos(φ) e B = Z.sen(φ) (3.b)

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A transformação de retangular para polar tem que levar em conta o


quadrante em que está o número complexo.

8.1 OPERAÇÕES ENTRE COMPLEXOS

Soma e subtração - para somar e subtrair dos números complexos soma-se ou


subtraem-se suas correspondentes partes reais e imaginárias.

Multiplicação e divisão - para a multiplicação e divisão deve-se operar na forma


polar. Seja Z1 = A + jB e Z2 = C + jD. Antes se converte cada um destes números
para a forma polar:

Na multiplicação de dois números complexos, multiplicam-se os módulos e soma


se os ângulos. Assim,

Na divisão de dois números complexos, dividem-se os módulos e subtraem-se os


ângulos.

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EXEMPLOS

Considere os complexos Z1 e Z2, onde Z1 é número complexo na forma algébrica


e Z2 é numero complexo na forma de par ordenado (uma coordenada cartesiana):

Z1 = 2 + 3i e Z2(-4;5)

Determine: Z1+Z2; Z1.Z2; 7Z1-6Z2

O primeiro passo é passar Z2 para a forma algébrica, e assim conseguir efetuar as


operações acima propostas, então:

Z2 = (-4;5) = -4 + 5i

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REPRESENTAÇÃO GRÁFICA Z1(2,3) e Z2(-4;5)

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8.2 PROPRIEDADES DOS NÚMEROS COMPLEXOS:

Definição: O conjugado de um complexo

Ex:

Propriedade 1: A soma de 2 complexos conjugados é sempre um número


real.

Propriedade 2: O produto de 2 complexos conjugados é sempre um número


positivo.

Propriedade 3: O conjugado do conjugado , de um complexo, é o próprio


complexo.

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Propriedade 4: O conjugado da soma, é igual a soma dos conjugados.

Propriedade 5: O conjugado do produto, é igual ao produto dos conjugados.

Exercício c/ conjugados: Determinar (Z pertence ao conjunto de


números complexos) tal que:

Solução

Visto que:

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Verificação

Dada uma equação qualquer, o valor da sua incógnita ou solução deverá


satisfazer a igualdade prevista no problema.

Ou seja, a igualdade correspondente aos dois termos da equação tem de ser


verdadeira. Assim; substituindo o valor encontrado para o complexo Z, a
igualdade:

Deverá ser verdadeira, dado que o valor encontrado de z = 2 + 3i com x=2 e y=3
verifiquemos:

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

A forma polar do número complexo – 35 –j 40 é: Sugestão:

A) 50,0 | 53,1°
B) 53,2 | 48,8°
C) 50,0 | -126,9°
D) 53,2 | -131,2°
E) 57,0 | 52,1°

A forma retangular do número complexo 63,25 | -71,5° é:

A) – 60 + j20
B) 20 - j60
C) – 46 - j43,4
D) - 43,4 – j46
E) 32,2 - j63,8

Considere os seguintes números complexos:


A= 3 + j4
B=1 - j3
C= - 2 - j2

O resultado de (AxC)÷(B-C) é:

A) – 8 – j6
B) – 8 + j6
C) 2 - j3
D) 6 - j8
E) – 6 + j8

Considere os seguintes números complexos:


A=20 | 120º
B=25 | 60°
C=18 | -90º

O resultado de (B+C)x(C-A) é:

A) 2,820 | -90,5º
B) 2,820 | 90,5º
C) 0,355 | -90,5º
D) 0,355 | -57,9º
E) 0,355 | 90,5º

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9. ANÁLISE DE CIRCUITOS RC RL RLC (SÉRIE E PARALELO)

A seguir faremos uma breve análise do comportamento dos circuitos RC (resistor


e capacitor), RL (resistor e indutor) e RLC (resistor, indutor e capacitor),
alimentados em corrente contínua (CC ou DC) e alternada (CA).

