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Orientadores:
Profª Cláudia do Rosário Vaz Morgado, D.Sc.
Engenheira Cívil e Engenheira de Segurança do Trabalho, UFRJ
1 Resinas termoplásticas;
2 Policarbonato;
3 Matriz de risco;
4 NR12;
5 5W2H.
Orientador: MORGADO, Cláudia do Rosário Vaz.;
Coorientador: ESTEVES, Victor Paulo Peçanha.
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Escola Politécnica
(POLI). III. Título.
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais Conceição e Desidério e ao meu esposo Frank pelo incentivo, apoio,
companheirismo e paciência em todos os momentos e por sempre acreditarem nos meus
sonhos e objetivos.
A empresa “BV Associados” pela autorização e contribuição para a realização deste
trabalho.
À Universidade Federal do Rio de Janeiro, e a todos os professores que contribuíram
para minha formação profissional.
Aos meus professores orientadores, Profo Victor Paulo Peçanha Esteves e Profª
Cláudia do Rosário Vaz Morgado pela sua contribuição, dedicação, paciência, incentivo e as
inúmeras revisões para com este trabalho. Ao Professor Justino Sansón Wanderley da
Nóbrega e a Professora Kárida Lúcia Silva do Espirito Santo pela avaliação do trabalhado.
A todos os colegas e futuros Engenheiros de Segurança com os quais tive
oportunidade de conviver durante essa caminhada.
Resumo da Monografia apresentada à Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de
Janeiro como parte dos requisitos necessários para obtenção do título de Especialista em
Engenharia de Segurança do Trabalho
DEZEMBRO - 2017
DECEMBER - 2017
Accidents at work and occupational diseases are undesirable and burden the country
and companies. The present study evaluates the health and safety conditions of work in a
polycarbonate products factory located in the southeast of Brazil. The work used a
methodology based on: bibliographical research; Brazilian regulatory standards (NR)
checklist; photographic records; documentation analysis; hazard relevance matrix; Pareto
principle and 5W2H tool. As a result of the methodologies applied 454 nonconformities was
identified, which represent a fine that can reach R$ 977.801,49 in its maximum amount and
R$ 821.359,64 in its minimum, as penalty of Brazilian Labour Ministry. The Pareto diagram
identified that the most of nonconformities are concentrated in NR12, 35, 10, 05 and 13,
corresponding to 80% of the nonconformities. At the end of the study, it was concluded that
BV Associados presents a risk of interdiction of its activities, due to non-compliance of the
health and safety standards of the work. Therefore, the company should correct the
nonconformities identified by following the action plan recommendation. As a result,
companies could reduce occupational accidents and diseases number, in a beneficial and
effective way, creating a better work environment for employees. In this way, the company
will leave from a reactive to a proactive stage in the area of occupational safety and health and
reducing the probability of financial problems to the company.
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 17
1.1 JUSTIFICATIVA ......................................................................................................... 19
1.2 OBJETIVOS ................................................................................................................. 20
1.2.1 Objetivo Geral .............................................................................................................. 20
1.2.2 Objetivos Específicos ................................................................................................... 20
1.3 METODOLOGIA ......................................................................................................... 20
1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO ................................................................................. 21
2. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA .......................................................................... 23
2.1 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL .......................................................................... 23
2.2 MAPEAMENTO DOS PROCESSOS .......................................................................... 25
2.2.1 Recebimento e estocagem de matéria-prima e produto acabado ........................... 27
2.2.2 Fabricação de telhas, venezianas e perfis conectores. ............................................. 29
2.2.3 Fabricação de chapas ................................................................................................. 31
2.2.4 Processos secundários - master, aparas e material de garrafão ............................. 33
2.3 RELATOS DE ACIDENTES ....................................................................................... 36
2.4 MATRIZ DE RELEVÂNCIA DE RISCO ................................................................... 36
3. AVALIAÇÃO DAS NORMAS REGULAMENTADORAS ................................... 40
3.1 NR 01 - DISPOSIÇÕES GERAIS ................................................................................ 42
3.2 NR 02 - INSPEÇÃO PRÉVIA ..................................................................................... 43
3.3 NR 03 - EMBARGO OU INTERDIÇÃO .................................................................... 43
3.4 NR 04 - SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E
EM MEDICINA DO TRABALHO .............................................................................. 43
3.5 NR 05 - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES .................... 45
3.6 NR 06 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ...................................... 50
3.7 NR 07 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL .. 57
3.8 NR 08 - EDIFICAÇÕES .............................................................................................. 62
3.9 NR 09 - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS ................... 63
3.10 NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 74
3.11 NR 11 - TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO
DE MATERIAIS. ......................................................................................................... 84
3.12 NR13 - CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO E TUBULAÇÕES ............................ 92
3.13 NR14 - FORNOS .......................................................................................................... 97
3.14 NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES ........................................... 99
3.15 NR16 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS ............................................. 103
3.16 NR 17 – ERGONOMIA ............................................................................................. 105
3.16.1 Avaliação ergonômica do setor de extrusão ........................................................... 108
3.17 NR 20 – SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO COM INFLAMÁVEIS E
COMBUSTÍVEIS ....................................................................................................... 118
3.18 NR 23 - PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS ......................................................... 119
3.19 NR 24 – CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE CONFORTO NOS LOCAIS DE
TRABALHO ............................................................................................................... 126
3.20 NR 25 - RESÍDUOS INDUSTRIAIS ......................................................................... 129
3.21 NR 26 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA ............................................................ 132
3.22 NR35 - TRABALHO EM ALTURA ......................................................................... 134
4. AVALIAÇÃO DE RISCOS RELATIVOS À OPERAÇÃO DE MÁQUINAS ... 137
4.1 APRESENTAÇÃO DAS MÁQUINAS ..................................................................... 137
4.2 ANÁLISE DE CONFORMIDADE QUANTO À NR 12 .......................................... 143
4.3 AVALIAÇÃO DOS ANEXOS DA NR12 ................................................................. 159
4.3.1 Meios de acessos permanentes – Anexo III ............................................................ 159
4.3.2 Injetoras de materiais plásticos - Anexo IX ........................................................... 160
5. FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES .................................................................... 163
5.1 ANÁLISE DAS PENALIDADES .............................................................................. 164
6. PLANO DE AÇÃO ................................................................................................... 167
6.1 PRIORIZAÇÃO DAS NORMAS USANDO O DIAGRAMA DE PARETO ........... 167
6.2 FERRAMENTA 5W2H.............................................................................................. 168
7. CONCLUSÃO ........................................................................................................... 202
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 204
17
1. INTRODUÇÃO
1.1 JUSTIFICATIVA
A redução dos recursos energéticos tem levado a busca por produtos que diminuam o
consumo de energia elétrica nas residências. Desse modo, o policarbonato tem se destacado,
sendo cada vez mais requisitado entre os consumidores devido as suas características de
resistência e beleza, gerando um aumento do interesse de novas empresas por este segmento
de produção. Portanto, a realização do estudo de caso visa o aprimoramento acadêmico e
20
prático frente aos requisitos legais de saúde e segurança ocupacional, assim como, contribuir
para a realização de ações corretivas e preventivas relacionadas às não conformidades
levantadas na empresa do objeto de estudo.
1.2 OBJETIVOS
1.3 METODOLOGIA
2. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA
Nesta seção apresenta-se a análise da empresa quanto aos seus processos, instalações
e depósitos de matérias primas, descrevendo as linhas de produção conforme os tipos de
produtos.
A BV Associados possui quatro linhas principais de produção que consiste na
extrusão da matéria prima (grânulos de resinas termoplásticas de policarbonato) no produto
final. Estes por sua vez são: a fabricação de telhas na linha 1, chapas na linha 2, venezianas na
3 e perfis conectores na 4. Os processos secundários consistem na fabricação do master,
apararas e separação granulométrica do material de garrafão utilizados no processo primário,
bem como corte de policarbonatos e conectores de alumínio.
São utilizadas máquinas extrusoras para a realização do processo de transformação
da matéria prima. Segundo a Abiplast (2016), a extrusão consiste em forçar a passagem
controlada do material plástico fundido através de um cilindro, e na sua saída o material é
comprimido em uma matriz com a forma desejada do produto.
A meta mensal de produção da BV Associados, bem como a sua capacidade
produtiva é de 42.000 toneladas de chapas de policarbonato, 7.700 toneladas de venezianas,
7.700 toneladas de telhas e 8.000 toneladas de perfil, que são operados em dois turnos, porém
o cumprimento da meta de produção fica a cargo da quantidade de pedidos recebidos.
A Figura 4 apresentada um croqui do layout atual do setor de produção, bem como a
disposição física das máquinas existentes na empresa.
26
que pode ocasionar acidentes devido à falta de espaço para circulação dos trabalhadores. A
Figura 9 evidencia o depósito de produto acabado.
Fumos Metálicos
manual de peso
Levantamento
Máquinas sem
Protozoários e
repetitividade
Nº Func.
