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Para maximizar o preço da acção, o administrador financeiro precisa saber avaliar duas
determinantes fundamentais: risco e retorno. Cada decisão financeira apresenta determinadas
características de risco e retorno e a combinação dessas características afecta o preço da
acção. O risco pode ser encarado em relação a um activo individual ou a uma carteira (uma
colecção, ou grupo de activos). Trataremos dos dois aspectos, começando pelo risco de um
activo individual. Primeiro, contudo, é importante apresentar alguns conceitos básicos sobre
risco, retorno e preferências em relação ao risco.
Definição de risco
Em sua acepção mais simples, risco é a chance de perda financeira. Activos que apresentam
maior chance de perda são considerados mais arriscados do que os que trazem uma chance
menor. Em termos mais formais, risco é usado de forma intercambiável com incerteza em
referência à variabilidade dos retornos associados a um determinado activo. Uma obrigação
de tesouro de $ 1.000 que garante ao portador $ 5 de juros após 30 dias não representa
qualquer risco porque não há variabilidade associada ao retorno. Um investimento de $ 1.000
nas acções ordinárias de uma empresa que, nos mesmos 30 dias, pode render de $ 0 a $ 10, é
de alto risco devido à elevada variabilidade de seu retorno. Quanto mais próximo da certeza
estiver o retorno de um activo, menor sua variabilidade e, em consequência, menor seu risco.
Tipos de risco
Risco diversificável / Risco não sistemático – é um tipo de risco que a empresa pode
minimizado pela diversificação;
Risco não diversificável / risco sistemático – é um tipo de risco que a empresa não tem
como minimizar porque não depende de factores internos da organização mas sim é
um risco de mercado.
Definição de retorno
É claro que, se vamos avaliar o risco com base na variabilidade do retorno, precisamos estar
certos de que sabemos o que é e como se mede o retorno. Retorno é o ganho ou prejuízo total
que se tem com um investimento ao longo de um determinado período de tempo. Costuma ser
medido como distribuições de caixa durante o período mais a variação de valor, este, expresso
como percentagem do valor do investimento no início do período. Geralmente se define a
expressão de cálculo da taxa de retorno obtida sobre qualquer activo em qualquer período t, rt,
como
𝐶𝑡 + 𝑃𝑡 − 𝑃(𝑡 − 1)
𝑟𝑡 =
𝑃(𝑡 − 1)
onde:
Resolução
Coqueror (c)
Demolition (d)
Embora o valor de mercado da Demolition tenha caído durante o ano, seu fluxo de caixa
proporcionou uma taxa de retorno mais elevada do que a da Conqueror no mesmo período.
Evidentemente, o impacto combinado do fluxo de caixa e da variação de valor, medido pela
taxa de retorno, é importante.
A maioria dos administradores é avessa ao risco; para um dado aumento do risco, eles exigem
um aumento do retorno. Tendem a ser conservadores, em vez de agressivos, ao aceitar risco
em nome de sua empresa. Assim, o restante do texto presume um administrador financeiro
avesso ao risco que exige maiores retornos para compensar um maior risco.
2. Risco de um activo individual
2.1.Avaliação de risco
Podemos usar análise de cenários e distribuições de probabilidades para avaliar o nível geral
de risco incorporado num determinado activo.
2.2.Análise de cenários
2.3.Distribuições de probabilidades
Além de sua amplitude, o risco de um activo pode ser medido quantitativamente por meio de
estatísticas. Aqui, trataremos de duas estatísticas — o desvio -padrão e o coeficiente de
variação — que podem ser usadas para medir a variabilidade dos retornos dos activos.
O indicador estatístico mais comum de risco de um activo é o desvio -padrão, σr, que mede a
dispersão em torno do valor esperado. O valor esperado de um retorno, ou r, é o retorno
mais provável de um activo. É calculado da seguinte forma:
ṝ = ∑ 𝑟𝑗 ∗ 𝑃𝑟𝑗
𝑗−1
Onde
rj = retorno para o j o resultado (retorno em cada instante)
Prj = probabilidade de ocorrência do j o resultado
n = número de resultados considerados
Fórmula de retorno médio para eventos certos (quando todos os resultados, rj, são
conhecidos e se presume que as probabilidades a eles relacionadas sejam iguais.
