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→ Observações:
(i) O habeas data é uma ação judicial personalíssima. Logo, o impetrante do habeas data não
conseguirá acessar informações pessoais de terceiros por meio dessa ação judicial.
→ Exceção: a jurisprudência admite que herdeiros impetrem habeas data para acessar
informações do de cujus (defunto).
ii) Exige-se o esgotamento das vias administrativas antes da impetração do habeas data no
Poder Judiciário, uma vez que o pressuposto para impetrar o habeas data é a negativa do acesso
à informação pessoal requerida.
iii) Não é qualquer informação pessoal, quando negada, que pode ser obtida por meio de habeas
data. Exige-se que a informação pessoal negada esteja guardada em um banco de dados do
governo, como a Receita Federal, a Polícia Federal e o INSS, ou em um banco de dados de
interesse público, como o SPC/Serasa.
*PEGADINHA: não cabe habeas data para acessar informações pessoais do impetrante que
estejam em bancos de dados de caráter privado, como os registros de rede de lojas ou de bancos
de investimentos.
(iv) O habeas data não é a ação judicial adequada para obter certidões, nem para obter acesso
a processos judiciais ou a processos administrativos. Para assegurar a obtenção de certidões e o
acesso a processos judiciais e processos administrativos, cabe mandado de segurança. A
informação pessoal é sigilosa, por isso não se confunde com certidão, nem se confunde com
processo judicial ou com processo administrativo.
Uma ação judicial coletiva é aquela ajuizada não por vários autores, mas sim por uma entidade
que representa um grupo ou uma coletividade de pessoas.
O artigo 5o, inciso LXX, da CF/88, prevê a legitimidade para as seguintes entidades ajuizarem o
mandado de segurança coletivo:
c) Associação, desde que tenha sido criada e esteja em funcionamento há mais de 1 (um) ano e
defenda os interesses dos associados.
4) MANDADO DE INJUNÇÃO: artigo 5o, inciso LXXI, da CF/88.
É uma ordem judicial para juntar ou jungir o que falta na CF/88. O artigo 5o, inciso LXXI, da CF/88,
prevê que caberá mandado de injunção diante da falta de lei regulamentadora que inviabilize
o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, soberania e cidadania.
(i) os mesmos legitimados do mandado de segurança coletivo do artigo 5o, inciso LXX, da CF/88;
(ii) a Defensoria Pública; e
(iii) o Ministério Público.
*PEGADINHA: a Defensoria Pública e o Ministério Público não têm legitimidade para impetrar
mandado de segurança coletivo. Todavia, podem impetrar o mandado de injunção coletivo.
(i) o habeas corpus é a única ação judicial prevista no artigo 5o da CF/88 que não exige advogado
para ser ajuizada.
(ii) o habeas corpus pode ser impetrado pelo próprio paciente ou por terceiro.
*PEGADINHA: o STF já decidiu que pessoa jurídica pode impetrar habeas corpus apenas na
condição de terceiro interessado na liberdade de pessoa física (indivíduo). A pessoa jurídica não
pode ser paciente (beneficiário) do habeas corpus porque não é titular do direito à liberdade de
locomoção.
O conceito de direito líquido e certo aponta para um direito que é provado exclusivamente por
meio de provas documentais pré-existentes. Por fim, a menção ao fato de que haverá mandado
de segurança apenas quando não couber habeas corpus e habeas data elucida o caráter
subsidiário desse remédio constitucional.
*ATENÇÃO: não cabe impetrar mandado de segurança para questionar atos praticados por
particulares no exercício de atividade privada.
DIREITO ADMINISTRATIVO
O Direito Administrativo é um ramo do Direito Público, que, apesar de ser próximo do Direito
Constitucional, com ele não se confunde. Em linhas gerais, a doutrina apresenta a seguinte
diferença de conteúdo entre Direito Constitucional e Direito Administrativo:
A Administração Pública Direta e Indireta da União, Estados, DF e Municípios é regida por 2 (dois)
tipos de princípios administrativos: