4. QUESTÕES .................................................................................................................. 69
O material continua com a Teoria Geral do Crime, que ainda será retomada
em outro momento com temas como o crime continuado. Dedicamos uma especial
atenção à classificação dos crimes, uma vez que, embora nunca figure
especificamente em editais de DPF como tópico específico, sempre acaba cobrado
4
direta ou indiretamente em todos os certames da carreira. Não podemos perder
questões por não saber nomenclatura!
Artur Herbas
1. INTRODUÇÃO AO DIREITO PENAL
CONSTITUCIONAIS
CONSTITUCIONAIS IMPLÍCITOS
EXPLÍCITOS
1.2.1. LEGALIDADE
Classicamente, diz-se que nullun crimen, nulla poena sina praevia lege,
conforme a consagrada fórmula de Feuerbach. Segundo Luiz Luisi, o princípio da
legalidade constitui “patrimônio comum da legislação penal dos povos civilizados”.
CF, art. 5º, XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem
prévia cominação legal.
CP, art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem
prévia cominação legal.
A medida provisória não poderá versar sobre direito penal e processual penal,
7
conforme a redação do art. 62, § 1º, b, da CF.
a) Lege praevia (art. 5º, incisos XXXIX e XL da CF) - Não há crime sem lei
anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. A lei penal deve ser prévia
à prática da infração penal. Trata-se do princípio da anterioridade da lei penal,
que tem como consequência a proibição da retroatividade da lei penal mais
severa, cuja previsão encontra-se no art. 5º, inciso XL, da CF, ou seja: a lei penal não
retroagirá, salvo para beneficiar o réu. OBS: A retroatividade benéfica é garantia
fundamental do cidadão.
b) Lege scripta (reserve legal) - Somente a lei penal escrita, em sentido formal,
poderá criar crimes e cominar penas. Consequência: proíbe-se a criação de crimes
pela via dos costumes. Não existe, no direito penal, o costume incriminador,
embora o costume sirva para a interpretar a lei penal (costume interpretativo).
QUESTÃO - Existe costume abolicionista no Direito Penal? Ou seja, um
costume passível de revogar uma infração penal?
d) Lege certa (taxatividade) - A lei penal deve ser clara, certa, precisa, proibindo-
se o uso de conceitos vagos e imprecisos. Estamos diante do fundamento jurídico
da reserva legal, qual seja, o princípio da taxatividade, o qual exige, na elaboração
dos delitos, a facilidade na sua compreensão, não cabendo em seu conteúdo
expressões ambíguas ou indeterminadas. Obs: para César Bittencourt, o art. 288-A
do CP é exemplo de tipo penal que viola a taxatividade da lei penal.
8
1.2.1.3. Sentidos do Princípio Da Legalidade
a) Sentido amplo (CF, art. 5º, inciso II): Ninguém está obrigado a fazer ou a
deixar de fazer algo, salvo em virtude de lei.
b) Sentido estrito (art. 5º, inciso XXXIX): Específico para o direito penal -
“nullum crimen sine praevia legis”. Legalidade criminal – não há crime sem lei.
Legalidade penal – não há pena sem lei. Legalidade jurisdicional ou processual – não
há processo sem lei. Legalidade execucional – não há execução sem lei.
Ou seja, a lei penal incriminadora não pode retroagir para punir fatos
concretos que até então não eram passíveis de repressão criminal. A lei penal deve
ser prévia ao fato delituoso.
Significa que a lei penal não pode retroagir, salvo para beneficiar o acusado.
Trataremos detalhadamente do tema em momento oportuno.
CF, art. 5º, XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo
a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos
termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite
do valor do patrimônio transferido;
9
Trata-se de princípio constitucional expresso (art. 5º, XLV), significando que a
pena não pode passar da pessoa do delinquente.
Não cabe, por exemplo, aplicar pena ao filho por crime cometido pelo pai.
Está assentado no brocardo “de minimis non curat praetor”. Em 1964, Roxin
introduziu no direito penal o princípio da insignificância ou da bagatela. Parte da
doutrina relaciona a insignificância como princípio autônomo.
Mnemônico: CAIR
11
AREsp 1015210/MG, Rel. Min. Felix Fischer, 5ª T., j.
04/04/2017).
Lesividade ou ofensividade.
Não há crime sem ofensa (nullum crimen sine iniuria). Se a conduta, no caso
concreto, não violar o bem jurídico, nem sequer ameaçá-lo, não existe crime.
Adequação social.
