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Diccionario bibliographico

brazileiro v.7
P-Z

Doutor Augusto Victorino Alves Sacramento Blake

1902

http://bd.camara.leg.br
“Dissemina os documentos digitais de interesse da atividade legislativa e da sociedade.”
.
DICCIONARIO

BIBLIOGRAPHIGO BRAZILEIRO
PELO DOUTOR

~lIgl18to 18idorino ltfoes $acra11lenfo jfn~e

NATURAL DA BAHIA

SETIMO VOLUME

RIO DE JANEIRO
:IMPRENSA N AC:rONAL
1902
-l815
BIBLlOHCA DO S[;JAOO HDERAL
)

~ste VOlUm3 <:c~a-:9 registrado


sob námero 1..D... á . Q A
lo ano ~e -d.. g ~L(_
No appendice a este volume, além das correcções e
accrescimos, se incluem alguns artigos novos, que são
<los seguint.es autores:
Pedro Antonio de Oliveira RUJeiro.
Pedro Celso Lima Verde.
Pergentino Saraiva de Araujo GaIvão.
Quintino da Cunha.
Raymundo Nonato de BriLo,
Raymundo Perdigão de Oliveira.
Rodrigo Bretas de Andrade.
Rodrigo de Seixas Brandão.
Sylvio Pellico Portella.
Tbiago Ribas.
Thomaz Antonio Espiuca.
Thomaz Pompeu Lopes Ferreira.
D. Vera A. C. Saeser.

.\
OICCIONARIO BIBLlOGRAPHICO BRAZILflRO

D. Pedro II~ Irnllerador do Broazil - Fill10 do


precedente e ua. archi·duqueza d'Austria dona Leopoldina,llasceu no
Rio de Janeiro a 2 de dezembro de 1825 e falleceu em modesto hotel
em Pariz a 5 de dezembro de 1891, exilado em consequencia da pro-
clamação da Republica. Succedeu a seu pae no throno por abdicação
deste a 7 de abril de 1831, e declarado maior, assumiu o governo a 23
de julho de 1840, sendo coroado e sagl'a.do a 18 de junho do anno se-
guinte. Educado por conspicuos preceptores, intelligencia brilhan~e
e dediC<\ção firme ao estudo, foi o mais illustrado cbeCe de estado de
seu tempo, como reconbecem os primeiros sabias da Europa, com os
qu. es sempre procurou relacionar-se e não menos de. dous sobe·
ranos poderia neste momento citar, que em crises diillceis lhe pe-
diram conselhos, e sempre com seus conselhos se sabiram bem. Foi
um monarcha que nunca teve valitlos, como disse O Paiz, referindo·se
á confiança e estima que d. Pedl'o votava ao Visconde de Bom Retiro:
«Quem tiver de escrever a historia deste reinado terá de attestar,
pa.ra ser justo, que nelle não houve validos e que jamais a intimidade
do Imperador foi empregada como recurso para fins politicas ou para
iufluir cxtl'a.-constitucionnLmentú na llirecç'ão do governo do Estado.»
Foi o brazileiro que mais estl'emeceu seu cal'O Bra~it, como' elle o

• Continuação .10 Vol. VI.


·í 46 Vai, VII - t
2 PE

chamava, e basta, para i so comprovai', um facto: que no principio


da guerra cont"a o Paraguay apresentava elIe o aspecto de um mo-
cetão forte lle meno de 40 annos, e ao tel'minar eSÍt\ luta, o de um
anciÍ:Ío de mais de 60. E a prova de que só a glol'ia de setl Brazi& o
preoccurava está na rocusa que fez ao levantamento de um:.\. estatua
em reconhecimento á sua patriolira firmeza na sustentação da luta"
pedindo que o producto da sub cr ipção para isso, fosse applicado á.
creação de escolas. Não foi Lso sómente pOI'que o Imperador fosse por
indole avesso ás manifestaçõe ruidosas de enthusiastica popularidade.
Foi o brazileiro que só viveu para o bam, ptl'a o engrandecimento
de sua patria, só vantajosamente conhecifla na Europa depois de sua
primeit'a.viagem ahi Ceita, merecendo-lha a instrucçã.o publica, du-
rante toda sua vida, particular solicitude e trazendo-lhe elle sempre
proficuas'reformas de suas viagens, mesmo na moles tia i nem houve
no Imperio idéa de melhoram nto, de progresso, de civílisação que não
fosse devidaá iniciativa, ou á esforços seus. Foi um principe alheio ás
ostentaçõ~s e vaidades communs na realeza, e é assim que na Europa
se apresentava com o nome, simplesmente, de D. Pedro de Alcantara i
que tin1Ja satisCação em ver· e rodeado do povo; que nas situações
tristes, como a epidemil\, do cholera-morbus no Rio de Janeiro visitava
á noite as enfermarias dos cholericos C?m o ministro do Imperio; que
no logar de seu palacio, onde recebia os grandes, recebia os pobres ás
vezes descalços ou cobertos de andrajos, que vinham pedir-lhe uma
esmola. Foi o soberauo mais desiuteressado, de coração mais bem for-
mado, de caridade mais evangelica, e é assim que uma grande parte
de sua dotação era consumida em pensõ~s a familias até de servidores
do estado, em esmolas, em donativos a a sociações pia de que era as·
sociado ou protectol'. Permitta·se-me transcrever aqui um trecho do
Dia"io da Mltnha de Campos, n. ]22, de 22 de novembro de 1889:« O
Imperador deposto, o SI'. D. Pedro de Alcantara, fossem quaes fossem
os erros,.. os desvarios de seus ministros na ganancia elo poder, era
de um coração extremamente bondoso, de uma piedade verdadeiramente
christã. Obedecendo a estes sentimentos, o Sr. D. Pedro de Alcautara
satisfazia a muHas necessidades da pobreza envergonhada, conce·
dendo-Ihe pensões e exercendo a alta caridade de preceito evangelico.
Quando a dor explodi,., quando a lagrima vinha quente e repassad~
de queixumes, quando a miseria se lhe apresentava. no pallido sem-
blante do orphão desamparado, o Sr, D. Pedro tinha o carinho para os
miseros, tinha o consolo pura a dor que estalava, o coração da viuva,
o consolo que estancava a lagrima da desdita, que fazia. tl'nnsparecer
no semblante dos amargurados e,se sorriso de gratidão que sóe traos-
PE 3

pareceI' na physionomia das almas gratas. Com toda. razão dizia Glad·
stone.» A monarchia no I:lrazil sob o governo de D. Pedro n é, na.
realida.de, uma democracia coro~da. » I(. D. Pedro -lê-se na. Ency-
clopedia das Encyclopedias, tomo l°, 1882, pago 531- tem pugnado
com entranhado amor pela independencia, e p"osperidade de seu im-
perio, possue uma erudição vastissima, mantem relações com todos os
escriptores e arti,tas notaveis do mundo j tem viajado muito, sem que
em paiz algum onde haja estado se mostrasse jamais alheio a tudo
que ahi possa haver de grande pela liistoria ou pela arte. Entre os
aetuaes soberan03 occupa um logar distincto.» Alma pura, em seu
exilio nunca se lhe ouviu uma ligeira phrase de amargura, nunea uma
queixa ou recriminação, e incapaz de um acto menos digno, não podia
admittir que em sua deposição houvesse Íl'aição da parte de alguns
personagens, como aliás circumstancias inexplicaveis autorLam a des-
confiar. « Não sei definir, dizia eUe, traição consciente e premeditada,
não. Trahir amgura-se~me COllsa muito difficil, deve exigir extra-
orelinario esforço. E tra ta,-se, demais, de homens com honrosos prece·
dentes e serviços ao paiz.» E e se homem, que governou o Brazil
por mais de meio seculo, Cl1j;~ monarchia foi uma verdadeira demo·
Cl'acia coroada; cuj ~ vida podia ser admirada como um bello exemplo
de vit'tudes cívicas que fazem a honra da raç:. humana e nobilitam
seu paiz, expirou pobre, num hotel secundario, quasi em frente a
um sumptuoso hotel, onde á fidalga se banqueteava um presidente
depo to de pequena republica; expirou só, privado do consolo de
aIfeições sinceras; mas, como disse o dr. P. Deiró, "cercado de cordiaes
sympathías do povos que imaginavam nelle o typo admiravel das idéas,
das crenças e das aspirações da democracia moderna, ,enerado pelas
grandes intelligencias que illuminam o seculo, estimado nas famílias
monarchicas como UlU rIos seus mais nobres e i1lustres represent,autes ».
Quando mOl'l'eu, a imprensa do mundo inteiro deu-lhe unanime
cou agração como gl'ande vulto do seeulo. «Sahira fóra dos quadros da
historia nacional para Eer colloca-l0 ao lado das grandes figuras lm-
man3.S entre os eooperadorcs do pt'ogre so collectivo elo homem », disse
o Connne1'cío de S. Paulo de 5 de dez~mlJro de 1897. D. Pedt·o era ver-
sado em varias scieucias e particularmente na a tl'onomia; conl1ecia
mui~as línguas, inclusive o hebl'l\ico e o sanskrito. Não tinha, porém,
tempo para escrever e delle s6 conheço alguns tl'abalhos e varias poe.
sias, pela maiol' pu'te improvbadas, e de que deixou grande copia.
Eis o que conheço:
- Quadra improvisada em sua visita á. cidade de !tu, S. Paulo a
25 de maio de 184ô, na cam ara municipal desta cidade e que foi logo
4 PE

glosada pelo padre Francisco da. Paula Camargo e por MarLim Fl',\ncisco
Ribeiro de Andrada, 20 •
- Soneto á morte elo principe D. Affonso - Eis o soneto

Póde o artista pintar a imagem morta


Da. mulher por quem dera a propl'ia vida;
A' esposa. que a ventura vê perdida
Casto e saudoso beijo ainda conforta ;
A imitae-Ihe os exemplos nos exhoda
O amigo na extrema despedida .• ,
Mas dizer o que sente a alma. par tida
Do pae a quem, oh Deus! tua espada corta.
A flor do seu futuro, o filho amado,
Quem o póde, senhor, si mesmo o teu
Só morrendo livrou-nos do peccado ?
Si a terra á voz do Golgotha teemeu
E o sangue do cordeiro i01maculado
Ate o proprio cao ennegreceu ~ !
Foi ultimamente publicado na « Homenagem do Instituto llistorico
e geograpbico brazileiro », etc. em cummemoração do fallecimento do
autor, pags. 29 e 30.
-Poesia esceipta no album de ullfa dama do paço em dezembro de
1852 - Não sei si foi publicada no Imperio ; sei, poeêm, que o foi na obra
do padre Fletchee « O Beazil e os brazileiros » e depois vertida para o
inglez por Mr. D. Batis, de Philadelphia, precedida de uma noticia lau
datoria da poesia.
~ Lamentações de um escravo: - poesia escripta em castelhano
poe \Vellis Silva. Traduzida por D. Pedeo II e inseeta no opu 'culo de
Abel Rogales, intitulado «Brazileil'os e Chilenos», foi publicada no JOl'rlal
do Commercio de 20 de julho de 1888, e depois no discurso proferido no
Instituto historico pelo conselheiro Olegario na festa aos Chilenos com
a declaração de ser do Imperatlor. .
- A puma: poesia traduzida do hespanhol - publicada na Tribuna
Lib8ral de 2 de dezembro de 1888.
- Traducção de um texto hebraico nas línguas franceza e feli-
bt'ina por o::casião das festas do Centenario da annexação do Venaissino
á França - Foi offerecida ao Instituto bistorico pelo Conde de Motta
Maia em nome do traductor.
- Vel'SOS da Araucania, de Allouso Urcilla: traducção - Foram ex-
postos num quadro, na fe.sta aos otliciacs do encout'açado chileno Atmi·
"ante Cochrane a 31 de outubro de 1889.
PE 5

- PoesÍLs ol'igitlaes e traducção de S. M. o Sr. D. Pedro II ( Ho-


menagem ue seus netos ). Petropolis, 1889, 106 pag . iu-4' - A edição
deste li \'1'0 foi muito limitada; nem elle foi exposto á venda.
- Poesies hebraico-provençale3 du Rituel israeli te contadin,
traduites et transcriptes par S. M. D. Pedro II, de Alcantara, Empe-
reur du Brésil. Avignon, 1891, XlII - 60 pags. in-8' - E te livro ex-
citou a curiosidade das pessoa-s que se inteL'essam pela língua dos fe-
libres.
- Sonetos do exílio, recolhidos por um brazileiro. Pariz, 1898, 2i
pags. in-8' - E uma pequena collecção de sonetos escriptos no exilio
mas de sonetos lindos, perfeitos, pelos quaes se conhece quanto o soffri-
mento acrisolou o estro poetico ueD. Pedro II. Aqui transcrevo um,
com o titulo A' Imperatl'i:::, que foi com certeza improvisado, porque
foi achado es rÍpto a lapis nas margens de um jornal portuguez, só dif-
ficilmente podendo ser Huo. Eil-o:
Corda que e tala em harpa mal tangida,
Assim te vaes, ó doce companheira,
Da fortuna e do exilio verdadeira
Metade de minh'alma entristecida!
De augusto, regio tronco hastea partida
E transplantada a terra brazileira,
Lá te fizeste a sombra hospitaleira,
Em que todo infortunio achou guarida 1
Feriu-te a ingratidão no seu delirio,
Cahiste e eu fico só neste abandono,
De teu sepulchro vacillante cyl'io.
Como foste feliz! Dorme o teu somno ..•
Mãe Jo povo, acabou-se o teu martyrio !
Filba de reis, ganhaste um grande throno !
Nest.. coUecção de sonetos se acha um com o titulo Terra do Brúzil
escriplo pelo Imperador «familiarisado com a ideia da morte, que aliás
não lhe tUl'bara a magestatica serenidade do espirito, quando mandou
vir do Brazil um caixotinbo de terra para ser collocada. em seu
sepulchro ». - Ela ainda traballtos seus, como:
- Pl'oclllmaçüo de S. M. etc. Uruguayana, 19 de setembro de 1865
e Ordem do dia 35" do general David Canavarro - Com o fim de justi:
ficar este general.
- Limites do Brazil- Na Revista Trimensal do Institúto historico,
tomo 24, 1861, pags. 113 a 160. E.,te trabalho foi orrerecido ao Instituto
por D. Pedro II, sem dizer que era de SLla penna..
- lmp"essões de viagem ao Egypto, Palestina e outros lagares -
Não as vi impressas, mas sei que foram lirlas p[\lo autor dur.1I1te
alguns dias uo paço dc Petropolis perante os semannrios Marquez de
Tamandaré, Barão de S. Felix, COlHei beiro Olegnrio e outros, em
março de 1881 e eram escriptas em dous pequ3nos volumes.
- Notas sobre i1 li ngua, tupy - Foram publicadas na grande obra
de Lavasseur que corre imprc·'sa. em avulso n:\. parle que se refere
ao Bmzil. D. Pedl'o II tinha por habito fa.zer em obra~ pbilosophica~,
iostructivas, que lia, annotações ou reCtificação de factos. Deste ge-
nero de escriptos seus conheço:
- Annolações á niograpl ia tio Conselheiro Francisco José Furtado
pelo ConselbJit'o TUa Franco de Almeida - O volume annotado per-
tencia ao Visconde de SapucaIJy e nelle escreveu o Impet·tdo?·« Es-
clarecimentos sobre diversos factos, ate hoje mal sabidos ou mal ex-
plicados, com relação á nossa historia politica, revelando a pondel'o,a
e discreta opposição do Chefe do E,tado, muitas vezes contral'iadfL
pela delibel'ação autorisada dos responsaveis do podeI' ».
- Notas ao livro « Les origines» de E. de Pressencé, 2" edição-
Este livro foi apresentado ao Instituto ilistorico com uma memoria
pelo conselheiro Manuel Francisco Correia a 10 de outubro de 1890
para depois da morte do Imperador ser tudo I ido, e foi logo encerrado
na A?'ca 'cio sigillo. D'abi tirado na sessão de 8 de abril de 1892, foi
a memoria publicada no Jornal elo Commercio de 10, II e 12 deste mez.
A commissão de estatutos e de redacção da Revista trimensal disse
na informação: « E' mais uma prova do elevado criterio e sabedoriu.
do nosso augusto protector, de saudosa memoria. »
- Notas ao li vro « Soixante ans de souvenirs» de Ernest Legouvé.
Este livro foi dado pelo Impel'aqor á um amigo que o conserva com
grande estimação.
- Annotaçães ao livro« Perfiles y Miniatures» de D. Martim Garcia.
Mel'ou, enviado extraordioario e ministro plenipotenciario da Repu-
blica Argentina no Perá. Foi o ultimo trabalho de D. Pedro II que
leu o livro annobndo-o na segunua quinzena. de agosto de 1891,
quatro mezes apenas antes de seu fallecimento. Neste anno, no exilio,
escreveu elIe
- Fe de olficio. Cannes, 23 de abl'il de 1891 - Foi reproduzido
este trabalho no Jornal do Com'mercio de 28 de maio deste anno.
Começa assim: «CI'eio em Deus. Fez-me a reflexão sempre conci-
liar as suas qualidades infinitas: Previdencia, Omnipotencia, Mise-
ricordia. Possuo o sentimento religios'), innato no homem e des-
PE 7

podado pela. contemplação da natureza ». E' um escripto que deve


ser lido por todos o, brazileiros.

Pedro A:lronso Frauco~ Barão de PeL!I'o A:lfonso


- Filho de Pedro Afl'onso de Carvalho e dona Luiza Helena de
Cal'valho e nascido no Rio de.Janeiro a 21 de fevereiro de 1845, é doutor
em medicina pela faculdade desta cidade, professor da mesma facul·
dade, doutor em medicina pela faculdade de Pariz, director do Insti·
tuto vaccinico municipal, olficial da ordem da Ro a, elc. Escreveu:
-Ideias gemes sobre os estreitamentos da urethra; Do'cholera'
morbus; Da atmosphera.; ParalIelo dos diversos methodos empre·
gados para o tratamento da hydrocele. TheS3 a presenta a á Fitcul·
dade de medicina do Rio de J'tUeil'o e sustentada a fi de dez.embro
de 1889. Rio de Janeiro, 1869, in·4' g'l'.
- Faculté de medeciue de Paris. 1'LlOse paUl' le doctorat en mo-
decine, presentée et outenue le 25 aóut de 1871. Point de tlissertation:
De la divulsioll appliquée it la guerrissoo des retriciscements de
l'uretl1re. Paris, 1871,3 [Js. 7:) pag . iu-4° gr.
- Ensaio de um trab.dho sobre o gabinete anatomico pathologico
do hospital da MisericorJia da Côrte. Rio de Janeiro, 1869,48 pags.
io-4°.
- Ewtíl'pação do inte tino recto. Rio de Janeiro, 1878 - E' es.
cripta por occa 'ião de uma polemica sc:entifica entre o dr. Pedro
Arronso e o dr. José Pel'eira Guimarães, motivatla por um facto
clinico desta natureza, polemica de que se occupou a imprensa do
dia e a classe medica do Rio de Janeiro.
- Variola e vaccinas. Da vaccinação animal no Bl'azil. Rio de
Janeiro, \888, 104 pags. in·8 n • Tem alguns traba.llJos em revista, como:
- Operaç(LO de um kisto Ilarcoma da face e pe~coço, praticada.
atc.- No Archivo tle medicina, cil'l1rgia e pharmacia do Rio de Ja·
neiro) n. I, pago. 3 e seguin tes com tres graVl1r:1S.

Pedro Agapio de Aquino - Filho de Thomaz José


de Aquino e nascido na Bahia pelo anno de 1864, é doutor em
medicina pela faculda'le desta. cidade. Exerceu a clinica em Qa-
mapuam no Rio Gl'ande do Sul e depois em varia. cida'les de S. Paulo,
Escreveu:
- These apresento da c sustentada perante a Faculdade de me·
dicina da Bahia, etc. Ualtia, 1885, in-4° - Não pude ver esta tbese.
- Notas l1ygieui'Cas: serie de artigos publicados no Oeste de
S. Paulo. 1890.
8 PE

- Relatorio da Intendencin, municipal de Casa Branca. 1I1ltOS,


1890,35 pags. in-4°.

Pedro cIo loan(,ara Belleg'{u' le -. Fill10 do ca·


pitão C,ludido Norberto Jorge Bellegarde, o commaudante do de taca.-
menta de artill1aria que acompanhou a real familia de Portugal ao
Bl'azil em 1807, e de dona Maria Antonia de Niemeyer Bellegarde e
irmão de Henrique Luiz de Niemeyer Bellegarde, ja por mim men·
cionado nesta obra, nasceu precocemen le nessa viagem, já nas aguas
do Brazil, por occasião de uma tormenta que enchera de susto sua mãe,
a 3 de dezembro, e fa.lleceu no Rio de Janeiro a 12 de fevereiro de 1864.
Era doutor. em mathematicas, marechal de campo, lente jubilado da
escola militar, vogal do conselho supremo militar, do conselho de sua
magestade o Im~erador, veado!' de sua magestade a Imperatri7., sacio
fundador do Instituto historico e geographico brazileiro, da sociedade
dos Antiquarias do Norte e outl'as associações de letlras, commendador
da ordem de S. Bento de Aviz a cavalleiro da ordem da Rosa. Com
tres annos de edade assen tau praça no exerci to por mandado do
principe D. Pedro, depois 1m parador, que na occasião de seu nasci·
menta declarara querer leval·o á pia baptismal, como fez, sendo com
(l assentamento de praça concedida a dispensa da menoridade para a
percepção do soldo e contagem do tempo de serviço. Matriculado na
escola militar em 1821, e obtendo por concurso o posto de segundo
tenente em 1823, completou o curso no de capitão, passando depois
para o corpo de engenheiros. Com aquella promoção foi-lhe dada a
nomeação de leute de matlJemalica e de fortificação em Angola. Em
1834 foi nomeado por concurso lente substituto da escola militar do
Rio de Janeiro, pouco depois cathedratico e seu director. Tambem foi
lente e director da escola de architecios da provincia do Rio de Ja-
neiro, para cuja fundação concorreu. DesempenlJou uma commissão
especial no Paraguay de 1848 a 1851 j foi director do arsenal de guerra
da côrte em 1852 j ministro da guerra em 1853 e da agricultura em 1863
e neste mAsmo anno eleito deputado ii, assembléll. geral, onde não
chegou a tomar assento. Escreveu:
. - Noticia historica, politica, civil e natural do Imperio do Brazil
em 1833. Rio de Janei.ro, 1833, 39 pags. in·4° com um mappa estatistico
do Imperio - E' uma publicação anonyma.
- Instrucções para mellições stereometricas e o.reometricas, mano
dadas observar nas alfaudegas do Imperio por pOl'ta,rifl cle 12 de
outubro de 1835. Rio do .1nn iro, 1835, 10 pogl". in-rel. com 2
tabelIas.
PE 9

Cornpendio de mathematicas I~lementares para u o na escola de


arcllitectos medidores da provincia do Rio de Janeiro. Rio de Janoiro.
183 • 128 pags. in- " com Ge t .. - Comprehende em resumo os prin-
cipias de aritilmetica.• algebl'a. geometria elementar. geometria ana~
Iytica. tle enho geometl'ico e meteorologia. Tove segunda edição em
1842 e nova edição correcta e augmentada em 18-18, 186 pngs. in·8°
com 6 ests.
- Compenclio de 'mecanica elementar e applicada. Rio de Janeiro,
1839. 116 paga, in-8". com 4 eilts. - Comprehende: Estatica, Dina-
mica. Hydraulica. Pl1eumatica. Machinas e Resistencia das construcções.
A parte de Estatica e dinamica foi reimpressa no Rio de Janeiro. 1858.
49 pags. in-8", com 2 ests.
- Compendio de topograpbia para uso de architectos medidores tia
provincia do Rio de Janeiro, 1839.61 pags. in·8", com 3 ests.
- Noções de geometria clescriptiva para uso da escol::\ de archi-
tectos medidore • etc. Rio de Janeiro, 1840, 27 pags. in-8° com 2 ests.
- Illtroducção chol'ogmphica á Historia do Brazil. Rio de Janeiro,
1840, 40 pag, in-8' com I mappa estat.
- Noções elementares do direito das gentes para. uso tios alumnos
da escola militar, Rio de Janeiro, 1845, 92 pags, in·8°.
- EstatisticI! pratica. Rio de Janeiro. 1845. in·8°.
- Compel'ldio de l!.rchitectura civil e hydraulica. Rio de Janeiro.
1848.315 pag'. in-8° com 2 ests.
- Noções e nov.\s taboa.s de balistica pratica. Rio de Janeiro.
1858,27 pogs. in-8°. seguidas de 7 taboRs e I esl.
- Encanamento das aguas potaveis p::.l.ra a cidaue do Recjfe de
Pernambuco: memoria e projecto ol'ganisados e oITerecidos á compa·
nhia do B~beri~e pelos engenheiros Cont'ado Jacob de Niemeyer e Pedro
de Alca.ntara Bellegarcle. Rio de Janeiro, 1841. 28 pags. in-8° - A
este trabalho acompanha a
- Planta e nivelamento entre a. na cença do Rio da Prata e a ci-
dade do Recife. de Pernambuco j para ~ervir ao plano do encanamento
das aguas da cidade, coniendo igualmente os mais proximos terrenos e
vertentes do norte do Capibaribe. 1841, Oro 292 X 001 485.
- Ca,l'ta chorogl'aphica da provincia. do Rio de Janeiro. man-
dada levantar por decreto da assembléa provincial de 30 de outnbro
de 1857 e pelo presidente dt\ provincia, conselheiro Antonio Nicolau
1'olentino, etc, 1858-1861. Rio' de Janeiro, 4 ns. de 0\11,563 XOlU. 910
- OlU, 563 X 001 • 873 - 001 , 700 X OlU. 910 - 001 , 700 001 , 873.
- Limites do sul tIo Imperio com o Estado Oriental do Uruguay.
E~posiçã.o do proseguimento e conclusão dos trabalhos geotle icos c to~
10 PE

pographicos, emprehendidos para a respectiva demal'cação - E' um


escripto olfieial e foi publicado com o Relatorio elo mini tel'io dos e -
trangeiros de 1851.
- Discurso na abertura da academia militaI' - Faz parte da «Nar-
ração da s'llemne abertura ela impel'ial academia militar em o :1uno
de 1837».
- Elogio historico do marechal Raymundo José da Cuu ha Maltos -
Na Revista do ln tituto historico, tomo l°, pags. 283 a 290.
- Elogio !tistol'ico do major Henrique Luiz de Niemeyer Bel-
legarde - !llem, pags. 290 a 298.
- Elogio historico do cousJlheit'o Rtltbazar da Silva Lisboa -
I<.Iem, tomo 2",paO's. 590 a 595 - Escreven os tres elog-ios acima como
orador do ln,titu~o.
- A.pontamentos sobre a provincia do Rio Grande do Sul e a repu-
blica do Paraguay, datados da Assumpção 13 de ~io de l819 - A ui-
bliotheca nacional possue um t cópia de 19 fIs. Do Pd.raguay dá·se a
descripção geral, seu systema administrati vo, estado militar e estado
politico,
- Esboço de um diccionario biographico, geographico, bistol'ico e
noticioso relati vo aos homens e COUS'lS do Brazil, em via de orga ui-
sação - A mesma bibliotheca possue 13 quademos in-foI. Ha deste
autor, finalmente, varias cart'ts Iithographaias ineditas, sendo al-
gumas de cfJl!abol'ação com o coronel Conrarlo Jacob de Niemeyer
( veja-se esle nome) ; escri ptos em revi tas de que foi collaboratlor,
como a Minerva Brazileint, de cuja p.trte astl'onomica e meteorologica
encarregou-se, e a seguinte, que com J. M. Pereit'a da Silva e Josino
do Nascimento e Silva, fundou e dirigiu:
- Revist ~ nacional e estmngei1'a: escolha de artigos origioaes e
traduzidos por uma associaçl0 de littel'atos brazileiros. Rio de Janeiro.
1839-1841, 5 vols. in·8° - Tem ainda trab lhos geographicos como:
- Reconhecimento do clminho desde Triumpho até a Missão
de S. Luiz, comprehendeodo uma parte do curso do rio Uruguay, pl'O-
víncia. do Rio Grande de S. Pedro. Archivo militar, 1849, 01U, 437
X O"'. 307 - E' feito com o engenheil'o A. P. de Carv.tlho florges.
- Cat·ta geral da fronteira do Brazil com o Estado Oriental do
Uruguay, levantada pela Commissão de limites sob a direcção do ge-
neral Barão de Cacapav,c e do brigadeil'o P. A. Bellegarde nos annos
de 1855 a 1862, 4 fIs.
- Estatutos da Sociedade Litteraria do Rio de Janeiro - de que o
Instituto historico e geographico brazileiro possue o autographo as-
signado tambem pelo dr. Emilio Joaquim da Silva Maia, Diogo
PE 11

oares da Sil va de Bi vaI') J01.quim G,:mç\1 ve' Le lo e Fmncisco Gê


Acaiaba de 'lontezuma.

P dro d .A.lca.n.ltu·a Lisboa. - Natural Llo Rio de


Janeiro, a.qui falleceu a 7 de janeiro de 1885 na idade, pouco mais ou
menos, de s ssenta annos, seJl'lo bachal'el cm lettl'a' l~elo collegio
Pedro H; engenheiro cllimico peb escola central de Pariz ; professai' de
mathematica, jubilado, da escola normal da provincia do Rio de Janeiro,
sacio da socieda le Auxiliadora da industt'ii\ nacional, da sociedade
Animarlora da instl'ucção, da. Fmnça, etc. Com veL·ua.Jeira deJicação
para o mllgbterio, nunca lleixou dõ exercel·o tambem como professor
livre, Serviu algum tempo como ad lido de pl'imeira clas, e na legação
imperial de Pariz, e fi'eqnentou nesta cidade a escola. de arte e manu.
facturas, E5creveu :"
- Geomet~'ia elementar pelo methodo infinitesimal. Rio de Janeiro,
1862,99 pags. in··8" com 1055gs.
- Noções de geomet"ia elemental': com pendia adoptado para as es-
colas normaes do Rio de Janeiro e Pel'narnbuco. Rio de Janeiro, 1867,
81 pags. in-8° com figs. - Ha uma edição de 1872.
- Syste11lametrico decimal, considerado em snas applicações. Rio de
Janeiro, I 61, 15 pags. in·4° - Fez·se logo 2° edição com o titulo:
- Syslema met1"Íco decil111l1, apropriado á. instrucção primaria, Rio
de Janeiro, 1802,24 pags. in·8° com G tnbellas e 8 fio-s.
- Arithmetica e/ementa1', adoptada para" inslrucção primaria da pro-
yincia do Rio de Janeiro. Rio de Janeü'o, 1871, 147 pags. in·IZo-
Teve 2a edição,
- Note SUl' la race noire et la !'aoe mulatre au Brésil - Nos Nou-
veaux Annales tles Voyages, 5 IUO sél'ie, 1847, vaI. 2°.
- Enseignement et credil agricole au Bresil. Extrait de la Revue
Espagnole, portugaise, bresilienne et espano-americaine. Sceaux, 1857,
14 pags. in-8°.
- Plano financeiro para a ol'ganisação de uma sociedade industrial
agricola no Brazil. Pariz, 1856, 8 pags. in-4°.
- Algumas ideias sobre a agricultura no Brazil. Rio de Janeiro,
1859, 8 pags. in-4° gr. - Vejo no Catalogo geL'al da livraria Garnier,
1897, pago 77, as tresseguintes obras sob o nome deste autor, talvez
por engano:
- Livro feiticeiro das senhoras ou novissimo oraoul0 da donas e
donzella , contendo 70 pel'guntas e 1.120 re posta~ de fazer pasmar pelo
seu acerto, etc., in-8°.
12 PR

- O livro necessario: manual caseiro, in.12°.


- O livro dos sonhos, no qu:.tl se encontl'a sna expliCf1Qn.o ao alcauce
de qualquer pessoa, in-12".

Pedro :ie Alcantara Nabuco de Araujo -


Filho do conselheiro José Paulo de Fig-ueirôa N,tbuco úe Araujo, nas-
ceu na cidade do Rio de Janeiro a 19 de outubro de 1859 e D:.t faculdade
de medicina desta cidade fez to~lo o curso e recebeu o grito de doutor em
medicina. Era sacio do Gymnasio academico e escreveu:
- A mer],icaçáo dosimetrica e a dosimetria. Rio da Janeiro, 187'
in-8'.
- A medicina dosimetrica apresentada aos estudantes de metlicinft
pelo estudante, etc. Rio de Janeiro, 1879,60 pa.gs. in-8°.
- A cura do maníaco: scena comica. Rio de Janeiro, 1883, ín-8°-
Este trahalho foi escripto em 1879 c só em 1883 publicado para ser o seu
protlucto àpplicado ao patrimonio ela sociedade libertadora aca lemica da
faculdade de medicina. Todos estes traballlos são do tempo de estudante.
- Alienação mental: prelecções feitas na escola publica da
Gloria. Rio de Janeiro, 1883,35 pags.)n-8°.
- Suicídio: tbese apresentada ao Gymnasio ac:.tdemico pelo socio,
ete. Rio de Janeiro, 1883, 161 pags. in-8°.
- Loucura puerperal ; Condições do estupro; Diagnostico da com-
moção e da contusão cerebral; Do diagnostico e tra.tamento tlas adhoren-
cias do pericardio: tbese apresentada á Faculdado do medicina do
Rio de Janeiro para obter o gl'áo de doutor em· medicina. Rio de Ja-
neiro, 1883, 4 fIs. 132 pago in-4° gr. - Tem, parece·me, outros tra-
balhos, mesmo em periodicos, como
- A dosimet,'ia e o Dr. José de Oóes; serie de artigos publica,los
na Gazeta de N Oficias em 1880.
- Clínica psychiatrica. Caso de paralysia geral. terminada por
morte por entero-colite: observação colhida no hospital de O. Pedro II
- Na Ga:::eta dos Hospitaes, 1883, pags. 193 e 224 e segs.

Pedro de AI:rneida Magalhães - Filho do doutor


João Paulo de Almeida Magalhães e dona Lucilla Eugenia Teixeira de
Magalhães, nasceu em Vassouras', Rio de .Janeiro, a 27 de novembro do
1864. Doutor em medicina pel:.t faculdade d(}sta capital, é na me ma
faculdade assistente de clinica propeueutica e escreveu:
- Das am]/otl'ophias de origem peripberica: tbese apresentada á
Faculdade de medioina do Rio de Janeiro, etc., afim de obter o grilo de
doutor em medicina, etc. Rio de Janeiro, 1887, 142 pags. in-4°.
PE 13

- Os ruidos de sõpro cardíaco no decurso da arterio-esclerose ge-


naralisada. Rio de Janeiro, 1895, 131 pags. in-8".
- Estenose e insulliciencias mitraes de origem endocardicas, sys-
tolia hepathica (com o dr. Sylvio Moniz) - o B?'azil Medico, 1892,
anuo 6°, pags. III e segs.
- Sob,'e wn c ISO de myelite chronica, autero lateral, assestada na
região dorsal inferior ( com o .mesmo dr. Sylvio Moniz) - Na dita. Re-
vista e anno, pago U9 e segs.
- Molestia de Hongdson: insufficiencia aortica e dilatação da aorta.
Athel'oma generalisada. Nephrite intersticial ( com o mesmo collega )
- Na dita Revista e anno, pag. 205 e segs.
- Aneurisma sacciforme da carotida primitiva esquerda ( com o
lUeEmo coJlcga) - Na dita Revista e anno, pago 237 e segs.
- Das perturuações cardiacas no beriberi - No Brasil Medico,
I 92, anuo 7°, pags. 209-225-241-249-254-261-269.
- Dd do,' epigastrica na arterio-esclerose generalisada - Na mesma
Revista, 1893, anuo 8°, pago 143 e segs. Ha nesta Revista ainda outros
trabalhos deste au tal'.

