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BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 22
4 LEITURA COMPLEMENTAR.................................................................... 24
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1 EDUCAÇÃO MUSICAL
Fonte: terradamusica.com.br
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extrema importância, pois estará em suas mãos a condução de um processo de
construção de ouvintes críticos e conscientes.
Na escolarização, a criança intensifica sua ação avaliativa sobre o que está ao
nível de fantasia, o que é real, o que é conveniente, o que é aconselhável, o que é
válido, o que é saudável, ou não. O processo de escolarização sendo propício para
explorar a imaginação da criança deve ser bem aproveitado, pois, a partir daí, o
desenvolvimento infantil se orienta para o discurso verbal e lógico e os centros de
interesses passam a ser outros.
Fonte: www.abemeducacaomusical.com.br
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mundo próprio, diferente do círculo familiar, no qual existem grupos maiores que
impõem certos padrões de conduta, onde o aluno deverá desenvolver-se integrando-
se. Uma das formas que proporcionam esta integração é o grupo musical.
A educação musical, enquanto processo de desenvolvimento da linguagem
musical da pessoa, depende das suas experiências e da maneira que as utiliza. Elas
podem permitir a auto expressão e o desenvolvimento da personalidade, oferecendo
oportunidade à criação de atitudes sadias sobre si mesmo e sobre os outros e, ainda,
provocar identificações de acordo com seu próprio nível emocional.
Se a educação musical tomar como princípio a ênfase nos processos
cognitivos, vai movimentar o fazer musical do aluno. Como consequência da ação
cognitiva, a objetivação do conhecimento permitirá a qualquer pessoa o acesso a
pensamentos expostos sobre determinado fenômeno musical. O desenvolvimento da
consciência e da inteligência depende do desenvolvimento perceptivo que pode e
deve ser trabalhado na área do conhecimento musical fundamentado nas
experiências auditivas.
A criança não nasce com seu desenvolvimento predeterminado, ao contrário, a
exposição à cultura e à língua específica determina a sua forma de perceber o mundo
e a si mesmo. Nesse contexto como a música parte da cultura sócio histórica do
homem, pode contribuir para o desenvolvimento da criança.
A música se faz presente na história da humanidade. Ao nascer a criança entra
em contato com o universo sonoro que a cerca. Sua relação com a música pode
ocorrer, por exemplo, por intermédio do acalanto da mãe ou aparelhos sonoros, sons
da natureza e outros sons produzidos em seu cotidiano. Sendo assim a música dialoga
com a constituição interna do ser humano. A criança estabelece suas primeiras
relações com o mundo sociocultural por meio dos sentidos e dos laços afetivos.
A musicalização favorece a oralidade, uma vez que a música é primordialmente
oralidade. A música reorganiza todos os processos mentais da criança. A palavra
passa a ser assumida como um fator excepcional que dá forma à atividade mental,
aperfeiçoa o reflexo da realidade e cria novas formas de memória, de imaginação, de
pensamento e de ação.
A musicalização desenvolve o senso musical da criança, sua sensibilidade e
expressão, ou seja, insere a criança no mundo da música. O trabalho com a
musicalização desperta e aprimora o gosto musical, favorece o desenvolvimento da
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sensibilidade, o ritmo, o prazer de ouvir a música, a imaginação, memória, atenção,
autodisciplina, socialização e afetividade. Também contribui para a consciência
corporal e a movimentação, permitindo dessa forma que a criança conheça a si
mesma melhor.
Para despertarmos a musicalização na criança, é necessário apresentar a
música em sua própria linguagem, ou seja, por meio de momentos e atividade lúdicas.
Unindo o mundo da música e as magias da ludicidade é possível criar um universo
cheio de novas descobertas, fantasias e aprendizagem para as crianças da Educação
Infantil.
Fonte:www.sonsmagicos.com.br
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Fonte: www.galpbonus.goodlife.pt
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A Educação Musical deve envolver cantos, ritmos e sons de instrumentos regionais
e folclóricos; a música deve invadir salas, pátios e jardins das escolas. Neste contexto,
o papel do professor é estimular e promover oportunidades para o aluno realizar suas
trocas com o meio social, tornando-o um interlocutor que auxilia na busca de soluções
para conflitos cognitivos ou, numa palavra, assume o papel de mediador.
