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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO

ICEB - DEPARTAMENTO DE QUÍMICA

EXERCÍCIO 1– PROCESSOS INDUSTRIAIS ORGANICOS-QUI291

EXERCICIO AVALIATIVO EM GRUPO DE TRÊS ALUNOS

5 PONTOS EM 100 PONTOS-REMOTO

PROFESSORA: VIVIANE MARTINS

UTILIZE O ESPAÇO DESTA FOLHA


Turma:11
Giovanna Medeiros
Alunos
Rodrigo Satlher Data:20-01-2021

1) Explique o fluxograma do processo industrial orgânico da indústria


carboquímica. Detalhe os produtos que estão saindo, temperatura e cada
processo. (2,5 PONTOS)

1. Forno de coque
2. Condensador/ resfriador primário
3. Exaustor
4. Precipitador eletrostático/extrator final do alcatrão
5. Saturador
6. Decantador
7. Cristalizador
8. Resfriador final
9. Torre de lavagem
Descrição do processo:
Inicialmente o carvão betuminoso (aquele que é coqueificável) passa por um processo
de pré-tratamento, que consiste na britagem e peneiramento do mineral. Em seguida, o
carvão é destinado ao forno de coque (Processo 1), local onde ocorre a pirólise do
carvão, ou seja, o aquecimento do mesmo a altas temperaturas que variam de 450 a 700º
C, ou > 700º C quando se deseja maiores quantidades de produtos gasosos.
As correntes de saída do forno indicam os 2 produtos obtidos, acima do forno temos a
corrente de saída do gás de coqueria, e abaixo a corrente de saída do coque (resíduo
sólido do processo). Em sequência, o gás de coqueria passa por um canal coletor, onde é
pulverizado com solução diluída de amônia. O gás passa do coletor para um
condensador e resfriador primário (Processo 2) a uma temperatura próxima a 74º C.
Nesta etapa o gás é resfriado pela água até 29º C. Em seguida, o gás passa para um
exaustor (Processo 3) onde é comprimido, fazendo então com que a fração pesada de
alcatrão condense e decante, neste momento a temperatura do gás é elevada para 49º C
durante a compressão. O gás segue então para um extrator final de alcatrão, ou chamado
precipitador eletrostático (Processo 4), onde ocorre a decantação do alcatrão por contato
com a superfície metálica. Ao sair do precipitador eletrostático, o gás ainda possuir uma
fração de amônia e 95% do óleo leve que tinha ao sair do forno. Dando sequência ao
processo, o gás é conduzido para um saturador (Processo 5), onde então a amônia será
absorvida por contato com o ácido sulfúrico, formando sulfato de amônio. No (Processo
7), ocorre a cristalização do sulfato de amônio, a água de entrada auxilia neste processo
e também na lavagem. O ácido sulfúrico retorna para o saturador retorna para o
saturador e os cristais são destinados a uma torre de secagem ou um evaporador para
que o sal úmido seja seco. O gás deixa o saturador, a uma temperatura de 60º C segue
para um resfriador final (Processo 8), onde é lavado com água de resfriamento até
atingir a temperatura de 24º C. Neste processo há uma separação parcial do naftaleno,
que sai na corrente abaixo do resfriador, pois é arrastado pelas águas de lavagem e
posteriormente recuperado. O gás que deixa o resfriador final é destinado para uma torre
de lavagem de benzol ou lavador de óleo leve (Processo 9), por onde circula a 24º C
uma fração pesada do petróleo, chamada óleo straw ou óleo de alcatrão. Este óleo de
lavagem é pulverizado no topo da torre, enquanto o gás sobe por ela (em fluxo contra-
corrente). Desta forma os óleos benzolizados são extraídos e obtidos na corrente de base
enquanto o gás de coqueria é obtido na corrente de topo.
O (Processo 6) representa um decantador. O decantador recebe a fração que vem do
separador de alcatrão. Um separador de alcatrão é responsável pela separação do
alcatrão (que é destinado para a fábrica) do licor de lavagem. Portanto, o decantador é
necessário para se retirar o alcatrão residual e reciclar o licor de lavagem.

2) Explique o fluxograma de destilação do alcatrão e indique os produtos obtidos.


(2,5 PONTOS)

1. Bombeamento e filtração (remoção de impurezas)


2. Trocador de calor “vapor de refluxo-alcatrão”
3. Trocador de calor “piche-alcatrão”
4. Coluna de destilação
5. Coluna de Fracionamento
6. Retorta tubular a calor radiante (alcatrão + piche)

Descrição do processo:
Inicialmente o alcatrão bruto passa pelo (Processo 1) de bombeamento e filtração para
remoção de impurezas. Em seguida passa para um primeiro trocador de calor (Processo
2), onde troca calor com vapor de refluxo, seguindo ainda mais quente para um segundo
trocador de calor (Processo 3), neste processo o alcatrão troca calor com o piche líquido
para elevar mais a sua temperatura, nesta etapa o piche que perde calor sai com a
temperatura mais baixa é armazenado. O alcatrão mais quente segue então para uma
coluna de destilação (Processo 4) onde é feita a separação dos vapores arrastados, que
são direcionados para uma coluna de fracionamento (Processo 5), da mistura composta
pela fração pesada de alcatrão, e esta é direcionada para uma retorta (Processo 6). A
retorta é utilizada para aquecer o alcatrão que não foi volatilizado, e retorna-o para a
coluna de destilação. O piche que sai da coluna de destilação é reutilizado no segundo
trocador de calor do (Processo 3) e também é armazenado. Os vapores arrastados na
coluna de destilação seguem para a coluna de fracionamento (Processo 5) onde são
separadas por diferença de ponto de ebulição (PE) as frações do alcatrão, sendo assim,
os produtos mais leves são obtidos pelo topo e os mais pesados, de maior (PE) e massa
molar, são obtidos pela base da coluna. No topo da coluna há uma saída de água para o
condensador de refluxo, que é reutilizada como vapor de refluxo no primeiro trocador
de calor (Processo 2). Há queima do gás/óleo na retorta para manter a temperatura
aproximadamente em 400º C.
Os produtos obtidos são indicados pelas correntes e suas composições são as seguintes:
• Corrente 1: Óleos leves BTX
• Corrente 2: Óleos carbólicos Fenol
• Corrente 3: Óleos médios Cresóis, naftaleno
• Corrente 4: Óleos pesados Fluoreno, acenafteno, óleo straw(óleo de lavagem)
• Corrente 5: Óleo de antraceno Fenantreno, antraceno
• Corrente 6: Resíduos de piche

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