9.1 CIRCUITO RC SÉRIE EM CORRENTE CONTÍNUA

O capacitor, quando totalmente descarregado, ao ser ligado a uma fonte DC, em


t=0s, torna-se instantaneamente um curto-circuito. Com o passar do tempo, devido
ao acúmulo de cargas em suas placas, sua reatância capacitiva vai aumentando
exponencialmente até que, depois de certo período (tempo), ele se comporta
como um circuito aberto. Este período é chamado de tempo de carga do capacitor
e pode ser dado por 5xτ, onde τ (tal) é a constante de tempo do circuito, expressa
por τ=RxC.

Vamos analisar os gráficos abaixo:

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No gráfico da esquerda, a linha azul representa a tensão da fonte enquanto a


linha vermelha representa a forma de onda da corrente do circuito e da queda de
tensão no resistor.
No gráfico da direita podemos observar a representação da tensão da fonte em
azul e a da queda de tensão no capacitor em verde.
Todas essas variáveis (E, VR, VC e I) estão em função do tempo.
Podemos observar nos gráficos que, no instante em que alimentamos o circuito,
praticamente toda a tensão da fonte está sobre o resistor, a corrente no circuito é
máxima e o capacitor é um curto (não existe queda de tensão sobre ele). Com o
passar do tempo, observa-se que a tensão sobre o resistor, assim como, a
corrente do circuito (primeira parte do gráfico vermelho à esquerda) decaem
exponencialmente enquanto a queda de tensão no capacitor (primeira parte do
gráfico verde à direita) aumenta exponencialmente até que a sua reatância se
torne um circuito aberto e impeça a passagem de corrente no circuito.
Não é difícil de entender isso. Uma vez que a reatância capacitiva aumenta
exponencialmente com o passar do tempo, a queda de tensão nela também
aumenta. E como todo circuito série pode ser encarado como um divisor de
tensão, se a tensão no capacitor aumenta, a tensão no resistor deve diminuir
proporcionalmente.
Uma análise semelhante pode ser feita para a situação onde a fonte de
alimentação é retirada do circuito e o capacitor é colocado diretamente em série
com o resistor. No instante em que isso acontece, a única fonte fornecedora de
tensão e corrente no circuito é o capacitor. Sendo assim, a corrente do circuito e a
queda de tensão do resistor (segunda parte do gráfico vermelho à esquerda)
invertem os seus sentidos e diminuem exponencialmente enquanto o capacitor
(segunda parte do gráfico verde à direita) é descarregado, também de maneira
exponencial, até que se esgote a sua carga.
Tanto o tempo de carga como o de descarga é dado por 5.τ.

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9.2 CIRCUITO RC SÉRIE EM CORRENTE ALTERNADA

Quando fazemos análises sobre capacitores em corrente alternada, o interessante


é não pensarmos simplesmente em carga e descarga do capacitor. Na verdade
devemos pensar que o capacitor causará um adiantamento no sinal da
corrente do circuito com relação ao sinal da fonte de alimentação. Em outras
palavras, se olharmos esses sinais num osciloscópio, veremos que o sinal da
corrente passa pelo zero antes do sinal da tensão.

Circuito RC série ligado a uma fonte CA

Circuito RC série - Formas de Ondas e defasagem das tensões e correntes.

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À diferença entre as fases da tensão e da corrente é dado o nome de φ (fi), que


acaba expressando também a fase da impedância total do circuito.
O interessante é que esse φ depende da frequência do sinal da alimentação.
Vamos tentar entender o porquê disso.