A música pode e deve entrar como uma educação não formal, valorizando e
facilitando o ensino-aprendizagem. Por seu caráter lúdico e de livre expressão, não
apresenta pressões nem cobranças de resultados. Auxilia a percepção, estimula a
memória e a inteligência. Favorece o bem estar das potencialidades dos alunos, pois
ela fala diretamente ao corpo, à mente e às emoções.
A música treina o cérebro para formas relevantes de raciocínio. Dada a importância
que a música assume para o homem, ouvir e fazer música passou a ser para as
pessoas uma possibilidade capaz de proporcionar a alegria da realização pessoal, o
enriquecimento de seu mundo interior, uma nova forma de comunicação.
A educação musical tem como um de seus objetivos estimular o aluno e fazer com
que melhore sua atenção e sua concentração. Por meio da educação musical podem
ser observados o desenvolvimento da sensibilidade, afetividade, a personalidade,
desenvolvimento pessoal, capacidade motora e mental, imaginação, etc.
A música ajuda também como fonte de observação do professor para que ele crie
meios avaliativos mais justos, com maior igualdade e respeito às condições de cada
um. A interação dos alunos com a música mostra como vivem, como pensam e como
reagem diante das situações vividas diariamente, muitas são as riquezas de
informações, e cabe ao professor saber o que fazer com elas, e como usá-las da
melhor forma possível.
Todas as crianças e adolescentes têm o direito de aprender a cantar, a tocar, a ler
partituras, a apreciar a boa música de todos os tipos, clássica e não clássica, a
compartilhar com os demais as experiências musicais, a ser mais feliz graças ao
domínio pessoal da arte dos sons. O Brasil é um país rico culturalmente e a música
serve de mediadora e incentivadora.
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Fonte: barrigasdeamor.pt
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desenvolvimento intelectual. Nesse sentido, as experiências rítmicas musicais
que permitem uma participação ativa (vendo, ouvindo, tocando) favorecem o
desenvolvimento dos sentidos das crianças. Ao trabalhar com os sons ela
desenvolve sua acuidade auditiva; ao acompanhar gestos ou dançar ela está
trabalhando a coordenação motora e a atenção; ao cantar ou imitar sons ela
está descobrindo suas capacidades e estabelecendo relações com o ambiente
em que vive.
Desenvolvimento psicomotor: as atividades musicais oferecem inúmeras
oportunidades para que a criança aprimore sua habilidade motora, aprenda a
controlar seus músculos e mova-se com desenvoltura. O ritmo tem um papel
importante na formação e equilíbrio do sistema nervoso. Isto porque toda
expressão musical ativa age sobre a mente, favorecendo a descarga
emocional, a reação motora e aliviando as tensões. Qualquer movimento
adaptado a um ritmo é resultado de um conjunto completo (e complexo) de
atividades coordenadas. Por isso atividades como cantar fazendo gestos,
dançar, bater palmas, pés, são experiências importantes para a criança, pois
elas permitem que se desenvolva o senso rítmico, a coordenação motora,
fatores importantes também para o processo de aquisição da leitura e da
escrita.
Desenvolvimento sócio afetivo: a criança aos poucos vai formando sua
identidade, percebendo-se diferente dos outros e ao mesmo tempo buscando
integrar-se com os outros. Nesse processo a autoestima e a auto realização
desempenham um papel muito importante. Através do desenvolvimento da
autoestima ela aprende a se aceitar como é, com suas capacidades e
limitações. As atividades musicais coletivas favorecem o desenvolvimento da
socialização, estimulando a compreensão, a participação e a cooperação.
Dessa forma a criança vai desenvolvendo o conceito de grupo. Além disso, ao
expressar-se musicalmente em atividades que lhe deem prazer, ela demonstra
seus sentimentos, libera suas emoções, desenvolvendo um sentimento de
segurança e auto realização.
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que as crianças fiquem em silêncio e observem os sons ao seu redor, depois elas
podem descrever, desenhar ou imitar o que ouviram. Também podem fazer um
passeio pelo pátio da escola para descobrir novos sons, ou aproveitar um passeio fora
da escola e descobrir sons característicos de cada lugar.
Fonte: xmusic.pt/blog
O educador também pode gravar sons e pedir para que as crianças identifiquem
cada um, ou produzir sons sem que elas vejam os objetos utilizados e pedir para que
elas os identifiquem, ou descubram de que material é feito o objeto (metal, plástico,
vidro, madeira) ou como o som foi produzido (agitado, esfregado, rasgado, jogado no
chão). Assim como são de grande importância as atividades onde se busca localizar
a fonte sonora e estabelecer a distância em que o som foi produzido (perto ou longe).