Significa que uma conduta, sendo aceita e aprovada pela sociedade, não pode
ser considerada materialmente típica. Constitui uma decorrência da intervenção
mínima (mas, assim como a ofensividade e insignificância, há autores que
classificam a adequação social como princípio autônomo). Exemplo:
Casa de prostituição - CP, art. 229 - Ilicitude afastada pela
realidade social e evolução dos costumes - Conceito moral
ultrapassado e já sem sustentáculo na atualidade - Sua
consequente atipicidade. - Embora ainda figure no Código
Penal vigente, - este dos idos de 1940 -, a conduta a que se
refere o seu art. 229 (casa de prostituição) deixou de ser
vista à conta de delituosa. E deixou de sê-lo, porque se
trata de um conceito moral reconhecidamente
ultrapassado e que já não tem mais como sustentar-se nos
dias atuais. A sociedade hodierna culminou por ditar uma
realidade que acabou por afastar a ilicitude daquela
conduta - a do art. 229 -, tornando-a, em consequência,
atípica, em nome da evolução dos costumes (TJMG.
Apelação Criminal 1.0024.04.375455-5/001. 2ª Câmara
Criminal. Rel. Des. Hyparco Immesi. j. em 26.06.2008)
b) perda de bens;
c) multa;
Significa que a pena deve ser individualizada para cada caso, evitando-se
padronizações.
1.2.5. CULPABILIDADE
1.2.6. HUMANIDADE
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;
1.2.7. PROPORCIONALIDADE
No âmbito do Direito Penal, significa que a severidade das penas deve ser
proporcional à gravidade dos delitos praticados.
2. LEI PENAL
19
2.1. FONTES DO DIREITO PENAL
a) Costumes
Mas atenção, alguns autores optam por classificar os costumes como Fontes
Informais do Direito Penal.
c) Atos Administrativos
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio
insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
Divide-se em:
Nesse caso, o complemento (sanção aplicável) só pode ser fornecido por lei
em sentido estrito, sob pena de violação do princípio da reserva legal.
Ex: Art. 246 do Código Penal – “Deixar, sem justa causa, de prover à instrução
primária de filho em idade escolar”. O conceito de instrução primária pode ser
encontrado no art. 208, I da Constituição Federal – “educação básica obrigatória e
gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua
oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria”.
2.2.4.5. Norma penal em branco ao quadrado
CP, art. 2º, parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer
o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença
condenatória transitada em julgado.
A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu (irretroatividade da lei
penal ou retroatividade da lei penal benéfica).
Regra à Aplicação da lei vigente à época dos fatos (tempus regit actum).
Exemplo (1): Sujeito pratica os furtos “1”, “2” e “3”, nas mesmas condições de
tempo, lugar e modo de execução, configurando-se o crime continuado (art. 71 do
CP). Imaginemos que os furtos “1” e “2” foram praticados sob a égide da lei “A”, que
é mais benéfica. Sobrevém a lei “B”, prejudicial ao réu, e, sob a égide dela, ele pratica
o furto 3. Qual lei se aplica?
Exemplo (2): Sujeito sequestra a vítima sob a égide da Lei “A”. Enquanto a
vítima está em cativeiro, sobrevém Lei “B”, prejudicial ao acusado. Qual lei se aplica?
Sequestro (começa sob a égide da Lei “A” e se prolonga até o advento da Lei “B”)
27
Aplica-se a Lei “B”. Nesse sentido é a súmula 711 do STF:
CP, art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime,
cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.
28
STJ: O princípio da continuidade normativa típica ocorre quando uma norma
penal é revogada, mas a mesma conduta continua sendo crime no tipo penal
revogador, ou seja, a infração penal continua tipificada em outro dispositivo,
ainda que topologicamente ou normativamente diverso do originário (HC
187.471, Rel. Min. Gilson Dipp, 5ª T., j. 04.11.11).
Combinação de leis
Lei 6.368/1976,
Lei 11.343/2006, art. 33:
art. 12:
(possível?)
Duas correntes:
29
a) Majoritária - Não pode. O juiz, ao criar uma terceira norma (lex tertia),
estaria legislando, usurpando a competência do Poder Legislativo (Teoria da
Ponderação Unitária ou Global).
São leis elaboradas para terem curta duração. São leis ULTRATIVAS E
AUTORREVOGÁVEIS.
L ugar
U biquidade
T empo
A tividade
2.4.2. TERRITORIALIDADE
Territorialidade 35
CP, Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e
regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional.
Em suma:
2.4.3. EXTRATERRITORIALIDADE 36
Aplicação da lei brasileira a crimes cometidos no estrangeiro. A
Extraterritorialidade da lei penal brasileira pode ser: incondicionada, condicionada
e hipercondicionada.
