Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
fyEmWÊkTmw H 1 T Ji
35É 1 ¦ 1 • 1y: I li
Si B S II Ba
• * l«S$ll8S§-::*: ¦••¦ V
-Mil llllf-i^ • «
SE
^mv&v.y.: yyyyyy.^-^^^^±k<'y:'y>y- ;-¦ SH
¦ -: !W
II
wmm
.*&'
y/:'S:';v"\;:Y:;:vfX;>-;-:-x:x
¦ ¦ ¦ ¦
'.'.¦.-¦•.- -,-.¦.•.;.¦.'.¦ •;¦ ¦.-.¦
:-..; .-.-
':v:v/,vX;!yY'.;';Y';'*.y' ;*¦,'.;•;¦:'¦;•:•
-'•'.':';->¦'¦¦; Y--"''yYvX:Xx
;;;v>!;!\X>Xy:>:v'v:vy;Xv.;v>:-xv:v!v:vi:':';ix:
V-Wíííífi:
¦íííSíSíí;
REVISTA
O
N VOí IV
JULHO AGOSTO 1957
$ 15,00
Revista de Cinema
Publicação bimensal de estudos cinematográficos
N°. 24
ANO IV — VOL. IV
JULHO — AGOSTO
19 5 7 i ¦
*6 7
'^Í3
Editorial M
¦fmy&Mó
®e?
:
/V
1 iccr\
O cinema para crianças e adolescentes deve refletir «
xtlidade da vida, em seus aspectos brutais como em seus
aspectos pacíficos.
.
'¦'
— 4 —
JASON ALBERGARIA
CINEMA E
DELIQUÊNCIA JUVENIL
— 8 —
Como acentua Lunders, a questão não se resolve por argumentos
de autoridade. Ha, porem, conclusões geralmente admitidas e verificadas
de maneira objetiva. Admite-se por exemplo, sem contestação, a influência
nociva do cinema no menor deprimido ou desajustado ao seu meio, que
lhe pode suscitar reações de angústia, ^que acabem na delinqüência ou exa-
cerbem o seu estado de depressão. Chazal acusa a eficácia nefasta' da ima-
gem animada no menor débil, impulsivo, instável, mitomaníaco, hiper-
emotivo, entre os quais se recrutam os delinqüentes e vadios.. Ora, a tese
geralmente aceita tem grande alcance na criminologia juvenil, porque a
quase totalidade dos delitos do menor tem a sua causa numa anomalia
atribuída à sua deficiência intelectual, transtorno de caracter, ou à estru-
tura do meio, em que se desenvolve. É o que se deduz da própria definição
do menor delinqüente, segundo Ritey: «um ser humano em período de
crescimento, cuja conduta indica uma desarmonia na relação indivíduo-
comunidade».
¦»
m
suscitando sentimentos de agressividade. A anestesia musical, a penum-
bra e o silêncio favorecem a abstração do mundo exterior e redobram o
poder insuspeito da sugestão, que giza a atitude passiva do adolescente
ante a vida real, e afrouxa o seu poder de autocontrôle e autonomia psíqui-
ca, abrindo fácil espaço à delinqüência.
Uma das conseqüências dessa sugestão seria abalar o totalitarismo
da razão ou afrouxar o controle lógico, acentuando as influências instinti-
vas e afetivas, como a impregnação alcoólica (Epstein). Ampliandc-se a
analogia, como o álcool, o cinema seria um reagente da predisposição ao
crime. Através do «processus» da identificação, se revelaria o pré-delin-
quente, com suas tendências criminosas despertadas pelo herói, que pro-
voca a sua admiração.
Consoante Bauchard, a influência do cinema sobre a delinqüência
juvenil somente pode exercer-se em terreno já preparado e pode-se consi-
derar, a este respeito, que são fatores infinitamente mais favoráveis que
o cinema: a crise de habitação, a dissociação da família, a ausência de
senso crítico dos pais. Cabe aos órgãos técnicos dos juízos de menores
rastrear em cada caso concreto os fatores da delinqüência do adolescente.
1
5
O art. 10 do dec. n*> 6.026 prevê o estudo da personalidade do menor e do
seu meio social.
O comissário de menores, de formação técnica, ou o assistente social
' especializado, no estudo social do caso, através da pesquisa do meio social
e de exames médico-psicológicos, poderão surpreender a influência do cine-
ma no adolescente, portador de deficiência intelectual, transtorno de carác-
ter, ou desajustado corri o seu meio.
A despeito de tudo isso, o adolescente continua completamente de-
sarmado ante a ambiência psíquica, que formam o cinema, a imprensa
e o rádio.
A profilaxia não se faz mediante uma proteção negativa do menor.
Consumado o dano, surge o tratamento tardio, talvez ineficaz
para de-
pelar o mal.
Uma profilaxia de grande envergadura destina-se à elevação moral
e econômica da ambiência humana, em que vive o menor, e ao melhora-
mento integral de sua personalidade:
<;,>.Ieve"tive !;lJals c?uld come about only as » result
^-i
.social transformations of a deeper order than our society hasof
«ver dehberately undertaken-or even
Willingeness to contemplate seriously» given indication of
(Tappan).
í =-¦¦
10 —
<É
FILMES E DELINQÜÊNCIA
O CINEMA NÃO FAZ DELI-
QUENTES, MAS PODE
Pode-se concluir, portanto, que muito antes cio cinema ter uma
oportunidade para instilar ou levantar impulsos ou ações negativas ou
anti-sociais, grande parte da personalidade infantil já está formada para
o melhor ou pior. Certo, existem predisposições hereditárias e fatores
temperamentais inatos que afetam o comportamento da criança. Mas é
incontestável que uma criança criada numa atmosfera de segurança, por
pais de espírito construtivo, responderá diferentemente a um filme do que
— íi—
"
— 13 —
:4
K
ViIdÇdO Vitória
!
Sociedade A nônimâ
DIRETOR
Fá b i o Va sconce lios
LINHAS:
sBxOlJMlCCC
Ol&ua fykanada
Sta. AqxMtCnka
GjxmjeÍAüva mu oeste)
lõ
mm
mm
•;**:
W^ÊÊÊ^riWêÊMyMM
v/y
m
111^
m
^ISI-R^^
llililliW$MÍ
I >:|Í^||Ív.ÍllÍlÍS *S&: *:-:íx>>:: MS
&^W$M^$$$^$$^M
mmmmmm
•;"õ>r: li-wrSSr-;:"::^."-:
mMVmmb '%^j$fâ&$$,
mvmi :-.->:->:-:-y.:X
W
M$ Si
^V*^:^*;:;:;:::;*:*^:;^:
S». Hl /*•* ÍÜI lilllylilllilll^ WÊÊÊj^ÊÊr
;:v:^%^;fa«::>SÍ:,
;x^^:Vi:xx::XvX:-::::::xx:x:
PP '-'•'•**^******.*".*ix*»*.*.*.*.*.*«*-*«*-****t*:*i*.*.*-*-*.*«*«**t*i*:*:*
y^ÊiyWÊÊÊÊMÊ
Documento n* 1
16 —
Foi esta a razão principal de jamais
ter sido admitido à presença de Lampeão,
que, sabedor de certo «frade» muito insis-
tente, que andava muito de camera cine-
matográfica, aconselhou-o, por intermédio
de terceiros, a desistir da entrevista de-
sejada, se «não quisesse ver Deus mais
depressa».
A impossibilidade desse encontro
constituiu sempre motivo de mágoa para
quem filmara tantos acidentes geográfi-
cos de nossa terra e via-se impedido de
documentar cenas do que talvez possa ser
chamado o mais curioso acidente humano
dá paisagem do nordeste.
Vamos, porém, aos fatos e às datas
que nos fazem acreditá-lo pioneiro do do-
cumentário em Minas e, possivelmente,
no Brasil. Não possuímos comprovantes
do início de suas atividades çinematográ-
ficas. Podemos, contudo, garantir que, em
1910, êle já realizara um filme sôbre o
Estado de Minas Gerais, que, apresentado
ao Governo da época, foi aceito como pro-
paganda do Estado a ser feita no «es-
trangeiro, poi" meio do cinematógrafo»,
como diz o ofício de 28 de outubro de
1910, do então Secretário da Agricultura,
Sr. José Gonçalves de Souza. Tal propa-
ganda foi feita em várias cidades da Eu-
il$$$Í*Í*:^^ ropa, especialmente na Exposição Inter-
nacional de Turim, em abril de 1911' (do-
eu mento n" 1). A película intitulava-se
«Minas Gerais» e foi exibida em diversas
cidades italianas, como divulga um dos
boletins de propaganda aqui produzidos
(documento n9 2) .