PedroAUlQl~ico de Figueiredo e ~Iello- Nns-


ciuo na provincia da Parahyba a 23 de abril de 1843 e vindo para o Rio
ue JaneÍl'o em 1854, depois de lutar com grandes ditIlculdades, sendo a
principal dellas a opposição de seu pue, com o fim de matricular· e na
Acauemia de bellas-artes, teve logo entra'la no collegío de Pedro II por
ordem do Impera'Jor, que uesde logo se constituiu seu protector. Depois
de estudarahi varias linguas e sciencia ,passou para a1nella academia,
então dirigida pelo eximia artista e litterato M,Uloel de Araujo Porto-
Alegre, depois Barão de Santo Angelo, e ahi taes triumphos alcançou,
que ao cabo ue tres aunos havia obtido quinze medalhas de marito e
uma menção honrosa. Dominado da ambição de saber, de gloria, com
licença elo Imperador partiu para o Havre em 1859, matriculando-se
logo na academia de bellas-artes e na faculdade de sciencias de Sor-
bonne. Havia ja feito uma excursão por Pariz, Londres e Brulellas
quando, a chamado do Imperador, que se lembrara delle para prores 01'
de uma cadeira de nossa aCAdemia, veiu ao Brazil e obteve, depois de
concurso) a cadeÍl\L de desenho, que leccionou por pouco tempo por voltar
á. Italia. E' doutor em sciencias naturaes pela universidade livre de Bru-
xellas, lente jubilado da cadeira ele historia da artes, esthetica e arcbeo-
logia da academia de belias-artes do Rio de Janeiro, dignitario da
ordem da Rosa, grão-cavalleiro da ordem romana elo Santo Sepulchro,
cavalleiro da ordem da· Coroa. ela Allemanha, lente adjunto ela l1niver~
14 PE

sidade de Bruxellas e membro de varias associações. Foi deputado ao


primeiro congresso republicano federal pelo estado de seu nascimento
e escreveu:
- La refm'me de l'Academie de beaux-arts, de Paris. Pariz, lS62.
- La science et les sy teme ': questions d'bistoire et de philo-
sophie natul'elle. Bruxelles, 1869 - E' ,na. tbese para obter o gráo de
doutor em sciencias natuI'nes, NeUa combate o autor o positivismo de
Com te, o empirismo de Bacon, o criticismo de Kant e o philosophismo
de Cabanis, Teve duas edições seguidas.
- Hypothese relativa ii causa do phenomeno chamado luz zodiaca.l:
Bruxellas, 1869, in-8°,
- Memoria sobre a conjugação do spirogyra quinina. Bruxellas,
lS59.
- Disctll'SOS proferidos na Academia de bellas·artes do Rio de Ja-
neil'o, e outros. Florença, ]882, in·8° - Tiveram segunda edição em FIo·
rença, 1888, 163 paga, in-4°.
- O Holocausto, romauce philosophico de caracter e costumes. Flo-
rença, 1882, in-8°.
- AmOl" de espo~o: narrativa historica - Florença, ]882, in·So.
- Estudos philosophicos sobre as bellas-artes na antiguidade, 2"
edição. Florença, 1882, in·8°.
- De l'enseig'nement libre des sciences naturelles, 4" edição. Flo-
rença, 1882, in-8°.
- O brado do Ypiraoga e a proclamação da independencia do
Beazi!. Algumas palavl'as ácerca do facto historico e do quadro que o
representa, Florença, ]888, 43 pags. in-4°.
- O plagio: estuJos - E' uma serie de artigos publicados n'O Pai::,
de 26 de junho de l890 e seguintes.
- Discursos parlamentares, 1891-1892. Rio de Janeiro, 1893, 48
pags, in-4.° de duns co]umnas.
- Cl~l'SO de esthetica, profe sado no. Academia de beIlas-artes do
Rio de Janeiro - inedito.
-Refutaçeio á Vida de Jesus, por Ernesto Renan - Inedita.
- O foragido: romance com o retrato e a. biographia do autol' por
J. M. Cardoso de Oliveira. Rio de Janeiro, 1900, in-8°. São muitos e
adinimveis os quadros do distincto artista brazileiro.

Pedro Antonio Ferreira Vianna - Filho de


João Antonio Ferreira Vianna e dona Senhorinha da Silveira Vianna,
nasceu no Rio de .Jnueiro a 24 de fevereiro de 1838, é bacharel em direito
PJ-I' 15

pola faculdade de S. Paulo, advogilLio e membro do Instituto da ol'dem


cios advogarlos brazileiros, e eSCI'evcu :
- A 170; elo pavo e a voz da, J'azão. S. Puulo, 1859, in-4° - Era o
autor estudante de direito.
- A crise comme~'cial no Rio de Janeiro em 186-i. Rio de Janeü'o,
1864, in-8".
- Reflexões sobre a politica amel'icana. Rio cle Janeiro, 1867, in-4".
- Oonferencia ?'acticaZ, 3" essão. Discurso proferido sobre a abolição
da Guarda Nacional. Rio de Janeiro, 1869, in-4° - Esta conferencia
foi por engano classificada entre os trabalhos de seu irmão, Antonio
Ferreira Vianna. (Vide este nome. )
- Consolidação das disposições legislativas e regulamentares do
processo criminal. Rio de Jancü'o, 1876,380-188 pags. in-8°.
- Processo commerciaZ administrativo. Rio de Janeiro 1877, 91-52-
I3-IV in-8° .
.- A sit~'ação do Brazil: serie de artigos publicados na Republica.
Rio de Janeiro 1~77, in-8°.
- Economia politica, e tradas de ferro, alfandega, tal'ifas e bancos.
Rio de Janeiro, 1884 - E' um trabalho publicado por ordem do governo.
Foi um dos redactores da.
- RepttbUca. Rio de Janeiro, 1870-1874.

~edro Ant.onio de Mello - Não pude obter nolicia a


seu respeito e só conheço o seguinte escripto seu:
- Democl'aci" opportuni ta. Rio de Janeiro ( 1 ), 1888,219 pags.
in-8°.

Pedro Antonio de 1\.J:iranda - Nascido no Rio Grande


do Sul em 1835 e, se me não engano, ahi professor da instrucção pri-
maria, falleceu em Pelotas a 24 de fevel'eiro de 1900, e es reveu:
- Synopse gl'ammatical - trabalho que nunca pude ver.

Ped.·o Antonio de Oliveira Botelho - FLlho de


Antonio Thomaz de Oliveira BotellJo e dona Anna Joaquina de Queiroz
Botelho e irmão do doutor Joaquim Antonio de Oliveira Bolelho, já
neste livro commemorado, msceu na Babia em 1822, foi doutor em me-
dicina pela faculdade da Bahia e ahi falleceu em novembro de 1872. Es-
Cl'eveu:
- 2'heses medico-pbilosoplJicas, apresentadas e publicãmente SI1 -
tentadas perante a Faculdade de medicina da Bahia em o dia 26 de no~
vembro de 1846. Bahia, 1846, in-4" gr.
16 PE

- Base de um projecto de instrucção prLmal'i,l, e secundaria da


província da Bahia, que offerece ao mmo e Ex ll10 Sr. Presidente, etc.
Bahia, 1861,39 pags. in-8° - O Dr. Botelho publicou alguns trabalhos
em revistas, como:
- Os p,-og,-essos da medicina - No Crepusculo, periodico do Insti-
tuto Iitterario da Bahia, volume 3°, 1846, pags. 57 a 59.
- Plwellologia - Na mesma Revista, volume l°, pags. 3 a5 e 19 a 23.

Pedro de A.raujo LiJna, Visconde, depois Marquez


de Olinda - Filho de Manoel de Araujo Lima e dona Anna Teixeira
Cavalcanti, nasceu em Pernambuco a 22 de dezembro de 1793 e Cal-
leceu no Rio de Janeiro a 7 de junho de 1870, doutor em canones pela
universidade de Coimbra, senador do Imperio, do conselho de sua ma-
gestade o' Imperador, conselheiro de estado, sacio fundador do ln·
stituto historico e geographico brazileiro, omcial da ordem do Cru-
zeiro, grã-cruz da ordem de Christo e das ordens tranc~za da Legião
de Honra, turca de Medjidié, sarda de S. Mauricio e S. Lazaro,
hungara de Santo Estevam e mexicana de N. S. de Guadalupe. Apenas
formado, voltando á patria, exerceu a magistratura, e foi deputado
ás cortes portuguezas, e tambem á constituinte brazileira, e a outras
legi laturas. Escolhido senador a 5 de setembro de 1837 pelo regente
Feijó e logo nomeado ministro do Imperio, retirando-se aquelle do
poder, \\ssumiu a regencia do Imperio a 19 do dito mez, cargo que
occupou até a maioridade de d. Pedro II. Foi oito vezes ministro,
influindo consideravelmente nos destinos da patria, symbolisando
dmante sua longa vida publica o respeito e a obediencia ao podor
legal do governo. Escreveu muitos relatarias como ministro, foi um
dos autores do
- Projecto de COHstituiçcio para o Imperio do Brazil ( Veja-se An-
tonio Carlos Ribeiro de Andrada Machado) - De seus discursos parla-
mentares publicou:
- Discurso em resposta ao sr. senador Pompeo na ses ão de 4 de
agosto de 1864 ( Rio de Janeiro, 1864 ), 8 pags. in-4° gr. de duas co-
lumnas, sem folha de rosto - Além disso só conheço de sua penna o
seguinte:
- Rio de Janeiro. Ministerio dos negocias do Imper'io, ReparLição
geral das terras publicas em 10 ele abril de 1858 : Explicaç''<i.o dada pelo
Marquez de Olinda, presidente do conse1ho de ministros, ao Visconde
de Maranguape, ministl'o dos negocias estrangeiros, sobre a nota que
a este dirigiu o governo federal da Suissa, trll,tando da emigração
suissa em geral, e especialmente dos colonos do senador Vergueiro.
PE 17

Rio de Janeiro, 1859, 15 pags. in-8· .:.... Não tem frontespicio; tem
annexa, in·fol. a Relação dos colonos entrados para a colooia do Se-
nador Vergueiro desde sua fundação e que sahiram com saldo a favor,
conforme a lista apr,)senlada pelo empresario. - Ha ainda alguns dis-
cursos seus publicados em collecções como a de titulo
- Discursos diversos, proferidos no parlamento pelos senadores e
deputados, 13 vais. 10-80 - Na bibliotheca da marinha.
- Relataria apresentado á Assembléa geral legislati va. pelo mi-
nistro do Imperio, etê. Rio de Janeiro, 1858, in-4° - Como este ba
outros relatarias deste autor.

Pedro de At.haide Lobo ~!oscoso - Nascido na.


capital da B.\llia a 6 de jutbo ue 1822 e doutor em medicina pela fa·
culdade desta cDpital, falIeceu a 25 de dezembro de 1897 no Recife,
onde se havia estabelecido, e onde exerceu varias cargos como o de
director do bospital de d. Pedro lI, inspector de saude publica, etc.
Servira antes no corpo de saude do exercito. Escreveu:
- P,'oposiçôes sob['o as feridas por armas de fogo: the e apre-
sentada à Faculdade de medicina da Babin, etc. Babia, 1844,2 fia"
7 pags. in·4 o gr.
- Tl'atamenta homro~patbico, pres9rvativo e curativo do cholera
epidemico : Instrucções ao povo, a quem póde servir de guia na falta de
medico. pelos drs. Charge e Ja,hr. Traduzido do francez. Recife, 1855, •
lGO pags. in·8°.
- Dicciol1aria dos termo;; de metlicina, cirurgia, chimica, ana-
tomia, etc. Recife, 1853, in-8°.
- Opusculo conteuelo a observação tIe um tumor intra-ventral,
l)arecendo kisto do ovaria esquerdo, olJeraçiío c\a gastl'Otomia, extrtlcção
do um volumoso kisto solido, implantado sobre a parte superior do utero
enke os dons ovarias e cura em oito dias. Recife, 1871, 29 pags. in-8°.
- Relato,'io que apresentou ao Illm. e Exm. Sr. Presidente de
Pernambuco em 27 de novembro de 1878 o Inspector de Saude pu-
blica, etc. Recife, 1879, in·fol.
- Pal'ece/' àC81'Ca da molestia que se tem de envolvido nascannas
dos engenhos da comarca do Cabo e suas proximidades na provincia de
Pernambuco, "presentado, etc., á. commis ão nomeada. pelo Presidente
da Provincia. Recife, 1881, il1-4° gr. - Sahiu em Annexo no Relatorio
do Ministerio da Agricultura, 2° vaI.

Pe<lro ..t-lo..ugusto Calaneiro Lessa, - Filho de José


Pedro Lessa e nascido em Minas Geraes a 25 de setembro de 1860, é
Vol, VI[ - :I
18 PJ'"

doutor em direito peltt r"culdade de S. Paulo e lente da mosma facul-


dade. Escl'eveu:
- Theses e di 'sertação apresentadas a Faculdade de direito do
S. Paulo para o coucurso a uma vaga tle lente substituto da. mesma
Facnltlade. S. Paulo, 1887, iu-4°,
- Memoria historica academica da Faculdade de direito de
S. Paulo, anno de 1888, S. Paulo, 1889, in-4°.
- lnte?"p1'etaçüo dos arts. 34 o. 23,63 e 65 n. 2 da Constituição
federal. S. Paulo, 1899, in·80 - Sob este titulo re'uniu o autor em um
volume de 110 pag,inas alguns artigos de polemica, enI que se trata
uas seguintes questões: A nova phase da doutrina e das leis do pro-
ce~so brazileiro, e da compatencia do ensino e a competencia do Estado
para legislar sobre o processo das justiças locaes. O dr. Carneiro Lessa
redigiu, quando estutlante de direito:
- O Fede1'aZista : pet'iodico republicano. Redactores Alberto Salles,
Pedl'o Lessa e Alcides Lima. S. Paulo, 1880, in-8° peq.

Pedro Augu@to GOlnes CardiJn. - Filho do


maestl'O portuguez commendador João Pedro Gomes Cardim e de don;\,
Aurea. Amelia Monclaro, nasceu em Porto Alegre, capital do Rio
Grande do Sul, a 16 de setembro de 186L Indo com seus paes para
Portugal na idade de 10 annos, estudou humanidades no lycêo do
Porto e depois percorreu varias cidades da. Europa em viagem de
instrucção e recl'eio. Voltando ao Bra.zil fez em S. Paulo o curso de
direito, em que foi graduado bacharel e deu· se á advocacia. Ahi foi
eleito deputado ao Congresso estadoal e posteriormente vereador da
Camara municipal da capital, onde serviu com applauso o logar de
intendente das obrae publicas. Oistincto jornalista e littel'ato, cul-
tivou com especial preuilecção a litteri\tura dramatica, que elll'iqueceu
com os seguintes trabalhos:
- O bCL?"onato: opera comica em tres actos.
- O primeiro cliente: comedia em um acto.
- A tü : comedia em dous actos.
- Da Monarchia á Repulilica : vaudeville, S. P,tulo, 1896, in·8°.
- A conspiração: comeu ia em um acto.
- Uma prODa de consideração: comedia em um aeto.
- A lJletamorphase: comedia em um acto.
- A Macl1'asta: comedi:l·:ll'ama em tl'es actos.
- O honesto: drama em cinco actos.
- Os loiros: comedia em tres actos, em collaboração com o
Dr. José Piga. Algumas destas peças foram representadas nos theatros
PE 19

de S. Paulo, da Cu pftal FeJeral e da B.lhia, merecendo francos


elogios da imprensa c do publico. Não sei si foram todas publicadas;
algumas foram, como a comedia <I. Da l\1onal'clüa á. Republica». Qnanto
ao jornalismo, estreou como partidario da. abolição do elemento escravo
fundando e redigindo com Antonio Bento e outi'os:
- A Oada'; ol'gão ele propaganda abôlicionista. S. P,\Ulo, 188'14 -
Dahi passou a cal laborar na. ProDincia de S. Paulo, hoje Estado de
S. Paulo, escrevendo:
- Ri os e refle'xões::secção diaria - Redigiu depois o
- Dim'io de Noticias. S. P/\Ulo, 1889 - Foi desta folha redactor e
director-chefe. Proclamada a Republica redigiu
- A Reacção. S. P/lulo, 1890.
- O .Autonomista. S. Paulo, 1890.
- A Opinião Naciol/al. S. Paulo - com o Dr. Amorico Bra-
lliliense.

D. Pedl"O Augusto Luiz ~.Ial~ia l\.Iiguel


Gabriel Ra.phael Gonzaga - Filho do Duque de Saxe,
D. Luiz Augusto Y.aria Eudes de Coburgo e Gotha e da princeza bra·
zileira, dona Leopoldina, Duqueza de Saxe, e neto do Imperador
D. Pedro II elo BI'àZil, nasceu no Rio de Janeiro a 19 da março de
1866. Grá·cruz [da 'ordem do Cruzeiro, grã-cruz da ordem f!'nnceza
da Legião de Honra, da ordem Ernestina. da Casa ducal de Saxe, e
tia ordem de Leopoldo da Belgica, formado em b llas-Iettl'as pelo
coIlegio Pedro II, em mathematicas, e cm scientias natul'aes, appli-
cou-se pal'ticularmente ao estUtlo da. mineralogia, tornando,s3 um
dos primeiros mineralogistas brazileiros. Possuia beIlas e ma.gnificas
collecções mineralogicas e escreveu:
- P"esence de l'albite en christaux, aiLlsi que de l'apalite ct la
scheclite dans les filons auriferes de- 'Ioero- Velho, pl'ovioce de MinDll
Geraes ( Beésil ). Pariz, in· foI., sem da ta e sem folha ou feon ti picio,
mas de 1887.
- Conferencia feita a 7 de novembro ultimo ( 1888) no Instituto
Polytechnico brazileiro sobre a mineralogia, geologia e iodu trio. mi~
neira no Brazil. Rio de Janeiro, 1889 - Foi feita a publicação em fas,
ciculos. O primeiro destes contém a introduccão da Conferencia e o
projecto de Guia mioeralogico, geologico e mineiro.
- Quadl'o synoptico da classificação dos feldspathos organisado de
conformidade com as theorias mod"lrnas. Rio de Janeiro, 1889 - Este
trabalho foi impresso a pedido do Dr. André Rebouças com o intuito
20 PE

de servir pa,ra uso dos alumnos do curso de ·con trucção dt1 escola
polytecbnica.
- Breves considerações sobre mineralogia, geologia e iodusti'ia
- do Brazil. Projecto de con.olidação dos trabalhos relaLiv s a este
assumpto. Conferencia realiza.dt~ no Insti tuto polytechnico brazileil'o
a 7 de novembro de J8 8, 1" p,\rte, 2° fasciculo,2" edição. Rio de
Jan.eiro, 1889, 28 pags. in·8" - Escreve uma folha do Rio, ele Janeil'o:
« Este 2° fascículo tl'az outro titulo que tlefioe melhor o assumpto: Apon-
tamentos soure mineraes do Bra;;il - Ensaio de estatística 'e geogr lphia
mineralogica. Oomo trabalbo scientifico é uma beBa promes a, que
revela o quaoto S. A. s Lem dedicado aos estudos de sciencias
naturaes. Ahi são consideradas as seguintes ospecies minern.es:
acerdesio, aegirioa e acbmito, alabandiua, albito, alumen, alunogenio,
amphybolios, amphigenio. analcimo, anathasio, andalusito, anglc ilo,
annal)~rgito, anthosidel'ilo, anthracito. antimonio, apatito, apopllyllilo,
aragonito, argillas, al'senopyrite, o.suolanea o asphalto. Eutl'etanlo
o a.utor declara muito modestamente em nota: «Não pretende esta
resumida enumeração de mineraes ser completa. Nada. mais é do que
base de futura publicação, que obrigará a muitos n.nnos de atUl'a.do
trabalho. »Felizmente não lhe faltam nem talentos nem meios ele
levar avante o seu importante tt'abalho.»
- Sepa?'at-Abd1'LICk aus del~ mineralogischen und petl'ographis-
~hen MittheiZtmgen herausgegeben von G. Tschermak, INien, Alrre<1
Hõlder ( Druck von Gotlieb Oi tel & C., io ,Vien s. d., in·SO de 13
pags. num. de 451,46,7, com uma estampa. fóra do texto e figs. inler·
caladas. C0ntem: Dom Pedl'o Augu ·to v n Sachsen.Cobul'g: Beitrage ;;Ul'
Mineralogie ttnd Pelrogmphíe Brasiliens. Nest'outro tl'aualho são
estudados algun. mineraes existentes na provincia de Minas Geracs
( no Morro Velho, em Caldas e Dbuua,ntina l. na do RIo tle Janeiro ( em
PetropoUs l e nesta cidade (pedrcil'a da Sa,udade, Estrada Velha d11
Tijuca e pedreil'a do Comle d'Eu, nas Lal'anjeiras l-Sei que d. Peuro
Augusto tinha entl'e mãos trabalhos uo mais alto folego quando foi
banido do Brazil ; que leu na sessão solemne do IostiLuto historico em
homenagem á nação chileua a 31 de outubro de 1889 um trabalho
sobre
_. Minas do Estado tio Chile - o qual passava n. limpo paL'l1 eu viar
ao lustHuto, quando se deu seu banimento em conseqnencÜ1 da pro~
'clamação da Republica e da queua da Monarchia; e que sob o titulo
- Clwistallographia - leu na Academia de sciencias de Pariz um
trabalbo que foi muito applandirlo.
PE 21

Pedro Au.gu.sto Nolasco Pereira da Cu.nha


- Filho do major Pedro Nolasoo Pereira da -Cunha, nasceu no Rio, de
Janeiro em 1784 e falleceu depois de 1845 reformauo no posto de briga.
deiro. Era major cOJUlnandante (le cavallaria em Ca.mpo, qUUIlI!O
com os majores Antonio Aurelial10 Rolão, commandanto dos caça(lol'es,
e Miguel Joaquim Prestes, do regimento numero 12, escreveu:
- Carla e mais papeis annexos, remettidos dos Campos ue Goyta-
cãzes ao Sr. redactor preterito di1 Ga-;;eta, os quaes por circum. tancias
OCCUl'rentes não puderam entrar naquella tolha e, por isso. se impri.
miram agora em papel separado, que será. distt'ibuido gratuitamente,
etc. (Sem data e logar da impressão, mas do Rio de Janeiro, 1821), 4
pags. in~foI. - Os papeis são tees proclamações aos soldados dos assi-
gnatarios e a carta é datada de 17 de julho.
- O "espeitavel publico e 'particularmente a classe militar brazi·
liense devem ser informados do mais execrando despotismo, que acaba
de praticar o commu,ndante militar dos Campos dos Goytacazes J. M.
de Moru,es contra o s&.l'gento-mór Miguel Joaquim Prestes do 12° regi-
mento de infanteria., de 2" linha, estacionado na villa de S. Salvador
de ta provincia. ( Rio de Janeiro, 1822) 3 pags. in. fo1.- E' tambem
ussig'nado este escripto pelos majores Antonio Aureliano Rolão e Mi-
guel Joa.q:uim P~estes.

Pedro Augusto Tavares - Filho de Pedl'o Augusto


Tavares e dona Rita Gonçal ves da Si! Vit Tavares, nasceu em Campos,
enlito pl'ovincia do Rio ele Janeiro, a 30 de ago·to de 1858. Bacharel
em direito pela faculdade de . Paulo, foi governador do estado do
Mal'n.nhão, e vice-presidente no tio Rio le J:1.l1eiro; arlvogou na cidade
de eu na cimento e aclun.lmente advoga na Capilal Federal. E-creveu:
- O cl'ime do Pa,rql1e. Defes'1- do denunciado aspirante José
Seixns Souto-MaiOI', pelo seu advogado, etc. Rio ele Janeiro, 1808 19
poas. in·4° grande, de duas columnas - Jornalista desde estudante, foi
um dos redactores da
- Provincia tle S. Paulo - Fundou e redigiu:
- O Amigo do Povo: jornal republicano. Rio de Ja.neiro, 1877, iu·
fol.- Do n. 6 em diante clJamou-se
- A Republica. Rio de Janeiro, 1877-1878, in·fol.
- A Republica: Campos, 1890·1895, in·fol.

Pedro Autrun da ~J:alLa c Alblu).uerque, 1°-


Filho ele Pedro Autrun dn. Malta e .\lIJllquerque e dona Gertrudes
Maria da Matta, nasceu na Bahia a I ele fevereiro de 1805 e falleceu
22 PE

no Rio de Janeiro a 31 de outubro de 1881, sendo doutor em direito


pela faculdade lle Ais, formado em 1827; lente de economia politica
da1"acu\dn.~e de direito do Recife. jubilado depois de mai. de qnarenta
ann03 de magi teria, lente dn. me ma materia no ln tituto commercial
da côrte e de religião na escola normal; do con elh:> de sua mages-
lade o Imperador; commendador da ordem da Rosa e cavalleil'o da de
Christo. Nesta faculdade, que ell3 por vezes dirigiu, teve occasião de
professar quasi todas as disciplinas desde 1829, sempre attralJindo a
mais alta consideração dos proft3s ores, sempre gozando da. veneração
de. eus alumnos, já por sua illustração e virtudes, já pelas maneiras
urbanas e delicadas com que tratava a lodos. Escreveu:
- Elementos de economia politica por S. Mill, trasladados em
pOltuguez. Bahia, 1833, in-8°.
- Elementos de direito natural pri vado de Francisco Nobre Zeillel',
traduzidos em pn'luguez. Pernambuco, ]S34, iu-8° - Segunda edição,
lS52, 110 pag3. ln-So.
- Elemmtos de direito natuml privado. Pernambuco, 1848, 186
pags. in-So - E' obra diversa da precedente; é original.
- Elementos de direito publico, geral e particular. Pernambuco,
1848, 180 pags. in-8° - Segundo, edição, IS54.
- Elementos de dil'eito das gentes. Pernambuco, IS51, 100 pags.
in·8°.
- Elementos de direito publico universal. Pernambuco, IS57,
112 pags. in-So.
- Elementos de economia politica. Pernambuco, ]S44, 390 pags.
in·So •
- Novos elementos de economia politica. Pernambuco, 185], 198
paga. in-8°.
- Prelecções de economia lJolitica. Recife, IS59, 59;pags. in-SO.
Segunda edição melhorada. Paris, ]S62, 240 pags. in-8°.
- Manual de economia politica. Rio de Janeiro, IS74, in-S" - Se-
gunda edição quasi toda reforma.da, 18S0, 310 pags. in-So.
- Cathecismo de economia politica p:l.ra uso das escolas normaes
do Imperio. Rio de Janeiro, ISSO, in-8°.
- O poder temporal do papa, considerado em relação ao direito,
á historia, á politica e a religião. Recife, ]S62, in·8° - E' em apoio da
doutrina pontificia.
- Reflerx;ões sobre o systema eleitoral. Recife, lS62, in-8° ..-: Creio
que é a mesma obra seguinte:
- Eleiçllo directa - No livro « Reforma eleitoral. Eleição directa:
collecção de artigos dos drs. José Joaquim de Moraea Sarmento, José
PE 23

Antonio de Figueiredo, Pedro Autran da Math e Albuquerque, João


Silveira de Souza e Antonio Vicente do Nascimento Feitosa ». (Veja-se
Antonio Herculano de Souza Bandeira. )
- Jesus Christo e a critica moderna pelo padre Felix: Traducção
do francez. Recife... - Ha terceil'a edição do Rio de Janeiro, 1868,
in-8°.
- Manual de philosophia, extr,\hido de di1ferentes autores. Per-
nambuco, 1874, in-8.
- Philosophia 0.0 direito pri vado para uso das faculdades de direito
das escolas normaes e de todas as pessoas que quizerem ter conheci-
mento do direito privado. Rio de Janeiro, 1881, in-8° - Na Revista
do Instituto archeologico pernambucaoo, o. 39, de 189 I, referindo-se
á. typographia de Pinheiro FtLria e Comp., de Olinda, lê-se: D'1
typographia tle Olinda ainda l'dst-tm uma. tr!\,dllcção dos elementos de
economia politica de S. t\lill, traducção fr,lIlceza confrontada com o
original inglez do dr. P. A. du. Matta. Albuquerque, etc., o
- Elogio da loucura por Erasmo: traducç'.ão, etc.- E aiolla ha
outL'os tl'abalhoB seus em revi -tas e jornaes, como
- Apologia do c.\tholici mo e dos soberanos pontifices Gregnrio
XVI e Pio IX - Vi e te trabalho, mas não me recordo oude.
- Socialismo: artigos publicados na Unirio em di5cusfão politico-
philosophica com o professor Antonio Pedro de J?igueiredo ( vide este
nome) e que sahil'am tambem uo Dia/'io de Pernmnóuco e lia Imp,-em<L
em 1852 - 00.1'. Antmn collabol'ou no Jornal do Domingo, revi ta de
litteratura, historia, viagens e "]1oe ia_o publicada sob a principal
redaccão de José de Vllsconcellos, de 18j8 a 1859, e l'edigiu:
- O cathrJlico, sob os auspicios Lle S. Ex:. Rev. D. Fl'Uncisco Cal'-
doso Ayres. Recife, 1863-1 72, in-folio:

Peclro Aut,ran da 1\.I:atta e Albuqu rque,2°


- Filho do precedente e de dona Francisca de Amorim Filgueiras Autran,
nasceu na cidade do Recife, Pernambuco, a 5 de outubro de 1829 e
falleceu no Rio de Janeiro a 15 de novemuro de 1886, sendo doutor em
medicina pela faculdade da Bahia, medico legista privativo da policia
da côrte, membro titular da imperial Academia de mediciua, cava)-
leiro da ordem da Rosa e condecorado com a medalha dI\, campanha
contra o governo do Pal'aguay. Prestou nesta campanl1a relevantes
serviços como primeiro cirurgião da armada e coutinuou a prestai-os
ainda por alguns annos. a provinciada Bahia. ainda estudante da
faculdade, foi cirurgião do 6° batalhão de caçadores da guarda na-
24 PE

cional e na de Sergipe, onde clinicou, serviu o cargo de inspector de


hygiene e foi deputado. Escreveu:
- Proposições sobre o magnetismo animal: t11ese para ser
su len tada, etc. Bahia, 1854, in -4° gr.
- Novo w'etlwoIOJno, npresentallo à Academia imperial de medi-
cina. Rio tle Janeiro, 1861, 39 pags. in-8°.
- Esboço historico da urethrotomia e dos uretbrolomos empre-
gados até o presente, apresentado á Academia imperial de medicina.
Rio de Janeiro, 1867.
- Esboço historico da discussão da Academia imperial de medicina
ácerca do regulamento dos medicos verillcatlores de obitos. Rio t1e
Janeiro, 1866, 31 pags. in-4° - Publicou algumas poesias, como
- O canto do Indio - Na Revista Popular, tomo 6", pags. 324 e se-
guintes. Foi, na ordem chronologica, o nono redactor dos Annaes Bm"
zilienses de Medicina, e nesta revista publicou varios traIJalbos, COI1\O
- A Ocllula nos productos pathologicos - No tomo XXVIII,
pags. 32 e seguintes. E redigiu mais:
- O Obse"vadm- Medico e cirurgico. Campos, 1860, in-fol.
_ Revista medico-cirurgica. l° anno. Rio de Jàneiro, 1862, in-8" gr.

Pedro de Azevedo Souza N etto - Filho de


Pedro de Azevedo Souza Netto e natural de Minas Geraes, é pharma-
ceutico pela faculdade do Rio de JaneÍl'o, formado em 1872 e escr~veu:
- Pontos de rbetorica e poetica, redigidos seguntlo o ultimo Pl'O-
gramma para os exames de preparatorios. Rio de Jancil'o ( sem dnta).
Houve outra edição, creio que em lR81, feita por Seraphim Alves.

Pedro Bandeira de Gouvêa - Filho do Luiz Ban-


deira de Gouvêa, nascido no Rio de Jnneil'o a 29 do junho cle 1821, fal-
leceu a 11 de agosto de 1874. Bacharel em m:.\themalica pela antiga
escola militar, viajou pela Europa, de onde voltou graduado t1outor em
medicina e, depois de verificar seu titulo na faculda.,le tia Bahia, exer-
ceu a clinica. na cidade de seu nascimento. Comprometleu-se na
revolução de Minas Geraes de 1842 e foi deputado á assembléa clesta
provincia. Escreveu:
- Breves conside"açães sobre o regimeu alimentar elas crianças
nos primeiros tempos de sua existencia: these sustentada no dia 12 de
novembro de 1859 para verificação de seu titulo. Babia, 1859, ill-4".
- Ao povo bm;:;ileil'O -Estatua de Tiradeutes. Subscripção po-
pular. Rio de Janeiro, 1872, 26 pags. in-8° - Parece-me que publicou
aiutla no auno seguinte outro opusculo com o titulo «Estatul]. de
PE 25

. Tiradentes »cóm o intuito de ver' levantada essa estatua - Colla-


horou no Itacolomy de Ouro·Preto, 1843-1845.

Pedro de Barros Oavaleanti de Albu-


querque - Filho de Pedl'o Alexanàrino de Barros Cava,lcanti
de Albuquerque, nascido a 6 de maio de 1839 em Pernambuco, ahi fez
o curso e recebeu o gráo de bacharel em direi to. Exerceu durante
a monarchia ca.rgo$ publicas, como o de presidente do Rio Grande
do Norte. Escreveu:
- Cartas monarchicas. Rio de Janeiro, 1895 - E' uma serie de
eSCl'iptos publicados na imprensa diaria do Rio de Janeiro e de S. Paulo
com um prefacio lia dr. Joaqulm Nabuco. Pensa. o autor que a« so-
lução do problema politico elo Brazil depende só da condição de que
somen te a Monarcbül, é capaz de sal vaI' a. nossa patria da morte que ri:
Republica lhe preparou».
- A condesslL Dagmm': drama em quatro actos - Está ainda in-
edito, como talvez outros tl'llbalhosIseus; mas ácerca delle o elistincto
litterato dr. Eunapio Deiró fez minucioso estudo em folhetim do Jornal
do Brazil ele 3 de abril de 1898.

Pedro BenjaID.in de Oerqueira Lhna - Filbo


de Fellro. Cel'queira Lima e dona Marianna Carolina Cerqueira Lima,
nasceu na Bahia a 31 de márço d,e 1841, abraçou a classe da armada,
fllzendo o curso da aca.demia de marlnha, o é almirante graduado re-
formado, official da ordem da Rosa, cavalleiro da de S. Bento de Aviz,
condecorado com a medalha da campanha do Uruguay de 1865 e com
da campanha do Paraguay. Escreveu:
- Estudo sobre artilharia com diversas tabellas de alcance de
rlistancia, rle baterias, de alcances de canbões, etc. Rio de Janeiro, 1870,
VIII·59 pags. in-8" com 13 m:.lppas e desenhos.
- Annuncio hydrographico sobre novos p1laróes do Canadá e banco
no canal dos Passis (Bermudas) na babia da Concepcion, Chile.
TL'aduzido do francez. Rio de Janeiro, 1873, 28 pags. in-So.
- Noticia da Junta elo Commercio de Londres sobre a exigencia
de certos certificados, feita pelo governo columbiano e sobre a abeL'-
tura cIos estreitos dos Dardanellos, do Bosphoro. Traducção do inglez,
etc. Rio de Janeiro, in-8°.

