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APRESENTAÇÃO
MATERIAIS
SEGURANÇA
PORTUGUÊS I INSTRUMENTAL
DO TRABALHO I
PORTUGUÊS INSTRUMENTAL
SUMÁRIO
UNIDADE I 05
1 - CONCEITUANDO................................................................................................ 06
2 - VARIEDADES LINGUÍSTICAS ............................................................................ 13
3 - AS FUNÇÕES DA LINGUAGEM.......................................................................... 19
UNIDADE II 24
1 - CONCEITUANDO.................................................................................................25
2 - TEXTUALIDADE, COERÊNCIA E COESÃO ..................................................... 29
3 - A COERÊNCIA E O CONTEXTO DISCURSIVO ................................................ 31
4 - DISCURSO DISSERTATIVO DE CARATER CIÊNTÍFICO ................................ 33
5 - SELEÇÃO LEXICAL............................................................................................. 37
6 - QUESTÕES NOTACIONAIS DA LÍNGUA........................................................... 43
UNIDADE III 51
1 - CONCEITUANDO..................................................................................................52
2 - PALAVRAS PARÔNIMAS E HOMÔNIMAS ...........................................................55
3 - DOCUMENTOS OFICIAIS E EMPRESARIAIS .................................................... 66
UNIDADE IV 78
1 - CONCEITUANDO..................................................................................................79
2 - BIBLIOGRAFIA .....................................................................................................87
SEGURANÇA DOMATERIAIS
PORTUGUÊS MATERIAIS
TRABALHOI I I
INSTRUMENTAL
PROFESSORES AUTORES
SEGURANÇA DOMATERIAIS
PORTUGUÊS MATERIAIS
TRABALHOI I I
INSTRUMENTAL
UNIDADE 1
PROCESSOS DA LINGUAGEM:
- LINGUAGEM ORAL E ESCRITA;
- LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL;
- AS VARIEDADES LINGUÍSTICAS NA
CONSTRUÇÃO DO TEXTO
Objetivos:
MATERIAIS
SEGURANÇA
PORTUGUÊS I INSTRUMENTAL
DO TRABALHO I
CAPÍTULO
1 CONCEITUANDO
“É a palavra que nos faz humanos, que nos diferencia dos outros animais.”
Reconhecer a linguagem como uma atividade humana significa dar a ela a devida
dimensão da nossa relação com o mundo. Dentre todas as linguagens, é a língua
natural – aquela que falamos – que nos dá identidade, permite a nomeação do mun-
do à nossa volta, participa da criação de categorias mentais a partir das quais nos
relacionamos com a realidade em que estamos inseridos. A língua está na base dos
nossos questionamentos e indagações sobre o modo como o mundo se organiza e
sobre como nos relacionamos com ele e com as pessoas com as quais vivemos.
Como falantes, participamos de um diálogo permanente no qual somosao
mesmo tempo atores e espectadores da performance dos nossos interlocutores. Jul-
gamos e somos julgados a partir do uso que fazemos da Língua Portuguesa. Estu-
daros diferentes modos de organização e uso da nossa língua significa lembrar que
esse estudo só vale a pena se nos tornar capazes de compreender o jogo de sentido
produzido pelos atores que participam da construção do discurso.
Sendo assim, o estudo através do Português Instrumental como disciplina se
propõe a despertar em você, estudante, a percepção de que a linguagem é parte
integrante de sua vida, dentro e, sobretudo fora da escola; que ela é instrumento
indispensável, tanto para a aquisição de conhecimento em quaisquer áreas do sa-
ber como para a participação dos indivíduos nos mais diversos contextos sociais de
interlocução. Os estudos gramaticais devem ser vistos, nesse contexto, como instru-
mento que facilita a obtenção de um conhecimento sobre a linguagem e seus usos
em situações reais, e não como objeto final das aulas, que não se deverão trans-
formar na apresentação interminável e maçante de definições, termos “estranhos” e
listas a serem memorizadas.
Dentro dessa perspectiva, veremos que escrita e fala são modalidades comuns
à língua, mas que apresentam diferenças e variedades tais que podem até mesmo
revelar quem somos e o modo como vemos o mundo. Para começar a entender um
pouco mais dessas modalidades, vejamos alguns conceitos e exemplos.
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PORTUGUÊS MATERIAIS
TRABALHOI I I
INSTRUMENTAL
COMUNICAÇÃO: ocorre quando interagimos com outras pessoas utilizando
linguagem.
Para se comunicar não é necessário apenas o uso de palavras. É possível ha-
ver comunicação através de gestos, expressões faciais e corporais. A esse conjunto
– palavras, gestos e expresões – damos o nome de LINGUAGEM.
Observe:
PARA REFLETIR
1. A mãe de Mafalda encontra uma amiga na rua. Observe as falas e os
gestos da mulher nos dois primeiros quadrinhos. O que sugerem expressões
como filhinha, gracinha, querida e meu bem? E os gestos da mulher em re-
lação à Mafalda?
2. O que expressa o gesto da Mafalda no terceiro quadrinho?
3. Por que a resposta de Mafalda surpreende a mulher?
4. Mafalda faz referência a dois tipos de resposta que poderia dar à mulher:
uma resposta padrão e outra não padrão. Levante hipóteses: qual seria a
resposta padrão?
5. Na pergunta resposta de Mafalda, a menina acaba revelando a imagem
que construiu da mulher. Que imagem é essa?
MATERIAIS
SEGURANÇA
PORTUGUÊS I INSTRUMENTAL
DO TRABALHO I
LINGUAGEM: é um processo comunicativo pelo qual as pessoas interagem
entre si.
Além da linguagem verbal, cuja unidade básica é a palavra (escrita ou falada),
existem também as linguagens não verbais, como a música, a dança, a mímica, a
pintura, a fotografia, entre outras, que por sua vez possuem outros tipos de unidade
como o gesto, o movimento, a imagem, etc. Há ainda as linguagens mistas, como as
histórias em quadrinhos, o cinema, o teatro eos programas de TV, que podem reunir
diferentes linguagens como o desenho, a palavra, o figurino, o cenário, etc. Mais re-
centemente, com o aparecimento da informática, surgiu também a linguagem digital,
que permite transmitir e armazenar informações nos meios eletrônicos.
Na tira lida as pessoas se inter-relacionam e interagem pormeio da linguagem.
A mulher, querendo ser amável com Mafalda e a mãe da garota, fala com a menina
e faz alguns gestos, o que provoca uma reação em Mafalda. Assim, pode-se dizer
que a comunicação nascida da interação entre essas pessoas foi construída solida-
riamente por elas, que são interlocutores no processo comunicativo.
INTERLOCUTORES: são as pessoas que participam do processo de intera-
ção por meio da linguagem.
Aquele que produz a linguagem – aquele que fala, que pinta, que compõe
uma música, que dança – é chamado de locutor, e aquele que recebe a linguagem é
chamado de locutário ou receptor. No processo de comunicação e interação, ambos
são interlocutores.
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TRABALHOI I I
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ATIVIDADES
1. Levando-se em consideração o seu conhecimento inerente ao processo co-
municativo, retrate as diferenças que demarcam linguagem verbal e não verbal e, se
possível, dê exemplos.
2. Observe e responda:
(UERJ)
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SEGURANÇA
PORTUGUÊS I INSTRUMENTAL
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4. Sabemos que as linguagens, verbal e não verbal, muitas vezes trabalham a
noção de intertextualidade, isto é, fazem alusão a uma obra de arte, a um fato his-
tórico, a um poema, a um filme, entre outros aspectos. Dessa forma, explicite seus
conhecimentos acerca destas, evidenciadas a seguir, dizendo qual a referência de
cada uma.
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TRABALHOI I I
INSTRUMENTAL
PRATIQUE
Veja o mapa abaixo com atenção e leia o conjunto de informações apre-
sentadas a seguir. Analise o mapa (a distribuição das cores nos países, com
a respectiva legenda), o texto informativo lateral, o gráfico (“Quem são os
famintos?”) e a foto.
POBREZA HÍDRICA
Como a agua é essencial para a agricultura, a ausência dela é hoje uma
das mais importantes causas da pobreza no mundo em desenvolvimento.
Uma das consequências da escassez de água é a fome, já que fica prati-
camente impossível ter boas colheitas sem agua. A maioria dos países de
grande pobreza hídrica está no continente africano, mas o problema também
é grande na China, Índia e Bangladesh.
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SEGURANÇA
PORTUGUÊS I INSTRUMENTAL
DO TRABALHO I
LEITURA COMPLEMENTAR
(INGEDORE. G. Villaça Koch. A inter-ação pela linguagem. 3 ed. São Paulo: Contexto,
1997, p.68)
SAIBA MAIS!
Leitura e compreensão de texto falado e escrito
http://culturadetravesseiro.blogspot.com.br/2010/12/lei-
tura-e-compreensao-de-texto-falado-e.html
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TRABALHOI I I
INSTRUMENTAL
CAPÍTULO
2
VARIEDADES LINGUÍSTICAS: NORMA CULTA OU
PADRÃO, VARIEDADES REGIONAIS E VARIEDADES
SOCIAIS
Variação e norma
(GONSALES, Fernando. Niquel Náusea: com mil demonios!! São Paulo: Devir,
2002.p.32)
Existem situações onde percebemos que algunas pessoas usam a língua por-
tuguesa diferente do modo que nos habituamos a ouvir e usar em nosso espaço de
convivencia e meios de comunicação. Essa diferença manifesta-se no vocabulario
utilizado, na pronúncia, na estrutura de palavras e frases.
A essa diferença chamamos de variação linguística, e ela decorre naturalmen-
te do fato de que a língua é um sistema dinâmico e extremamente sensível a fatores
como a região geográfica, o sexo, a idade, a classe social dos falantes e o grau de
formalidade do contexto. Então:
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MATERIAIS
SEGURANÇA
PORTUGUÊS I INSTRUMENTAL
DO TRABALHO I
CUIDADO COM O PRECONCEITO! (vídeo: https://www.youtube.com/watch?-
v=DiweofUhbT4)
_ Chica, seu dicionário “português – mineirês” tem até uma seção de frases
úteis!
_ Claro, ele dá dicas de como se informar sobre pontos turísticos, por exemplo.
Você quer saber onde pegar condução e em qual lugar específico você se encontra,
basta dizer: “_Nossinhora, oncotô? Onquié o pondiôns maipertin?”
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TRABALHOI I I
INSTRUMENTAL
ATIVIDADES
Leia o fragmento retirado do texto Língua brasileira, de Kledir Ramil, a seguir
para responder às questões de 1 a 7.
[...] O Brasil tem dessas coisas, é um país maravilhoso, com o português como
língua oficial, mas cheio de dialetos diferentes.