Queimaduras
Radiação não
Arranjo físico
Monotônia e
peçonhentos
Esforço físico
Ferramentas
inadequadas
Trabalho em
inadequado
Eletricidade
Substâncias
inadequada
inadequado
transporte
Armazen.
ionizante
Bactérias
químicas
proteção
Vibração
Incêndio
Setor fS %
Animais
Postura
Quedas
intenso
Cortes
Poeira
Ruido
turno
Calor
Alimentação das
1 3 0 3 3 0 9 3 0 1 0 0 3 0 9 9 9 3 9 3 3 3 0 3 76 8%
máquinas
Expedição 1 0 0 0 1 0 0 0 0 3 0 0 3 9 3 3 3 0 1 0 1 9 0 0 36 4%
Manutenção
2 0 3 3 3 3 3 0 0 3 0 1 3 1 3 9 9 3 3 3 9 1 0 3 132 13%
mecânica
Laboratório 1 0 0 1 1 0 0 0 0 1 0 1 1 0 1 3 3 0 1 0 1 1 0 0 15 1%
Gerenciamento da
1 0 0 1 3 0 3 0 0 1 0 0 1 0 1 3 3 0 1 0 1 1 0 0 19 2%
produção
Serviços Gerais
1 1 0 0 1 0 0 0 1 1 0 0 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 0 13 1%
jardins
Serviços Gerais
1 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 1 0 1 0 1 0 0 0 1 1 0 1 8 1%
interno
ADM 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3 0 1 0 1 0 1 0 1 1 0 0 88 9%
NR 08 Edificações SIM
A NR02 em seu item 2.1, que os estabelecimentos devem solicitar a aprovação das
suas instalações aos órgãos regionais do Ministério do trabalho antes do inicio de suas
atividades.
Embora a BV não seja uma empresa nova, a NR02 é aplicada, pois o Certificado de
Aprovação de Instalações (CAI) deveria ser emitido no início das suas atividades, ou
conforme o item 2.4, quando ocorrem modificações substanciais nos equipamentos ou nas
instalações de seus estabelecimentos. O Art. 160 estabelece ainda que os estabelecimentos
que não atenderem esse disposto poderão ter o seu funcionamento impedido até o
cumprimento da exigência.
Entretanto, analisando a documentação da empresa BV Associados não ficou
evidenciado que a empresa possui o CAI ou ofício de Secretária Regional do Trabalho (SRT)
liberando a empresa de emissão desse documento em desacordo ao item 2.1.
formada por representantes dos trabalhadores que são eleitos em escrutínio secreto (item
5.6.2), e pelos representantes do empregador que são designados por ele (item 5.6.1).
O dimensionamento da CIPA inicia-se pelo enquadramento da relação entre o CNAE
com o correspondente agrupamento no quadro III da NR05. O CNAE 20.31.2 da BV
Associados enquadra-se no grupo (C-10-Químicos). O dimensionamento da CIPA é feito pelo
número total de funcionários regidos pela CLT, que são 20, pelo correspondente grupo (C-10-
Químicos). Esta análise pode ser evidenciada na Figura 23.
48
49
49
50
produtos químicos que devem ser mapeados e reconhecidos na avaliação qualitativa dos
riscos. Na Figura 26 são evidenciados os EPI sugeridos na Análise Global de 2016 da
empresa. É recomendado o uso do EPI como “se necessário”. Entretanto, se o trabalhador não
possuir uma boa percepção de risco, ele não saberá quando é necessário o seu uso.
Protetor auditivo,
Ruído 14235 14/03/2021 Válido
do tipo concha.
Protetor auditivo
Ruído do tipo plugue de 13027 28/02/2018 Válido
Físico
insersão.
Luva de proteção
contra agentes 30244 3/04/2017 Vencido
Calor
térmicos e 33311 31-07-2018 Válido
mecânicos.
Radiação não
Máscara de Solda 14199 09/12/2019 Válido
ionizante
Produtos
Respirador
Químicos químicos em x 12619 23/12/2017 Válido
descartável PPF2
Geral
Cinturão de
segurança com
35139 22/04/2019 Válido
talabarte e trava-
Trabalho em
quedas
altura
Cinturão tipo pára-
14540 11/09/2014 Vencido
quedista e talabarte
Luva de proteção
contra agentes 28590 25/04/2021 Válido
mecânicos
Agentes
Luva de cobertura 16072 25/05/2021 Válido
mecânicos
Luva Isolante de
Borracha 29773 02/03/2021 Válido
Classe 2 tipo II
Elétricidade CAPACETE
CLASSE A
12617 10/01/2014 Vencido
No capacete consta
classe B
Proteção dos Óculos de
9722 26/11/2017 Válido
Olhos e Face Segurança
Físico
Radiação não Máscara de Solda x
ionizante
Acidente
Cinturão tipo pára-quedista e
Trabalho em x x
talabarte
altura
Fonte: A autora, 2017
55
56
Calçado de segurança x x x x x x x x x
Luva de cobertura x
56
57
59
60
Tabela 10: Sugestão de exames médicos conforme os riscos das funções (Continuação)
Exames médicos
GHE Função Atividade Riscos Período Exame Admissional Exame Periódico Retorno ao Trabalho Exame demissional
Laboratório e
Engenheiro de auxílio na Físico (Ruído) Primeiro após 6 meses e depois Clínico/Audiometria
GHE05 Clínico/Audiometria Clínico/Audiometria Clínico/Audiometria
Produção supervisão da anualmente
produção
GHE08 Administração - Sem riscos específicos Anual Clínico Clínico Clínico Clínico
60
61
As ações de saúde realizadas durante o ano devem ser objeto de relatório anual
conforme o item 7.4.6. Analisando o último PCMSO com data de 06/12/2016, verificou-se a
inexistência do relatório anual, constando apenas o documento base do PCMSO. Identificou-
se ainda, que embora exista o cronograma de ações o mesmo não apresenta um planejamento
dos exames para o ano seguinte, em desacordo ao subitem 7.4.6 e ao item 7.4.6.1. Entretanto,
o PCMSO com data de revisão em 18/06/2016 possui o relatório anual. Nesse relatório anual
foi identificado durante a análise que um funcionário do setor de extrusão apresentou uma
anomalia em seu resultado de audiometria, sendo posteriormente realizados novos exames
audiométricos nesse funcionário. Esse fato demonstra que o Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais (PPRA) não é eficiente para o controle do ruído. Observou-se também que os
PCMSO da empresa em estudo não apresenta a data de vigência, constando apenas o início do
programa 19/06/2011 e a data de última revisão 06/12/2016. Recomenda-se colocar o período
de vigência no documento.
O relatório anual inclusive deve ser apresentado e discutido na CIPA, sendo sua
cópia anexada ao livro de atas daquela comissão conforme preconiza o subitem 7.4.6.2.
Porém, como a empresa não possui CIPA a mesma encontra-se em descumprimento a norma.
A BV Associados possui um kit de primeiros socorros, porém não está completo,
identificado como tal, guardado em local adequado e sob os cuidados de pessoa treinada para
este fim, em não conformidade ao item 7.5.1. Na Figura 29 é evidenciado o kit tático de
primeiros socorros da empresa e na Figura 30 é apresentado um modelo de caixa como
sugestão.
Figura 29: Parte interna do kit tático de primeiros socorros
3.8 NR 08 - EDIFICAÇÕES
A BV Associados não atende ao item 8.3.4, pois possui uma escada paralela ao
refeitório sem corrimão de proteção em desacordo também com a norma técnicas NBR 9077
63
O item 8.3.6 determina que deve ser adotada proteção adequada contra quedas em
andares acima do solo conforme as normas técnicas e legislações municipais, de modo a
atender as condições de segurança e conforto. Entretanto, não foi evidenciada na empresa em
estudo a presença de linha de vida para realização de serviços no telhado da empresa. É
recomendada a sua colocação, assim como o de ponto de ancoragem para maior segurança do
trabalhador.
9.1.5.3 (bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros) que podem
causar danos à saúde do trabalhador. O PPRA é importante, pois com base em sua avaliação
outros documentos, podem ser desenvolvidos como o PCMSO (NR07), Programa de
conservação auditiva (PCA), Atestado de Saúde Ocupacional (ASO), Programa de
conservação auditiva (PPR), Equipamentos de proteção coletiva (EPC), Laudo Técnico das
Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT) entre outros mostrados na Figura 33.
Julho/2016 uma Análise Global do PPRA (2015) conforme determina o item 9.2.1.1.
Entretanto, foi realizada apenas uma análise qualitativa, não sendo realizado o monitoramento
ambiental dos agentes encontrados no PPRA (2015) em não conformidade com o item 9.3.7.1
que dispõe sobre o monitoramento sistemático e repetitivo da exposição ao risco. Como a
empresa não possui uma CIPA constituída, não foi realizado a divulgação do PPRA para os
membros da CIPA em discordância ao item 9.2.2.1.
No PPRA (2015) não foram realizadas o reconhecimentos de todos os riscos
existentes na empresa em estudo. Constam no PPRA (2015) apenas os riscos Físicos (Ruído e
Calor) e quanto aos Químicos é apresentada apenas uma observação da necessidade de se
criar um inventário de produtos químicos. Entretanto, durante a inspeção observou-se a
existência riscos adicionais como: Físicos (Vibração das empilhadeiras, radiação não
ionizante durante a soldagem); Riscos Químicos: (MetilEtilCetona, Acetona, Diclorometano,
Dioctilftalato, gasolina para limpeza de peças de manutenção e fumos metálicos provenientes
da soldagem). Deve-se realizar a avaliação quantitativa dos agentes de risco para determinar
se os mesmos encontram-se acima dos limites de exposição definidos pela NR15. Desse
modo, a BV Associados não atende ao item 9.3.1 a e ao item 9.3.3 e as alíneas de “a – h” que
determinam que sejam feitas o reconhecimento de todos os riscos existente no ambiente
laboral. O novo PPRA deverá identificar os riscos químicos e físicos e comprovar a existência
ou inexistência dos conforme item 9.3.4 alínea “a”. A Tabela 11 foi feita baseada no PPRA
de Setembro/2015 da BV Associados evidenciando o reconhecimento apenas dos Riscos
(Físico e Calor).