Documento w? 2 Sua primeira estada entre os índios
1 resultou no documentário a que intitulou
«Em pleno coração do Brasil», feito em
1925, entre os Carajás. Aliás, de todas
alguns jagunços tinham sido abatidos. 0 as viagens feitas ao «hinterland» brasi-
lugarejo onde se verificara a refrega dis- leiro, êle trazia sempre cenas curiosas,
tava léguas do cinematografista e, para que infelizmente se perdem em rolos de
cúmulo da falta de sorte, um defeito na filmes hoje esparsos. Ainda há pouco ti-
máquina de filmar tornara-a momentânea- vemos ocasião de assistir a uma cena co-
mente imprestável. Mas o artista não te- Ihida ao vivo e numa época em que não
ve dúvidas: apresentou-se como capitão existiam tele-objetivas, onde se vê um ja-
no posto policial da localidade onde se earé avançando sôbre um grupo de gar-
encontrava (na verdade êle era coronel, ças, abatendo uma delas e regressando ao
mas da Guarda Nacional), e «exigiu» mon- rio com a vítima entre as mandíbulas. A
taria — bem como um soldado para pequena cena, esplendidamente apanhada,
acompanhá-lo. Foi atendido. Depois de foi incluída no filme sôbre Fernão Dias
algumas horas de galope desenfreado, che- Pais Leme que Humberto Mauro fêz pa-
garam ao local do combate. Os bandolei- ra o I.N.C.E. Segundo infomações obti-
ros, contudo, acabavam de ser enterrados das, foi retirada de um rolo que havia
e numeroso grupo dava por finda a ceri- no porão do Ministério da Guerra, onde
mônia. Ainda ali não titubeou o docu- estão outros trabalhos de Aristides Jun-
mentarista: ordenou que desenterrassem queira.
os cadáveres e fotografou-os de vários
ângulos. «De que resultou tanta aventura?»
*'*tyyyAW
vxAAvÁvX;XxX;X;X;.x-xyX^
iif^fe^
I Mmístefí 1IPBB1PBBBÍ
¦ *¦*. n 1 ' * * *¦* *
* '','.'.
'¦*.*. ¦ ¦ .A ^^ f.AA*^W*. ajflaA * A* fi'Arn * a * I * * * *¦".*¦*. . m . A A *¦*.
'''...- VV* W 9 *L", rfymum . * m "JL" *.*. T * .......
Miiii^HB^BIH^B X'XxvX'X*Xvíx*ivvx*x*1ma'Xv
illilliliiiill™ill
^VifW VVi*«N**^<vvw»V ^A *«foVfVvV •*•*
g^^^^P^^^p^^^
;;$&#$^&#^ &X;X::
X^XxWX^X-XvXX;
:ÍÍi||lffiÍÍIlÍ?;
>1 ^<^ssá|||^^
wxwx
X'X*í *X\
I^RiÉiAKiiliiiRlli^^^iiiill
X-xV-X-X-xV-XvX-Xx-X-ÍX-XvX-tó
íK^^^SvÃ^^vv^í;:
•iíx^Ss^^
&::::tóx&::x:::xA^
:¦:<';•• • • .•dST- vi£x*x-Xv • • • • x-xv^v.:<.x>xv/.-
Documento >r
— 18-
A resposta não deve ficar na própria ver «Em pleno coração do Brasil-,
aventura, como no amor está contida a em princípios de 1926 empolgava as que
resposta do amoroso. Se a obra do escul- teias cariocas e mineiras; ou nos pia-
tor se perpetua na pedra, se o talento litasse assistir «Minas em Armas.:* possibi-
do pintor é fixado nas telas, o cinemato- (docu-
mento n9 3), realizado durante a revolu-
grafista só dispõe da relatividade de frá- çao dê 1932; ou as solenidades do Con-
géis e inflamáveis fitas de celulóide. Ora, gresso Eucarístico Nacional de Belo Ho-
ainda que não se faça um teste estético, rizonte — e mais o que^existir de interes-
somente as datas estão a realçar a exis- sante nos lançamentos da «Cruzeiro do
tência de quem, durante mais de quarenta Sul», empresa de jornais cinematográfi-
anos, caminhou por todo o Brasil com sua cos fundada pelo pioneiro.
câmera na ombro. Para o julgamento e Será certamente impossível reunir to-
apreciação de quanto foi filmado há ne- dos os «raids» desse Mermoz desorgani-
cessidade do conhecimento de todos os zado, que praticou tantos feitos brilham
trabalhos de Aristides Junqueira, ' ou, tes na sua, esfera de ação. Mas, a fartura
quando nada, de certos filmes caracterís- de recompensa justificará qualquer mo-
ticos que o situam como pioneiro do do- vimento sério para a reunião e conserva-
cumentário nacional. Seria preciso, então, ção do que há de valioso nas latas de.
um organismo que tivesse capacidade de celulóides que a ferrugem vai aos poucos
reunir o material disperso, para a divul- corroendo, e que guardam o segredo da
gação de cópias a quantos interessasse vida de Aristides Junqueira.
— 19
CINEMA EM REVISTA 1 - ASPECTOS DO CINEMA
AMERICANO
2- ELEMENTOS DE
CINESTÉTICA
3- DUAS REVISTAS
— 20 —
'
,-ar, por meio"a de uma frase- foto da capa não é de «Sangue Aventureiro»
chavão, que última palavra (Many
Rivers to Cross), de Roy Rowland, e sim de «Sementes
nos filmes de Hollywood é a
estética da brutalidade". Esses de Violência» (Blackboard Jungle), de Richard Brooks.
artigos nunca deveriam fazer E Georges Méliés não se chama, como aparece na
pá-
parte de um livro não com preten-
soes a sério, pois possuem gina 158, Paul Méliés, e sim Georges mesmo. Há ou-
consistência e nem chegam a tros pequenos enganos, nessa mesma linha, sem falar
— a não
nenhuma conclusão e a
nos enganos maiores, já pertencentes a uma linha mais
ser à de que o erotismocinema elevada: a da discussão de problemas estéticos. Enfim,
violência tornaram um
degenerado... A facilidade que mais um esforço editorial brasileiro para ser conhecido
Salvyano tem em afirmar as pelos iniciantes interessados no bom cinema. Conhecido
coisas é impressionante, sempre e, co-
com cuidado, porém.
mo a frase escolhida capítulo
resume em si o que o
dirá sabemos logo que um dos 3 — Outras Publicações
necados mortais de Hollywood es-
situado como um dos maio-
é o de abaixar a literatura Ressurge a revista portu- res cineastas americanos da
tadunidense a um nível de es- «Imagem», infeliz- atualidade, e «A Última Ca-
goto Gratuita reforçoafirmação, que guêsa
não encontra nas pala- mente mais fraca e sem ne- cada» (The. Last Hunt), se-
vras posteriores, pois o que te- nhum artigo realmente de gundo uma estranha epide-
mos é mais uma longa citação valor. Sua equipe já nos mia de subversão de valo-
de filmes e a garantia de que res, considerado um grande
«Perdição por Amor" (Car- proporcionou excelentes es-
->-ie) é um melodrama quase tudos, mas o número 17, de filme, numa. crítica cujo fê-
ridículo, e que seu diretor, "Um Wil- cho é o melhor estilo «Ca-
liam Wyler, fêz também... junho deste ano, que agora
Lugar ao Sol" (A Place in the nos chega às mãos, perde hiers du Cinema».
Sun). Este não é de Wyler, é em interesse para todos os
de George Stevens, cujo nome, demais. Apesar disso, o es- * Em Belo Horizonte, mais
por sinal, está ausentede do"Re- li- uma revista sobre cinema é
vro. Quanto ao fato tudo de Sebastião Fonseca lançada: "Revista de Cultura
denção Sangrenta" (The Brea- sobre o «western» é curió- Cinematográfica". É responsa-
Point) não estar à altura
king'livro so, analisando a passagem vel pela mesma, o crítico Ge-
do dê Hemingway, é um raldo Fonseca, sendo sua pu-
bom motivo para longas discus- do épico para o dramático, blicação patrocinada pela UPU
soes. dos problemas da massa pa- (União de Propagandistas Ca-
O "part-pris"
"Gestação
desaparece um ra os problemas do herói, tólicos). Esse último fato res-
pouco na do Filmusi- tringe seu campo de atividade, e
cal", ótima descrição do início sob a luz de quatro filmes: a impressão oriunda do primeiro
do filme-revista e a melhor coi- «Os Brutos Também Amam» número é justamente a de uma
sa do livro. Desaparece também (Shane), «Matar ou Mor- publicação que não tem o que
em "O Avião "Cinema
no Cinema Ame- dizer. Julgamos recurso fácil a
ricano", em "O com Lu- rer» (High Noon), «Johnny publicação de críticas de Moniz
vas" e em Cow-boy no Ci- Güitar» (Johnny Guitar) e Vianna, e a tradução de textos
nema", » mas esses são artigos «Vera Cruz» (Vera Cruz) . espanhóis se baseia mais na
superficiais, já publicados em conveniência que a língua ofe-
UA Cena Muda", por volta de Ainda que sejam feitos ape- rece, e não na qualidade dos
191,9. nas apontamentos, deve me- artigos. Ainda assim, é elogia-
Tal é o sentido geral de "As- recer atenção a afirmativa,
vel o seu desejo de aumentar
pectos do Cinema Americano"'. o interesse pelo cinema como
um livro que, se conservasse a de que «Vera Cruz» trouxe arte, e à tentativa que o pri-
inteligência do seu autor, o_ seu para nós a novidade de
um meiro número representa deve-
agudo espírito de observação, a em formação, em vá corresponder uni maior cui-
herói dado na seleção da matéria nos
sua brilhante síntese e o seu Espera-
cuidado em criticar filmes nos constante evolução psicolò- números posteriores.