No Rio é “e aí merrmão! CB, sangue bom! Vai rolá umach paradach”. Até eu
entender que merrmão era “meu irmão” levou um tempo. Em São Paulo eles botam
um “i” a mais na frente do “n”: “ôrra meu! Tô por deintro, mas não tô inteindeindo”. E
no interiorrr falam um erre todo enrolado: “a Ferrrnanda marrrcô a porrrteira”. Dá um
nó na língua. A vantagem é que a pronúncia deles no inglês é ótima.
Em Mins, quer dizer em Minas, eles engolem letras e falam Belzonte, Nosse-
nhora e qualquer objeto é chamado de trem. Lembrei daquela história do mineirinho
na plataforma da estação. Quando ouviu um apito, falou apontando as malas: “Muié,
pega os trem que o bicho tá vindo”.
No nordeste é tudo meu rei, bichinho, ó xente. Pai é painho, mãe é mainha, vó
é vóinha. E pra você conseguir falar com o acento típico da região, é só cantar sem-
pre a primeira sílaba de qualquer palavra numa nota mais aguda que as seguintes.
Mas o lugar mais curioso de todos é Florianópolis. Lagartixa eles chamam de
crocodilinho de parede. Helicóptero é avião de rosca (que deve ser lido rôchca). Car-
ne moída é boi ralado. Se você quiser um pastel de carne precisa pedir um envelope
de boi ralado. Telefone público, o popular orelhão, é conhecido como poste de prosa
e a ficha de telefone é pastilha de prosa. Ôvo eles chamam de semente de galinha e
motel é lugar de instantinho. [...]
RAMIL, Kledir. Tipo assim. Porto Alegre:
RBS Publicações, 2003.p75-76. (Fragmento)
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MATERIAIS
SEGURANÇA
PORTUGUÊS I INSTRUMENTAL
DO TRABALHO I
4. O autor distingue a pronúncia, inclusive graficamente, do r falado no interior
de São Paulo dawuele presente no sotaque carioca. Em que consiste essa diferen-
ça? Justifique.
• Por que ele afirma que os falantes do ‘interior’ teriam uma ótima pronúncia
em inglês?
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PORTUGUÊS MATERIAIS
TRABALHOI I I
INSTRUMENTAL
A relação entre a língua falada e a língua escrita
Observe os textos a seguir.
PARA REFLETIR
Nem todas as sociedades do mundo possuem escrita, mas todas fazem uso
da língua oral. A escrita não é um mero registro da fala, pois surgiu para expressar
diferentes necessidades comunicativas e cognitivas do ser humano.
A base do sistema de escrita que utilizamos é alfabética: usamos sinais grá-
ficos (letras) para representar unidades de sons menores do que as sílabas (fone-
mas). Esse procedimento permite representar, na escrita, qualquer palavra da lín-
gua, mesmo a que inventamos. O uso de um sistema alfabético de escrita costuma
ser regulado por uma ortografia, que estabelece as normas para utilização das letras
na representação dos fonemas das diversas palavras da língua.
Observe:
“Genteeee!!!,
Olha, ta tudo bem por aqui, viu! Depois que o primeiro avião caiu ficou todo
mundo com aquela cara de “o que tá acontecendo?” e todos soltaram um oooooooo
oooooooooooooooooooohhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!! Ninguém podia acreditar no que
estava vendo. Enquanto a gente olhava toda aquela confusão aí veio um outro avião
e bicho, todo mundo começou a gritar. Parecia cena de filme... Cara, o país ficou
num colapso total, tipo a gente achava que ia ter uma guerra. Enquanto a gente aqui
via tudo acontecendo e não sabia o que fazer nem o que falar, vimos pela TV que um
outro avião caiu na capital e outro na Pensilvânia. Putz, a coisa ficou muito louca por
aqui...morreu muita gente, sabe, muita gente mesmo. Assim que vocês começarem
a ver os noticiários vão ficar pensando em como as coisas estão por aqui, por isso eu
tô escrevendo, pra dizer que tá tudo bem, tudo bem mesmo. Não precisa preocupar
comigo não. Amuuuuu todos vocês de mais... beijos no coração de todos...
Carol!!!”
(Adaptado do e-mail pessoal de Carolina Pacheco que presenciou os atenta-
dos às Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001.)
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MATERIAIS
SEGURANÇA
PORTUGUÊS I INSTRUMENTAL
DO TRABALHO I
• Circule no texto as ocorrências de estruturas e/ou expressões típicas da lin-
guagem oral.
• Escolha um período e reescreva-o adequando ao padrão normativo para o
texto escrito.
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INSTRUMENTAL
CAPÍTULO
3
AS FUNÇÕES DA LINGUAGEM
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MATERIAIS
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DO TRABALHO I
ATIVIDADES
Desabafo
Desculpem-me, mas não dá pra fazer uma cronicazinha divertida hoje. Sim-
plesmente não dá. Não tem como disfarçar: esta é uma típica manhã de segunda-fei-
ra. A começar pela luz acesa da sala que esqueci ontem à noite. Seis recados para
serem respondidos na secretária eletrônica. Recados chatos. Contas para pagar que
venceram ontem. Estou nervoso. Estou zangado.
Aula de Português
A linguagem
na ponta da língua
tão fácil de falar
e de entender.
A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que quer dizer?
Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,
e vai desmatando
o amazonas de minha ignorância.
Figuras de gramática, esquipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.
Já esqueci a língua em que comia,
em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a priminha.
O português são dois; o outro, mistério.
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TRABALHOI I I
INSTRUMENTAL
3. Assinale a alternativa que contenha a sequência correta sobre as funções da
linguagem, importantes elementos da comunicação:
1. Ênfase no emissor (lª pessoa) e na expressão direta de suas emoções e
atitudes.
2. Evidencia o assunto, o objeto, os fatos, os juízos. É a linguagem da comu-
nicação.
3. Busca mobilizar a atenção do receptor, produzindo um apelo ou uma ordem.
4. Ênfase no canal para checar sua recepção ou para manter a conexão entre
os falantes.
5. Visa à tradução do código ou à elaboração do discurso, seja ele linguístico
ou extralinguístico.
6. Voltada para o processo de estruturação da mensagem e para seus próprios
constituintes, tendo em vista produzir um efeito estético.
( ) função metalinguística.
( ) função poética.
( ) função referencial.
( ) função fática.
( ) função conativa.
( ) função emotiva.
a) 1, 2, 4, 3, 6, 5.
b) 5, 2, 6, 4, 3, 1.
c) 5, 6, 2, 4, 3, 1.
d) 6, 5, 2, 4, 3, 1.
e) 3, 5, 2, 4, 6, 1
Para tentar convencer o pai a comprar seu desenho, Calvin empregou uma
função de linguagem específica. Assinale a alternativa que indica a resposta correta:
a) função metalinguística.
b) função fática.
c) função poética.
d) função emotiva.
e) função conativa.
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MATERIAIS
SEGURANÇA
PORTUGUÊS I INSTRUMENTAL
DO TRABALHO I
5. Qual a figura de linguagem presente em:
6. (PUC – SP)
“Com esta história eu vou me sensibilizar, e bem sei que cada dia é um dia
roubado da morte. Eu não sou um intelectual, escrevo com o corpo. E o que escrevo
é uma névoa úmida. As palavras são sons transfundidos de sombras que se entre-
cruzam desiguais, estalactites, renda, música transfigurada de órgão. Mal ouso cla-
mar palavras a essa rede vibrante e rica, mórbida e obscura tendo como contratom
o baixo grosso da dor. Alegro com brio. Tentarei tirar ouro do carvão. Sei que estou
adiando a história e que brinco de bola sem bola. O fato é um ato? Juro que este
livro é feito sem palavras. É uma fotografia muda. Este livro é um silêncio. Este livro
é uma pergunta.” (Clarice Lispector)
A obra de Clarice Lispector, além de se apresentar introspectiva, marcada pela
sondagem de fluxo de
consciência (monólogo interior), reflete, também, uma preocupação com a es-
critura do texto literário.
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SEGURANÇA DOMATERIAIS
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TRABALHOI I I
INSTRUMENTAL
ATIVIDADE AVALIATIVA
Você agora é um(a) publicitário (a) e deverá elaborar um folder para uma cam-
panha de esclarecimento sobre a importância da reciclagem. Seu texto, assim como
as imagens que você usará como parte da linguagem, deve ser persuasivo e convin-
cente. Pense no seu público-alvo (escolas, crianças, empresas privadas, sociedade
em geral, hospital, etc.) e elabore sua campanha pensando nas características des-
se público.
Reflita sobre o papel das funções da linguagem na construção de um texto, o
que permite que a análise de sua estrutura ganhe maior significado para o receptor
(público-alvo).
Se precisar pesquise na internet e olhe em volta em sua cidade cartazes com
informações úteis para a criação da campanha.
Bom trabalho!
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MATERIAIS
SEGURANÇA
PORTUGUÊS I INSTRUMENTAL
DO TRABALHO I
UNIDADE 2
OBJETIVOS:
Estimular o pensamento ordenado e lógico como condição
fundamental para uma exposição clara, objetiva e precisa.
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TRABALHOI I I
INSTRUMENTAL
CAPÍTULO
1
CONCEITUANDO
Intencionalidade discursiva
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MATERIAIS
SEGURANÇA
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DO TRABALHO I
Então o professor mostrou o frasco aos alunos, um por um. Estava cheio de
água.
Fonte: GALEANO, Eduardo. O livro dos abraços. Porto Alegre: LP&M, 2002, p.156.
c) Levante hipóteses: por que, então, os alunos pensaram ter sentido cheiro
deperfume?
3. Com base nas ideias do texto, como você justificaria o título do texto?
Você observou no conto lido que, entre o professor e seus alunos, verifica-
-se uma situação de comunicação. Todo ato de comunicação envolve sempre seis
componentes essenciais. Veja quais são eles a partir dos dois primeiros parágrafos
do texto:
• o locutor é o professor: aquele que diz algo a alguém
• o locutário são os alunos: aqueles com quem o locutor se comunica
• a mensagem é o texto (Isto está cheio de perfume. Quero medir a percep-
ção de cada um de vocês. Na medida em que sintam o cheiro, levantem a mão); o
que foi transmitido entre os interlocutores.
• o código é a língua portuguesa: a convenção que permite ao interlocutor
compreender a mensagem
• o canal (ou contato) é a língua oral (som e ar); é por meio físico que conduz
a mensagem ao interlocutor;
• o referente (ou contexto) é, em princípio, o desejo do professor de medir a
percepção dos alunos e, depois, mostrar-lhes como podemos nos deixar enganar:
o assunto da mensagem.
Agora leia esse outro texto. Trata-se de uma piada, que constitui uma situ-
ação comunicativa entre duas pessoas. Em seguida, responda as perguntas que
seguem.
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PORTUGUÊS MATERIAIS
TRABALHOI I I
INSTRUMENTAL
“O médico ao paciente:
_ O que o senhor tem?
_ Tenho uma casa com dois quartos e uma sala.
_ Estou lhe perguntando o que o senhor sente.