66
66
67
Já na Análise Global (2016), as medidas de controle, no que tange aos EPI, são mais
bem definidas conforme determina o subitem 9.3.5.5 alínea “d”, especificando o tipo de EPI,
porém é colocado o uso de EPI como “Se necessário” como mostrado na Figura 26 (Página
50) na análise da NR06. O que pode ser tendencioso devido à falta de percepção de risco dos
trabalhadores do quando é necessário o uso.
Verificou-se durante as inspeções que a BV Associados apenas comprou alguns EPI.
O que vai contra a hierarquia das normas, que determina segundo o item 9.3.5.2 que a
empresa deve agir primeiro na fonte geradora. Medidas administrativas devem ser utilizadas
quando for tecnicamente inviável e comprovada a impossibilidade da implantação das
medidas de proteção coletiva e apenas em último recurso deve ser utilizado o EPI conforme
item 9.3.5.4. Como as medidas de proteção na fonte não foram implantadas e não foi
comprovada tecnicamente a sua inviabilidade, a empresa descumpre ao item (9.3.5.2, alíneas
“a, b e c”) e 9.3.5.4 da norma.
Embora a empresa em estudo forneça o EPI, o seu uso não é fiscalizado, levando aos
funcionários a nem sempre utilizá-los, em descumprimento a NR 06. A BV Associados
também não possui procedimentos e não realiza treinamentos informando aos trabalhadores
sobre a seu uso, guarda e conservação, de modo que não cumpre o proposto no seu próprio
PPRA em não conformidade ao item (9.3.5.5 alíneas “b” e “c”). Além do mais, os EPI
sugeridos no PPRA (2015) são dispostos de forma genérica, embora na Análise Global (2016)
mencione de modo mais específico como Protetor auditivo do tipo plugue de inserção ou de
concha. Porém, ambos os documentos não apresentam o número de CA dos EPI e o valor de
atenuação. Como o PPRA é realizado sempre pela mesma empresa de terceirização, a mesma
já deveria ter colocado a relação de EPI no documento, analisando sua eficácia em
descumprimento ao subitem (9.3.5.5 alíneas “a” e “d”).
A atenuação dos protetores auditivos são expressas em Noise Reduction Rating
subjecting fit (NRRsf) e ensaiados conforme norma American National Standards Institute
(ANSI) ANSI.S.12.6/1997 – Método B – Método do Ouvido Real – Colocação pelo Ouvinte.
Essa metodologia utiliza pessoas inexperientes ao uso de protetores para o ensaio, que devem
fazer a colocação baseada nas informações de instruções dos instrutores. Enquanto que a
metodologia Noise Reduction Rating (NRR) os ensaios são realizados por pessoas que
recebem auxílio para a colocação do EPI no momento do ensaio. O Protetor auricular do tipo
concha utilizado na BV Associado possui CA 14235 com atenuação de 21 dB (A) (NRRsf).
Analisando o maior nível de pressão sonora (NPS) detectado no PPRA (2015) de 84,8 dB (A)
70
(A), pode ser verificado que esse protetor atenua o NPS para 63,8 dB (A), que é abaixo do
Nível de Ação. Portanto, essa análise deveria ser apresentada no PPRA da BV Associados.
O subitem (9.3.1 alínea “f” e 9.2.1 alínea “c”) determina que a empresa divulgue os
dados do PPRA para os trabalhadores. Entretanto, não foram detectadas evidências da
divulgação do PPRA (2015) e nem da Análise Global (2016) em desacordo aos itens
supracitados da norma.
De acordo com o item 9.3.5.6 e o item (9.3.1 alínea “d”), o PPRA deve possuir
critérios de avaliação da eficácia das medidas de proteção adotadas. A empresa realiza esse
controle da eficácia por meio das avaliações médicas previstas no PCMSO conforme NR 07.
Entretanto, foi constado pela autora ao analisar o relatório anual de 2015, que existe sintoma
de doença ocupacional proveniente a exposição ao ruído em um dos funcionários. Esse fato
indica que, ou o funcionário não está utilizando o EPI, ou o mesmo é inadequado para a
intensidade do agente, ou o trabalhador está exposto a agentes ambientais fora do ambiente
laboral que está prejudicando a sua saúde. Ao analisar em campo tal situação, identificou-se
que os funcionários utilizam fone de ouvido em praticamente toda a jornada de trabalho. O
funcionário tenderá a colocar uma música com um volume de som, maior que o ruído
existente no ambiente de trabalho, o que provavelmente está levando a esse inicial sintoma de
perda auditiva. Cabe à empresa implantar medidas administrativas que visem melhorar a
prática do uso do EPI que naturalmente inibirá o uso de fone de ouvido.
O item 9.6.2 que para efeito de planejamento e execução do PPRA deve ser
considerado a percepção de riscos dos funcionários. Porém, a empresa não possui mapa de
risco, e não oferece treinamento sobre percepção de riscos para todos os trabalhadores
gerando descumprimento quanto ao item 9.6.2.
O PPRA (2015) não possui cronograma de metas e ações, apenas uma mesma data
máxima de Junho de 2016 para implantação de todas as medidas de controle. Já a Análise
Global possui o cronograma, porém as metas são colocadas de forma simplória e não
apresentam prioridades. Portanto, ambos estão em desacordo ao (item 9.2.1 alínea “a”) que
preconiza que o PPRA deve conter um planejamento anual com metas, prioridades e
cronograma estabelecidos.
A Tabela 13 evidencia o cronograma da Análise Global (2016), que não deixa
explícito quais medidas de controle deveriam ser implantadas, a priorização e o período de
registro e divulgação dos dados.
71
Entrega do documento de
Análise Global do PPRA
2016
Realização da Avaliação
quantitativa dos riscos
identificados.
Entrega, a empresa, do
documento de avaliação de
riscos ambientais.
Adequação da empresa as
medidas de controle
propostas no documento de
avaliações quantitativas dos
riscos do PPRA 2016.
Visita de reconhecimento de
riscos e eleboração da
Análise Global do PPRA.
Figura 34: Novo cronograma de metas e ações para Análise Global Vigência
em estudo inclusive não possui esquemas unifilares atualizados das suas instalações elétricas
com especificações do sistema de aterramento, dos equipamentos e dispositivos de proteção
em discordância ao item 10.2.3.
De acordo com o item 10.2.4, os estabelecimentos que possuem carga instalada
superior a 75 kW precisam constituir e manter atualizado o Prontuário de Instalações
Elétricas (PIE). O glossário da NR10 define o prontuário como um sistema organizado
necessário para conter informações pertinentes às instalações elétricas e aos trabalhadores.
A carga instalada na empresa objeto de estudo é de 320 kW, superior ao limite
especificado na norma de 75 kW. Entretanto, verificou-se a inexistência do PIE, de
procedimentos de segurança, sistema de proteção contra descargas atmosféricas e
aterramentos elétricos (SPDA), Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) e EPI para o
trabalhador. Verificou-se também a falta de capacitação e treinamentos para o funcionário
(Encarregado de Manutenção) que realiza a função de eletricista. Não foi identificado também
o resultado do teste de isolação elétrica dos EPC e EPI e os cronogramas das inspeções
técnicas. Desse modo, a empresa em estudo não atende ao item (10.2.4 e suas alíneas
“a,b,c,d,e,g”). Os documentos que compõem o PIE devem estar reunidos em pastas ou
fichários e devem ficar disponíveis aos trabalhadores conforme especifica o item 10.2.6 .
O subitem 10.2.8.2 especifica que deve ser realizada como medida de proteção
coletiva, a desenergização elétrica, e em sua impossibilidade o emprego de tensão de
segurança. Porém, somente é considerada desenergizada as instalações elétricas liberadas para
trabalho, mediante a realização dos procedimentos apropriados, desde que obedecidas às
alíneas do item 10.5.1.
a) seccionamento;
b) impedimento de reenergização;
c) constatação da ausência de tensão;
d) instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores dos
circuitos;
e) proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada
f) instalação da sinalização de impedimento de reenergização (Item 10.5.1, NR10,
criada em 1978 e atualizada em 2016).
Segundo entrevista não estruturada com o funcionário do setor elétrico, foi relatado
que os equipamentos são desligados apenas na chave, e que o funcionário verifica a ausência
de tensão, mas não faz o aterramento temporário e não utiliza sinalização para impedimento
de reenergização. Desse modo, o equipamento não pode ser considerado desenergizado,
77
segundo a NR10, estando em não conformidade ao item (10.5.1 e suas alíneas “a,b,d,e,f”), ao
subitem 10.2.8.2 e 10.2.8.1 por não possuir procedimento para a realização da atividade.
O funcionário do setor elétrico possui como EPC: vara de manobra, ferramentas
isoladas e um banco de madeira que segundo ele possui isolamento por ser de madeira.
Segundo o item 10.7.8, os equipamentos, dispositivos isolantes ou equipados com materiais
isolantes e ferramentas utilizadas no trabalho em alta tensão, devem ser submetidos a testes
elétricos ou ensaios de laboratório periódicos. O que não ocorre com o banco de madeira
gerando não conformidade ao item 10.7.8. A empresa em estudo deve adquirir equipamentos
de proteção coletiva como: Banqueta e tapete isolante, cone de sinalização. Além do mais,
recomenda-se realizar o aterramento temporário antes do início das atividades, assim como a
aquisição do dispositivo de proteção a corrente diferencial-residual também conhecidos como
dispositivos DR. Segundo a NBR5410 (2004), o dispositivo DR é um dispositivo de
seccionamento mecânico ou associação de dispositivos destinada a provocar a abertura de
contatos quando a corrente diferencial residual atingir um dado valor em condições
especificadas. O dispositivo DR oferece proteção pessoal contra choques elétricos perigosos
causados pelo contato direto ou indireto com a rede elétrica e também proteção de
equipamentos.