Pedro Bernardino de ~.foura - Filho de JO:.lquim


Bernardino de Moura e dona Rosa Luiza de Viterbo Moura, e irmã.o
de Carlos Bernardino de Moura, nasceu no Rio de Janeiro a 1 de agosto
26 PE

elo 1828 o fa.tloceu no Rio Grl.nde do Sul no anilo de 1830. Fui o jornalista
que por mais tempo, sem um dia. de descanso, lutou na impren 'a ;
viote e sete annos b-lleu-se, desfechando e alJaraudo golpes succes-
sivos. Em 184S, estudaodo o seguodo anno da antigt), escola militar
com praça de cadete do l° batalhão de artilli~U'ia, por envolver-se em
politica, foi pl'eso e eo viado pari), a [Jeovincia de S. Pedro do Sul, e abi
obteve sua baixa do serviço do exervito no fim do anno de 1853, depois
de ter militado na campanha contr'1 o mctador Rosas. Então, com de-
cidida vocação para o jornalismo, jil. tendo se empenhado em grande
luta pela imprensa, com o Diario do Rio G~-ande, que combatia atl'oz-
meote a administração do pl'esidente Sinimbú, creou e eec1igiu:
- O Jagua~-ense. Jaguarão, IS55, io·fol. - Creio que foi a primeira
folha que se publicou na villa, hoje cidade ele Jagual'ão. O primeil'o
numero sahiu a 7 de setembl'o n'uma typographia de seu redactol'.
A esta folha -succedeu por mudança de titulo o
- Echo do Sul: orgão politico, commercial e instructivo. Jagual'ão
e Rio Grande, 1856 a 18S0, iu-ful. - Foi publicado em Jaguarão até
fins de setembro de 1858. De outubro em deante foi publicado na ci-
dade do Rio Grdnc1e, para onde se transfel'ira seu redactor e proprie-
tario.

Pedro BetilD. Paes Lenle - De antiga e uistincta


familiado Rio de Janeiro, oode nasceu, e ba muito residente na Europa,
é engenheiro civil e ofilcial da. ordem da Ro a, e escreveu:
- OfTic·io e relatorio da Commissão brazileil'a e outros documentos
relativos ao Congresso de estradas de ferro intel'uaciona.l, reunido em
Washington. Rio de Janeiro, IS91 - Este trabalho foi apl'esentlldo ao
Ministro da agriculturi1, comrnercio e obras publicas, fazendo o dr.
Pues Leme parte daqueUa cornmissão.

Pedro de Oalasans - Filho do tenente-coronel Joa.quim


José de Calasans Bittencourt e dona Luiza Carolina Amelia de Ca-
lasans, nasceu na cidade da Estancia, Sergi pe, a 28 de dezembro de
1836. Tendo feito os seus primeiros estudos preparatot'ios no Jycê) de
sua provincia, foi completaI-os no Recife, onde fez o curso de dil'eito,
que concluiu em 1859. Logo depois de fOI'mado, foi promotor publico
na cidade do S'.lU nascimento e em seguida eleito deputado geral para
a legislatuea de 1861-1864. Entregue durante este pel'iodo ás lutas da
politica, esqueceu quasi completamente o convi vio das musas, e fixando
sua resiLlencia nesta capital dedicou-se á advocacia e a imprensa. Re-
conhecendo-se com pouca. aptidão para a poli tica, abandonou-a em 1867,
PE 27

um anno depois de ter percorrido val'ios paizes da Europa., e entrando


pa.ra [1, magistrlltura exerceu o cargo de juiz municipal na Bttbia e no
Rio Grande do Sul, por onde tambem foi eleito deputado provincial.
Quando terminou o seu q uatriennio, tiol)a a saude compromettida pelos
symptomas de uma violeota, tisica. ão tendo encontrado no clima de
IMos e de sua cidade natal a melhora que procurava, partiu á con~
selho medico para a ilba da Madeira, onde não logrou aportar, pois veio
a !allecer a 24 de fevereiro de 1874, tres dias antes de chegar a Lisboa,
Jornalista, critico e sobretudo um dos primeiros poetas do seu tempo,
Pedro ele Calasans não honra sómente, no dizer de um seu biographo,
a patria de Tobias Baneto e BittencoUl't Sampaio, de Sylvio Roméro e
João Ribeiro: é tambe')) uma das gloria da litteratura nacional. Era
socio do Instituto hi torico da Bahia e e CI'eveu:
- Paginas soltas: poesias. ReciCe, 1855. 250 pags. in-S' - Tinba
o autor dezenove annos de idade, quando publicou este primeiro livro
de versos, o qual foi tão lisonjeiramente acolhido pelo publico, que
em pouco muisde um anoo se esgotou a edição. D~ste livro preparou o
poeta uma segunrla edição, ioteiramente refundida, que não chegou a
publicar.
- Ultimas paginas: poesias. Nicthet'oy, 1858, 255 pags. in-8°
com o retrato do autor. Tambem tem segunda edição ioedita com
pequenos retoques. A pl'imeira edição deste li vro eslá egualmente esgo-
tada.
- Ophenisia: poesias. Leipzig, 1864,70 pags. io-8° peq.- E' um
poemeto composto em oitavas seti· yllabns, onde e encontram vêrsos
de verdadeira inspil'ação. Pal'a amostl'ada belleza desLe livriLlllo des-
taco as duas quadras seguintes, em que o poeta define o ca amem to:
« Duas almas que se entendam
Em reciproca· união,
Que mutuas se comprehendam
Pelos fios da a ttracção :
Eis o vera casamen to,
Eis a perfeita união;
Pois se casa o pensamento,
Pois se casa o coração.»
Ophenisia é um lindo anagramma da verdadeira heroina da
poemeto.
- Wiesb (de: poesias. Leipzig, 18134,62 pags. in-S". São bellissimas
aquarelas em que o pGeta descreve oS diversos typos da sociedade al-
lemã.
28 PE

- Uma scena de nossos dias: drama em quatro actos. Leipzig,


1864, in-8°. E' uma composição em prosa, sem valor littel'ario. O
propl'iO autor a sim o julga, declarando no prologo do drama que o
escI'evou para ser lido no gn.binete, nilo almejando subir ás emin n-
cias do palco.
- Came"ino: episodio da guerra do Paraguay. Babia, 1875, in-8°
- E' uma publicação postbuma, em que o poet1 canbt o heroismo do
seu cOlltermneo, FI'ancis.co Camerino, o voluntario paisano, que morl'eu
estoica,mente, recitando os seguintes versos de Thomaz Ribeiro:
« Ou morre o homem na lida,
Feliz, coberto de gloria;
Ou surge o homem com vida,
Mostrando em cada ferida
O hymno de uma. victori'1.»
Pedl'o de Calasans deixou dispersas muitas poesias, como as se-
guintes:
" - Adeus! ... poesia. N' A União Liberal de 9 de março de 1853,
jornal que se publicava na Estancia. E' uma, tocante despedida da sua
família, quando pela primeira vez õepal'ou-se para ir fazer os seus es-
tudos. Tinlla elle então pouco mais de dezeseis anuos e assignava-se
PeLlro Luziense de Calasans Bittencourt.
- A campa e a rosa ( traclucçiio de V. Hugo) Qual deHas ~ A morte
de uma virgem; A rosa e o 801- publicadas no Almana1\:. de;lembranças
brazileir;1s cio dr. C. MarqueS, pal'a 1861, pags. 91, 281,328 e 358.
- As flores de lamnjeil'a ( o album da Exma. Sra. D. M. T. 13.)
Na Revista bra::ileira, tomo 8°, 1881, pago. 340 a 342 -Em Ilmf\ noticia
biograpbica cio poeta, inserta no A.lmanak Popular Brazileiro, de Pe-
lotas, para 1900, so encontram duas pô sias suas, "jncditas; 5:0:
- 'iVatl:wloo: poesia inspirada pela visita ao logar em quo se feriu
a grande batalha.
- Brazilina ( na festa dos seus doze annos). Caçapa va ( Rio Grn.nde
do Sul) 1870,
- Traços ligeiros sobre o casamento civil. Recife, 1859, 51 pags.
in-8° - E' uma reprouucção de artigos publicados no Diario de Pe?'-
nambuco, olIerecida ao monsenhor J. Pinto de Campos, sendo o autor
estudante.
- A demagogia entre nós: idai~s politicas de um conservador. Rio
de Janeiro, ]861, 35 pags. in-8° - E' uma resposta ao opusculo« A.
opinião e a corôa », por Philemoll ( veja-se Quintino l::locayuva ). Por
essa, occasião penna desconhecida escreveu um opuscnlo com o titulo
PE 29

Resposta de um fluminense ao folheto « A opinião e a corôa ». Rio


de Janeil'o, 1861,30 pags. in-4n • Redigiu:
- O Constitucional. Rio do Janeiro, 1862 a 1864, 2 vais. in·fol. E'
uma folba polilica redigida. por Pedro de Calasans, oonsoll1eiro Firmino
Rodl'igue' Silva e outros. Além das novas erlições dos seus dous
primeiros livros, o autor deixou mais, quando fa.lleceu, um grosso
volume manuscripto de versos, a que pretendia dar o titulo de
- Paginas diversas.

Pedro Oarlos da Oosta Cabral- Filho de José da


Costa Cabral e dona Maria Caetana de Jesus Cabral, nasceu na Bailio.
em 1825. Começando o curso medico na [acuidade do Rio de J,lneiro,
foi conclull-o na Babia, onde recebeu o gráo de doutor em 1849, sendo
desde estudante cirurgião militar e fallecendo poucos allnos depois de
doutorado. Escreveu:
- Breves considerações medico·pl1ilos6phicas obre o suicidio:
these apresentada, otc. para obtel' o gráo de tloutor em medicina,
Bahia, 1849,36 pags. in·4".
- Oóseruaçeío de um aneurisma falso, circumscripto da ~u·teria
bracbial, curado em dous mezes e nove dias pela ligadura segundo o
melhodo antigo, colhida na clinica do Sr. Dr. M. F. Pereira de Cal"
valho - No Archivo Medico Brazileiro, tomo 4°, 1847-1848, pags. 101
a 105 - Este autor deixou:
-'Poesias ineditas - que não sei gude param, nem si ainda
existem.

Pedro Carlos da Silva Rabello - Filho de Joa-


quim de Oliveil'a RabeLIo e dona Firmina Rodrigues Silva H.abcLIo,
nasceu no. cidade do Rio de Janeiro a 19 de outubro de 1868. Empre-
gatlo do commol'cio em criançl1, foi mais tarde amauuense do patl'i-
mania na Intendencia e hoje é director de secção no Conselho muni-
cipal. Em 1891-1894 foi redactor dos debates na Camal'a dos Depu-
tados e faz parte da Academia brazileira de lettras como um dos seus
membros [undadol'es. Dado ás lides da imprensa, collaborou para o
Diario de 2\oticias, na sua primeira phase, em 1887, e é collaborador
c.ITectivo da Galeta de Noticias; foi um dos redactores do Diario do
Commercio ( 1888 ), COI-reio do Povo ( 1890), O P,tiz (1891-1892) e uo
TemlJo i dil'ector u' A Cigal.,.tt de Olavo BUac ( 1895), todos publica.dos
nesta capital. Esoreveu:
- Opera lyricct : versos. Rio tle Janeiro, 1894. Com capa em si-
lhueta desenhada pelo mallogrado Raul Pompeia..
SO PE

- Alma alhei't : conto!. Rio de Jan~iro, lS95, in·12° - Coutém estel


livro os contos seguintes: O cão - Mana Mandnca. - Caso de adul-
teria - A barrigada - Curiosa - O Jeromo - Obra completa -
Genial auto!' - Alguns destes co.ntos foram ainda publicados em sepa-
rado, como Mana Manduca, que se acha reproduzido no Almanalr. da
Ga~eta de Noticias para IS9S, pag. SOO e segs.

- Filhotada: versos humoristicos publica.dos no Filhote da Gazeta


de Noticias sob o pseudonymo de Pierrot em lS98 e neste mesmo anno
editados em volume com capa de Julião Machado a quatro cores.

Pedro de Carvalho - Não o conheço sinão como na·


tural do Rio Grande do Sul, onde escreveu:
- A campanha do coronel Santos Filho: trabalho que nunca pude
ver.

Pedro de Castro Pereira 80dré - Filho do com-


mandador Luiz Pereira Sodré, de quem já fiz menção, e nascido na
cidade do Rio de Janeiro, aqui cursou os dous primeiros annos da
Escola polytechnica, e depois, seguindo pJ.ra a Be1gica, alli graduou-se
em direito. Foi consul do Brazil no Chile e na Suissa, e escreveu:
- Traite sommaire SUl' le droit d'ambas'ade ou de lcgation-
Genebra, lS93, 275pllgS. in-So .
. - Aperçu gdneral SUl' la Republique des Etats-Unis du B"ésil.
Genebra, 1893, 61 pags. in-Sb • Depois de considerações gel'aes oecupa-se
da indu tria extractiva e agricola e da immigração.
- l1i"atlUel pratique du uroit consulaire bré~ilien. Genebra, 1896,
52 pags. in-So.
- L & verite SUl' le Brésil, basée SUl' des documents incontes-
tables. Genebra, 1897, 36 pags. in-So - E' uma contestação a falsas
apreciações sobre o governo do Brazil, que foi tambem publicada em
allemão.
- Emig~'ation suisse. Colonie modéle de Funil, Etat de S. Pau!.
Genebra, lS9S, 55 pngs. in-sn.
- Manual ln-atico de direito consular bl'azileiro. Em francez.
Genebra, 1896, in-So - Escripto, diz o autor, para.. os vice-consules
em sua jurisdicção; mas verdadeiramente uti! a todo consulado
brazileiro.
- Regimento dos centros coloniaes, rela.tivo á distribuição das
terras da colonisação e á immigração do Estado de S. Paulo - Não
pos.so dizer onde foi publicado. .
PE 31

I>ed.·o Ca,yalcanti de Albuquerque - Filho do


marechal Frederico Cavalcanti de Albuqllel'que e dona Marh Amalia
lIe Lima Cava,[cante, nasceu no Rio lIe J:weit'o a 29 de junho de 1863.
Começando sua educaçãu litleraria na Inglaterra e, fazendo o curso
da escola naval no Brazil, serviu na armada, reformando-se no posto
de primeiro tenente. E' professol' ue tecllllologia. maritima em in-
glez da Escola naval, e professor da liDgua ingleza no Gynmasio
fluminense. Escreveu:
- Thesis on t!Je strong verbs of the EnglislJ. language and verba
of idiotisms. Capital Fedel'al, 1899, in-8°.
- Grammatica da lingua illgleza - Não puJe ver esta gram-
matica e sei que o tenente Cavalcanti tem em mãos um tra.balho de
que não posso ainda dar nolicia.

Pedro Celestino de Alcantara Pacheco-


<lscido em Lorena, S. Pa ulo, pelo anno de 1830 e ahi ordenado
presbytero secular, foi vigario em ILajulJá, Minas Geraes, e depois
monsenhor da Capella imperial, reitor do Seminario de S. José, pre-
feito Llos estudos e examinador ~ynollal, cavalleiro da ordem de
. João de Jerusalem, etc. Escreveu:
- O ea;"'eitor do seminario epi capaI de S. José ao iiI ustrado publico,
etc. Rio de Janeiro, 1864, 72 pags. in-8° - E' resposta à alguma
cen ura. que I he foi fei ta.

Pedro Cesario Porto-Aleg.-e da Silva - Na.


tural do Rio de Janeiro e guarda-livros nesta. cidade; escreveu:
- Vic/imos e algozes ou os mysterios da inquisição: drama em
dous actos e um prologo. Rio de Jtmeiro, 1877, in-8°.

Pedro da Costa Frederico - Habil typographo-


é somente o que pude sabel' a seu respeito. Escreveu:
- Hygiene pl'ofissional do compositor typographico pelo dr.
Chaquel: traducção, etc. com um parecer do dr. Ro~ha Faria, in-
spector gel'al de ltygiene publica. Rio de Janeiro, 1888, in-8°.

Pedro Dias Gordilho Paes LeIDe - Filho de


Fernando Dias Paes Leme e dona Maria Florencia Gordilho de Bar-
buda, nasceu no muni~ipio de VassoUl'as a 19 de fevereiro tle 1839
na provincia, hoje estado do Rio de Janeiro, é bacharel em scieucias
pllysicas e malhematicas pela antiga escola central e engenheiro civil;
mas, abandonando a carreira dn. engenharia, dedicou·se á agricultura
32 PE

do paiz, em que tornou-se um dos mais illustrados fazendeiros; repre-


sentou a mesma provincia em sua AsselUblón, legislativa, foi membro
da commissu,o brazileira na Exposição de Philad lphia, sacio do Impe~
rial Instituto fluminense de agricultura e é condecorado com os habitas
da Rosa e de Christo. Escreveu ;
- Informação sobre a memoria do Sr. Freyer, intitulada« Tl'ie~
r'ys concret's in the refinery », lida em presença do Sua Magestade
o Imperador na sessão do Imperial Instituto Fluminense de agricul-
tura de 23 de outubro de 1867. Rio de Janeiro, 1867, in-8°.
- Molestia da canna de a sucar. Rio de Janeiro, 1870, in-8°-
Com o Visconde de Barbacena. ( Felisberto Caldeira Bl'an t) e o dI' _ Mi-
guel Antonio da Si! va.
- Emigraçtto chineza - Sahiu num opusculo editado pela. re-
dacção do Cruzeiro sob o titulo ~ Tmnsformação tio tl'uballlO no
Brazil. Emigrantes chineze' com uma confm:encia elo dI', Salvador de
Mendonça ». Rio de Janeiro, 1881, in-8°.
- Relato~'io sobre a cultura da canna e fabricação de assucar na
Luiziania ( Estados Unidos) apresentado ao Ministerio da Agricultura.
Rio ele JaneiJ'o, 1878,79 pags. in-4°.
- Eo:;posição centenaria de Philadelphia. (Estt'dos Uoidos) em
1876, Relataria sobre a agricultura americana em 1876. Pio de Ja~
neiro, 1878, 55 pags. iu-4°,

Pedro Ernesto de Albuquerque e Oliveira


- Baldado foi meu esforço para obter iudi(JaÇÕes a seu respeito. Só sei
que em 1878 era homceopatha no Rio de Janeiro, e como tal elle se de-
clara em uma de suas obras, e ainela mais como ex-professor de me-
dicina legal e membro ele varias associações <1e lettras e scieucias. De
associações sei pelo Almanalt administrativo, commercial e indu tl'ial de
Laemmel't, para 1859, que era. secretario uo Instituto episcopal bl'azileiro
e já medico homceopatha. Escreveu, além de artigos em jornaes sobre
industria, artes, litteratura, !listoria e politica, publicados tIe 1851 a
1870, os seguintes trabalhos:
- Tratado de medicina adaptado ao systema 1I0mroopaLiJico pura
uso das pessoas nãQ profissionaes em medicina. Rio de Janeil'o, 1852,
383-20-VUI pags. I fi. in-4° - Houve outra edição em 1857.
- Memoria sobre o magnetismo e o somnambulismo. Rio ele Ja~
neiro, 1853.
- lJ.1emo?'ia sobre o cbolera-morbns. Rio de Janeiro, 1855 - Houve
outra e-Jição com augmentos em 1865.
PE 33

- Pathogenesia homc.eopathica brazileira. 1856, 259 pags. in-4°.


- Appendice á pratica elcmenlaL' ( Tratamento por medicamentos
indigenas ). 1857.
- Guia me clico hornc.eJpathico ( Homreopathia tias familias). 1858.
- E-tudos sobre os differentes sY:5temas medicos (A allopathia
não é scieucia ), 18ô4.
- Memoria sobre a homceopathia e seu tratamento. 1865.
- Memoria sobre a hydrophobia e seu tratamento. S. Paulo, 1866,
130 pags. in-4°.
- Memol'ia J:iobre o infanticidio, julgado pela rJligião, pela moral
e pela lei. 1870.
- Tratamento homreopathico da febre amarella, febre typhoide,
febre perniciosa, cholera-morbus, escarlatina, variolu, sarampo e lly-
dropholJia. Rio tle Janeiro, 1873, 133 pags. in-8°.
- Feln'e typhoitle e enrel'mitlades sobrevenientes no Brazil e seu
tra tamell to. Rio de Janeiro, in-4".
- Devel'es do homem (para uso da infancÍ<t). 1865 - Houve outra,
edição em 1872.
- O escravo fugido: romance brazilei,'o. 1864.
- Episodio do Carnaval: romance brazileiro. 1864.
- Castigo singular: romance brazileiro. 1864,
- Hippolyto e Isabel. 1860.
- A vingança: romance brazileiro. 1851 - Redigiu:
O Medico populm': jornal medico. 185 I •
- O A/hleta: jornal medico, 1852.
- O Cosmopolita: jornallittern.rio e scientifico. 1854.
- O Eclto do povo: jornal de intere.,ses populare . 1857.
O Monitor B,·a.ileiro: jornal politico. 1858.
- O 1 igilante, jornal maç.·. 1870-1871.
- Resumo analytico e demonstralivo dos estatutos e organisaçf\o
da ociedade PI'otectora dos empregados pllLlícos e Monte-pio popular.
Rio de Janeiro, 1876, 15 p~gs. in-4° com um mappa.

Pe<lro Ellllapio <la. Silva Deiró - FillJo de Pedro


da il va Deirá e dona Ignacia II[aria da Conceição Deirá, nasceu a 18
de janeiro de 1829 na cidade de Santo Amaro, da Blthift, e é bacha,rel
em direito pela faculdade do R 'cire, Foi deputado á assembléa de sua
então proviucia em varias legislaturas e á a~sembléa geral na decima
qJinta legislatura. Talento brilhante, palà.vra facil, elegante, é distincto
orador, litterato e jornalista; collaborou pal'a varios jornaes, Quer do.
. Vol. vrr - 3
34 PE

Bahia, quer do Rio de Janeiro, já escrevendo sobre politica, já sobre


outros assumptos. As folhas que redigiu s5.o:
- CO?T13io da Balda. Rlhi l, 1871·1818, in·fül. (só por uous annos).
- Di wio dr! Bahia. Propl'ie1larle de um l associaçã.o. Bahia, 18i7'
1881, in·foI.- Entre as folhas, para que tem colhbora'lo, está o Jon!al
do Oommercio do Rio de Jatleiru. Escreveu:
- 1lIemoria sobre o magislerio e escriptos philosophicos do Dr. Sa·
lustiano José Pedrosa, publicada POI' Epiphanio Jo. é Pelrosa como trio
buto de saudosa e fraternal amizade. Balda, 1858, 24 pags. in-8°-
Esta memoria foi offerecida ao Instituto historico da Ba,hia e lida pelo
autor na sessão de 2 de maio de 1858.
- Estadistas e parlamentares brazileiros, por Timon. Rio de Ja-
neiro, 1", 2 a e 3' series, 1883-1885, in-4° gl'.- A primeira seriecontém
24 noticias, sendo a ullima do Barão de Cotegipe, a quem é oll'erccida,
com os retratos do mesmo Barão, do Visconde de Al>aetó, do conse-
lheiro Manoel Pinto de Souza Oantas, do conselheiro Gaspar ua Sil-
veira Martins, do conselheit'o JJi.'í.o Alfl'edo Coreêa de Oliveira, do con·
selheiro José BoniliLCio de Anurada. e Silva ( 2" ) e do Marquez de Pam-
naguá. Na imprensa diaria ba delle:
- Um estadista do Imperio: Nabuco de Araujo, sua vida, suas
opiniões, sua epoca, por seu filho Joaquim Nabuco. Seria de artigos no
Jornal do Comme?'cio - O ultimo foi publicado a 10 de dezembro de
1899.
- Intl'oducção de Jocelyn : poema. de ALr. Lamnrtine, traduzido
pelo conselheiro João CarJoso tle Me ezos e Souza, llarã0 ue Para-
napia.caba.
- Estudos sobre a tl'aducção de Tacito pelo dr. Mng.dhães Ca.stl'o.
- Noticia soure o poometo inedito «O bandido hollandez», do
dr. J. J. Landulpho da Rocha Medl'ado - No Con'cio lIIe?'cantil da.
Bahia, 1867.
- Noticia sobl'e as poesias do dr. Antonio ue Castl'o Al\Tes - No
Dia?'io da Bahia, l807.
- Noticia sobre o poeta Luiz Nicoláo Fagundes Varella - No
Jomal do Commercio do Rio de JaneÍl'o.
- Um t?'aço sobre a assemuJéa constituinte: serie de artigos-
no Jornal de Noticias do Rio de Janeiro, 1880.
- D. Ped,'o II - No Jornal do Commel"cio ue 5 de uezembro de
1892, occupando as seis primeira columnas desta folha..
- A histor'ia e a legenda'pelo consclheil'o João Manoel Pel'eira da.
Sil va: serie de artigos - No mesmo jornal de dezembro de 1803 a 4 de
janeiro de 1894.
PE 35

- o christianismo - Na R.evista catholica. Rio de Janeiro, 1898.


Sinto não ter obtido do (11'. Deiró uma noticia de seus trabalbos e
por is~o vou concluil' com alguns dos muitus folhetins ele sua penna,
no fontal do Comulei·cio.
- Duas poeti;ras .. Visões e sombras, poesias da Baroneza de Ma-
manguape; Lyrios d'alma, poe ias de <lo Maria Simões, junho de 1897.
- UMIl remiIli~cenci(l. Noites brazileiras de d. Ignez Sa.bino. Julho
de 1897.
- O castigo da blasehemia, baIlada do poeta allemão Burger. Agosto
de 1897.
- Byron. Setembro de 1897.
- Sapho, elegia de Lama.rtine: versão. Setembro de 1897.
- Tibullo. Elogia I" do livro lo. Saudade esteri!. Setembro de
1897.
- Propel·cio. Duns dcgias. Visão. Outubro de 1897.
- CO}'nelio Tacilo: A' S. Ex. o Sr. Desem bal'gador J. A. de Ma-
galhães Ca t1'0 - Na Revista Bl'azileira, segundo aUllo, volume 50,
1880, pngs. 84 a 112.
- Cantos do Equador pelo Dr. Mello Moraos Fil110 - Na mesma
Revista, tomr, 80 , 188!, pags. 268 a 322.
- O idy1lio do 5° acto de Eenani, de Victor Hugo - Na mesma Re-
"ista e no mesmo tomo, pags. 409 a 442.

Pedro F. Thcberge - Natural de Fra.nça e nnscido em


Marcé, na antiga Normandin, em 1811, falleceu brazileiro por adoptar
o paiz, a 8 de moia de 1864 em rc6, estado do Ceará. Fez ettl sua patria
de nascimento os primeiros estudos sob a direcção de um tio padre, que
queria attro.11il-o ao esbdo clerical j mas não se conformando eIle com
(\ vontade de seu lia, foi para Pariz, em cuja universidade foi gradua<lo
1lacl1'1rel em lettl'as e depois doutor em medicina, tendo sido antes do
segundo gráo cirurgião alumno dos llOspitaes militares na cidade de Metz
e no Yal-ue-Grace, de Parlz. Já casado em 1837, veio para o Bru,zil, esta-
belecendo-se em Pernambuco, onde com ua esposa fundou um estabele-
cimento de educação parn meninas, que foi obrigado a fechar em 1845
por difficuhlndes financeiras e então passando para o Ceará, exerceu a
medicina na ca.. ita1. Em 1848 transferiu sua residancia para o rcó, onde,
alem de sua cHnica,' donos') n esturlos de l.listoria, e tudol1 as neces-
sidnues da. então provincis. do Ceará e occupou- e das secca ; fez propa-
ganda tIa cl1ltl1r,t do feno e trabalho de açulJ.agem; incorporou uma
rompanhia que infelizmente n'io pó le conse"'uir que funcciona e
3ô PE

achou·se, emflm, á frente de varias obras e melhoramentos desse estado.


Escreveu:
- Esboço histOl'ico sobre a provincia do Ceará. Fort;,l.Jeza, 1870,
1875, 1895, tres volumes in-4" com o retrato do autor - E' uma
publicação posthuma, de que foi uma parte publiralla no Dlario dJ Per-
nambuco. No 3° volume desta livro trJ.ta·se da presidencía de Pedro
José da Costa Barros até a do conselheiro Vicente Peres da Molta, da
guerra civil de Cariry e de sua pacificação pelo general Labatut, do
processo e execução de Pinto Madeira, etc. Tem elte 266 pags. in-8°.
- Extractos dos assentos do antigo senado do 1cá desde 1738 até
1835; do itinerario do presidente José Mariani em 1832; breve noticia
sobre a capitulação do Juiz; dita sobre a marcha de Tristão em 1824;
ditas sobre antiguidades do Cariry, compiladas nos al'chivos do 1cá,
Araca(y, Fortaleza, elc.- Na Revista do Instituto, tomo 25 0 , pags. 62
a 125. Da pago 117 em ueante acham· se observações do dr. Thcberge.
- Cttrta chorognLphica da provincia do Ceara com a divisão eccle-
siastica e indicação civil e judiciaria aló hoje, 1861 - O original a
aquarella perlencia á bibliotheca do Imperador D. Pedl'o II e hoje per-
tence ao Instituto historico. 1\'1e con ta que o DI'. Theberge es reveu
uma
- Memoria sobl'e as seccas do Ceará -que nunca pude ver.

Pedro Fernandes de Aze-vedo - Natural da Bahia


e nascido a 6 d janeil'o de 1690, estudou no collegio dos jesuítas de sua
patl'ia e, recebendo as ordens de presbytero depois de obtel' o gráo de
mestre em artes, parochiou a rreguezia ele S. Filippe de Mal'~gogipe
desde 1719 alé 1733. Deste anno em deante, renunciando seu beneficio,
serviu como capellão no terço da guamição da Bahia. Dedicou-se á
predica, e de seus sermões publicou:
- Sermcío na solemnissima acção de gl'aças que em 26 de agosto
de 1731 na cathedral da Bailia fez celebraI' o Rev. conego la me ma
cathedraJ" o desembargadol' Caelano Dias de Figueiredo, á glol'ioslt
Sant'Anna pelo livrar de uma mortal enf.mnidade. Lisboa, 1732,
- Sennao ao glorioso martyr do silencio, S. João 1 epomuceno, na
sua fcst,\ votiva que se celebra na cathedral da Bahia. Lisboa, 1742.
-.Oraçc70 funebl'e na. soJemnissimns exequias do Sr. Rei D. João V,
etc. Lisboa, 1753.

Pedro Ferllulldes Pereira Corrôa - Filho Lle


JO~$Fernnncles Pel'eil'a Conêa e dona l~duarua 1\laria de Jesus, nasceu
em Montes Claros, 1\linas Geraes. a :29 de junho de 1837 e alli fal1ecen
PJ:i., • 31

ã 9 de dezembro de 1879, e oão a 9 de novembro de 1818, como consta das


Epheme1'jdes mineiras. Bacharel em scieocias sociaes e juridicas pela
faculdade de S. Paulo, foi um t:.t1ento robusto e diJ3tinctissimo poeta
desde os ba.ncos desta faculdade, mas teve muitos desaffectos, porque,
grande discnrsador, não conhecia coovenieocias ante a mediocrid>1.de
assanbada e golpeava os sendeiros com um vigor inclemente. Exerceu
cal'gos de magistratura em Minas Novas, foi advogado, jornalista e
eSCI'eveu:
- Va,-ios trabalhos, quer em pros[\" quer em verso - como affirmam
J. P. Xavier da Veiga em suas Ephemerides mineiras, e o doutor Fran-
cisco Badaró em seu Parnaso mineiro, onde se acham seus:
- Verso ao doutor Bernardo Joaquim da Sil va Guimarães - Suas
numerosas poesias existem, diz aquelle e « provavelmente apparecerão:
mas quem sabe si como ol.ml. de algum a ven tUl'eiro ~» Collabol'ou para
varios j0l'l1c1eS com artigos sobre
- Questõe- juridicas, politicas e arlmini tl'ativas, e tambem sobre
assumptoslittel'arios em prosa, e em verso. Quando estudante escreveu:
- Estudos historicos - No Athenett Paulistano. S. Paulo, 1861.

Pedro Ferreil-a da Silva - Fill10 de Manuel Fel'reira


de Sant'Anna e dona Anua Pl'ocopia Ferreira da Silva, nasceu na
cidade da Babia a 19 de maio de 1860. Doutor em medicina pela facul-
dade da mesma cidade, tledicou-se á clinica e foi exercel-a no actual
estado de Santa Oathal'ina por oode tem sido eleito deputado estadual
e fe'lel'al. Foi o orador dos doutorantlos na coUação do gráo em 1884
e escreveu:
- Das complicações paludosas nas aITecções aaudas: dissertação.
Relações e differença entre as cellulas animaes e vegetaes; Das altas
temp raturas nas molestias ; Con iderações acerca do p:lrallelo entl'e as
operações cesarea e a cepl1alotripia repetida sem tl'acção: propo ições:
tbese para obter o gl'áo de doutor em medicina, etc. Bahia, 1884, 109
pags. in·4°.
- DisCUI"sO pl'oferido no acto da coUação do gráo em 1884 pelo
ora,dol' eleito, etc. Bahia, 1884,20 pags. in·8°.