Para isso o professor pode pedir para que as crianças fiquem de olhos fechados e
indiquem de onde veio o som produzido por ele, ou ainda, o professor pode caminhar
entre os alunos utilizando um instrumento ou outro objeto sonoro e as crianças vão
acompanhando o movimento do som com as mãos.
Posteriormente o educador pode trabalhar os atributos do som:
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Timbre: é a característica de cada som, o que nos faz diferenciar as vozes e os
instrumentos.
Fonte:www.espacoeducar.net
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precisa escutar a si mesma e aos outros, esperando sua vez de cantar ou tocar.
Ajudam no desenvolvimento do sentido de organização e disciplina.
2 MÚSICA POPULAR
A Música Popular Brasileira (MPB) tem suas origens no Brasil colônia, a partir
da mistura de vários estilos. A MPB surgiu quando brancos, índios e negros integraram
os ritmos e os sons de suas etnias e os disseminaram em todas as classes sociais.
Entre os séculos XVI e XVIII, por exemplo, havia em nosso país a presença das
cantigas populares, dos sons de origem africana, das fanfarras militares, das músicas
religiosas e músicas eruditas europeias, além dos cantos indígenas e sons tribais.
Nos séculos XVIII e XIX, com o desenvolvimento e aumento demográfico das
cidades, os ritmos mais marcantes foram o Lundu e a Modinha. O Lundu, de origem
africana, possuía um forte caráter sensual e uma batida rítmica dançante. Já a
Modinha, de origem portuguesa, trazia a melancolia e falava de amor numa batida
calma e erudita.
Nos saraus, espécie de reunião onde se recitavam poemas e se cantavam
músicas em tardes e noites cariocas, os dois gêneros causavam furor entre os jovens
enamorados. Eram nestes encontros musicais que se podiam ouvir pianos, violas e
cantores diletantes, derramando lirismo e sarcasmo.
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Fonte:almanaque.folha.uol.com.br
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primeira gravação de Pixinguinha, importante cantor e compositor da MPB do início
do século XIX.
Com o crescimento e popularização do rádio nas décadas de 1920 e 1930, a
Música Popular Brasileira cresce ainda mais. Nesta época inicial do rádio brasileiro,
destacam-se os seguintes cantores e compositores: Ary Barroso, Lamartine Babo,
Dorival Caymmi, Lupicínio Rodrigues e Noel Rosa. Surgem também os grandes
intérpretes da música popular brasileira: Carmen Miranda, Mário Reis e Francisco
Alves.
Fonte:www.cartacapital.com.br
Nos anos de 1940 ganha destaque no cenário musical brasileiro Luiz Gonzaga,
o "rei do Baião". Nesta mesma época surgiu o Samba-Canção, com um ritmo mais
calmo e orquestrado, e canções que falavam principalmente de amor. Destacam-se
neste contexto musical: Dolores Duran, Emilinha Borba, Dalva de Oliveira, Ângela
Maria e Caubi Peixoto.
Na década de 1950 surge a Bossa Nova, um estilo sofisticado e suave.
Destaque para Elizeth Cardoso, Tom Jobim e João Gilberto. A Bossa Nova leva as
belezas brasileiras para o exterior, fazendo grande sucesso, principalmente nos
Estados Unidos.
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Fonte: julianaparente.wordpress.com
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Fonte:produto.mercadolivre.com.br
Após o Ato Institucional nº5, instrumento legal promulgado em fins de 1968 que
aprofundou o caráter repressivo do Regime Militar brasileiro implantado quatro anos
antes, houve um corte abrupto das experiências musicais ocorridas no Brasil ao longo
dos anos 60. Na medida em que boa parte da vida musical brasileira, naquela década,
estava lastreada num intenso debate político-ideológico, a repressão e a censura
prévia interferiram de maneira dramática e decisiva na produção e no consumo de
canções.
A partir de então, os movimentos, artistas e eventos musicais e culturais
situados entre os marcos da Bossa Nova (1959) e do Tropicalismo (1968) foram
idealizados e percebidos como um ciclo de renovação musical radical. Ao longo deste
ciclo, surgiu e se consagrou a expressão Música Popular Brasileira (MPB), sigla que
sintetizava a busca de uma nova canção que expressasse o Brasil como projeto de
nação idealizado por uma cultura política influenciada pela ideologia nacional-popular
e pelo ciclo de desenvolvimento industrial, impulsionado a partir dos anos 50.
