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brazileiro v.7
P-Z
1902
http://bd.camara.leg.br
“Dissemina os documentos digitais de interesse da atividade legislativa e da sociedade.”
.
DICCIONARIO
BIBLIOGRAPHIGO BRAZILEIRO
PELO DOUTOR
NATURAL DA BAHIA
SETIMO VOLUME
RIO DE JANEIRO
:IMPRENSA N AC:rONAL
1902
-l815
BIBLlOHCA DO S[;JAOO HDERAL
)
.\
OICCIONARIO BIBLlOGRAPHICO BRAZILflRO
pareceI' na physionomia das almas gratas. Com toda. razão dizia Glad·
stone.» A monarchia no I:lrazil sob o governo de D. Pedro n é, na.
realida.de, uma democracia coro~da. » I(. D. Pedro -lê-se na. Ency-
clopedia das Encyclopedias, tomo l°, 1882, pago 531- tem pugnado
com entranhado amor pela independencia, e p"osperidade de seu im-
perio, possue uma erudição vastissima, mantem relações com todos os
escriptores e arti,tas notaveis do mundo j tem viajado muito, sem que
em paiz algum onde haja estado se mostrasse jamais alheio a tudo
que ahi possa haver de grande pela liistoria ou pela arte. Entre os
aetuaes soberan03 occupa um logar distincto.» Alma pura, em seu
exilio nunca se lhe ouviu uma ligeira phrase de amargura, nunea uma
queixa ou recriminação, e incapaz de um acto menos digno, não podia
admittir que em sua deposição houvesse Íl'aição da parte de alguns
personagens, como aliás circumstancias inexplicaveis autorLam a des-
confiar. « Não sei definir, dizia eUe, traição consciente e premeditada,
não. Trahir amgura-se~me COllsa muito difficil, deve exigir extra-
orelinario esforço. E tra ta,-se, demais, de homens com honrosos prece·
dentes e serviços ao paiz.» E e se homem, que governou o Brazil
por mais de meio seculo, Cl1j;~ monarchia foi uma verdadeira demo·
Cl'acia coroada; cuj ~ vida podia ser admirada como um bello exemplo
de vit'tudes cívicas que fazem a honra da raç:. humana e nobilitam
seu paiz, expirou pobre, num hotel secundario, quasi em frente a
um sumptuoso hotel, onde á fidalga se banqueteava um presidente
depo to de pequena republica; expirou só, privado do consolo de
aIfeições sinceras; mas, como disse o dr. P. Deiró, "cercado de cordiaes
sympathías do povos que imaginavam nelle o typo admiravel das idéas,
das crenças e das aspirações da democracia moderna, ,enerado pelas
grandes intelligencias que illuminam o seculo, estimado nas famílias
monarchicas como UlU rIos seus mais nobres e i1lustres represent,autes ».
Quando mOl'l'eu, a imprensa do mundo inteiro deu-lhe unanime
cou agração como gl'ande vulto do seeulo. «Sahira fóra dos quadros da
historia nacional para Eer colloca-l0 ao lado das grandes figuras lm-
man3.S entre os eooperadorcs do pt'ogre so collectivo elo homem », disse
o Connne1'cío de S. Paulo de 5 de dez~mlJro de 1897. D. Pedt·o era ver-
sado em varias scieucias e particularmente na a tl'onomia; conl1ecia
mui~as línguas, inclusive o hebl'l\ico e o sanskrito. Não tinha, porém,
tempo para escrever e delle s6 conheço alguns tl'abalhos e varias poe.
sias, pela maiol' pu'te improvbadas, e de que deixou grande copia.