Pedro F.aancisco da Costa Alvarenga - Na-


tural de Oeiras, da provincia do Piauhy, onde nasceu no aono de 1826,
falleoeu em Lisboa a 14 de revereiro de 1883, doutor em medicina for-
mado om Bl'uxelIas; pl'oressor da escola medico, cÍl'uI'gica daquella
citlade, tendo para isso se naturalisado cidadão portuguez; medico da
calUnl'a de sua magestade fictelissima, do real bo pitaI de S. José e da
38 'PE

santa casa tia Misericordia; socio etrectivo da real ACII.(lemh das


sciencias da. me ma cidado, coreespond nta da imperial Ap-a,lem' de
medicina do Rio tIe Janeiro e de mnibs as 'oci, Çõe~ tIe lettra . o sciencia '
dã Europa. Esta.beleceu u'\ resideucia cm Lisboa, p1r I ouJe fôru. coro
seu pae na edl de tIo oito anuo::!, flzendo ahi os e tudos primarios e ue
humanidades, no collegio dos Loyos, depois doa qnaes ::leguiu par,\ Brn-
xellas. Escreveu muitas obras sobre assumptos 111 rlico", algumas tra-
duzidas em outras linguas, das quae" mendunarei a tl'acIucção por não
ter visto os origioaes, SZ'o ellas:
- Estudo sobre a.s variações tio compeimento do,' membros pel-
vianos na coxalgia: these, etc. Lisboa, 1850, in-4".
- G zeta Medica de Lisboa. Lisbon, 1853 a 1883, in·fol.- Até o
anno de 1862 foi esta revista colla'Jorada por alJl1us collcgas do di'..\l-
varenga; mas desta epoca em doanle, dalli alé ~ua morte, foi ello o
unico redactor. Della foram muitos escl'iptos traduzidos e pu1.Jlica,lol:l
em outras revistas da Enropa.
- Estudo sobl'e algumas das mais importantes questões so1Jre o
cholera epitlemico: memot'ia premiada pela sociedado de Sciencias me-
dicas no concurso de 1854. Lisboa, 1856, in-8° - Sahiu tambem no
jornal da dita sociedade, voI. 14", 1850, plg. 197, continuando no
voI. 15° até pag. 208.
- Considet'açc10 soul'e o cholera-morbns epidem;co uo hospital do
S. José de Lisboa. Lisboa, ] 56, 39 pags. in-4°.
- Relatorio sobre a epidemia do cholel'<1-l1lol'bns 110 1l0spit.ll rle
Sant'Anna ero 1856. Lisboa, 1858, lJ8 pags. in-4° - 'obre esto escripto
publicou-se «Noticia do Relatol'io s01J\'0 fi. epidemia de cholera·morlius
no hospital de Sant'Aunf\ em 1856», Lisbon, 1858, 16 pags. in-8°.
- Memo1·i.J, sout'e a insulliciencia das valvulas aorti,'as e conside-
rações geraes solJre as molestias do c raçito. Lisboil, 1855, in-8° - Foi
traduzida em francez pelo dr. Garnier e im pres~a em P<\l'i:~ em 1856.
Neste anno foi publicado em LislJoa um opusculo do 4·1 pag;;. in-4° com
o titulo: Parecer de alguns medicos, nacionaes e e~tran~eiros, ácerca.
da Memoria sobre a insulliciellcia da' vai vlllas aorticas, etc.
- Apontamentos sobre os meios de venlila\' e 'Cluecel' os edilicios
publicos e, em par ticulal', os hospitaes: memoria premiada pela socie·
dade de Sciencias medicas de Lisboa. Lisuoa, 1857, 154 pags, in-4° com
estampas.
- Esboço hístorico sobl'e a e'Pidemia de felJre amlwella na fl'eguezía
da Pena em 1857. Lisboa, 1859, 35 pags. in-4".
- AnalJmia pathologica e symptol1ln.to[o,~ia d·t fcbre amal'olla em
Lisboa no ()uno de 1857: memoria apresentnc1<\ á .\callomia l'e1t[ da
PE 39

sciencias de Lisboa em julho de 1860. Lisboa, 1861, XVJl-238 pags.


in-4° com 18 mappa.s demonstrativos - Foi lml1uzirla em feancl'z e pu-
hlieo.dn. no mel; 111 o anno p -lo di'. G:l!'nier em Pariz, e (>logia<la, POI' no-
tabilidades.
- Gomo actuam as substaucio.s brancas e cinzentas da, medulla. es-
pinhai na transmissão das imprcs~ões sensiti vas e terminações de von-
t').do ; these de concurso, et<', Lisboa, 1862, in·4°.
- Estado ela quest(ío acerca do duplo sopro crural na insuficiencia
das valvulas aorticas. Lisboa, 1863, 32 pag . in·4°.
- Apontamel1tos ácercn. das ectocardias a proposito de uma varie-
dade descl'ipla, a trachocardia; lidos na Academia real das sciencias.
Lisboa, 1867, 76 pag . iu·4° com .figs. iutercalladas no texto - r<; ta obra
foi traduzida para o francez pelo dr. A. ~Iarchnnd e pnLJlicada em
Rruxella , 1869.
- E·tali.~/icrt do~ hospitacs de S. Jose, S. Lazaro e Desterro no
anno de 1865, feila segundo o plano e debaixo da. direcção do dr. etc.
Lisboa, 1868, in-4°-Foi traduzida pelo dr. L. I'apillami para o
fl'ancez.
- DiSC1WSJ pl'onunciado na se ião olemne da abertura da escola
medico-cirurgica do Lisboa no dia 13 de julho de 1869 em presença de
S. M. o Senhor D. Luiz r. Lisboa, 1869,21 p:1gS. 1n-4°.
- Da import LIlci'L ela. estatistica em medicina. Lisboa, 1869, in-4°
- Este cscripto foi no mesmo ann:> tr"doziuo e publicado em Anver
pêlo dr. Luciano P.1.pillaud, 32 pag". i u-4°.
- Considerations et obs rVl\tions SUl' l'epo'1ne de l'occlu ion du trou
ovale et du canal arteriel. Lisbonne, 1869,44 pags. in-4°.
- Estudo SObl'o as perfura<;õos cal'Ji cas e em particular sobl'e as
communicações entre as c:1.vidades direitas e eS'luerdas do coração a
proposUo de um caso notavel de teratocar lia: memoria lida na real
Academia das sciencias de Lisboa. Lisboa, 1868,154 pags. in-4" com
figuras iutercal1adas no texto - Traduzitlo pelo dr. L. Papillaud, foi
publicado na G·!"eta Medica de p.riz, tomo 25°, 1870, pags. 435 e se-
guintes e neste mesmo anDO publicou-se um opusculo sob o titulo:
« Noticias analyticas do estudo sobra as perfurações cardíaca e em
particular sobro as communicações entre as cavidades direitas e es-
qnerdas do coração, etc., Lisboa, 1870, 40 pags. in-8°»_
- Anatomia pathologica e pa.thogeuia das commuuicações entre as
cavidades direitas e esquerdas do coração - Foi traduzida pelo UI'. E. L.
Bertherand e publicada em Marseille, 1872, 107 pags. iu-4°. Na. se-
gunda parte deste livro o autor dis:mte com toda proficiencia as ui·
versas theorias sobre a pathogenia das cOD101unicações cardiacas.
40 PE

- Elementos de thermollletria clinica geral. Lisboa, 1870, 225 pag3.


in--i° - Foram truduzidos pelo dr. G. Spampi uati e publicados em Na-
poles em 1876,232 pags. in-8°, e pelo dr. Papillaud, em fl'ancez, tra-
ducção que teve a la edição em 1871 e a 2' em 1882, 329 pags. in-8°.
- Da cyanose, parti ularmenle sob o ponto de vista de sua historia,
sua natul'eza. e sua genese a pl'Oposito dos symptomas da commUlli-
cação entre as cavidades direitas e esquerdas do coração. Lisboa. - Foi
traduzida em fl'anccz pelo dr. E. L. Bel'therand, Lille, 1873,63 pa.gs.
in-4° e cor~ada pela sociedede centl'aI de medicina do norte da França
no concurso de 1871.
- Bosquejo historico e cri tico d', cyanose. Lisboa. - Tl'aduzillo
pelo UI'. Bertherand. Lisboa, 1873,32 pngs. in-4°.
- Bosquejo hbtorico e critico dos meios thempeutic1S el1lpl'egados
contra. a el-ysipela. Lisboa, 1873,24 pags. in-8°.
- De la- thermop.tthologie generale ( Mvre), marche, pel'iodes et
types de la lempeeature pathologique par le doctem, etc. ; traduit nu
portugais par le docleur L. Pappillauu. Lisbonne, 1871, 90 pags. in-4".
- De b thermosemiologie (,t thermacologie: analyse de la loi
tl1ermo-diJferentielle. Observations originalcs, touchant I'influence
des divers moyens therapeutiques SUl' la temperature pathologique par
le docleur, etc. Lisboa, 1871, in'8", traduit du portugais par J. F. Bar-
biEn'e. Ouvrage couronnée par la societé de medecine d'Anvers.
Anvers, 1872, 130 pags, in-8°. No anilo seguinte pubiicou-se:
- Grundaiige der AIIgemeiuen clinischen Thermometric und der
Tbermosemiologie uncl Thermacologie von dr. etc. Aus deu portu-
guesischen ubersetzt von dr. O. ''Vucherel'. Stlltlgart, 1873, 262
pags. in-4°.
- Noticia sobl'e a viagem ao Bl'azil do dr. AI val'enga - [<'oi tra-
duzida pelo dr. Almér e publica.da cm 1873, in-8°.
- Bosquejo histol'ico da percussão. Lisboa, 1874, 19 pags. in-4°.
- Symptomatologia, natureza e pathogenia do beriberi: memoria.
apresentada á real Academia dn,s sciencias de Lisboa em sessão de 7 de
março de 1872. Lisboa, 1875, 244 pags. in-4° com figuras no texto - Foi
traduzida em fl'ancez pelo dr. Bertherand e em italiano e publicada
em Napoles pelo dr. Guiseppe Spampinati.
- Do salicato ele potassa no tratamento da erysipela: experiencias
physiologicas e therapeuticas; observações originaes apresentadas á
Academia real das sciencias de Lisboa. Lisboa, 1875, 184 pags. in-4°-
Foi traduzida no anno seguinte pelo dr. Bel'therand, e em aJlemão pelo
dr. J. B. UJlersperger, Müchen, 1876 •


PE 41

- Da propylamina, trimethylamina e seus saes sob o ponto de


vista pharmacologico e therapeutico: memoria apresentada á real Aca·
demia das sciencias de Lisboa, etc. Lisboa, 1877, 104 pags. in·4o
com figura$ no texto - Foi tambem es ripta em fraocez pelo dI'.
Mauriac.
- Leçolls cliniques SUl' les maladies du coour, principulemflot au
poiot de vuc de la valem semeioloóique, du retal'd de pouls, de double
soume et de la double vibration des arteres, des efi'ets SUl' ces pbeno-
ménes etc. Traduit da pOl·t.ugais par le dI'. E. L. Bertheraml. Lisbonne,
1878, 379 pags in·Jo, com figuras int-~rcaHadas no texto.
- Reclamalions et reponses: queslion de priorité soule,ée pu."r M'
Durosiel' relativement à la decou verte de double soume cI'ural daos
l'insumcience aortique. Lisbonoe, 1880, 31 pags. iu-4".
- Plwrmacolhermagenese ou theoria da acção dos medicamentos
sobre a temperatura animal. Lisboa, 18 O, 80 p:tgs. io-4".
- Des medications hypothermiqueset hyperthermiques, et des moyeos
tl1el'apeutiques qu les remplissent. De la pharmacothermogenese ou
theories de I'action des medicaments SUl' la temperatul'e animal. Lis·
bonne, lS81, 210 pags. ia·S".
- Them'ies de l'action tberapeutique du tal'tre stibié dans la pneu-
monie. Li bonne, 1881,52 pags. in·8°.
- Aponlamentossobl'e os pontos de applicação das vias de absorpção
dos1TIedicamento~. Lisboa, 18 2,47 pags. il1·4°.
- Fr.tgmenlos ele pharmacotllerapiologia geral ou de materia me-
dica e therapeulica. PrimeÍl'a parte: prillcipio~ gel'aesj problemas C·\-
pitaes de therapeutica. Lisboa, 1883, 476 pags. in-S' - A segunda
varte desta olJra, ja. prompta, não chegou a entl'ar no prelo. Esta
mesma quasi fica inedita. Depois dt3 sua morte, foi publicada por pessoa
de sua ami ade.
- Tralado de materia medica e de therapeutica pelo dr. Noth-
magel, traduzido çlo allemão por João Feli:,: Pereira e revisto pelo
dr. Pedro Fl'ancisco da Costa AlvaI'enga. Lisboa, 1879, ia-S".
- O doutor Pedro Francisco da Co tn, AI v,\\'eoga no Brazil. Noticia
reproduzida da Imprensa do Rio de Janeil'o, Bahia e Pernambuco.
Lisboa, 1884.

Pedro Garcia tla Cu.nha - Sei apenas que, nascido


a 27 de março de 1799, era capitão-tenente da armada em 1862, ca-
valleiro da ordem de S. Bento de Aviz e das ordens da Rosa e de
Christo. Foi autor da
42 PE

- Planta do rio S. <1ouçalo na província do Rio I1ranrle do SIII.


Rio rle .Janeiro, 1833. Na lithogl'aphio militar.
- Planta da cidade de Polot,t (Barra tio S. Gouçalo),om,61O
XO m ,416.

Pedro GOIUes de Oa~argo - Presbytero secular


deve ser pelo tl'abalho que escraveu e pa~so it expõe. N[\.(h mais sei
a seu respeito.
- Ol'açcio ftmebl'e que por occusião das exequias feitas de corpo
preseute ao Exm. e Rev. Sr. Diogo Antonio)Feijó, gl'ã-cruz da ordem
do Cruzeiro e enador do lmperio, n;'t igrejl do Convento de
[assa SenlH..ra do Monte do Carmo da Impvl'ial cida'le de S. Pllnlo,
0.0"25 de novembro de 1843 I'ecitou, etc. S. Paulo, 184:3,12 pag'.
in-4".

Pedro GOIUes Ferrão O .. stello-13ranco -


Natural da Bahia e coronel de milícias, foi quem pl'omoveu a insti-
tuição da bíbliotheca pnblica desta provincia, a prim 'ira fundada
no Brazil a 13 ou 14 de maio de 1811 e aberta a 4 rIe agosto do
mesmo anno, apenas com tl'es mil volumes. Para isso não só ofi'e-
receu os pl'imeiros livl'os, como tambem apl'asentou ao governador
Conde dos AI'cos um plano que foi acceito, e é o
- Plano para o estabelecimento ue uma bi!.Jliolheca public:l. na
cilade de S. Sal varloI" Ba.hia de Todos os Santos, o./:t recido á appro·
vação do Sr, Coude d'ls Arcos, etc. Bahia, 1811,2 as. ill-fo1.
- Discurso recitado na sessão 'da abertura da livraria publica
da Bahia no dia 4 ue agosto de 181 I - E tá no «C;,talogo geral
das obras de scienciu e litterutura qne contém a bibliotlleca, etc. »
por A. Ferrão Moniz, lo vai., 2· parte, pags, 43 a 52.

Pedro GOD:les Ferreira de Oastilho - Filho de


Antonio Gomes Ferreira de Castilho, o morgado da Ponte ela Folha, de
quem me occupei no primeil'o volume deste livr ,nasceu na Bahio. !la
seculo XVI[ e falleceu no seculo seguinte. Foi poeta, como seu pae e
deixou varias
- Poesias ineditas - de quo não ha noticia, Sómente sei do
- Soneto em resposta a outro soneto de seu pae, com o titulo
«Despedida a meu filho », ambos publicados no Muzaico poetico de
Emílio Adet e J. Norbel'to de Souza e Silva.
PE 43

Pedro IIerJUes .clonteiro - .' ascirlo em rcó, actual


c,;l:vlo rio C"ar,i. pelo :1nflO d 1850, Ó pl'e~byLl'o tIo IHlbito de
S. pp'lro, 01'1I0uIl.ll0 cm 1· 93 e c. crevou :
- Afte de canto-chiio ou lithllt':"ic . Rio de .Taneil'o, 18.0.

Pedro Jaco ne da Silva Pessoa - Natura.l de


Pal'Oamlmco, allÍ falleceu em ou tubro de ISD I. Sei apenas que cul-
ti vou , poesi:l. ' C"Jue escreveu:
- E'1t~ato,·iae{.' poesia a • nccife .•

cdro José d .<\..brcu - r atul'al da cidade da B·üli.1.


o bacharul em lettras pelo lycêo da mesma. cidad~, vin lo pwa o
Rio de Jn.neil'o, nqlli obtev0, por concnrso, a cadeira de geographia do
antigo collegio PeJro II, depois Instituto n:1cionaI de instrunção se-
cundaria e hoje Gymnasio nacional e pat'a a regencia de sun. cadeira
e~creveu:

- Ele/Ilentos de geographia moderna e eosmograpl1ü\, para uso


dos alumno:l do Imperial Collogio Pedro !l. Rio de Janeiro, in·8°-
Este livl'o tem tido vari,s edições; a seguncla é de 1867 ; a terceira
de 1870; • quarta de 1871; a quint:\ de 1875, 260-52 P g . in-So, a
setima de 1882, in· 8'. E' te li no foi adoptad pelo conselho dil'€Mor da
in truccão publica pam uso dos alumnos do Collegio Padro II, hoje
G)'mnasio naciona.l.
- PIJJltOS de gllogl'aphin physieL ..

Pedro José da Costa arros - ascido na antiga


villn. (lo Aracaly, no Ceari, a. 7 de setembro de 1779, fallcceu no Rio
de Janeil'o a !20 de outubro tle 1833, tenente-coronel de artilharia,
senador desde a iU51uIlação tio senndo, omciaI da ordem tio cruzeiro
e cilvalleiro da de Christo. Foi deputado à constituinte Pol'tugueza
e a do BrllZiI, administrou a pasta. da marinha uo terceiro gabinete 110
Imperio e pre idiu a. provincia do Maranhão e SU<l, provincia natal.
Achando-se )leste c<u'go a 20 de abril de 18"4, foi obrigado, em vir-
tude tIe queixas lovadas à c mal'11 municipal tia capital pelo capitão·
mór José Pereim Filgueims, (\, deixal·o 11. iustanchs de uma. com-
missão (h mesm:1- camara, o que fez, pl'otéstantlo contra a violencia
. que lhe era Ceito. Cultivou a poesi!l e e::.crQveu:
- Ode pitldal'ica ao Principc regen te do fir.l zil, S. A. R. o Se-
renissimo Sl'. D. Padro de AJaantara. Rio de Janeiro, 18~2, 8 pag..
in-4° .
44 PE

- T?"ibuto de gratidão e respeito qlle [\ Suas Magestades o Impe-


rador e a Imperatriz do Brazil O. D. C. Rio de Janeiro, 1829, in-4°.
- Dith!Jrambo nos fau. tissimos annos de S. M. a Imperatl'iz. Rio
de JDn~iro, 1830, in-4°.
- Defesa apresentada ao senado brazileil'o, etc. Rio de JaneiI'o •..
- Este trabalho nunca pude ver. Depois, porém, foi publicado um
folheto analysanrlo a DefesLt e por fim a
- Resposta a um folheto anonymo contrtt a Defesa do senador
Pedro José da Costa Barros pelo caval1eil'o da Rosa. Rio de Janeiro
- Esta resposta veio entre outros livros da bibliotheca do Imperador
D. Pedro II, p\6sados pam o Institnto historico.

Pedl~o ..José Teixeira - Nada pude saber a seu re··


speito c o contemplo ne3te livro, porque o vejo no Diccionario de In-
nocencio da Sil va com o asterisco indicando seI' brn zileiro. E 'creveu:
- O pode?' da natureza ou a honra premiada e fi, imprudencia
punida: drama em quatro actos. Rio de Janeiro, 1848, 62 pags.
in-8° ,
- A dese?'ção ou as terri veis illações do amor: tragedia em quatro
actos. Rio de Janeiro.

Pedro Julio de Barbuda - Filho de Pedro de Bar-


buda e Góes e dona Emiliana Franci ca Lopes de Barbuda, nas eu
na cidade da Bahia n. 12 de abril de 1853. Doutor em medicina peJa
faculdade desta cidade, exerceu a clinica em Sergipe, onde foi no-
meado major cirurgião-mór da gU'uda nacional. TOl'nando á B 1I1ia,
inscreveu-se ao mesmo tempo para o concurso a um lagar de sub.
sti tuto da cadeir;}, de psychiatria e moleslias nervosas na faculdade
de medicina, para o qual o respectivo ministro nomeou antes do con-
CUl'SO pessoa que nem ao menos se havia inscl'ipto para. elle e paL'a
o concurso á cadeira de liogna portugueza e littel'atul'a nacional da
escola normal tio sexo masculioo, p;lra a qual foi nomeallo. B' membro
de algumas associações de lettras, do Gabinete de leitura do Maroim,
e do Gabinete de Laranjeiras, do qual foi fundador; foi deputado á
as embléa dessa proviocia, onde tomou parte activa na politica e fez
varias conferencias; tem collaborado para varias folhas de Sepgipe e
da Bahia, e foi um d03 redactores da
- Renascença: revista litteraria. Bahia, 1894·1895, in-fol. de 8
pags. e duas columnas - Sahiu o l° numero a 24 de setemclro da-
q nelle anno e o ultimo a 30 de agosto deste.
45

- O Albul». Bahia ... Nunca, o vi. Escreveu:


- Qual O melhor tratamento di1s febres perniciosn,s ~ HemMuria
endemica dos paizes quentes; Infecção purulenta; Que confiança me-
rece a pl'eparação phal macelJlica, chamaria extri1cto: tl1ese de douto-
ramento. Bahia, 1875, I n., 87 pags. in-4" gl'.
- Estylo: tl1ese de COlJCUr30 para o lagar de lente;da lingua por-
tugueza e liLteratura nacional da Escola r armai. Ba1.lia, 1890, 73
pags. in-4°.
- Discurso proferido no acto solemne da entrega dos annejs aos
professorandos de 1898 no 10stituto normal da Bahia. Balda, 1898, 96
pags. in-Ro.

Pedro Labatut - Nascido em Cannes, França, falleceu


na Bahia em avançada idatle a 24 de setembro de 1849, sendo ma-
rechal de campo do exercito, dignitario da ordem do Cruzeiro, caval-
leiro da Legião de Honra, da França, e contlecorado com a medalba da
guerra da inclependellcia na. Ballia.. Foi quem ol'b'anisou o fxercilo
para combater o bl'igadoiro commandante das fOl'ças luzitanas Luiz
Ignacio de Madeira e :Mello, e intimou-o a retiNr-se com as mesml1S
forças a 16 de novembl'o tle 1822, s'3ndo o chefe daquelJe exercito.
Victima de uma calumulL\ no exel'cicio desse cargo, foi preso a 2l de
maio tio anuo seguinte e, vindo para o Rio de Janeiro, foi unanime-
m~ute i1bsolvido pelo oon elho ele guerra a que respondeu, e escreveu
por essa. occasião :
- DJspedida do General Labatut aos bahianos. Babia, 1823, I D.
in-fol.
-Resposta de P. Lllbatut ao coronel Francisco de Lima e Silva.
Rio de Janeiro, 1!i24, in-fol.
- Resposta que aos seus inimigos dá o general Labatut. Rio de
J<,neiro, 1824, il1- Colo
- Decla7-aç,rO franca que faz o general Labatllt de sua cOOLlucta
emquanto commandoa o exercito imperial e paciiJ.cadol' da provincia
da Bahia, e que oITel'ece aos nobres e honrados bahianos. Rio de Ja-
neiro, 1824, 18 pl1gs. in-4". (Veja·~e Miguel Calmou da Piu e
Almeida. )
- Defesa do geueral Labatut sobre a sua couducta emqúanto
commandou o exercito pacificador ela Bahil1, em re po ta aos quatro
artigos de sua ac u~ação, que lhe foram commanicados por ordem do ,
conselho tle guel'rll, a qUt3 já tem respoudido, por determinação ue
S. M. r. Rio de Janeiro, 1824, 36 plgS. in-4".
46 PE

Pedro Leão Velloso~ lo - D'ilho 110 coronel Pellra


Gomes Ferreira Yelloso, nB,C"U em Itapicllru, nl. BJ.hia, a. I lIa j:t-
neil'o de 1828. Bachal'cl em direito pdu hculdalo do Recife, ~ i muitas
vezes deputado á a,~emhlea lJrovincial, .deputa.]o ii a semblth geral G
senador do lm].erio; presidiu as provincia:; lia Pará, do MaranlJão, do
Piauhy, do Ce.Há, L10 Rio Grantl~ do (Torte, de Alagôas e do E:l] iri to
Santo; foi ministro dos negocios (lo Imperio no gabinete de 3 d julho
de 1882 e agraciado com o titulo de conselho do Imperador, commen-
dador da ordem da Ro~a. o da. de Cl1l'isL'J e c valleiro da ordem de
s. Gregorio Magno, de Roma, tem redigido varias periodicos como o
- Diario da Bahia. Bahia ... - Foi a e1'0c nÚl.is brilhante de te
jornal, a de sua redacção. Escreveu varias trabalhos na administração
dae:; províncias quP. presidiu, como:
- Relatodo apre,entã.do:1 .\s~elllblé,t leg-islati m do C"ará na
sessão ordinaria de 1881, 100 pags. in-4° 00'11 8.ppendice.
- Relatorio apre,ent-tdo á As.:embléa geral legdativa n:t ler~
ceira sessão L1a 18" legislatura pelo ministro e scerat rio de estado
dos negocios do Imperio, etc. [{.ia de Janeiro, 1883, in-4".
- A re(ol'?1l1l. das Academias de me liciua: di.:cursos proferido:,
no senado em diversas sessões pelos conselheiros Pedro Leão ValIa o
e Affonso Celso de Assis D'igueiL'Jdo. Rio de Janeiro, 1882, 201 pags.
in-8° - São tres os discursos do consellieiro Leão Velloso, da pago
107 a 201.

Pedro Leão VelIoso, 2° - D'ilho do prececl6'1te, nasceu


em ItapicUl'ú, termo da Bahia, a 19 de março de 1856. Como seu pae,
bacharel em flireito pela faculdade tio Recife, lõeguiu a cal'l'eira da
magistratul'a e seudo juiz de direito, era olJefc de polioia da provincia
de S. P,lUlo quanlo foi pr'oclama'la a Republica o lente c;ttlJe h'atico
da faculdarle livre cle soieocias jtl1'iuina~ e sociaes lia Rio de Janeiro.
Actualmente e advogado na oidade do Rio de Janeiro. E'cl'cveu:
- Direito cíva. Na Rcvist t Academica do sciencias o lottras do
Recife. De seus trabalhos na arl vor.acia tenho á Y ista:
- As mzões ele appellação dos sfndicos da mas~a fali ida de Cal'-
cioso Rangel & Comp.

Pedro I ...uiz Napoleão Ohernoviz - Natut''tl cla


Polonin, Imperio d,a Russia, e no.scitlü no almo rie 1813, falleceu em
Pariz a :31 L1e agosto cle 1881, sen]o dou tal' em medloina pela facul-
dade de Monlpelliel', omcial da ordem da Rosa e cavalleiro do. de
Christo. ,\8 commoçõe politicas por que passava a sua infeliz patria
PE 47

o obrigaram a deixaI-a em 1830 e, depois de cursar aquella 1'<\cul-


dada e de estar mais tres annos ua FI' tIlÇil, emigrou em 1840 para o
Br,\zil, onue naLuralisou-se cidaláo brazileiro, dedicou-se ao exercício
de sua profissão, voltando a P.triz em 1855. Na patria adoptiva ca·
sou-se e cultivou a estima da. numerosa corporação cliuic'l. e prestou
os mais relevantes serviços ii. materia, medica. Escreveu:
- Dicciollal'io de medicina popular, em que se descrevem, em lin-
guagem accommodada ás pessoas extrauhas á arte de cmar, os ::oignaes,
as causas e o tratameuto das 11101estii\s; os SoCC01'ros que se devem
prestar nos accil1entes graves e subilos, como aos afogados, aos asphi-
xiados, fulminados de raios, ás pessoas mordidas por cobras vene~
nosas, nas perdas <1e sangue, etc. etc. Rio de Janeiz'o, 1842-1843,
2 vols. in·8", de 471 e 488 pags.-Segunda edição correcta econsiueravel·
mente augmentadrt. Rio de Janeiro, 1851, 3 vols. de 49'),496 e 032
pags. com 5 ests.-T"rceir;t e lição, muito augm6ntada. Pariz, 1862,
3 vols. com 1.848 pags. e 23 figuL'G\s iuterc'llla,las no texto - Quarta
edição, reformada e consideravelmente augmeutada. Pal'Íz, 1879, 2
vols. in-4" - Quinla edição, consideravelmente augmentada, posta
a par ua sciencia. Pariz, 1878,2 vols. in·4' - Sexta edição, revista,
correcta (3 muito augmentada. Pa.riz, 1890, 2 vols. in·4", com 1.250
pags. cada um e com 913 figuras intercallauas. Esta ultima, pos-
thuma, é feita por A. Roger e F. Chernoviz e accl'escentada de
muitos artigos das sciencias accessorias e das sciencias medica e cio
rurgiea em geral, as im como de mais de quatrocentas figuras. Ra
uma edição ca telllana, tra<!uzitla da quintlt jlortugueza.
- FOi'Owlario ou guia medico, contentlo a desCl'ipção dos metli·
camentos, suas propl'iedatles, suas dóses ; as molestias em que se em~
pregam; as substancias incol11pativ~is com elles; as plantas medi-
cinaes indigenas; as agnas mineraes no Brazil, etc. Rio de Janeiro,
18,11, in·12" - Segunua edição, inteiramente reformada, 1846, iu·120
- Terceira edição, 1852,701 pags. in·12° - Quarta, 1856, in·12", sendo
totlas do Rio de Janeiro - Quinta, Pariz, 1860. Houve ainda outeas
edições de Pariz, sendo a oitava reformada segundo o novo Couigo
pharmaceutico de 1866 e con ideravelmente l\ugmentada, 186, 972
pags. in-8" com 183 figuras iutercalladas no texto; a undecima de
1.283 pngs. in-8"; a duodecima contendo um supplemento com a
11escripção e LISOS de muitos medicameutos novo, a prophilaxia de
muitas 1l101eslins, entre outras o cholera-morLus, co 10 tambem os
trabalhos recenles sobre o carbuoculo, e sobt'e a taiva, do c!l'. PasteU!"
e augmentada de conformitlade com a nova edição do Codigú pharma-
ceutico de 1884, Pariz,. 1886, 1.36 paas. ill- ", com 429 figuras e 4
48 PE

mappas baloeares ; ha finalmente decima terceira e,1ição, accrescentada,


de 1888, com um exame clinico das oUl'ioas, c L1ecima quarta edição,
ailltla accl'escentad~l, com 438 figuras io-8°. L-Ia uma edi~ão desta obra
em castelhano, tmduzida dit decima edição portugueza, 1830. Desta
obl'a já vi a decima sexta edição.
- Bistol'ia nattwa~ para meninos ou brave descripção de muitos
animaes e vegetaes, extrahida das obras de BufIou, Cu vior e outros
naturali tas e adequada ao uso da mocidade, com 154 estampas in-
tercaIladas no texto. Pal'iz, 1862, 180 pags. in-8° gr.
- Modo de conhecer a idade do cavallo, do burro, das bestas
muares, do boi, do carneiro, da cabra e do porco; rundado nas obser-
vaçõJs mais modernas de meiicos vetel'ioarios, com 52 figuras.
Pariz... Deste autor ha trabalhos em revhitas medicas do Bl'azil,
como:
- Memoria sobre o emprago do nitrato de prata nas m lestias
genito-uriuarias - Nos rinnaes Brazilienses de Medicina, 184l-1842,
pag, 211 e segs.
- llIaçadum - Na Ga:;~ia llIedic & L1a Rthia, tomo 4", 1869-1870,
pags.40, 51,64,74,88 e segs,
- Thermomelric: medica - Idem, tomo 6°, 1872-1873, pags. 213,
242, 264 e segs.
- Medicamentos novos e medi~açõe3 uovas - Idem, tomo 7°, 1873·
1874, pags. 72, 82, 146 e 248 e sogs.
- O empl'ego dos caoos de chumbo para a distribuição de agua
nas ciL1ades - Idem, pa;. 182 e segs.

Pedro Luiz Osorio - Filho de Pedro Luiz 030l'io e sobri-


nho do geoeral Marquez do Herval, M,tnoel Luiz asaria, e nascido em
Bagá no Rio Gl'ande do Sul, Ó doulor em medicina pela. faculda'le do
Pal'iz, tendo começado o curso medico na f<\Culdade do Rio de Janeil'o ;
escreveu:
- Recherches SUl' l' ex:ostose sous-iuguinale de grus orteil: lhese
presentée et soutenue á la Facullé de Modecinc de Paris paul' obtenh'
le gl',1l1e de docteul' 00 mecL il1e, et}, P<ll'is, 1882, 55 pai5s. in-4°, com
estampa.
- Operaçtio ce. arian(l, pelo methodo de E. Porro: t!lese apresen-
tada á. Faculdade ,rle medicina do Rio do Janeiro pRl'a sei' sustenlada
afim ue puder exercer fi sua pl'ofl'são no lmperio elo Brazil. Rio de Ja-
neil'o, 1883, 100 pags. in-4° gr.
- O poder da cal'ne: romance da escola realista - Fui publicado
em follJelins no periodico Qllinze de NovemOl'o. Bagá, 1890.
PE 49

Pedro Lu.iz Pereira de Souza - Filho elo com-


mCOlladoe Luiz Pereira Souza e dona Maria Carlota de Vitel'bo
c Souza, nasccu em Araruama, provincia do Riu de Janeit'o, a 13 de
dezembro de 1839 e falleceu 110 municipio do Bananal, de S. Paulo, a
1G uejulho de 1884, bacharel em direito pela faculualle de S. Paulo,
do conselho de sua magestade o Imperador, grande dignitario ua ordem
da Rosa, grã-cruz das orJens franc~za da L'lgião de Honra e rumaniana
da E teella. Exerceu a advocacia. na côrte com o conselheÍl'o Octaviano,
seu amigo, e depois em Barra Mansa; foi deputado á 12" legislatul'a
de 1864 a 1866, e na 17a de 1878 a 1881; fbz parte do gabinete de 28
de março de 18S0 e presidiu depois a provincia da Bahia. Litter<1to e
poeta desd::l 03 bancos da faculdade de direito, eSCl'6veu muitas poesias
que deixou e p:lrEaS, ou inedilas, e tambem alguns trabalhos em prosa,
dos quaes citarei:
- As escolas cosmopolita e nacional (critica) - Ta Revista. rrensal
do Ensaio philoEOphico paulistano. S. Paulo, 1859.
- Vos no desc/·to: plginas de Trystau. Rio ele Janeiro, 1867, 33
pag.). in-8" - E' um pamphleb politico contra o gabinete de 3 de agosto
de 1866.
- Os voltmta1'ios da morte: canto cpico, orl'erecido aos lts~ignantos
da s.mt~na Illustmda. Rio de Janeiro, 18G4, in·8'.
- l'erriuilis n<!a. Rio de Janeiro, 1860 - Esta poesia foi antes re·
citada em um circulo de homens de lettra', com admiração e applausos;
foi reproduzida depois na. imprensa de qUll.si touo o Imperio, e em Lisboa
onde o Visconde de Casti I ho chamou· a t~m 1'L~gi'lo de l,j(io. SiÍ.o dclh\
os seguintes versos:

Quando ella app:1receu no escuro do hOl'izonte,


O cabello revolto. .. :1 pallidez na fron te ...
Aos ventos sacudindo o rubro pavilhão,
Resplendente de sol, de sangue fumegante,
O raio illuminoLl a t~rra ... nesse instante
Frenetica e viril sc ergueu uma nação!

A deusa. do sepulchro I A pallida. l':1inha!


A morte é sua vida. lmpavidl\ caminha,
Ora grande, ora vil, nas trevas ou na luz;
A côrte que a rodeia é lugllbre cohorte ;
Tem gala e traja luto; é o saquito da morte,
A miseria que chora, a gloria que seduz.
Vol. VII ~ "
50

Desde que o sol na.sceu, nasceu aquelle espectro;


De ralos coroou"e ! Ao peso de seu sceptro
A terra tem arfado em tran5es inferna s ! ..•
Do mundo as gerações teem visto em toda idade,
Sin:stra, apparecer aqaella di vindade,
Celebrando no sangue as grandes saturnaes !

No seu olhar de fogo lia raios de loucura ...


Tem canto de prazer, tem riso de amargura!
Muda sempre de céo, de rumo e de pharúl !
Aqui - pede ao direito a voz forte e serena;
Alli - ruge feroz, feror. como uma hrenn .
. As 'assina na terra ou m t \ á Iuz do sol! .

E' uma deusa fataJ ! Quer sangue ... e atira fioL'es I


Abl'aça, prende, esmaga saus adoradores,
Embriaga-os de gloria e 1)" cerca de esplendor.
E e·ses loucos, depois de feitos de gigantes,
A tUllica lhe beijam ardentes, delirantes,
E morrem a Svus pés na febre desse amor.