CP, Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
I - os crimes: Princípio/Extraterritorialidade
* Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das
seguintes condições:
38
a) entrar o agente no território nacional;
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a
extradição;
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar
extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.
Quem possui?
CF, art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por
quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.
Exceção: poderão ser presos em flagrante por crime inafiançável. Neste caso
o auto de prisão será remetido à casa respectiva que resolverá, no prazo de 24
horas, em juízo político, sobre a conveniência e oportunidade da prisão, podendo
relaxá-la, por meio de voto aberto.
Observações finais:
Contagem de prazo
2.6.4.1. Conceito
45
a) especialidade;
b) subsidiariedade;
c) absorção ou consunção.
d) sucessividade;
e) alternatividade.
A norma especial tem preferência sobre a norma geral (lex specialis derogat legi
generali). É especial a norma que possui certa particularidade objetiva ou subjetiva.
Contém todos os requisitos da geral, além de elementos especializantes.
Subsidiariedade expressa:
Subtração de incapazes
Pena - detenção, de dois meses a dois anos, se o fato não constitui elemento
de outro crime.
Subsidiariedade tácita:
Furto Roubo
Art. 155 - Subtrair, para si ou para Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para
outrem, coisa alheia móvel: si ou para outrem, mediante grave ameaça
ou violência a pessoa, ou depois de havê-la,
Pena - reclusão, de um a quatro
por qualquer meio, reduzido à
anos, e multa.
impossibilidade de resistência:
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e
multa.
2.6.4.4. Critério da absorção ou da consunção
Significa que a norma que prevê o fato de forma menos abrangente deve ser
preterida em relação a outra que contenha o mesmo fato, mas de maior amplitude
(lex consumens derogat consumptae).
Assim, significa que o crime-meio deve ser absorvido pelo crime-fim. Aqui, a
relevância está na existência de um fato da vida real que engole outro.
Diz respeito à sucessão de leis penais no tempo. Significa que lei posterior tem
preferência à lei anterior que cuide do mesmo fato (lex posterior derogat legi priori).
O correto seria o legislador revogar expressamente a lei anterior, mas, em muitas
vezes, não o faz. Ex.: art. 32 da LCP derrogado pelo art. 309 do CTB.
Súmula 720 do STF: O art. 309 do Código de Trânsito
Brasileiro, que reclama decorra do fato perigo de dano,
derrogou o art. 32 da Lei das Contravenções Penais no
tocante à direção sem habilitação em vias terrestres.
Denomina-se crime comum aquele que não exige sujeito ativo especial ou
qualificado (ex.: homicídio), e crime próprio aquele que exige sujeito ativo
qualificado ou especial (ex.: a qualidade de mãe é essencial para a configuração do
crime de infanticídio).
Pessoa jurídica pode ser sujeito ativo de crime? Diz o art. 225, § 3º/CF:
49
Na esteira da CF, diz o art. 3º da Lei 9.605/1998 (Lei dos Crimes Ambientais):
O Direito Penal tem como característica Ainda que não possa sofrer privação de
essencial a possibilidade de aplicação liberdade, a PJ pode sofrer outras
de pena privativa de liberdade. Pessoa espécies de sanções no âmbito penal,
jurídica não pode sofrer privação de como multas, suspensão das
liberdade. Logo, a utilização do Direito atividades, interdição, etc. A
Penal é desnecessária, podendo-se condenação criminal é mais grave,
empregar outros instrumentos, como repercutindo de forma mais intensa e
multas administrativas. negativa que a aplicação de multa civil.
Não há amparo legal. O art. 225, § 3º, da O art. 225, § 3º, da CF, permite a
CF, que trata dos crimes ambientais, aplicação de sanções penais às PJs (“As
permite a aplicação de sanções penais condutas e atividades consideradas
às pessoas físicas e apenas sanções lesivas ao meio ambiente sujeitarão os
administrativas às pessoas jurídicas. infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a
sanções penais e administrativas,
independentemente da obrigação de
reparar os danos causados”).
Diz-se que o sujeito passivo é comum quando o tipo penal não exige qualquer
qualidade especial da vítima, ou seja, aquele delito que pode ser praticado contra
qualquer pessoa (ex.: homicídio). Por outro lado, o sujeito passivo é próprio quando
o tipo penal demanda alguma qualidade da vítima (ex.: ser o filho no crime de
infanticídio, a vulnerabilidade no estupro de vulnerável, etc.).