hons anos de 1953 e 1954, seria gica, fato este raro no «wes- mos que Fonseca, apesar de li-
mitado por um organismo in-
uma contribuição a mais para o tern», onde a psicologia, o transi gente, possa realizar um
estudo de gollywood nas suas trabalho de real importância e
manifestações mais importan- padrão moral da persona-
vasto alcance, melhorando in-
tes. Como está, é uma obra gem principal é estabeleci- clusive a paginação da revista,
vazia, desnecessariamente par- do, tàcitamente, «a priori». cujos recursos não a valorizam
ciai e violenta, voltada para no seu aspecto gráfico. Esse
unia opinião que de modo ai- No final, Howard Lawson
gum pode ser endossada ou ti- aparece, estudado numa sec- primeiro número, sem ser uma
base sólida, é pelo menos um
da como certa. Salvyano Cavai-
canti de Paiva, um dos melho- ção de'livros, a propósito ponto de início — fraco, é ver-
res críticos brasileiros, poderia do seu «Film in the Battle dade, mas de amplas perspecii-
e vas.
fazer coisa muito melhor. of Ideas»; Joseph Losey
1 9^MA^OU0
91
sLuJt
¦«JÇSR5T " :'',"
-.''',' '
•
7 V -i
x ; -
¦¦-<:.
XX X ..; *•
-¦ x
SALVYAXO CAVALCANTI
DE PAIVA
AINDA DAMON RUNYON
E O CINEMA AMERICANO
23
y^k'y^^^^^^K^^y y£y?xtt^^
'^%''í'-ty5ès&s58gBsssfc '"•¦ ¦'¦'. ¦yy^-^^^wk^^p^xçm xSfflpMBBggsBBM^^^HB^^^^^^^^^^^^^^^Kff-^^^Bi^^^^B
•v J£x ^ffivffsgffilij'^^
lllIllL ljf|Í88B8$M
tfy&m&.-yyyyy^. y^
wX*Xv<£o!»X*X*X
•x>:-:-x::$&:::-:-:
'•'••^•¦•¦'¦'¦V'ÍWXiffwfflffl888Sw^ UmWMtiUlHHBBH
. BHJBBnSSiW BBMBBgmUUB81row888888iM
•:&yr.:-.<<-yy<.
cia mesma espécie quantos seu autor fosse capaz de fornecer-lhe. Das
teclas da máquina de Runyon saíram, então, durante a década de 30, as
historias sardônicas, aquele mundo colorido e povoado de santos obscuros
e aureolados pecadores, que constituiriam o mais original catálogo do fole-
lore metropolitano ianque, e que comporiam as
páginas engraçadíssimas
de suas diversas coletâneas: «Guys and Dolls», «Blue Plate Special», «Mo-
ney from home», «Take it easy», «Runyon à Ia carte», «More
dolls», «Furthermore», «More than somewhat», «AH this and that», guys and
etc.
A primeira destas coletâneas, editadas em livro, foi «Guys and
»e RunVon.^anhou imediatamente milhares de novos leitores. Em
loQi
iJdi, esses constituíam legião; a simples menção do nome
capa de qualquer revista dos Estados Unidos esgotava de Runyon na
coberto» na Inglaterra: um crítico disse edições. Foi «des-
clade tao nova e surpreendente que êle «inventara uma humani-
quanto a de Lewis Carroll em «Alice no
Maravilhas». Outro crítico elogiou a sua cultura e apontou a
í,Jas, Homero, no hábito de cunhar frases como «a
2™ U?yon Tm
sempre bem-amada esposa»,
os seus contos constituíram umpor exemplo. Quando traduzidos na França,
sucesso paralelo ao de outro antigo escri-
toi ianque. Edgar Allan Põe. Uma menina-prodígio
apareceu na versão
— 24 —
cinematográfica de um dos seus contos e, da noite para o dia, virou estrela
de cinema. Refiro-me, naturalmente, a Shirley Temple.
Aparecem os imitadores do escritor: copiam-lhe os temas, a
grama-
íica. . . Mas esquecem de que o trabalho de Runyon não é puramente^inven-
tivo: é fruto de pesquisa, de observação e vivência no meio do povo
Segundo o crítico J. C. Furnas, «o princípio fundamental do autor reside
na arte de fazer com que empedernidos inimigos da sociedade se compor-
tem com a pureza e a bondade de um São Francisco de Assis». Eu me
arrisco a avançar uma teoria. Vejo, nos chamados contos da Broadway,
a conciliação de duas filosofias de vida que, separadamente se antepõem',
mas que entrosadas com Runyon como catalizador, resultam num produto
novo e diferente, na forma e no conteúdo: a filosofia franciscana combina-
da à filosofia epicurista. E, embora haja muito de Voltaire, também, no
que escreveu — Runyon criou suas personagens broadwayanas à imagem f
e semelhança de Chapèuzinho Vermelho e da Gata Bòrrálheifa. . .
11
Isto não quer dizer que Runyon tenha idolatrado o mau elemento,
o contraventor, o criminoso — segundo os nossos padrões sociais. Somente
o conhecimento superficial, a falta de penetração ou a má fé poderiam
interpretar assim o pensamento do autor de «For a Pai». A intriga dos
contos de Runyon utiliza a traição e a vingança em todas as suas varia-
ções e refinamentos. Mas, como nos Florilégios do santo de Assis, na Cm-
derela ou em La Fontaine, a virtude — entidade genérica e índefmivel —
triunfa sobre a maldade e os bons atiradores sempre vencem no fim.
— 25 —
xMflSJ
— 27 —
— a
enormes lucros de um comércio ilícito bem tolerado, bem acolhido
bebida clandestina — e pelo dinheiro fácil da extorsão organizada em es-
cala nacional. O dinheiro fácil que atraiu o dinheiro ganho à custa de es-
forços inauditos, pelos trabalhadores de todos os níveis e que produziu,
1929. Aquele mesmo tema
pela especulação' desenfreada, a catástrofe de
real, vergonhoso, que serviria à criação de alguns romances americanos
de grande porte:' «The Great Gatsby», de Francis Scott Fitzgerald; «Ma-
nhattan Transfer», de John dos Passos; a trilogia de «Studs Lonigan», de
James T. Farrel e os romances proletários de Michael Gold. Aquele mes-
mo tema que serviria ao conjunto de grandes filmes e peças de teatro ian-
quês da primeira metade da década de 30, as obras de protesto social que
no palco se chamaram «The Front Page», «Street Scene», «Once in a life-
time», «Five star final», «The House of Connolly», «Night Over Taos»,
«Sucess Story», «Both your houses», «Tobacco Road», «We-the people»,
«Merrily we roll along», «They shall not die», «Winterset», «Dead End»,
«Awake and sing», «Waiting for Lefty, «Till the day I die», «Idiofs
delight», «The living newpaper», «Chalk dust», «Class of 1929», «Of thee
I sing». .. E que na tela assumiu proporções gigantescas.
vfl
— 28
íi
CINECLUBISMO
UM POUCO DE HISTÓRIA
DOS CINE-CLUBES
CARLOS VIEIRA
S — 30
. t
1945 195;D
FILMOGRAFIA DO
.WESTERN" MODERNO
4
a
!
As fitas que não estão acompanhadas de
titula em por- y\
tugiiês (com exceção daquelas cujos nomes em
repetem o nome original, e das séries, português
que seria fastidioso
registrar), são as não enviadas ao Brasil, ou,
velo menos não
exibidas em São Paulo. Uma filmografia é obra de -equipe-.
Contamos com a colaboração de várias pessoas, salientando-se
a prestada por José Julius Spiewak, Ruben Biàfora, Rudá y
ii!
Andrade, Mas é fundamental que este trabalho seja revisto
por todos os que dispõem de dados para fazê-lo. Assim pode-
remos atingir a uma filmografia, o mais possível perfeita, do
"western" neste
período e, possivelmente, completá-la com a
fase primitiva e com o período de 30 a Jf5. Solicitamos nos
sejam enviadas críticas e sugestões para a Filmoteca do Museu
de Arte Moderna, rua 7 de Abril, 2.10 í.v andar 8. Paulo.
19 4 9
31 —
lor — Produtor: Milton Sperling — Di- Man», de Harold Bell Wright — Diálogo
retor: Kay Enright — Koteiro: Zachary adicional: Otto Englander — Elenco: Guy
Cold e James R. Webb — Elenco: Joel Madison, Rory Calhoun, Carole Mathews,
McCrea, Alexis Smith, Zachaiy Scott, Do- Cathy Downs, Johnny Sands, Art Baker,
rothty Malone, Douglas Kennedy, Alan Steve Brodie.