- A sombm de Timdentes e Nunes Machado. Rio de Janeiro, 18G6-


São duas poesias. A primeira se acha reimpressa com outro. «A morte
de Lançlulpho Medrado », no livro Annos Academicos, do dr. Peçanha
Povoas. Rio de JaneiL'o, 1870, de 217·219 pa;gs. Esta ultima e a poesia
Nunes Machado foram ao tes publicadas na Opinião Nacional de Pernam-
buco de 14 e 21 de julho de 1869.
- Prisca {ides: estancias lidas em um jantar intimo, oJferecidas ao
conselheiro Thomaz José Coelho de Almeida, no dia 30 de agosto de 1876,
no hotel da Europa. Rio de:Janeit'o, 1876.
As poesias do conselheiro Pedro Luiz vem no livro:
- Lyra popular ou coIlecção completa das poesias dos cOll$elheiros
José Bonifacio, Pedro Luiz e Francisco Octaviano, livro que nunca vi,
assim como no livro a Patria: homenagem postlluma a um tIe seus mais
dignos filhos, Bahia 1884 com mais a poesia O Coval'de e duas poesias
traduzidas de Lamartine com os titulas: O lago e O sino da aldeia.
O conselheiro Pedro Luiz collabol'ou para alguns jornaes, como O
Correio MerCalttiZ, A Opiniao Nacional e o Dial"io do Povo, e redigiu:
- A Actt,aZidade : jornal politico, litterario e noticioso. Rio de Ja-
neiro. 1858-1864, in-fol. - Teve por companheiros nesta publi('ação
PE 51

Flavio Farnêse, Lafayette R. Pel'eira e BernarJ.o J. da Silva Guimarães,


passando ella de 186'1 em deante á redacção <le Antonio Barbosa da Silva
e Luiz Barbosa da Silva. E ainda:
- Le Bresit. Rio de Janeiro, 1862-1863 - com os dons primeiros
acima mencionados.

Pedro Luiz Soares de Souza - Filho do dr. Frau-


cisco Manoel Soares de Souza, nasceu a 8 de novembro ue 1855 na
antiga província do Rio de Janeiro, é engenheiro civil formado pela
Escola polytecbnica, viajou pela Europa e escreveu:
- Um programma de partido e de governo ou reacção patriotica.
Napo1es, 1894.
- A restauração da monarchia no Brazil. Lisboa, 1894 - E' uma
coIlecção de artigos publicados no periodico Seculo desta cidade, nos
quaes o autor procura demonstrar a impossibilidade dessa restau-
ração.
- Soluções necessarias. Genova, 1898 - Trata o autor neste livro
«de importantes questões financeiras: esluda as responsabilidades e
perigos dos poderes legislativo e executivo em relação ao orçamento
de 1896, á conversão das apolices, os novos impostos, o consumo do
café e aponta a decretação de leis que julga urgentes. O producto da
venda deste trabalho, que demonstra o estudo de seu autor e o interesse
que tem pelo seu paiz, será. entregue ao Presidente do Club de Enge-
nharia para inicio de uma subscripção destinada ao levantamento de
uma estatua ao Vi coude de Mauá ».

Pedro Luiz SYDJ.ps~n - Natural do Amazonas, ahi


foi deputado provincial e major da guar,la nac~onal no tempo da
Monarchia. E' cavaHeiro da ordem de Christo e escreveu:
- Grammatica da língua brasilica geral, fallada pelo aborigenes
das provincias do Pará e Amazonas. Manáos, 18n, in-8° com o re-
trato do autor. Me dizem que é deste autor o seguinte· trabalho as-
signado por P, L. S.:
- A colonia Azambuja desde sua fundação. Rio de Janeiro,
1882, in-8°.

Pedro l\'Iacedo de Aguiar - Filho do dr. Fran-


cisco Pereira de Aguiar e dona Sophia Henriqueta de Macedo Aguiar,
e irmão do dr. Joaquim Macedo de Aguiar, ambos mencionados neste
livro, nasceu na cidade da Bahia a 14 de abril de 1851, é doutor em
52 PE

medicina pela faculdade do Rio de Janeiro e professor de francez da


Escola naval. Escreveu:
- Elcclrothe~'apia; E/feitos da electricidadedynamica.; Hemorrhagias
puerperaes; Aleitamento natural, artitlcial e rnixto em geral, e em
particular do mercenario, attentas as condições em que se acha a ci-
dade do Rio de Janeiro: the3e apl'esenta,tla à F<lculJade de me::licina,
etc. Rio de Janeiro, 1874,2 fis. 119 pags. in·4° gl'.
- Lições de technoJogia maritima na lingua frameza. Rio de Ja-
neiro, 1887 - Esta obm foi approvada pela congregação da E~cola
naval.
- Diccionario de marinba naslinguas franceza e portugueza. Rio
de Janeiro, 1888.
- Fe~'nando : drama - Este livro foi li,.lo no imperial Colleg-io
Pedro 11, hoje Gymnasio nacioual, perall te o Imperador em 1880.
Não foi dado à estampa.
- O obstactllo.· pec:a em quatro actos, original de Daudet, tl'a·
ducção do dI'., etc. - Foi representad,t pela primeira vez no theatL'o
Lucinda a 7 de outubro de 1891.

Peclro ~.Iacbaclo de ~:liranda ~;[alheiros­


Portuguez de nascimento, segnudo me consta, mas br,lzileiro pela
constituição do Imperio, vivia no Brazil em 1839, sen,lo presbytero
/lecular e monsenhor. Foi inspector da colonia dos suissos de Nova
Friburgo, chancelLer-mór do rõino e ~ocio da Acaclemia reJl das
sciencia.s de Lü,boa. Escreveu:
- Inst"ucçeío para os viajantes e empreg,\dos nas colonia' sobl'e
a maneira. de colher, conservar e remctter os objectl s de historia
natmal, arranjada pela AdminIstração do R. Museu de hi toria
natural de Paris, tmduzida por ordem de S. M. Fidelissim:t ... do ori-
ginal fral1cez impresso em 1818, augmeotalta, em notas, do mui tas
das instrucções aos correspondentes da Academia real das sciencias
de Lisboa, impressas em 178t e precedidas de algumas renexões sobre
a histot'ia natural do BI'a?il e estabelecimento do museu o jardim
botanico em a côrte do Rio de Janeil'o. Rio de Jtlnciro, 1819, LVI·
77 pags. in·4", cons3cutivas a 56 pags. das reflexões sobre a histor:a
natur<ll do Bt'azil, que Alexaudre Antonio Vl1n<1elli attribue ao
dr. José Feliciano de Castilho, pae de José e de Antonio Feliciauo
de Castilho, provavelmente pelo facto de serem frequentemeute ci-
tadas estas Reflexões no JOl'naZ de Coimbra, ele redacção daquelle Cas-
tilho e no poema. de Antol~io Feliciano de Castilho á a.cclamação de
D. João VI, quando é certo que Malheiros sempre entregou-se a es~
PE 53

tudos ue colonisação ; dá noticias não só da historia natural do Brazil


como de brazileiros que della se occuparam c Coi clle o encarregado
p lo governo Llit publicação. São cm summa deUe as reflexões e a
traducção.
- Providencias para. jornada da colonia dus suissos desde o Rio
de Janeiro até Nova Friburgo em Morro Queima'lo, no districto da
villa de S. Pedro de Cantagallo, dadas em consequencia de ordens
de Sua Magest'l.de. Ri> de Janeiro, 1819, 17 p:>.gs. in·4° - E' es-
cripta em portuguez e em francez.
- O'Jse1'Vações sobre a conducta das di tl'erentes pessoas que in·
t!uir;.<m no arranjamento, composição e transporte da colonia s:uissa
que v io estabelecer-se no 100'8,1' do Morro Queimado, di tricto de
C:1.ntaliallo, em virtude !la convenção acceita por Sebastião icolau
Gachet, agente do governo do Cantão de Friburgo, em II de maio de
1818, cujas clausulas fora.m a.pprovadas por decreto de 16 de maio
do mesmo anno. Rio de Janeiro, 2 de abril de 1820 - A bibliotheca
nacional possue cópia authentica.
- Reflexões de monsenhor Miranda, inspector da colonia dos
SUiS30S de Nova Fl'iburgo, sobre a violação e omissões de Gachet a
resp ito das condições com que a mesma colonia foi admittida ne.te
reino, 1820 - A me3ma bibliotheca. possue o registro.

Pedro Manoel Borges - Filho de Francisco Manoel


Borgos e dona Eduarda Maria de Loreto Borges, nasceu na cidade do
Rio de Janeiro a 22 de junho de 1861. Professor cathedratico da oitava
escola publica do quarto districto e profe3sor de gymuastica da Escola
normal do estado do Rio de Janeiro, foi nnteriOI'mente professor adjunto
da primeirt\ escola publica da freguezia. de Sanl'Anna e inspector de
gymnaslica das escolas publicas desta. capibl. Escl'eveu:
- T,tatado elementar de gymnaslica. escohu'. Rio de Ja.neiro, 1886.
- 1I1anualtheorico e pr,\ tico de gymnastica escolar, elemen lar e
superior, destin:\uo ás escolas publicas, collegios, lyceu , escolas nOl'-
maes e municip).es. Rio de Janeil'o, 1888,270 pags. in·io com muitas
gravurus explicativas.
- Jogos gymnasticos ou recreios escolares, ol'nudos de gri1.VUra3
explicativas e pl'ec~didos de urna intl'oducção do prOfe3S0l' Alfcedo Ale-
xander, etc., obra approvada pelo conselho director da instrucção e
a.doptada para uso dos alumnos das escolas publicas e tios da e"col<1 de
applicação, annexa á e3cola normal. Segunda edição. Rio de Janeiro,
1893, in-8°. A primeil'u edição é de 1892, 68 pags. in-8° peq.
54 PE

D. Pedro Maria de Lacerda- Conde de Santa Fé


e bispo do Rio de Janeiro - Filho do capitão de mar e guerrit João
Maria Pereira de Lacerda, de quem ja fiz menção ne te livro, e dona
Camilla Leonor Pontes cl Lacerda, nasceu na cidarle do Rio de Janeiro
a 31 de janeiro de 1830 e" fl~lleceu a 12 de novembro de 1890, com o tilulo
de conselho do Imperador deposto e seu capellão·mór, assistente ao solio
ponlificio, prelado domestico de sua santidade e commendador da ordem
de Chrislo. Tendo feito os esludo de humanidales no collegio do Ca-
raça, do qual era então reitor o padre A. [<'el'reira Viçoso, depois biSpO
de Marianna, com os pa,jres João Antonio dos Santos e Luiz Anlonio
dos San los, ambos depois bispos e mencionados nesle livro, foi em 1848
a Roma, de onde voltou graduado doutor em theologia. De volta á ci-
dade d Marianna, ahi ordenou-se presbylero secular em 1852, sen lo
um mez depois nomeado conego da catlledral, cargo qUI) renunciou em
1860. Naquella época já era professor de philosophia no seminario epis-
copal, leccionando até ser nomeado bispo do Rio de Janeiro, em 1868,
e neste seminario leccionou tambem mathematicas e linguas. Sa.grado
em Marianna por d. Antonio Viçoso a 10 ele janeiro de 1869, tomou
posse a 31 deste mez por seu procnrador monsenhor Felix Maria de
Freitas'e Albuquerque ( veja-se este nome) e fez sua enl1'uda na dio-
cese a 8 de março do dito anno. Visitou toda sua diocese, incluindo a
provincia do Espirito Santo j assistiu com varios bi~pos brazileiros e
com o arcebispo d. Manoel Joaquim da Silveira (veja-se lambem este
nome) ao concilio romano, em que foi reconhecida a infallillilidade do
papa; voltou á cidarle pontificia em 1877 em peregrinação ad limina
apostolon,m, e em 1888 foi nomeado arcebispo da Bahia, honra que elle
não acceitou. Foi elle o fundador do collegio dos salesianos em Nitheroy
e um dos primeiros actos de seu bispado foi a reforma do seminario de
S. José. Dotario de cerla i1lustração, nunca fez gala de orador sacro;
só procurava fazer-se comprehender das classes mais ignorantes. Si
empregou ás vezes linguagem mais a"pera, ou menos conveniente, suas
intenções eram puras; guiava-o a mais feevorosafé catholiaa. Escreveu:
- P1'ovisuo dividindo em comarcas ecclesiasticas a diocese do Rio
de Janeiro, e regimentos para os Revms. vigarios da vara e arci-
prestes. Rio de Janeiro, 1869, 18 pags. in·4°.
- Tratado canonico·moral, escripto em fOl'ma de carla pasloral
sobre a resiLlencia. dos parochos e curas de almas da sua diocese. Rio
de Janeieo, 1871,68 pags. in-4°.
- Protesto dirigiLlo a s. m. o Imperador por occasião de depositar
nas mãos de s. a. imperia.I, a Regente, o protesto collectivo do epis-
PE 155

copado brazileiro contra a sacrilega invasão de Roma no anno de 1870.


Rio de Janeiro, 1871, 13 paga. in-4°.
- Representaçilo dirigida ao Exm. ministl'o e secretario de est,ldo
dos negocias do Imperio, pedillllo pu ra que as eleições politicas se façam
fóra das igrejas. Rio de Janeiro, 1872, 18 paga. in-So.
- Recl~rnação de d. Pedro Maria de Lacerda contra o que a seu
respeito disse, embora en tl'e louvores, a consul ta da secção dos negocias
do Imp3rio do conselho de estado de 23 de maio de 1873, acompanharia
de numero as considerações sobre ditrerentes to picos da mesma consulta
ácerca de negocios ecclesiaslit:os e de cousas relativas ii. Maçonaria.
Rio de Janeiro, IS73, 9S paga. in·4°.
- Representação que as. m. o Imperadol' dirige sobre a prisão e
processo do ... 1>i po de Olinda e adherindo á.repre'entação do .•. ar-
cebispo da Bahia. Rio de Janeiro, IS74, 20 pagil. i.n·So.
- A Se de Olúlda, fundada em direito, e horrores e perigos de
um schisma, estudarlos á luz !la historia. Respo ta do 1>i po de S. Se-
bastião do Rio de Janeiro ao omcio cm que o l'éo sr. chantre Jo é Joa-
quim Ctunello de Andrade communicou estar governador da dioce e de
Olinda por nomeação do Exm. e Rcym. sr. bispo. Rio de Janeiro,
IS74, 63 pags. in·S".
- O Bisp:J de Oliuda e seu accusadores 00 tribunal do bom sen~o,
o exame do aviso de 27 de setembro, e da. denuncia de 10 de outubro e
reflexões ácerca da relações entre a Igreja e o E"tado. Recife, IS74,
142-pags. in-So.
- A Se do Pará ou cada rlo bispo de S. Sebrtstião do Rio de Ja-
neiro, rejeitan!lo o pl'otesto do conego Antonio Gooçalves da Rocha
cOlltra a legitima autol'idade ecclesiastica de sua diocese de Belem do
Para. Rio de Janeil'o, 1875, 29 pf\g~. in-S".
- Manual do jubileu do anno santo de IS75, que o bi~po manda
publ icat' para uso dos confessores a fieis de SUll. t.Iiocese. Rio de Janeiro,
IS76, 36 pags. in-4°.
- Carta pastomt annunciando O jubileu concedido pelo santo padre
o papa Pio IX por occasião do concilio ecumeuico que deve seI' cale-
bl'ado em Roma, etc. a S de dez mbl'o de IS69. Rio de Janeiro, IS69,
70 pags. io-4°.
- Cat·ta pastot'al annullciant.lo a suspensão elo concilio ecumeuico
do vaticano por occasião da tomada de Roma a 20 de setembro de IS70,
pedindo esmola para o santo padra Pio IX. Rio de Janeiro ( 1870 ),
23 pag . io-4°.
- Cat·ta p Lstoral supprimindo quatro jejtms diocesanos e rccolU-
mendando a ob ervancia. dos mais que são mandados por lei geral da
56 PE

19l'eja e dos summos pontifices. Rio de Janeiro, 1871, 24 pags.


in-4.
Carta pastol'al :1llnunciando a lei n. 2040 le 28 de setembro de
1871, sobre a libertação dos filhos de escl'avas e sua cl'iação, recommen-
dando a todos sua execução. Rio de Jandil'o, 1871, 15 pags. in-4°.
- Pasto1"al recommendando oraçõe.;; e esmolas em favor do san to
padre, o papa Pio IX, POl' occasião de começar o 28° unniversario de
sua exaltação ao summo ponlificado. Rio de Janeiro, 1873, HJ pagi).
n-8°,
- Carta pastoral, premunindo os seus diocesanos contra as ciladas
e machinações da Maçonaria. Recife, 1873, 45 pags, in-8°.
- Cm'ta pastoral publicando as lettras apostolicas do summo pon-
tifice e santo padl'e Pio IX de 29 de maio ele 1873 sobre a absolvição
dos maçons. Rio ele Jaueil'o, 1873, 16 pags. in-4°,
- Cal'ta pastol'al :1Ununciando a vLila episcopal de algumas pa-
rochias ele sua diocese no correl' do anua de 18 ... Rio de Janeiro, 1874,
22 pags. in-4".
- Carta pastoral mandando, do carcere da fortaleza de S. João,
consagrar a diocese ao Sagrado COL'ação de Jesus. Rio de Janeiro, 1874,
32 pags. in-4°.
- Ca1'ta jJlstOt'al publicando o grande jubileu do anno santo,
de 1875, concedido pelo santo padre o papa Pio IX., no XXIX anuo de
seu pontificado a 24 de dezembro de 1874. Rio de Janeiro, 1875, 44 pags.
in·8°.
- Pastorltllamentando o carnaval do corrente anno na CÔl'te, e
promovendo uma subscripção para se mandaL' um calix de ouro a Nossa
Senhora de Lourdes em clesaggravo. Rio de Janeiro, 1877, 20 pags.
in-8° •
- PastOt'al acerca da romaria brazileira ao vaticano, e de uma
nova esmola em favor do santo padre Pio IX. Rio de Janeiro, 1877,
15 pags. iu-8".
- Pastoral annunciando a exaltação do SS. padL'e o papa Leão XIII
e recommendando a união e obediencia á Santa Sé ApostoJiCl1. Rio de
Janeiro, 1878,45 pags. in-8° - D. Pedro de Lacel'da escreveu mais
uma
- Cartilha. calhotica ....:. que teve tl'es edições no Rio de Janeiro e
deixou inedito o '
- m/alo dg jure - livro assaz volumoso.

Pedro Marlins Pereira - Filho de Caetano Martins


Pereira e nascido na cidade ue Grão-Mogol, Minas Geraes, a 27 de abril
PE 57

de 1837, fu,llE'ceu na cidade do Rio Claro, S. Paulo, a 22 de junho d(>. 1891,


tendo feito seus estudos de human.idades no seminario arcbiepisc0pal
da, Bahia, e depois o CUl'SO de direito na faculdade de S. Paulo, onde
recebeu o gráo de bacharel. Desejando recaber o grão de doutor, lutou
com difficuldades para a defesa de tbese por causa de uma publicação
sua em que fel'ia um lente da faculdade, e depois de approvada a these,
surgindo ainda dimcuhlades para obter o diploma, voltou a Minas, onde
eler~eu varios cargos, quer de confiança do governo, quer de eleição
popular. Escreveu:
- Dissertação e theses para obter o gráo de doutor em direito pela
faculdade ele S. Paulo. S. Paulo, 1859, in-4° - Nunca pude vel-a.
- Pequeno Cinabre. S. Paulo, 1858- E' o trabalho a que me referi
acima. Deixou ineditos e criptos sobre -
- Direito civil e direito processual - que seu filho, o dr. João
Baptista Marlins, tenciona dar á publicilade.

Pedro da ~t:at-ta lUachado - Filho do dr. João da


Matta Machado e nascido em janeiro de 1865 em Minas Geraes, ê ba·
cbarel em direito pela faculdad de S. Paulo, formado em 1889 e es-
creveu:
- DisC1WSO profel'ido na saudação dos poderes publicas do Estado,
como orador official da commissão de festejos pela inauguração da
capital de Minas. Ouro-Preto, 18_98.

Pedro de l\lello, 1" - Não o conheçosinão como brazileiro


e autor de uma machina dd sommar, que foi apresentada ao governo
francez e p310 mesmo govel'no privilegiada. Escreveu:
- TlieorÍL da gravidade especifica dos corpos empl'egados como
força motriz. Manáos, 1895 - Neste trabJ.lho expõe o autor os racio-
cinios e estudo que fez para chegar á descoberta ele sua machina de
som mar e pede aos brazileiros que o auxiliem a tornaI-a uma reali-
dade.

Pedro de Mello, 2° - Outro com igual nome do precedente


e que tamb~m não conheço. Este é, porém, poeta e escreveu:
- Lampejos, poesias. Rio de Janeiro, 1888, 200 pags. in-8° - S,ío
producções de varios generoso

Pedro ~1:uniz - Filho de Jacintho da Silva Muniz e dona


Antonia Maria Muniz, nasceu em Aracaty, no Ceará, a 15 de dezembro
de 1866 e falleceu na Fortaleza a. 25 de junho de 1898. Foi ahi em-
58 PE

prega.lo no commercio, membro da Phenix caixeiral, do Centro Htte-


rario e do Club IUU ical PantlJeon e escreveu:
- Ve,'sos de hontem. FOl'taleza., 1896, 59 pags. in-8° - com um
prefacio por Vianua de Carvalho. CoUaborou paril A Pall'ia, DíMio
do Geará, GommlJycio, Phenix Gaíxeiml, e Gem'a Illustrado

Pedro Moreira da Oosta LÍlna - Filho de José


Moreira da Costa Lima e nascido na cidade do Rio de Janeiro a 23 de
agosto de 1823, falleceu a 15 de julho de 1870, bacharel em mathema-
ticas pela antiga academia militar da côrte e capitão reformado do
imperial corpo de engenheiros. Dot:ldo de intellig llcia e actividade,
além de tl'abalhos militares que desempenllou, exerceu cargo civis,
como·o de estereometra do tribunal do commercio da côrte, inspector
das marinhas, engenheiro director das obras municipaes da có~te,
membro da commissão de exploração do Mucury e Jequitinhonha. Era.
cavalleiro da ordem de S. Bento de Aviz e escreveu:
- Gollecção de leis, provisões, decisõeil, circulares, portarias e
ordens,omcios e avisos sobre terrenos de marinha, colhidos e coorde-
nados conforme suas datas, etc. Rio de Janeiro, 1860, 137 pags. in-S"-
Abrange datas de 1676 a IS60 e termina com um indice alphabetico.
- Gollecçeío de leis, decisões, provisões, circulares, portarias,
ordens, omcios e avisos sobre terrenos de marinha. Rio de Janeiro,
1865, 165 paga. in-8° e mais 21 pags. de indice - Ha deste a.utor
varias cartas e plantas, como:
- Planta da casa e terreno de Vel1cesláo Miguel de Almeida,
adjacente ao a-rsenal de guerra da Sahia, 1849,Om,840Xl m,8.
- Povoação do Calháo: trabalho do 2° tenente do imperial corpo
de engenheil'os, etc., membro da commissão de exploração do Mucury
e Jequitinhonha, 1849, Om,255Xo m ,449.
- Planta da. villa do Curralinho, eto., 1849, Om,264xom,453.
- Planta da villa Viçosa, etc., 1849, 0"',250XO m ,354.
- Planta da praia do S:1CCO do Alferes e praia Formosa, O"',789X
Im,44 - Eis um trabalho seu da Camara municipal:
- Relatorio da Direetoria das obras municipaes da côrte, apresen-
tado a 18 de fevereil'o de 1857. Rio de Janeiro, 1857 - Contém este
rela.torio quatro mappas: o primeiro dll escri pturação do respectivo
pet'io'lo j o segundo de toios os trabalhos feitos pelos directores'; o ter-
ceiro de todas as despezas feitas no lUesmo periodo com as obras ar-
remata.das, cuja direcção, inspecção e fiscalisação pertencem aos dire-
ctores ; o quarto de todo o pessoal empregado e despezas feitas nas
obr1j,s administrativas durante o anno.
PE 59

Pedro ~.Iuniz Barreto de A.ragão, Barão do


Rio de Contas - Filho do commendador Egas Muniz Barreto de
Aragão e nascido na Bahia a 17 de agosto de 1827, ahi falleceu na
cidade de Santo Amarll a. 20 de abril tle 1894. Sacharel em direito pela
faculdade do Recife, moço fidalgo da exlincta casa imperial brazileira
e omcial da ordem da Rosa, foi por muitas vezes deputado á assembléa
provincial e á geral na decima e nas duas seguintes legislaturas.
Redigiu o
- Echo Sant'Amarensc - jornal que fundou na cidade de Santo
Amaro e foi publicado alguns annos. Publicou varias trabalhos em
outros periodicos e escreveu:
-Bl'eve exposição das occurrencias que tiveram lagar nas eleições
do 3° tlistricto da provincia da Sahia, por Pedro Muniz Barl'eto de
Aragão e Francisco Xavier Pinto Lima. Sahia, 1857, 158 pags. in-4°.
- Attentado de 19u1lpe. Bahia, 1869, in-4° - Refere-se a um at.
tentado contra eUe praticado.

Pedro Nolasco 1\'.Iaciel - Natural da provincia, hoje


estado de Alagôatl, e empregado na administração do Correio de Maceió.,
Escreveu:
- A filha do Barão: e3tudos romanticos. Macei<), 1886, in-8°.
E~tilhaços: producções litterarias e sobre politica. Maceió, 1887
in-8° .
Conferencia publica, Maceió. 1888, in-8°1- Nunca a vi.
- Galeria de alagoanos illustres ou subsidio á historia das Alaaôas,
precedida de uma expoEição succinta sobre a guerra do Paraguay.
1n serie. Maceió, 189 I, 52 pags. in-8° - Não me co~sta que se publicasse
2" serie.
- IndicadO!' postal ou nomenclatura chronologica do ecltado das
Alagoas, acompanhado de disposições regulamentares em vigor no
serviço dos correios.

Pedro Nola8co Pereira - Natural tia Bahia e nascido


pelo meia do do seculo 17°. Delle sei apenas que cultivou as leUras, era
poeta, escreveu e publicou no principio do seculo 18° uma obra que foi
muito estim'lda. isto é:
- Parnaso americano. Lisboa ... - Ferdinand Dénis, que em sua
historia litteral'ia dá noticia de muito poucos poetas nascidos no Bl'azil,
faz menção dest\'l livro •.
60 PE

Pedro NU.ues Leal - Filho de Alexandre Heul'ique Le.ll


e dona Anna Rosa cio Reis Leal e irmão dos drs. Antonio Henrique e
Fabio Nunes Leal, mencionados uesb livro, nasceu na cidade de
Ilapicurú-mirim, do Maranhão, a 22 de agosto de 1823. Em Lisboa.
complet.ou o CUl'SO de humanidades e depois f z o de direito em Coimbra,
onde recebeu o gráo de bacharel. Voltando á patria rlepois de doze
annos de ausencia, foi promotor publico na capital do Mara.nhão, mas
pouco depois de sua nomeação deixon o cargo para se dar ao magislerio
e depois á lavoura da canna no centro da provincia, tudo isto até 1859.
Fez ainda um~ viagem á Lisboa por molestia e em sua volta fundou o
Instituto de humanidades, um d03 m:lis notaveis estabelecimentos ele
educação que temos tido. Actualmente exerce um cargo na Companhia
geral de melhoramentos do Maranhão. Escreveu:
- Regulamento para o Instituto de humanidades no Maranhão.
S. Luiz, 1862,22 pags. in·8°.
- Noções grammaticaes para uso da infancia que frequenta as
escolas do primeiro gráo, extrahidas da grammatica pot'tugueza de
Sotero. S. Luiz ...
- Pat'is na America pelo Dr. Renato. L'3febre, pn.riziens9, etc.,
traduzida da 17" edição franceza. S. Luiz .do Maranhão, 1867, 400
pa~s, in-8°.

- Opusculos de lexicographia. Afflxos da língua portugueza.


S. Luiz - O 3° sahiu em 1894. E' um vocabulal'io Ol,thf)gl'aphico da
língua P01'tt1gtle:;a, obra de incontestaval uti liuade, destinada a exercer
proveitosas fllncções de tira·duvidas, tornando-se indispensavel sobre
a mesa do escri ptOl' portuguez ou brazileiro, que muitas vezes sus-
pende a penna. e intel'rompe o serviço pOI' causo. de um c, de um m,
ou de um f, que lhe parece ou ue mais ou de menos. Este vocabulario
é um guia seguro em taes occasiões. Tenho aiuda noticias das seguintes
obras deste autor, que não sei si foram publicadas ou si conservam-se
ineditas:
- Curso de agronomia de Gaspat'in: tl'n.ducção.
- Curso de philosophia de P. Janet: traducção.
- Manwtl das p3,la vras homopbonas.
- Diccion.wío orthogl\\phico - Na imprensa periodica redigiu:
- O PI·ogl'esso. Maranbão, 1847 - Co~ Fabio Reis, Theophilo A.
C. Leal e A. Rego:
- Re'vista Universal. Mwanhense: jornal littcrarío. Maranhão,
1849 e 1850.
61

Pedro Orsini Gt'i:m.aldi Pereira do Lago -


Filho de Antonio Pereira do Lago e dona Joanna Pel'egrina. Grimaldi
Pereira do Lago, seguindo o fuoccionalismo publico, exerceu um loga.r
de omcial do. Secretaria do governo da provincia. do Rio de .Janeiro
e escreveu:
- Auror.Ls e somln-as : poesias. Rio de Janeiro, 1873, in .8°.
- Ptompto consultor do alistamento para o serviço do exercito a
armada.. Rio de Janeiro, 294 pags. in·go - Redigiu a
- Revista fluminense: semanario noticioso, litterario, scieuliftco e
re~realivo. Rio de J:meiro, 1868-1869, in-fol. peq.

Pedt'o Pa.. ulino da· I< onseca. - Filho do tenente-


coronel Manuel Mende3 dfl. Fonseca e ir:não do dr. João Severiano da
Fonseca, já contemplado neste livro, nasceu na cidade de Alagôas a 6 de.
unbo da 182\). Com pt'aço. no exercito em julho de 1 46, estudou na
antiga escola militar e serviu na arma de artilharia, on'Je se reformou
no posto de 2" tenente. Dapois de inaugur.1da a Republica foi nomeado
coronel honorario do exercito, e governador do estado do seu nas-
cimento e logo depois senador federal por esse estado, tutio na
pI'esidencio. de seu il'mão, o general 1I1:1.nuel Deadoro da Fon3ec~. E'
sacio do Instituto historico e geographico bl'azileiro e do Instituto
arêheologico e geographico alagoano; escreveu:
- Fundaçiio dos conventos de Alagõas. Rio da Janeiro, 1878.
- Mem01'ia dos factos que se deram durante os primeiros annos
da guerra. com os negros quilombolas dos Pcl.lmaras, seu destroço e paz
acceita em junho de 1678 - Na Revista do Instituto historico, tomo 39"
1876, parte 1", pags. 293 a 322.
- Gel'leaZogia de alguma:; tltmilias do Bl'azil, teabalho extl'ahi,[o
das Memorias do conego Roque Luiz da Macedo Paes Leme, revista,
accrescent:vla e annotada pelo dr. Alexandre Jos' da Mallo lVIoraes
( o l°) e por Pedro Paulillo tia Fonseca. Anno de 1878 - O auto~
gl'Jpho de 216 fIs. in-fol. foi por este apl'aselltado na Exposição de
historia patrla de 18:31. Co:neça por um indice de 75 tronco~ geuealo-
gicos,
- Ap011tamentos par,t a biographia de frei João Capistrano de
Mendonça - Na Revi ta de Instituto historico e archeologico alagoano,
tomo l°, pago 247,
- A p"ovincia das Alagàas - No livro «Instituto !listorico e geo-
graphico brazileiro, fundado em 21 ue outubro de 1838, Homenagem ao
Quinquagenario em 21 de outubro ria 1888 », pags, 55 a 60,
62 PE

-Memoria da fundação da igreja de S. Sebastião, primeira matriz


que teve a cidade do Rio de Janeiro, com uin catalogo dos prelados e
administradores da jurisdicção ecclesias~ica - Mans. de 33 [ls. do
Institu lo histOl'ico.

Pedro Pereira de Andrade - Filho do commen·


dador João Pereira de Andrade e dona Fortunata M,\l'ia de Andl'ade,
nasceu na cidade do Rio de Janeiro a 3 de outubro de 1826. Enge-
nheiro constructor pela escola de artes e manufacturas de Paris, de
volta á putria organisou uma companhh de refinação e distiJIação na
capital do Imperio. Nomeado depois engenheiro da provincia de Ser-
gipe, a elle coube a tarefa da construcção dos principaes edificios
publicos da nova capital dessa provincia, a cidade do Aracaju. Lente por
concurso de geometria e trigonometria do Atl.1eneu sergipano, foi
engenheiro fiscal da estrada de ferro de Aracaj ú a Simão Dias. E' offlcial
da ordem da Rosa e escreveu:
- Pequeno tratado da fabricação de assucar, oiferecido ao Exm.
sr. conselheiro Luiz Pedreira do Couto Ferraz, ministro e secretario
de estado dos negocias do Imperio. Rio de Janeiro, 1854, in-8° - Este
trabalho foi mandado imprimir pelo governo e c1is~ribuido pelos fa-
zendeiros.

Pedro Pereira Fel~nalldes de l\'.Iesquita


Nascido no Brazil, não sei. em que lagar, e graduado bach::wel ou
doutor, não sei por que universidarle ou academia, escreveu:
- Relação da conqnista da colonia. Não vi esta obra publicada,
mas sei que foi escripta :em Buenos-Aires em 1778. O Instituto bis-
torico e geographico brazileiro possue delia o manuscripto de 32 pags.
in-foI.

Pedro Pereira da Silva Guhn.arães - Filho de


João Pereira da SJl va Guimarães e natUt'al da antiga provincia do
Ceará, em cuja capital falleceu a 13 de abril de 1876, bacharel em sciencias
sociaes e juridicas pela academia de Olinda, foi deputarl0 geral na
8" legislatura e já fervoroso abolicionista, apl'esentou nessa camara um
projecto de emancipação do ventre escravo, o qual foi rejeitado como
uma extrava~ancia e que annos depois cOllstituiu a lei Rio Branco. Só
conheço de seus trabalhos o:
- Vademeco das poetas, ou collecção de sonelos jocosos, exquisitos,
curiosos e burlescos. Ex tl'ahidos de varios autores. Pernambuco,
1835, in·8°.
PE 63

F rei Pedro da Purificação Paes e Paiva -


Natural ue Pernambuco, religioso não sei de que ordem, e socio d'o
Instituto archeoIogico e geogl'aphico p rnambucano; escreveu:
- DisctwsO lido perante o Instituto archeologico e geograpbico
pernambucano. Recife, 1862.
- Elogio funebre â memoria do in&tal1ador e directores do collegio
dos orphãos. Recife, 1862, in-8°.

Pedro Queiroga lUartins Perei;ra - aturai de


Minas Geraes, sendo abi chefe da 3" secção da secretaria do governo
provincial, escreveu:
- Contmotos celebrados pela presidencia da. provincia de Minas
Geraes para construcção de estmdas de ferro, navegação de rios, es-
tabelecimentos bancarios e outros serviços mediante privilegio, com
garantia de juros ou subvenção kilometrica. Tomo l°. Ouro Preto' •
1882, XXIV·787·19 pags. ia-8° - Não vi o segundo tomo, e sei que até
1885 não foi publicado.