Nessa linha, crimes bipróprios são aqueles que exigem uma qualidade
especial do sujeito ativo e também do sujeito passivo. Um exemplo é o próprio
crime de infanticídio (“art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o
próprio filho, durante o parto ou logo após”). O sujeito ativo é qualificado (a mãe) e
o sujeito passivo também é qualificado (o filho).
Obs. 3: A mesma pessoa não pode figurar, ao mesmo tempo, como sujeito
ativo e passivo do crime, caso contrário haveria violação ao princípio da
alteridade. (Rogério Greco traz o crime do art. 137 do CP como única exceção).
Obs. 4: Pessoa jurídica pode ser vítima de crime (ex: para o STF e STJ, a PJ
poderá ser vítima nos crimes de difamação).
a) Objeto Jurídico
Objeto jurídico é o bem jurídico tutelado pela norma penal incriminadora. (ex: 52
no homicídio, o objeto jurídico é a vida; no furto, protege-se o patrimônio).
Não existe crime sem objeto jurídico, a missão do direito penal é a tutela dos
bens jurídicos indispensáveis à convivência humana.
b) Objeto Material
Infração penal
Crime Contravenção penal
(gênero)
Reclusão → Fechado,
semiaberto ou aberto
Prisão simples → Semiaberto
Detenção → Semiaberto ou aberto
Regime inicial
ou aberto
cabível Inadmissível a regressão para
Possível a regressão o fechado (art. 6º, LCP)
para o fechado (art. 33,
caput, CP)
Regime fechado →
Prisão simples deve ser
53
penitenciária (art. 87,
cumprida sem rigor
LEP)
Local de penitenciário, em
cumprimento de Semiaberto → colônia estabelecimento especial ou
pena privativa de agrícola, industrial ou seção especial de prisão
liberdade similar (art. 91, LEP) comum, em regime
semiaberto ou aberto (art. 5º,
Aberto → casa do
LCP)
albergado (art. 93, LEP)
Regra: 2 a 4 anos
Instrumentos ou
produto do crime
podem ser confiscados Instrumentos de
Confisco (art. 91, II, a, CP) e contravenção não podem ser
confiscados
Confisco Alargado
(art. 91-A, CP - anticrime)
Comum - Pode ser praticado por qualquer pessoa (ex.: homicídio, furto).
Próprio - Exige sujeito ativo qualificado ou especial. Essa qualidade pode ser
de direito (ex.: ser funcionário público, no crime de corrupção passiva – art. 317) ou
de fato (ex.: ser a mãe, no crime de infanticídio – art. 123).
De mão própria - É aquele que somente pode ser praticado pelo próprio
agente, diretamente. Exigem atuação pessoal. A conduta da pessoa exigida pela lei,
para a caracterização do crime, é infungível. Ex.: falso testemunho. Somente a
própria testemunha pode ir ao juiz e praticar o crime.
São crimes comissivos (descrevem uma O tipo penal descreve uma omissão:
ação) praticados por meio de uma para identificá-los, basta a leitura da
inatividade. norma.
57
É o que se dá nos casos em que está Há violação do dever genérico de
presente o dever jurídico de agir (dever agir, desta feita, o sujeito ativo da
específico) para evitar o resultado (art. omissão pode ser qualquer pessoa
13, § 2º, do CP). (ex. art. 135 do CP).
Logo, o sujeito ativo da omissão São crimes unissubsistentes: a
imprópria somente são as pessoas conduta é composta de um único ato
elencadas nos incisos I a III, do § 2º, art. e, por isso, são crimes que não
13 do CP. São crimes próprios, admitem a forma tentada.
materiais e admitem a tentativa.
A natureza jurídica do citado artigo é de
norma de extensão e a adequação
típica se dá por subordinação indireta.
58
concreto na condução do veículo.
Sob o enfoque processual, se uma infração é praticada por várias pessoas, seja
em concurso eventual, seja em concurso necessário, dar-se-á o vínculo de
continência por cumulação subjetiva que, em regra, motivará a reunião dos
processos para julgamento conjunto (art. 77, I, do CPP).
a) Repetição de atos;
Crime Mutilado de dois atos: outra espécie de crime intenção, mas, nesse, o
resultado visado, igualmente dispensável para a consumação do delito, DEPENDE
de um novo comportamento seu, como ocorre coma falsificação de moeda, que já
se configura pela falsificação em si, mas que é praticado visando colocar o
numerário falso em circulação.
Crime de forma livre é aquele que não pressupõe uma maneira específica
para sua prática. Ex.: furto.