A reatância capacitiva é expressa por Xc = (2.π.f.C)-1. Observando essa


expressão percebemos que Xc é inversamente proporcional à frequência, ou seja,
quanto maior f, menor será o Xc. Isso faz com que, ao aumentarmos a frequência,
o circuito se torne menos capacitivo. Se o circuito é menos capacitivo a
defasagem entre corrente e tensão também será menor. Se por outro lado
diminuirmos f, o circuito se tornará mais capacitivo e a defasagem será maior.
Quando falamos que o circuito é mais ou menos capacitivo, estamos nos referindo
ao caráter capacitivo e/ou resistivo da impedância total do circuito e que o valor
dessa impedância depende totalmente dos valores de R e de Xc.
Se analisarmos agora o comportamento da amplitude da corrente em função da
frequência perceberemos que ela tende a aumentar com o aumento da frequência.
Isso pode ser entendido se analisarmos o seguinte: o módulo da impedância total
do circuito é dado por Zeq² = R²+Xc². Se com o aumento da frequência Xc diminui,
Zeq também diminuirá. Segundo a lei de ohm (VG = Zeq x I), que é valida para
ondas senoidais, um Zeq menor permitirá, para uma tensão constante, a
circulação de uma corrente de amplitude maior. Podemos representar esta
impedância equivalente Zeq conforme figura abaixo:

XC
Zeq

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Num circuito puramente resistivo a tensão e a corrente estão em fase, conforme


figura A, num circuito puramente capacitivo a corrente está 90º adiantada em
relação à tensão, conforme figura B. Num circuito conforme figura da página 43, a
corrente continua na frente da tensão, mas defasada de um angulo menor do que
90º, conforme figura C.

9.3 CIRCUITO RC PARALELO EM CORRENTE ALTERNADA

Em um circuito RC paralelo, a tensão é a mesma nos dois componentes e as


correntes se dividem.

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O diagrama fasorial (a) e as formas de onda (b) das correntes correspondentes


serão:

As expressões matemáticas da corrente e da tensão são:

Vg = Vm x sen ωt.
I = Im x sen (ωt+ɸ)
iR = IRm x sen ωt
Ic = ICm x sen (ωt + 90)

Os triângulos das Correntes, Impedâncias e Potências são respectivamente.

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9.4 CIRCUITO RL SÉRIE EM CORRENTE CONTÍNUA

Para o circuito RL, podemos fazer uma análise semelhante à feita com circuito RC.

Circuito RL série ligado a uma fonte CC

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O indutor, quando totalmente desenergizado, ao ser ligado a uma fonte CC, em


t=0s, torna-se instantaneamente um circuito aberto, devido às correntes auto
induzidas em suas espiras (Lei de Lenz). Com o passar do tempo, sua reatância
indutiva (XL) vai diminuindo exponencialmente até que, depois de certo período,
ela se torna um curto-circuito. Este período é chamado de tempo de energização
do indutor e pode ser dado por 5 x τ onde τ (tal) é a constante de tempo do
circuito, expressa por 𝜏 =

Vamos analisar os gráficos abaixo:

No gráfico da esquerda, a linha azul representa a tensão da fonte enquanto a


linha vermelha representa a forma de onda da corrente do circuito e da queda de
tensão no resistor.
No gráfico da direita podemos observar a representação da tensão da fonte em
azul e a da queda de tensão no indutor em verde. Assim como no caso anterior,
todas as nossas variáveis estão representadas em função do tempo.
Podemos observar nos gráficos que, no instante em que alimentamos o circuito,
praticamente toda a tensão da fonte está sobre o indutor, uma vez que ele se
apresenta como uma chave aberta. Com o passar do tempo, observa-se que a
tensão sobre o resistor, assim como, a corrente do circuito (primeira parte do
gráfico vermelho à esquerda) aumentam exponencialmente enquanto a queda de
tensão no indutor (primeira parte do gráfico verde à direita) decai

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exponencialmente até que a sua reatância se torne um curto-circuito e faça com


que a corrente seja limitada exclusivamente pelo resistor.
Assim como no circuito RC, podemos encarar o circuito RL série como um divisor
de tensão. Desta forma temos que a diminuição da tensão no indutor é
proporcional ao aumento da tensão no resistor.