Pedro Ribeiro de Araujo - Filho do major Pedro


Ribeiro de Araujo e dona Joanna de Souza Leite, nasceu na Bahia no
anno de 1835, doutor cm medicina pe!l\ faculdade de sa provincia, gra·
dúado em 1857, apresentou- e logo a dou concursos pal'a lente da
mesma faculdade, foi lente calhellratico de botanica 8 zoologia e 'do con·
selho do Imperador d. Pedro II. Talento robusto, fez sempre brilhante
figura não só entl'e collegas quando estudava, mas tambem no corpo
docente da faculdade de medicina. Escreveu:
- Herançlt . Como se pMe explicar hoje a producção da diabelis ;
Terminação das inflammações ; Qual are polloSabilidade medica ~ Tbese,
etc. afim de obter o gráo de doutor em medicina. Bc\bia 1857, 6 fls.
40pags. in·4°gr.
- A physiot podel'á occupar hoje o logal' que lhe compete sem
conhecer o elemento de f,lrça ~ These apresentada em concurso a um
logar de sub tituto da secção de sciencias accessorias. Rahia, 1878, 27
pag-s. in-4° gr.
- O estudo chimico da ul'Ína interessa ao madico ~ These apresen-
tada em COOCUl'SO a um 10gar de oppositor da secção de sciencias acees·
sorias da Faculdal1e de medicina da Bahia. Bahia, 1859,24 pags. in·4° gr.
- Considerações ácel'c,\ das molestias e tlamnificações, a que são
sujeitos os vegetaes cultivados e meios de remediai-os: these para o
concurso á cadeira de botaoica e zoologia, apl'esentada, etc. Bahia, 1875 I
44·13 pag'. in-4° gl'.
64 FEl

- Discl.wso na abertura da auh. de botanica e zoologia em março


de 1878, mandado imprimil' por seus alumnos em signal Je agl'a']eci-
mmto. Babia, 1878, 15 pags. in-4"- Haoutros discursos seus idenlicos
e outros trabalhos.

Pedro Ribeiro 1\l.oráira - Filho do capitão Joaquim


José Ribeiro e dona Francisca Senborinha do Coração de Jesus, nasceu
a 3 de setembro de 1848 na cidade de Laranjeiras, da antiga provincia
de Sergipe. Tendo feito seus estudos de humanidades na capital da
Babia, abi se forDlOu em medicina no anno de 1873. Foi por algum
tempo cirurgião do exercito, secrelario do governo, director da in-
stl'llcção publica e lente do lyceu cio Paraná, medico da policia nesta
capi'tal, consnl bl'azileiro no Paraguay, Ouessa e F,'ancfort sobre o
Meno. Tendo sido o ultimo presLlente de Alagôas, tOP-'lOU posse deste
c,lrgo exactamente no dia em que se proclamou a republica. Foi in-
spector de hygiene no Pará e é medico das colonias deste estado. Poeta
e jornali:sla, collaborou em estuclante para di versus jornaes d" Bahia,
nos quaes publicou grande côpia de suas poesias. Escreveu:
- Pyohemia e septicemia: these apresentada;i, Faculdade de me-
dicina da Bahia para ~er sustentada em nO\'em bro de 1873, para obter
o gráo de doutor em medicina. Bulda, 1873, 30 rags. in·8'.
- Estudos ~obre a questõe., de immigração e colonisação do es-
tado do Pará. Pará, 1897.
- Escholas agl'icolas da União: rolatol'io aprl3sentaLlo ao Exm.
Sr. dr. Pues de Carvalho, governador do el'ltado tio Pará. B ~lém, 1900,
in·8° - Teste trabalho o autor dá o resultado dos seus e tudos feitos
na COJ11Il'!issão de que (oi encarregado, tle visibr as escholas agricC'las
e Lyceus de artes e omcias de Pernambuco, Bahia, Capilal Federal,
Rio de Janeiro, Miuas, S. Paulo e Rio Grando do Sul.

Pcdl'o Ribeiro Viaolla - NaLural tia capital da. Balda,


falleceu na cidade de Barra Mansa, estado do Rio de Janeiro, a 9 de
agosto de 1894, dirigindo ahi um collegio ele educação, depois de haver
dirigido outro na cidade de Rezende. Escreveu:
- Ebra: roma.nce original. Rio ele Janeiro, 1883, 100 pags. in·8°
- O autor escreveu este romance sem o corrigir, e sem o cOI'rigir o
fez imprimir; é o que posso suppor tle um homem que em rOi utado
dislincto orador e que mais de uma vez orou, de surpr'eza, na loja ma·
çonica de Barra Mansa. Sem duvida por isso, publicou segunda edição
delle em 1890, segl1lldo me consta.
l:E 65

- Misel'ias de uma Viscondessa: rumance - Só o vi annunciado


na capa do precedente.

Pedro Rodrigues Fernandes Chaves, Barão


de QUi\l'ahim - Natul'al d,t provincia do Rio Grande do Sul,falleceu cm
Piza, na Italia, a 23 de junho de 1866. Em !Jacharel em direito pela fa-
culdade de S. Paulo, senador do Imperio, commemlador da ordem da
Rosa e da de Chl'isto. Foi cou picuo magi traJo, subindo até o cargo
de desembargador; deputado por sua provincia antes de ser eleito se-
nador, tomou pal'te activa na politica do paiz, escapando de ser victima
de um tiro que lhe dispararam numa emboscada a 21 de agosto de 1841
quando presidia a provincia da Parahyba, do qual, entretanto, foi fe·
rido. Escreveu:
- Discurso com que o juiz de direito, elc. abriu a pI'im ira sessão
do j ury criminal na viIla de S. Fraucisco de Paula em 19 de fevereiro
de 1833, seguido da falia ao conselho do jury. Rio Grande, 1833, in-8°.
- Discursos do desembargador, etc. na Eessão (da camat'a dos
deputados) de 1848. Porto Alegre p) 1848.

Pedro Rodrigues Soares de Meil'elles - Filho


do consellJeÍl'o Saturnino Soal'es de Meirelle , de quem terei de me
ocêupal', e dona Carolina Leopoldina Reis oares de Meirelles, na ceu
no. cidade do Rio de Janeiro a 19 de setembro de 1849 e ahi fa,lleceu a
8 de maio de 1882. Bacharel em sciencias ociae3 e juridicas pela fa-
culdade de S. Paulo, foi adjunto do promotores publicos ne ta C<'1.pital e
jornali 'ta desde os tempos academicos. Escreveu:
- Gal'las ao Imperador por Diogenes, Rio de Janeiro, 1869, 110
pags. in-8° - Estas cartas foram anteriormente publicadas no jornal
Ypú'anga, de S. Paulo, sob o mesmo pseudonymo. A primeil'a tem a data
de 19 de julho e a ultima, undecima, n. de 9 de novembro de 1868.
- Salão de 1872: bellas-artes. Rio de Janeiro - 'A Reforma de
23 de junho de 1872 em deaute.
- Formação e decadencia da Igreja. A verdade sobre os je uitas:
conferencia publica no edificio do Gl'ande Oriente do Brazil. Rio de Ja-
neiro, 1873, 39 pags. iu-4°.
- Sttperio?"idade do tbeatro grego sobre o theatro moderno: con·
ferencia publica na escola da Gloria. em presença do Imperador. Rio de
Janeiro, 1874 - Ainda estudante fundou e redigiu:
- A Va??gltal'da: jornal hebdomadario. S. Paulo. 1867.
VaI. VIl- 5
66 FE

Peclro Salazal~ l'i:oscozo da Veiga Pessoa-


Filho do dt'. José Mll.t'ia Moscozo da Veiga Pessoa e natul'al de Per.
nambuco, é bachare I em sciellcias sociaes e juridicas pela faculdade do
Recife, formado em 1885. Nomeado juiz municipal de Paracalú ahi
casou-se, fil'mou residencia e tem se datlo ao culti vo das lellras amenas
e ao jot'na.lismo. Jornalisla, dt'amatuI'go, comediogl'apho, romancista,
poeto. e histol'iadol', cultivando todos esses ramos Llos conhecimentos
humanos com distincçào, o dI'. Salazar, póie-se dizei-o, é um brilhante
sem jaça que se foi engastal' nesse torrão aurifero, diamantino, onde
não expandem as oscillações bt'i1ll'1nles de sou espit'ito cultivadissimo.
ESC1'eveU:
" - A C,'tl:T do marlyl'io: dl'am[\, em um pt'ologo e tres actos. Para-
calú, 1888, in-8".
- O almocreve,' dl'ama em quatro actos.
- O solitario ou o vaticinio de Um"l viagem: drama em um Pt'o-
logo e tl'OS [lctos,
-- A filha do bandido ou os phanLasmas da Malta de S. João:
di'ama em um pl'ologo e tres actos.
- O pescador de Olinda: drama em um prologo e Ires actos.
- Os anjos do lar: drama om h'cs actos.
-- Yayâ: comedia em um acto.
"'- A tlol"isla I comedia em um acto.
- O 'Voto livre~ drama em um acto.
'- Uma scena de art'aial: comedia em um acto.
-- O gem-o do estahljadeil'o: comedia em um acto.
"'- Notas li. lapis: comedia em um acto .
.... A 1?mlher romance bl'uzUeiro.
,I

'- O tal' de rosas: romance .


.... Os dous amigos: romance - Estas obras foram publicadas, não
sei si todas, em Pcwacatú.
- Flores mineil'll.s: versos - Siio poesias escriptas de 1893 a. 1896
em 67 pags. in-8° - Na Gazeta de Paracatu, 11. 84, de 6 de outubro de
1895, que tenho à vista, se acham as tres seguintes poesias do dr. Pedro
Salazar:
- O jui~o de Deus, Ao Revm. padre Manoel d' Assumpção H.ibeit'o.
- Canto do poeta. Ao Revm. padre Cyrillo de Paula Freitas.
- Sempre-vivas. A CezarFranco-O (lI'. Pecll'o Salazar redigiu os
sçguintes pel'iodicos:
- Gazela de Pal'acatú, 1893-1895, in-fol. de 4 cols.
- O ta,. catholico. Paracatú.
- Correio catholico, Uberaba, 1900.
PE 67

- Gazetinll(!. Pal'<lcaLú, 1809-1900, in·.J.o de quatro columnas.


- O ,lItro da manhã. Escreveu aiuda:
- .tll'ainha dos sonhos: opereta lyrico-comico-dramalicn. - Que
foi levado á scena com geraes applausos no theatro de Paracatú em
dezembro de 189'J.

Pedl~o Sanches de Len"los - Filho de Franci:;co Au··


tania Guimal'ães de Lemos, e na cido em S, Gonçalo, l\1inas Gemes,
n 29 de junho de 1847, doutorado em medicina pela faculdade do Rio de
Janeil'o em 1872, estaba1eceu-se logo na cida.de de Caldas. Escreveu:
- Epilepsia; Das !l~rauças; Amputação coxo·femural; Os vinho~
como recipientes dos medicamentos: these apresentada à Faculdade de
medicina do R!o de Janeiro, etc. Rio de Janeiro, 1872, 1 fl. 80 pags.
iu-,1° gr.
- Os Poços de Caldas I discurso proferido na festa. de caridade,
que teve logll.r no dia 9 do corrente nos Poços de Catda', na provinchl.
de Minas Geraes (sem declarar o lagar), 1879, 15 pags. in-So.
- As agllas thermaes de Caldas na provincia de Minas Geraes POl'
um medico clínico nos Poços de C,l.!das desde 1873. Rio de Janeirol
1884,64 pags, in·4°.

Pedl'o Severiano de Mag'alhães - Filho de Jose


JOll.c]uim ete Iagalliães, nasceu na chIade da Bahia a 2 de julho de
1850. Doutol' em medicina pela faculdade de sua. provinciu., hoje estado,
ê 1 ute de clinica cil'ul'gica da Faculdade de medicina. do Rio de Janeiro,
lente (ht mesma cadeira da poliolínica geral da. mesma cidade, e lente
lo scienoias pbysicas e mÜUl'aes da escola normal. E' um dos primeiros
cll'ul'giões do Brazil, assim como um dos caracteres mais honestos,
puros da actual geração. Escreveu:
- Symptomas fOl'necidos pelos ol'gãos da circulação j Theoria dos
ruidos do coração; Que juizo se deve fazer das injecções no curativo
dns bydrocelles 1 Cil'culação vegetal: these para o doutol'ado em medi·
oina, etc. Bahia. 1873, 96 pagi;. in-io gr.
- Estudo das colora.ções em hbtologia: these de concurso á ca-
deira de bistologia da Faculdade de medicina do Rio de Janeil'o. Rio de
Janêiro, 18 9, in-4°.
- O chlol'oformio em cirul'gia.. CUl'ativos cirurgicos com chloro·
formio. Rio ue Janeiro, 1883, 18 pagd, in·8°.
- Subsidio pal'a o estudo do myasis. Rio de Janeiro, 1892, iu-8°.
- O bel'fle ; uma nova pilase no estudo do berlle. Rio de Janeiro,
1898, in·8°.
68 PE

- Inte1Togatorio cirurgico. Folha mneumotechnica. para inqui-


rição dos doentes e para servir de guia ao principiantes no estudo da
cliniJa cirurgica, lembraudo-lhes os dados a escolher para historiar os
cams e observações. Rio de Janeiro, 18813,8 pags. in·4°.
- Sob1'e a molestia beriberi. Dissertação inaugural do Dr. Tauna~
tzune Hassimoto de Yeso no Japão. Nurkurgo, 1876: Analyse - Na
Gazeta Medica da Bahia, 1877, pag. li 9 e segs.
- Otomycosis myningonikosis aspergilina de WI'eden - Na Revista
dos cursos pratico~ e theoricos da Faculdade de medicina do Rio de
Janeiro, anno 3°, 1886, n. 2, pago 5 e sego
- A ]Jropo 'ito da correlação mOl'bida entre as parotidas e os ovarias
- Idem, anno 4°,1887, l° emestre, pago 105 e segs.
-" Descripção de uma especie de filarias, encontrada no coração hu-
mano, precedidi1 de uma contribuição para o estudo da fllariose de \Vu-
cherer e do respectivo parasita. adulto, a filaria BancI'ofti ( cobboldi )
ou filaria sanguinis hominis (Lewis) Idem, fevereiro, 1887.
- Notas helminthologicas: I Hermatoides encontrados nos olhos do
gaIlo commum e do pavão. Filaria do Mansoni (cobboldi). II Mon<?-
toma - Na Revista Brazileira de Medicina, anno ln, 1888, pag . 5 a 20.
Sobre a filaria o dr. Magalhães fez os mais serios estudos, como se
demonstra com os trabalhos seguintes:
- O estomago do mosquito servindo de habitação provisoria a filaria
vVucherer ( filaria sangninis hominis )- No P"ogresso Medico, tomo 2n,
pag. 223 e segs.
- Fila1'ia e acaros em um liquido leitoso exudado da. superficie de
uma tumefacção lymphatica do gri1nde labio (elephantiases lympban-
n
guntodes) de Bistowe ( estojo embl'yonario completo em uma das
filarias observadas; presença dos nematoides no sangue da mesma
doeIl'te - Idem, tomo 2°, pago 375 e segs. com uma figura.
- CJ.so de filariose de Wucherer - Idem, pag. 589 e segs.
- Novo acariano - Idem, pago 85 a segs.
- A proposito de um novo aCl\l'iano, etc. Considerações sobre um
artigo do Sr. dr. Silva. Araujo - Idem, tomo 2°, pags. 213 e 241 e
segs.
- Filaria.Y em estado embryonario, encontradas em agua tida por
potavel ( u(.?;ua da Carioca) - Na Ga.eta Meiica da Rthill, 1878, pag. 14
e segs. Foi traduzido em francez e publicado DOS A,'chives de M,)decine
navale, tomo 29°, 1878, pago 313 e segs.
- Noto s oure os nematoirles eo on tr,ulos 00 sedimen to deposto
pela llgua (potaval) da Carioca. Idem, 1878, pago 503 e eg".
PE 69

- Corl'espondenoia scientifica (carta. sobl'e o artigo do dr. Pa·


terson a proposito da fila.riose) - Idem, 1879, pag. 69 e segs.
- O envoluoro membranoso da filaria \Vuchereria - Idem, 1879,
pag. 220 e segs.
- A proposito <la que tão sobre o estojo da filaria Wuchereria -
Idem, 1879~ pago 310 e segs.
- Ainda algumas palavras obre a tllariose de 'Wucherer - Idem,
1879, pag. 537 e segs.
- Chilooele, man i festação da filariose de Wucherer. Applicação
da gliceryna contra esta helminthiase - Idem, 1881·1882, pago 107 e
segs.- Ha ainda trabalhos de te autor em revistas, como:
- Estudo oritioo: theol'ia parasitada do caneer - Na Revista Era-
zileira, 1888, pags. 31 a 69.
- Notes à propos de manifesbtions chirurgicales. Extraites de la
Revue de la ohirurgie, 1892, pago 524 e segs.- Neste escripto o dr. Ma·
galhães aponta lacunas encontradas em uma memoria do dr. Moty,
publicarla nessa Revista em relação ii. symptomatologia das aífecções
cirurgicas, dependentes da filariose e por con egllinte no seu diagnos·
tico; faz importante rectificação para que se não confundam as varizes
1ympbaticas com as beroias epiploicas, eto.
- Subsictio para o estudo das myasis. Rio de Janeiro, 1892,
in·8·.
- Additamento. Subsidio ao estudo dos miasmas: o beme; uma
Dava pbase no estudo do berne. Rio de Janeiro, 1898; iD-8°.

Pedro Soares Caldeira - Nasoido em Portugal a


20 de fevereiro de 1834, veio muito moço para o Rio de Janeiro e
aqui falleeeu cidadão brazileiro a 18 de abril de 1898, no exercício do
cargo de inspector das ma.ttas maritima e pesca. Começou sua vida
publica no jornalismo, tendo SIdo encarregado da parte commeroia1 do
primitivo Diario do Rio de JLtrleil'o, de oode passou para igual cargo
no Jornal do Coml1Ml·cio. Depois de mais de trinta. ann03 de dedicação
ii. impren ê1 entrou 1)ara o funccionalismo publico. Escreveu: .
- Breves considel'açiies sobre o côrte do man"'ue, methodo barbaro
de pesca. e decadencia desta i dU!ltria. Rio de Janeirll, 18114, 46 pags.
in-8° - Este trabalho foi publicado no JOl'nal do Commeroio. Nelle o
autor nota a coincidencia do appaeecimeuto da febre amarella com a
destruição da matta maritima no Rio dil Janeiro e, com outra consi·
derações, acredita que e sa de truição contribuiu para. o máo estado
Ilanitario desta cidacle.
70 PE

Questões de bygicne e alimeota~ão. Côrte do mangue. Salubri·


darle da alimentação. Degenel'ação sanitari(1,. Rio de Janeil'o, 1887,
2 fls.- 49 }l[\gS. in·8".

Pedro de Souza GuiJl1.3rães - Não sei si nasceu no


BriHlil; ó ei que viveu no ~Iaranllã.o at6 a indepcndenci~ do EI'azi!
e qnanuo ahi, escreveu:
Compendio de gl'ammatica da lingu:1 portugueza. Maranhão,
J8 :ti·~.

Pedro~ r.I:'aques de Abnei<la Poes Lemo-


Filho do capitã.o Bartllolomeu Paes de Abreu e dona Leonor de Siq ueira
Paes, nasceu na cidade de S. Paulo, onde foi baptisoldo a 1 de julbo
de J714, e falleceu no mez de janeiro de 1777. Sal'gento-mór do regi·
menta da nobreza, quando contavn. 23 annos de idade, passou ás
minas de Goyaz onde Coi incumbido pelo govemador d. Marcos de Q.
ronho. de crear a intendencia para cobran~a da real capitação nos ar·
raiaes do Pilar e Crixás em 1750, augmentantlo, em dous annos de
serviço, o rendimento da mesma em ma.is de vinle mil oitav:1s de
ouro. Nesses arraiaes serviu ao mesmo tempo de provedor dos de-
funtos e outros cargos e, de volta á cidade de seu nascimento, serviu
o cargo de guarda-mór das minas de ouro. Occupou-se com a mais actiVa
dedicação a: esludos .historicos e geogl'aphicos. Escreveu:
- N obilial'chia paulistana: genealogia das pri nci paea familias ele
S. Paulo - Foi pulJlicarla n:1 Revista do Instituto historico, tomo 3~",
pags. 175 a 200 o 209 a 261; tomo 33", parte 1", pngs. 5 a 112 e 157 a
240; mesmo tomo, parte 2", pags. 27 a 185 e 249 a335 ; tomo 34", parte I",
pags. 5 a 115 e 141 a 253; mesmo tomo, parte 2·, pags. 5 a. 46
e 129 a 194; tomo 35", parte P, pags. 5 [1,132 e 243 a 384; mesmo
tomo, parte 2·, pags. 5 a 79. Abrange, portanto, esta obrn. 1.183}lags.
Pertencia o l1utographo ao Visconde de S. Leopoldo e Coi por seu fllho
o bacllarel.Tosj Feliciano Fernandes Pinheiro doado ao Instituto.
- Hislol'ia da capitania de S. Vicente desde :1 sua fundação paI'
Martim AO'onso de Souza, em 1531, etc., cEcripta em 1772 -Na mesma
Revista, tomo 9", pags. 137 a 179, 293 a 328 e 445 a 476. Este trabalho
foi achado por 1\'lanoel de Araujo Porto Alegre, depois Barão de Sauto
Angelo, em um convento do Rio de Janeiro, em estado de ruina tlll,
que em pouco lempo mais ficaria. completa.mente perdido.
- Noticia historicn da expulsã.o dos jesnitas do collegio de
S. Paulo idem, tomo 12", pags. 5 a 40.- Existia o autographo es-
PE 71

cl'ipto em 1768 no convento de Santo Antonio da curle, do qual foi ex-


trahida a cópia por M. da Araujo Porto Alegl'e.
- Illf01'maçãos sobre as minas de S. Panlo e dos sertões de SU[l,
capitn.nia, desde o anno de 1587 até o presente, de Ii12, com relação
chronologica d03 administradores dessas, regimentos, e jurisdlcção a
elles conferida, etc,- O ol'iginal, de 113 follus in-fol., foi apl'esentac!o
por d. Anlonia R. de Carvalho na exposição de historia. patria. de
1880,

Pedro ThoJUQ,z de Queiroz Ferreira - Filho


de João Tl!omO,z Fel'reira, nasceu a 5 de setembro de 185' no Ceará,
e bn,charel em direito pela faculdarle do Recife, foi juiz de direito,
mem bro do tribunal da relação da Fortaleza, e chElfe de pol lcia. do
Ceará. E' mômbro da Academia cearense, distincto litterato, jornalista
e jurisconsulto, Escreveu:
- Est«dos litterarios, Finalidade do mundo de R. de- Farias
Bl'ito .... Na Revista da Acadomia Cem'ense, de que é collaborador,
tomo 3°, pu'" , Oô a 112,
- Palavr.,s de poli tioa oriminal: estndo sobre direito penal -
No CCa?'ultlusl1'ado ele 1894.

Pedro Tito Reg·js - Filho de João Honorato Francisco


Regis e nascido na capital da Babii1 a 4 de janeit'o de 1823, falleceu no
Paraguaya 17 de junho de 1866, doutor em mec1idna pela faculdade de
sua provincia, primeiro cirUl'gião elo COl'pO de saude do exercito e clinico
ger.-l1menle estimado por SUiI,S bellas qualidades, Era cavalleiro da
ordem de S. Bento de Aviz e condecol'ado com a medalha d,J,clmpanMa
de Monte Caseros. Escreveu:
- Duas palavras sobre a pl'ovincia da Babia, ou breve memoria
sobre S'lU clima e molestias que mais frequentemente ncommettem
seus habitantes: tributo acndemico para o doutorado em medioinll,
apresentado e sustentado pera.n te a Faculdade de medicina da Bahia,
etc. Bahia, 1845, 40 pags. in-4° gor.
- O bicho da Costa - foi publicaLlo ·no MtlSaico, periodico da so-
ciedade Instructiva da Bahia, tomo 2°, pag • 259 a 261, nssignado
pai' K. e depois no Al'chivo lIIdico Bl'a..ilcil·O, tomo 3°, 1846·1847,
pag. 237 e segs.

Pedl'o 'rorquato Xavier de Brito - Filho do


marechal de campo Joaquim Norberto Xavier de Brito e dona Eugonia.
j\1aria Baebosa MqI'ine1li, nasce~ ~o Rio ~e J,J,ne!I'O a 26 ele fevereirq
72 PE'

de 1822 e falleceu a 3 de março de 1880, sendo bacharel em mathe·


maticas pela e~cola central, brigadeiro reformado do exercito, cavaI·
lei 1'0 da. ordem de S. Bento de Aviz, socio do Instituto historico e
geographico brazileiro, e fundador 110 Instituto polytechnico. Fez todo
o cur"o da antiga academia militar, onde matriculou·se a 3 de março
de 1837, sendo·lhe, por isso, concedido contar como tempo de serviço
militar o decorrido desde essa data. Nomeado 2° tenente do corpo de
engenheiros a 2 de dezembro de 1839, serviu sempre neste corpo e
exerceu varias commissões, como as de ajudante e depois chefa do dis-
tricto das obras publicas da província do Rio de Janeiro, engenheiro
fiscal das obras da colonia D. Francisca em Santa Catharlna, archivista
do archivo militar e membro da commissão de exame da carta geral do
lmperio. Col1aborou no Indioador Militar, publicando alguns artigos
sobre o uso de diversos instrumentos topographicos e escreveu:
- Notioia historica, geographica e estatistica da Republica do Pa-
raguay, extrabida dos escriptos mais modernos. Rio de Janeir~, 1865,
in·8" .
.- Instruoções para a collocação dos guarda.raios nos edHicios pu-
blicas e particulares: memoria apresentada ao Instituto polytechnico
brazileiro. Rio de Janeiro, 1869, 8 pags. in-4" gr. com I esl.
- Instrucções sobre o reconhecimento dos rios para uso da escola
de applicação do corpo de estado·maior. Rio de Janeiro, 1873,21 pag .
in-8" com I est.
- Monographi' da nova carta topographica da França, seguida de
uma noticia. sobre a continuação das operações geodesicas, que presen-
tqmente se executam neste paiz, extrahidas de varios escriptos publi·
cados ultimameute, etc. Rlo de Janeiro, 18N, 14 pag·s. in·4".
- Notioia sobre o catalogo dos documentos cartogmphicos, dos
livros e instrumentos de engenharia que constituem o deposito geogra·
pbico do archivo militar. Rio de Janeiro, 1878.
- Notioia bistorica do Paraguay .•.
- Historia da lithographia apresentada e offerecida ao ... fiscal
da o/Ilcina lithographica do arcllivo militar. Rio de Janeiro, 1878-
Antes disto escreveu o autor na Revista do Instituto:
- Noticia ácerca da introducção da arte Hthographica e do estado
de perfeição em que se acha a cartographia do lmperio do Brõzil- No
tomo 33'), parte 2", pags. 21 a 25 - O Instituto possue o autograpllo.
- Memoria sobre o assedio e rendição da praça da colonia do San-
tissimo Sacl'amento em maio de 1777 com um mappa - No tom 39°,
1876, parte 2", pags. 277 a 320.
PE 73

- Memoria historica e geographica ela ilha da Trindade, etc. -


No tomo 40°, 1877, parte 2', pags. 249 a 275, seguida. de varias plantas.
Hlt varias cartas deste autor, sendo impressas as seguintes:
- CartJ, da provincia do Espirito Santo, orgaillsada. segundo os
trabalhos de Freycinet, Spix e Martins e Silva Pontes, IH54, Litbo-
graphia do archivo militar - Braz da Costa Rubim nas suas Memorias
historicas e documentadas da provincia do Espirito Santo, impressas na
Revista do Instituto, tomo 24°, pags. 171 a 351, diz que esta carta con-
tém muitos erros (vêde a pago 318 ).
- Carta das Republicas do Paraguay e Uruguay e parte das pro-
vincias do Imperio do Brazil e da Confederação Argentina, que lhe são
confinantes, traçada segundo os documentos mais acreditados, etc. Rio
de Janeiro, lithographia Pinheiro & Comp. - Houve logo segunda
edição mais correcta na mesma otI:icina, e depois outras.
- Nova carta cllo'rog"ophica do Imperio do Brazil,reduzida pelo ba·
oharel, etc., da que foi confeccionada pelo coronel Conrado Jacob de
Niemeyer e outlOS of:Iiciaes engenheiros. em 1856. Lithographia do ar-
chivo militar, 1867.
- Monographia da nova carta topographica da França, otrerecida
ao Exm. Sr. conselheiro João José de Oliveira Junqueira. Rio de Ja·
neiro, 1874, in-8°.
- Planta do perimetro da cidade do Rio Grande do Sul com o
plano das forlificações projectadas pelo major de engenheiros J. de V.
Soares de Andrea. e levantada pelos tenentes de engenheiros P. T. X.
de Brito e C. J. Passo '. 1849. l'u,71X6 m ,675. O dr. Xavier de Brito
foi um dos redaotores da Revista do InstitutoPolytechnico Brazileiro.
Rio de Janeiro, in-4°.

Pedro Velloso Rebello - Filho de João Francisco


Velioso RelJello e dona Carolina Sergio Velloso Rebello, nasceu na ci-
dade do Rio de Janeiro a 4 de dezembro oe 1834. Bacharel em lettL'as
pelo antigo collegio Pedro II e em scieneias sociaes e juridicas pela
faculdade do Recife, foi advogado nesta capital e na cida.de de Campos,
onde leccionou pbilosophia e inglez no collegio S. Salvador, de que
foi tambem vice·director; procurador dos feitos da fazenda, director
de secção e director geral do ministerio da instrucção, telegraphos e
correios; director geral da instrucção publica do ministerio da justiça
e negocios do interior e occupa actualmente o'cargo de director do
archivo publico nesta cidade. Escreveu:
- A mulhe,': estudo - E' uma serie de artigos publicados na Lua;,
periodico scientifico, littel'aI'io, quinzenal, redigido por F. B. Castello
Branco, J. B. de Lacerda Filho e J. A. Teixeira de Mello. Campos, tomo
74 PE

lo, 1874. Este trabalho não foi cOllcluido por interrupção da publicaçiio
do cilado p riouico. Nesse estudo o autor consid ra. a mulher em
diversas condições e ef;lados.
- Apl"lJciaçLIo sobre os trabalhos do Emilio Castellal', No Monilo)'
Campista. Campos, 181, ..
- Relatorio apresentauo ao miuistel'io da justiça o negocias inte-
riores pelo director do.archivo. publico nacional em 1899. Rio de Ja-
neiro, 1899, 12 pllgs. iu-8°.

Pedro Verg'ne de Abreu - Filho do dr. Luiz Jaciulho


Vergue de Abreu e bacharel em scieucias sociaes e jul'illicas pela facul-
dade do Recife, ti ati vogatlo, lem representado seu eslado ua aS5embléa
estadoal e na camara dos deputados federaes e escreveu quaudo cursava
o terceiro anuo desta faculdade:
- Con{e)'encia abolicionista. Recife, 1882,25 pags. in-8°.

Pedro Vioente de Azevedo - Filho de José Vicellte


de Azevedo, é natura.l de S. Pcl.ulo, em cujn. ftwuhlacle se bacharelou
em 1866, recebendo o gráo de doutor em 1878. Foi depulado provincial
em varias legislaturas, procurador fifc.\! provincia.l apre idente do
Pará, Pernambuco, Minas e S. Piwlo. Além dos clivel'sos relatol'ios
que publicou, escreveu:
- Dissertaçao e theses para obter o gl'áo de doutol" etc. S. Paulo,
187H, in-4°.
- A' N(tçüo: maniresto. R.io de Janeiro, 1892.
- HalJeas-corpus. Rio de Jalleiro, 1892.
- A questtio P,\caembú, intentada contra bens mUl1lClpaeS, apl'e-
seutada ao Tribunal de Justiça de S. Paulo. S. Paulo, 1809 - De seus
trabalhos na vida ndministrali Vil. citarei:
- Relatorio apresentado á AssemblEia. legislativa pI'ovinci:l.l na
I" sessão da 19' legislatura pelo pr sidente da pl'ovincia do Pará.,.
em 15 de fevereÍl'o de 1874. Pará, 1874, 1n-4°.
- Rela/m'io apresentado á Assembléa legislativa de Minas Geraes
por occasião de sua inslallnção em 9 de setembro de 1875, pelo, ..
pl'esidenle da provincia. Ouro Preto, 1875, iu·4".
- F(llia que dirigiu ti. AssemblEia pI'ovincial da Pernambuco, etc.
Recife, 1886.
- Relatol'io com que entregou a atlmiuislração, E)tc., ao dr. Igllacio
Joaquim de Souza Leão. R.ecife, 1887.
75

Pelino Joaqniru dn Costa Guedes - Filho de


J03é .Toaqnim de SOUZ[\ Gued~3 e dona Anna Brizilla da Costa, nascido
no. provincia, hoje estado tle Pernambuco, a 2 de fevereiro de 1858, "
bacharel em direito pela faculdade de S. Paulo. Logo depois de gra·
duado foi nomeado professor de POl'tllguez da escola normal de S. Pil.ulo
e mais brde professor de pedagogia da antiga escola normal da côrte.
Exercia o lagar do primeiro offlcialda secretaria dos negocias do interiol'
e justiça, que foi obrigado a abandonar Da administração do general
Florinno, voltando a occupal-o de novo no governo do dr. Prudente de
Moraes. Intelligencia brilhante e cultivada pelo estudo, escreveu:
- Sombras: poesias. Recife, 1870.
- NH'vcns esparsas: poesias.
- Saudades do sertão. Rio de Janeiro, 1899,43 pags. in-8".
- Discw'so proferido no decennio de Castl'o AI ves. S. Paulo, 1881,
in·8°.
- Discun:o proferido por occasião da manife tação academica do
conselheiro Manoel Antonio Duarte de Azevotlo. S. Paulo, 1881, in·8·'.
- Disctwso oficial, proferido no sar:i..o lilterario do real Clllb
Gymnasi.ico portuguez na noite de 8 de março de 1881. Primeiro cente·
nario do Marquez de Pomba1. S. Paulo, 1882, in·8".
- A Escola. Biographia de Amal'O Cavo.loante, Ministro da Justiça.
~io de Janeiro, 1897,48 P gs. in·4°.
- O Mil)'echaZ Biltel1court, a victima do dever. Rio de Janeiro,
1898, in-8" - E' um livro de mais de tiuzentas paginas, precedido do
retrato do mallogrado e glorioso general, a. auja memoria é ofi'erccido.
E' dividido em quatro partes: O Marechal de ouro; O attentado i O'
generaes; A apolheose. Qua.ndo estudante de direito foi um dos re-
dactores dos periojicos:
- A Republica: orgão do club republica.no academico. S. Paulo,
1879, in-fol.- Esta. folha teve antes outL'OS rellactores, enlre os quaefl
Mttl1ltães Campos e Julio de Castilhos.
- Gt;etncla Tarde. S. Pl\ulo, 1881.
- Yl'i1'arl(J l. S. Paulo, 1882.