_ Ah! Sinto falta de uma varanda e de um bom quintal!”
Nessa piada, o paciente ignora dois princípios básicos de qualquer ato de co-
municação pela linguagem: a situação de produção de enunciados (quem fala, com
quem fala, em que momento e lugar, etc.) e a intencionalidade discursiva dos enun-
ciados.
Toda vez que interagimos com as pessoas por meio da linguagem, sempre há
em nossa fala uma intenção de conhecer ou modificar o pensamento ou o compor-
tamento de nossos interlocutores. Assim:
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MATERIAIS
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DO TRABALHO I
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
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SEGURANÇA DOMATERIAIS
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TRABALHOI I I
INSTRUMENTAL
CAPÍTULO
2
TEXTUALIDADE, COERÊNCIA E
COESÃO
1. Um texto para ser um texto de verdade, não pode ser um punhado de frases
soltas. Ele precisa apresentar conexões, tanto gramaticais quanto de ideias. Obser-
ve as três primeiras frases do texto. A segunda e a terceira iniciam, respectivamente,
com as palavras NÃO e MAS.
a) Que ideia anteriormente expressa é negada pela palavra NÃO?
b) A palavra MAS introduz uma ideia que se opões a outra anteriormente ex-
pressa. Essa ideia, encontra-se na primeira ou na segunda frase?
2. A palavra UNS da quarta frase refere-se a qual termo expresso no interior
da mesma frase?
3. Em “Talvez, então, a melhor coisa seria (...)” , a palavra ENTÃO no contexto
expressa:
a) Adição
b) Oposição
c) Conclusão
d) Consequência
4. Nas questões anteriores você observou algumas conexões gramaticais do
texto. Além delas existem as conexões de ideias também. O autor sugere um méto-
do para contar fatos tão distantes como a infância. Qual é esse método?
5. O texto se mostra coerente, com ideias que se complementam, ou se mostra
confuso, com ideias contraditórias e incompletas?
Depois de analisar esse texto e responder às questões, você notou que um
texto precisa de uma sequência lógica para manter a unidade de sentido, ou seja,
para ser todo coerente, apresentando textualidade, isto é, apresentando conexões
gramaticais e articulação de ideias. Em outras palavras, um texto precisa apresentar
coesão e coerências textuais.
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MATERIAIS
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PORTUGUÊS I INSTRUMENTAL
DO TRABALHO I
COESÃO TEXTUAL são as conexões gramaticais existentes entre palavras,
orações, frases, parágrafos e partes maiores de um texto.
As palavras que realizam articulações gramaticais também são chamadas
conectores, são substantivos, pronomes, conjunções, preposição, etc. são comuns
nesse papel ainda palavras como isso, então, aliás, também, isto é, entretanto, e, por
isso, daí, porém, mas, entre outras.
No trecho “Talvez seja esse o jeito de escrever sobre a alma,” por exemplo,
o pronome demonstrativo esse é um conector, pois retoma o que foi desenvolvido
antes sobre o método de contar fatos do passado “como um álbum de retratos”.
Como esses conectores são portadores de sentido, eles também contribuem
para construir a coerência de um texto.
COERÊNCIA TEXTUAL é a estruturação lógico-semântica de um texto, isto é,
a articulação de ideias que faz com que numa situação discursiva palavras e frases
componham um todo significativo para os interlocutores.
Um dos princípios básicos da coerência textual é a não contradição, ou seja,
as ideias não podem ser contraditórias entre si nem apresentar incoerência em rela-
ção à realidade, a não ser que a contradição seja proposital.
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SEGURANÇA DOMATERIAIS
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TRABALHOI I I
INSTRUMENTAL
CAPÍTULO
3
A COERÊNCIA E O CONTEXTO
DISCURSIVO
_ Adorei a vitória da Seleção Brasileira. Por isso vamos comemorar com cham-
panhe.
_ Adorei a vitória da Seleção Brasileira. Perdemos de 2 a 1.
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MATERIAIS
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DO TRABALHO I
ATIVIDADES
1. Cultivar um estilo de vida saudável é extremamente importante para diminuir
o risco de infarto, mas também de problemas como morte súbita e derrame. Signi-
fica que manter uma alimentação saudável e praticar atividade física regularmente
já reduz, por si só, as chances de desenvolver vários problemas. Além disso, é im-
portante para o controle da pressão arterial, dos níveis de colesterol e de glicose no
sangue. Também ajuda a diminuir o estresse e aumentar a capacidade física, fato-
res que, somados, reduzem as chances de infarto. Exercitar-se, nesses casos, com
acompanhamento médico e moderação, é altamente recomendável.
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SEGURANÇA DOMATERIAIS
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INSTRUMENTAL
CAPÍTULO
4
DISCURSO DISSERTATIVO DE
CARÁTER CIENTÍFICO
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MATERIAIS
SEGURANÇA
PORTUGUÊS I INSTRUMENTAL
DO TRABALHO I
Observe-se ainda outro exemplo:
O átomo foi considerado, por muito tempo, como a menor partícula constituinte
da matéria.
Não é preciso dizer que o verbo (foi considerado) e a restrição de tempo (por
muito tempo) esvaziam o enunciado do seu caráter de verdade geral e objetiva.
Desqualificação:
O dado estatístico apresentado é verdadeiro, mas o enunciado é inconsistente,
pois pressupõe uma relação de causa e efeito difícil de ser demonstrada, isto é, que
o controle demográfico seja capaz de produzir o desenvolvimento. O mais lógico é
inverter a relação: o desenvolvimento gera o controle demográfico, e não o contrário.
Enunciados
Erros clássicos:
1. Extrapolação: ir além dos limites do texto; indevidamente acrescentar ele-
mentos desnecessários à compreensão do texto;
2. Redução: abordar apenas uma parte, um aspecto do texto quebrar o conjun-
to, isolar o texto do contexto;
3. Contradição: chegar a uma conclusão contrária à do texto perde passagens
do desenvolvimento do texto, invertendo o seu sentido.
O primeiro passo para se escrever corretamente é ler corretamente, é saber
interpretar, entender o texto.
* Perceber a estrutura do texto, as partes de que se compõe: parágrafos (pro-
sa), estrofes (poesia);
* Relacionar ideias básicas e tipos de raciocínio;
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TRABALHOI I I
INSTRUMENTAL
* Verificar o tipo de linguagem.
Contexto
Jornalístico
(Linguagem Predominante Formal)
Notícia
(predomínio da Narração)
Opinião
(formas de Persuasão)
• Ironia (dizer indiretamente)
• Comparação (ligar fatos não totalmente semelhantes)
• Eufemismo (suavizar o que se diz)
• Suposição (imaginar um fato-exemplo)
• Hipérbole (exagero)
Contexto científico
Linguagem predominante
Informal
– predomínio da dissertação –
(afirmações + argumentos
demonstrações)
Didático
(tom pedagógico)
• opinião + argumento
• relação entre as premissas (causas)
• e as consequências (conclusões)
• introdução: exposição do assunto
• Desenvolvimento: argumentação
• conclusão: síntese das ideias principais
Contexto da oralidade
Linguagem predominante formal predomínio da descrição
• Repartições
• Regionalismos
• Gírias
• Frases feitas
• Expressões populares
• uso dos sentidos: visão, tato, audição, olfato e paladar
• linguagem corporal
• predomínio da emoção sobre a razão presença da imaginação
Contexto da oralidade
Linguagem predominante formal predomínio da descrição
• Repartições
• Regionalismos
• Gírias
• Frases feitas
• Expressões populares
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MATERIAIS
SEGURANÇA
PORTUGUÊS I INSTRUMENTAL
DO TRABALHO I
• uso dos sentidos: visão, tato, audição, olfato e paladar
• linguagem corporal
• predomínio da emoção sobre a razão presença da imaginação
37
SEGURANÇA DOMATERIAIS
PORTUGUÊS MATERIAIS
TRABALHOI I I
INSTRUMENTAL
CAPÍTULO
5 SELEÇÃO LEXICAL
Temas e figuras são palavras e expressões que servem para revestir as estru-
turas mais abstratas do texto. Os temas são mais abstratos que as figuras. Enquanto
estas representam no texto coisas e acontecimentos do mundo natural, aqueles in-
terpretam e explicam os fatos que ocorrem e tudo aquilo que existe no mundo.
Temas e figuras pertencem ao léxico de uma língua. O léxico consiste no re-
pertório de palavras de que uma dada língua dispõe. Em sentido amplo, podemos
considerar o léxico como sinônimo de vocabulário. Tem ele diferentes situações:
1) gírias = vocabulário especial usado por um dado segmento social.
Ex.: rangar = tomar refeição
não embaça = não pertuba
2) regionalismo = vocabulário próprio de uma dada região.
Ex.:- piá = menino, no Sul do Brasil.
bergamota = mexerica , no Rio Grande do Sul
3) jargão = vocabulário típico de uma dada especialidade profissional.
Ex.:- desaquecimento da demanda = situação em que se compra menos
4) estrangeirismo = termos estrangeiros incorporados a nossa língua.
Ex.:- spread = taxa de risco que se paga sobre um empréstimo
software = programas do computador
5) arcaísmo = palavras ou expressões caídas em desuso.
Ex.:- festinar = apressar
físico = médico
6) neologismo = palavras recentemente criadas.
Ex.:- televisar = transmitir pela televisão
principismo = atitude de intransigência na defesa de princípios
informatizar = submeter a tratamento informático
O autor de um texto, para criar um determinado efeito de sentido, pode esco-
lher figuras dentro de uma determinada região do léxico (vocabulário). Pode escre-
ver seu texto em gíria, ou utilizar um vocabulário regionalista, ou ainda fazer uso de
muitos arcaísmos. O que importa, para uma boa leitura, não é apenas identificar a
escolha feita pelo autor, mas qual é a função que ela tem no sentido do texto.
A escolha de temas e figuras em determinadas regiões do léxico produz certos
efeitos de sentido. Observe alguns setores lexicais e efeitos de sentido que produ-
zem:
1) gírias: sobretudo em textos narrativos , caracterizar o personagem através
da linguagem que utiliza;
2) arcaísmos: recuperar certa época , ridicularizar certo personagem que
ainda insiste em utilizá-los;
3) neologismos: caracterizar personagens ou épocas;
4) regionalismos ou estrangeirismos: caracterizar, por exemplo, a pro-
cedência de um personagem;
5) jargão: caracterizar a competência de quem o utiliza.
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MATERIAIS
SEGURANÇA
PORTUGUÊS I INSTRUMENTAL
DO TRABALHO I
ATIVIDADES
O texto que você vai ler é um artigo de divulgação científica. Leia-o atentamen-
te para fazer as atividades propostas.