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Fonte: resistenciaemarquivo.wordpress.com
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3 MÚSICA POPULAR E EDUCAÇÃO MUSICAL
Fonte: anoticia.clicrbs.com.br
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ou seja, quando não estamos familiarizados com o estilo musical, a ponto de sermos
incapazes de compreender a sintaxe, respondemos negativamente aos significados
inerentes.
Os tipos de respostas para cada um dos significados musicais influenciam a
educação musical, no sentido em que a resposta para um aspecto do significado pode
se sobrepor, influenciar ou até mesmo alterar o outro. As reações das pessoas não
estão relacionadas apenas com suas habilidades musicais; elas caracterizam-se
como resultado de uma série de precedentes sociais e afiliações a uma variedade de
diferentes grupos sociais.
Fonte:nucleovillalobos.com.br
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vezes essas três atividades complementam-se, tornando, algumas vezes, difícil
distingui-las.
A utilização das práticas de aprendizagem informal nas aulas pode oferecer
aos alunos um certo grau de autonomia com relação a seus professores, aumentando
suas capacidades para seguir com o aprendizado de forma independente,
encorajando futuras participações no fazer musical além da sala de aula.
Para a autenticidade da prática pedagógica de música popular torna-se crucial
que as formas de produção e transmissão do meio cultural, onde esse repertório vive,
conduzam a aprendizagem e não apenas que sejam incluídos como recurso
pedagógico. O uso das práticas de aprendizagem informal é fundamental para a
música popular a ponto de tornar-se a sua aprendizagem autêntica ou não.
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BIBLIOGRAFIA
ANDRADE, Mário de. Ensaio sobre a música brasileira. São Paulo: Martins;
Brasilia: INL, 1972.
BRITO, Teca Alencar de. Música na Educação Infantil: propostas para a formação
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HENTSCHKE, L.; DEL BEN, L. (Org.). Ensino de música: propostas para pensar e
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PENNA, Maura. Música(s) e seu ensino. 2.ed.rev. e ampl. Porto Alegre: Sulina, 2010.
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Belém: ABEM, 2000.
22
SOUZA, J. (Org.). Aprender e ensinar música no cotidiano. 2. ed. Porto Alegre:
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SOUZA, Jusamara. Música, cotidiano e educação. Porto Alegre: Ed. UFRGS, 2000.
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4 LEITURA COMPLEMENTAR
Resumo
Este artigo expõe o pensamento de alguns pesquisadores sobre a “pedagogia da música popular”
dentro de contextos formais de ensino. O argumento central parte do pressuposto de que a inclusão do
repertório popular dentro da aprendizagem formal de música necessita considerar também o contexto
social e cultural no qual ele é produzido, consumido e transmitido. São discutidas algumas práticas de
aprendizagem informal e seu uso, consideradas essenciais para a aprendizagem desse repertório,
buscando assim contribuir para um pensamento reflexivo sobre a prática pedagógica da música
popular.
Introdução
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Diversos autores refletem sobre essa problemática e apontam algumas
soluções para o ensino da música popular em ambientes formais de ensino de música.
Tais propostas levam em consideração o contexto cultural e social desse repertório.
Dentre alguns autores que discutem o assunto, podemos citar Arroyo (2001),
Björnberg (1993), Dunbar-Hall e Wemyss (2000), Green (1997, 2001, 2006), Hebert e
Campbell (2000), Jaffrus (2004), Sandroni (2000) e Small (2003).
Apesar da discussão sobre o tema já existir há algum tempo, Green (2006)
afirma que apenas recentemente as estratégias de ensino estão efetivamente
mudando. Compreender os contextos nos quais a música popular acontece, bem
como suas formas de transmissão de conhecimentos, práticas, valores, filosofia e
conceitos, torna-se de suma importância para que o trabalho do professor e o uso
dessa música sejam significativos. Nesse sentido, o que passa a ter maior importância
não é apenas o “produto” em si, ou seja, o conteúdo; o que realmente importa é o
“processo”, ou seja, a “autenticidade da aprendizagem musical” (GREEN, 2006, p.
114).
Pedagogia e autenticidade
1. A escolha do repertório
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O envolvimento das pessoas com a música vai além da noção de enxergá-la
como uma coleção de sons e silêncios; existem significados cercando-a que afetam o
entendimento e a preferência para determinados tipos de músicas. Green (1997;
2006) elabora uma teoria sobre dois tipos de significados musicais que colaboram
para a compreensão desse evento: os chamados “significados inerentes” e os
“significados delineados”.
