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Por mais que pareça contraditório, esse tempo para fazer nada te torna mais produtivo
e saudável.
Quando foi a última vez que você fez algo porque realmente gostava? Que não
envolvia nenhuma obrigação ou vantagem? Pois é, isso é um dos sintomas que
estamos inseridos numa realidade baseada no desempenho, onde só o que interessa é
o quanto produzimos. Não à toa também estamos nos transformando numa sociedade
cansada, que funciona num esquema 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Uma saída apontada por muitos filósofos e estudiosos pode parecer bastante simples,
mas é um desafio e tanto em tempos tão ocupados: o ócio. Classificado como criativo,
criador, construtivo ou valioso, nada mais é do que reservar um tempo para defender
as próprias necessidades. Entenda mais sobre o conceito e conheça os benefícios de
incorporar essa prática no dia a dia.
Só pare
Um novo ano acabou de começar e com ele vem a sensação boa de renovação, de novas
oportunidades e de muito tempo para realizar as atividades que tanto planejamos.
Aproveitar os mais de 300 dias e tirar do papel o que ansiamos para ter mais bem-estar
e qualidade de vida. Já iniciamos o período com a mente cheia de metas de como fazer
para deixá-la mais vazia e tranquila.
Mas parece que em um passe de mágica essa disposição se esvai. De repente somos
tomados pelas tarefas diárias e nos deparamos com velhos conhecidos nossos: cansaço,
estresse, ansiedade, falta de tempo e frustração. Passamos uma média de 9 horas e 20
minutos por dia conectados (conforme pesquisa da Hoopsuite com a We Are Social),
checando e respondendo e-mails fora do expediente, conversando com os colegas de
equipe e com os chefes, atualizando relatórios, ou então mantendo ativa a vida dentro
das redes sociais.
Daí a importância das escolhas conscientes sobre o que fazer com seu tempo e no tempo
livre. Muitos processos mentais importantes precisam de inatividade, devaneio e outras
formas de descanso durante o dia para renovar os reservatórios de energia física e
mental e permitir que sejam ativadas ou estimuladas.
Vale destacar que a proposta do conceito de ócio criativo não está relacionada
necessariamente a não fazer nada. Mas se permitir investir em objetos de satisfação,
como estudo, meditação, arte, poesia, esporte ou outro hobby, numa forma de fazer
circular o desejo e a capacidade de criação. Na medida em que os indivíduos são
privados de sua capacidade criativa, do próprio querer em nome da produção, temos
sujeitos cada vez mais alienados quanto ao próprio desejo, o que colabora para a
manutenção do mal-estar e do sofrimento psíquico.
Fonte: https://www.uol.com.br/vivabem/reportagens-especiais/tempo-produtivo-
ocio-criativo/index.htm#cover