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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS CAMPUS DE FRANCA

DISCENTE: Pedro Henrique Esteves R.A.: 191224332


DOCENTE: Prof. Dr. Marcelo Mariano
DISCIPLINA: Metodologia das Relações Internacionais
CURSO: Relações Internacionais TURNO: Vespertino

Apontamento de leitura

Texto: MINGST, Karen. Abordagens de relações internacionais. IN: Princípios de


Relações Internacionais. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.

Relações Internacionais na vida diária1


→ Karen Mingst inicia o primeiro capítulo de sua obra Princípios de Relações Internacionais
dando exemplos da presença de relações internacionais na vida diária e seus possíveis impactos
diretos nas vidas individuais dos cidadãos, ou seja, para além da intermediação pelos Estados. A
autora oferece a seguinte definição da disciplina das RR.II.:

Relações internacionais é o estudo das interações entre os vários protagonistas que


participam da política internacional, incluindo Estados, organizações internacionais,
organizações não-governamentais, entidades subnacionais, como burocracias e governos
locais, e indivíduos. E o estudo dos comportamentos desses protagonistas quando
participam individualmente ou juntos dos processos políticos internacionais. (MINGST,
2009, p.2, grifo do autor)

O pensamento teórico 2
→ Mingst explora resumidamente as principais vertentes teóricas da área e que aborda no
livro: liberalismo (ou idealismo) e suas derivações; realismo e suas derivações; perspectivas
radicais, como o marxismo e as teorias críticas que seguem esta linha; e outras linhas alternativas
mais recentes como o pós-modernismo e construtivismo;
→ A existência de diferente correntes e pontos de vista no campo teórico fortalece o
conhecimento geral.

1
MINGST, 2009, p.1, grifo nosso
2
Ibid., p.2, grifo nosso
Desenvolvimento das respostas 3
→ Muitos autores buscam respostas para as questões propostas pela disciplina na história.
Inúmeros exemplos podem ser organizados em ordem de observar padrões ou constantes com o
objetivo de se guiar, mas é importante notar os perigos de se utilizar essas respostas sem precaução;
→ A filosofia, clássica ou moderna, também é origem de muitos fundamentos dos
pensamentos teóricos. Mingst atribui algumas contribuições principais a autores como Platão,
Aristóteles, Tomás de Aquino, Hobbes, Rousseau e Kant 4;
→ Tanto a história quanto a filosofia “[...] permitem especular sobre o elemento normativo
(ou moral) na vida política [...]” (Ibid., p.8, grifo do autor);
→ Behaviorismo surge na década de 50 em busca de respostas mais empíricas com influência
positivista, tentando analisar o caráter comportamental de indivíduos e Estados na sua interação.
Alguns críticos alegam que esta abordagem ignora fatores humanos importantes por não serem
simplesmente dados quantitativos;

Abordagens de teorias alternativas 5


→ Outras teorias mais recentes questionam os princípios estabelecidos pelas perspectivas
históricas, filosóficas e behavioristas buscando alternativas, como no caso dos Pós-modernistas e
dos Construtivistas explicado por Mingst (Ibid., p.11):

Os pós-modernistas, por exemplo, procuram desconstruir os conceitos básicos da área


como Estado, nação, racionalidade e realismo pesquisando os textos (ou fontes) em busca
de significados ocultos sob a superfície, no subtexto. Uma vez revelados esses significados
ocultos, o pós-modernista procura substituir por desordem o quadro que antes estava em
ordem, para substituir as dicotomias por múltiplos retratos. [...] Outros, como os
construtivistas, recorreram à análise do discurso para responder às perguntas formuladas.
Para investigar o impacto de idéias na moldagem de identidades, eles analisam cultura,
normas, procedimentos e práticas sociais. Averiguam como as identidades são moldadas
e mudam ao longo do tempo. Usam textos, entrevistas e materiais de arquivo, bem como
pesquisam práticas locais tomando transportes públicos e esperando em filas. Utilizando
múltiplos conjuntos de dados, criam uma descrição densa.

3
Ibid., p.4, grifo nosso
4
Ibid., p.7
5
Ibid., p.10
Resumindo: o sentido das relações internacionais 6
→ Para compreender as teorias de RI (as principais sendo realista, liberal e construtivista)
pode-se analisar o tipo de suas abordagens (histórica, filosófica, behaviorista ou alternativa) e suas
diferentes metodologias.

REFERÊNCIAS

MINGST, Karen. Abordagens de relações internacionais. IN: Princípios de Relações


Internacionais. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.

6
Ibid., p.11

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