Os significados inerentes são aqueles que lidam com “a maneira que os
materiais inerentes à música – sons e silêncios – são combinados um em relação ao
outro” (GREEN, 2006, p. 102). Eles dependem diretamente da capacidade de cada
ouvinte para perceber essas combinações que são desenvolvidas histórica e
socialmente. “Eles são ‘inerentes’ porque estão contidos no material sonoro, e têm
‘significados’ uma vez que são relacionados entre si” (GREEN, 1997, p. 28).
Os significados delineados se referem “aos conceitos extramusicais ou
conotações que a música carrega, isto é, associações sociais, culturais, religiosas,
políticas ou outras” (GREEN, 2006, p. 102). Eles afetam a maneira pela qual
aceitamos ou não determinados tipos de música.
Esses dois significados ocorrem em todo tipo de experiência musical, quer
percebamos ou não, e podemos ter respostas positivas ou negativas para cada um
deles (GREEN, 2006). Respondemos positivamente aos significados inerentes de
uma música quando entendemos sua linguagem e temos determinado nível de
familiaridade com o estilo, a ponto de perceber o que acontece musicalmente ali. Mas
quando isso não ocorre, ou seja, quando não estamos familiarizados com o estilo
musical, a ponto de sermos incapazes de compreender a sintaxe, respondemos
negativamente aos significados inerentes.
Em se tratando dos significados delineados, eles receberão uma resposta
positiva quando “[...] as delineações correspondem, sob nosso ponto de vista, com as
questões que nos fazem sentir bem” (GREEN, 2006, p. 103). Essas questões referem-
se à classe social, vestimenta, valores políticos e/ou religiosos, etnia, gênero etc. Mas
também podemos responder negativamente aos delineados “[...] quando nós sentimos
que aquela música não é nossa; por exemplo, se ela pertence a um grupo social do
qual nós não nos identificamos [...]” (GREEN, 2006, p.103).
Responder positivamente aos significados inerentes e aos significados
delineados de uma determinada música conduz à “celebração” daquela música.
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Responder negativamente para ambos os significados leva à “alienação”. E
finalmente, ter uma resposta positiva para um, mas negativa para o outro leva à
“ambiguidade” (GREEN, 2006, p. 103). Para exemplificar, a autora cita:
[...] uma pessoa pode não estar familiarizada com os significados inerentes
de Mozart porque ele ou ela nunca o tocaram ou cantaram, e ouviram apenas
raramente esta música. Por isso, ele ou ela são relativamente incapazes de
reconhecer detalhes da sintaxe, da forma, das suas mudanças harmônicas
ou rítmicas, e ouve a música como algo rebuscado, enfadonho ou superficial.
Mas, ao mesmo tempo, ele ou ela gosta das delineações envolvidas na trama
operística, o evento social de sair para a ópera com os amigos, e assim por
diante (GREEN, 2006, p. 103).
Assim, a escolha dos alunos para determinadas músicas pode ser melhor
compreendida, pois está situada numa rede de acontecimentos complexos que
requerem atenção. Tais compreensões seriam úteis para o trabalho do professor, pois
podem mudar sua pedagogia em relação ao repertório trazido pelo aluno (GREEN,
2006, p. 114). Ao argumentar sobre a postura dos educadores em relação ao trabalho
com a música popular, Small (2003) acredita que esse trabalho deve envolver as
músicas que são importantes para os alunos e não apenas para o professor.
Tocar de ouvido
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é o crítico, a coordenação de movimentos é desejável e a vestimenta é casual
(TRIMILLOS, 1988, p. 12, grifo nosso).
Tocar em grupo
Criatividade
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Contudo, tais mudanças ainda são muito recentes e ocorrem de maneira lenta.
Em 2006, Green coordenou um projeto em 21 escolas da Inglaterra, envolvendo
alunos com idades entre 13 e 14 anos. Foi proposta a inclusão de uma série de
estratégias pedagógicas com a música popular, que incluíram as práticas de
aprendizagem informal, como: (1) permitir que os alunos escolhessem as músicas; (2)
aprender ouvindo e copiando gravações; (3) aprender entre grupos de amigos com o
mínimo de condução adulta; (4) aprender através de descobertas, quase que “ao
acaso”; (5) interação entre o ouvir, o tocar, o cantar, o improvisar e o compor (GREEN,
2006). Como resultado, os alunos tornaram-se capazes de ouvir mais criticamente e
atentamente as músicas, além de estarem mais felizes e empolgados (GREEN, 2006).