∑𝑛𝑗−1 𝑟𝑗
ṝ=
𝑛
3. Coeficiente de variação
O coeficiente de variação, CV, consiste em uma medida de dispersão relativa que é útil na
comparação dos riscos de activos com diferentes retornos esperados. A Equação a seguir dá a
expressão do coeficiente de variação:
𝜎
𝐶𝑉 =
ṝ
Quanto mais alto o coeficiente de variação, maior o risco e, portanto, maior o retorno
esperado.
O Risco no Tempo
O risco cresce quanto maior for o tempo, ou quando o tempo cresce. Está pois na relação
directa com o tempo.
Em outras palavras o desvio padrão dos retornos sobre o portefólio de activos pode ser menor
que a soma dos desvios dos retornos dos activos individuais.
Quando os retornos da usina de aço são grandes, os da construção residencial são pequenos e
vice-versa. Como consequência, a taxa de retorno combinada é relativamente estável.
Ora, se qualquer um dos dois projectos, A e B, tem um alto grau de correlação negativa, então
a tomada dos dois projectos reduz o risco global da empresa, Isto é, produz-se o efeito Porta –
fólio.
Efeito Portefólio
É a redução do risco global pelo facto de tomar dois ou mais investimentos com grau de
correlação negativa (quer seja activas financeiras quer seja reais).
Assim, se o grau de correlação de A e B, é positiva não haverá significativa redução de risco.
O retorno de uma carteira é dado pela média ponderada dos retornos dos ativos individuais
que a compõem.
𝑛
ṝ𝑝 = ∑ 𝑊𝑗 ∗ 𝑟𝑗
𝑗=1
onde
É claro que ∑n j=1, wj = 1, o que significa que 100% dos ativos da carteira devem ser
incluídos no cálculo.
O desvio padrão dos retornos de uma carteira é encontrado aplicando-se a fórmula do desvio
padrão de um só ativo mas tendo em conta os retornos da carteira.
𝜎𝑝 = √∑(𝑟𝑝 − ṝ𝑝)2 ∗ 𝑃𝑗
𝑗=1
4.2.Correlação
Correlação é uma medida estatística da relação entre duas séries de números quaisquer. Os
números podem representar dados de qualquer espécie, de retornos a notas de provas. Se duas
séries se movem na mesma direção, elas são positivamente correlacionadas. Quando se
movem em direções opostas, são negativamente correlacionadas.
O grau de correlação é dado pelo coeficiente de correlação, que varia entre +1 para séries
perfeita e positivamente correlacionadas e –1 para séries perfeita e negativamente
correlacionadas. As séries que apresentam correlação perfeitamente positiva movem-se
exatamente da mesma maneira; as perfeita e negativa-mente correlacionadas movem-se em
direções exatamente opostas.
𝐶𝑜𝑣(𝑖, 𝑗)
𝐶𝑜𝑟(𝑖, 𝑗) =
𝜎𝑖 ∗ 𝜎𝑗
Onde:
Conclusão
Nos anteriores, vimos como o portfólio pode ou não reduzir o risco e, por conseguinte
minimizar a taxa de retorno esperada. Este fenómeno tem implicações importantes nas taxas
de retorno requeridas.
O Modelo CAPM É um modelo desenvolvido que serve para analisar as relações existentes
entre o risco e as taxas de retorno de activos quando estão agrupados num portefólio bem
diversificado. Compara, pois o risco do mercado e a taxa de retorno requerido.
“a media que o risco aumenta são exigidos maior retornos sobre o investimento para
compensar o risco adicional”
Sobre o Modelo CAPM, o risco de um activo é medido em função do seu beta (ß). E, como
tal, é considerado risco relevante
SLM
Nestas circunstâncias o Prémio de Risco (PRi) é definido como a diferença entre a taxa de
retorno exigida por um activo de risco específico e a taxa de retorno de um activo sem risco
multiplicado por ß.