Se agora analisarmos a retirada da fonte de alimentação do circuito, a partir do


instante da retirada, o indutor passa a ser a única fonte de tensão e corrente do
circuito. Assim, devido novamente às correntes auto induzidas nas espiras do
indutor (Lei de Lenz), o sentido de sua queda de tensão se inverte (segunda parte
do gráfico verde à direita) e decai exponencialmente até que ele seja totalmente
desenergizado. Essa diminuição exponencial na tensão do indutor acaba
provocando também uma diminuição exponencial da corrente do circuito e,
consequentemente, da queda de tensão no resistor (segunda parte do gráfico
vermelho à esquerda).
Assim como no caso do capacitor, tanto o tempo de energização quanto o tempo
de desenergização do indutor é dado por 5 x τ.

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9.5 CIRCUITO RL SÉRIE EM CORRENTE ALTERNADA


Quando fizemos análises sobre os capacitores em corrente alternada, não
focamos no estudo simplesmente dos tempos de carga e descarga do capacitor e
sim na defasagem entre suas tensões e correntes. Esse conceito vai se repetir
para o indutor. Em corrente alternada não vamos pensar em sua energização e
tão pouco na sua desenergização. Na verdade vamos pensar que ao contrário do
capacitor, o indutor causará um atraso no sinal da corrente do circuito com
relação ao sinal da fonte de alimentação. Em outras palavras, se olharmos
esses sinais num osciloscópio, veremos que o sinal da tensão passa pelo zero
antes do sinal da corrente.

Circuito RL série ligado a uma fonte CA

Circuito RL série - Formas de Ondas e defasagem das tensões e correntes.

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Para o circuito RL, a defasagem entre corrente e tensão continua sendo


dependente da freqüência e permanece sendo representada por φ. Vamos
analisar essa dependência da frequência.

A reatância indutiva é expressa por XL = 2.π.f.L. Observando essa expressão


percebemos que XL é diretamente proporcional à freqüência, ou seja, quanto
maior f, maior será o XL. Isso faz com que ao aumentarmos a frequência o circuito
se torne mais indutivo. Quanto mais indutivo for o circuito, maior será o φ. Se por
outro lado diminuirmos f, o circuito se tornará menos indutivo e consequentemente
a defasagem será menor.

Com relação à amplitude da corrente, no circuito RL, ela tende a diminuir com o
aumento da frequência. O entendimento disso pode ser feito de maneira
semelhante a analise que fizemos para o capacitor: o módulo da impedância total
do circuito é dado por Zeq² = R²+XL². Se com o aumento da frequência XL
aumenta, Zeq também aumentará. Então um Zeq maior permitirá, para uma
tensão constante, a circulação de uma corrente de amplitude menor. Podemos
representar esta impedância equivalente Zeq conforme figura abaixo:

Zeq
XL

Num circuito puramente resistivo a tensão e a corrente estão em fase, conforme


figura 1, num circuito puramente indutivo a corrente está 90º atrasada em relação
à tensão, conforme figura 2. Num circuito conforme figura da página 50, a corrente
continua na frente da tensão, mas defasada de um angulo menor do que 90º,
conforme figura 3.

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Figs 1,2 e 3 – Diagrama Fasorial

9.6 CIRCUITO RL PARALELO EM CORRENTE ALTERNADA


Em um circuito RL paralelo, a tensão é a mesma nos dois componentes e as
correntes se dividem.

O diagrama fasorial (a) e as formas de onda (b) das correntes correspondentes


serão:

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9.7 CIRCUITO RLC SÉRIE

A figura abaixo mostra um circuito, contendo um resistor, um indutor e um


capacitor em série. A tensão total aplicada é a soma vetorial da tensão no resistor,
da tensão no indutor e da tensão no capacitor.
Na construção do diagrama fasorial, a tensão no resistor está em fase com a
corrente. A tensão no indutor está adiantada de 90º em relação à corrente, e a
tensão no capacitor está atrasada de 90° em relação à corrente.

Na figura b acima, observe que VL e VC estão defasadas de180º. Para somar as


três tensões primeiramente soma-se VL com VC. Corno VL e Vc estão defasados
de 180º, a sorna vetorial de VL com Vc é simplesmente a subtração VL - VC (aqui
consideramos VL >VC).
A partir do diagrama da figura b, obtemos o diagrama de tensões na figura a e o
diagrama de impedância na figura b logo abaixo.

