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Apresentação
Nesta aula, serão apresentados os principais tipos de auditorias (interna e externa), as fases da auditoria, suas
características, além das vantagens e desvantagens de cada modelo e as ferramentas que podem ser usadas para a
auditoria. Você compreenderá como usar adequadamente cada ferramenta.
Objetivos
De nir os modelos de Auditoria (interna e externa) e as vantagens e desvantagens de cada modelo;
Auditoria interna
De acordo com Dias (2005), a auditoria interna consiste em “atividade independente e objetiva de garantia e consultoria,
concebida para adicionar valor e melhorar as operações de uma organização”.
A auditoria interna é desempenhada por um departamento independente da organização, vinculado diretamente à alta direção
da empresa ou instituição. Caberá a este departamento realizar as veri cações necessárias para os processos organizacionais.
Isto inclui avaliar sistemas e procedimentos para mitigar as possibilidades de fraudes, erros ou práticas que provoquem
desperdícios.
De acordo com Dias (2015), a principal função da auditoria interna é a avaliação independente dos processos organizacionais.
Suporte dos riscos inerentes, caso esses riscos não sejam atingidos;
E ciência dos controles adotados que deveria garantir e assegurar a e cácia das operações desenvolvidas;
• Identi cação das ações corretivas necessárias à manutenção ou melhoria da rentabilidade da empresa.
O auditor interno, portanto, é um empregado da empresa, incluído no organograma funcional. Faz parte do trabalho do auditor
interno analisar riscos e controles dos processos organizacionais, avaliar se os processos estão em conformidade com
padrões previamente de nidos e apontar ações de melhorias.
Quando a empresa não tiver condições de manter em sua estrutura uma área de auditoria interna de forma permanente;
Quando a empresa considerar que não precisa de uma área de auditoria dentro da estrutura, mas necessita avaliar seus
processos organizacionais de forma pontual.
Na hipótese de contratação de um auditor externo ou de empresa de auditoria, será importante estabelecer as seguintes
condições:
De nição dos projetos em que o auditor irá atuar e o total de horas de trabalho, que serão alocadas em cada projeto;
Atenção
A remuneração do auditor externo é calculada em horas de consultoria. Se o auditor for autônomo, isto poderá garantir uma
boa remuneração para o pro ssional.
Modalidades de auditoria
Os auditores (internos e externos) podem desempenhar diferentes modalidades de auditoria. Naturalmente, estas diferentes
possibilidades exigirão per s pro ssionais e capacitação também distintos.
Auditoria contábil
Modalidade de auditoria que visa aferir os registros contábeis, veri cando sua adequação às normas e regulamentos
governamentais, aos procedimentos contábeis e aos padrões aceitos.
Trata-se da conformação de uma entidade autônoma, com base na resolução 1.055/05 do Conselho Federal de
Contabilidade (CFC). Tem como objetivo estudar, preparar e emitir pareceres técnicos sobre os procedimentos de
contabilidade, com a nalidade de adequar a contabilidade brasileira aos padrões internacionais.
Auditoria tributária
Destina-se a avaliar a e cácia do planejamento tributário através do exame dos procedimentos e controles adotados para
a aferição, pagamento e recuperação de impostos, tributos e taxa. Exige do auditor conhecimento atualizado das regras
tributárias vigentes.
Auditoria operacional
Tem por objetivo auxiliar a administração da empresa a avaliar se as funções organizacionais estão sendo
desempenhadas de forma e ciente e e caz, bem como se observam as regras legais e os padrões de segurança exigidos.
Auditoria de gestão
Tem por nalidade avaliar o planejamento da empresa, examinando suas políticas, critérios e procedimentos
considerados na elaboração dos planos. Neste sentido, a auditoria avaliará os resultados alcançados, o grau de e ciência,
e cácia e efetividade, a qualidade e viabilidade dos planos. Pode avaliar os planos e processos de todos os
departamentos, ou de um ou mais departamentos de forma isolada.
Refere-se à avaliação do planejamento, testes e implantação dos sistemas informatizados da empresa, bem como da
infraestrutura física de TI.
Auditoria de balanço
Veri ca se os números expressos no balanço contábil re etem a realidade dos fatos contábeis e se foram respeitadas as
normas legais e padrões contábeis. Esse tipo de auditoria é fundamental para gerar credibilidade externa aos balanços e é
obrigatória para as empresas que tem capital aberto.
Fases da Auditoria
De acordo com Dias (2015), a auditoria de processos pode ser esquematizada em quatro fases:
1 2
3 4
Emissão do programa de trabalho e suporte dos testes Emissão de relatório nal e reporte a alta gestão dos
feitos nos papéis de trabalho; resultados.
Os acordos estabelecidos nesta reunião inicial devem ser registrados em uma ata ou termo de abertura de projeto.
Aconselha-se também que sejam de nidos na reunião de planejamento os padrões dos seguintes documentos de
auditoria:
• Objetivo da auditoria:
Acordo entre a auditoria e a alta gestão sobre os motivos da auditoria.
• Objetivos do processo a ser auditado:
Especi cação dos objetivos do processo objeto de auditoria junto à administração e à gerência do
processo. Isto inclui a enunciação dos riscos, declarados pelos donos do processo.
• Escopo do trabalho:
Ações incluídas nas auditorias e relacionadas ao seu objetivo. Inclui a declaração das expectativas quanto
ao trabalho.