Como extensão dos benefícios trazidos por essa experiência, os alunos
também puderam experimentar mudanças positivas inclusive em suas respostas às
músicas clássicas. Por meio da manipulação direta com os significados inerentes das
músicas do repertório clássico, através do uso das práticas de aprendizagem informal,
as respostas aos significados inerentes se sobrepuseram às respostas aos
significados delineados que eles possuíam anteriormente com esse repertório,
ampliando suas escutas musicais (GREEN, 2006, p. 114).
Contudo, as adaptações ao uso de diferentes estratégias de ensino ainda
podem encontrar muitas barreiras por parecerem estranhas a um sistema já instituído.
Abrir caminho para as práticas de aprendizagem informal requer “[...] uma quantia
considerável de coragem, e até um pouco de fé” (GREEN, 2001, p. 186). Os alunos
estão habituados a receberem de seus professores a transmissão de novos
conhecimentos e habilidades. Ao depararem-se com uma postura aparentemente
mais passiva do que ativa do professor, algo incomum até então, eles poderiam ter
um estranhamento difícil de ser justificado (GREEN, 2001).
Outros motivos para a não utilização das práticas de aprendizagem informal em
sala de aula apontados por Green (2001) teriam relação com a formação dos
professores e suas posturas. Os músicos populares que se tornam professores,
inclusive aqueles que se consideram autodidatas e que vivenciaram amplamente as
práticas informais, não conseguem ensinar seus alunos usando as mesmas práticas
com as quais aprenderam, imaginando-as indignas para a sala de aula. Assim,
acabam adotando os antigos métodos tradicionais em suas abordagens. No caso de
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professores advindos do meio formal, o não uso das práticas informais aconteceria
devido ao fato de eles nunca terem vivenciado tais práticas (GREEN, 2001, p. 180).
Conclusão
BIBLIOGRAFIAS
________. Popular music education in and for itself, and for ‘other’ music: current
research in the classroom. International Journal of Music Education. 2006. Disponível
em: <http:// ijm.sagepub.com>. Acesso em: 08 out. 2006.
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JAFFRUS, S. E. The impact of formal music learning pratices in the classroom, or how
I learned how to teach from a garage band. International Journal of Music Education,
22(3), p. 189-200, 2004. Disponível em: www.sagepub.com. Acesso em: 08 out. 2006.
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SANDRONI, C. Uma roda de choro concentrada: reflexões sobre o ensino de músicas
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SMALL, S. What is hip? Popular music education and the university. Music Education
International, 2, p. 143-153, 2003.
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Resumo
O presente artigo tem como objetivo refletir sobre a inserção da música no cotidiano da
educação infantil e o papel do professor frente à mesma. Para tanto, inicialmente abordamos algumas
questões relacionadas à forma como a música participa do desenvolvimento da criança e às habilidades
que a mesma desenvolve em relação à música nas diferentes etapas do desenvolvimento infantil.
Também tratamos do objetivo do ensino da música nesse nível de ensino e da responsabilidade que o
educador possui nesse sentido. Na sequência tratamos da formação de professores da educação
infantil uma vez que é a partir dela que se configura um dos aspectos que permeia a prática do
profissional que atua junto às crianças nas instituições formais de ensino. Sobre a formação desses
professores ressaltamos a importância da prática nesse processo já que a mesma deve ser concebida
como eixo central no currículo de formação de professores. Também discorremos sobre os desafios
que recai tanto sobre os profissionais da educação infantil quanto aos seus formadores, que precisam
atualizar-se continuamente no que diz respeito às tendências e práticas da sociedade moderna.
Finalizamos o presente trabalho refletindo sobre a necessidade que formação dos profissionais da
educação infantil assume no sentido de que a mesma aborde vários aspectos que vão desde questões
relacionadas ao desenvolvimento humano até noções de cultura e sociedade, incluindo o papel da
música nesse processo, uma vez que a presença da música na vida dos seres humanos é incontestável
se considerarmos que a mesma tem acompanhado a história da humanidade, ao longo dos tempos,
exercendo as mais diferentes funções.
Introdução
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Para Jeandot (1993) as pesquisas sobre educação musical no Brasil se
mostram um pouco lentas, se comparadas às que se desenvolvem em outros
domínios artísticos, devido ao fato de a música ser uma arte auditiva, interiorizada,
que exige mais esforço, ao contrário das artes visuais, cuja captação é mais imediata.
