3.2 Elemento diferencial (Roxin): um ataque direto ao objeto da proteção jurídica, no
momento em que o bem juridicamente protegido é efetivamente posto em perigo pelo atuar do agente. Assim, o início da execução é definido materialmente como lesão ou ameaça a um bem jurídico tutelado pela lei penal. Portanto, o ato que não constitui uma ameaça ou ataque direto ao objeto da proteção legal é simples ato preparatório. Dois requisitos: a) conexão temporal estrita; b) intromissão na esfera da vítima
Tentativa imperfeita: quando o agente não consegue praticar todos os atos
executórios necessário à consumação, por interferência externa Tentativa perfeita (crime falho): quando o agente realiza todo o necessário para obter o resultado desejado, mas mesmo assim não o atinge. O resultado não ocorre por mero acidente
Infrações que não admitem tentativa: 1 crimes culposos, 2 crimes preterdolos, 3
crime omissivo próprio (tipos penais específicos) - mera inatividade, não há resultado que se pretenda realizar, 4 crimes unisubsistentes ou de ato único (inicio da execução e não há fração que não se realiza) - apenas crimes plurisubsistentes com fase executória deve ser fracionada em diversos atos; 5 Conatus - crime habitual não admite tentativa (atos isolados não são suficientes para caracterizar o crime, sendo necessário habitualidade; 6 crime de atentado - a tentativa já está descrita no tipo penal; 7 contravenções penais
Desistência voluntária - por vontade própria, não quer realizar o crime
Agente voluntariamente abandona a execução do delito já iniciado Só responde pelos atos praticados Arrependimento eficaz - esgota a ação delitiva, mas impede que o resultado se produza (ex.: levar a vítima para o hospital)