Eis o que conheço:
- Quadra improvisada em sua visita á. cidade de !tu, S. Paulo a
25 de maio de 184ô, na cam ara municipal desta cidade e que foi logo
4 PE
glosada pelo padre Francisco da. Paula Camargo e por MarLim Fl',\ncisco
Ribeiro de Andrada, 20 •
- Soneto á morte elo principe D. Affonso - Eis o soneto
Rio de Janeiro, 1859, 15 pags. in-8· .:.... Não tem frontespicio; tem
annexa, in·fol. a Relação dos colonos entrados para a colooia do Se-
nador Vergueiro desde sua fundação e que sahiram com saldo a favor,
conforme a lista apr,)senlada pelo empresario. - Ha ainda alguns dis-
cursos seus publicados em collecções como a de titulo
- Discursos diversos, proferidos no parlamento pelos senadores e
deputados, 13 vais. 10-80 - Na bibliotheca da marinha.
- Relataria apresentado á Assembléa geral legislati va. pelo mi-
nistro do Imperio, etê. Rio de Janeiro, 1858, in-4° - Como este ba
outros relatarias deste autor.
de servir pa,ra uso dos alumnos do curso de ·con trucção dt1 escola
polytecbnica.
- Breves considerações sobre mineralogia, geologia e iodusti'ia
- do Brazil. Projecto de con.olidação dos trabalhos relaLiv s a este
assumpto. Conferencia realiza.dt~ no Insti tuto polytechnico brazileil'o
a 7 de novembro de J8 8, 1" p,\rte, 2° fasciculo,2" edição. Rio de
Jan.eiro, 1889, 28 pags. in·8" - Escreve uma folha do Rio, ele Janeil'o:
« Este 2° fascículo tl'az outro titulo que tlefioe melhor o assumpto: Apon-
tamentos soure mineraes do Bra;;il - Ensaio de estatística 'e geogr lphia
mineralogica. Oomo trabalbo scientifico é uma beBa promes a, que
revela o quaoto S. A. s Lem dedicado aos estudos de sciencias
naturaes. Ahi são consideradas as seguintes ospecies minern.es:
acerdesio, aegirioa e acbmito, alabandiua, albito, alumen, alunogenio,
amphybolios, amphigenio. analcimo, anathasio, andalusito, anglc ilo,
annal)~rgito, anthosidel'ilo, anthracito. antimonio, apatito, apopllyllilo,
aragonito, argillas, al'senopyrite, o.suolanea o asphalto. Eutl'etanlo
o a.utor declara muito modestamente em nota: «Não pretende esta
resumida enumeração de mineraes ser completa. Nada. mais é do que
base de futura publicação, que obrigará a muitos n.nnos de atUl'a.do
trabalho. »Felizmente não lhe faltam nem talentos nem meios ele
levar avante o seu importante tt'abalho.»
- Sepa?'at-Abd1'LICk aus del~ mineralogischen und petl'ographis-
~hen MittheiZtmgen herausgegeben von G. Tschermak, INien, Alrre<1
Hõlder ( Druck von Gotlieb Oi tel & C., io ,Vien s. d., in·SO de 13
pags. num. de 451,46,7, com uma estampa. fóra do texto e figs. inler·
caladas. C0ntem: Dom Pedl'o Augu ·to v n Sachsen.Cobul'g: Beitrage ;;Ul'
Mineralogie ttnd Pelrogmphíe Brasiliens. Nest'outro tl'aualho são
estudados algun. mineraes existentes na provincia de Minas Geracs
( no Morro Velho, em Caldas e Dbuua,ntina l. na do RIo tle Janeiro ( em
PetropoUs l e nesta cidade (pedrcil'a da Sa,udade, Estrada Velha d11
Tijuca e pedreil'a do Comle d'Eu, nas Lal'anjeiras l-Sei que d. Peuro
Augusto tinha entl'e mãos trabalhos uo mais alto folego quando foi
banido do Brazil ; que leu na sessão solemne do IostiLuto historico em
homenagem á nação chileua a 31 de outubro de 1889 um trabalho
sobre
_. Minas do Estado tio Chile - o qual passava n. limpo paL'l1 eu viar
ao lustHuto, quando se deu seu banimento em conseqnencÜ1 da pro~
'clamação da Republica e da queua da Monarchia; e que sob o titulo
- Clwistallographia - leu na Academia de sciencias de Pariz um
trabalbo que foi muito applandirlo.
