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Avaliação e Gerenciamento de Riscos

Ambientais
Planejamento de resposta ao vazamento de
óleo

Edmilson Pinto da Silva

SMS/LARE/EAMB
22 a 26 de fevereiro de 2019
PLANEJAMENTO DE RESPOSTA A EMERGÊNCIA

Grandes acidentes

Fonte: CBC, 2015


PLANEJAMENTO DE RESPOSTA A EMERGÊNCIA

Marcos importantes

Torrey Canyon, 1967 => MARPOL 73/78


Fonte: CBC, 2015

Exxon Valdez, 1989 => OPRC 90

Fonte: NBC, 2009

Baia de Guanabara, 2000 => Lei 9966/00

Fonte: UFSC, 2015


ARCABOUÇO LEGAL E NORMATIVO

•CLC 69 - Convenção Internacional sobre a Responsabilidade Civil de Danos


Causados por Poluição por Óleo: Dec. Federal Nº 79.437 de 28/03/71
promulga a CLC 69 e o Dec. Federal Nº 83.540 de 04/06/79
regulamenta sua aplicação. >> Não fala em plano mas já fala em
cooperação
•MARPOL 73/78 – “Marine Pollution”  Convenção internacional para
prevenção da poluição causada por navios: Dec. Legislativo Nº 60/95 e
Dec. Executivo Nº 2.508/98
•OPRC 90 - Convenção Internacional sobre Preparo, Responsabilidade e
Cooperação em Casos de Poluição por Óleo estabelecida pela IMO em
30/11/90: Dec. Legislativo Nº 43/98 a ratificou e o Dec. Executivo Nº 2870/98 a
promulgou.  estabelecimento de Plano Nacional de Contingência e
Planos de Ação de Emergência Individuais.
• MACONDO  Golfo do México em abril de 2010 > a necessidade de se
colocar o PNC em ação.
ARCABOUÇO LEGAL E NORMATIVO

• Lei Federal Nº 9.966 de 28/04/2000


PEI é uma exigência para plataformas e empreendimentos.

• Resolução CONAMA Nº 398 de 11/06/2008


Apresenta o conteúdo mínimo do Plano de Emergência
Individual

• Decreto Federal Nº 4.871 de 06/11/2003


Dispõe sobre a instituição dos Planos de Áreas (PA). Seu
propósito é integrar e consolidar os Planos de Emergência
Individual (PEIs)
COMPONENTES AMBIENTAIS EM RISCO

Fonte: IPIECA, 2015


COMPONENTES AMBIENTAIS EM RISCO

Transferência por processos naturais


• Evaporação => transfere os componentes mais voláteis
para a atmosfera
• Componentes solúveis em água => coluna d’água
• Ação das ondas (dispersão natural) => óleo da
superfície para a coluna d’água
• Óleo na coluna d’água (águas rasas) => sedimentos
próxima a costa
• Óleo à deriva (vento e corrente) => costa
• Outros processos => perda de voláteis, emulsificação,
biodegradação, flutuação e afundamento (interação
com sedimentos suspensos na coluna d’água)
INTEMPERISMO

Fonte: IPIECA, 2015


PLANOS DE EMERGÊNCIA

Unidades Marítimas Unidade Áreas

e Terrestres de Operações Corporativas

PRE - Plano de Resposta a PRE - Plano de Resposta a PCCOPR – Plano de


Emergências Emergências Contingência
Corporativo
PEI - Plano de Emergência PEVO - Plano de Emergência
Individual para Vazamento de Óleo nas Planos Regionais
Áreas Geográficas E&P

Fonte: Pantaleão e Oliveira, 2017


PLANOS DE EMERGÊNCIA

Fonte: Mansor, 2012


PLANEJAMENTO DE RESPOSTA A EMERGÊNCIA

Fonte: IPIECA, 2013


PLANEJAMENTO DE RESPOSTA A EMERGÊNCIA

Valores a serem protegidos

ECOSSISTEMAS SENSÍVEIS COMÉRCIO LOCAL SEGURANÇA E SAÚDE TURISMO/RECREAÇÃO COMUNIDADES INDUSTRIAIS

Fonte: IPIECA, 2015


PLANEJAMENTO DE RESPOSTA A EMERGÊNCIA

Elementos para escolha dos cenários

• Operação normal, incluindo monitoramento e desligamento,


características e suporte documentação
• A trajetória prevista e o destino dos derrames de petróleo
conforme a modelagem de risco ambiental
• Informações sobre a distribuição e sensibilidade dos recursos
ecológicos e socioeconômicos identificados na Avaliação de
Risco Ambiental
• Objetivos gerais de resposta
• Legislação e partes interessadas, que pode ditar a
preferência/proibição de determinadas estratégias de
resposta
PLANEJAMENTO DE RESPOSTA A EMERGÊNCIA

Elementos para escolha dos cenários

• Viabilidade das estratégias de resposta


• Inclusão do princípio de NEBA (análise de benefício ambiental
líquido)
• Avaliação de capacidade, incluindo os recursos de resposta
(equipe, equipamentos, limitações)
• Plano tático proposto
• Sustentação da resposta para cenários de longa duração
PLANEJAMENTO DE RESPOSTA A EMERGÊNCIA