Art. 1º - Esta Lei prevê os crimes que lesam ou expõem a perigo de lesão:
Art. 2º - Quando o fato estiver também previsto como crime no Código Penal,
no Código Penal Militar ou em leis especiais, levar-se-ão em conta, para a
aplicação desta Lei:
Praticados por funcionário público, conforme o art. 327 do CP. Podem ser:
Mnemônico: Veja que o crime à Distância perpassa por Dois ou mais países.
Crime plurilocal - São aqueles cujo iter criminis abrange dois ou mais
territórios do mesmo país – ex.: capital e interior do Estado. Aplicam-se as regras
de competência do art. 70 do CPP (firmada pelo local da consumação).
Ex. o ato do médico que toca a região genital de uma mulher pode caracterizar
apenas um exame ginecológico ou o crime de violação sexual mediante fraude, a
depender da sua vontade.
Aquele praticado sem motivo algum. Entende-se que a falta de motivo não
configura motivo fútil.
3.6.1. NOÇÕES
67
Para uma compreensão inicial, segundo lição de Roxin, bens jurídicos
podem ser definidos como circunstâncias reais dadas ou finalidades
necessárias para uma vida segura e livre, que garanta a todos os direitos
humanos e civis de cada um na sociedade ou para o funcionamento de um
sistema estatal que se baseia nestes objetivos. Cabe ao legislador, na sua
propícia função, proteger os mais diferentes tipos de bens jurídicos,
cominando as respectivas sanções, de acordo com a sua importância para a
sociedade. Assim, haverá o ilícito administrativo, o civil, o penal, etc.
Bem jurídico não se confunde com objeto material. Objeto material é a pessoa
ou coisa sobre a qual recai a conduta criminosa.
Função sistemática
O sistema é montado a partir de bens jurídicos. No
próprio CP, os crimes são classificados por bem
68
jurídicos (crimes contra a pessoa, patrimônio, etc.).
a) adequação social.
b) culpabilidade.
c) fragmentariedade.
d) ofensividade.
e) proporcionalidade.
( ) Certo
69
( ) Errado
( ) Certo
( ) Errado
( ) Certo
( ) Errado
e) é uma fonte formal mediata, tal como o costume e os princípios gerais do direito.
70
Se, durante o processo judicial a que José for submetido, for editada nova lei que
diminua a pena para o crime de receptação, ele não poderá se beneficiar desse fato,
pois o direito penal brasileiro norteia-se pelo princípio de aplicação da lei vigente à
época do fato.
- Certo
- Errado
7. (PF – Agente/CESPE/2012) Julgue os itens a seguir com base no direito
penal.
O fato de determinada conduta ser considerada crime somente se estiver como tal
expressamente prevista em lei não impede, em decorrência do princípio da
anterioridade, que sejam sancionadas condutas praticadas antes da vigência de
norma excepcional ou temporária que as caracterize como crime.
( ) Certo
( ) Errado
8. (TJRS/FAURGS/2016)
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas II e III.
9. (DPC-AC/IBADE/2017) Analise as seguintes assertivas acerca da norma penal:
b) taxatividade. 72
c) intranscendência.
d) ofensividade.
e) inderrogabilidade.
a) é cabível a aplicação retroativa, desde que integral, das disposições da vigente lei
de drogas, se mais favoráveis ao réu, vedada a combinação de leis.
d) é cabível a aplicação retroativa, ainda que parcial, das disposições da vigente lei
de drogas, se mais favoráveis ao réu, vedada a combinação de leis.
e) são retroativas as disposições da vigente lei de drogas, mesmo que desfavoráveis
aos réus, vedada a combinação de leis.
a) excepcional.
b) temporária.
c) corretiva.
d) intermediária.
15. (2017 – FAPEMS - PC-MS - Delegado de Polícia) Com relação aos princípios
aplicáveis ao Direito Penal, em especial no que se refere ao princípio da adequação
social, assinale a alternativa correta:
a) o Direito Penal deve tutelar bens jurídicos mais relevantes para a vida em
sociedade, sem levar em consideração valores exclusivamente morais ou
ideológicos.
d) não há crime se não há lesão ou perigo real de lesão a bem jurídico tutelado pelo
Direito Penal.
e) apesar de uma conduta subsumir ao modelo legal, não será considerada típica se
for historicamente aceita pela sociedade.
16. (FAPEMS - 2017 - PC-MS - Delegado de Polícia) No que diz respeito aos
princípios aplicáveis ao Direito Penal, analise os textos a seguir:
- A proteção de bens jurídicos não se realiza só mediante o Direito Penal, senão que
nessa missão cooperam todo o instrumental do ordenamento jurídico (ROXIN,
Claus. Der echo penai- parte geral. Madrid: Civitas, 1997.1.1, p. 65).