Hale, Victor Jory, Monte Blue. 11. «RIMFIRE» — Marçp — Lip-
6. «MOSQUETEIROS DO MAL» pert Screen Guild — Produtor: Ron Ór-
(Streets oi' Laredo) — Fevereiro — Pa- mon — Diretor: B. Reeves Eason — Ro-
ramount — Tecnicolor — Produtor: Ro-
S:;f
teiro: Arthur St Clair e Frank Wisbar
bert Fellow — Diretor: Leslie Fenton — Elenco: James Millican, Mary Beth Hu»
1 I Roteiro: Charles Stevens e Elisabeth ,Hill ghes, Reed Hadley, Henry Hull.
Elenco: William Holden, William Ben- 12. «DEBANDADA» (Stampede) -
dix, MacDonald Carey, Mona Freeman, Abril — Allied Artists — Produtores e
Stanley Ridges, Ray Teal, Ciem Bevans, roteiristas: John C. Champion e Blake
James Bell, Grandon Rhodes. Edwards — Diretor: Lesley Selander —
7. «SETE HOMENS MAUS» (The História: romance de Edward Beverlv
Me! Walking Hills) — Fevereiro — Colúmbia Mann — Elenco: Rod Cameron, Gale
Produtor: Harry Joe Brown — Dire- Storm, Don Castle, Johnny Mack Brown,
tor: John Sturges — Roteiro: Alan Le Donald Curtis, Jonathan Hale, John El-
May — Diálogo adicional: Virginia Rod- dredge. ^
dick — Fotografia: Charles Lawton Jr. 13. «THUNDER IN THE PINES»
Elenco: Randolph Scott, Ella Raines', Abril — Lippert Screen Guild — Pro-
William Bishop, Edgar Buchanan, Arthur dutor: William Stephens — Diretor: Ro-
Kennedy, John írelatid, Jerome Courtland, bert Edwards — Roteiro: Maurice Tom-
Russell Collins. bragel — História :Jo Pagano — Elenco:
8. «DEVASTANDO O CAMINHO» George Reeves, Ralph Byrd, Greg McClu-
(Canadian Pacific) — Março — Fox — re, Michael Whalen, Denise Darcel, Lyle
Cinecolor — Produtor: Nat Holt — Dire- Talbot, Vince Barnett, Tom Kennedy.
tor: Edwin L. Márin — Roteiro: Jack 14. «GOLPE DE MISERICÓRDIA»
'Witt
De e Kenneth Gamet — História: (Colorado Territoity) — Maio — Warner
Jack De Witt — Art Director: Ernest Produtor: Anthony Veiller — Diretor:
Fegte — Elenco: Randolph Scott, Jane Raoul Walsh — Roteiro: John Twist, Ed-
Wyatt, J Carrol Naish, Victor Jory, Nan- mund H. North — Elenco: Joel McCrea,
cy Olson Robert Barrat, Walter Sande, Virginia Mayo, Dorotby Mallone, Henry
Don Haggerthy, Brandon Rhodes, Dick Hull, John Archer, James Mitchell, Mor-
Wessel. ris Ankrum, Basil Ru'ysdael, Frank Pu-
9. «DAUGHTER OF THE WEST» glia, lan Woolf.
Março — Mooney-Film Classics —
15. «A LEI É IMPLACÁVEL» (The
Cinecolor — Produtor: Martin Mooney Deolins of Oklahoma) — Maio — Pro
Diretor: Harold Daniels — Roteiro:
ducers Actors — Colúmbia — Produtor:
Raymond L. Schrock — História: Robert Hartfy Joe Brown — Diretor: Gordon
E. Callahan — Adaptação: Irving Fran- Douglas — Roteiro: Kenneth Gamet —
klin — Elenco: Martha Vickers, Phil Fotografia: Charles Lawton Jr. — Elen-
Reed, Donald Woods, 'William Farnum, co: Randolph Scott, George McReady,
James Griffith.
Louise Albritton, John Ireland, Virginia
10. «RIO SANGRENTO» Houston, Charles Kemper, Noah BeeiV
(Massa-
cre River) — Março — Windsor — Allied
Jr., Dona Drake, Robert Barrat, Lee Pa
Artists — Sepia — Produtores: Julian
trick, Griff Barnett, Frank Fenton, Jack
Lesser e Frank Melford — Diretor: John
O^ahoney, James Kirkwood.
Rawlins — Roteiro: Louis Stevens —
16. «ESCRAVOS DA AMBIÇÃO»
História: romance «When a Man's
a (For Those Who Dare ou Lust For Gold)
32 —
Maio Colúmbia - Produtor e di- Williarn J. 0'Sullivan —¦ Diretor: R.
Q.
retòr: ò. S Sylvan Simon — Roteiro: Ted Springsteen — Elenco: Williarn Elliott,
Sherdeman, Richard English — História: Marie Windsor, Forrest Tuckér, Jim Da-
romance- «Thunder Gods Gold», de Bârrfy vis, H. B. Warner, Paul Fix, Grant
Whi-
Storm — Elenco: Ida Lupino, Glen Ford, ters, Trevor Bardette.
Gig Young, Williarn Prince, Edgar Bu- 22.' «LEGIÃO INVENCÍVEL»
'Will (She
chanan, Geer, Jay Silverheels, Will Wore a Yellow Ribbon) — Julho — Ar-
Wríght, Antônio Moreno, Arthur Hunni- gosy — RKO — Tecnicolor — Produto-
ciitt, Myma Dell, Tom Tyler, Paul E. res: John Ford, Merian C. Cooper — Di-
Burns. retor: John Ford — Roteiro: Fiank Nu-
1.7. «VIAGEM SANGRENTA» (Rou- gent e Lawrence Stallings — Histórias: Hi
— Maio — RKO — Produtor: de James Warner Bellah, do «Satiirdây
ghshod)
Richard Á. Berger Diretor: Mark Evening post» __ Elenco: John Wayne,
Robson — Roteiro: Geoffre'y Homes e Joanne Dru, John Agar, Ben Jóhrison, ¦i
Hugo Butler — História: Peter Viertel Harry Carey Jr., Victor McLagleh, Mil-
Elenco: Robert Sterling, Gloria Gra- dred Natwick, George 0'Rricn, Arthur
hame, Claude Jarman Jr., John Ireland, Shields, Harry Woods, Tom Tyler.
ii
Jeíf Donnell, Myrna Dell, Martha Hyer, 23. «CAVALEIRO NEGRO» (Bri-
James Bell, Shawn McGlory. mstone) — Agosto — Republic — Tru-
18. «INFERNO OU GLÓRIA (The color — Produtor e diretor: Joseph Kane v\
Younger Brothers) — Maio — Warner Roteiro: Thames Williamson — Mis-
Tecnicolor — Produtor: Saul Elkins tória: Norman S. Hall — Elenco: Rod
Diretor: Edwin L. Marin — Roteiro: Cameron, Adrian Booth, Walter Brennan,
Edna Anhalt —-História: Morton Grant Forrest Tucker, Jack Holt, Jim Da vis,
Elenco: Wayne Morris, Janis Paige, James Brown, Guin «Big Boy» Williams,
Bruce Bennett, Geraldine Brooks, Robert Jack Lambert, Will Wright, Harry V.
Hutton, Alan Hale, Fred Clark, James Cheschire, Stanley Andrews.
Brown, Monte Blue, Tom Tyler, Williarn 24. «ESTRANHA CARAVANA» -
Forrest, Ian Wolfe. (The Foghting Kentuckian) — Setembro
19. «A ESCANDALOSA» (Calami- Republic — Produtor: John Wayne —
ty Jane and Sam Bass) — Junho — Uni- Diretor e roteirista: George Wagner —
i
versal-Internacional — Tecnicolor — Pro- Fotografia: Lee Garmes — Elenco: John
dutor: Leonard Goldstein — Direção e Wa'yne, Vera Ralston, Philip Dom, Oliyer yy
Maurice Geraghty e Melvin Levy — Hugo Haas, Grant Whiters, Paul Fix,
Elenco: Yvonne De Cario, Howard Duf f, Mae Marsh.
Dorothy Hart, Willard Parker, Norman 26. «RIVAIS EM FÚRIA» (The
LIoyd, Llo'yd Bridges, Marc Lawrence, Gal who took the West) — Setembro —
Houseley Stevenson, Milburn Stone, Clif- Universal Internacional — Tecnicolor — ¦a
ton Young, Ro'y Roberts, Ann Doran, Produtor: Robert Arthur — Diretor: Fre-
Walter Baldwin. derick De Cordova — Roteiro: Williarn
20. «CHEYENNE COW-BOY» — Bowers e Oscar Brodney — Fotografia:
Junho — Universal-Internacional — Pro- Williarn Daniels — Elenco: Yvonne De
dutor: 'Will Cowan — Diretor: Nate Watt Cario, Charles Coburn, Scott Braçty, John íi
Roteiro: Luci Ward —* Elenco: Tex Russell, Myrna Dell, James Millican, Ciem
Williams, Lina Romay, Somke Rogers, Bevans, John Littel, James Todd.
