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1.

Princípio da Retroatividade

A lei penal retroagirá para beneficiar o réu: dessa forma direta é que se deve ler o
mandamento constitucional, repetido de maneira minudente no art. 2º do Código Penal.

Imagine que alguém cumprisse pena por um fato que, em virtude de lei posterior,
deixasse de ter caráter criminoso. Conviveriam, nesse cenário desigual, indivíduos
cumprindo pena por terem realizado determinado comportamento e outros, longe do
cárcere, praticando exatamente o mesmo ato, sem a possibilidade jurídica de sofrer
qualquer apenamento. Restaria vulnerado, portanto, o princípio da igualdade (art. 5º,
caput, da CF).

A retroatividade benéfica da lei penal lastreia todo o estudo do conflito de leis penais no
tempo.

2. Territorialidade
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito
internacional, ao crime cometido no território nacional.
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as
embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo
brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações
brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no
espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.

3. Teoria da Imputação Objetiva

A Teoria da Imputação objetiva significa atribuir a alguém a responsabilidade penal, no


âmbito do fato típico, sem levar em conta o dolo do agente, já que dolo é requisito
subjetivo que deve ser analisado dentro da ação típica e ilícita.
Na imputação objetiva, o agente somente responde penalmente se ele criou ou
incrementou um risco proibido relevante, pois não há imputação objetiva quando o risco
criado é permitido;

4. Elementos da Culpabilidade

Imputabilidade: se o indivíduo não tem doença mental e seu desenvolvimento mental é


completo e não possui nenhum retardo, caso cometa um delito será submetido à
aplicação da lei penal.

Potencial consciência da ilicitude: todo indivíduo tem o dever de ter conhecimento da lei e
assim deve cumpri-la.

Exigibilidade de conduta diversa: no momento do delito, se houve possibilidade do


indivíduo não cometer o crime, ele deve ser submetido a lei penal.

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