A evidência de que dispomos diz que estamos sozinhos. Marcelo Gleiser, pro-
fessor de física teórica do Dartmouth College, em Hanover, EUA, e autor do livro
“O Fim da Terra e do Céu”, mantém no caderno “Mais!” da “Folha de SP” a coluna
“Micro/Macro”, onde publicou este texto:
Enrico Fermi foi um dos grandes físicos do século 20 e da história. Além de
descobrir uma das propriedades mais importantes da matéria (a de que partículas
como elétrons, prótons e nêutrons, quando sujeitas a alta pressão, exercem uma
força repulsiva que explica a condutividade térmica de metais e a estabilidade de es-
trelas de nêutrons), foi o pioneiro do estudo de reação nuclear em cadeia, importante
para bombas atômicas e reatores nucleares.
Além de sua legendária rapidez de cálculo e habilidade em estimar respostas
para perguntas aparentemente absurdas (“Quantos afinadores de piano moram em
São Paulo?”, por exemplo), Fermi gostava de criar paradoxos.
No verão de 1950, ele estava em Los Alamos, onde a bomba nuclear ameri-
cana foi desenvolvida. A revista “New Yorker” tinha publicado uma charge com um
ET roubando todas as latas de lixo de Nova York, aparentemente explicando o seu
misterioso sumiço.
Durante o almoço, Fermi comentou o assunto. De repente, no meio da conver-
sa, ele exclamou: “Cadê todo mundo?”. Seus colegas sabiam que Fermi falava dos
ETs. Mesmo que ninguém tenha publicado o que foi dito, podemos estimar o teor da
discussão.
Nossa galáxia tem 100 mil anos-luz de diâmetro e uma idade aproximada de
10 bilhões de anos. Vamos supor que a vida só é possível em planetas como a Terra,
girando em torno de estrelas como o Sol.
Foram necessários 5 bilhões de anos para que a vida inteligente se desen-
volvesse aqui na Terra, metade da idade da galáxia, a segunda metade. É razoável
supor que estrelas como o Sol tenham surgido também durante os cinco primeiros
bilhões de anos de existência da galáxia.
Portanto, deveria haver várias civilizações inteligentes, muito mais antigas que
a nossa, talvez bilhões de anos mais antigas. Supondo que existam, imaginemos
uma “apenas” 1 bilhão de anos mais velha.
Se os ETs fossem capazes de viajar à 1/10 da velocidade da luz, em 1 bilhão
de anos já poderiam ter atravessado a galáxia mil vezes. Ou seja, essa civilização
já poderia ter colonizado a galáxia inteira. Cadê todo mundo? Esse é o paradoxo de
Fermi.
Inúmeras soluções foram propostas ao longo dos anos. Não tendo espaço
para discuti-las em detalhe (o leitor pode consultar o livro de Stephen Webb, “Where
is Everybody?”), menciono os três tipos de solução.
1) “Eles estão aqui”. A mais popular para os que acreditam em objetos voado-
res não-identificados e em intrigas secretas, especialmente as atribuídas ao governo
americano. Infelizmente, não existem provas convincentes. Uma idéia curiosa é a de
que vivemos em uma zona de proteção criada por ETs. “Eles” não querem que sai-
bamos de sua existência. Esse cenário, embora interessante, não pode ser testado.
2) “Eles existem, mas ainda não se comunicaram conosco”. Ou porque os si-
nais ainda não chegaram, ou porque ainda não somos capazes de decodificá-los, ou
porque os alienígenas não querem se comunicar.
3) “Eles não existem”. Planetas rochosos com água são raros, a vida é rara e
a vida inteligente mais ainda, especialmente no mesmo nível mental e tecnológico
alcançado por nós.
39
SEGURANÇA DOMATERIAIS
PORTUGUÊS MATERIAIS
TRABALHOI I I
INSTRUMENTAL
A evidência de que dispomos aponta em uma direção: estamos sozinhos. Fe-
lizmente, ainda não podemos concluir nada com base nisso. A situação pode mudar
a qualquer momento, com um sinal de rádio, uma visita com provas. Mas, se esta-
mos sozinhos, temos a responsabilidade de preservar nosso planeta e a vida nele.
Até estarmos prontos para colonizar a galáxia.
Disponível em: http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=29512
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MATERIAIS
SEGURANÇA
PORTUGUÊS I INSTRUMENTAL
DO TRABALHO I
ATIVIDADE AVALIATIVA
É um adjunto, e daí?
Sírio Possenti
Na prática escolar típica, tanto os ensinamentos quanto os exercícios e as ava-
liações param, frequentemente, na identificação de objetos e funções. É comum que
se solicite a alunos ou vestibulandos que respondam se tal palavra é um adjetivo ou
um substantivo, se um certo “que” é uma conjunção integrante ou um pronome, etc.
A minha pergunta, que tenho feito a professores em palestras, e que repito aqui, é a
seguinte: depois que você achou um advérbio, o que é que você faz com ele? Per-
gunto sempre isso porque acho que o importante não é identificar, embora este pos-
sa ser o primeiro e necessário passo para depois poder dar outros. Mas, repito, em
geral, para-se na identificação. Eu diria que o mais importante não é identificar, mas
tentar explicitar o que é que tal palavra ou locução está fazendo aí. Especialmente,
que importância tem para a significação. Com quais outras palavras ou expressões
está relacionada? Se mudasse de lugar, provocaria uma mudança de sentido?
Tomemos um exemplo bastante simples (se é que há algum exemplo simples
em alguma língua) – a frase: “O chefe disse que ia viajar ontem”. Tenho certeza de
que, se essa frase fizesse parte de um exame qualquer, e supondo que o examina-
dor quisesse checar o conhecimento do candidato a propósito de “ontem”, pergun-
taria pela função dessa palavra na frase ou por sua classificação segundo a gramá-
tica. Jamais haverá – ou será tão raro que ninguém perceberá – perguntas do tipo:
segundo essa frase, quando é que o chefe viaja? Ou: quando é que o chefe disse o
que disse? E, no entanto, a questão interessante – o resto é moleza, nem merece
queimação de neurônio – é: como se interpreta essa frase, se ela ocorrer? Que o
chefe disse ontem e viaja não importa quando ou que ele viajou ontem e disse isso
não importa quando?
Outra coisa interessante a fazer com uma frase como essa seria deslocar a
palavra “ontem” para todos os lugares da frase que ela pode ocupar e tentar verificar
se, mudada sua posição, muda o sentido da frase. Por exemplo: “Ontem o chefe dis-
se que...”, “o chefe ontem disse que...”, “o chefe disse ontem que...”, “o chefe disse
que ontem...”. Seria interessante verificar, além disso, que certas construções não
funcionam: “o ontem chefe disse que...”, “o chefe que ia disse ontem viajar...”,etc.
Penso que essas atividades seriam, além de ilustrativas, interessantes, isto é, os
estudantes talvez até fizessem tal trabalho com prazer.
Se se levarem em conta vários fatores, em especial o da significação, uma per-
gunta como “onde está o adjunto adverbial?” na frase acima analisada pode ser me-
nos ingênua ou boba do que parece. Uma resposta como “o adjunto está deslocado
depois do verbo ‘viajar’” pode ser menos verdadeira ou menos óbvia do que parece.
Alguém poderia achar que estou ficando maluco, que é evidente que a palavra está
lá. Mas a palavra pode estar num lugar da frase e produzir seu efeito em outro. Por
exemplo, a palavra “ontem” está escrita e falada depois do verbo “viajar”. Mas, se
interpretássemos a frase como se ela significasse que “o chefe disse ontem que ia
viajar sabe Deus quando”, a palavra “ontem” afetaria “disse”, que está longe, sem
afetar “viajar”, que está ao lado. Então, onde está a palavra “ontem”? Está onde está
ou onde produz seu efeito?
Há uma concepção de linguagem que imagina que ela é o espelho do pensa-
mento, e que o pensamento é sempre claro e ordenado. Há uma outra que imagina
que a linguagem é um lugar de equívocos, que manifesta eventualmente um con-
teúdo não controlado, não “pensado”. É esta concepção que pode explicar melhor,
entre outras coisas, as piadas. Como a seguinte, que vem a calhar, exatamente a
propósito da posição de advérbios. Um cara diz a um amigo: “Estou com vontade de
transar com a Luíza Brunet de novo.” O amigo pergunta, com uma ponta de inveja:
“O quê? Você já transou?” E o primeiro responde: “Não. Mas já tive vontade antes.”
41
SEGURANÇA DOMATERIAIS
PORTUGUÊS MATERIAIS
TRABALHOI I I
INSTRUMENTAL
O leitor pode fazer uma análise sintática e descobrir que esta piada tem a ver
também com a questão dos advérbios.
(In: POSSENTI, Sírio. A cor da língua e outras croniquinhas de lingüista.
Campinas, SP: Mercado das Letras, 2001)
O texto acima, do linguista Sírio Possenti, nos permite refletir sobre a ordem
canônica (isto é, a mais comum, chamada de ordem direta: sujeito – verbo – ob-
jeto(s) – adjunto(s) adverbial(-ais)). Além disso, nos mostra que a alteração desta
ordem básica pode trazer variações nos efeitos de sentido do enunciado. Vamos
discutir o texto, com as questões abaixo:
6) Discutir em grupos:
“Há uma concepção de linguagem que imagina que ela é o espelho do pensa-
mento, e que o pensamento é sempre claro e ordenado. Há uma outra que imagina
que a linguagem é um lugar de equívocos, que manifesta eventualmente um conte-
údo não controlado, não “pensado”.”
Pesquisem e façam uma lista de piadas e/ou frases de para-choques de ca-
minhão em que o humor seja produzido pela posição de determinadas palavras.
Divirtam-se, fazendo análise sintática e semântica:
Ex: A moça toca a campainha e, quando a dona da casa abre a porta, pergunta:
- É daqui que pediram uma empregada que durma no emprego?
- Sim.
- Então, por favor, me mostre onde fica a cama. Estou morrendo de sono...
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MATERIAIS
SEGURANÇA
PORTUGUÊS I INSTRUMENTAL
DO TRABALHO I
LEITURA COMPLEMENTAR
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SEGURANÇA DOMATERIAIS
PORTUGUÊS MATERIAIS
TRABALHOI I I
INSTRUMENTAL
CAPÍTULO
QUESTÕES NOTACIONAIS DA
6 LÍNGUA
Observe a frase:
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MATERIAIS
SEGURANÇA
PORTUGUÊS I INSTRUMENTAL
DO TRABALHO I
CASOS ESPECIAIS:
Exemplo:
Exemplo:
As pessoas foram tomadas de uma emoção, de uma alegria, de um entusias-
mo arrebatadores ao final do espetáculo.
- A opção pela concordância no singular enfatiza a ideia de gradação, pois
destaca a última palavra da sequência.
Exemplo:
Quando criança, eu costumava correr por vastos prados e campinas.
(adjetivos concordam em gênero e número com o primeiro substantivo)
Quando criança, eu costumava correr por vastas campinas e prados.
Exemplo:
As extraordinárias Marilyn Monroe e Grace Kelly são atrizes ines-
quecíveis.