• Metodologia de trabalho:
Especi cação, por parte da auditoria, dos testes que serão realizados, do tipo de amostragem que será
feita, das técnicas empregadas e da forma de abordagem para levantamento dos dados e informações.
• Estimativa de término da auditoria:
Declaração do prazo em que será realizada a auditoria, considerando todo o tempo (em horas) necessário
para a realização do trabalho.
• Dimensionamento das principais operações do processo:
Especi cação do volume de documentos que serão analisados e que foram considerados na
especi cação do tempo necessário ao projeto.
• Equipe de Auditoria:
Documentação que enuncia todos os pro ssionais que trabalharão na auditoria e quais são as
responsabilidades de cada membro da equipe.
O risco corresponde à possibilidade de ocorrência de falha no processo decorrente de erro humano, por defeitos de
sistemas e máquinas, ou ainda, por interveniência externa, causando acidentes, atrasos ou paralisações.
Também cabe ao auditor inferir se estes controles possibilitam a formação de uma base de dados ou informações que
possibilitem a melhoria do processo.
Caso conclua que existem problemas nos controles do processo ou no uxo do processo, o auditor deve identi car as
causas e apontar possíveis melhorias.
É importante ainda que o auditor inclua nos apontamentos desta análise os fatos que corroboraram para sua análise.
Por m, recomenda-se que a análise aponte os aspectos de melhoria da qualidade e e ciência, que podem ser
agregados ao processo, possibilitando ganhos para a organização.
Na etapa seguinte será feita a avaliação da execução, veri cando se a mesma ocorre de acordo com o uxo ou se há
inconformidades em sua operação. Neste momento, o auditor poderá testar se as melhorias sugeridas na análise
anterior são factíveis ou não.
c) Sumário executivo
Relatório emitido após a apresentação nal do trabalho, que conterá os eventuais ajustes solicitados pelo
demandante do trabalho (detalhes que eventualmente queiram que faça parte do relatório). Além dos itens
já incluídos no relatório detalhado, será acrescentado um resumo dos riscos e consequências dos pontos
de controle identi cados além das discussões realizadas na apresentação do trabalho. O relatório deverá
ser encaminhado para a alta gestão da empresa e para as diretorias envolvidas.
a) Fluxograma
O uxograma é uma representação visual de processos ou atividades, com símbolos predeterminados para representar ações,
responsáveis, direção das interações etc.
Para que a compreensão dos uxogramas organizacionais seja facilitada, é necessário que os símbolos sejam padronizados e
sua utilização seja prede nida. O livro O processo nosso de cada dia (MARANHÃO & MACIEIRA, 2010) apresenta os seguintes
símbolos para uxogramas:
Início ou m Atividades
Processo De nido
Dados e
ou
Decisão
Modelo desenvolvido pelo Instituto Nacional Americano de Padronização. Por isto, é também conhecido
como padrão ANSI. Embora seja o mais antigo, continua sendo bastante utilizado.
Fluxograma horizontal
Modelo conhecido como funcional ou modelo Swinlane, uma vez que este modelo é usado para
representar os papéis desempenhados (funções) pelos diferentes atores (clientes internos ou externos e
fornecedores) que interagem com os processos que estão sendo representados.
b) Diagrama de Ishikawa ou Diagrama de Causa e Efeito
Esta ferramenta tem por objetivo organizar o raciocínio e a discussão sobre as causas de um problema.
Originalmente, a ferramenta foi concebida em torno de quatro causas principais: mão de obra, máquinas, métodos e materiais,
também denominado de diagrama 4M.
As pessoas encarregadas de estudar o problema listam, a seguir, cada uma das quatro categorias relacionadas às causas,
perguntando-se porque eles acontecem. Desta forma, desdobram-se os problemas até encontrar as causas originais.
Naturalmente, a esquematização com as quatro categorias serve muito bem para um ambiente fabril.
Para outros casos, o diagrama pode ser adaptado criando outras categorias ou critérios de organização. Vejam os exemplos
dos dois modelos.
A auditoria interna tem como grande vantagem a possibilidade de ampla independência ao analisar riscos e apontar melhorias
organizacionais.
A auditoria externa tem como característica ser exercida por auditor ou empresa sem vinculo com a organização e é justi cável nas situações
em que a empresa não consiga manter uma área de auditoria interna ou quiser maior independência na avaliação dos processos.
3- Julgue as a rmativas a seguir indicando se está certa ou errada. Justi que.
a) Os objetivos da auditoria devem ser de nidos na reunião de planejamento da auditoria, mas os padrões do documento de melhorias nunca
devem ser predeterminados.
c) (CESPE/EBC/2011/ADMINISTRAÇÃO) O diagrama de causa e efeito (diagrama de Ishikawa) é uma ferramenta que visa de nir o conjunto de
causas responsável por um ou mais efeitos.
Referências
Notas
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 4. ed. São Paulo: Manole,
2014.
DIAS, Sergio Vidal dos Santos. Auditoria de processos organizacionais: teoria, nalidade, metodologia de trabalho e
resultados esperados. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
OLIVEIRA, Saulo Barbará de.; VALLE, R.; MALHER, F. C.; MENDES, O.; XAVIER, H. L.; CARDOSO, R. S.; PEIXOTO, J. A. A.; NETO, M.
A.; SANTOS, V. S. Gestão por Processos – Fundamentos, Técnicas e Modelos de Implementação. 2. ed. Rio de Janeiro,
Qualitymark, 2012.
MARANHÃO, Mauriti; MACIEIRA, Maria Elisa. O processo nosso de cada dia. 2. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2010.
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