PE 21
elo 1828 o fa.tloceu no Rio Grl.nde do Sul no anilo de 1830. Fui o jornalista
que por mais tempo, sem um dia. de descanso, lutou na impren 'a ;
viote e sete annos b-lleu-se, desfechando e alJaraudo golpes succes-
sivos. Em 184S, estudaodo o seguodo anno da antigt), escola militar
com praça de cadete do l° batalhão de artilli~U'ia, por envolver-se em
politica, foi pl'eso e eo viado pari), a [Jeovincia de S. Pedro do Sul, e abi
obteve sua baixa do serviço do exervito no fim do anno de 1853, depois
de ter militado na campanha contr'1 o mctador Rosas. Então, com de-
cidida vocação para o jornalismo, jil. tendo se empenhado em grande
luta pela imprensa, com o Diario do Rio G~-ande, que combatia atl'oz-
meote a administração do pl'esidente Sinimbú, creou e eec1igiu:
- O Jagua~-ense. Jaguarão, IS55, io·fol. - Creio que foi a primeira
folha que se publicou na villa, hoje cidade ele Jagual'ão. O primeil'o
numero sahiu a 7 de setembl'o n'uma typographia de seu redactol'.
A esta folha -succedeu por mudança de titulo o
- Echo do Sul: orgão politico, commercial e instructivo. Jagual'ão
e Rio Grande, 1856 a 18S0, iu-ful. - Foi publicado em Jaguarão até
fins de setembro de 1858. De outubro em deante foi publicado na ci-
dade do Rio Grdnc1e, para onde se transfel'ira seu redactor e proprie-
tario.
•
PE 41
lo, 1874. Este trabalho não foi cOllcluido por interrupção da publicaçiio
do cilado p riouico. Nesse estudo o autor consid ra. a mulher em
diversas condições e ef;lados.
- Apl"lJciaçLIo sobre os trabalhos do Emilio Castellal', No Monilo)'
Campista. Campos, 181, ..
- Relatorio apresentauo ao miuistel'io da justiça o negocias inte-
riores pelo director do.archivo. publico nacional em 1899. Rio de Ja-
neiro, 1899, 12 pllgs. iu-8°.
Q
Fl.·. Quintiliano de Santa l:-Iu:m.l1ian B nu-
vides - Filho tIe João de Souza Benavides e dona Anna Marcelina
de Jesus, nasceu em Vi lia Rica, hoje Ouro PreLo, Minas Gemes, no alloo
de 1784 e falleceu no Rio tle Janeiro a II de março de 1868. Chamando-se
no seeulo Tbeotonio de Souza Benavides, proCessou no convento dos
franciscanos da ilha Grande em 1808 e foi ordenado presbytcro em São
Paulo em 18Il pelo bispo d. Matlreus de Abrel1 Pereira: Ocoupou em
sua, ordem os mais elevados cargos, como o de ministro provincial por
eleição de 30 de outubro de 1847 e escreveu:
- Refutação ao Manifesto do sr. S. Fabregas Surigué, olferecida
aos leitores do ditó Manifesto. Rio de Janeiro, 1840, 32 pags. in-4° -
VerSlL sobre a. maçonaria, que frei Quintiliano condemna.
8;)
R
RaJ'Dh'o Afl"onso ~~onteiro - Filho de Romualdo
Antonio Monteiro e nascido na antiga villa, hoje cidade de Camamú,
na Bahia, a 2::l de novembro de 1840, é doutor em medicina pela facul·
dade da Bahia, e da mesma faculdade, mediante o respectivo concurso,
foi nomeado lente oppositor dllo secção medica e depois lente cathedra·
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