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Da figura a tiramos:

Na figura b:

XL = reatância indutiva
XC = reatância capacitiva

Logo, podemos escrever a equação da impedândia:

9.8 CIRCUITO RLC PARALELO

No circuito da figura abaixo, a tensão aplicada e a mesma em todos os


componentes e as correntes se dividem.

O diagrama fasorial do circuito é:

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Da figura b acima obtemos:

Se dividirmos os lados do triângulo de corrente na figura b por VG obteremos:

Na figura acima temos:

Portanto na figura acima, escrevemos:

Desenvolvendo a expressão acima chegamos a:

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10. RESSONÂNCIA

Nos circuitos RLC série ou paralelo quando XL = XC a impedância do circuito será


igual a R, ou seja, Z = R, o circuito comporta-se como um circuito puramente
resistivo, e, portanto a tensão aplicada e a corrente estarão em fase. Esta situação
é conhecida como ressonância.

Circuito RLC série

Circuito RLC paralelo

Das equações (Z) série ou paralelo, se XL = XC, podemos observar que resultará
para a impedância: Z= R

A ressonância ocorre em uma frequência fo na qual XL=XC, isto é:

e finalmente

sendo que

Uma forma de visualizarmos o que acontece no circuito quando a frequência varia,


é desenhar o gráfico da impedância em função da frequência e o gráfico da
corrente em função da frequência.

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Das figuras acima tiramos algumas conclusões:

 Na frequência de ressonância fo, o circuito é puramente resistivo Z = R. A


corrente será máxima valendo I = V/R.
 Abaixo da frequência de ressonância a impedância aumenta. Como XC >
XL, a impedância é capacitiva, a corrente estará adiantada em relação à
tensão aplicada. Observe que para freqüência zero (C.C), fo, a impedância
é infinita, sendo nula a corrente.
 Acima da frequência de ressonância, XL > XC, o circuito indutivo, a corrente
estará atrasada em relação à tensão. Quanto maior for à frequência, maior
a impedância e menor a corrente.

11. LARGURA DE FAIXA - FATOR DE QUALIDADE

Define-se largura de faixa (L.F) como sendo: L F = fcs - fci

fcs = frequência de corte superior


fci = frequência de corte inferior

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As frequências de corte são frequências nas quais a corrente cai para um valor
igual a 70,7% da corrente máxima.

A largura de faixa depende da qualidade da bobina. Uma bobina ideal tem


resistência ôhmica do fio nula. Na prática, o fio da bobina apresenta resistência
RB. Define-se fator qualidade da bobina como sendo:

XL0 = 2𝝅.fo.L = reatância da bobina na frequência de ressonância


RB = resistência ôhmica do fio da bobina

O fator de qualidade do circuito é dado por:

RT = resistência ôhmica total do circuito = R+RS


XL0 = 2𝜋.fo.L

A largura de faixa do circuito está relacionada com o fator de qualidade através da


expressão:

Donde concluímos que, quanto maior o fator de qualidade do circuito, menor a


largura de faixa (mais aguda é a curva da figura logo acima

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Assim como no circuito RLC série, a frequência na qual isto ocorre e chamada de
frequência de ressonância, valendo:

O comportamento da impedância e da corrente em função da frequência é dado


pelos gráficos da figura abaixo.

Na frequência zero (CC), fo, o indutor comporta-se como um curto-circuito, desta


forma a impedância e zero, e a corrente tende para infinito (é claro que na prática
existe a resistência ôhmica da bobina). À medida que a frequência aumenta, a
impedância aumenta. Na frequência de ressonância, o valor da impedância é
máximo e igual à R, a corrente é mínima, valendo I = VG/R.
Aumentando muito a frequência, a reatância do capacitor diminui, tendendo para
zero, enquanto a corrente aumenta muito.