Na impossibilidade de fazer a desenergização do equipamento devem ser utilizadas
outras medidas de proteção coletiva, que segundo o subitem 10.2.8.2.1 podem ser: isolação
das partes vivas, obstáculos, barreiras, sinalização, sistema de seccionamento automático de
alimentação, bloqueio do religamento automático.
A BV Associados disponibiliza os seguintes EPI para o funcionário do setor elétrico:
capacete de Classe B, Luva Isolante de Borracha, Classe 2 tipo II e Luva de cobertura. O que
não é suficiente para a proteção do trabalhador, sendo necessária a aquisição de novos EPI
tais como: calçado de segurança para eletricista, vestimenta condutiva, macacão, capuz, calça,
manga de segurança, e capacete com visor, fabricados com material e tecidos especiais
adequados para proteção contra arco elétricos com as devidas comprovações dos testes e
aprovados pelo método de ensaio conforme a norma American National Standards Institute
(ANSI), ANSI 287.1.S e com Certificado de Aprovação. Desse modo, a empresa não atende
ao item 10.2.4 c, 10.2.9.1, e ao subitem 10.2.9.2 da norma.
Os funcionários do setor de manutenção elétrica utilizam adornos pessoais como
relógios e fumam durante a realização das atividades ou em suas proximidades, gerando
78
A empresa objeto de estudo não possui projeto dos circuitos elétricos, e os circuitos
não são devidamente identificados conforme determina o subitem 10.3.3.1. Como o projeto
não está a disposição dos funcionários e da fiscalização e não está sob a responsabilidade de
um profissional legalmente habilitado, também descumpre os itens 10.3.7 e 10.3.8. Além do
mais, não foi identificado o memorial descritivo conforme subitem 10.3.9 e a documentação
técnica que se encontra na seção de painéis está em italiano. Evidenciou-se que os
equipamentos possuem aterramento para acúmulo de eletricidade estática e choque elétrico
indireto em conformidade ao item 10.2.8.3. Entretanto, não possui o projeto do aterramento
em desacordo ao item 10.3.6. Os quadros de forças não têm dispositivo que impeça a
reenergização dos circuitos e a chave fica no local com fácil alcance dos funcionários em
discordância ao item 10.3.2, conforme Figura 41.
79
Figura 41: Quadro de força sem medida que impeça a reenergização do circuito elétrico
Na
Figura 42 é evidenciado que o sistema de bloqueio da porta do painel está emendado
com fita isolante, de modo precário, em não conformidade ao item 10.3.2. Esse item
determina que o projeto contenha ação de impedimento de reenergização do circuito. Além do
mais, os painéis não estão localizados em um espaço seguro, quanto ao dimensionamento e a
localização de seus componentes.
Figura 42: Sistema de bloqueio da porta do painel com emenda de fita isolante.
Figura 43: Painéis sem sinalização das áreas de circulação e próximos a produção.
empresa não possui hoje um profissional legalmente habilitado que responda pelas instalações
elétricas da empresa em não conformidade ao item 10.8.5, 10.8.6, 10.8.8 e 10.2.4 alínea “d”.
Recomenda-se a contração de um funcionário habilitado para responder pela empresa e
oferecer capacitação ao seu Encarregado de manutenção, enquanto a sua situação de
qualificação não for regularizada.
Ainda segundo os funcionários do setor elétrico, não são feitas ordem de serviço
conforme determina o item 10.11.2 e 10.7.4, Análise Previa da Atividade (APR) item 10.11.7,
e não existem procedimentos detalhados assinados por profissional autorizado para a
realização da atividade conforme os itens 10.11.1 e 10.11.4. O trabalho de manutenção dos
sistemas de alta tensão é feito em dupla, conforme determina a norma. Porém, não possui
equipamentos de comunicação permanente com outros funcionários durante a realização do
serviço em desacordo ao subitem 10.7.9.
Conforme o subitem 10.8.7, os trabalhadores autorizados e que realizarem serviços
nas instalações elétricas devem ser submetidos periodicamente a exame de saúde
correspondente a atividade desenvolvida conforme a NR 7. Entretanto, como a empresa não
realizou análise preliminar do Risco e o PPRA não apresenta o risco de acidente
(eletricidade), o PCMSO não exige os exames de saúde ocupacional para o trabalhador de
instalações elétricas em desacordo com o item 10.8.7.
As subestações externa e interna da BV Associado são consideradas, segundo a
NR10, como zona de risco. A empresa trabalha com uma faixa de tensão nominal da
instalação elétrica em 13,8 kV, o que exige um raio de delimitação entre zona de risco
(entorno de parte condutora energizada) de 0,38 metros e um raio de delimitação entre zona
controlada a zona livre de 1, 38 metros conforme anexo II da NR10. Na Figura 44 é exibida a
faixa que a empresa se enquadra.
Figura 44: Tabela de raio de delimitação de zonas de risco, controlada e livre.
possui duas empilhadeiras móveis, uma em operação e outra como substituta, uma ponte
móvel rolante uni-vigal e uma paleteira manual conforme mostrado na Figura 49, Figura 50 e
Figura 51.
Figura 49: Empilhadeira
A ponte móvel possui em local visível a sua carga máxima de trabalho permitida
conforme determina o subitem 11.1.3.2. Entretanto, o item 11.1.3.3 determina os
equipamentos destinados à movimentação do pessoal devem possui condições especiais de
87
segurança. Cabe lembrar que a NR11 deve ser analisada de forma conjunta e complementar a
todas as normas. A NR 22, embora não seja aplicada para este estudo, em seu subitem 22.7.2,
determina que equipamentos de materiais ou pessoas devam possuir dispositivos de bloqueio,
que impeçam o seu acionamento por pessoas não autorizadas. Essa condição é atendida pela
empresa em estudo, porém não existem dispositivos extras aos do próprio equipamento.
A Figura 53 mostra o controle (botoeira) da ponte rolante uni-viga usada para
operação de movimentação de cargas. Percebe-se que embora tenha o botão de emergência, os
botões são muito próximos e não apresenta a direção do movimento em descumprimento ao
item 12.94 d da NR12, pois a atividade fica passível de erro e acidentes ao esperar que o
trabalhador decore a sequência de botões.
Figura 53: Controle da ponte rolante
categoria A, portanto é habilitado conforme o item 11.1.6, pois a norma não especifica qual
categoria de carteira é habilitado. Além do mais, as duas empilhadeiras não transitam em vias
públicas, apenas na área interna da empresa. Entretanto é recomendada a exigência de carteira
B para os funcionários da função como medida de prevenção. A Figura 57 exemplifica como
deverá ser confeccionado o crachá de identificação dos operadores de empilhadeira e da
paleteira.
Figura 57: Sugestão de crachá de identificação dos operadores de empilhadeira e paleteira
A empresa possui quatro saídas de emergência no galpão e uma que permite acesso
ao prédio administrativo. Entretanto, alguns acessos à saída de emergência possuem acesso
limitado devido à disposição de carga armazenada e objetos, sendo contrário ao item 11.3.4 da
NR11, que determina que carga não deve dificultar o trânsito, a iluminação do ambiente e o
acesso às saídas de emergência. Os funcionários argumentaram a necessidade da proximidade
da carga ao silo misturador. Porém é necessário o armazenamento dos Big-Bags em locais que
não prejudique o acesso as saídas de emergência próximas ao moinho. A Figura 60 evidencia
a obstrução ao acesso da saída de emergência.
92
Segundo o item 13.5.1.2 alínea “c”, os vasos de pressão são classificados em grupos
de potencial de risco em função do produto P.V, onde P é a pressão máxima de operação em
MPa, em módulo, e V o seu volume em m³. Analisando a pressão máxima dos modelos SPR
4015 E SPR3010 existentes na empresa em estudo, verificou-se que a pressão máxima dos
compressores SRP 4015 é de 7,5 a 11 bar e volume de 230 litros. O que categoriza o vaso de
pressão na categoria do grupo 3 – P.V < 30 e P.V ≥ 2,5. A Figura 63 evidencia a categoria dos
vasos de pressão da empresa.
94
A NR14 em seu item 14.1, estabelece que os fornos devem possuir construção
sólida, com revestimento de material refratário, de modo que o calor radiante não
ultrapasse os limites de tolerância dispostos na NR 15.
A BV Associados possui um forno Elétrico para a secagem das matérias prima
utilizadas nos testes de laboratório que atende a norma regulamentadora NR14. A Figura 67
evidencia a parte interna e a Figura 68 externa do forno da empresa.
98
A NR16 em seu item 16.1 e o decreto lei 93. 412/86 consideram atividades perigosas
àquelas constantes no anexo da NR16, quando houve permanência habitual ou ingresso
intermitente e habitual em área de risco contendo eletricidade. O decreto e a norma
consideram equipamentos ou instalações elétricas em situação de risco aqueles de cujo
contato físico ou exposição aos efeitos da eletricidade possam resultar incapacitação,
invalidez permanente ou morte. Portanto, o anexo 4 da NR16 Atividades e Operações
Perigosas com Energia Elétrica aplica-se a empresa BV Associados, pois a empresa possui 2
subestações. A manutenção dessas subestações é realizada pelo Encarregado de Manutenção
da empresa em estudo. Chegam à subestação 13800 kV que reduzida pelo transformador se
torna 380 V e 220 V ou 440 V dependo da saída a ser usada pela empresa.