Stanley Andrews. 27. «APACHE CHIEF» — Outubro
21. «FOGO DO INFERNO» (Hellfi; Lippert — Produtor: Leonard S. Pi-
-) — Junho — Republic — Trucolor — cker Produtor associado e roteirista:
"odutores
executivos e roteiristas: Dor- George D. Green — Diretor: Frank Mac
re 11 e Stuart McGowan Produtor: Donald — História: George D. Green e
— 33
»X ;;
'" -" ¦
X'' -
ry
— 34 —
¦wnirTirrirwiti mi.—
TíNEMA E PINTURA M
FREDERICO MORAIS
fl
3 Embora assemelhando-se um
pouco,
quanto à estrutura do contexto, ao filme
de John Huston, «O Segredo das Jóias»
recursos que demonstram uma concepção
e elaboração incomuns: a seqüência do
roubo (trinta minutos sem diálogos) é a
mais evidente prova das virtudes de Das-
(The Asphalt Jungle), a fita de Dassin sin. O cineasta cria uma impressionante
não deixa de ser autônoma e muito atmosfera de terror e tensão, com uma
soai. Fundamentalmente, é a narrativapes-
espantosa simplicidade de narração; as
(até mesmo um pouco esquemática) do imagens mesmas estão já carregadas de
planejamento, da execução e das conse- um fabuloso «suspense», graças a um rit-
qüências de um roubo fabuloso. O que, mo de excepcional fluência/ Jamais são
— 38 — *
:x*x'*i:x;i;:;:wy
x-x**^^^
ffflH^B8HnlBHB^v**Vrfi*:T8ff
1JII HHHHI II Hm lf nr nt|Tr BooBQocoSSinmi^
i*'*''**vtBt «SSRnH^mnnnrRiM t
nn i
CONVITE À DANÇA ra. Temas musicais da suite David Vaughan, num artigo
"Scheerezade". de Rimsky Kor- sôbre os últimos filmes musi-
'•Imitation cais aparecidos, observa que o
to the Dance" (M. sakoff, adaptados por Rpgcr
••( M , 1956). Produção de Arthur Edens. orquestrados por Conrad
"cinema lírico americano'", que
"Um
i;reed. Direção e coreografia de Salinger e regidos por Johnny começou, em 19J/9, com
Gene Kelly. "Circo" Dia em Nova Iorque'' (On the
Ballets: Green. Elenco: Gene Kelly. Da-— Town) — "cristalização de uma
«Gircus). Direção artística de vid Kasday e Carol Haney.
Alfred Junge. Fotografia (em "Ciranda" (Ring Aròuncl the forma cujos elementos estavam
x-x-mcolor) de F. A. Young. Rosy). Direção artística de Ce- sendo desenvolvidos —através ds
filmes anteriores- caiu rà-
xisica de Jacques Ibert. Elen- dric Gibbons e Randall Due. Aquela
1 Gene Kelly, Claire
Sombert Fotografia (em tecnicolor) de pidamente em declínio.cinemáti-
Igor Youskevitch. — "Sim- Joseph Ruttemberg. Musica forma essencialmente mu-
oad, o marujo" composta e executada ao piano ca, forma pura da comédia"On
(Sinbad. the
ailor). Direção artística Ge- sical, surgida em lhe
une Gibbons e Randall Düe.
de Ce- por André Previn. Elenco: Da- Town", não mais se enri({uece
ne Kellv. David Paltenghi. no cinema musical americano.
fotografia
joseph (em tecnicolor) de phne Dale. Igor Youskevitch,Rall, Richard Quine tentou reabili-
Ruttemberg. Parte ani- Claude Bessv. Tommy
niada: Fred C. Belita. Irving Davies; Diana tá-la em filmes simples e ,inte-
üam Hanna e Joseph Quimby. Wil- ressantes, que não passaram de
Barbe- Adams e Tamara Toumanova.
— 39-
deliciosas variações. Aliás, os seus nítidos objetivos. Deixa-os uma certa tendência superficial
próprios responsáveis por "On transparecer através das criti- e melodramática, que o mesmo
the Town", Gene Kelly e Stan- cas às rodinhas pseudo-intelec- possui há muito tempo. Assim,
ley Donen, se auto-plagiaram tiiais, cheias de sofisticação, ou Kelly não conseguiu passar do
recentemente em "Dançando ainda através das glosações —- tom sentimentalóide inerente ao
nas Nuvens" (It's Always Fair obtendo também admiráveis argumento. Por outro lado, "as
Weather). efeitos cômicos — feitas aos passagens de pantomima (em
Vincente Minelli, que muito cantores chorões, aos fan-clu- exagerado estilo reminiscente
contribuiu à estética do filme bes e à "femme fatole", super- do cinema mudo) nâo combi-
musical, decepcionou inteira- sereia ambulante, com os cabe- nam — como bem assinalou o
mente com seu último tyaoál.ho, los imensos e louros cobrindo- já citado Vaughan — com o
"A Lenda dos Beijos Perdidos" lhe a face, numa estili&ação do clássico convencional "pas dr
(Brigadoon). Stanley Donen antigo mito Verônica Lake. deux" e as variações dadas a
(com uma coreografia de Mi- Todavia, o episódio clássico Sombert e Youskevitch, e ainda
chael Kidd) mostrou-se ainda traz algumas das deficiências se introduz um terceiro estilo
com inspiração. — "Sete Noivas existentes em Kelly, inclusive, no número dançado por Kelly
para Sete Irmãos" (Seven Bri-
des for Seven Brothers), ape-
sar de fugir à chamada forma SEDUÇÃO DA CARNE / LÍVIA
pura da comédia musical, es-
sencialmente cinemática, é uma «Senso» (Lux-Film, 1954). Direção de Luchino
fita, entre as atuais, extrema- Visconti. Roteiro de Luchino Visconti e Suso Cecchi
mente boa. E, agora, Gene Kel-
ly, enfim, nos dá o esperado D^mico, de uma novela de Camilo Boito. Adaptação
"Invitation to the Dance", ex- de Luchino Visconti e Cecchi D'Amico> com a colabo-
periência há muito tempo so- ração de Giorgio Prosperi, Cario Alianelo e Giorgio
nhada por êle: um filme com-
pletamente narrado por danças. Bassani. Diálogos ingleses de Tennessee Williams e
"Invitation to the Dance" Paul Bowies. Fotografia (em tecnicolor) de G. R. Aldo
consta de três partes: três bal- e Robert Krasker. Música de Verdi e Bruckner. Ceno-
lets de concepção e estilo difé-
'rentes, sem dúvida muito bem grafia de Ottavio Scotti. Costumes de Mareei Escoffier
imaginados por Gene Kelly. O e Pietro Tossi. Montagem de Mario Serandrei. Elenco:
primeiro ("Circus") é, segundo Alida Valli, Farley Granger, Massimo Girotti, Heinz
o próprio autor, um ballet clãs-
sico, com interpretações, perso- Moog, Rina Morelli e Marcelle Mariani.
nagens e estilos clássicos; o Compreendendo-se o realismo como a visão clara
outro, uma segunda experiên-
cia em matéria de associação de uma realidade em seu desenvolvimento, plena de
entre desenho animado e ação contradições e problemas humanos, «Senso» é uma obra
Jiumana; e o terceiro finalmen- rigorosamente realista. Somente Visconti, dotado de
te estaria dentro do estilo ame-
ricahp mesmo, um ballet bem ama lucidez e uma consciência inigualáveis, poderia nos
moderno, com "tap-dancing", dar esta narrativa amarga do drama romanesco entre
etc. a Condessa Livia Serpieri e o tenente Franz Mahler,
Entre eles, pareceu-nos que
o último foi o mais bem suce- passado em determinada época da história italiana. 0
dido. Diríamos mais: pode ser melodrama, como o denominou o próprio autor, é mar-
considerado como a melhor coi-
sa realizada por Kelly até ago- ginado pelos acontecimentos históricos, banhados é cia-
ra. e uma das melhores em nos- ro pela ótica contemporânea de um cineasta que com-
sos dias. Inspirado na faynosa
"La, Ronde", o quadro se filia preende bem os grandes problemas de nossa época.