Em relação à Educação Infantil é importante considerar que a música está
presente, de modo inequívoco, no cotidiano das crianças. Nesse sentido, Nogueira
(2006) ainda afirma que os brinquedos musicais fazem parte da vida da criança desde
muito cedo – é por meio dos acalantos, das parlendas, dos brinquedos ritmados entre
mãe e bebê, que se estabelecem as primeiras experiências lúdico-musicais da vida
humana. Mais tarde, outros tipos de brincadeiras musicais, cada vez mais dinâmicas
e diversificadas, vão ampliando os referenciais auditivos das crianças, num processo
sempre crescente. Ainda de acordo com a autora, este processo tende a se
intensificar com o acesso aos meios de comunicação de massas e a diferentes fontes
sonoras, processo esse atualmente bastante disseminado junto às diferentes
camadas da população brasileira.
Também é importante salientar que ouvir música, aprender uma canção,
brincar de roda, realizar brinquedos rítmicos, são atividades que despertam,
estimulam e desenvolvem o gosto pela atividade musical, além de propiciar a vivência
de elementos estruturais dessa linguagem.
A relevância da inserção musical na educação infantil também está
fundamentada na própria Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional (Lei no
9394/96) quando afirma que a finalidade da educação infantil está relacionada ao
desenvolvimento integral da criança, ou seja, pensando nesses termos, a música
assume um papel fundamental no processo de desenvolvimento infantil em seus
vários aspectos.
A relação afetiva das crianças com a música acontece, de acordo com Borges
(1994), desde muito cedo podendo ser facilmente comprovada nas reações de prazer
que as mesmas apresentam ao serem embaladas, às cantigas de ninar, nos primeiros
movimentos de dança, independentemente do contexto histórico-cultural em que
estejam inseridas.
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Oliveira, Bernardes e Rodriguez (1998) afirmam que as crianças, mesmo antes
de aprenderem a falar, se expressam através de movimentos, sons e ritmos. Para as
autoras, a convivência com os diferentes sons e ruídos é de suma importância, pois
através dos mesmos se faz descobertas e com elas, o conhecimento e a exploração
do diferente.
Ainda de acordo com as autoras, a primeira descoberta dos sons e do ritmo
se dá através do próprio corpo e do ambiente ao redor. Por ser criativo, o ser
humano rompe continuamente os esquemas repetidos das experiências anteriores e
vai explorando novos caminhos.
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• 2 anos, a criança é capaz de cantar versos soltos, fragmentos de
canções, geralmente fora do tom. Reconhece algumas melodias e cantores.
Gosta de movimentos rítmicos em rede, cadeira de balanço, etc.;
• 3 anos, a criança consegue reproduzir canções inteiras, embora
geralmente fora do tom. Tem menos inibição para cantar em grupo.
Reconhece várias melodias. Começa a fazer coincidir os tons simples de seu
canto com as músicas ouvidas. Tenta tocar instrumentos musicais. Gosta de
participar de grupos rítmicos: marcha, pula, caminha corre, seguindo o
compasso da música;
• 4 anos, a criança progride no controle da voz. Participa com facilidade
de jogos simples, cantados. Interessa-se muito em dramatizar as canções.
Cria pequenas músicas durante a brincadeira;
• 5 anos, a criança entoa mais facilmente e consegue cantar melodias
inteiras. Reconhece e gosta de um extenso repertório musical. Consegue
sincronizar os movimentos da mão ou do pé com a música. Reproduz os tons
simples de ré até dó superior. Consegue pular em um só pé e dançar
conforme o ritmo da música. Percebe a diferença dos diversos timbres
(vozes, objetos, instrumentos), dos sons graves e agudos, além da variação
de intensidade (forte e fraca);
• 6 anos, a criança percebe sons ascendentes e descendentes.
Identifica as fórmulas rítmicas, os fraseados musicais, as variações de
andamento e a duração dos valores sonoros. Adapta palavras sobre ritmos
ou trecho musical já conhecido. Acompanha e repete uma sequência rítmica;
• 7 anos, a criança expõe e defende suas ideias. Ouve em silêncio,
acompanhando a melodia e o ritmo da música. Canta acentuando a tônica
das palavras. Bate as pulsações rítmicas com as mãos, enquanto o pé
acentua o tempo mais forte. Distingue ritmos populares – baião, rock, samba,
marcha, valsa –, expressando-se com o corpo, criando gestos livremente,
segundo esse ritmo. Produz pequenas melodias (compostas de perguntas e
respostas) segundo uma fórmula rítmica.