19) (2019 – AOCP – Investigador da Polícia Civil – ES) De acordo com o Código
Penal, assinale a alternativa correta.
a) Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime,
cessando em virtude dela a execução, mas não os efeitos penais da sentença
condenatória
b) A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos
anteriores, exceto se decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
e) Em nenhuma situação, a lei brasileira pode ser aplicada aos crimes praticados a
bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada.
20. (CESPE – PRF – Policial Rodoviário Federal - 2009) O art. 1.º do Código Penal
brasileiro dispõe que “não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem
prévia cominação legal”. Considerando esse dispositivo legal, bem como os
77
princípios e as repercussões jurídicas dele decorrentes, julgue o item que se segue.
- Certo
- Errado
Manoel praticou conduta tipificada como crime. Com a entrada em vigor de nova
lei, esse tipo penal foi formalmente revogado, mas a conduta de Manoel foi inserida
em outro tipo penal. Nessa situação, Manoel responderá pelo crime praticado, pois
não ocorreu a abolitio criminis com a edição da nova lei.
- Certo
- Errado
22. (MPE-RS, 2014) Considere, abaixo, a norma disposta no art. 7º, inciso II, alínea c,
do Código Penal.
“Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro [...], os crimes [...]
praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade
privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados”.
a) proteção.
b) justiça universal.
c) representação.
d) defesa.
78
e) territorialidade.
23. (FCC, TJ-SE, 2015) João, brasileiro, é vítima de um furto na cidade de Paris, na
França. O autor do delito foi identificado na ocasião, José, um colega brasileiro que
residia no mesmo edifício que João. A Justiça francesa realizou o processo e ao final
José foi definitivamente condenado a uma pena de 2 anos de prisão. Ambos
retornaram ao país e José o fez antes mesmo de cumprir a sua condenação. Neste
caso, conforme o Código Penal brasileiro:
a) não se aplica a lei penal brasileira, pois José já foi condenado pela justiça francesa.
c) aplica-se a lei penal brasileira, desde que haja requisição do Ministro da Justiça.
d) aplica-se a lei penal brasileira, se não estiver extinta a punibilidade segundo a lei
mais favorável.
e) não se aplica a lei penal brasileira por ter sido o crime cometido em outro país.
24. (FUNTADEC – PC/RS – 2018 – Delegado de Polícia) Analise as assertivas a
seguir, de acordo com a classificação doutrinária dos crimes:
IV. Pode-se dizer que o crime de tráfico de drogas, previsto no artigo 33, caput, da
Lei nº 11.343/2006, é um exemplo de crime de perigo abstrato e unissubjetivo.
a) Apenas I.
b) Apenas II.
25. (TJPR 2019) Nas disposições penais da Lei Geral da Copa, foi estabelecido que
os tipos penais previstos nessa legislação tivessem vigência até o dia 31 de
dezembro de 2014. Considerando-se essas informações, é correto afirmar que a
referida legislação é um exemplo de lei penal:
a) excepcional.
b) temporária.
c) corretiva.
d) intermediária.
26. (MPE-MG/FUNDEP/2018) O art. 14, II, Parágrafo único, do Código Penal,
estabelece que “salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena
correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços”.
Excepcionalmente, contudo, a lei penal pátria descreve condutas cujo tipo prevê a
punição da tentativa com a mesma pena abstratamente aplicável ao crime
consumado. É o que sucede, v.g., com o crime tipificado no art. 352, do Código Penal:
“Evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou o indivíduo submetido a medida de
segurança detentiva, usando de violência contra a pessoa”: Tal espécie delitiva é
classificada pela doutrina como:
a) Crime vago.
b) Crime plurissubsistente.
c) Crime de empreendimento.
d) Crime de impressão.
e) material.
b) O crime de mão própria somente pode ser praticado mediante paga ou promessa
de recompensa;
d) O crime de mão própria é aquele que somente pode ser praticado pela pessoa
expressamente indicada no tipo penal;
e) O crime de mão própria só pode ser praticado por pessoas de certa faixa etária.
III - Crimes vagos são aqueles que não possuem objeto material determinado.
( ) Certo ( ) Errado
33. (DPCES – ACESSO – 2019) Tício, morador do Rio de Janeiro, começou a namorar
Gabriela, uma jovem moradora da cidade de São Paulo. Com o passar do tempo e
os efeitos da distância, Tício, motivado por ciúmes, resolveu tirar a vida de Gabriela.