à pequena série dos musicais
Nem o melodrama nem a historiarão traídos: há uma
onde há um nítido "valor so- simbiose admirável, tingida pelo realismo estilizado de
ciológico e para-cultural" (ex- Visconti.
pressão de Glauco Viazzi). Va- Estamos diante de um cineasta, entre os italianos,
lor para-cultural e sociológico
ainda mais presente quando nos que se curva frente aos acontecimentos, em sua realida-
lembramos de "The Girl IlunV, de bruta, com a constante humildade ante a história
quadro-chave de "A Roda da e o tempo, de que fala Leirens, ó que o afasta eviden-
Fortuna" (The Band Wagon),
em que Michael Kidd com uma temente dos cineastas soviéticos,
excepcional coreografia, dirigi- que não se submetem
a história; pelo contrário, violentam-na
do por Vincente Minelli, com e criam a pró-
grande i)ispiração, satirizava pna. É nesta atitude passiva ante a realidade, que está
toda uma nova sub-literatura uma das grandes características dos maiores cineastas
policial americana e, particular- italianos surgidos ou revelados no após-guerra. Não há
mente, o novelista Mickey Spil-
lane; ou então dc "Seven Bri- analise e nem dissecação do acontecimento humano;
des For Seven Brothers", onde este e apresentado em sua totalidade,
mais uma vez Kidd, já agora ento de maneira concreta. Existe como globalmente, des-
ao lado dc Stanley Donen, mos- que um desta-
trava-se com claras intenções que da existência em vez da essência. Abstrai-se a in-
sociais; e, mesmo, "Eles e trospecçao; faz-se a descrição de uma atitude humana
Elas" (Guys and Dolls), no qua- total em uma dada situação. Veja-se,
dro "Crap Game", Kidd con- por exemplo, o
firmava seus propósitos ini- caso do garoto de «Alemanha, ano Zero»
ciais. Gene Kelly, como que Armo Zero): a apresentação de sua atitude (Germania,
é feita in-
dando prolongamento ao que ciiterentemente, de modo neutro digamos. A câmera o
tem feito com admirável êxito
o coreógrafo Michael Kidd. sa- surpreende e segue sua existência, sem nada opinar. É
ti risa do mesmo ?nodo aspectos a esta descrição concreta de um fato Amédée A'yfre
da sociedade americana, em chamou de realismo fenomenológico que
— 40 —
e os oito arlequins". Além des- fenomenológieo está
mal
sa coreografia algumas construída, Vi.n
Visconti* Ja em «Obsessão» (Ossessione), presente em
^ahsmo
aináa existem Repare-se, falhas as person-
de direção. pgr gem^ estavam fora das categorias da simpatL
exemplo, que não há nenhuma antipatia. Praticam o crime
mancam e da
' crime, e não são odiadas
atmosfera trágica quando mor- Lm
Em qü
v™ «-Senso»,
«Senso igualmente, por isto
,v o palhaço. j. . . , ' Valli
' uiu ce uianut'
Granger estão tor:fora
Finalmente, a experiência da cias
das categorias
categoinas doao bem ep do mnl Am.^o™*.,
mal. Apresenta-se _ a reali
i-
combinação de figuras reais e dade bruta sem traição ou violentacão,
de seu dram;
desenhadas, tão cheia de coi- amoroso. Do nascimento ao desfecho amargo
de chavões
sas boas quanto "Sinbad, do amo<
dis>ieyanos, em the ae uivia e rranz, a camera de Visconti
iiaXior", raie como o quadro pi- lada, neutra. Ela, a dama da nobreza, permanece ca-
toresco do filme. Entre as coi- causa em nome da luxúria pessoal; ele, um que trai uma
sas boas, saliente-se a gostosa oficial cor-
adaptação de Roger Edens dos rupto, sem esperança nenhuma de recuperação
Mas
lemas de Korsakoff, orquestra- nenhum dos dois é apresentado simpática ou antipàti-
dos espirituosamente por John- camente. O oficial é consciente de sua degradação
ny Green. Tecnicamente o epi- e
bem trabalhado.
sódio é muito "Invitation Visconti ainda evidencia mais isto
to the quando coloca em
Com efeito, sua boca palavras como... «A Áustria é um
Dance" é um resultado anda- pais aca-
bado, como o mundo, como teu mundo... e o meu.
cioso e importante, malgrado
suas irregularidades e deficiên- Ninguém deveria me amar. Ninguém». E o desenlac
cias, principalmente agora em do drama, quando chega ao auge a degradação do
que atravessamos o ciclo das amantes, é realizado aos poucos, lenta, amargamente
versões cinemascópicas dos mu-
sicais da Broadway, parecendo Ambos são condenados: Franz, denunciado por sua
indicar uni mau caminho para amante, é fuzilado ignòbilmente por deserção; ela, con on-
o gênero. E tais versões têm denada moralmente por sacrificar um alto ideal em
como responsáveis/ geralmente,
diretores que nunca se mete- nome da luxúria pessoal, vagueia pelos muros imensos
ram no gênero e nunca se pre- das ruas de Veneza — os mesmos muros em que eram
ocuparam com seu desenvolvi- fuziladas as pessoas.
mento — o que é viüiió lamen-
tável. Há aqui, uma personagem de segundo plano, psi-
cològicamente marcada, a fim de contrastar com as
personagens principais. Uma personagem, digamos, po-
sitiva, que se situa num polo moral e intelectual intei-
ramente oposto ao dos principais. Em vvOssessione»
era representado pelo AÊspanholx o vagabundo puro,
com elevadas qualidades morais, que deseja tirar seu
amigo, preso às teias do amor animal em que caiu; 6 o
vagabundo forte que não se deixa atrair pelo sexo nem
pelo dinheiro. Em «Sensor é representado pelo Mar-
quês Ussoni, aristocrata progressista, símbolo da força
e da esperança de um mundo novo, oposto por com-
pleto ao Conde Serpieri, velho aristocrata reacionário
e oportunista e à sua prima, facilmente dominada pelos
caprichos pessoais. O contraste existe e é admirável,
y^y^?O0QCBop60ÕBB^ n Qj Wi^ifttHfjBBptfHwOOPüCTjy-*
mas acontece que Visconti não condena precipitada-
mente suas personagens. Elas vão se compreendendo
aos poucos, vão se desprezando lentamente até se con-
denarem mesmo definitivamente. A discussão entre
Lívia e Franz, quando este se encontra com uma aman-
te em Veneza, discussão amarga e exasperante, ja de-
monstra a condenação e o desprezo que os amantes se
Li-
impuseram. «Você é como ela...», diz Franz para
via, olhando para a prostituta, «com a diferença de que
a
você nos oferece dinheiro...- Chegara ao máximo
indignação da Condessa Lívia Serpieri. Desesperada,
ruas om
delata o amante; desesperada, vagueia pelas
sua vitoria, tem-
que os soldados austríacos comemoramcambaleando pelas
ta de arrependimento e indignação,
ruas confundida com uma prostituta.
é contar histo-
«Meu objetivo principal no cinema nao
rias de homens que vivem nos ^contecimentos, £8
acontecimentos por si mesmo. .Ç;M«e^
Estas.palatae
ressa é um cinema antropomorhco». «Senso suas.pei
sintetizam suas obras. Em
Visconti histórico.
sonairens estão integradas no «back-grpund» msepara-
fatos históricos,
São feres mergulhados nos
— 41 —
veis deles. A intriga puramente romântica se enriquece
muito mais com o tratamento histórico-realístico dado
por Visconti. Daí afirmarmos, sem mêdo, que «Senso»
faz uma renovação do filme histórico, proporcionando-
lhe um novo e elevado significado. «É o primeiro filme
histórico», como observou um crítico francês, em que
os costumes não vestem as personagens mas as perso-
nagens vestem os costumes». Isto realizado com o estilo
essencialmente realista do cineasta, sobre o qual Giulio
Cesare Castelo não hesita em compará-lo com o de Re-
noir e de Stronheim («Sight and Sound», Primavera
1956) . Um realismo em que predominam as buscas
pelos valores plásticos coloca Visconti distante dos ei-
neastas dirigidos pelas teorias zavattineanas. Não é o
realismo flaubertiano de «Umberto D», mas o realismo
barroco que forma a base do «cinema antropomórfico»
de Visconti. E este mesmo realismo, com o emprego
da côr expressiva, toma um novo aspecto. Porque, em
«Senso», estamos longe da utilização cartão-postal, das
cores, colocadas ilustrativamente, sem expressão. Vis-
conti dá-lhes vida; elas expressam algo; expressam, co-
mo nas seqüências finais, a atmosfera de desespero que
rodeia Lívia. Assim, o cineasta através deste uso sin-
guiar e admirável das cores consegue o que Serge Ibert
denominou justamente de «realismo psicológico». Rea-
lismo psicológico que caracteriza Visconti: obtido quer
pelos movimentos lentos de câmera, que nos faz pene-
trar nas almas das personagens teatralmente situadas,
i quer pelas cores expressivas e mutáveis empregadas
por G. R. Aldo e Robert Krasker.
42 —
vacas, deixando-nos ver
poi debaixo dasem e Preciso: a seqüência do
enormes tetas primeiro plano); o som M» estranhíssima,, «frpique-nique
«ma atmos-
é
precedendo a imagem, no início de uma mist.eil0Si»- A da noite de
nova seqüência, tem notável resultado, n?W;a -C
quase sempre com «efeito irônico ou as- uma luz bem no meio,
que brilha „ tempo
sociativo». Laughton é correto em todas todo, e um capote pendurado
na pòiv
as cenas, às vezes dono de uma precisão servindo de palco para a «conversão»
do
magnífica, como por exemplo, quando Willa,-que pouco depois aparece dirigindo
Harry Powell (Robert Mitchum) está num um comício religioso.
Quando Powell as-
dos quartos de sua casa tentando a con- sassma Willa, na mais teatral composição
fissão da filha de Willa (Shelley Win- do lilme, aceita-se o teatralismo da cena
ters), e esta chega à janela e ouve a como o próprio significado do ato, estra-
conversa; há um corte rápido e direto nho e arrealístico.