A Figura 69 mostra o interior da subestação, evidenciando o alto risco que o
funcionário está exposto e que já ocorreram incêndios dentro da subestação. Na inspeção a
subestação foi realizada juntamente com o funcionário responsável pela elétrica da empresa.
104
A BV Associados possui dois vigias contratados por uma empresa terceirizada que
realizam a sua Vigilância Patrimonial. Entretanto, a empresa em estudo não controla se a
terceirizada realiza o pagamento da periculosidade dos vigias conforme o anexo III da NR16.
O anexo II da NR16, “Atividades e operações perigosas com inflamáveis” não se
enquadra nas atividades da BV Associados, embora seja armazenada uma pequena quantidade
de acetona e metiletilcetona que são inflamáveis. Segundo o item 4.1 do anexo II, o manuseio,
a armazenagem e o transporte de líquidos inflamáveis em embalagens certificadas, simples,
compostas ou combinadas, desde que obedecidos os limites consignados no Quadro I
(tambores de metal que é a situação da empresa de 200 kg), independentes da quantidade não
caracterizam periculosidade, para fins de percepção de adicional. Na Figura 70 são mostrados
os tambores de 200 kg, armazenados no estoque.
Figura 70: Tambores com produtos armazenados no estoque
3.16 NR 17 – ERGONOMIA
os pés (17.3.4.), o computador utilizado é um notebook que não possui teclados independentes
e esta abaixo do campo de visão do trabalhador em não conformidade ao subitem 17.4.3
alínea “b”. A Figura 71 evidencia o funcionário do laboratório realizando a sua tarefa com
uma postura inadequada, o que pode provocar doenças ocupacionais como lombalgias em
descumprimento aos itens mencionados.
Conforme o subitem 17.3.5, bem como a NR12 em seu item 12.96, determina a
colocação de assentos de descanso em locais de atividades em pé. O setor de produção possui
assentos, porém não suficientes para o descanso dos trabalhadores durante os intervalos,
devendo providenciar para a demanda necessária. A Figura 72 exemplifica os trabalhadores
aguardando a chapa ser produzida em pé, encostados sobre as chapas já empilhadas, podendo
causar acidentes, arranhões etc.
107
No que tange aos equipamentos dos postos de trabalho quanto ao item 17.4,
identificou-se que a empresa disponibiliza mesas e assentos para os funcionários, porém
determinados postos de trabalhado possuem mobiliários ainda defasados mediante a outros,
necessitando de substituição.
Os locais onde são realizadas atividades que exijam atenção constante e solicitação
intelectual, tais como os setores administrativos devem ser atendidas as condições de conforto
solicitadas no item 17.5.2.
• Níveis de ruído de 65 dB (A) de acordo com o estabelecido na ABNT NBR
10152, norma brasileira registrada no INMETRO;
• Índice de temperatura efetiva entre 20ºC (vinte) e 23ºC (vinte e três graus
centígrados);
• Velocidade do ar não superior a 0,75m/s;
• Umidade relativa do ar não inferior a 40 (quarenta) por cento (Item 17.5.2, NR17
atualizada em 2007)
Nos ambientes supracitados foi evidenciada a medição do ruído apenas dentro do
laboratório conforme PPRA 2015 que é de 79,1 dB (A) não sendo constatadas medições no
setor administrativo. Embora o nível de ruído no laboratório esteja abaixo do nível de ação,
este está acima de 65 dB (A) determinado pela NBR 10152. Adicionalmente não foram
evidenciadas as medições para controle do índice de temperatura, velocidade do ar e umidade
relativa do ar, em desacordo com o subitem (17.5.2 alínea “a, b, c e d”), e dos níveis de
luminância dos ambientes da empresa conforme o subitem 17.5.3.3 e a NBR5413/ 1992.
Realizou-se uma sugestão para a empresa a Análise Ergonômica do setor de extrusão
da atividade de virada de chapa, onde foi utilizado o método National Institute for
108
Occupational Safety and Health (NIOSH). A adoção da virada de chapa foi escolhida devido
à alta repetitividade comparada as demais tarefas, o que pode ocasionar problemas
ergonômicos nos trabalhadores. A frequência da tarefa depende da espessura da chapa, (10
mm, 6 mm e 4 mm) a depender da especificação do cliente. Entretanto, recomenda-se a
empresa fazer a análise ergonômica do trabalho e as medições das condições ambientais da
empresa, pois realizou-se a análise de apenas uma tarefa.
Para realização do estudo foi utilizado o método National Institute for Occupational
Safety and Health (NIOSH) para o levantamento manual de cargas. O método NIOSH
fundamenta-se no conceito de que o risco de lombalgias aumenta com as demandas de
levantamento de carga associada à tarefa. O método baseia-se na equação NIOSH
determinada pela equação:
Equação 3: LPR = 23 kg x HM x VM x DM x AM x FM x CM
Distância horizontal entre a projeção sobre o solo do ponto médio entre as pegas da
carga e a projeção do ponto médio entre os tornozelos ν é representada por H. Para a fórmula
da equação NIOSH é utilizado o Fator de distância horizontal e o Multiplicador horizontal
(HM) identificado na Figura 74.
Figura 74: Fator de deslocamento Horizontal e multiplicador HM
O fator de altura vertical é a distância entre o ponto médio entre a pega da carga e o
ponto médio entre o calcanhar. Deve ser verificado tanto na origem quanto no destino da
tarefa. Utiliza o Multiplicador Vertical (VM) para a equação de NIOSH. A Figura 75
apresenta os valores a serem observado para determinação do multiplicador vertical.
Figura 75: Fator de altura e multiplicador vertical
Após a coleta dos dados e a devida atribuição a seus respectivos fatores, o limite de
peso recomendado para a realização de uma tarefa é definido por meio da equação NIOSH.
Considera tanto a origem quanto o destino do levantamento utilizando-se da seguinte equação
para a realização do cálculo:
Equação 4: LPR = 23 kg x HM x VM x DM x AM x FM x CM
113
Com base na detecção desse valor, é definido o Índice de Levantamento (IL), que é o
peso real do objeto pelo Limite de Peso Recomendado (LPR). O IL analisa o risco da tarefa,
sendo IL menor que 1 considerado como risco mínimo de lesão, IL entre 1 e 2: risco
aumentado ou moderado e por fim IL maior que 2 risco grande de lesão (NIOSH, 1994).
Foram realizadas duas avaliações, uma com o turno 1 e outra com o turno 2.
Analisou-se o turno 1 com as chapas de 9 kg, frequência de 6 minutos e espessura de
10 mm. Dois trabalhadores realizam a atividade simultaneamente e caminham dois passos
para o lado, o que ajuda a diminuir o risco. Considerou-se a pega como pobre, pois as chapas
não possuem local aderente para a pega. Além do mais, o peso faz com que o trabalhador
pegue no meio da chapa. A Tabela 17 apresenta os dados coletados em campo para a análise
da tarefa de virada da chapa com peso de 9 kg, para o turno 1.
114
A maioria dos trabalhadores pode realizar a A maioria dos trabalhadores pode realizar a
tarefa em questão sem risco! tarefa em questão sem risco!
Além disso, ocorre um rodízio de funcionários para a execução de virada de chapa quando o
funcionário do setor está realizando o monitoramento dos painéis das máquinas, o que reduz o
risco de doenças ergonômicas decorrentes da repetitividade. Existe no ponto de origem uma
mesa com plataforma elevatória que deve ser regulada para a altura adequada do trabalhador.
Portanto, conclui-se que o empilhamento em níveis mais baixos oferece risco ao trabalhador.
É recomendada a aquisição de outra mesa com plataforma elevatória onde possam ser
colocadas as chapas empilhadas, de modo que mantenha o nível de empilhamento sempre a
altura do trabalhador. Na Figura 84 é mostrada a mesa de elevação existente na empresa no
ponto de origem e que pode ser usado como referência para a aquisição de outra mesa a ser
colocada no ponto de destino.
de 100 m2, com uma distância máxima para o alcance do operador de 10 metros. Conforme
seção I Art. 82 devem ser adotada a classificação de incêndio de acordo com o material a
proteger.
I - Classe “A” - Fogo em materiais comuns de fácil combustão (madeira,
pano, lixo e similares);
II - Classe “B” - Fogo em líquidos inflamáveis, óleos, graxas, vernizes e
similares;
III - Classe “C” - Fogo em equipamentos elétricos energizados (motores,
aparelhos de ar condicionado, televisores, rádios e similares);
IV - Classe “D” - Fogo em metais pirofóricos e suas ligas (magnésio,
potássio, alumínio e outros) (NR23, criada em 1978 e atualizada em 2011).
O piso abaixo do extintor deve possuir uma área de 1 m2 pintada em vermelho e não
poderá ser ocupada conforme determina o COSCIP capítulo III, seção IX (1976). Porém,
durante as inspeções foram identificados extintores sem a devida marcação no piso conforme
mostrado na Figura 91.
Figura 91: Extintores sem demarcação e com as saída obstruída
Capítulo XIX: do COSCIP (1976). Além de disso, também não foi identificado sinalização
das saídas de emergência em não conformidade ao item 23.3.
A NBR 14276 de 2006 dispõe sobre orientações com relação à formação da brigada
de incêndio. Observou-se durante as inspeções que a empresa não possui brigada de incêndio,
em descumprimento a norma. Conforme anexo C, tabela C.1 o setor de administração se
enquadra dentro de escritórios, divisão D1, grau de risco médio, com uma população fixa por
pavimento de até 10 funcionários. Portanto, o setor administrativo deverá possuir 4
brigadistas, com treinamento em nível intermediário conforme tabela A.1 anexo A. Já o setor
operacional, se enquadra na ocupação industrial, divisão I-2, grau de risco médio, com uma
população fixa 13 funcionários no setor operacional. Portanto, a operação deverá possuir 7
brigadistas também com nível intermediário de treinamento.