Pôs-se então a planejar a prática do crime em sua casa, no Rio de Janeiro, tendo
adquirido uma faca, instrumento com o qual planejou executar o crime. No dia em
que seguiu para São Paulo para encontrar Gabriela, que lhe o esperava na
rodoviária, Tício combinou com a jovem uma viagem a passeio para o Espírito Santo.
Ao ingressarem no ônibus que os levaria de São Paulo para o Espírito Santo, Tício
afirmou para Gabriela que iria matá-la. Todavia, dada a calma de Tício, a jovem
achou que se tratava de uma brincadeira. Durante o trajeto, Tício, ofereceu a ela
uma bebida contendo substância que causava a perda dos sentidos. Após Gabriela
beber e dormir, sob efeito da substância, enquanto passavam pela BR-101, no Rio
de Janeiro, Tício passou a desferir golpes com a faca no peito da jovem. Quando
chegou ao destino, Tício se entregou para polícia, e Gabriela, embora tenha sido
socorrida, veio a óbito ao chegar ao Hospital.
O crime descrito no texto foi praticado, de acordo com a lei penal, no momento
34. (2018 Banca: VUNESP - Delegado de Polícia - DPCSP) João comete um crime
no estrangeiro e lá é condenado a 4 anos de prisão, integralmente cumpridos. Pelo
mesmo crime, João é condenado no Brasil à pena de 8 anos de prisão. João 83
a) cumprirá 8 anos de prisão no brasil, uma vez que para essa quantidade de pena
não se reconhece o cumprimento no estrangeiro.
b) não cumprirá pena alguma no brasil caso de trate de país com o qual o brasil tem
acordo bilateral para reconhecer cumprimento de pena.
c) não cumprirá pena alguma no brasil, uma vez já punido no país em que o crime
foi cometido.
d) cumprirá 8 anos de prisão no brasil, uma vez que o brasil não reconhece pena
cumprida no estrangeiro.
IV. A lei penal brasileira é aplicável aos crimes cometidos em aeronaves estrangeiras
de propriedade privada que estiverem sobrevoando o espaço aéreo brasileiro.
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36. (MPE-SP, 2015) Após leitura dos enunciados abaixo, assinale a alternativa falsa:
d) Lei excepcional, por ter ultratividade, pode ser aplicada a fatos praticados durante
sua vigência mesmo após sua revogação.
e) A lei penal, ao entrar em conflito com lei penal anterior, pode apresentar as
seguintes situações: novatio legis incriminadora, abolitio criminis, novatio legis in pejus
e novatio legis in mellius.
5. GABARITO COMENTADO
1. Letra “C”: A fragmentariedade decorre do raciocínio de que o Direito Penal
divide (fragmenta) as relações sociais para selecionar os “fragmentos” de bens
jurídicos cuja defesa é importante o suficiente para o aparato penal do Estado.
2. CERTO: A novatio legis in mellius retroage até mesmo nos casos de coisa
julgada, bastando a análise do parágrafo único do art. 2º do CP: “A lei posterior, que
de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que
decididos por sentença condenatória transitada em julgado”.
6. Errada: Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa
de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da
sentença condenatória.
8. Letra "B": Nos termos do art. 5º do CP, "aplica-se a lei brasileira, sem
prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime
cometido no território nacional. § 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como
extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza
pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como
as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada,
que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves
ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em
pouso no território nacional ou em voo no espaço aéreo correspondente, e estas
em porto ou mar territorial do Brasil".
(E) INCORRETA: Para tal princípio, sem previsão legal no Brasil, inexiste
legitimidade na imposição da pena nos casos em que, nada obstante a infração
penal esteja indiscutivelmente caracterizada, a aplicação da reprimenda desponte
como desnecessária e inoportuna. Apresenta desvalor da conduta e desvalor do
resultado. O fato é típico e ilícito, o agente é dotado de culpabilidade e o Estado
possui o direito de punir (punibilidade). É de se observar que a bagatela imprópria
tem como pressuposto inafastável a não incidência da bagatela própria. Com efeito,
se o fato não era merecedor da tutela penal, em decorrência da sua atipicidade,
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descabe enveredar pela discussão acerca da necessidade ou não de pena.
12. Letra “B”: A Lei Geral da Copa insere-se perfeitamente no conceito de lei
temporária, que, segundo a doutrina, possui cláusula de autorrevogação, com data
específica e determinada para o término da vigência da lei. Difere da lei excepcional,
que prevê para o término de vigência um evento futuro, porém, sem data definida,
como o término de uma Guerra, por exemplo.