â para um primeiro plano de Willa, depois a
de abrir a porta — sorri. O contraste da Entre o melodrama e a fábula, «The
pureza do sorriso de Willa com as cruéis iNight of the Hunter» é um trabalho sur-
tentativas de Harry para conseguir sua preehdente. Charles Laughton, com seu
confissão é obtido por completo, com ad- estilo, novo e individual, dominou muito
mirável segurança e síntese. bem um contexto em que tudo estranho
Mas é na maneira de contar a estra- e cheio de mistérios é aceito como coisa
nha e poética história escrita por James normal. Até mesmo os moradores da ai-
Agee que «The Night of the Hunter» ga- deia não são menos estranhos do que o
nha excepcionais proporções. O filme ini- pastor, ao aceitarem-no facilmente, como
cia-se como um melodrama e termina co- notou com felicidade Gavin Lambert. Aqui,
mo uma fábula. Como melodrama, o ritmo o onírico se mistura com o simbólico, com
é ágil, tenso e nervoso até a chegada de o poético e com o misterioso numa admi
Harry Powell à aldeia; depois passa a ser rável fusão. O filme passa do melodrama
calmo e de tensão. Mais tarde, com a fuga à fábula (a perseguição às crianças, que
dos meninos, começa a fábula: o ritmo levam o dinheiro na boneca) e continua
é lento, suavíssimo. Daí em diante toda a firme. Mesmo nas seqüências passadas
pureza, a fantasia, a atmosfera poética com Miss Rachel (irrepreensivelmente in-
de uma fábula transbordam a tela. Poé- terpretada por Lillian Gish), onde vem à
ticas e simbólicas, por excelência, são as superfície um humor, mesmo êle estranho,
seguintes seqüências da fita: a chegada «quase paritomímico», a direção é exem-
dos meninos ao afastado celeiro, onde plar. Cenas como a do cadáver de Willa,
iriam dormir. Quando a menina olha tris- no fundo do rio, com seus cabelos espa-
tonhamente para uma gaiola onde um pas- lhados, como um «modelo de cera», repre-
sarinho está no poleiro*, há um primeiro sentando a fantástica imagem da morte;
plano da gaiola, em seguida, e sente-se ou como a de Harry vendo uma dança ri-
que ali ela viu o reflexo de sua casa, de na, através uma fechadura imaginária, são
que está sentindo falta. Tudo é calculado de um homem dotado de talento.
.-a
¦'?
4o
Revista de Cinema
ÍNDICE GERAL DO IV VOLUME
( Números 20 a 24 )
3 p. 39.
Cine-clubes, Pelos — Flavio Vieira n9
22, p. 66.
Cine-clubes na França e no mundo — Car-
Filmes em cartaz — Antônio César e Car-
los Denis, n9 20, p. 41; n9 21, p. 43;
n" 22, p. 75; n" 23, p. 98.
Filmografia: Ingmar Bergman, n9 22,
los Vieira, n9 23, p. 71.
Cinema e delinqüência juvenil — Jason p. 14.
Filmografia: John Sturges, n9 20, p. 10.
Albergaria, n9 24, p. 5. Filmografia: Stanley Kramer, nQ 22, p.
Cinema e estética — Fábio Lucas, n9 20, 65.
p. 6. Filmografia do western moderno — F. L.
Cinema nacional — Guy de Almeida n9 Almeida Salles, n9 21, p. 12; n" 22.
21, p. 15.
p. 56; nn 23, p. 66; ri9 24, p. 31.
— 44 —
— Afonso de Souza,, 99
FÜnuisica
yv 14 Paiva. Salviano Cavalcanti de —
no cinema — Silvio A. Damon
Função da música Runyon e o cinema americano
Oastànheira, n9 22. p. 52. p. 49.
G Paiva. Salviano Cavalcanti de — Ainda
— Confissões de um crítico
Gobbeti, Paulo Damon Runyon e o cinema america-
comunista, m 23, p. 7. no, n 24. d. 22
H Problema dos cine-clubes. O — Jean
—
História dos cine-clubes, L m pouco de Queval, m 20. p. 39.
Carlos Vieira, n9 24. p. 29.
— Cyro Q
Hollvwood e o cinema de violência
Siqueira, n9 21, p. 17. Quevai. Jean — 0 problema dos cine-
clubes, n 20, p. 39.
Hollywood contra o MacCarthismo: Cons-
uiracão do silêncios — F. Teixeira de R
Salles. n° 20? p. 10. Realismo e estilo — Luigi Chiarini n
Houston, Penelope — Mr. Deeds e Willie 20, p. 25.
Stark, n° 20, p. 13. Ritmo no cinema — Jomar Muniz de Brit-
JL. to, m 23, p. 15.
Ingmar Bergman: Filmografia — X DO Roche, Catherine de La — Com a mão na
"D i j massa, m' 20, p. 33.
Indicação critica — Carlos Denis e M. Rossellini, Roberto — Dez anos de cine-
Gomes Leite; n9 22. p. 69: iv 23. m o r^ 20. o. 5
p. 78. S
Indicação crític. Flávio Vieira, n9 24 Salles, Francisco Luiz de Almeida — Fil-
p.~ 38. mografia do western moderno, u 21.
p. 12; iv 22. d. 06: n" 23. d. 66: n
Leite Mauricio Gomes — Cinema em 24. d. 31.
revista, n9 20. p. 28: n9 21. p. 34: Salles, Fritz Teixeira de — Hollywood
n 23. p. 40: n9 24. p. 20. contra o MacCarthismo: Conspiração
Leite. Mauricio Gomes — Indicação do Silêncio , iv 20, p, 10.
crítica. n"; 22. p. 69: n9 23. p. 78." Silva. Newton — Pelos cine-clubes. u 20,
Logger. Guido Pe. — Par "
que cens- p. 39.
ir 22. p. 28 -Sindicato de Ladrões . conceituação
Lucas. Fábio — Cinema e estética, n9 21 rica — Cyro Siqueira, n" 23. p. 23.
V. b Siqueira. Oyro — Capote. 0 . realismo
neo-realismo, n 22. p. 46.
Kramer. Stanley — Cinema e teatro, n9
Siqueira. Cyro — Hollywood e
—. p. o o. de violência, n 21. p. 17.
Kramer. Stanley: Filmografia — X~': 22.
Siqueira, Cyro — Sindicato de Ladrões .
p. 6-5. conceituação crítica, n 23. p. 23.
M
Mão na massa. Com a — Catherine de La Souza. Afonso — Filmúsica, n 22. p. 4.
Sture-es John: Filmografia — Paue Ai-
Roche, n9 20.. p. 33. bex, m' 20, p. 10.
Mi . Deeds e Willie Stark — Penelope
Houston, n- 20. p. 13. T
Machado, Anibal M. — O teleerrama de Técnica e arte de Xorman McLai
Atlá. xerxes. n"' 22.
p. 42. Roberto Miller. iv 23. p
Miller, Roberto — A técnica e a arte de — Aniba:
Telegrama de Ataxerxes, O <o
Normãn McLaren. n9 23, p. 42. M. Machado, n 22. p
Morais, F. G. Gomes de — Cinema e Joã
pia- Tom-Mix e a passagem do
tura, n9 22. d. 61: n 23. o. õ6: n9 Etienne F . n: 22. p. 42.
9Á r, or
""m sonora — Silvio A. asta
Trilha
Música de western — Silvio A. Castáuhei- 21, p. 37; m 22. p. 52.
ra, n9 20, o. 18.
V
na França
Armes de CircoN — Elv Azeredo, m 22. Vieira. Carlos — Os cine-clubes
P- 10. e no mundo, n 23. p. '1.
Novidade e ae :.-,.--
progresso — René Clair. n Vieira, Carlos.- Cm pouco —
22, p. 24 do= cine-clubes, n -?í p. t, —
Obs cações em torno Vieira, Flávio - ?brs cme-clube»,
de um livro (Cine-
O P • 66 .. -_; < 9J.
ma nacional) — Guv d^" Almeida, n Vieira, Flávio - Indicação
21, p. 15. • OQ
— 45 —
Dê seu endereço à
Felicidade
Adquirindo bilhetes da
"NOSSA
LOTERIA"
Extrações às
Sextas-Fe iras
habilite-se
j
Loteria o Estado e Minas Gerais
A "Nossa Loteria"
.1
TALHARIM
COM OVOS
TALHARIM
CILINDRADO n
só ;'
»t
HA RT I NI
i*
0 MELHOR
FONE: 2-2337
Escrituras e Procurações,
Autenticação de Fotostática.
