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Casos

Clínicos
Caso Clínico 1
• E mma Wang, uma gerente de investimentos de 26 anos, foi
espontaneamente a um consultório psiquiátrico devido às “oscilações
de humor” que estavam estavam destruindo seu relacionamento com
o namorado. Ela afirmou que sua briga mais recente começou porque
ele estava ligeiramente atrasado para um encontro.

• Gritou com ele e, então, sem motivo aparente, terminou o


relacionamento. Ficou desanimada depois, sentindo-se culpada e
autocrítica. Quando ligou para o namorado a fim de fazer as pazes,
ele se recusou, afirmando que estava cansado de suas “explosões de
TPM”.
Caso Clínico 1
• Ela então se cortou superficialmente no antebraço, o que ela havia
descoberto ser um método confiável para reduzir a ansiedade desde que
era adolescente. Afirmou que essas oscilações de humor surgiam do nada
todos os meses e suas características eram de tensão, agressividade verbal,
ansiedade, tristeza e arrependimento. Às vezes gritava com o namorado,
mas também ficava irritada com amigos, com o trabalho e com a família.

• Durante a semana em que “virava monstro”, evitava socializar ou falar ao


telefone; não era “divertida como de costume”, afirmou, e se isolava dos
amigos. Ela conseguia trabalhar quando se sentia “arrasada”, mas
realmente sentia pouca energia e tinha má concentração.
Caso Clínico 1
• Também ficava irascível, “com pena de si mesma” e arrependida de ter
decidido “desperdiçar” sua juventude dando duro para uma instituição
financeira que lhe era indiferente. Quando se sentia “desesperada”, ficava
determinada a buscar tratamento. Logo após o início da menstruação,
melhorava drasticamente, voltava a ser do jeito de sempre e não dispunha
de tempo para consultar com um psiquiatra.

• Também afirmou que, durante as semanas que se seguiam à menstruação,


se sentia “ótima, fantástica, como sempre”. Afirmou que as oscilações de
humor sempre se iniciavam entre 7 e 10 dias antes do início do ciclo
menstrual, “como uma TPM horrível”. Suas menstruações eram regulares.
As mamas ficavam sensíveis, o corpo inchava, o apetite aumentava e
ganhava peso. Quase ao mesmo tempo em que sua menstruação se
iniciava, sentia-se “subitamente bem”.
Caso Clínico 1
• Negou uso de álcool ou de substância ilícita e não tinha história de
sintomas psicóticos, maníacos ou obsessivos. Negou pensamentos
suicidas e tentativas de suicídio anteriores, bem como internações
psiquiátricas.

• Negou alergias e problemas médicos. O único medicamento que


tomava era a pílula anticoncepcional. Sua história familiar era
relevante em relação à mãe, com possível depressão.
Caso Clínico 1
• A sra. Wang nasceu em Taiwan e imigrou para os Estados Unidos aos
14 anos para frequentar um internato. Depois de se formar em uma
escola de negócios conceituada, mudou-se para morar com a irmã
mais velha.

• Durante o exame de estado mental, a aparência da sra. Wang era a de


uma mulher asiática vestida de acordo com a moda, usando joias de
bom gosto e uma bolsa de grife. Seu cabelo estava ligeiramente torto.
Ela manteve bom contato visual e foi agradável e cooperativa durante
a entrevista. Seu discurso tinha velocidade, ritmo e volume normais.
Caso Clínico 1
• Descreveu seu humor como “bom, de modo geral”, seu afeto era
completo, reativo e levemente irritável. Seu processo de pensamento
era linear e ela não mostrou evidências de delírios, obsessões ou
alucinações. Negou ideação suicida e homicida.

• Seu insight, seu julgamento e seu controle de impulsos estavam


intactos, embora tenha indicado uma história de comprometimento
perimenstrual nessas áreas.
Caso Clínico 1
• Qual o diagnóstico mais provável?
Caso Clínico 2
• D
 iane Taylor, uma técnica de laboratório de 35 anos, foi encaminhada
para o departamento de psiquiatria ambulatorial de um centro
médico acadêmico pelo programa de assistência ao funcionário (PAF)
de seu empregador, uma empresa farmacêutica de grande porte.

• Seu supervisor havia encaminhado a sra. Taylor ao PAF após uma crise
de choro por receber uma crítica leve durante uma análise anual de
desempenho que havia sido, de modo geral, positiva.
Caso Clínico 2
• Um pouco constrangida, disse ao psiquiatra que estava “se sentindo
triste há anos” e que ouvir uma crítica a seu trabalho havia sido
“demais”. Originária do oeste do Canadá, a sra. Taylor havia se
mudado para os Estados Unidos para fazer uma pós-graduação em
química.

• Deixou a universidade antes de completar seu doutorado e começou


a trabalhar como técnica de laboratório. Sentia-se frustrada com o
trabalho, que ela encarava como um “beco sem saída”, mas temia não
dispor de talento para encontrar um trabalho mais gratificante.
Caso Clínico 2
• Em consequência, lidava com sentimentos de culpa de que “não havia
feito muito” de sua vida. Apesar de seus problemas no trabalho, a sra.
Taylor achava que conseguia se concentrar sem dificuldade. Negou
pensamentos suicidas, mas às vezes se perguntava: “Qual é o sentido de
viver?”. Ao ser indagada, relatou que eventualmente tinha dificuldades
para dormir. Contudo, negou mudanças em seu peso ou no apetite.

• Embora ocasionalmente saísse com colegas de trabalho, afirmou que se


sentia tímida e pouco à vontade em situações sociais a menos que
conhecesse bem as pessoas. Gostava de correr e de ficar ao ar livre.
Embora seus relacionamentos românticos normalmente não “durassem
muito”, achava que sua libido era normal. Havia percebido que os sintomas
aumentavam e diminuíam de intensidade, mas permaneciam constantes
ao longo dos últimos três anos.
Caso Clínico 2
• Não apresentava sintomas que sugerissem mania ou hipomania. A
sra. Taylor era filha única. Cresceu com um relacionamento apegado
ao pai, um farmacêutico dono de uma farmácia.

• Descreveu-o como “um cara normal que gostava de caçar e pescar” e


que gostava de levá-la em caminhadas. Sua mãe, uma enfermeira,
parou de trabalhar logo depois de dar à luz e parecia emocionalmente
distante e deprimida. A sra. Taylor ficou deprimida pela primeira vez
no ensino médio, quando o pai sofreu várias hospitalizações após
desenvolver leucemia. Na época, foi tratada com psicoterapia, com
boa resposta.
Caso Clínico 2
• Não tinha outra história psiquiátrica ou médica e seus medicamentos
eram um composto multivitamínico e contraceptivos orais. Diante das
opções de tratamento, manifestou preferência por uma combinação
de medicamentos e psicoterapia.

• Começou a tomar citalopram e iniciou um curso de psicoterapia de


apoio. Depois de vários meses de tratamento, revelou que havia sido
abusada sexualmente por um amigo da família na infância. Revelou-
se também que ela tinha poucas amigas mulheres e um padrão
persistente de relacionamentos disfuncionais e ocasionalmente
abusivos com homens.
Caso Clínico 2
• Qual o diagnóstico mais provável?

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