12. IMPEDÂNCIA E ADMITÂNCIA

Relações de tensão-corrente para três elementos passivos, a saber:

V=R*I (1) V=j*ω*L*I (2) V=I/(ω*L*C)(3)

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Estas equações podem ser reescritas em termos da razão da tensão fasorial pela
corrente fasorial,

V/I=R (1) V/I=j*ω*L (2) V/I=1/ω*L*C (3)

A partir destas três expressões, obtemos a seguinte lei de Ohm na forma fasorial
para qualquer tipo de elemento Z=V/I ou V=Z*I

Onde, Z é a quantidade dependente da frequência chamada de impedância,


medida em Ohm (Ω).

A impedância Z de um circuito é a razão de tensão fasorial V pela corrente fasorial


I, medida em Ohm. A impedância representada à oposição do circuito ao fluxo de
corrente senoidal. Apesar de a impedância ser a razão de dois fasores, ela não é
um fasor, pois não corresponde a uma grandeza senoidal variante.

A impedância de resistores, indutores e capacitores pode ser obtida diretamente a


partir da equação v= L*di/dt = - ω*L*Im*sen(ωt + Φ). A Tabela 1 resume as
impedâncias e admitâncias. Desta tabela observa-se que Zl= j*ω*L e Zc= -j/(ω*C).
Considere os dois casos extremos de frequência angular. Quando ω=0 (isto é,
fonte CC), Zl=0 e Zc -> ∞, confirmando que o indutor funciona como um curto-
circuito, enquanto que o capacitor se comporta como um circuito aberto. Quando
ω -> ∞, (isto é, para altas frequências) Zl -> ∞ e Zc = 0, indicando que o indutor é
um circuito aberto para altas frequências, enquanto o capacitor comporta como um
curto-circuito.

TABELA 1
Elemento Impedância Admitância
R Z=R Y=1/R
L Z=j*ω*L Y=1/(j*ω*L)
C Z= 1/(j*ω*C) Y=j*ω*C

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DISCIPLINA: CIRCUITOS ELÉTRICOS

Enquanto grandeza complexa, a impedância pode ser expressa na forma


retangular Z'=R+jX

na qual R=Re(Z) é a resistência e X=Im(Z) é a reatância. A reatância X pode ser


positiva ou negativa. Nós dizemos que a impedância é indutiva quando X é
positivo, ou capacitivo quando X é negativo.

Portanto, a impedância Z = R + jX é indutiva, pois a corrente está atrasada em


relação à tensão. A impedância, resistência e reatância são todas medidas em
Ohm. A impedância também pode ser expressa na forma polar como:

θ = (tg^-1)*X/R e R=|Z| cos θ; X=|Z| Sen θ

A admitância Y é o recíproco da impedância, medida e, Siemens (S)

A admitância Y de um elemento (ou circuito) é a razão do fasor corrente pelo fasor


tensão existente no elemento, ou Y=1/Z = I/V

A admitância de resistores, indutores e capacitores pode ser obtida pela Tabela 1.


Enquanto grandeza complexa pode-se compor Y como:

Y= G + jB

onde G=Re(Y) é chamada de condutância e B= Im(Y) é chamado de


susceptância. A admitância, condutância e susceptância são expressas em
unidades de (Siemens ou mhos).

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13. EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES

1) Aplicando a Lei de Kirchhoff , determine o valor de Vx entre os pontos a e b.

2) Usando a Lei de Kirchhoff para tensões, determine as tensões desconhecidas


para os circuitos (a) e (b) abaixo.