Petb.ion <.le Villar - Psemlonymo de Egas Moniz Barreto


de Aragão - Filho do dr. Francisco Moniz Barreto de Aragão e dona
Anna Lacerda Moniz tle Aragão, nasceu na Ballia a 4 de setembro de
1870. Doutor em medicina pell. f,lCultlade de sua provincia, tendo es-
tudado algumas materias além das exigida' para o curJO metlico, foi
nomeado lente substituto de fL'ancez do Gymnasio ba.hiano no mesmo
aIlDO de seu doutommento e em 1900 lente de (\l1en~ão do II!eSIUQ Gynb
76 PE

nasio. E' socio do Instituto geographico e histOi'ico da Bahia, do Gremio


beneficente dos professores; cuUi va a poesia e a musica, de que tem
varias composições; tem coll3.boraclo para revistas e periodicos da
mesma cidade e de outras e redigiu:
- Revista .4.cademica. Bahia, 1891 e 1892- Desta revista foi elIe
o fundador e redactor-chefe.
- A Renascença: revista litteraria. Bahia, 1894-1895, in·fol. peq.
de duas columnas- Ahi teve por companheiros os drs. M. J. de
Souza Beito e P. J. de Barbuda. Escreveu:
- These apl'esentada, etc., afim de receber o geáo de doutor em
medicina. Dissertação: 8yntbese da medicina (cadoirn, de pathologio.
geral). Peopo ições: Tres sobre cada cadeira do cnrso medico-cirurgico.
Babia, 1895, XIl·350 pags. in-4°.
- Quad1'os da guerra civil (Paraphrase ) - 1 fi. in-fol. ele duas
columnas sem data. De seus trabalhos na imprensa periodica mencionarei:
- Edward Gryeg e seu estylo - Na Renascença ns. 1 e 2.
- Estudos sobre a mu ica allemã. Sebastião Back - Idem n. 31
a proseguir.
- Estudos ct·iticos. Exposição M. Grün - Idem ns. 32, 33 e 34.
- A musa da historia - Na Revista Popular, ülem, n. 1.
- Litteratura alleman - n. 3.
- Albl'echt von Haller, sua vida e suas obras: sorie de trinta o
quo.tro artigos no Diano de Noticias. Bahia, 1899.
- As memorias de Bismarck: serie de vinte e seis artigos no
Diario de Noticias. ~abia, 1900.
- Coprophagos e sacrílegos: serie de artigos, sob o pseudonymo de
Parsifal, na Cidade do Salvador. Bahio., 1898.
- EiCcellencia e universalidade da cultura germanica: discurso
pronunciado a 10 de março de 1900 por occasião de tomar posse da
cadeira de língua allemã. Bahia, 1900, 28 pags. in-8".
- Lyra moderna: versos originaes e versões dos principaes poetas
europeos, contemporaneos - fazendo assim conhecidos poeta mui dis-
tinctos. Secção publicada duas vezes PDr semana no Dittrio de Noticias
da Bahia de 1891-1895 e as secções:
- Humo)'ismos: prosa - No mesmo periodico.
- Perfis: sonetos - Idem, 1893·1894.
- Pontos de reparo: critica litteraria - lLlem, 1894.
- Suprema epopea : synthese Iyrica, escripta em commemoração ao
4° centenariQ da descoberta do Brazil. Bahia, 1900.
PR 77

Philadelpho Augusto Ferreira Lhna - Nas-


cido em Pemambuco, com praça DO exercito em 1848, fez o curso da ano
tiga academia militar e bachar_el em mathematicas, serviu no corpo de
engenheiros, e foi reformado a 3 de feTel'eiro de 1890 com o posto de
brigadeiro. E' Cll.v'111eiro da ordem:da Rosa e da de Christo, e escreveu:
- Pequeno curso de chimica agricola por F. Malagutti, traduzido
do francez. Rio de Janeiro....- E creveu mais um livro de
- Poesias - de que não po so dar noticias, porque confiando ao
autor o que havia escripto a seu respeito para. corrigir o que fos e pre·
ciso, nunca pude obler o lrabalho por mim feito, que era o complemento
do que agora escrevo DO momento de entrar DO prélo.

Phila<lelJPho da Silva Castro-Natural deS. Paulo,


foi ahi ueputado provincial. Na cidade do Rio de Janeiro fez parte do
corpo commercial e foi fiel do deposito da typogl'aphia nacional, durante
o governo monarchico, e no republicano foi mordomo do presidente dr.
Prudente de MaNes. E' oficial da ordem da Rosa, cavalleiro da de
Christo e commen lador da de N. S. da Conceição de Villa·Viçoza de
Portugal. Escreveu:
- Creação do Monte-pio provincial ( de S. Paulo): di cursos pro-
feridos nas ses'ões da Assembléa de S. Paulo, de 18 e 23 de maio de
1881. S. Paulo, 1881, ia-S/).

Philog'onio velino Jucuncliano de Arauj 0 -


Natural da antiga provincia de Alagõa , falleceu na capital do actual
estado em 189·1. .. endo professor publico jubilado de primeiras lettras,
foi inspector do consulado provincial e deste cargo passou 0.0 de in-
spector da thesouraria. No professorado escreveu:
- Compendio de arithmetica. Maceió - Não vi este compendio,
mas sei que foi adoptado paro. as aulasde instrucção por muitos annos.

Philogonio Lopes Utínguass'ú. - Filho do phar-


maceutico Benjamin Cincioato Utioguassu e dona Ernesta. Maria Utin-
gua Ú, nasceu na cidade da Bahia a 20 de dezembro de 1854, falleceu
no Rio de Janeiro a 13 de março de 1898. Doutor em medicina pela
faculdade desta cidade, foi preparador de physiologia e depois lente
substituto da mesma faculdade. Serviu algum tempo 00 corpo de saude,
hoje repartição sanitaria do exercito, e era membro da Academia im-
perial, hoje nacional de medicina. E creveu:
- Do tl'atamento e diagnostico das diver as foemas de febres per-
niciosas, que reinam no Rio de Janeiro; Do infanticidio; Operações
18 PL

reclamadas pelos estreitamentos da ul'ethl'a; Lesões ol'ganicas do co-


ração: tbese apresentadn. ii. Faculdade de medicina do Rio de Janeiro,
etc. Rio du J<w<.Jiro, 1 77, I LI. 106 pags: in-4°gr.
- Dos actos ,'c/tcxos: tllese de concurso ao Jogar de lente slIbsti-
tut')·di\ 4' serie da Faculdade de medicina do Rio de Janeiro. Rio de
Janeiro, 18\)3, in-4°.
- Da tCl'elJinthina, sua acção physiologica e lherapeulica: memo-
l'ia apresentada a Academia impel'il1J 'de medicina, etc. 1878 - Foi pu-
blicada nos Annaes da. mesma Academia, vol. XXX, 1878,187\), pags. 54,
136 e 242 e sega., servindo-lhe de titulo pal'J. sua admissão como sacio.
- Ctlrso de 1sycho10giu. experimental, feito no Laboratorio da.
FacllldRde de medicina do Rio de Janeil'o - Na Revista dos cursos
'praticas e theol'icos, anno l°, semestre l°, 1887, pago 21 e segs.
- Considerações ácel'ca das causas do augmento das affecçõ s
cardiacas vu.sculares pel'aute a Academia imperial de medicina, etc.
Rio de Janeiro, 1887, 26 pags. in-8°.
- B,'eves con.~icle,·ações sobre a febre amarel1,\. Rio de Janeil'o,
1886, 26 pags. in·4° - Com igual titulo pul.Jlicou um trabllllo nn. Ga-
zeta dos HosjJi!aes, 1883, pags. 59, 101, 135, 168, 208 e segs.

Placido de Abreu. Moraes - Filho de João Augusto


do Abreu e il'mão de Carlos Albedo de Moraes, de quem me occupei,
nasceu em Portugal a 12 de. mal'ço de 1857, e cidadão brazileiro, fal-
Ieceu em fevereiro de 1804 no Rio de Janeiro, arcabuzado pOl' adherir
ii nobre revolta da esquadra para llue o marechal Flol'iil.uO governasse
com Di lei. No Bl'azil fez sua educaçKo Iitteral'il1, esteve empregado em
uma casa commel'cial, e depois de 1icou-se á arte typogl'aphica. Cultivou
com esmel'o as Iettras, foi distincto poet:1 e republicano exaltado, sendo
até accusado de tentar contra a vida do Imperador d. Pedro Ir. Es-
creveu:
- O maldito: scena dramaliclL. Rio de Janeiro, 1877, in-8°.
- Umpol'/uguez honmclo: romance por Pompêo Steel (p3eudo-
l1ymo). Rio de Janeiro, ia-8°.
- Timidos cantos: poesias dedicadas ao lllm. Sr. Dr. J. Fel'reira de
Menezes. Rio de Janeiro, 1878, in-8°.
- A republicl. dos c:l.1oteiros : comedia em dons actos, dedicada ao
actor, F. Corrêa Vasques. Rio de Janeiro, 1878, in-8".
-A cl'apulal pooma relLli ta, dedicado ao Illm. Sr. Dr. Lopes Trovão,
Rio de Janeiro, 1 80, in-8°- Possuo a seguinte relação de tl'abalhos
iueditos que deu-me o autor em 1882 e que não sei si foram publicados:
- GalJ"ieUa : romance.
PL 79

- Amol" e mal'eyrio: roma.nce.


- Tios e sobl'in!tos : comedia,
- A luta dos vicios: poema.
- A queda dos povos: poema - PJacido_d~ Abrc'lU collalJorou com
artigos litterarios e poliLicos para vilrios jornaes no tempo d" monar-
chLl. De seus trabalhos em revisLa ci tarei:
- Combate dos inslínctos: ode (L Mathi3s de Cat'villho - No
Â1'chivo ontempol'aneo illustrado, anno l°, 1889, n. 3.

Placido Antonio" Pereil"H. de Abreu - Pai do


dr. E<!Ulll\lo Augusto Pereira do Abreu, meucionado nesto livro, com·
menrlador da Ordem de Christo, foi thesoureiro da ca a imperial o já
exonerado lleste cargo, consideranlo·so accusádo por actos occoL'rldos
no exercício do mesmo cargo, escI'ovou:
- Rep,'e'entaçao á assembléa gel'al legislati va, defendendo·se de
uma accusação que lhe fÔl'a feita no relatorio elas contas apresentadas
pelo Marquez do Jtanhaem, correspondentes ao anno fiuanceit'o de
183J·1835. Rio de Janeil'o, 1835, 8 pags. in-8°.

Placido Nunes - Natural daBahi.a, foi alumno do coHegio


• dos jesuitas, onde tomou o habito da ordem e foi reitor do mesmo coi·
'Iegia n" cidade ele seu lla~cimento. Foi llistincto prégadol', mas de seus
sermões só conheço:
- Oração (M/lebre nas l'eaes exequias da magestade fidelissima do
muito alto e podeL'oso rei o Sr. D. João V, celebrada na cathedral da
Bahh\ de Todos os Santos a I I do novembro de. 1750. Lisboa, 1752, in·4°
- Houve segunda. edição, lambem de Lisboa, 1753, in·fpl.

Plinjo de ~.Iag·allJ.âes Costa - Filho do dr. Alvaro


Antonio da Costa e lla!cic1o na. Bahia a 24 de janeiro de 1872, é bacharel
em direito pela faculdade do Recife e escreveu:
- Critica. Clovis Bevilaqua e sua obra de crIminologia e rlireito.
Jose Maria da Fonseca Magalhães, editor. Bahia, 1896, in-8° - Nojornal
A Bahia, all110 2°, 1897, n!. 543 a M5.

Poluceno Pereira da Silva. ~J:anoel- Rabil de·


senhista, mestre de desenho do Imperial colIegio PedrQ 11, hoje
Gymoasio nacional, e do Lycêo de artes e omeios, agracia.do com o
officialato da ordem da Rosa, escreveu:·
80 PO

- Desenho linear geometrico. Rio de Janeiro, 200 pags. in-8°,


com 232 tlgUt'as - Parece-me que publicou mais:
- Noções pl'aticas de geometl'ia, compiladas, etc. Rio de Janeil'o,
in-8°, com 23 figuras.

Polycarpo José Dias da Oruz - Filho de Fran-


cisco de Menezes Dias da Gruz e irmão do dr. Francisco de Menezes Dias
da Cruz, de quem já me occupei, nasceu no Rio de Janeiro e ahi fal-
leceu a 9 de outubro de 1865. Exerceu o magisterio primario nesta
capital, -leccionando no collegio S. Sebastião. ~screveu:
- Compelulio de grammatica portugueza. Rio de Janeiro 1853-
Este livro teve diversas edições, todas do Rio de Janeiro, sendo a ter~
- ceirade 1863, a quartado 1865 easexta de 1879. A quarta edição,
publicada no anno do fallecimento do autor, tem paI' titulo:
- Compendio de grammatica portugueza, corrigido e emendado
de accordo com os bons prC'fessores publicos da côrte, por lI.utorisação
do Exm. Sr. conselheiro de Estado, director da instrucção publica,
para uso das escolas publicas deste município, etc. Rio de Janeiro,
1865, 107 pags. in-So.
I

Polycarpo Lopes de Leão - Natural da Babia e


filho de João Lopes de Leão, falleceu na provincia do Maranhão a 4 de
setembl'o de 1882, bflcharel em sciencias sociaes e jurídicas pela Facul-.
dade .de Olinda, desembargador aposentado com as honras de mi-
nistro do Supremo tribunal de justiça, do conselbo de sua magestade o
Imperador, membro do Instituto da ordem dos advogados bl'azileiros, etc,
Seu ultimo cargo de magistratura. foi na Relação da côrte e depois disto
exerceu a advocacia. Celebrou um contracto com o governo imperial,
como adeante se verá, para importação de emigrantes do norte da
Europa e escreveu:
- Oomo pensa sobre o elemento servil o doutor Polycal'po Lopes
de Leão. Rio de Janeiro, 1870,40 pags. in·4°.
- Considerações sobre a constituição brdozileira. Rio de Janeiro,
1872,42 pags. in-4°.
- Pleito Mauà e memorial analytico por parte da Companhia da
E. de F. de Santos a Jundiaby (S. Paulo Railway C. Jimited). Rio
de Janeiro, 1877,33 pags. in·4°.
- Breves reflexões sobre o que nesta côrte tem-se publicado em
favor do Visconde de Mauá ácerca da demanda que o mesmo traz
coutra a companhia de E. de F. de Santos a Jundiahy. Rio de Janeiro,
1877, 56 pags. in-4°.
PO 81

Contracto celebl'ado entee O governo imperial, o de<embargador


Polycarpo Lopes de Leão e o doutor Egas Muniz Barreto de Aragão
• para importarem çmigl'antes do norte da Europa. Rio de Janeiro
1872, in·8°.

Polycarpo Rodrigue@ Viot;t.i -Filho de Francisco


Viotti, e nascido em 1843 na provincia, hoje estado ele Minas GJraes, é
doutor em medicina pela faculdade do Rio de Janeiro e escreveu:
- Du. cephalotripsia e suas indicações j Diagnostico da febre ama-
relia e seu tratamento; A,lbuminuria na prenhez; Applicação da
electricidade na thel'apeutica.: these apresentada á Faculdade de medi-
cina do Rio de Janeiro, etc. Rio de Janeiro, 1871,2 fis., 40 paga.
in·4° gr.
Aguas mine'faes de CaxambU. Rio de Janeiro, 1886,32 pags.
in-4°.

Pol~rcarpo Teixeira de Al.tneida Queiroz -


Natural de Pouso Alegre, em Minas Geraes, estabeleceu resirlencia em
Campinas, no actual estado de S. Paulo, e ahi falleceu, sendo fazen-
deiro. Escreveu:
-- Transformaçiio do trabalho. Campinas, 1889,235 pags. in·8·' -
Nc te livro o autor censura acremente nossa imprensa e 03 jornali tas
em geral por c fazerem-se echo daí! ca.lumnias levantadas pelos europeus
contra os filhos do Extremo Oriente». Foi um dos redactores da
- Opiniiío Liberal. Campinas, 1881, in·fol. - Seus companheiros
de redacção foram os doutores Jo'1o Egydio de Souza. Aranha e Carlos
Norberto de Souza Aranha.

Polydoro Xavier de l\i:oraes - Filho tIe Fl'ancisco


Xavier de Mornes e natural elo Pará, fez o curso de pharmacia na fa-
culdade de medicina do Rio de Janeiro, concluind~·o em 1868. Es-
creveu:
- DisCllrso proft:rido no dia da prestação tlo juramento dos phar-
maceuticos em 1868. Rio tle Jn.neiro, 1868, 8 paga. in·8° - Foi um dos
redactores da
- AW'Ol'(L Academica: perioJiclJ slientifico e litteral'io. Rio de

Janeiro, 1866, in·fl. peq.

POJUpeu Ferr ira ela Pont;e - FilllO de Ma,nnel Fer-


reira da Ponte, nasceu na. antiga. província do Geará a 9 de fevereiro
de 1854 e ahi falleceu; em Caninllé, pelo mez rle novembl'o ele 1885,
Vol. VIf - ()
8~ PO

sendo engenheiro civil pela e cola polylechuica do Rio de Janeü'o.


Escreveu:
- EnSaio sobre a irrigação agricola na provin-cia do Ceará. Rio.
de Janeiro, 1884 - O ,\Utor se refere ao emprego da agua do sub-solo
das vargens dos rios pa.ra a irrigação agricola, elevando-a por meio
de bombas movidas por moinho de vento, e construcção de um grande
açude sobre o rio POLyparu da cori1arca do Principe Imperial.

Ponciano Barreto l:<-'erreira Souto - Capitão


honorario do exercito par decreto de 21. de abril de 1870 em con e·
quencia de serviços voluntarios prestados na campanha contra o Pa-
raguay, e condecorado com a medalha da mesma campanha. ~screveu:
- Bata,llta do Avahy: poesia. Rio de Janeiro, 1878, in-12n •

Praxedes Costa - Natural do Rio Grande do Sul, sei


apenas que cultiva a poesia. e que e Cl'eveu um volume com o titulo:
- Melodias: poesias. Rio Grande do Sul, 1886, in-8°.

Presalindo Lery Santos - Nascido em S. Paulo,


passando para Santa Catharina, ahi casou-se e foi professor ou dirigiu
um collegio de educação. Dedicou·se sempre aos estudos dos homeo il-
lustres do Brazil e á causa. da extincção do elemento escravo. Escreveu:
- A esc1"avidão no Brasil. Ro de Janeiro - Não vi a primeira
edição, mas s6 anova. Pernambuco, 1871, 47pags. in-8°. Neste livro se
pugna pela emancipação, tendo por base a libertação do ventre escravo.
- Ourso elementar de geographia moderna. 1" edição. R.io de Ja-
neiro (sem, data) - Nunca vi segunda edição.
- Epitome da historia do Brasil. Rio de Janeiro, 1876, 66 pags.
ln·So - A segunda edição foi publicada com o titulo de
- Resumo da historia do Brasil, çlividido em pequenas lições face is
e inlelligiveis, feito por J. G. de Azevedo. Rio de Janeiro, 1876, in-8°.
- <Jontemporaneos do Brazil. Traços l.)iogl'aphicos de alguns
•homens illustres. Rio de Janeiro, 1876 - São t1'es opuseulos occupando-
se: o 1°, do Marquez de Caxias; o 2°, do dr. Abllio Cesar Borges; o 3°,
do Visconde do Rio Branco.
- Pantheon fluminense. Esboços biogl'aphicos. Rio de Janeiro,
1880, 667 paga. in-8° gr.
,.- Educacionistas notaveis. O Barã.o de Macahubas. Rio de Janeiro)
1884, 50pags. in-8°,
.... O AZmi,"al1te Barüo da Laguna, senador do Imperio: esboço
biograpbieo seguido de tliversas noticias necroJogicasj etc., mandado
PR 83

publicar pela commissão encarregada das solemnes exequias que


fOl"am celebradas na igreja matriz da cidade do Desterro no dia 27 de
fevereiro de 1878. Rio de Janeiro, 1880, in-8°.
- Bosquejo historico e descriptivo da cidade do Rio de Janeiro.
Rio de Janeiro, 1882 - Foi pelo autor offerecido o manuscripto ao In-
stituto b1storico.
- Considerações sobre a estrada de ferro D. Thereza Christina, na
provincia de Santa Catharina. Rio de Janeiro, 1883.
- A confissao: ensaio dogmatico historico, proprio para todos os
pais de família, prefaciado e annotado pelo padre Guilherme Dias -
Não o vi impresso. Lery Santos redigiu:
- O llfunicipio: orgão do commcrcio e da lavoura. Laguna, 1880,
in·fol.

D. Presciliana Duarte de AlJn.eida - Natural de


Minas Geraes e casada com o poeta e homem de lettras SylvioTibiriçáde
Almeida, de quem terei de me occopar, é tambem poetisa e escreveu:
- Rumorejos: poesias - Foram publicadas no livro < Pyrilampos»,
poesias de sua amiga D. Maria Clara Vilhena da Cunha. Rio de Janeiro,
1890, in-8° com um prefacio por outra senhora, tambem poetisa - Ve-
ja-se e te nome. D. Presciliana fundou e redigiu:
- A Mensageira: revista littel'aria dedicada á mulher brasileira.
S. Paulo, 1897-1899. Só vi o numero 14, que sahiu em maio de 1898
e o Ilump,ro 25 em fevereiro de 1899.

Prospero Ribeiro Diniz - Filho de um conceituado


pharmaceutico da cidade da Bahia e irmão do Dr. Manuel Feliciano
Ribeiro Diniz, de quem já me occupei, nasceu naquella cidade pelos
annos de 1815 a 1820, e abi !alleceu a 24 de novembeo de 1852. Dotado
de intelligencia brilhante e poeta l1umoristico e sarcastico, soube in-
troduzir-se na alta sociedade bahiense, mas della foi pouco a pouco
repellido, porque em versos não poupava mesmo áquelles que da
melhor vonta.de o recebiam. Soifreu mesmo cel'tos desgostos por causa.
de seus escriptos morda7.es e morreu pobre, sem amigos, e atormentado
de soifrimentos, quer physico~, quer moraos, depois de ter estado na
côrte, em Pernambuco, de onue ainda voltou á capital do Imperio.
Fundou e redigiu a
_ Marmota. Bahia, 1846-1849, iu-fol.- Era uma folha humoristica,
jaco-seria, mas ás vezes de licenciosa mordacidade. De 1850 passou a
ser redigida pelo editor, Epiphanio Pedrosa, com o titulo A 'Verdadeira
llIa'''1nola •
- A Marmotl'!. Rio de Janeit'o, 18-19·1850·-- O mesmo estylo da
precedente, mas menos licenciosa e menos feri na, esta folha Coi pu-
blicada a principio em uma typographil1, que não a tle Paula Brito,
e era vendida em uma loja á rua dos Ouri ves, mas pouco depois Diniz
associou-se a Paula Brito, e foi publicada muito pouco tempo, por des-
harmonia entre os dous, com o titulo de Mtwmota da C81·te. Neste interim
foi Prospero Diniz a Pernambuco e publicou:
- A Mm-'lnota pel·nambucana. Recife, 1850 - Ainda no mesmo
e tylo, cessou a publicação por desagradar a certos vultos, comp,çando
pelo presidente da provincia, de quem ella disse que estaVlt so1frendo
de febre azul quando grassava a febre amal'elll1. Reconciliando-se
então com Paula Brito, redigiu com este:
- A Marmot(t fluminense. Rio de Jn,neil'o, 185/-1852 e de 18;:3 a
]861, foi finalmente publicada só por Paula Brito - Em sua des-
harmonia com Paula Brito, escreveu Diniz:
- O Papagaio: satyra publicada em avulso.

Prudencio do A:m.aral - Filho de Gonçalo Gomes Diniz


e dona Martha do Amarl1l, nasceu em 1675, no Rio de Janeit'o como sup-
põem Barbosa Machado, Innocencio e o dr;' Macedo, ou na villa da Cacho-
eira, da Bahia, como dizem o dr. Mello Moraes pai, Ladislau dos Santos
Titara, que esteve na dita viIla durante a guerra da independencia, e
outros, e falleceu 3, 25 de março de 1715, não sendo, portanto, exacto
que fosse elIe um dos expulsos da ordem dos jesuítas em 1791, como
diz frei Fortunato de S. Boaventura no seu « Defensor dos jesuitas ».
Entrando para esta ordem em 1590, tornou-se della um dos mais beIlos
ornamentos, não só por sua intelligencia privilegiada como' tambem pela
exemplal'issima caridade e outras virtudes que o distinguiam. Foi lento
no collegio de Belém e no da Bahia, grande latinista, eximia litterato o
festejado poeta. Consagrou sempre o mais fervoroso atIecto e devoção á
Virgem Santíssima, 11 quem dedicava os trabalhos de sua p~nna.
Escreveu:
- Catalogo dos bispos que teve o Brazil ate o anno de 1676, em que
a cathedral da cidade da Bahia foi elevada a metropolitana e dos
arcebispos que nelIa tem havido, com as noticias que de uns e de
outros pôde descobrir o lIlmo. e Rvmo. Sr. D. Sebastião Monteiro
da Vide, quinto arcebispo da Bahia - Foi publicado nas «Constituições
'Primeir~s do arcebispado da Bahia, etc.» Lisboa, 1719, de pags. I 11 32:
na segunda edIção das ditas Consti thições. Coimbra, 1720, e finalmepte
na terceira edição, feita pelo conego Ildefonso Xavier FerreLJ'a em
S. Paulo; 1853.
85

- De sacéhm'i o}líficio cannen - Foi publicado esle poema em seguida


a ontl'o do jesuit:1 José RodriO"ues de MelIo com o titulo «De rusticis
Bl'asilicis rebus, etc ». Roer. a , 1781, 213 pags, in-..' com figuras. No tra-
balho do padr Amaral se descreve, não sámente a construcção de um
engenho de assucar. mas tambem todo processo do fabrico então em uso.
- StimuZ/ls amandi Dei pm'um - Vejo mais esta obra mencionada
no Summario da bibliotheca luzitana de Bento Farinha.

Prudencio Giralcles Tavares da Veig'a Ca-


bral - Filho de Joaquim Giraldes Tavares da eiga Cabral e dona
Anua Tllereza de Jesus Tavares, na cau em Cuyabá, capital de Matto
Grosso, a 22 de abl'iI de 1800 e falleceu em S, Paulo a 9 de janeil'o de 1862,
)Jacharel em direito pela universidade de Coimbra; doutor por decreto
de 16 de setembro de 1834, do cooselho de sua mag-estade o Imperador,
lente tia cadeil'a de tlil'ei to civil patrio, por elle inaugurada na faculdade
desta provincia paI' occasião de serem instituidas as academias de direito,
sacio do lustiiuto historico e geogl'aphico brLtzileiro, commendadol' da
ordem de Chl'isto, elc. Estudou humanidade na Bahia e, vindo de
Portugal para o Brazil em 1822, aote que entrasse para o corpo docente
d(\, mencionada faculdade, onde em duas epocas foi empo sado do cargo
de directol', exerceu a. magistratura, servindo successivamente o cargos
de juiz de róra da villa, hoje cidade do Rio Grande do uI, ouvidor da
comarca do Ceará, auditor geral do exel'cito estacionado na provincia
Cisplatinll. e desembargador da relação do Maranhão. Escreveu:
- Analyse dos direitos natUl'ues do homem inculto e selvagem,
deduzidos do mesmo direito que rege todl~ a. natUl'eza cI'eada, de que
elIe é parte. Rio de Janeiro, 1833, in·8' gr,
.- DiI'eito administl'ativo b1'azileiro, comprehendendo os projectos de
reforma das administrações provinciaes e municipaes e as instituições
que o progresso da civilisação reclama. Rio de Janeiro, 1859, 659
pags. in-4° - Foi 11m tt'abalho a que se dedicou o autor, vendo a
necessidade de obras nacionaes que fa.cilitassem o estudo da nova
cadeira Cl'eada para as nossas faculdades, Jireito administrativo, em-
bora não fosse objecto de sua cadeil'u.
- 1IIemoria histol'ice, academica sobre o acontecimentos mais no-
taveis da faculdade e desenvolvimento das sciencias sociaes e juridicas.
S. Paulo, 1855, in-4' gr.- Neste livro ju 'e acham os primeiros traços
rIo direito administrativo.

Pl'udencio Joaquin'l de Bessa - Nascido em


Portugal, mas brazileiro por naturalisação, exerceu a advoca.cia, COIj'l
86 PR

provisã.o, em Campos e flepois :t homeeopnlhia. Foi elle l'Juem ensinol1 a


lingua portugueza ao distincto litteratoLuiz Antonio Burgain, tambem
brazileiro por naturalisação, que veio para o Brazil em 1833 e que
muito honrou nossa litteratura (veja·se este nome). Escreveu um
- C01nl'endio de medicina homreopathica. Rio de Janeiro, .• -
Redigiu:
- A Ordem. Campos.
- O Independente. Campos.

Pruden te José de Moraes Barros - Filho de


José MarceIlino de Barros e dona Catharina Maria de Barros,
nasceu em Itu, provincia, hoje estaJo de S. Paulo, a 4 de outubro de
1841, e é bacharel em direito pela faculdade desse estado. Estabe.
lecendo-se como advogado na cidade de seu nascimento de. de que
concluiu o curso juridico, foi muitas vezes eleito deputado provincinl
e tambem geral. Reconhecido como republicano sincero, co.racter
honesto e probo, foi o primeil'o acclamado pelo povo paulistano no
dia da inauguração da Republica para membro do governo provisorio
de S, Paulo, foi nomeado governador do estado por decreto do go-
verno' provisorio da Republica, eleito senador ao Congresso nacional,
e por ultimo presidente da Republica. Foi o primeiro governo civil
que teve a Republica brazileira, o primeiro eleito pelo povo, o pri-
meiro que governou com a constituição. Todos os homens serios o
applaudiram e as demonstrações de estima, de consideração e de
apreço que lhe deu a população fluminense em sua retirada, não ha
penna que possa descreVel'. Além de manifestos e outros trabalhos
nos cargos que accupou, só conheço de sua penna:
- Discurso pl'onunciado na Assembléa provincial de S. Paulo a
~6 de março de 1879, S. Paulo, 1879,40 pags. io-8°.
- Orçamento e politica g-eral: discurso pronunciado Da sessão de
28 de fevereiro de 1888 -' No livro «Os depntados republicanos na As-
sembléa provincial de S. Paulo », na sessão de 1888, pags. 383 a 452.
- Projecto de imposto sobre escravos: discurso pronunciado na
sessão de 7 de março de 1888 - No mesmo livro, pags. 455 a 486.
- Relatarias dos trabalhos do Senado Federal, apresentados nas
sessões ordinarias de 1892, 1893, 1894 pelo vice-presidente, etc. Rio de
Janeiro, 1892, 1893 e 1894, 3 vols. io-4°.
- A' Nação Brazileim. Rio de Janeiro, 1894, in-8° - E' seu ma-
nifesto ao assumir o governo da Republica.
- Mensagem apresentada ao Congresso Nacional em 3 de maio de
'1895 pelo presidente, etc. Rio de Janeiro, 1895, in-4°.
PU 87

- Mensagem a.presentada ao Congresso Nalúonal na abertura da


seseão da 2" legislatura, etc. Rio de Janeiro, 1896, in-4°.
- :!Jfensa!Je1n apresentada ao Congrssso Nacional na abertura da
3· sessão da. 2" legi latura, etc. Rio de Janeil'o, 1896, 32 pags. in-4°.
- Mensagem ao Congresso Nacional sobre os serviços da Assis-
tencia medico·legal aos alienados. Rio de Janeiro, 1896, in-8°.

Publio Constallcio de Mello - Filho de Publio


Constancio de Albuquerque Mello e dona Urania Leopoldina de Al-
buquerque Mello, nasceu na cidade da Sahia a 25 de agosto de 1855.
Depois de fazer exame vago de cirurgia dentaria obteve carta de den-
tista na faculdade dessa cidade em 1878, e em 1882 o gráo tIe dOutor
em medicina, tendo sido na Bahia ciL'urgião dentista da casa do ex-
postos e interno do ho pitaI de variolosos. Passando,a S. Paulo, es-
tabeleceu-se em S. João da BOlL Vista, foi ahi commmissario vaccinador,
membl'o do conselho da instrucção publica, medico da companhia
Mog-yana e fundador, á,custa de donativos, do hospital de beneficencia
do Ribeirão 'preto, de que foi presidente e medico. Pa~sando em 1890
para o Rio de Janeiro, foi medico da hospedaria de immigrantes da ilha
das Flore até '1807 e foi commis ario de hygiene. E' professor,
por concurso, de authropologia, archeologia e ethnographia do museu
nacional, major honorario do exercito por serviços durante a revolta
de 1893 e membro da Academia nacional de medicina. Escrevell:
- Deslocação da cabeça do humerus e seu tratamento; Da aus-
cultação no dingnostico da prenhez; Do chloral e chloroformio em
seus eJIeitos therapenticos; Do uicÍdio em suas: relações medico.
legaes: these inaugural para obteL' o gL'áo de doutor em medicina.
Bahia, 1882, in-4°.
- O ch'.wlatanismo: prote to contra a esterilidade da mulhel'
pelo processo secL'eto do dr. Abel Parente. Rio de Janeiro.
- Alimentação das crianças: memoria. apresentada á Academia
nacional de medicina pelo academico, etc. Rio de Janeiro, 1894, Íll-8°
- Faz-se alü menção de varios estados morbidos que se manifestam na
idade infantÜ, provenientes da má alimentação, assim como do alei·
tamento mercenaria. Sahiu tambem DOS Annaes da Academia.
- Pal"eCer sobre uma memoria do dr. Clemente Ferreira sobre
a malaria na iufanoia - Nos mesmos Annaes.
- Pa,"ecersobre a memoria «Desinfecção publica no Rio de Ja,-
Jleiro» pelo dr. Graça Couto - Idem.
88 PU

Pal'BCBl' sobre uma memoria do dr. Bulhões Carvalho solll'e


demographia - Idem,
- Elogio historico do') aca.demillos falleciclos üe 1896 a 1897-
Idem.
- PÓdB-S~ chegar pelo exume do esqueleto á determinação da côr
qU9 tivera o individuo~ - ltlem no tomo 65, 1899, pagll. 124 a 143,
- Rel'ltol'io sobre a prophylaxia d;t tuberculose - Nos me mos
Annaes.
- DisCUl'SO reflltawl0 as vantagens do processo Hermit, basen.llo
na elecb'olyse da agua do mar - Nos ditos .4nnaes.
- Discw'sos ~obre a deSVitntagem da SlIppl'dssão da entrada de
immigran tes no R.ià de Janeiro - Irlem.
- DiscursCJ justificando a proposta de melimioar o dr. Fort do
quadro da Academia nacionul de edicilla - Idem.
- Elogio historico do til', Silva .\.raujo, etc. -Idem.

Purifieio Franei. eo Xavier Li boa - Na cido


em Alagôas, ahi fa,lleceu pelos annos de 1897 a 1899. Habil typographo,
membro da Associação beneficente dos compositores do JO/'lt r1 elo Com-
merdo, de cujo conselho fiscal foi presidente, escreven:
- ]\,Toticia sobre a imprensa. Deçiicada á clas e ty pographica e ao
Club Gutenberg. Rio de Janeiro, in·8°,

Q
Fl.·. Quintiliano de Santa l:-Iu:m.l1ian B nu-
vides - Filho tIe João de Souza Benavides e dona Anna Marcelina
de Jesus, nasceu em Vi lia Rica, hoje Ouro PreLo, Minas Gemes, no alloo
de 1784 e falleceu no Rio tle Janeiro a II de março de 1868. Chamando-se
no seeulo Tbeotonio de Souza Benavides, proCessou no convento dos
franciscanos da ilha Grande em 1808 e foi ordenado presbytcro em São
Paulo em 18Il pelo bispo d. Matlreus de Abrel1 Pereira: Ocoupou em
sua, ordem os mais elevados cargos, como o de ministro provincial por
eleição de 30 de outubro de 1847 e escreveu:
- Refutação ao Manifesto do sr. S. Fabregas Surigué, olferecida
aos leitores do ditó Manifesto. Rio de Janeiro, 1840, 32 pags. in-4° -
VerSlL sobre a. maçonaria, que frei Quintiliano condemna.
8;)

Quintino de Souza Bocayuva - Nascido na cidade


do Rio de Janeiro a 4 de dezembro de 1836, desdemuitojoven dedicou-se
ás lettl'as e foi um dos mais francos e leaes propugnadores da idéa re-
publicana., quel' na tribuna, qner na imprensa, sendo por i so chamado
pelo governo provisorio na inauguração da Republica para occupar 11-
pasta do exterior, Cultiva tambem a litteratura amena e é dos mais
habeis e provectos jornalistas que o Brazil tem produzido. Frequentou
o curso ue humanidades, annexo li. faculdade de direito dl3 S. Paulo,
mas, não podendo supportar disciplina official nem limites de estuuos
con vencionaes, deixou esse curso e os da ftlculllade. Apoz a inauguração
da Republica foi como ministro plenipotenciario em missão especial li.
Republica Argentina tratar da ecular questão das Missões, firmando
por esb occa 'ião um tratado que deixou de ser a.pprovado pela Camar'a
dos deputados. Representou o estado do Rio de Janeiro no senado fe-
deral, foi reeleito sem competidor a.pezar de haver declal'ado em ma-
nifesto não aspÍl's.r a renovação do mandato e em seguida eleito presidente
do estado. E' general de brigada honorario, e escreveu: . ,
- O Trol)ador: imitação levada ii. scena a 2 de janeiro de 1856 no
theatro de S. Januario.
- Ompllalia: drama orig-ina.l em sete quadl'os, repl'esentado no
theatro Val'iedades a 28 de julho de 1860.
- N01·ma ••.
- O Dominó azul •..
- Diamantes da corôa .•.
- Quem podia sempre alcança .. ,
- O Sargento Frederico".
- 11linhas duas mulheres ...
- VaZle de Andorra ..•
- BOIS noites, Senhor D. Simão.,.
- 7'1'amoia . ••
- O Grumete.,.
- Estebanilho .• ,
-Mal'ina ...
- A dama do véo - Todos estes traba.lhos são escriptos para o
theatro e do terceiro em diante são traducçlles feitas homeometrica-
mente,para a imperial Academia da Opera. nacional.
- O Bandoteú"o: opera comica original em tres actos.
- Um pobre louco: drama em cinco actos.
- Pedro Favilla: drama - Este drama, como o procedente, foi
perdido na typograpbin. onde se imprimia,
- Claudio Manuel: drama bistorico em cinco actos.
90 QU

- De la Viola: drama historico em oinco actos.


- Uma partida ele honra: imitação em tres actos - Alem de Les
conserva ineditos os seguintes escriptos poelicos:
- Gonzaga: poema em seis cantos.
- O Estudante de Salamanca: traducção de Espr nceda..
-Estud<Js criticos e litterarios, volume I' contendo: Lance de olhos
sobre a comedia e sua critica e correspondencialitteraria. Rio de Janeiro,
1858, IV-XVIT-1l4 pags. in-8°.
- Sophisnu~s constitucionaes ou' o systema representati'Vo entre nós:
estudos bistorico-politicos, divididos em quatro partes - Esta obra em
1860 estava em via de entrar no prelo.
- Estudos criticos e Iitterarios, etc. Rio de Janeiro, 1858·185lJ, dous
vols. .
- BibUotlwC(J, romantica: revista mensal por uma associação de
homens d? leltras. Rio de Janeil'o, 1863.
- A opinicio e a corôa por Philemon ( pseudonymo) Porto-Alegre,
1861, 60 pags. in-8° - Este escrípto sa.hiu sob o titulo de <.: Jornal de
um democrata» I e seguiu-se com o mesmo titulo, II :
- A Comedia constitucional: pamphleto politico. Rio de Janeiro,
1861, 50 paga. in-8° - Antes tlestes dous escriptos, publicara o autor
- A opinicio e a corôa por PlIilemon. Rio de Janeiro, 1861, 23 pags.
in·8°\.
- Os nossos homens: l'etrat03 politicas e litteL'arios por P. S.
José Maria da Silva Paranhos. Rio de Janeiro, 1864, in-8" - com o
retrato do conselheiro Paranhos.
- Impugnaçí!o ao protesto do Sr. Visconde de Jequitinhonha. Rio
de Janeiro, 1865, 19 pags. in-4°.
- Os mineiros da desgraça: drama em quatro actos. Rio de Janeiro,
1862, in-8°.
- 'Â familÍl.t : dr'ama em cinco actos. Rio de Ja.::Ieiro, 1866.
- CirculaI' aos repres. '. do 01'. '. Dn.·. do Brasil, ao 801.'. dos
Benedictinos acreditados junto ás altas potencias maç.·. Rio de Janeiro,
1863, in-8°.
- A crise da lavoura: succinta exposição. Rio de Janeiro, 1868,
59 pags. in-4".
- Guerra do Paraguay : a nova phn.se : .carta a um amigo por ***
Rio da Janeiro, 1869,43 pags. in·4°.
- .A batalha da Campo Grande, quadro llistOl'ico. (Carta a Pedro
Amarico, publicada na Repttblica!lo la de outubro,) Rio d~ ,Jauelro, 1871,
14 pags. in-So.
QU

-As Constituições e os povos do Rio da Prata,: conferencias publicas,


1" parte. Rio de Janeiro, 1870.
- Unií'io federal republicana: apresentação do candidato escolhido
pelos republicanos em as~embléa geral do partido a 15 de dezembro de
1881. Discurso proferido pelo cidadão Quintino Bocayuva. Rio da Ja-
neiro, 1 81, in-8°.
- Confederaçí'io abolicionista. A segunda phasa: discurso profe·
rido no theatro Po1ytheama em 3de abril de 1887. Rio de JaneÍl'o, 1887,
- Os chirl-s : succínta expoSição - No Jornal do CommeJ'cio de 6
de setembro de 1892, occupando quatro colnmnas.
- Relatório apresentado ao Generalissimo chefe do Governo pro-
vlsorio dos Estados Unidos do Brasil. Rio de JaneÍL'o, 1891.
- Tratado de arbitramento. Relatorio apresentado ao generalissimo
chefe do governo provisorio, por ... ministro e secretario de Estado das
Relações ex:teriores. Rio de Janeiro, 1891, 10 pags. in-4° - E' passiveI
que me tenha escapado algum trabalho deste autor, a-ssim como d~
outros. Vou concluir com as publicações do dia que Bocayuva redigiu
s6, ou com outros:
- Acayaba: jornal litterario. S. Paulo, 1852-1859.
- A Hom·a. S. Paulo, 1852-1853, in-4°. Com Ferréira Vianna. Foi
sua e'tréa na propaganda republicana.
- Diario do Rio de JanJÍ1'o - Fundado por Zeferino Victo de Me-
reilles, teve varios redactores e segundo estes e as epoca teve diversas
cores politicas. De sens redactores citarei José Martiniano de Alencar,
Antonio Ferreira Vianna, .Joaquim de Saldanha Marinho, Quintino Bo-
cayuva e por ultimo Augusto de Carvalho.
- A Republica: periodico do Club republicano. Rio de Janeiro, 1870·
1874 até 15 de fevereiro de 1873, in·fol. pequeno e depois in-foLgrande.
- O Globo: ol:gão da Agencia americana, typogl'aphica. Rio de
Janeiro, 18()4·1878. in·fol. - com Salvador de Mendonça. Esta folba,
depois de uma interrupção de dous annos, reappareceu em 1881.
- O Pais. Rio de Janeiro, 1885 a 19 ' in-fol.

R
RaJ'Dh'o Afl"onso ~~onteiro - Filho de Romualdo
Antonio Monteiro e nascido na antiga villa, hoje cidade de Camamú,
na Bahia, a 2::l de novembro de 1840, é doutor em medicina pela facul·
dade da Bahia, e da mesma faculdade, mediante o respectivo concurso,
foi nomeado lente oppositor dllo secção medica e depois lente cathedra·
92 l:A'

tico de clinica medica e seu r1ireJtor de 1886 a 1891. Foi agraciado


com o titulo de Conselho do I.TiperadOl' d. Pedro Ir. Durante alguns
annos foi com mandante superior da guarda uacional no. cidade de seu
nascimento e foi em varias legislatmas eleito deputa.do á assembléa
provincial no regimen moua.rchico. Escreveu:
- Q llaes os elementos que constituem o diagnostico? O forceps
obrarà exclusivamente como instrumento de tracção, ou tambem como
instrumento de pressão? Ha signaes certos de prenhez? Em que casos
e com que fundamento póde o medico-legista assegurar que a mulher
Dilo está gl'avida 1 A molest;a, que entre DÓS se chama maligna, é a
mesma febl'e typhoide dos autores?: these apresentada, etc. para obter
o gl'áo de doutor em medicina. Ballia, 1865, 70 pags. in-4° gr.
- Funcções do grande sympat,hir.o: these sustentada, etc. no con-
curso paraoppositor da secção medica. Ballia, 1871,47 pags. in-4° gr.
- Do elemento peruicioso nas molestias: these de concurso para
a,cadeira tle pathologia geral. Bahia, 1874, 140 pags. in ·4° gr.
- Memoria historica dos acontecin'ientos' notaveis da Faculdade de
Medicina da Bahia em 1878. Rahi;)., 1879, iu-4°.
- En'o de diaguostico, Sobl'e um caso de pel' istencia do bur3.co
de Botai: lição 'clinica - Na G' zeta Medica da. Bahia, 18i8.
- Algumas das dilficuldades no diagnostico do bel'iberi e das ne-
phrites: memoria apresentada no 3° Cungresso Bl'asileiro deMedicina e
Cil'Urgiu - No l° vulume dos Trabalhos do Congresso, etc. Bahia, 1894.
Foi tambem publicada esta memoria na Gazeta Medica,
- Persistencia do buraco de Bott\l com symptomas de lesão do
coração. Erro de diagnostico. Lição clínica - Na Revista lI1edica da
Bahia, 1880-1881, pags. 108 e seg~.

RaD:liro l.~ ol~tes de Barcellos - Filho de Vicente


Loreto de Barcellos e donfl. Joaquina Idalina Pereira de Barcellos,
nasceu no município da Cachoeira, da então provincia do Rio Grande
do Sul, a 23 de agosto de 1851, é doutor cm medicina pela faculdado do
Rio de Jaueiro, da qual foi distiocto alumno. Tomando parte nos mo-
vimentos politicos do actual estado de seu nascimento, foi em I 94 eleito
senador ao congresso fedel'al e depois ministro do Bl'azíl na Republica
do Ul'ugoay. Escreveu:
- Das allianças consanguineas e sua influencia sobre o physico,
o moral e o intellectual do homem; Das cellulas nos dous ramos;
Lythotricía; Febre ~marella: these apresentadn. á Faculdade de
Medicina uo Rio de Janeiro, etc. Rio de Janeiro, 1873,44 pags.
in-4° gr.
1~A 93

- Lições de clínica. so~re a febre amare lia, feitas na Faculdade


de Medicina do lUa de Janeiro pelo Dr. J. V. Torres Homem, professor
de clinica medica. Rio de Janeiro, 1873: Analyse - Nu. Revista Medica
dos Estudantes, tomo l°, ns. 13, 14 e 15.
- A "elJoluçeío rio-grandense do Sul: historia - Foi publicatIa na
Gazeta de Porto-Alegre, 1881, ns. 193, 194, 195, 198, 199, 201 e 203, e
depois em volume.

Rarnit·o Larcher ~J:arçal - Pelo seu appellido se vê


que não é de origem brazileira ; sou porém, informado de que é bra·
zileiro e que é engenheiro agronomo. E creveu:
- Da llatlweza e organisação dos estabelecimentos de agricultura
pratica no districto de Porto-A legre. Porto-Alegre, 1885, 40 pags.
in-4° - Este trabalho fez parte do Relataria do Conselho de agricultura
e foi ainda publicado na seguinte revista redigida pelo autor:
- Annaes tIe Agricultura do districto de Porto-Alegre. Porto·
Alegre, 1884-1886.

Raphael Archanjo Galyão, l° - Filho do alferes


José Lopes Galvão e dona Josepha. Maria de Jesu Gaivão, nasceu na
capital do Rio Grande do arte em 1811 e falleceu no Rio de Janeiro
a 8 de abril de 1882, agraciado com o tit.ulo de conselho do Imperador,
commendador da ordem da Rosa e da de Christo, condecorado com a
medalha da campanha do Paragua-y, sacio do antigo Instituto historico
da Bahia e da sociedade Auxiliadora du. industria nacional. Aos 14
annos de ida'Je dedicou-se ao fUllccionalismo publico como pl'aticante
da secretaria do governo de sua provincia, de onde passou para a the-
souraria geral. Nomeado inspector ria thesouraria de Sergipe, ahi 01'-
ganisou a fiscalisação das rendas de modo a não ser mais preciso essa.
provincia receber supprimentos da Bahia, como succedia, e por isso
passou a, inspector da thesouraria do Rio Grande do Sul com os poderes
de reorganisar as repartições de arrecadação e nellas estabelecer as
medidas precisas a assegurar a. fiscalisação e recolhimento das rendas,
pois que era tal a desorganisação uesse serviço, que todos os fuuc·
cionarios por cujas mãos passavam os dinheiros, exceptuando apenas
o co1lector do Rio Pardo, se achava.m em alcance. Depois serviu
os cargos de escrivão da alfandega do Rio de Janeiro, de contador do
thesouro, director geral de contabilidade e presidente do tribunal do
thesouro na :1Usencia do ministro. Foi uma vez deputado provincial
por Sergipe e diversas vezes por sua provincia, que o contemplou
numa lista triplice p,~ra.sen!\dor. Escreveu:
94 1~A

- Relatorio que fez o inspector da Thesouraria da provincia do


Rio Grande de S. Pedro do Sul no acto de entregar a de Sergipe ao
respectivo contador, etc. Sergipe, 1849, 11 pags, in-8°.
- Inst?'ucções para a arrecadação, fiscalisação, distribuição e con-
tabilidade das rendas a cargo das CoUectorias e outL'as estações de filo·
zenda da provincia do Rio Grande de S. Pedro do Sul. Porto-Alegre,
1850, in-4° com uma taheUa e quatro modelos.
- Relatorio da Commissão de ioquerito 00. Alfandega da Côrte sobre
as censuras e accusações feitas á administração da mesma Alfandega,
na. Camara dos deputados e na imprensa no anno de 1866, com a
collecção chronologica dos documentos relativos aos factos censurados.
Rio de Janeiro, 1862, 226 pags. in-So - E' tambem ass.ignado por
Theophilo Benedicto Ottoni.
E' de sua redacção:
- O NataZense: jornal politico, moral, litterario e commercial.
Cidade do Natal, 1832-1833, in-fl.-Foi o primeiro periodico que se pu-
blicou no Rio Grande do Norte.

1'l,aphael Al-chanjo Ga.Ivão, 2" - Filho do prece-


dente e dona Luiza Paula de Albuquerque Gaivão, nasceu na cil.pital
do Rio Grande do Norte a 10 de junho de Hl35 e falIeceu no Rio de Ja·
neiro a 24. de janeiro de 1888, bacharel em sciencias pbysicas e mathe·
maticas e j3ugenheiro civil. Antes de concluir esse curso serviu como
ajudante de engenheiro das obras da alfandega da côrte e foi nomeado
para dirigU-as quando retirou-se o al'chitecto Manoel de A. Porto-
Alegre, que planejara e começara o gl'ande armazem de ferro, que elIe
concluiu e melhorou, substituindo a coh3rtura de ferro por telhas fran·
cezas e por ahi o plano de outros armazens que foi approvado pelo go-
verno. Foi encarregado de estudar o porto de Pernambuco e os meios de
obstar a enchente dos rios que ahi desaguam ; estudou a questão de abas-
tecimen to de agua no Rio de Janeiro, e encal'l'egou-se ainda de estradas
de ferro e de outros traballJos de sua profissão, como a construcção da
alfandega de Santos. Era cavalleiro da ordem da Rosa, I:locio do Insti-
tuto polytechnico brazileiro e da sociedade Auxiliadora da industria
nacional, fazendo parte da commissão encarregada por eBa na pri-
meira exposição nacional de IR6I. Escreveu:
- Industria met LUurgica, artes e productos clJimicos: Relatorio-
Acha-se annexo ao Relatorio geral da Exposição do 1861, por Antonio
Luiz Fernandes da Cunha. Rio de Janeiro, 1862.
- OataZogo da Exposição nacional de 1866. Rio de Janeiro, 1866,
721 paga. in-4° - com o engenheil'o Manoel.da Cunha Gaivão.
RA

- Estudo sobre os melllOramentos do porto de Pernambuco, causa


das cheias dos rios que desaguam no mesmo porto e meios de remo-
veI-as, etc. Rio de Janeiro, 18iO, 99 pags, in-4° gL',
- Ab stecimento de agua ii. cidade do Rio de Janeiro: memoria
sobre este assumpto e proposta apresentada á decisão do corpo legis-
lativo em janeiro de 1873. Rio de Janeiro, 1873, 132 pags. in-4° com o
desenho do hydrometro de J. F. Navarro - Antes publicada no Diario
do Rio de Janeiro de 24 de fevereiro a 11 de março de 1873,
- Prolongamento da estrada de ferro da Bahia: serie de artigos
publicados no Diario da Bàhia sobre o discurso pronunc iado na Camara
dos Srs. Deputados pelo Sr. Dr. Araujo Góes Junior na sessão de 8 de
outubro de 1886, pelos emprezarios, o engenheiro R. A. Gah'ão e José
Augusto de Araujo. Bahia, 1887, 108 pags. in-4°.

Frei Raphael de S. Boaventura - Nasceu em


Olindl.\. no anno de 1586 e, religioso franciscano, professou a 2 de
março de 1602 no convento da Babia, onde foi guardião, fanecendo em
1658. Tendo sido com outros frades que,se transportavam em pequena
embarcação da villa, hoje provincia do Espirito Santo, para a
Bahia, prisioneiro de um' navio holLandez, foi atirado ao mar com
uma pedra atada ao pescoço por cau ar asco ao hollandez o es-
tado em que se achava, com as peçnas cobertas de uloeras, Foi, como
diz Jaboatão, \'( o primeiro que deixou em escripto algumas noticias
dos feitos de virtude e nota dos primeiros religiosos da Custodia que
até o tempo, em que [alleceu, haviam florescido:. e escreveu mais:
- Cartol'io Custodial da Custodia de Santo Antonio do Brasil-
Deve existir no convento da Bahia esse livro elaborarlo por ordem de
seu prelado maior, frei Manoel de Santa Maria, até o anno de 1637,
no qual se conservam muitas noticias partidas da fundação dos
conventos e de todas as custodias e prolados locaes.
- 111emo,'i'~l em que se representam as decentes causas que tem
a custodia de Santo Antonio do Bl'asi! para a justa 'pretenção de sua
independencia da prov.incia de Portugal - Tambem inedito e datado
de 1 de setembl'o de 1648,

Ra,phael Ooelho Machado - Nasceu em Angra do


Heroismo, reino de Portugal, no anno de 1814 e falleceu no Rio
de Janeiro a 15 de agosto de 1887, sendo professor de musica do In-
stituto dos meninos cegos, onde leccionou muitos annos, cavalIeiro da
ordem da Rosa e da ordem portugueza de S. Thiago. Mui to jovan militou
em sua. patria como voltlnta,rio de dona Maria II e afii foi ferido na de-
96

lesa do porto da cidade. Em Lisboa começou i1 pl'eparar·se p:u'a o


estado ecclesiastico, como seus paes queriam; mas, não tendo vócação
para esse estado, applicou-se ás artes e ás lettras. Vindo para o Rio
de Janeiro pelo anno de 1835, deu-se ao magisterio da arte que
abraçara, a musica, que soube honrar, quer como mestl'e, quer como
compositor, e naturalisou-se cidadão brazileiro, fazendo mais tarde
uma viagem á Europa n.fim de aperfeiçoar-se nessa. arte. Escreveu:
- Diccionm'io musical, contendo todos os vocabulos, phrases,
tel'mos technicos, abreviatnras da composição musical, e finalmente a
etymologia dos termos menos vulgares. Rio de Janeiro, 1842, in-4°.
- D'iccionario musical contendo: 1.0 Todos os vocabulos e phrasesda
escripturação musical j 2.° Todos os termos technit:os da musica desde
a sua maior antiguidade j 3.° Uma taboa com todas as abreviaturas
usadas na escriptllração musical e suas palavras correspondentes j 4. ° A
etymologia dos termos menos vulgares e os synonymos em geral.
2" edição augmentada. Rio d~ Janeiro, 1855, in-8° - Ha terceira edição,
publicada pelo filho do autor, com accrescimos feitos POl' este.
Paris, 1888. E' o primeiro diécionario que possuimos neste genero.
- Principios de musica pratica para uso dos principiantes. Rio
de Janeiro, 1842, 24 pags. in-8° com 3 estampas.
- Bre'Vl; tratado de harmonia, contendo o contraponto ou regras
de composição musical e o baixo cifrado ou acompanhamento de orgão,
tudo eXp03to com tanta clareza, que póde sel' aprendido sem assisteucia
de mestre. Pariz, 1852, 1Y·12 pags. in-fol. Rio de Janeiro ... - Ha
varias edições no Brazil, sendo a quarta de Pariz depois da qual ainda
houve mais.
- A, B, C, musical, contendo os principios de musica pratica ou
elementos de escripturação musica!. Rio de Janeiro ... - Ha tu.mbem
varias edições, sendo a setima de 1867.
- Methoclo de orgão expressivo, vulgarmente harmonico, con·
tendo todas as regras de bem tocar este precioso instrumento, recursos
dos registros e dos pedaes, maneira de conservaI-o, etc. Rio de Janeiro,
1854, 24 pags. ia·fol.
- Mechado de afinar piano, com a lIistoria, descripção, escolha e
conservação deste instrumento. Rio de Janeiro, 1845, 46 pags. in-4°.
Ha di versas edições.
- C/tyrogynlrlasta dos pianistas ou gymnastica dos dedos, de C.
~lartin: traducção.
- J1{ethodo de piano-furte de Huntem: traducçã<l.
RA 9t
- Principios da arte poelica ou medição elos versos usados ua
língua portugueza com interessantes observaçõeg aos compositores,
canto nacional. Rio de Janeiro, 1844,28 pitgS. in-8°.
:- Seguros de vida, sentimentos que os originaram, em que con-
sistem as garantias offerecidas ; beneficias resultantes; condições de
sua estabilidade, etc. - No Corl'eio da Tarde, março, 1858, e dahi
reproduzido noutras folhas.
- MemOl'ia sobre os fins do Instituto episcopal brasileiro, lida em
sessão litteraria de 15 de novembro de 1858 e mandada publicar por
ordem do conselho administrativo da mesma associação. Rio de Ja-
neiro, 1859, 21 pags. in-4°,
- Elementos de escriptul'ação musical ou arte de musica. Lisboa,
1852, 14 pags. in-4".
- Gl'ande methoclo ele flauta, compilação dos f,tmosos melhodos
de Devienne '3 Berbignier. Rio de Janeiro, 1843, 79 pags. in-foI.
- Escola de violino de Delphim Alara: traducção - Coelho Ma-
chado éôllaborou e fez parte da redacção da Tribuna catholica,
jornal do Instituto episcopal re ligioso, Publicou as seguintes collecções
e varias peças de musica soltas:
- Cantos religiosos e collegiaes para uso das casas ele educação:
poesia de uma senhora brasileira, musica de Raphael Coelho Ma-
chado. Propriedade do Instituto episcopal brazileiro. Rio de Janeiro,
sem data, 64 pao"s, in-4° - Foi muito elogiada esta publicação. Traz
uma carta do director da Instrucção publica, conselheiro Euzebio de
Queiroz, a.gradecendo a otrerta desta obra, que o autor lhe fez. Rio
ele JaneÍL'o, 1857, in-4°, São 14 cantos.
- Ramalhete das Dama : periodico musical e poetico. Rio de
Janeiro, 1842 a 1846 - Depois publicou-se com o mesmo titulo nova
coLlecção pela sociedaele phil'orphenica:
- Harpa/do Tl'ovaclol' ;
- As Brasileiras;
- Mettsageiras do amo/';
- 11Ielodias l'amanticas;
- G,'irl'tlda Bmsileira.
- Umnia : é uma collecção <le deze eis peças de canto, escolhidas
do livro cam igual titulo do dr. Gonçalves de Magalhães, e postas em
musica em varias estylos: ora seguindo o gosto brazileiro, Ol'a mo-
delando-as pelas escolas allemã, franceza e italiana. Das compo-
sições religiosas de Coelho Macbad citarei:
- Grande missa para inauguração da matriz da Gloria - e que
foi muito applaudida e elogiada pela imprensa.
Vai. VIT - í
98 RA

- Te·Deum, executado na igreja de S. Francisco da Penitencia,


por occasião da victoria das armas brasileiras na campanha do Pa-
raguay.
- Acuta lancia: melodia religiosa. para contraltu publicada 110
Rio de Jaueiro, em 1882 - De suas composições sacras conheço:
- Missa a quatro vozes e grande orchestra, dedicada a João dos
Santos Pereira.
- Missa a tres vozes e pequena orchestra.
- Missa a duas vozes para o côro de Nossa Senhora da
Candelaria.
- Te-Deum a quatro vozes e grande orchest1'a, alternado.
- Te-Deum a tres vozes e pequena orchestra, idem.
- Ecce sacercZos magnus a tres vozes e orgão.
- Ave, Maria: dueto acompanhado de orgão.
- ln-vocação: duo, solo e côro com oi'chestra.
- Veni, Sancte Spiritus - a quatro vozes e orgão.
- Veni, Sancte Spil'itus - a tres vozes e ol'gão.
- Regina confessorum - a quatro yozes e orgão.
- Sub tuum prresidium - a quatro mãos e orgão.
- SemilfJ,bo eum: solo e càro com orgão.
- Flos Carmelli: duo, côro e orchestra.
- Tantum ergo - a quatro vozes e côro.
- Ladainha - alternada a quatro vozes e orchestra.
- Seis jaculatorias: solo e côro.

Raphael Corrêa de Salllpaio - Filho de Geraldo


Augusto de Sampaio, natural de S. Paulo, é bacharel em direito pela
faculdade deste estado, formado em 1896 e escreveu:
- A eaJcellencia do direito: discurso pron unciado por occasião da
coUação do grão de bacharel na Faculdade de direito de S. Paulo.
S. Paulo, 1896, in-8°.

Raphael Corrêa da Silva - Filho de Francisco de


P,.ula Cot'l'êa e Si! va, natural de S. Paulo, ahi formou-se em direito
na mesma faculdade, de que é hoje um dos mais distinctos professores.
Representou a sua provincia por mais de uma vez na assembléa pro-
vincial e depois do movimento de 1889 dedicou-se á advocacia e á la-
voura. Quando estudante redigiu:
Reacção.. orgão do Centro dos estudantes cathollcos. S. Paulo,
1t!l8*.
99

- Constitucional: orgão do Club conservador academico. S. Paulo,


1883tE • Escreveu:
- Circular com que se apresentou candidato á ueputação geral
pelo nono districto de S. Paulo. S. Paulo, 1889.
- These de concurso ã. cadeira de economia politica e sciencias da ad·
ministração e das finanças na faculdade de S. Paulo. S. Paulo, 1894, in·4°.

Raphael Lopes Anj o - Filho de Luiz Lopes Anjo e


dona Anna Joaquina Anjo, nasceu em Lisboa em 1800, falleceu a 8 de
julho de 1849 na antiga província do Espirito Santo, sendo capitão de
fragata da armada nacional. Escreveu:
- Plantas das villas de Manáoa e Ega, offerecidas ao Illm.
Exm. Sr. Antonio Francisco de Paula Hollanda Cavalcante de Albu·
querque, senador do Imperio e minist1'o e secretario de estado da
marinha e guerra pelo capitão-tenente da armada, etc. queas levantou
e fez. 1845. Om,387 X om266.
- Planta da cidade da Barra do Rio Negro. Levantada por ordem
do Governo. 1844. om,387 xO m , 755.

Raphael ~.laria Galant·i - Presbytero secular, nas-


cido na Italia no anno de 18-10, e brazileiro adoptivo, é professor
do collegio de S. Luiz de Itú, em S. Paulo, tendo sido anteriormente
professor de latim do collegio « S. Salvador» em Santa Catharina, até
a extincção deste collegio. E' membro do Instituto historico e geogra·
phico brazileiro e eSCl'eveu:
Compendio de grammatica ingleza. S. Paulo ..• in·8°.
- Compendio de historia do Brazil, redigido, etc. S. Paulo, 1896,
V[·468 pags. in·8° - Creio que houve uma edição anterior com o
titulo de - Lições de historia do Brasil.
- Compendio de historia universal, redigido, etc., edição fundida
totalmente de novo pelo autor: obra adoptada pelo conselho superior
da instrucção publica do Maranhão. S. Paulo, 1894, 490 pags. in.8°.

Raul Aug'usto Villeroy - Natural do Rio Grande do


Sul, é promotor publico em Caxias, neste estado. Antes disto frequentou
a escola militar de Porto-Alegre e escreveu:
- Flores rubras: poesias. Porto-Alegre.

Raul de A.vila POlllpeia - Filho do doutor Antonio


de Avila Pompeia e dona Rosa Teixeira Pompeia, nasceu em Angra
dos Reis, Rio de Janeiro, a I~ ele abril de 1863 e falleceu na capital
100 1~A

feueral a 25 de dezembro de 1895, ferindo-se no peito com uma baJa


de revól ver _ Bacharel em letLra pelo antigo collegio Pedro II e ba-
charel em direito pela faculdade do Recife, tendo feito na de S. Paulo
grande parte do curso, já conhecido pelo seu talento robusto e por suas
ideias democraticas, exerceu depois de proclamada a Republica os
cargos de director de estatistica, director do Diario Olfic'ial e director
da bibliotheca nacional. Litterato e contetl?", e tambem cultor do de-
senho e da esculptura, desde que começou o curso juridico, ao lado de
Luiz Gama, foi um dos mais esforçados batalhadores em prol da abo-
lição do elemento escravo, tanto na imprensa, como na tribuna popular.
No jornal abolicionista Ça.-Ira, occupou-se eUe deste magnanimo
assumpto, sendo muito applaudida sua penna. Escreveu:
...:.... Uma t1"agedia no Amazonas: ensaio litterario. Rio de Janeiro,
1880, in-8° - Era o autor estudant3 do collegio Pedro II e tinha
apenas 17 annos quando e&creveu este romance. Um distincto critico
dessa opoca, sabendo disto, escreveu: «Si esta é a verdade, e si na
presente narrativa não foram postas sinão as mãos daquelle que a
firma com seu nome, é licito prever neUe uma vocação litteraria que
pódo dar á patria bons fructos. Um dos melhores fundamentos para a
previsão indicada está no estylo singelo, sem as exagerações e os
tropas que ordinariamente acompanham as pl'oducções litterarias dos
primeiros annos. O autor da Tragedia no Amazonas expõe os factos
com precisão e clareza. Si nos não enganamos em nORSO juizo, a nar-
rativa historicl!. deve ser o campo das suas primeiras glorias. " E não
se enganou.
- Pompeo Stell. A queda do governo. Celeste Imperia, typo-
.graphia dos servis. Rio de Janeiro, 1880, in-8°.
- Um reo perante o futUl'O. Grinalda depositada sobre o esquife
do Ministerio de 5 de janeiro por um moço do povo. Rio ue Jaueit'o,
1880, 4 pags. in-8° - Este tl'abal ho, bem como o precedente, foi im-
presso sob o anonymo.
- Canções sem metro. S. Paulo, 1881 ( ~ ) - E' lima imitação dos
poemas em prosa de Beautlelaire.
- Carta ao au tal' das « Festas Nacionaes lO. Rio de Janeiro, 1893,
27 pags. in-8°.
- Agonia: romance ~ Com este escripto occupava-se elIe quando
a mão da fatalidade o arrastou dentl'e os vivos. E' possivel que tenha
ainda outros trabalhos. Em periodicos ueixou:
- iltheneu: romance - publicado na Ga::eta de Noticias. E' um
trabalbo que honra o autol' e a litteratura patl'ia. Foi depois publicado
em volume. Rio de Janeiro, 1888, in-8°.
RA. 101

- Pandora: secção mario. de acontecimentos- na mesma Gazeta.


Não consta sô de noticias, mas de analyse dos acontecimentos.
- Alma mo,·ta: esboço de romance - na Ga::et:L d& 'Tarde, 1888.
- Lembranças da semana: folhetins - no Jornal do Commercio
- No mez em que faUeceu tinha eUe promettido sua collaboração para
o jornal A Noticia, dando-lhe os dous primeiros artigos de uma serie
com o titulo
- Escorços litterM'ios - de que sahiu o primeiro sobre um'1 obra de
Tolstoi, a 12, e o segundo, P. Loti, A Galiléa, a 27 de dezembro. Fundou
e redigiu:
- A Rua: revista hebllomadaria. Rio de Janeiro, 1889.

Raul de Azevedo - Filho de Belmiro Paes de Azevedo,


nasceu a. 3 de fevereiro de 1875 na capi tal do estado do Maranhão.
Iniciou a sua carreira publica como empregado do correio no Pará,
tendo sido tambem em Manàos secretario de estado e director da bi~
bliotheca publica. Habil litterato e criterioso analysta, esm'eve com a
mais ingenua naturalidade, sem escolher palavras, mas correctamente
e até com elegancia. E' sacio da Sociedade de geographia de Li boa e
deputado estadoal pelo Amazonas. Oollaboro~ no Pão, revista da asso~
c:iação « Padaria espiritual» do Ceará e na Revista Contemporanea de
Pernambuco, que de sua penna publicou artigos de critica litteraria.
Nos seus escriptos tem usado de varios pseudonymos, notadamente o
de Iberê. Redigiu:
- Ga:;eta Postal. Belém .•.
- A Provincia do Parei. Belém .
- Ama::onas Commercial. Mauáo .
- O Comme"cio do Ama:;onas. Manáos ...
- A Fede,·aç(lo. Manáos .
- O Rio Negl·o. Manàos E' redactor chefe do
- Diario ele Noticias. Manáos, 1899-1900 - Escreveu:
- Artigos e chronicas. Porto, 1896, 300 pags. in-8° - E' uma
reproducção de trabalhos já publicados. O autor se exprime com fran-
queza e imp:trcialidade ácerca de assumptos de que se occupa, como
as « Cartas da Europa» do actual chefe do Estado.
- Ternuras: contos. S. Paulo, 1897, ia-8° - Esta obra. é offe-
recida ao dr. Manoel Ferreira Garcia Redondo, o autor das Caricias,
em que se inspirou o autor das Temuras - Tem ineditos:
- Homens e livros: estudos criticas.
Renato: romance de psychologia.
102

Raul Innocencio do Couto - Filho de Valeriano ln-


nocencio do Couto e nascioo no Rio de Jaueiro pelo anno de 1865, é
doutor em medicina pela faculdade desta cidade e escreveu:
- These apresentada e sustentada perante a Faculdade de mecli·
cina do Rio de Janeiro, etc. Rio de Janeiro, 1887 - Nunca pude vel-a.
- Noções de anatomia e physiologia pathologicas. Rio de J:llleiro,
1888 - Este trabalho foi publicado em dezeseis fasciculos, sendo o pri·
meiro a I de agosto e depois os outros até o numero 16.

Raul de Mendonça - Não conheço este autor, sinão


pelos seguintes trabalhos seus:
- A balburdia theatral: scena comica original. Rio de Janeiro,
1