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Os coronavírus são uma grande família de vírus comuns em muitas espécies diferentes de
animais, incluindo o homem, camelos, gado, gatos e morcegos. Raramente os coronavírus de
animais podem infectar pessoas e depois se espalhar entre seres humanos como já ocorreu
com o MERS-CoV e o SARS-CoV-2. Até o momento, não foi definido o reservatório silvestre do
SARS-CoV-2.
A infecção pelo SARS-CoV-2 pode variar de casos assintomáticos e manifestações clínicas leves,
até quadros moderados, graves e críticos, sendo necessária atenção especial aos sinais e
sintomas que indicam piora do quadro clínico que exijam a hospitalização do paciente. De
forma geral, os casos podem ser classificados em:
Caso assintomático
Caracterizado por teste laboratorial positivo para covid-19 e ausência de sintomas. Caso leve:
caracterizado a partir da presença de sintomas não específicos, como tosse, dor de garganta
ou coriza, seguido ou não de anosmia, ageusia, diarreia, dor abdominal, febre, calafrios,
mialgia, fadiga e/ou cefaleia.
Caso moderado
Os sintomas mais frequentes podem incluir desde sinais leves da doença, como tosse
persistente e febre persistente diária, até sinais de piora progressiva de outro sintoma
relacionado à covid-19 (adinamia, prostração, hiporexia, diarreia), além da presença de
pneumonia sem sinais ou sintomas de gravidade
Caso grave
Caso crítico
Complicações
Embora a maioria das pessoas com covid-19 desenvolvam sintomas leves (40%) ou moderados
(40%), aproximadamente 15% podem desenvolver sintomas graves que requerem suporte de
oxigênio e, cerca de 5% podem apresentar a forma crítica da doença, com complicações como
falência respiratória, sepse e choque séptico, tromboembolismo e/ou falência múltipla de
órgãos, incluindo lesão hepática ou cardíaca aguda e requerem cuidados intensivos.
Como é transmitido
A transmissão acontece de uma pessoa doente para outra ou por contato próximo por meio
de:
Gotículas de saliva;
Espirro;
Tosse;
Catarro;
Diagnóstico
Diagnóstico clínico
O quadro clínico inicial da doença é caracterizado como Síndrome Gripal (SG). O diagnóstico
pode ser feito por investigação clínico-epidemiológica, anamnese e exame físico adequado do
paciente, caso este apresente sinais e sintomas característicos da covid-19. Deve-se considerar
o histórico de contato próximo ou domiciliar nos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais
e sintomas com pessoas já confirmadas para covid-19.
Também se deve suspeitar de casos clínicos típicos sem vínculo epidemiológico claramente
identificável.
Essas informações devem ser registradas no prontuário do paciente para eventual investigação
epidemiológica. As características clínicas não são específicas e podem ser similares àquelas
causadas por outros vírus respiratórios, que também ocorrem sob a forma de surtos e,
eventualmente, circulam ao mesmo tempo, tais como influenza, parainfluenza, rinovírus, vírus
sincicial respiratório, adenovírus, outros coronavírus, entre outros.
Diagnóstico laboratorial
O diagnóstico laboratorial pode ser realizado tanto por testes de biologia molecular, sorologia
ou testes rápidos.
Sorologia: detecta anticorpos IgM, IgA e/ou IgG produzidos pela resposta imunológica do
indivíduo em relação ao vírus SARS-CoV-2, podendo diagnosticar doença ativa ou pregressa. As
principais metodologias são: Ensaio Imunoenzimático (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay –
Elisa), Imunoensaio por Quimioluminescência (Clia) e Imunoensaio por
Eletroquimioluminescência (Eclia).
Testes rápidos: Estão disponíveis dois tipos de testes rápidos, de antígeno e de anticorpo, por
meio da metodologia de imunocromatografia. O teste rápido de antígeno detecta proteína do
vírus em amostras coletadas de naso/orofaringe, devendo ser realizado na infecção ativa (fase
aguda) e o teste rápido de anticorpos detecta IgM e IgG (fase convalescente), em amostras de
sangue total, soro ou plasma.
Diagnóstico de Imagem
Observações
Segundo o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), quando indicada,
o protocolo é de uma TC de alta resolução (TCAR), se possível com protocolo de baixa dose. O
uso de meio de contraste endovenoso, em geral, não está indicado, sendo reservado para
situações específicas a serem determinadas pelo radiologista.
Como se proteger
Entre as medidas indicadas pelo MS, estão as não farmacológicas, como distanciamento social,
etiqueta respiratória e de higienização das mãos, uso de máscaras, limpeza e desinfeção de
ambientes, isolamento de casos suspeitos e confirmados e quarentena dos contatos dos casos
de covid-19, conforme orientações médicas.
Distanciamento social
Limitar o contato próximo entre pessoas infectadas e outras pessoas é importante para reduzir
as chances de transmissão do SARS-CoV-2. Principalmente durante a pandemia, devem ser
adotados procedimentos que permitam reduzir a interação entre as pessoas com objetivo de
diminuir a velocidade de transmissão do vírus.