3) Determine as tensões desconhecidas nos circuitos abaixo:

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4) A impedância equivalente entre os pontos A e B do circuito a seguir, que opera


em 30 kHz é:
A) 234,8 | 22,6° Ω
B) 241,0 | 22,6° Ω
C) 247,4 | 24,2° Ω
D) 304,9 | 14,5° Ω
E) 322,0 | 18,5° Ω

5) A impedância equivalente entre os pontos A e B do circuito a seguir, que opera


em 6 kHz é:

A) 3459+j1244 Ω
B) 2081-j402 Ω
C) 2364-j1207 Ω
D) 1999+j977 Ω
E) 1359+j387 Ω

6) Aplicando a Lei das Tensões de Kirchhoff no circuito a seguir, obtêm-se que a


tensão V1 é igual à:
A) 20,0 | 25,0° V
B) 38,1 | -20,0° V
C) 40,3 | -70,0° V
D) 51,7 | 70,0° V
E) 59,7 | 64,1° V

7) O valor eficaz e a frequência da corrente elétrica dada por i(t)=1.cos(9425t+38°)


A, são respectivamente:
A) 0,707 A; 1,5 kHz
B) 0,707 A; 9,4 kHz
C) 1,000 A; 1,5 kHz
D) 1,000 A; 9,4 kHz
E) 1,414 A; 1,5 kHz

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8) Considere uma tensão em regime senoidal com valor eficaz de 50 V, frequência


de 30 kHz e fase -45°. A expressão desta tensão no tempo é dada por:

A) v(t)=50.cos(30000t-45°) Volts
B) v(t)=50.cos(30000t+45°) Volts
C) v(t)=70,7.cos(30000t-45°) Volts
D) v(t)=70,7.cos(188496t-45°) Volts
E) v(t)=70,7.cos(188496t+45°) Volts

9) A impedância equivalente entre os pontos A e B do circuito a seguir é:

A) 52,8 | 54,6° Ω
B) 40,5 | -24,6° Ω
C) 36,3 | -67,2° Ω
D) 30,0 | 38,8° Ω
E) 21,3 | 14,3° Ω

10) A impedância equivalente entre os pontos A e B do circuito a seguir, que opera


em 1,2 kHz é:
A) 14,3 | -1,6° Ω
B) 21,7 | -4,8° Ω
C) 27,9 | -4,8° Ω
D) 40,2 | -21,1° Ω
E) 44,9 | -41,6° Ω

11) Aplicando a Lei das Correntes de Kirchhoff no nó a seguir, obtém-se que a


corrente I1 é igual à:

A) 46,1 | -75,8° A
B) 48,5 | -30,0° A
C) 51,3 | -160,0° A
D) 56,9 | -81,1° A
E) 63,7 | -84,5° A

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12) Com relação ao circuito pede-se calcular:


a) impedância
b) tensão do gerador
c) F.P do circuito
d) desenhar diagrama fasorial
e) potência real e potência aparente
f) desenhar o diagrama (triângulo) de potência do circuito

13) Um motor C.A, que pode ser representado por uma resistência em série com
uma indutância, é ligado em 220V,consumindo uma corrente de 10A. O F.P é 0,9,
determinar:
a) potência aparente
b) potência real
c) potência reativa

14) No circuito, calcular:


a) impedância e corrente
b) freqüência do gerador
c) F.P do circuito

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15) Quando uma bobina é ligada a uma fonte C.C de 50V,consome uma corrente
de 2,5A. Quando a mesma bobina é conectada a uma fonte C.A de 110V/60Hz,
consome uma corrente de 4,4A.Calcular:
a) impedância
b) resistência e reatância indutiva da bobina
c) F.P da bobina e indutância

16) A corrente, tensão e F.P em uma instalação são 10A,220V e 0,8


respectivamente. Calcular:
a) potência aparente
b) potência real
c) potência reativa
d) resistência e reatância indutiva

17) Calcule a corrente consumida por um motor monofásico, sabendo-se que a


potência real é ZKW, a tensão é 110V e o F.P é 0,8.