O item 5.5 da NBR 14276 de 2006 estabelece ainda que devem ser previstos um ou
mais pontos de encontro dos brigadistas que devem ser locais seguros e protegidos dos efeitos
de um possível sinistro, para distribuição das tarefas conforme o item 4.2 da mesma NBR.
Recomenda-se a utilização do outro lado da avenida a frente da empresa como ponto de
encontro em caso de sinistro.
italiano ou Inglês, conforme pode ser visto na Figura 101 em desacordo ao item 26.1.1 e
26.1.4.
Figura 101: Sinalização dos riscos das máquinas em italiano
desacordo ao item 35.3.1, 35.3.2. Além do mais, não são realizados exames complementares
para verificação de aptidão do funcionário para o trabalho em altura em descumprimento aos
subitens 35.4.1.2 e o 35.4.1.2.1.
A empresa objeto de estudo não possui APR do trabalho em altura em desacordo ao
item 35.4.5 e 35.4.5.1. Essa APR deveria estar sob supervisão conforme item 35.4.3,
considerando as influências externas (35.4.4), com procedimentos (35.4.6.1) e procedida de
inspeção em conforme item (35.5.6.2, a, b). Durante a manutenção do telhado e da ponte
móvel, não é utilizado o sistema de ancoragem com linha de vida como medida de controle
em desacordo aos itens 35.4.2, 35.5.1 e 35.5.2 e suas alíneas.
As atividades da BV Associados não são rotineiras, os trabalhos em altura devem ser
realizados sob autorização mediante Permissão de Trabalho (PT). Entretanto, não é realizada
a PT em descumprimento aos subitens 35.4.7.1, 35.4.8.1, 35.4.8.2 e item 35.4.8 da norma.
Por fim, a BV Associados não possui uma equipe para respostas em caso de
emergências para trabalho em altura em discordância ao item 35.6.
137
Silos: São utilizados para a alimentação da matéria prima e mistura do material antes
do processo de extrusão. A Figura 109 mostra um dos silos da linha de produção.
Serra de alumínio: Usada para o corte de placas de alumínio que são fixadas à telha
de policarbonato. A Figura 113 apresenta a serra de alumínio usada pelos funcionários.
Figura 117: Espaço ao redor das máquinas obstruído por cabos e com pouco espaço ao redor das máquinas
Figura 121: Funcionário passando debaixo da carga transportada pelo pontículo móvel
Figura 126: Painel da máquina sem sinalização sobre os perigos de choque elétrico.
prolongado, e que o mesmo atingiu a sua capacidade máxima de prolongação. O item 12.38.1
explica que devem ser verificadas todas as alternativas existentes e comprovada a sua
inviabilidade técnica. A Figura 128 evidencia o local onde se encontra o cabeçote.
“d”, “e”). A Figura 132 realça o dispositivo existente que é insuficiente para a proteção do
trabalhador.
Figura 132: Dispositivo de intertravamento insuficiente para a proteção do trabalhador
Segundo o item (12.48 alínea “d”, “e”, “i”, “l”) e o item 12.54, as proteções devem
ser projetadas e construídas para não criar pontos de esmagamento ou agarramento com partes
da máquina ou outras proteções, de modo a impedir o acesso à zona de perigo. Porém,
algumas proteções fixas apresentam espaço para a inserção de membros superiores como
mãos e dedos, além do mais nesse espaço encontra-se uma lâmina de corte soerguida o que
poderia causar cortes em situação de reparos da manutenção. Na Figura 133 é exibe à lâmina
de corte soerguida constantemente, sendo que a mesma deveria abaixar quando não estivesse
em funcionamento. Já na Figura 134 se evidencia uma lâmina reserva afiada.
Figura 136: Escada alta sem medidas de proteção, travessão superior e rodapé
mãos esticadas com uma postura inadequada em descumprimento ao item 12.95 alínea “d” e
12.96. Existem ainda em desacordo ao item 12.99 cantos vivos na empresa com risco de
cortes.
As manutenções corretivas e preventivas devem ser registradas segundo o item
(12.112 alíneas “a,b,c,d,e,f,g,h”), com cronograma, data, serviços realizados, peças
substituídas, condições do equipamento em termos de segurança e o nome do executante da
manutenção. Entretanto, não são realizadas manutenção preventivas, apenas corretivas, em
desacordo aos itens supracitados, e aos itens 12.111 e 12.111.1 pela ausência do plano de
manutenção.
O profissional que realiza a manutenção das máquinas e equipamentos não possui
curso de capacitação em desacordo ao item 12.113, porém é formalmente autorizado pelo
empregador a realizar a atividade. A empresa em estudo não possui sistema de bloqueio
como cartões, que impeçam a reenergização dos maquinários durante a manutenção em
discordância ao item (12.113 alíneas “b” e “c”). E os funcionários do setor não possuem
treinamentos como forma adicional de prevenção não atendendo o item 12.113 alínea “d”.
Muitos equipamentos da BV Associados não possui sinalização de segurança em
desacordo ao item (12.116), muitas estão apagadas e de difícil compreensão em
descumprimento ao item (12.117 alínea “a,b,c” e 12.119 alínea “b”). A sinalização encontra-
se em italiano e em inglês, em divergência aos itens (12.118, 12.119 alínea “a”). A Figura 139
comprova a sinalização de segurança em italiano. Já a Figura 140 evidencia a falta de
sinalização e proteção do eixo que gira frequentemente, podendo causar um acidente, em
desacordo ao item 12.119.1 e 12.120 pela falta de especificação técnica nos equipamentos.
Figura 139: Sinalização da máquina em italiano
Esse anexo aplica-se a empresa em estudo por ser o mais próximo dos riscos
existentes nas extrusoras, em decorrência da semelhança com o sistema de funcionamente das
injetoras.
Considerando o anexo IX da NR12 para efeito de levantamento das não
conformidades, foram encontrados os seguintes desvios que devem ser tratados.
O cilindro de plastificação da extrusora da BV associados não possui etiqueta com
indicação de alta temperatura em desacordo ao item (1.2.3.1) conforme exibido na Figura 142.
Figura 142: Cilindro aquecido sem etiqueta indicando alta temperatura com risco de queimadura
As áreas de descarga das telhas e perfis não possuem proteção na calha de saída de
modo a impedir que o trabalhador acesse a zona de perigo em não conformidade ao item
(1.2.5.1 e 1.2.5.1.1) do anexo IX. Existe o risco de esmagamentos das mãos do operador na
possível tentativa de puxar um perfil conforme pode ser visto na Figura 143 e Figura 144.
161
5. FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES
Gráfico 2: Distribuição das multas em relação ao valor máximo por norma regulamentadora
Fonte: A autora, 2017
Gráfico 3: Distribuição da quantidade de não conformidade com os valores mínimos e máximos por NR
Fonte: A autora, 2017
desvios corresponde a 31%. (R$ 303.720,74) de um valor total máximo de multas possíveis
de serem aplicadas de R$ 977.801,49 analisando todas as NR. As NR02 e 04 são aplicadas,
porém não possuem multas para os itens levantados conforme a NR28.
Por fim, o Gráfico 4 de pizza exibe as multas com relação ao seu grau de infração.
Analisando os dados, observa-se 42% do total de multas aplicáveis são de grau de infração
IG2 e 36 % de IG3. Esses dados indicam que a maioria das infrações aplicáveis a BV
Associados são do tipo moderado a grave, o que aumenta o valor das multas.
6. PLANO DE AÇÃO
Este capítulo visa priorizar as não conformidades identificadas por meio do diagrama
de Pareto, assim como apresentar uma sugestão de plano de ação baseado na metodologia
5W2H para a correção dos problemas identificados.
Um plano de ação foi criado baseado na ferramenta 5W2H. Entretanto, How much
não será utilizado devido à falta de informações sobre os custos, sendo utilizada a ferramenta
no estudo como 5W1H. Para a elaboração do plano de ação foram adotadas em resposta a
pergunta What (O que) as não conformidades identificadas no estudo. Para a pergunta How
(Como) são apresentadas sugestões de como sanar os problemas encontrados. Já para Who
(Quem) irá executar a ação, são colocados os funcionários responsáveis por solucionar os
desvios dentro da empresa em estudo. A justificativa do motivo pela resolução da não
conformidade é apresentada no campo Why (Porque). E por fim, em resposta a pergunta When
(Quando), é utilizada com os seguintes prazos de cumprimento para as ações:
Imediato: Implantação imediata;
Curto prazo: Período de implantação em até 3 meses;
Médio prazo: Entre 3 meses e 12 meses;
Longo prazo: Entre 12 e 24 meses.
Tabela 22: Plano de ação usando a ferramenta como 5W1H para a BV Associados
Item O que Como Por que Onde Quando Quem
NR
Tabela 22: Plano de ação usando a ferramenta como 5W1H para a BV Associados (Continuação)
Item O que Como Por que Onde Quando Quem
NR
170
171
Tabela 22: Plano de ação usando a ferramenta como 5W1H para a BV Associados (Continuação)
Item O que Como Por que Onde Quando Quem
NR
A empresa não possui CIPA Constituir CIPA na empresa e apresentar Para informar ao trabalhador se os Curto
7.4.6.2 Diretoria
constituída. para a mesma o relatório anual riscos estão afetando a sua saúde. prazo
CIPA
Toda
Falta de matériais de primeiros empresa
socorros suficiente para o Providenciar kit de primeiros socorros e Realizar o atendimento de
7.5.1 atendimento inicial e treinamento para o funcionário responsável primeiro socorros em caso de Imediato Diretoria
inexistência de profissional pelo atendimento em caso de emergência. acidentes. Financeiro
treinado para o atendimento.