NEBA

Fonte: IPIECA, 2015


PLANEJAMENTO DE RESPOSTA A EMERGÊNCIA

Técnicas de resposta

Fonte: IPIECA, 2015


PLANEJAMENTO DE RESPOSTA A EMERGÊNCIA

Técnicas de resposta

Fonte: IPIECA, 2015


PLANEJAMENTO DE RESPOSTA A EMERGÊNCIA

Técnicas de resposta

Fonte: IPIECA, 2015


PLANEJAMENTO DE RESPOSTA A EMERGÊNCIA

Técnicas de resposta - adequação

Fonte: IPIECA, 2015


PLANEJAMENTO DE RESPOSTA A EMERGÊNCIA

Objetivos da resposta

• Resguardar a segurança e a saúde das pessoas


(profissionais,comunidades)
• Interromper a fonte de derramamento o mais rápido possível
• Minimizar o impacto ao meio ambiente e à comunidade
• Minimizar o risco do óleo chegar à costa em situações de
incidentes offshore
• Minimizar o risco do óleo chegar a cursos d'água ou lençóis
freáticos em situações onshore
PLANEJAMENTO DE RESPOSTA A EMERGÊNCIA

Envolvimento das partes interessadas

• Linhas abertas de comunicação


• Tomada de decisões transparentes
• Políticas claras com relação a técnicas
de resposta
• Expectativa realistas sobre a resposta

Fonte: IPIECA, 2015


PLANEJAMENTO DE RESPOSTA A EMERGÊNCIA

Eficácia e celeridade são aumentadas através de:


• Compartilhamento de informações objetivas
• Pré-aprovação de ferramentas de resposta
• Tomada de decisões rápida e isenta
• Mobilização de capacidades de resposta

Fonte: IPIECA, 2015


PLANEJAMENTO DE RESPOSTA A EMERGÊNCIA

Princípios de uma resposta de sucesso

• Prontidão => amplo plano de contingência, programa eficaz


de treinamento e exercícios, conceito de resposta em níveis
• Resposta => proteção da saúde e da segurança dos
profissionais de resposta, diversas opções de resposta,
gerenciamento de resíduos, proteção ambiental, fauna oleada
e outros
• Restauração => avaliar os possíveis impactos ao ambiente,
realizar as atividades de restauração associadas ou compensar
os impactos.
PLANEJAMENTO DE RESPOSTA A EMERGÊNCIA

Prontidão para a resposta

Identificar os Eventos Desenvolver Estratégias


Planejar os Cenarios Provisionar Recursos
Potenciais de Resposta

SPILL SCENARIO 1
SPILL SCENARIO 2
SPILL SCENARIO 3
SPILL SCENARIO 4
OIL TYPE RESOURCE
OIL TYPE RESOURCE
OIL TYPE RESOURCE
OIL TYPE RESOURCE
PROFILE PREDICT
PROFILE PREDICT
PROFILE PREDICT
PROFILE PREDICT

Fonte: IPIECA, 2015


PLANEJAMENTO DE RESPOSTA A EMERGÊNCIA

Resposta

Confirmar
Mobilização Organizar Encaminhar Ajuste Segundo Resposta
técnicas de
inicial a Resposta Recursos a realidade contínua
resposta

Fonte: IPIECA, 2015


PLANEJAMENTO DE RESPOSTA A EMERGÊNCIA

Princípios para uma resposta rápida e eficaz

Segurança e Parar a fonte de Minimizar o Minimizar a Minimizar a


saúde das vazamento o impacto ao meio chegada do óleo chegada do óleo
pessoas mais rápido ambiente e à costa a corpos d’água
possível comunidade (offshore) (onshore)

Interação entre o governo, comunidades e indústria

Fonte: IPIECA, 2015


PLANEJAMENTO DE RESPOSTA A EMERGÊNCIA
Recuperação

• Impactos ambientais => possíveis impactos, pré-planejamento


adequado, iniciar rapidamente um programa de avaliação de
impacto
• Remediação => remoção ou tratamento de óleo residual após a
fase de resposta de emergência
• Recuperação ambiental => restaurar o meio ambiente às
condições anteriores ao derramamento (plantio de vegetação
pantaneira, reposição de sedimentos, correção de habitat, etc)
• Recuperação de comunidades => compensação de impactos
financeiros, campanhas de publicidade, turismo e recreação,
melhor acesso a áreas litorâneas recreativas
REFERÊNCIAS

• CBC (2015). 12 worst oil spills. CBC News. Disponível em


http://www.cbc.ca/news/multimedia/map-12-of-the-worst-oil-spills-1.3037952 .
Acesso em 20/09/2017.
• BBC (2017). Torrey Canyon oil spill: The day the sea turned black. BBC News. Disponível em
http://www.bbc.com/news/uk-england-39223308. Acesso em 20/09/2017.
• NBC (2009). Oil plague sound 20 years after Exxon Valdez. BBC News. Disponível em
http://www.nbcnews.com/id/29838444/ns/us_news-environment/t/oil-plagues-sound-
years-after-exxon-valdez/#.WcVvz3r3b4Y. Acesso em 20/09/2017.
• UFSC (2015). 2000 – Derramamento de Óleo na Baía de Guanabara. Disponível
http://www.ceped.ufsc.br/2000-derramamento-de-oleo-na-baia-de-guanabara/. Acesso em
20/09/2017.
• IPIECA-IOGP (2013). Oil spill risk assessment and response planning for offshore installations.
Oil Spill Response Joint Industry Project. Disponível em http://oilspillresponseproject.org.
Acesso em 20/09/2017.
• IPIECA-IOGP (2015). Prontidão e resposta para derramamentos de óleo: uma introdução.
IOGP Report 520. Disponível em http://oilspillresponseproject.org. Acesso em 20/09/2017.
• Pantaleão, D., Oliveira, L. (2017). Planejamento de Simulados de Resposta a Emergências no
E&P. Congresso Petrobras de SMS.
REFERÊNCIAS

• Mansor, L. M. (2012). Planos de Resposta a Emergência da Petrobras. Informação Pública –


Versão 17/04/2012. Disponível em:
http://portodesaosebastiao.com.br/documenta/PETROBRAS-Planos-Resposta.pdf. Acesso em
20/09/2017.

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