(adjetivos devem flexionar-se no plural)
45
SEGURANÇA DOMATERIAIS
PORTUGUÊS MATERIAIS
TRABALHOI I I
INSTRUMENTAL
DÚVIDAS FREQUENTES
46
MATERIAIS
SEGURANÇA
PORTUGUÊS I INSTRUMENTAL
DO TRABALHO I
Concordância Verbal – a regra geral que estabelece o princípio da concordân-
cia verbal é a mesma que vimos quando aprendemos a identificar os sujeitos das
orações.
Expressões partitivas são aquelas que designam uma parte (uma parte de...,
grande parte de..., a maioria de..., grande número de..., uma porção de...)seguida de
um substantivo ou de um pronome no plural, o verbo tanto pode ficar no singular ou
ir para o plural.
Ex.:
A maioria dos gatos não toma sorvete.
l
Expressão partitiva
Porcentagem
Nesse caso, o verbo deverá concordar com o valor com o valor da expressão
numérica.
Ex.:
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SEGURANÇA DOMATERIAIS
PORTUGUÊS MATERIAIS
TRABALHOI I I
INSTRUMENTAL
Ex.:
Cerca de cinquenta mil pessoas estavam no estádio.
Mais de um corredor abandonou a prova antes do fim.
Pronomes de tratamento
Lembre-se: FÉRIAS
Esse substantivo apresenta forma plural porém com sentido singular, então o
verbo vai para o singular. Ex.:
48
MATERIAIS
SEGURANÇA
PORTUGUÊS I INSTRUMENTAL
DO TRABALHO I
49
SEGURANÇA DOMATERIAIS
PORTUGUÊS MATERIAIS
TRABALHOI I I
INSTRUMENTAL
ATIVIDADES
1. Analise as sentenças abaixo e diga se as mesmas apresentam concordân-
cia dos termos gramaticais adequadamente.
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MATERIAIS
SEGURANÇA
PORTUGUÊS I INSTRUMENTAL
DO TRABALHO I
ATIVIDADE AVALIATIVA
a) ( ) proveu – indispusesse
b) ( ) proviu – indispuzesse
c) ( ) proveio – indispuzesse
d) ( ) proveio – indispusesse
e) ( ) n.d.a.
51
SEGURANÇA DOMATERIAIS
PORTUGUÊS MATERIAIS
TRABALHOI I I
INSTRUMENTAL
UNIDADE 3
A EXPRESSÃO ESCRITA
OBJETIVOS:
Estimular o pensamento ordenado e lógico como condição
fundamental para uma exposição clara, objetiva e precisa.
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MATERIAIS
SEGURANÇA
PORTUGUÊS I INSTRUMENTAL
DO TRABALHO I
CAPÍTULO
1
CONCEITUANDO
A convenção ortográfica
[...] o capitaam quando eles [os índios] vieram estava asentado em huua a
cadeira e huua a alcatifa aos pees por estrado e bem vestido cõ huu colar de oro
muy grande ao pescoço. [...] huu deles pos olhos no colar do capitaam e começou
de acenar cõ a maão pera a terra e despois pera o colar como que nos dezia qe avia
em terra ouro e também vio huu castiçal de prata e asy meesmo acenava pera terra e
entã pera o castiçal como que havia tambem prata. mostrarãlhes m papagayo pardo
que aquy o capitam traz. tomãrano logo mãao e acenaram pera terra como que os
avia hy. Mostraranlhes huu carneiro no fezeram dele mençam. mostraranlhes hua
galinha casy aviam medo dela e não lhe queriam poer a maão e depois aa tomaram
coma espamtados.
53
SEGURANÇA DOMATERIAIS
PORTUGUÊS MATERIAIS
TRABALHOI I I
INSTRUMENTAL
FONEMA /S/
Cabe ainda observar a grafia das palavras obsessão e obcecado, que costu-
mam ser motivo de confusão com relação à representação do fonema /s/.
FONEMA /Z/
54
MATERIAIS
SEGURANÇA
PORTUGUÊS I INSTRUMENTAL
DO TRABALHO I
FONEMA /J /
Vale a pena ficar atento à escrita de: berinjela, cafajeste, hoje, jeito, trejeito,
jejum, jérsei, laje, majestade, objeção, objeto, ojeriza, projétil, rejeição, traje.
O fonema /ʃ/ pode ser representado pela letra “x” ou pelo dígrafo “ch”. Depen-
dendo da posição do fonema dentro da palavra ou da origem do termo. Observe:
bruxa, caxumba, faxina, graxa, laxante, muxoxo, bochecha, chicória, flecha, mochila,
salsicha. Como dito acima, depois da sílaba inicial en-, porém, excetuam-se: enchar-
car (de charco), encher e seus derivados (enchente, enchimento, preencher), encho-
va, enchumaçar (de chumaço), enfim, toda vez que se trata do prefixo en+palavra
iniciada por ch.
Fique atento:
55
SEGURANÇA DOMATERIAIS
PORTUGUÊS MATERIAIS
TRABALHOI I I
INSTRUMENTAL
CAPÍTULO
2
PALAVRAS PARÔNIMAS E
HOMÔNIMAS
56
MATERIAIS
SEGURANÇA
PORTUGUÊS I INSTRUMENTAL
DO TRABALHO I
- SE NÃO: caso não. Viajarei se não chover.
- SENÃO : caso contrário; a não ser; mas. Vá, senão eu vou.
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SEGURANÇA DOMATERIAIS
PORTUGUÊS MATERIAIS
TRABALHOI I I
INSTRUMENTAL
ATIVIDADES DE FIXAÇÃO
1. Marque a frase em que deve ser empregada a primeira das duas palavras
que aparecem entre parênteses:
6. As ideias liberais saíram incólumes, ainda que se pensasse que seriam di-
lapidadas, completamente. Os termos grifados são antônimos, respectivamente de:
a) arrasadas - dilaceradas;
b) intactas - arrasadas;
c) intactas - dilaceradas;
d) depauperadas - prestigiadas;
e) N.R.A.
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MATERIAIS
SEGURANÇA
PORTUGUÊS I INSTRUMENTAL
DO TRABALHO I
7. Complete as lacunas com a expressão correta (entre parênteses):
“O _______ (cervo - servo) prendia-se nos arbustos, fugindo dos _______
(cartuchos - cartuxos) que pipocavam por toda a _______ (área - aria);
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SEGURANÇA DOMATERIAIS
PORTUGUÊS MATERIAIS
TRABALHOI I I
INSTRUMENTAL
a) cônscio – privilégios – extintos;
b) côncio – privilégios – estintos;
c) cônscio – privilégios – estintos;
d) côncio – previlégios – estintos;
e) cônscio – previlégios – extintos.
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MATERIAIS
SEGURANÇA
PORTUGUÊS I INSTRUMENTAL
DO TRABALHO I
c) tráfego – inflações – infrinjam – conserto;
d) tráfego – infrações – infrações – conserto;
e) tráfico – infrações – infrações – concerto.
61
SEGURANÇA DOMATERIAIS
PORTUGUÊS MATERIAIS
TRABALHOI I I
INSTRUMENTAL
Convenção ortográfica - Regras de acentuação
Baseiam-se na constatação de que, em nossa língua, as palavras mais nume-
rosas são as paroxítonas, seguidas pelas oxítonas. A maioria das paroxítonas termi-
na em -a, -e, -o, -em, podendo ou não ser seguidas de “s”. Essas paroxítonas, por
serem maioria, não são acentuadas graficamente. Já as proparoxítonas, por serem
pouco numerosas, são sempre acentuadas.
Proparoxítonas
Sílaba tônica: antepenúltima
As proparoxítonas são todas acentuadas graficamente.
Exemplos: trágico, patético, árvore
Paroxítonas
Sílaba tônica: penúltima
Acentuam-se as paroxítonas terminadas em:
Observações:
1) As paroxítonas terminadas em “n” são acentuadas (hífen), mas as que ter-
minam em “ens”, não (hifens, jovens).
2) Não são acentuados os prefixos terminados em “i “e “r” (semi, super).
3) Acentuam-se as paroxítonas terminadas em ditongos crescentes: ea(s),
oa(s), eo(s), ua(s), ia(s), ue(s), ie(s), uo(s), io(s).
Exemplos:
várzea, mágoa, óleo, régua, férias, tênue, cárie, ingênuo, início
Oxítonas
Sílaba tônica: última
Acentuam-se as oxítonas terminadas em:
Monossílabos
Os monossílabos, conforme a intensidade com que se proferem, podem ser
tônicos ou átonos.
Monossílabos Tônicos
Possuem autonomia fonética, sendo proferidos fortemente na frase onde
aparecem. Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados em:
62
MATERIAIS
SEGURANÇA
PORTUGUÊS I INSTRUMENTAL
DO TRABALHO I
a(s): lá, cá
e(s): pé, mês
o(s): só, pó, nós, pôs
Monossílabos Átonos
Não possuem autonomia fonética, sendo proferidos fracamente, como se
fossem sílabas átonas do vocábulo a que se apoiam.
Exemplos:
o(s), a(s), um, uns, me, te, se, lhe nos, de, em, e, que, etc.
Observações:
1) Os monossílabos átonos são palavras vazias de sentido, vindo represen-
tados por artigos, pronomes oblíquos, elementos de ligação (preposições, conjun-
ções).
2) Há monossílabos que são tônicos numa frase e átonos em outras.
Exemplos:
Você trouxe sua mochila para quê? (tônico) / Que tem dentro da sua mochila?
(átono)
Há sempre um mas para questionar. (tônico) / Eu sei seu nome, mas não me
recordo agora. (átono)
Exemplos:
Acento de Insistência
Sentimentos fortes (emoção, alegria, raiva, medo) ou a simples necessidade
de enfatizar uma ideia podem levar o falante a emitir a sílaba tônica ou a primeira
sílaba de certas palavras com uma intensidade e duração além do normal.
Exemplos:
Está muuuuito frio hoje!
Deve haver equilíbrio entre exportação e importação.
Regras Especiais
Além das regras fundamentais, há um conjunto de regras destinadas a pôr em
evidência alguns detalhes sonoros das palavras. Observe:
Ditongos Abertos
Os ditongos éi, éu e ói, sempre que tiverem pronúncia aberta em palavras oxí-
tonas (éi e não êi), são acentuados. Veja:
éi (s): anéis, fiéis, papéis
éu (s): troféu, céus
ói (s): herói, constrói, caubóis
Obs.: os ditongos abertos ocorridos em palavras paroxítonas NÃO são acen-
tuados.
Exemplos: assembleia, boia, colmeia, Coreia, estreia, heroico, ideia, jiboia,
joia, paranoia, plateia, etc.
Atenção: a palavra destróier é acentuada por ser uma paroxítona terminada
em “r” (e não por possuir ditongo aberto “ói”).