O piso do galpão possui
Para evitar quedas de mesmo nível Médio Diretoria/
8.3.1 deformações, saliências e Nivelar o piso do galpão de produção.
nos trabalhadores. prazo Financeiro
obstáculos.
Escada paralela a cozinha está Prevenir quedas dos Médio Diretoria/
8.3.4 Colocar corrimão para a escada.
NR08 sem proteção de corrimão. trabalhadores. prazo Financeiro
Falta de pontos de ancoragem Para evitar quedas e morte dos
Providenciar linha de vida para o telhado e Curto Diretoria/
8.3.6 ou linha de vida pra trabalhadores durante os trabalhos
demais trabalhos em altura. prazo Financeiro
manutenção no telhado. em altura.
Fonte: A autora, 2017
171
172
Tabela 22: Plano de ação usando a ferramenta como 5W1H para a BV Associados (Continuação)
Item O que Como Por que Onde Quando Quem
NR
172
173
Tabela 22: Plano de ação usando a ferramenta como 5W1H para a BV Associados (Continuação)
Item O que Como Por que Onde Quando Quem
NR
173
174
Tabela 22: Plano de ação usando a ferramenta como 5W1H para a BV Associados (Continuação)
Item O que Como Por que Onde Quando Quem
NR
174
175
Tabela 22: Plano de ação usando a ferramenta como 5W1H para a BV Associados (Continuação)
Item O que Como Por que Onde Quando Quem
NR
NR (What) (How) (Why) (Where) (When) (Who)
Providenciar a sinalização adequada para
Foi verificado que a empresa não impedir a reenergização das instalações Prevenção de acidentes Diretor/
10.2.8.2 possui sinalização adequada para o elétricas. devido a reenergização dos Manutenção
impedimento da reenergização. Utilizar sinalização de bloqueio, cartões de equipamentos. elétrica.
identificação de bloqueio.
Banqueta isolante, tapete isolante, cone de
Subestações,
sinalização, dispositivo DR para interromper
equipamentos,
as correntes de fuga.
e paineis
Colocar cadeado nos painéis. Diretor/
Para proteger os elétricos.
Faltam medidas de proteção coletiva Colocar lâmpada de sinalização nas botoeiras Financeiro
10.2.8.1 trabalhadores de acidentes
dos painéis para indicar se a máquina está Terceirizada
que podem levar a morte.
ligada. SST
Colocar capa protetora nos fusíveis. Curto
NR10 Identificar todos os painéis com o nível de prazo
tensão.
175
176
Tabela 22: Plano de ação usando a ferramenta como 5W1H para a BV Associados (Continuação)
Item O que Como Por que Onde Quando Quem
NR
176
177
Tabela 22: Plano de ação usando a ferramenta como 5W1H para a BV Associados (Continuação)
Item O que Como Por que Onde Quando Quem
NR
177
178
Tabela 22: Plano de ação usando a ferramenta como 5W1H para a BV Associados (Continuação)
Item O que Como Por que Onde Quando Quem
NR
178
179
Tabela 22: Plano de ação usando a ferramenta como 5W1H para a BV Associados (Continuação)
Item O que Como Por que Onde Quando Quem
NR
Não foi detectado na empresa o Criar um plano de emergência citando as Orientação do trabalhador Curto
10.12.1
plano de emergência ações com serviços em eletricidade. em caso de emergência. prazo
179
180
Tabela 22: Plano de ação usando a ferramenta como 5W1H para a BV Associados (Continuação)
Item O que Como Por que Onde Quando Quem
NR
Identificar o
Diretor/
Recomenda-se a carteira de categoria B; funcionário
11.1.6 Os operadores não possuem cartão de Gerente de
Providenciar o cartão de identificação do responsável pela Empilhadeira/ Curto
NR11 11.1.6.1 identificação, com data da validade do ASO, produção/
trabalhador, com a data do último periódico empilhadeira e Galpão prazo
12.146 com nome e fotografia em lugar visível. Terceirizada
médico e validade de até 1 ano após essa data. adequação quanto à
SST
NR11.
Fonte: A autora, 2017
180
181
Tabela 22: Plano de ação usando a ferramenta como 5W1H para a BV Associados (Continuação)
Item O que Como Por que Onde Quando Quem
NR
Preservação da saúde e
Redessenhar um novo layout para o
Material armazenado próximo as estruturas da integridade dos Pátio/ Curto
NR11 11.3.3 armazenamento das cargas, especialmente dos
laterais do prédio. trabalhadores e Galpão prazo Diretor/
perfis de alumínio.
atendimento à NR 11. Gerente de
produção/
Terceirizada
Disposição da carga dificultando o trânsito, a SST
Novo rearranjo físico ou do Layout para o Obter fácil acesso as Pátio/
NR11 11.3.4 iluminação, e o acesso às saídas de Imediato
armazenamento dos Big - Bags. saídas de emergência. Galpão
emergência.
181
182
Tabela 22: Plano de ação usando a ferramenta como 5W1H para a BV Associados (Continuação)
Áreas de circulação obstruídas por Providenciar um novo layout com As áreas obstruídas podem Curto
bags, equipamentos esperando áreas de circulação e colocar os causar choques elétricos com prazo
12.6.2
instalação, equipamentos obsoletos e equipamentos obsoletos para um novo cabos energizados, queda de
cabos das máquinas. local. mesmo nível entre outros.
182
183
Tabela 22: Plano de ação usando a ferramenta como 5W1H para a BV Associados (Continuação)
Item O que Como Por que Onde Quando Quem
NR
NR (What) (How) (Why) (Where) (When) (Who)
Delimitar uma distância mínima suficiente
Os espaços ao redor das máquinas não para a movimentação do trabalhador ao O acesso reduzido e com obstrução
estão adequados e sinalizados, possuindo redor das máquinas e equipamentos para a entre as máquinas pode resultar em
12.8
obstrução no caminho para se chegar a realização da tarefa. quedas, queimaduras e choques
máquina. Colocar os cabos em caixas de passagem elétricos nos operadores.
subterrâneas.
As máquinas estão muito próximas, A dificuldade de movimentação
podendo causar queimaduras devido ao Mudar o layout das máquinas, de modo a corporal pode fazer com que o
12.8.1 Curto
funcionário encostar de forma inesperada aumentar o espaço entre os equipamentos. funcionário esbarre acidentalmente
nas máquinas. vindo a causar queimaduras. prazo
183
184
Tabela 22: Plano de ação usando a ferramenta como 5W1H para a BV Associados (Continuação)
Item O que Como Por que Onde Quando Quem
NR
NR (What) (How) (Why) (Where) (When) (Who)
As ferramentas manuais estão
Providenciar o armazenamento adequado Pode causar cortes durante a
12.10 desorganizadas, de forma a dificultar a sua
das ferramentas manuais e eletricas. procura de uma ferramenta.
identificação.
Curto
Colocar os equipamentos estacionários
Para evitar queda de materiais prazo
Transporte e movimentação área de carga fora da área de circulação da ponte móvel;
12.13 sobre o operador, funcionários e
sobre as máquinas e trabalhadores. Delimitar a área de circulação da ponte
nos equipamentos.
móvel.
Usar mangotes e luvas para evitar Evitar queimaduras nos braços dos
Cabeçote da extrusora possui parte quente
12.38 queimaduras dutante a realização da operadores durante a troca do
exposta sem medida de proteção.
atividade. cabeçote.
184
185
Tabela 22: Plano de ação usando a ferramenta como 5W1H para a BV Associados (Continuação)
185
186
Tabela 22: Plano de ação usando a ferramenta como 5W1H para a BV Associados (Continuação)
Item O que Como Por que Onde Quando Quem
NR
NR (What) (How) (Why) (Where) (When) (Who)
Colocar sensor de desligamento
Possibilidade de esmagamento das automático em caso de inserção das
12.48 d, e Evitar esmagamento de mãos.
mãos na granuladora. mãos dentro das partes perigosas da
máquina.
12.48 i A proteção não impede
Impedir acesso a zona de
12.48 j completamente o acesso a zona de
12.48 l Melhorar as proteções das máquinas. perigo da máquina, evitando
perigo.
cortes na mão dos operadores.
12.54 Faltam proteções coletivas.
Curto
Falta de projeto, diagrama ou
Criar diagrama esquemático dos prazo
representação esquemática dos Prevenir acidentes devido a
sistemas das máquinas, com
12.55 sistemas de segurança de máquinas, falta de treinamento dos
respectivas especificações técnicas
com respectivas especificações operadores e eletricistas. Diretoria/
em língua portuguesa.
técnicas em língua portuguesa. Galpão/ Gerente de
NR12
Pátio produção
A empresa não possui documentação Constituir os manuais e diagramas em Manutenção
Evitar acidentes nas máquinas e
técnica exigida sob responsabilidade língua portuguesa sob
12.55.1 equipamentos pela falta de
de um profissional legalmente responsabilidade de um profissional
proteção.
habilitado. habilitado com registro no CREA.
186
187
Tabela 22: Plano de ação usando a ferramenta como 5W1H para a BV Associados (Continuação)
Item O que Como Por que Onde Quando Quem
NR
NR (What) (How) (Why) (Where) (When) (Who)
Escada de acesso sem materiais
(12.68
antiaderentes, obstruídas e instaladas
a, b, c,d )
em locais propícios a acidentes.