Trata-se de uma estratégia importante quando há indivíduos já infectados, mas ainda
assintomáticos ou oligossintomáticos, que não se sabem portadores da doença e não estão em
isolamento.
Além disso, recomenda-se a manutenção de uma distância física mínima de pelo menos 1
metro de outras pessoas, especialmente daquelas com sintomas respiratórios e um grande
número de pessoas (aglomerações) tanto ao ar livre quanto em ambientes fechados.
Garantir uma boa ventilação em ambientes internos também é uma medida importante para
prevenir a transmissão em ambientes coletivos. Segundo o CDC19 e a OMS20, aglomerações
representam um risco alto para disseminação do SARSCoV-2. Para isso, considera-se o
aglomerado de várias pessoas num mesmo local, onde se torna difícil para as pessoas
permanecerem a pelo menos um metro de distância entre elas.
Quanto mais pessoas interagem durante este tipo de evento e quanto mais tempo essa
interação durar, maior o risco potencial de infecção e disseminação do vírus SARS-CoV-2.
Lugares ou ambientes que favorecem a aglomeração de pessoas devem ser evitados durante a
pandemia.
O vírus também pode ser transferido de uma superfície para outra por meio das mãos
contaminadas, o que facilita a transmissão por contato indireto. Consequentemente, a
higienização das mãos é extremamente importante para evitar a disseminação do vírus
causador da covid-19. Ela também interrompe a transmissão de outros vírus e bactérias que
causam resfriado comum, gripe e pneumonia, reduzindo assim o impacto geral da doença.
Etiqueta respiratória
Cobrir nariz e boca com lenço de papel ou com o antebraço, e nunca com as mãos ao tossir ou
espirrar. Descartar adequadamente o lenço utilizado.
Evitar tocar olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas. Se tocar, sempre higienize as mãos
como já indicado.
Manter uma distância mínima de cerca de 1 metro de qualquer pessoa tossindo ou espirrando.
Evitar abraços, beijos e apertos de mãos. Adote um comportamento amigável sem contato
físico.
Higienizar com frequência os brinquedos das crianças e aparelho celular. Não compartilhar
objetos de uso pessoal, como talheres, toalhas, pratos e copos.
O uso universal de máscaras em serviços de saúde deve ser uma exigência para todos os
trabalhadores da saúde e por qualquer pessoa dentro de unidades de saúde, independente
das atividades realizadas. Todos os trabalhadores da saúde e cuidadores que atuam em áreas
clínicas devem utilizar máscaras cirúrgicas de modo contínuo durante toda a atividade de
rotina.
As máscaras não devem ser usadas por crianças menores de 2 anos ou pessoas que tenham
dificuldade para respirar, estejam inconscientes, incapacitadas ou que tenham dificuldade de
remover a máscara sem ajuda. Recomenda-se lavar as mãos antes de colocar a máscara,
colocando-a sobre o nariz e a boca, prendendo-a sob o queixo.
A pessoa deve ajustar a máscara confortavelmente pelas laterais do rosto, e certificar-se que
consegue respirar normalmente. As máscaras não devem ser colocadas em volta do pescoço
ou na testa, e ao tocá-la, deve-se lavar as mãos com água e sabão ou álcool em gel 70% para
desinfecção. Para pessoas sintomáticas recomenda-se o uso de máscaras cirúrgicas como
controle da fonte.
Se eu ficar doente
Se estiver doente, com sintomas compatíveis com a COVID-19, tais como febre, tosse, dor de
garganta e/ou coriza, com ou sem falta de ar, evite contato físico com outras pessoas,
incluindo os familiares, principalmente, idosos e doentes crônicos, Procure imediatamente os
postos de triagem nas Unidades Básicas de Saúde / UPAS ou outras unidades de saúde..
Se for preciso cozinhar, use máscara de proteção, cobrindo boca e nariz todo o tempo.
Depois de usar o banheiro, nunca deixe de lavar as mãos com água e sabão e sempre limpe
vaso mantendo a tampa fechada, pia e demais superfícies com álcool, água sanitária ou outro
produto recomendado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa - para
desinfecção do ambiente.
Separe toalhas de banho, garfos, facas, colheres, copos e outros objetos apenas para seu uso.
Evite compartilhar sofás e cadeiras e realize limpeza e desinfecção frequente com água
sanitária ou álcool 70% ou outro produto recomendado pela Agência Nacional de Vigilância
Sanitária – Anvisa.
Mantenha a janela aberta para circulação de ar do ambiente usado para isolamento e a porta
fechada, limpe a maçaneta frequentemente com álcool 70%, água sanitária, ou outro produto
recomendado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa.
Caso o paciente não more sozinho, recomenda-se que os demais moradores da residência
durmam em outro cômodo, seguindo também as seguintes recomendações:
Mantenha a distância mínima de 1 metro entre a pessoa infectada e os demais moradores.
Limpe os móveis da casa frequentemente com água sanitária, álcool 70% ou outro produto
recomendado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa.
Se uma pessoa da casa tiver diagnóstico positivo, todos os moradores devem ficar em
distanciamento conforme orientação médica.
Serviço de Saúde