63
SEGURANÇA DOMATERIAIS
PORTUGUÊS MATERIAIS
TRABALHOI I I
INSTRUMENTAL
Hiatos
Acentuam-se o “i” e “u” tônicos quando formam hiato com a vogal anterior,
estando eles sozinhos na sílaba ou acompanhados apenas de “s”, desde que não
sejam seguidos por “-nh”.
Exemplos:
sa - í - da e - go - ís -mo sa - ú - de
Não se acentuam, portanto, hiatos como os das palavras:
ju - iz ra - iz ru - im ca - ir
Razão: -i ou -u não estão sozinhos nem acompanhados de -s na sílaba.
Observação: cabe esclarecer que existem hiatos acentuados não por serem
hiatos, mas por outras razões. Veja os exemplos abaixo:
po-é-ti-co: proparoxítona
bo-ê-mio: paroxítona terminada em ditongo crescente.
ja-ó: oxítona terminada em “o”.
Verbos Ter e Vir
Acentua-se com circunflexo a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos
verbos ter e vir, bem como nos seus compostos (deter, conter, reter, advir, convir,
intervir, etc.). Veja:
Ele tem Eles têm
Ela vem Elas vêm
Ele retém Eles retêm
Ele intervém Eles intervêm
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MATERIAIS
SEGURANÇA
PORTUGUÊS I INSTRUMENTAL
DO TRABALHO I
ATIVIDADES DE FIXAÇÃO
1. As novas regras de acentuação trouxeram algumas mudanças no acento de
algumas palavras. Assinale a alternativa que faz parte da mudança do novo acordo:
( ) Ditongos OI e EI serão acentuados somente nas palavras paroxítonas.
( ) Não acentuamos mais as oxítonas terminadas em vogais.
( ) Ditongos abertos nas palavras proparoxítonas não são mais acentuados.
( ) As letras I e U que vierem após um ditongo nas palavras paroxítonas não
são mais acentuadas.
3. Os ditongos abertos ÉI(s), ÓI(s), ÉU(s) não serão mais acentuados nas
palavras:
(Uma palavra, plural, 11 letras)
65
SEGURANÇA DOMATERIAIS
PORTUGUÊS MATERIAIS
TRABALHOI I I
INSTRUMENTAL
( ) Troféu, cordel, papel, céu, jacaré.
66
MATERIAIS
SEGURANÇA
PORTUGUÊS I INSTRUMENTAL
DO TRABALHO I
CAPÍTULO
DOCUMENTOS OFICIAIS E
3 EMPRESARIAIS – TEXTO
TÉCNICO
67
SEGURANÇA DOMATERIAIS
PORTUGUÊS MATERIAIS
TRABALHOI I I
INSTRUMENTAL
Sendo assim, algumas dicas são bastante eficazes, tendo em vista os recor-
rentes “desvios”, como por exemplo, as redundâncias, os chavões, as expressões
em desuso, entre outros fatores, que acabam interferindo de forma direta na qualida-
de da mensagem. Eis, pois, alguns casos representativos:
* Vimos pela presente comunicação / Vimos por meio desta...,
O mais recomendável é entrar diretamente no assunto.
* Inteiramente à disposição de nossos clientes...,
Uma vez que “somente à disposição de nossos clientes” já é o bastante.
* Chegamos a uma conclusão que... ,
Quando o correto é somente dizer “concluímos que...”
* No caso das datas, o recomendável é que sejam assim expressas: São Ma-
teus, 7 de outubro de 2015.
* Quanto à saudação final, vale lembrar que devemos utilizar “respeitosamen-
te” em se tratando de autoridades superiores ao destinatário, e “atenciosamente” no
caso de hierarquias iguais ou inferiores a ele.
* No espaço reservado à assinatura, não é necessário colocar mais o traço
para demarcá-la, por isso perceba o exemplo:
Fulana de tal
Chefe do Departamento Pessoal
Entretanto, seja qual for o teor, é necessário levar em consideração:
Como organizar as ideias?
a) definir a mensagem principal:- verificar o nível de linguagem do receptor e
o conteúdo;
b) organizar o texto em tópicos: – ideias e argumentos em escala de importân-
cia;
c) tempestade cerebral: – deixar a ideias fluírem livremente, ler criticamente os
resultados, eliminar o que não serve.
68
MATERIAIS
SEGURANÇA
PORTUGUÊS I INSTRUMENTAL
DO TRABALHO I
Dicas: Você deve usar linguagem simples Os textos que circulam no meio
empresarial, normalmente, têm uma função prática; eles não são construídos para
comover o leitor, nem para distraí-lo, mas para informá-lo a respeito de um tema es-
pecífico. Por isso, use uma linguagem formal, correta do ponto de vista gramatical,
mas direta, recorrendo a palavras do dia-a-dia, que facilitam da compreensão do lei-
tor. Você deve apresentar apenas as informações pertinentes Um texto longo, cheio
de detalhes, desvia a atenção do leitor dos pontos mais importantes e não atinge
seu real objetivo. Tenha em mente o que pretende com o documento e atenha-se às
informações pertinentes a seus objetivos. As pessoas prefeririam fazer outra coisa
A vida empresarial exige muito de todos os envolvidos nela. Em função disso, não
sobra muito tempo para leituras extensas. Além disso, o leitor de um documento que
circula na área empresarial nem sempre conhece o autor do texto e pouco interesse
tem no texto; lê porque precisa ler, não porque quer. A leitura de uma correspondên-
cia obriga o leitor a interromper seu trabalho. Se ela não for direto ao assunto, o leitor
a arquiva ou a descarta. Por isso, não se estenda e seja direto.
Modalidades de textos
ATA – relato de reunião, assembleia ou convenção; - normas a serem obser-
vadas: lavrar em livro próprio ou em folhas soltas, de tal modo que impossibilite a
introdução de modificações; sintetizar de maneira clara e precisa as ocorrências
verificadas; texto digitado ou manuscrito, mas sem rasuras.
O texto será compacto, sem parágrafos ou com parágrafos numerados, mas
não se fará uso de alíneas; na ata do dia, são consignadas as retificações feitas à
anterior; nos casos de erros constatados no momento de redigi-la, emprega-se a
partícula corretiva “digo”; quando o erro for notado após a redação de toda a ata, re-
corre-se à expressão: “em tempo”, que é colocada após todo o escrito, seguindo-se
então o texto emendado:
69
SEGURANÇA DOMATERIAIS
PORTUGUÊS MATERIAIS
TRABALHOI I I
INSTRUMENTAL
Em tempo: na linha onde se lê “bata”, leia-se ‘’pata’’; os números são grafados
por extenso.
São elementos constitutivos básicos de uma ata:
a) dia, mês, ano e hora da reunião (por extenso), local da reunião;
b) relação e identificação das pessoas presentes;
c) declaração do presidente e secretário;
d) ordem do dia;
e) fecho.
MODELO
Senhores: Nossa empresa desenvolve suas atividades na área de legislação
do estrangeiro e conta com experiência de mais de 15 anos. Visando ampliar o nú-
mero de assinantes, estamos oferecendo promocionalmente nosso Informe X, que
trata especificamente do assunto. Além de informes periódicos, dispomos de um
setor que atende inteiramente grátis, durante um ano, a consultas sobre qualquer
assunto relativo à permanência ou estada do estrangeiro no país. A assinatura dá
direito a receber um informe trimestral. Havendo qualquer modificação ou novidade
sobre a legislação de estrangeiro, expediremos uma circular extra, para mantê-los
sempre bem informados, sem qualquer ônus adicional. A cobrança será confiada ao
Banco Y, com a anuidade de $ ....... (.....), por meio de nota fiscal de serviços, com
vencimento em ...... (a) Fulano de Tal
MODELO:
MEMORANDO Nº (exemplo) PARA: DEPARTAMENTO: Fulano de tal Marke-
ting
DE: DEPARTAMENTO: Beltrano da Silva Relações Públicas Data: 14-3-2006
Assunto: Estágio de Fulano de tal
A partir de 1º de fevereiro de 2015 ... , o Sr. Fulano de tal, novo assistente do
Gerente de Relações Públicas, fará estágio no Departamento de Marketing, durante
uma semana. Gostaríamos de contar com sua assistência pessoal, de modo que o
Sr. Fulano de tal possa ter o máximo de aproveitamento e conhecimento de nossos
produtos e de nossos clientes. (a)
70
MATERIAIS
SEGURANÇA
PORTUGUÊS I INSTRUMENTAL
DO TRABALHO I
MODELO:
ABANDONO DE EMPREGO
A Empresa X, com sede na Av , São Paulo, Capital, faz saber, para os fins
do disposto no artigo 482, Letra I, da CLI: que Fulana, brasileira, solteira, residente
na Rua ......... , São Paulo, Capital, portadora da Carteira Profissional n º Série São
Paulo, deixou de comparecer ao serviço a partir do dia ..../..../...., praticando assim
“Abandono de Emprego” nos termos do artigo 487, lI, da CL T.
COMUNICADO
A Empresa Y informa aos clientes, amigos, fornecedores, bancos que, a partir
de ... do corrente, seus telefones de números...de sua Sede/Depto. de Vendas em
São Paulo, na Rua - CEP , serão acrescidos do número 9, e passará a ter agora 9
dígitos e não 8. O telex permanece o mesmo, nº.... Comunica igualmente os novos
números de sua Unidade em...... , Rua .
MENSAGENS ELETRÔNICAS (e-mail) – mensagem clara, objetiva, concisa
e gramaticalmente correta – tema/assunto – não se usam abreviaturas, piadas e
brincadeiras.
Exemplos de mensagens eletrônicas:
71
SEGURANÇA DOMATERIAIS
PORTUGUÊS MATERIAIS
TRABALHOI I I
INSTRUMENTAL
Pode-se dizer, também, que eles são formais ou informais, para fins especiais,
analíticos e informativos.
São ainda, rotineiros e não rotineiros. Os primeiros são, em geral, impressos e
fornecidos pela empresa. É muito importante, porém, lê-los com atenção e só depois
da leitura preenchê-los. Sua finalidade é dar informações essenciais no menor tem-
po possível. Os segundos são extraordinários e tratam de problemas e ocorrências
irregulares. Não devem ser escritos para exibir capacidade literária. É o leitor que é
importante. Seja, portanto, breve, exato, claro.
Os mais comuns são os informais, cuja característica principal é o comprimen-
to, ocupando uma ou duas páginas no máximo.
Relatório de auditoria
O relatório de auditoria apresenta o resultado do exame realizado nos proce-
dimentos organizacionais; oferece sugestões para a melhoria do controle interno
ou procedimentos operacionais, ou explica a importância dos fatos verificados pelo
exame.