(B) INCORRETA:
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Princípio da humanidade das penas - a pena deve respeitar os direitos
fundamentais do condenado enquanto ser humano. Não pode, assim, violar a sua
integridade física ou moral (CF, art. 5.º, XLIX). Da mesma forma, o Estado não pode
dispensar tratamento cruel, desumano ou degradante ao preso. Com esse
propósito, o art. 5.º, XLVII, da CF proíbe as penas de morte, de trabalhos forçados,
de banimento e cruéis, bem como a prisão perpétua. Assim sendo, há proximidade
do mencionado princípio com a vedação do cumprimento de pena em
estabelecimento prisional em localidade distante da família. Por outro lado, a
vedação de que o réu permaneça algemado durante audiência de instrução e
julgamento, está mais estreitamente ligada ao princípio da presunção de inocência.
18. C:
19. C:
a) Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de
considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da
sentença condenatória.
b) Art. 2º, Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o
agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença
condenatória transitada em julgado.
e) Art. 5º, §2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo
de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se
aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo
correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.
20. Errada: Nos termos da CF, art. 62, §1º, ‘b’, é vedada a edição de MP
versando sobre direito penal. Há o entendimento sobre ser possível em âmbito
penal quando for para beneficiar o réu, no entanto.
23. “D”: Art. 7º, II, “b”, e § 2º, “e”, do Código Penal. O agente era brasileiro,
entrou no território nacional, o furto está incluído no rol de crimes que o Brasil
autoriza a extradição, o agente não foi absolvido no estrangeiro nem lá cumpriu a
pena, não estando extinta a punibilidade (ver tabelas acimas no ponto específico).
24. “E”: I: certo. Crimes formais = crimes de resultado cortado. O tipo penal
contém conduta e resultado naturalístico, mas dispensa esse último para fins de
consumação. Se o resultado ocorrer haverá o chamado exaurimento.
III: certo. O crime de lesão corporal grave pela incapacidade para as ocupações
habituais por mais de 30 dias é denominado crime a prazo, pois a sua consumação
depende do decurso de certo lapso temporal. Veja o art. 168, §2º, CPP: Se o exame
tiver por fim precisar a classificação do delito no art. 129, § 1o, I, do Código Penal, deverá
ser feito logo que decorra o prazo de 30 dias, contado da data do crime.
A. Incorreta. Crime vago é aquele em que figura como sujeito passivo uma
entidade destituída de personalidade jurídica, como a família ou a sociedade.
Exemplo: tráfico de drogas (Lei 11.343/2006, art. 33, caput), no qual o sujeito passivo
é a coletividade.
28. D: O crime de mão própria é aquele que somente pode ser praticado pelo
próprio agente, diretamente. Ex.: falso testemunho. Somente a própria testemunha
pode ir ao juiz e praticar o crime. Os crimes de mão própria admitem participação,
mas não coautoria.
Crime vago: figura como sujeito passivo uma entidade sem personalidade
jurídica. Crime não transeunte é aquele que deixa vestígios materiais.
31. B
(C) Incorreta. O tráfico de drogas de forma genérica é crime vago (sem vítima
específica, pois a vítima é a coletividade e o bem jurídico é a saúde pública). Já o
crime de extorsão mediante sequestro não é crime profissional, pois não se exige
que seja praticado no exercício da profissão ou em razão dela.
32. E
(E) Correta.
33. A: A banca trouxe um enunciado enorme para cobrar algo bem simples
que vimos em nosso ponto, a teoria que explica o momento do crime no Código
Penal. O Código Penal em seu referido art. 4º, dispõe sobre a ação e omissão do
cometimento do crime, ou seja o tempo do crime, que se concretiza a partir da ação
do autor independente do resultado.
Tempo do crime
34. E: Na época a questão trouxe muito alvoroço, mas, com a leitura do artigo
8º e um pouco de objetividade, chegaríamos à resposta. Não acho que foi a questão
mais brilhante já elaborada, mas, não concordo com uma questão clássica de
anulação. Vamos ao artigo:
35. “D”:
III - Incorreta. Prevê o art. 2º, parágrafo único, do CP, que a lei mais benéfica
deve ser aplicada mesmo diante da existência de coisa julgada.
IV - É exatamente o que prevê o artigo 5º, §2º, do CP.
36. “C”: Nos termos do art. 6º do CP, “considera-se praticado o crime no lugar
em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se
produziu ou deveria produzir-se o resultado”. Adota-se a teoria da ubiquidade ou
mista: o crime deve ser considerado praticado tanto no território brasileiro, quanto
estrangeiro. Ex.: Conduta se dá no Brasil, resultado se dá no exterior.
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