187
188
Tabela 22: Plano de ação usando a ferramenta como 5W1H para a BV Associados (Continuação)
Item O que Como Por que Onde Quando Quem
NR
NR (What) (How) (Why) (Where) (When) (Who)
12.94 f Evitar falhas operacionais
Botões dos painéis das máquinas estão Providenciar a tradução das informações devido a erros de leitura
12.95 c em Italiano. contidas nos painéis. ocasionados pela diferença
12.113 f de idioma.
Colocar o esmeril a uma altura adequada Evitar problemas lombares
O esmeril fica em um local muito
12.95 d à altura do trabalhador e fazer análise na coluna cervical dos
baixo para a altura do trabalhador. Curto
ergonômica do trabalho. trabalhadores.
prazo
Falta de espaço entre o posto de
Rearranjo do espaço físico do posto de Prevenir acidentes do
12.98 trabalho, dificultando a movimentação
trabalho trabalho.
corporal do trabalhador.
188
189
Tabela 22: Plano de ação usando a ferramenta como 5W1H para a BV Associados (Continuação)
Item O que Como Por que Onde Quando Quem
NR
NR (What) (How) (Why) (Where) (When) (Who)
12.111 Não são realizadas manutenções Utilizar um sistema informatizado
preventivas nas máquinas, apenas para controle das manutenções Controle dos processos de
12.111.1
corretivas. Não existem corretivas e preventivas. manutenção e prevenção
planejamento e controles de Criar um livro de manutenção, ordem de acidentes e doenças do
12.112 a, b, c,
periodicidade das manutenções de serviço e programação de trabalho.
d, e, f, g, h
corretivas. manutenção preventiva e corretiva.
189
190
Tabela 22: Plano de ação usando a ferramenta como 5W1H para a BV Associados (Continuação)
Item O que Como Por que Onde Quando Quem
NR
NR (What) (How) (Why) (Where) (When) (Who)
12.125
12.126
Inexistência dos manuais na maioria
12.126.1
das máquinas e os que existem
12.127 Reconstituir os manuais inexistentes ou Médio
encontram-se em italiano.
a, b, c, d extraviados em lingua portuguesa. prazo
Não foram reconstituídos os manuais
12.128
inexistentes ou extraviados.
(a,b,c,d,e,f,g,h,
i,j,k,l,m,n,o,p)
12.130
Falta de procedimentos de segurança Evitar riscos de acidentes
12.130.1 Criar procedimentos especificos para as
específicos das tarefas e das inspeções devido a falta de
tarefas.
12.131 de segurança ao início do turno. conhecimento sobre as
Diretoria/
máquinas.
12.132.1 Inexistência de OS - Ordem de Criar ordem de serviços para os serviços Gerente e
Galpão/
NR12 a,b, c, d serviço dos equipamentos. realizados. Engenheiro
Pátio Curto
de produção
12.136 prazo
Falta de treinamento antes de assumir Oferecer treinamentos de NR12, NR10, SST
a função e quanto aos riscos oriundos NR11, NR06, NR35 para os
12.138 a
da atividade. trabalhadores antes de assumir a função.
12.144 Não são realizados cursos de
Providenciar curso de reciclagem para
reciclagem periodicamente e quando
12.144.1 os trabalhadores
há alteração das instalações.
12.147.1
Os operadores de extrusora não Providenciar o curso de capacitação Médio
a, b,c,d,e,
possuem curso de capacitação. para os operadores de extrusão. Evitar acidentes e doenças prazo
f,g,h,i.
ocupacionais e
Utilização de materiais e produtos
Substituir a gasolina por outro produto atendimento a NR12.
12.148 inadequados como a gasolina para Imediata
para limpeza das peças.
limpeza de peças.
Fonte: A autora, 2017
190
191
Tabela 22: Plano de ação usando a ferramenta como 5W1H para a BV Associados (Continuação)
13.5.2.2 a As saídas dos vasos de pressão não são Realizar a sinalização do local e a
sinalizadas e possuem obstruções. desobstrução das saídas.
Fonte: A autora, 2017
191
192
Tabela 22: Plano de ação usando a ferramenta como 5W1H para a BV Associados (Continuação)
Item O que Como Por que Onde Quando Quem
NR
NR (What) (How) (Why) (Where) (When) (Who)
13.5.2.5 Não existe a planta baixa do
estabelecimento com o Providenciar a planta do posicionamento
Médio
posicionamento de cada vaso de dos vasos de pressão no estabelecimento
13.5.2.6 prazo
pressão e medidas de atenuação com as medidas de atenuação dos riscos.
dos riscos.
192
193
Tabela 22: Plano de ação usando a ferramenta como 5W1H para a BV Associados (Continuação)
Item O que Como Por que Onde Quando Quem
NR
NR (What) (How) (Why) (Where) (When) (Who)
A empresa não possui placa de Criação do prontuário e da placa de Curto
13.5.4.14 Para evitar
identificação e nem prontuário atualizado. identificação nos vasos de pressão prazo
acidentes
Inexistência de um plano de inspeção envolvendo as
considerando os fluidos transportados, a tubulações dos
13.6.1.1 pressão de trabalho, a temperatura Providenciar um plano de inspeção e um vasos de pressão Médio
(a, b, c, d, e) ambiente, os mecanismos de danos programa para as tubulações e atendimento prazo
previsíveis e as consequências em casos de da NR13.
falhas das tubulações.
Risco grave e
Falta de projeto da tubulação e dispositivo Providenciar o projeto com a inclusão iminente e de
13.6.1.2 Diretoria/
indicador de pressão de operação na de um dispositivo de verificação de interdição Imediato
13.6.1.3 Gerente de
tubulação. pressão na tubulação. parcial das Tubulação
produção/
NR13 atividades. dos vasos
Manutenção
de pressão.
/
Inexistência de documentação do sistema
SST
de tubulação, fluxogramas de engenharia
13.6.1.4
com a identificação das linhas e dos Para evitar
(a,b,c, d )
acessórios, o PAR e os relatórios de Providenciar um programa periódico de acidentes
inspeção. inspeção da tubulação dos vasos de envolvendo as
Curto
pressão e o relatório da inspeção da tubulações dos
13.6.1.6 prazo
tubulação e e deixá-lo a disposição para vasos de pressão
13.6.3.9 Falta do programa de inspeção periódica e os trabalhadores e para a fiscalização. e atendimento
(a, b, c, d, e, do relatório de inspeção da tubulação e de da NR13.
f, g, h, i, j) disponibilização dessa documentação para
13.6.3.9.1 a fiscalização e os trabalhadores.
13.6.3.10
Fonte: A autora, 2017
193
194
Tabela 22: Plano de ação usando a ferramenta como5W1H para a BV Associados (Continuação)
Item O que Como Por que Onde Quando
NR
NR (What) (How) (Why) (Where) (When)
194
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Tabela 22: Plano de ação usando a ferramenta como 5W1H para a BV Associados (Continuação)
Item O que Como Por que Onde Quando Quem
NR
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Tabela 22: Plano de ação usando a ferramenta como 5W1H para a BV Associados (Continuação)
Item O que Como Por que Onde Quando Quem
NR
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201
7. CONCLUSÃO
no diagrama de Pareto é possível observar que as maiorias das não conformidades estão
concentradas nas NR12, 35, 10, 05 e 13 correspondendo a 80% das não conformidades, sendo
fundamentais e prioritárias as suas adequações para a minimização dos perigos e riscos
existentes na empresa.
Criou-se um plano de ação baseado na ferramenta 5W1H, para a adequação da BV
associados, onde foi constatado que a maioria das não conformidades são de curto prazo com
período de implantação de até 3 meses e que devem ser implantadas em sua maioria com o
aval da direção, o que denota a importância da liderança na implantação de políticas de
segurança na empresa.
A prevenção e adoção de medidas que minimizem os riscos de acidentes e doenças
do trabalho não devem ser adotadas apenas em função de evitar penalidades quanto ao
descumprimento das normas. E sim para garantir a preservação da vida e a integridade física
dos funcionários que é o foco principal da Segurança do Trabalho.
O descumprimento dos quesitos das normas de saúde e segurança pode levar a BV
Associados a diversas penalidades cabíveis a serem aplicadas em caso de fiscalização, que
pode chegar à interdição das atividades da empresa. O que geraria prejuízos financeiros
decorrente da interrupção da produção. Já a implementação de medidas preventivas e de
controle podem reduzir os riscos de interdição da empresa, evitar mortes, acidente do trabalho
e processos trabalhistas.
Portanto, observa-se que a BV Associados está em um estágio reativo quanto à
maturidade da cultura de segurança, pois são realizadas ações apenas após o acontecimento. A
empresa deve deixar esse estágio de remediação e seguir para o proativo onde procura se
antecipar a ocorrência dos problemas. Entretanto, observa-se que a empresa em estudo está
disposta a mudar esse cenário, já sendo perceptíveis mudanças no comportamento dos
funcionários, realização de alguns treinamentos e o enclausuramento do moinho durante o
projeto. Além do mais, a autorização para a realização desse trabalho representa o ponto
inicial para essa mudança de cultura na empresa.
Por fim, vale lembrar que a segurança do trabalho não é feita apenas pelo setor de
segurança, mas sim por todos os funcionários. A alta hierarquia da empresa torna se fator
fundamental para a segurança física, social e moral da empresa, pois compete a ela a
aplicabilidade e poder de fiscalização da segurança do trabalho, de modo a criar na empresa
uma cultura e consciência de segurança entre os seus colaboradores.
204
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