O relatório deve ser claro, conciso, moderado nas afirmações e fazer distinção
ente fatos e opinião. Os relatórios de auditoria, em sua maioria, são formais e escritos
depois de feita a auditoria e revisão de todos os documentos que constituem objeto
de análise. O relatório evidenciará logo às primeiras palavras o objetivo do texto e
as demonstrações contábeis que foram objeto de revisão. Em seguida, deverá des-
crever os procedimentos utilizados, informar o limite do trabalho realizado e declarar
se encontrou ou não desvios com relação aos princípios contábeis fundamentais. Se
houver desvios, informam-se quais são eles e quais são suas consequências.
MODELO:
Empresa _________________________________
Relatório da Diretoria Financeira
Senhores Acionistas:
Em cumprimento às disposições legais e estatuárias, submetemos a sua apre-
ciação o Balanço Geral, referente ao exercício de 2000, a demonstração da conta
“Lucros e Perdas” e o parecer do Conselho Fiscal.
No exercício que encerrou tivemos o imenso prazer de participar na subscrição
do capital inicial da __________ , com R$ __________. A nossa carteira de ações
alcança hoje R$ __________ , quase todo da __________ de grande valor. O nosso
capital foi aumentado de R$ ___________ para R$ ________ com incorporação do
Fundo __________, passando o valor nominal das ações de R$ _________ para R$
______, e o nosso patrimônio de R$ _________ para __________.
Finalmente nos colocamos inteiramente à disposição de V.S.ª para todos os
esclarecimentos que se fizerem necessários.
PARECER
O parecer é o pronunciamento por escrito de uma opinião técnica a respeito de
um ato realizado e indica a conclusão do trâmite de um processo.
Pode ser um despacho decisório de procedimento jurídico, oficial ou particular
sobre algum assunto.
Observe um exemplo:
Parecer da Diretoria sobre o Departamento de Processos
72
MATERIAIS
SEGURANÇA
PORTUGUÊS I INSTRUMENTAL
DO TRABALHO I
Os diretores do Conselho Regional de Trabalhadores Autônomos, tendo em
vista a realização da pesquisa semestral sobre o número de casos resolvidos, en-
cerrada em 5 de janeiro de 2009, são de parecer que o Departamento de Processos
está dentro da meta prevista para o ano de 2008, que foi estabelecida pelo diretor
geral desta empresa, o qual também assina o presente.
______________________
Beltrano de Tal – Diretor Administrativo
____________________
Cicrano de Tal - Diretor de marketing e pesquisas
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SEGURANÇA DOMATERIAIS
PORTUGUÊS MATERIAIS
TRABALHOI I I
INSTRUMENTAL
ATIVIDADES
1. Reescreva o texto abaixo, modernizando o vocabulário com base no novo
estilo de redação empresarial. Como dizer as mesmas informações utilizando-se de
vocabulário mais simples e claro?
Ilustríssimos Senhores:
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MATERIAIS
SEGURANÇA
PORTUGUÊS I INSTRUMENTAL
DO TRABALHO I
Estou convocando os Senhores Acionistas a participarem da Assembleia Geral
Extraordinária, em que explicarei as novas normas em vigor para seus planos.
2. Impessoalize com o uso da primeira pessoa do plural (nós)
Minha empresa é responsável por desenvolver estudos sobre as condições
de permanência de estrangeiros no Brasil. Também presto esclarecimentos sobre
legislação e publico informes periódicos.
3. Impessoalize com o uso de construções verbo + se
Sei da necessidade de eu buscar novas parcerias. Desejo que no próximo se-
mestre haja mais sucesso. Agradeço a orientação dispensada.
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SEGURANÇA DOMATERIAIS
PORTUGUÊS MATERIAIS
TRABALHOI I I
INSTRUMENTAL
LEITURA COMPLEMENTAR
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MATERIAIS
SEGURANÇA
PORTUGUÊS I INSTRUMENTAL
DO TRABALHO I
A conclusão é a parte mais importante do texto, é o seu ponto de chegada. Os
dados utilizados, as ideias e os argumentos convergem para este ponto em que a
discussão ou a exposição se fecha. Na sua estrutura normal, a conclusão não deve
deixar abertura para continuidade da discussão, tem o valor da síntese. Evite repetir
argumentos já utilizados, por exemplo: “Portanto, como já dissemos antes...”, “Con-
cluindo...”, “Em conclusão...”. Proporcionalmente o tamanho da conclusão é equiva-
lente ao da introdução, ou seja, 1/5. Essa é uma qualidade dos textos bem redigidos.
Nas conclusões que ficam muito longas, é possível que haja um dos seguintes erros:
• o desenvolvimento não foi suficientemente explorado e invadiu a conclusão; • o de-
senvolvimento não foi suficiente para fundamentar a conclusão e há necessidade de
mais explicações; • o autor está “enrolando”, “enchendo linguiça” ou fica girando em
torno de ideias paralelas ou redundantes; • o autor usa frases vazias, perfeitamente
dispensáveis; • a autor não tem clareza de qual é a melhor conclusão e se perde na
argumentação final.
A conclusão não pode ser uma abertura para novas discussões, exceto quan-
do:
• o autor apresenta ideias polêmicas e deixa a conclusão em aberto para não
influenciar o posicionamento do leitor;
• o autor não fecha a discussão propositalmente, estimulando o leitor a ler uma
possível continuidade do texto, como um outro capítulo;
• o autor não deseja mesmo concluir, mas apenas apresentar dados e informa-
ções sobre o tema que está desenvolvendo;
• o autor quer que o próprio leitor tire suas conclusões e enumera perguntas
no final.
As falhas num texto podem ser evitadas se antes da redação o autor fizer um
plano do que irá escrever. O plano é o roteiro em que organizamos, ou indicamos
para nós mesmos, as ideias e a sequência que utilizaremos no texto. Ele deve ser
o mais enxuto possível. Para o leitor, o texto deve parecer uma redação inteligente
e bem estruturada, que constrói uma argumentação sólida e lhe permite conclusões
enriquecedoras.
Dicas para elaboração de textos
• não tente utilizar palavras “difíceis”, que você tenha dúvidas quanto ao signi-
ficado, só para causar uma boa impressão;
• prefira recorrer à linguagem culta e formal, ao invés de gírias;
• escrever a grafia corretamente sempre causa uma boa imagem. Evite estran-
geirismos. Ao invés de, por exemplo, escrever “hobby” prefira “passatempo”;
• ao escrever você poderá ter algumas dúvidas quanto a grafia correta das pa-
lavras e querer enriquecer seu vocabulário, portanto sempre utilize o dicionário como
suporte para elaboração de textos.
Problemas comuns na comunicação escrita
Pensar antes de falar e refletir antes de escrever são regras fundamentais para
a comunicação eficaz. O entendimento de uma mensagem depende da sequência
ordenada das informações transmitidas.
Sua preocupação básica como escritor deve ser com o receptor. Evite estes
erros na sua comunicação:
1. Repetição de ideias, palavras, verbos auxiliares; Ex.: O técnico tinha propor-
cionado um momento de reflexão. (evitar) O técnico proporcionara um momento de
reflexão.
2. Vaguidade das expressões – palavras imprecisas, que servem para tapar
buracos na mensagem. Evite clichês, lugares comuns, frases feitas. Ex.: além disso,
aspecto, casualmente, certamente, coisa, conjuntura atual, ensejo, então, por outro
lado, etc.
3. Prolixidade – evitar palavras supérfluas. Ex.: Já tratamos desse assunto
muito apressadamente. Já tratamos desse assunto apressadamente. Tratamos des-
se assunto apressadamente.
77
SEGURANÇA DOMATERIAIS
PORTUGUÊS MATERIAIS
TRABALHOI I I
INSTRUMENTAL
4. Pleonasmos – transmitem ao receptor ideia de desleixo com a elaboração
da mensagem; em geral, é resultado da pressa, da falta de rascunho, da ausência
de correção. Ex.: fundamentos básicos, vimos à presença, vimos pela presente, usa-
mos deste meio, manter o mesmo, pequenos detalhes.
5. Afetações, colocações exageradas – às vezes, até contrárias à verdade,
devem ser evitadas. Ex.: a seu inteiro dispor, protestos de elevada estima e conside-
ração, temos a honra de, temos especial prazer em renovar.
6. Gíria – pode ser admitida entre jovens em conversas de grupos, em momen-
tos de descontração, mas não é adequada na comunicação escrita empresarial, que
deve ser a mais gramatical possível.
7. Estrangeirismo – só deve ser utilizado na linguagem técnica, quando não há
em português termo apropriado.
8. Laconismo – carência de palavras (estilo telegráfico), é fonte de equívocos,
incompreensão. Podem gerar ordens mal executadas, discussões ociosas.
9. Falhas gramaticais – impossível escrever bons textos sem recorrer à gramá-
tica e ao dicionário continuamente. Além disso, é preciso ler jornais, revistas, livros
da literatura nacional.
10. Ambiguidade – é um vício de linguagem pelo qual uma frase é construída,
involuntariamente, com mais de uma interpretação. Exemplo: “O ministro participou
da reunião com o presidente no Palácio do Planalto, na qual ele voltou a pedir uni-
dade no governo”. A frase é ambígua porque não deixa claro quem pediu unidade no
governo: o ministro ou o presidente?
78
MATERIAIS
SEGURANÇA
PORTUGUÊS I INSTRUMENTAL
DO TRABALHO I
UNIDADE 4
CONSTRUÇÃO DE TEXTO
TÉCNICO-CIENTÍFICO NA
CONCLUSÃO DO CURSO
OBJETIVOS:
Oferecer subsídios ao estudante que o possibilite desen-
volver as habilidades de comunicação e escrita, e que a mes-
ma seja expressa em padrão satisfatório para a necessidade
efetiva da área de atuação do curso.
79
SEGURANÇA DOMATERIAIS
PORTUGUÊS MATERIAIS
TRABALHOI I I
INSTRUMENTAL
CAPÍTULO
1
CONCEITUANDO
80
MATERIAIS
SEGURANÇA
PORTUGUÊS I INSTRUMENTAL
DO TRABALHO I
• Estabelecer um limite metodológico (uma metodologia específica que será
utilizada); ou
• Estabelecer um limite teórico (inserir sua pesquisa no âmbito de uma teoria)
Observe esse exemplo:
Um grupo quer apresentar seu PFC sobre o estudo do Português no Brasil.
Imagina quanto tempo eles teriam que ficar pesquisando para falar com profundida-
de sobre algo tão amplo (se é que seria um trabalho possível). Para resolver essa
situação eles podem fazer as seguintes perguntas:
• Ensino de Português no Brasil, onde?
• Nos livros didáticos.
• Quando?
• No período de 2010 a 2012.
• Com qual metodologia?
• Pesquisa bibliográfica.
• Com base em qual teoria?
• Construtivismo.
Esse tema poderia ser descrito assim: Como foi utilizada a teoria construtivista
nos livros didáticos de 2010 a 2012 no Brasil, segundo análise bibliográfica.