Interpreta músicas com expressão e dinâmica;
• 8 anos, a criança é mais rápida em suas próprias reações e também
compreende melhor as dos demais. Percebe e distingue com segurança os
elementos rítmicos, criando frases rítmicas;
• 9 anos, a criança adquire maior domínio de si mesma. Gosta muito de
conversar. É capaz de distinguir os elementos da música: melodia, ritmo,
harmonia. Percebe o fraseado musical. Lê, interpreta e responde a fórmulas
rítmicas;
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• 10 anos, a criança facilmente cria sonoplastias para histórias e trilhas
sonoras para novelas. Canta a duas ou três vozes. Gosta de cantar, mas não
canções pueris. Escuta discos com entusiasmo, principalmente de músicas
mais tocadas na televisão e no rádio;
• A partir de 11 anos, o entusiasmo é o traço mais característico.
Facilmente a criança perde sua própria identidade em função do grupo. As
tarefas coletivas a atraem. É a época de montar ópera, criar uma obra
musical em conjunto. Os debates, no nível analítico, aumentam. Ouve com
facilidade tanto a música popular quanto a clássica. Gosta muito de música
americana. (JEANDOT, 1993, p. 63-64).
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captar a linguagem musical além de expressar-se através dela, possibilitando o
acesso do educando a um imenso patrimônio musical que a humanidade vem
construindo.
Nesse sentido é importante ressaltar que é de responsabilidade do educador,
enquanto um dos maiores modelos de imitação da criança, ser crítico e criativo na
escolha do que apresentar a mesma, garantindo, com isso, que o trabalho seja
interessante para ambos.
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o mesmo investigue o universo musical do qual a criança faz parte, encorajando, com
isso, a criação de novas formas de expressão através da música.
No entanto, Borges (1994) afirma que, embora se concorde com a importância
que a música tem na educação das crianças, é frequente se deparar, nas classes pré-
escolares, com atividades músicas limitadas exclusivamente à reprodução de
cantigas utilizadas com finalidades apenas didáticas, quando as mesmas deveriam
ligar-se primordialmente às emoções, no sentido de proporcionar um momento de
prazer ao ouvir, cantar, tocar e inventar sons e ritmos.
Para a autora, se a música for utilizada na educação infantil apenas com o
objetivo de ensinar conceitos matemáticos, anunciar o momento da história ou do
lanche ou reforçar hábitos de higiene, a função primeira da mesma estará sendo
desvirtuada.
E para que isso não aconteça, é necessário que o professor seja sensível à
expressão musical, o que não significa que o mesmo tenha que ser um especialista
em música ou que saiba, necessariamente, tocar algum instrumento. Ele deve sim,
estar consciente de que, em contato com a música, a criança poderá:
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do profissional que atua junto às crianças nas instituições formais desse nível de
ensino.
Schmitz e Maciel (2003) afirmam que, mais do que ensinar coisas, o educador
de crianças necessita estabelecer um ambiente de relacionamentos no qual as
crianças possam vivenciar e praticar as diversas peculiaridades e aspectos de sua
personalidade em formação.
Nesse sentido, o que se constitui como sendo de fundamental importância na
formação dos profissionais da educação infantil não reside na aprendizagem de várias
disciplinas formais. É necessário que esse profissional aprenda a compreender,
respeitar e promover a mente, os valores, os hábitos e as atividades das crianças.
Daí surge a necessidade de que
tendo também uma formação deficitária, uma vez que saem da faculdade se
o conhecimento do cotidiano das creches, com uma aluna e um aluno
idealizados, com uma família pensada dentro de padrões de uma estrutura
de classe média alta, que não coincidem com a diversidade de sujeitos e
situações com as quais deverá trabalhar. (MONTEIRO E MARQUES, 2004,
p. 208).
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sim, estar atento a todas as dimensões que dizem respeito à criança e à sua
formação, incluindo aí o papel da música nesse processo.
BIBLIOGRAFIAS
CUNHA, M. I. O bom professor e sua prática. 13ª ed. Campinas: Papirus, 2001.
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NOGUEIRA, M. A. Música e educação infantil: possibilidades de trabalho na
perspectiva de uma pedagogia da infância. Disponível em:
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