Reconhecimento de Firmas,
Testamentos
mHHMBMDM
k
Apólices do
«Binômio Energia e Transporte»
LEI N" 936, DE 5 DE JUNHO DE 1953, E DECRETO N"
4.011, DE 20 DE JUNHO DE 1953
PRIMEIRA SÉRIE
NONO SORTEIO
Relação das apólices premiadas no sorteio de 31 de julho de 1957
Cr$ 2.500.000,00 208.998
Cr$ 500.000,00 243.355
Cr$ 500.000,00 258.490
Cr$ 200.000,00 038.850
Cr$ 200.000,00 287.506
Cr$ 200.000,00 366.132
PRÊMIOS DE CR$ 50.000,00
016.453 034.994 1"2.275 267.953 459.551
PRÊMIOS DE CR$ 10.000,00
008.162 130.271 259.427 368.085 457.525
010.288 167.446 262.041 392.165 460.535
028.744 176.442 281.410 406.671 462.974
088.442 177.085 285.683 408.490 467.240
090.777 203.591 310.779 416.840 472.353
112.945 208.230 327.420 419.256 481.839
PRÊMIOS DE CR$ 5.000,00
001.202 141.049 221.080 306.607 375.258
008.360 142.303 222.484 322.603' 379.912
015.895 148.699 229.680 326.600 381.355
051.513 161.002 232.463 330.525 389.749
057.977 161.914 250.432 337.696 405.539
060.853 165.810 259.488 339.447 409.756
069.254 168.363 261.745 350.839 418.904
070.389 171.964 266.454 352.683 423.199
077.453 172.591 267.503 356.314 427.205
086.323 205.295 272.178 357.003 460.875
089.313 209.871 273.924 359.751 478.662
106.734 218.249 281.686 366.918 480.923
109.117 219.124 299.486 369.132 486.337
120.061 220.594 302.273 370.002 497.504
Secretaria das Finanças do Estado de Minas Gerais, 31
de julho de 1957. — Artur Melo e Getúlio Gonçalves de Oliveira,
Chefes de Secção. — Milton Xavier de Castro, Chefe do Ser-
viço da Dívida Pública. — Visto. Ernani Sousa Marques, Chefe
do Departamento da Despesa Variável.
Apólices do
«Binômio Energia e Transporte»
LEI N" 936, DE 5 DE JUNHO DE 1953, E
DECRETO N»
4.324, DE 21 DE SETEMBRO DE 1954
SEGUNDA SÉRIE
SEXTO SORTEIO
Relação das apólices premiadas no sorteio de 31 de
julho de 1957
Cr$ 2.500.000,00 imorc
Cr$ 500.000,00 Mt'S
Cr$ 500.000,00 -iíiu\
Cr$ 200.000,00 *ÍkÍm
Cr$ 200.000,00 SSÍt
cr$ 200.000,00 ;•,;:;'x;;;: UtM
PRÊMIOS DE CR$ 50.000,00
570.534 609.867 710.529 735.552 870.808
PRÊMIOSDE CR$ 10.000,00
516.280 658.459 739.766 827.370 882 81!)
519.708 681.374 789.224 827.905 904.325
556.804 709.024 801.437 850.774 929.595
560.365 710.225 810.473 865.305 939.011
596.575 713.860 817.567 877.152 960.1(55
652.517 734.024 825.064 880.701 977.01!)
PRÊMIOS DE CR$ 5.000,00
510.484 558.754 665.474 788.208 908.034
511.097 564.230 668.082 799.917 913.100
523.086 580.952 669.294 808.274 913.835
526.390 581.643 689.950 808.322 917.755
527.303 586.002 729.359 819.650 931.900
529.311 587.700 730.688 822.439 934.381
540.927 588.911 736.852 844.233 935.173
544.136 604.750 738.438 850.434 942.718
546.240 610.242 740.692 859.089 900.392
546.613 617.890 751.721 867.020 902.209
548.834 620.398 752.817 877.307 962.558
550.913 628.599 770.933 877.530 969.329
556.640 648.492 780.963 880.329 977.020
557.702 651.249 785.495 882.760 997.130
Secretaria das Finanças do Estado de Minas Gerais, 31
de julho de 1957. — Artur Melo e Getúlio Gonçalves de Oliveira,
Chefes de Secção. — Milton Xavier de Castro, Chefe do Ser-
viço da Dívida Pública. — Visto. Ernani Sousa Marques, Chefe
do Departamento da Despesa Variável.
.:-.,-.¦-y-y~y.
¦-•s:
Apólices do
«Binômio Energia e Transporte»
LEI N" 936, DE 5 DE JUNHO DE 1953, E DECRETO N"
4.439, DE 3 DE MARÇO DE 1955
TERCEIRA SÉRIE
QUINTO SORTEIO
Relação das apólices premiadas no sorteio de 31 de julho de 1957
Cr$ 2.500.000,00 . 1.457.046
Cr$ 500.000,00 1.208.405
Cr$ 500.000,00 1.427.258
Cr$ 200.000,00 1.196.908
Cr$ 200.000,00 1.357.115
Cr$ 200.000,00 • • 1.367.660
PRÊMIOS DE CR$ 50.000,00
1.069.739 1.105.174 1.132.390 1.161.021 1.472.721
PRÊMIOS DE CR$ 10.000,00
1.000.163 1.041.150 1.176.211 1.255.931 1.356.370
1.007.141 1.050.142 1.180.403 1.279.331 1.375.300
1.025.971 1.078.870 1.188.228 1.339.817 1.418.407
1.028.851 1.140.016 1.197.660 1.342.106 1.419.418
1.030.665 1.150.999 1.238.660 1.343.635 1.450.289
1.035.247 1.170.556 1.252.159 1.347.330 1.498.532
\
Apólices do
«Binômio Energia e Transporte»
LEI N? 936, DE 5 DE JUNHO DE 1953, E DECRETO N«
4.720, DE 2 DE SETEMBRO DE 1955
QUARTA SÉRIE
TERCEIRO SORTEIO
Relação das apólices premiadas no sorteio de 31 de julho de 1957
Cr$ 2.500.000,00 X 962 956
Cr$ 500.000,00 1919 453
Cr$ 500.000,00 1930'536449 664
Cr$ 200.000,00 1
Cr$ 200.000,00 1 712V16
Cr$ 200.000,00 1.917J15
PRÊMIOS DE CR$ 50.000,00
1.517.802 1.600.522 1.697.215 1.704.948 1.780.393
PRÊMIOS DE CR$ 10.000,00
1.517.330 1.585.142 1.698.275 1.807.352 1.925.940
1.534.332 1.598.163 1.708.058 1.837.199 1.951.561
1.551.463 1.598.961 1.732.964 1.850.901 1.952.692
1.574.242 1.622.300 1.768.034 1.880.989 1.959.856
1.576.399 1.638.523 1.780.898 1.909.899 1.967.335
1.584.484 1.662.195 1.798.798 1.915.981 1.969.342
PRÊMIOS DE CR$ 5.000,00
1.524.395 1.608.363 1.708.351 1.869.30 1.947.159
1.527.755 1.631.305 1.709.026 1.882.419 1.955.589
1.529.242 1.650.420 1.720.128 1.883.563 1.956.684
1.530.073 1.655.081 1.735.922 1.883.619 1.957.230
1.544.494 1.656.466 1.758.777 1.887.780 1.958.796
1.561.196 1.665.730 1.775.378 1.907.195 1.969,783
1.565.215 1.669.420 1.775.582 1.908.121 1.972.336
1.566.593 1.670.683 1.793.736 1.918.996 1.972.909
1.569.458 1.672.181 1.806.516 1.919.110 1.982.422
1.569.816 1.676.341 1.845.248 1.935.325 1.989.495
1.576.288 1.677.050 1.857.016 1.936.238 1.995.216
1.594.985 1.699.714 1.866.739 1.940.431 1.995.748
1.596.029 1.699.832 1.867.331 1.941.938 1.997.698
1.602.396 1.700.405 1.868.456 1.945.826 1.998.428
Secretaria das Finanças do Estado de Minas Gerais, 31
de julho de 1957. — Artur Melo e Getúlio Gonçalves de Oliveira,
Chefes de Secção. — Milton Xavier de Castro, Chefe do Ser-
viço da Dívida Pública. — Visto. Ernani Sousa Marques, Chefe
do Departamento da Despesa Variável.
'"¦ '?/"'"¦ T"W ''.'..; ''^"^ >m~
Gráfica Editora S i on
Carneiro e Cia, Editores
LIVROS REVISTAS
IMPRESSSOS EM GERAL
/
?/////,
TERTA SOUND
projetor sonoro wm
de 16 mm.
mm
¦fM///////////Á<y&
yyyy.,
Ws.
////y///////yj
c-o
£=?x^\l
2.980, mensais
Na compra de cada projetor
01
TERTA SOUND, 4 projeções
durante um mês, com pro-
à sua
gramas completos ^"°y'yuy»r
escolha — oferta da
i \ cm V
i^- V.
SEÇÃO FILMOTECA!
ífMESBLA
UM8 TÚOiCíO
[M 0UUIOÍ0Í
; um suncosu/^
SEÇÃO
CINE-FOTO MESBL >ú, . ,uo>
- B. HORIZONTE • RECIFE
Rua Curitiba, 444 RIO - S. PAULO - R ALEGRE
- NITERÓI - VITÓRIA MARÍLIA
(esq. Afonso Pena) SALVADO* - PELOTAS
~a-rr-ea,i'í-,,i&z3!^Z^'Z^2ã^"»í.'' '^
l*f'
1