18) Um gerador de 5V/1KHz e ligado a um circuito RL série. A corrente no circuito


é 1mA e a tensão no indutor e 3V.Determinar:
a) indutância do indutor
b) tensão do resistor
c) impedância
d) fator de potência
e) diagramas de tensão e potência

19) No circuito, determinar:

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a) impedância
b) corrente no indutor e no resistor
c) valor da indutância
d) fator de potência
e) expressão matemática da corrente no circuito (i), no indutor (iL) e no resistor (iR)

20) Dado o circuito, pede-se:


a) valor da tensão do gerador (VG)
b) valor de IR e valor de R
c) potência aparente e real
d) fator de potência

21) Em um circuito RL paralelo, a defasagem entre tensão e corrente é 60°.


Sabendo-se que a tensão aplicada é 10V e que a corrente consumida é 100mA,
determinar o valor da resistência e da indutância se f = 1000Hz.

22) Um resistor de 1000Ω e capacitor de 1μF são ligados a uma fonte de tensão
de 5V/1KHz. Pede-se calcular:
a) corrente no circuito
b) tensão no capacitor e na resistência
c) ângulo de defasagem

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23) A defasagem entre tensão e corrente num circuito RC série é 60°. Determinar
o valor da resistência, sabendo-se que a impedância vale 200Ω e a frequência
60Hz.

24) Em um circuito RC série, a tensão no capacitor é 80V e no resistor 80V.


Sabendo-se que a corrente no circuito vale 200mA, com f = 60Hz, determinar:

a) tensão no gerador
b) as expressões matemáticas da corrente, tensão no gerador e tensão no
capacitor
c) diagrama fasorial
d) defasagem entre tensão e corrente

Obs.: Os valores de tensão dados são eficazes

25) No circuito, deseja-se que o F.P seja igual a 0,8. Qual deve ser o valor de C?

26) No circuito, espera-se que a tensão no capacitor seja a metade da tensão no


resistor. Determinar:
a) tensão no resistor e capacitor
b) valor de C
c) defasagem entre tensão e corrente

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27) Em um circuito RC série, o fator de potência é 0,85. A corrente consumida é


8A. A tensão de alimentação é 110V/60Hz.
Calcular:
a) potência aparente
b) potência real
c) potência reativa

28) Considere o seguinte circuito em regime permanente senoidal, onde a fonte de


tensão é dada a forma fasorial e os elementos passivos são representados por
suas impedâncias. Nestas condições pede-se:

a) a corrente I indicada, na forma fasorial;


b) a tensão V1 indicada, na forma fasorial;
c) a tensão V2 indicada, na forma fasorial.

Sugestão:

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29) Considere o seguinte circuito em regime permanente senoidal, onde a fonte de


tensão é dada a forma fasorial e os elementos passivos são representados por
suas impedâncias. Nestas condições pede-se:

a) a corrente I indicada, na forma fasorial;


b) a tensão V1 indicada, na forma fasorial;
c) a tensão V2 indicada, na forma fasorial.

Sugestão :

30) Para o circuito RLC em série com a fonte de tensão abaixo, pede-se:

a) a corrente elétrica em função do tempo;


b) a tensão vc no capacitor em função do tempo.

31) Para o circuito a seguir, determine:

a) a corrente elétrica I indicada, em função do tempo;


b) a corrente elétrica I1 indicada, em função do tempo;
c) a tensão no indutor VL indicada, em função do tempo;
d) a tensão no capacitor VC indicada, em função do tempo

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Sugestão:

32) O circuito a seguir opera na frequência de 50 kHz, determine:

a) a corrente elétrica I indicada, na forma fasorial;


b) a tensão V1 indicada, na forma fasorial;
c) A tensão V indicada, na forma fasorial.

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33) Considere o seguinte circuito em regime permanente senoidal, onde a fonte de


tensão é dada a forma fasorial e os elementos passivos são representados por
suas impedâncias. Nestas condições, determine:

a) a corrente I indicada, na forma fasorial;


b) a tensão V1 indicada, na forma fasorial;
c) a tensão V indicada, na forma fasorial

34) Considere o seguinte circuito em regime permanente senoidal, onde a fonte de


tensão é dada a forma fasorial e os elementos passivos são representados por
suas impedâncias.
Nestas condições, a corrente I indicada, na forma fasorial é:

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