Para ilustrar: uma companhia siderúrgica pode decidir diversificar em materiais para
construções residenciais. Ela sabe que quando a economia está crescendo, a demanda por
acção é alta e os retornos da usima de aço são grandes. A construção residencial, por outro
lado, tende ser contra-cíclica: quando a economia como um todo esta em recessão, a demanda
por materiais de construção é alta. Pelo facto de que esses padrões cíclicos são divergentes,
uma empresa diversificada com investimentos em aço e construção pode esperar ter um
padrão de receitas estável do que outra engajada exclusivamente no sector siderúrgico ou no
de construção residencial.
Em outras palavras o desvio padrão dos retornos sobre o portefólio de activos pode ser menor
que a soma dos desvios dos retornos dos activos individuais.
Quando os retornos da usina de aço são grandes, os da construção residencial são pequenos e
vice-versa. Como consequência, a taxa de retorno combinada é relativamente estável.
Ora, se qualquer um dos dois projectos, A e B, tem um alto grau de correlação negativa, então
a tomada dos dois projectos reduz o risco global da empresa, Isto é, produz-se o efeito Porta –
fólio.
Efeito Portefólio
É a redução do risco global pelo facto de tomar dois ou mais investimentos com grau de
correlação negativa (quer seja activas financeiras quer seja reais).
Assim, se o grau de correlação de A e B, é positiva não haverá significativa redução de risco.
O retorno de uma carteira é dado pela média ponderada dos retornos dos ativos individuais
que a compõem.
ṝ𝑝 = ∑ 𝑊𝑗 ∗ 𝑟𝑗
𝑗=1
onde
É claro que ∑n j=1, wj = 1, o que significa que 100% dos ativos da carteira devem ser
incluídos no cálculo.
O desvio padrão dos retornos de uma carteira é encontrado aplicando-se a fórmula do desvio
padrão de um só ativo mas tendo em conta os retornos da carteira.
𝑛
𝜎𝑝 = √∑(𝑟𝑝 − ṝ𝑝)2 ∗ 𝑃𝑗
𝑗=1
5.2.Correlação
Correlação é uma medida estatística da relação entre duas séries de números quaisquer. Os
números podem representar dados de qualquer espécie, de retornos a notas de provas. Se duas
séries se movem na mesma direção, elas são positivamente correlacionadas. Quando se
movem em direções opostas, são negativamente correlacionadas.
O grau de correlação é dado pelo coeficiente de correlação, que varia entre +1 para séries
perfeita e positivamente correlacionadas e –1 para séries perfeita e negativamente
correlacionadas. As séries que apresentam correlação perfeitamente positiva movem-se
exatamente da mesma maneira; as perfeita e negativa-mente correlacionadas movem-se em
direções exatamente opostas.
𝐶𝑜𝑣(𝑖, 𝑗)
𝐶𝑜𝑟(𝑖, 𝑗) =
𝜎𝑖 ∗ 𝜎𝑗
Onde:
Conclusão
4. Se projectos correlacionados de forma perfeitamente negativa estão disponíveis em
suficiente número então a diversificação pode eliminar completamente o risco. Uma
correlação perfeitamente negativa é, entretanto, jamais encontrada no mundo real.
5. Se projectos não correlacionados estão disponíveis em suficiente numero, então a
diversificação pode reduzir significativamente o risco – o zero no limite.
6. Se todos os projectos alternativos são correlacionados de forma perfeitamente positiva,
então a diversificação não reduz o risco como um todo.
Nos anteriores, vimos como o portfólio pode ou não reduzir o risco e, por conseguinte
minimizar a taxa de retorno esperada. Este fenómeno tem implicações importantes nas taxas
de retorno requeridas.
O Modelo CAPM É um modelo desenvolvido que serve para analisar as relações existentes
entre o risco e as taxas de retorno de activos quando estão agrupados num portefólio bem
diversificado. Compara, pois o risco do mercado e a taxa de retorno requerido.
“a media que o risco aumenta são exigidos maior retornos sobre o investimento para
compensar o risco adicional”
Sobre o Modelo CAPM, o risco de um activo é medido em função do seu beta (ß). E, como
tal, é considerado risco relevante
SLM
Nestas circunstâncias o Prémio de Risco (PRi) é definido como a diferença entre a taxa de
retorno exigida por um activo de risco específico e a taxa de retorno de um activo sem risco
multiplicado por ß.