81
SEGURANÇA DOMATERIAIS
PORTUGUÊS MATERIAIS
TRABALHOI I I
INSTRUMENTAL
A formulação do problema na pesquisa científica deve ser considerada como
o alvo, o objeto de estudo a ser investigado mediante o trabalho realizado. Para Gil
(2006, p.49-50),
[...] na acepção científica, problema é qualquer questão não resolvida e que é objeto
de discussão, em qualquer domínio do conhecimento [...] pode-se dizer que um problema
é testável cientificamente quando envolve variáveis que podem ser observadas ou manipu-
ladas. As proposições que se seguem podem ser tidas como testáveis: Em que medida a
escolaridade determina a preferência político-partidária? A desnutrição determina o rebai-
xamento intelectual? Técnicas de dinâmica de grupo facilitam a interação entre os alunos?
Todos estes problemas envolvem variáveis suscetíveis de observação ou de manipulação.
É perfeitamente possível, por exemplo, verificar a preferência político-partidária de determi-
nado grupo, bem como o seu nível de escolaridade, para depois determinar em que medida
essas variáveis estão relacionadas.”
As hipóteses irão surgir e darão a você maior impulso para seguir adiante rumo
às descobertas daquilo que pretende buscar. Quando se afirma que o “problema”
partirá de uma interrogação, torna-se relevante mencionar que essa pergunta deve
obedecer a alguns princípios básicos, tais como: clareza naquilo que se deseja pes-
quisar e precisão no sentido de identificar quais elementos e instrumentos deverão
ser utilizados no decorrer de todo o trabalho.
Em meio a esse ínterim, encontram-se como fatores participativos o processo
de coleta, o estudo e a análise dos dados coletados, lembrando que os resultados
obtidos são frutos de uma investigação científica, isenta, portanto, de quaisquer juí-
zos e julgamentos de valor por parte de quem se propõe a tal investigação. Importan-
te também é salientar a questão de que dificuldades serão encontradas no decorrer
de todo esse percurso, até mesmo no momento de formular o problema, mas uma
boa dose de dedicação, seriedade e comprometimento, familiaridade com uma boa
literatura que retrate o caso em questão e a orientação de um bom professor, no
sentido de nortear o trabalho, trarão a você, pesquisador, grandes chances de obter
êxito na sua pesquisa.
2. Objetivos
Os objetivos devem ser claros e divididos em “geral” e “específico”. Nessa
etapa é preciso apresentar o que se busca com o trabalho. No objetivo “geral”, é
necessário demonstrar a que se destina o PFC, qual é o propósito principal a ser
alcançado através da elaboração desse projeto. Em “específicos” pode-se enumerar
vários tópicos que o grupo pretende realizar durante a execução do projeto e que
ajudarão na consolidação do objetivo principal (geral).
3. Metodologia
Como dito anteriormente, a metodologia é a bússola do seu projeto. É atra-
vés dela que será possível demonstrar como e o que fazer para atingir os objetivos
apontados acima. É imprescindível que se discuta com o professor orientador qual a
melhor metodologia a ser adotada para o seu trabalho.
No item “metodologia” é descrito todo o procedimento experimental realizado
no trabalho, com a descrição dos materiais utilizados e dos métodos experimentais
empregados. Assim pretende-se:
-Dar ao leitor subsídios para compreender o trabalho realizado.
-Permitir que os procedimentos sejam reproduzidos.
-Documentar técnicas utilizadas, para aplicação futura das mesmas em pro-
postas semelhantes.
82
MATERIAIS
SEGURANÇA
PORTUGUÊS I INSTRUMENTAL
DO TRABALHO I
d) análise dos dados: como se procederá a análise dos dados obtidos na parte
específica da pesquisa.
Alguns tipos de metodologia para PFC:
• Desenvolvimento teórico
• Estudo experimental
• Modelagem matemática e simulações
• Estudo de caso
4. Resultados esperados / preliminares
O item “resultados” deve descrever de forma didática as observações realiza-
das nos experimentos, tratando os resultados e avaliando se as técnicas emprega-
das introduziram, ou não, erros que possam prejudicar a análise e discussão poste-
riores. Gráficos são um excelente recurso, pois permitem visualizar a influência de
uma variável numa dada propriedade ou característica do material estudado.
Nessa seção é possível, se for o caso, que haja discussões acerca dos resulta-
dos obtidos com o trabalho. Na discussão dos resultados surgirão as principais con-
tribuições do trabalho à linha de pesquisa. A partir dos resultados obtidos, à luz da
revisão bibliográfica realizada, discute-se quais objetivos foram atingidos, e em qual
grau. Neste item, novas formas de tratamento dos dados podem ser necessárias, e
teorias podem ser elaboradas sobre o tema estudado.
5. Referencial teórico
Relacionam-se todas as obras citadas e consultadas, em qualquer suporte
(impressos, eletrônicos, entre outros), para a elaboração do projeto.
Devem aparecer em lista denominada “Referências”, ordenadas alfabetica-
mente, alinhadas somente à margem esquerda do texto, em espaço simples, e sepa-
radas entre si por dois espaços simples. Para mais informações sobre a confecção
das referências, deve-se consultar a NBR 6023 da ABNT ou consulte o Caderno de
Projeto Final de Curso da Escola Técnica São Mateus, disponível para download na
página da biblioteca.
83
SEGURANÇA DOMATERIAIS
PORTUGUÊS MATERIAIS
TRABALHOI I I
INSTRUMENTAL
MODELO DE PFC
Para orientar o aluno antes e durante sua pesquisa, segue um modelo que
servirá de base para a elaboração da redação final do PFC. Lembre-se que seu
trabalho será acompanhado e orientado de perto por um professor do curso ao qual
você está vinculado, e, portanto, qualquer dúvida que apareça quanto à execução do
PFC você poderá pedir o auxílio do professor-orientador, além é claro de consultar
sempre que necessário o manual do aluno para elaboração do PFC disponível na
biblioteca da ETSM.
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MATERIAIS
SEGURANÇA
PORTUGUÊS I INSTRUMENTAL
DO TRABALHO I
Normas para Elaboração do PFC
Conforme ABNT NBR 14724:2011
O PFC deverá conter a seguinte estrutura:
*item opcional
**item opcional no caso de revisão de literatura
Parte interna
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SEGURANÇA DOMATERIAIS
PORTUGUÊS MATERIAIS
TRABALHOI I I
INSTRUMENTAL
ATIVIDADES
O Projeto Final de Curso é uma atividade acadêmica obrigatória que consiste
na sistematização, registro e apresentação de conhecimentos culturais, científicos
e técnicos, produzidos na área do curso, como resultado do trabalho de pesquisa,
investigação científica e extensão. O PFC tem por finalidade estimular a curiosida-
de e o espírito questionador do discente, fundamentais para o desenvolvimento da
ciência.
Nessa perspectiva, você será levado a redigir um texto que aponte soluções
para um problema dentro de uma situação comum de uma empresa do ramo espe-
cífico do seu curso. Lembre-se de tudo que estudou até agora em Português Instru-
mental para elaborar um texto coerente, objetivo e que atenda às necessidades da
empresa, bem como utilizar seu conhecimento técnico e teórico nas demais discipli-
nas específicas como subsídios à elaboração da solução do problema apresentado.
Seu texto deverá conter as seguintes informações:
• Dados da empresa (nome, ramo de atuação, localização, porte, tempo de
mercado)
• Problema (causa, efeito e consequência)
• Recursos ou métodos aplicados na solução do problema (justificativa pela
escolha de tal método ou processo na solução do problema)
• Resultados obtidos (problema resolvido de imediato ou solução de efeito a
longo prazo)
Você poderá usar as sugestões abaixo selecionadas ou quaisquer outras su-
geridas pelo professor ou pela turma, desde que atenda aos requisitos citados ante-
riormente.
a) Curso Técnico em Automação – problema:
b) Curso Técnico em Mecânica – problema:
c) Curso Técnico em Edificações – problema:
d) Curso Técnico em Eletrotécnica – problema:
e) Curso Técnico em Logística – problema:
f) Curso Técnico em Segurança do Trabalho – problema:
g) Curso Técnico em Construção Naval – problema:
h) Curso Técnico em Meio Ambiente – problema:
i) Curso Técnico em Computação – problema:
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MATERIAIS
SEGURANÇA
PORTUGUÊS I INSTRUMENTAL
DO TRABALHO I
IMPORTANTE
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SEGURANÇA DOMATERIAIS
PORTUGUÊS MATERIAIS
TRABALHOI I I
INSTRUMENTAL
PROFESSOR AUTOR
Formação Complementar
Revisão, produção e interpretação de textos.
Universidade Vale do Rio Doce.
1998 1998
Linguagem e Literatura.
Universidade Vale do Rio Doce.
Interpretação de Textos.
Faculdades Intergradas Vale do Rio Doce.
Fonética da Língua Inglêsa.
Universidade Vale do Rio Doce.
SImpósio de Lingua Portuguesa e Literatura.
Universidade Vale do Rio Doce.
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MATERIAIS
SEGURANÇA
PORTUGUÊS I INSTRUMENTAL
DO TRABALHO I
89
SEGURANÇA DOMATERIAIS
PORTUGUÊS MATERIAIS
TRABALHOI I I
INSTRUMENTAL
BIBLIOGRAFIA
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construção de sentido: volume único. São Paulo: Moderna. 2006.
BAGNO, Marcos. Preconceito Linguístico. São Paulo: Edições Loyola. 2011.
BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. São Paulo: Saraiva,
1987.
BELTRÃO, O.; BELTRÃO, M. Correspondências: linguagem e comunicação.
São Paulo: Atlas,
1998.
BRASIL. Decreto nº 2.954, de 29 de janeiro de 1999. Estabelece regras para a
redação de atos normativos de competência dos órgãos do Poder Executivo. Diário
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Federativa do Brasil], Brasília, n.36, p.4, 24 fev. 1999. Seção 1.
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DEMO, Pedro. Pesquisa: princípios científicos e educativos. São Paulo: Cor-
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FEITOSA, V. C. Redação de Textos Científicos. São Paulo: Papirus, 1991
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GERALDI, João Wanderley. O texto na sala de aula. 3ª ed. São Paulo: Ática,
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KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. A coesão textual. 2ª ed. São Paulo: Contex-
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MARTINS, Dileta Silveira; ZILBERKNOP, Lúbia Scliar. Português instrumental:
de acordo com as atuais normas da ABNT. 25. ed. São Paulo: Atlas, 2004.
MEDEIROS, João Bosco. Português Instrumental. 8. ed. São Paulo: Atlas,
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MEDEIROS, J. B. Correspondência: técnicas de comunicação criativa. 17ª edi-
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PERRENOUD, Ph. As competências para ensinar no século XXI. Porto Alegre:
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SAVIANI, D. A Nova Lei de Diretrizes e Bases. In: Pro-Posições, Campinas, n.
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90
MATERIAIS
SEGURANÇA
PORTUGUÊS I INSTRUMENTAL
DO TRABALHO I
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