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Aula 05

Gestão Pública p/ DETRAN-SP (Agente Estadual de Trânsito) Com


videoaulas
Rodrigo Rennó

41752828828 - Nikolas Tiburcio Gomes de Moraes


Gestão Pública p/ Agente – Detran-SP
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 05

Aula 5: Ética no serviço público

Olá pessoal, tudo bem?


Nessa aula, iremos cobrir o seguinte tópico:
➢ Ética no serviço público.

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Sumário
Ética. ............................................................................................... 3
Conceitos Éticos - Teorias ...................................................................... 4
Ética da Convicção e Ética da Responsabilidade.............................................. 5
Código de Ética do Servidor Público Federal ................................................. 8
Conflito de interesses. Lei nº 12.813/2013 .................................................. 23
Resumo ........................................................................................... 28
Questões Comentadas ........................................................................... 37
Lista de Questões Trabalhadas na Aula. ........................................................ 71
Gabarito .......................................................................................... 87
Bibliografia ...................................................................................... 88

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Ética

A Ética pode ser definida como um estudo ou uma reflexão, científica


ou filosófica, sobre os costumes ou sobre as ações humanas1. De certa
forma, a ética vem de “dentro” do ser humano. Assim sendo, relaciona-
se com os valores que cada pessoa tem.
Já a moral, termo relacionado com a ética (mas não sinônimo, em
sentido restrito), é relativa aos costumes e às normas de
comportamento considerados consensuais na sociedade no
momento. O termo “moral” é derivado do latim (moris). Já a palavra
“ética” é derivada do grego “ethos”.
Os dois conceitos, em sentido amplo, buscam apresentar os
comportamentos considerados aceitáveis em uma determinada sociedade
e em determinado tempo. Entretanto, em sentido mais restrito, os dois
conceitos são distintos.
A moral se relaciona, em sentido restrito, com os costumes
aceitos em cada sociedade ou grupo humano. Como os costumes
mudam, a moral também se altera com o tempo.
Por outro lado, a ética refere-se aos conhecimentos advindos da
análise do comportamento humano e dos valores morais, enquanto
a moral tem por base as regras, a cultura e os costumes seguidos
ordinariamente pelo homem, variando com o tempo. Logo, a ética depende
do contexto da ação.
Assim, o que era considerado imoral no Brasil dos anos 50 (por
exemplo: o beijo mais “caliente” na televisão) atualmente é considerado
aceitável. A mesma dinâmica ocorre quando falamos de sociedades
diferentes.
Algo pode ser considerado perfeitamente aceitável em uma sociedade
e imoral em outros lugares (muitos países proíbem a venda de bebidas
alcoólicas, por exemplo).
Já a ética, em sentido estrito, é considerada como o “estudo da
moral”. Seria, portanto, o estudo das razões que levaram certos
comportamentos a serem aceitos e quais poderiam ser os comportamentos
universalmente aceitáveis.
As questões éticas nos envolvem a todo o momento. Quais são os
comportamentos aceitáveis em nossa sociedade? Como devemos nos
portar em relação ao próximo ou em nosso trabalho? Todas estas dúvidas
estão ligadas ao conceito de ética.

1
(Valls, 2008)

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Se a ética e a moral (em sentido amplo) estão ligados aos costumes


e valores de uma sociedade, não deixam de se transformar quando estes
costumes e valores mudam. Assim, a ética (ou a moral) não é uma só, algo
universal. É derivada dos valores e costumes de cada sociedade e evolui
com o passar do tempo.
Por fim, de acordo com Sanchez2, “a ética é a teoria ou ciência do
comportamento moral dos homens em sociedade". Logo, segundo o autor,
confirma-se a relação da moral com a ética.

Conceitos Éticos - Teorias

Pessoal, existem algumas teorias3 sobre o conceito ético que valem a


pena citarmos aqui, tendo em vista que já foram vistas em algumas provas.
Apesar de não serem comuns, nada impede que elas apareçam, certo?
1) Fundamentalismo: tem-se que os preceitos éticos são externos,
como se fossem regras a serem cumpridas. Não há espaço para que o
indivíduo, por si só, distinga o certo ou errado. A Bíblia e o Alcorão são
exemplos, uma vez que as regras lá impostas são cumpridas por seus
seguidores sem questionar.
2) Utilitarismo: o conceito ético deve ser elaborado com base no
critério do maior bem para a sociedade como um todo. Assim, a conduta
do indivíduo sempre será aquela que gerar um maior bem para a sociedade.
Podemos tomar como exemplo a Guerra do Iraque, em que o Presidente
dos Estados Unidos, George Bush, poderá afirmar que as suas condutas
estão dentro dos melhores padrões éticos, pois a presença de Saddam
Hussein causa um mal para a sociedade.
3) Dever Ético (Emanuel Kant – 1724-1804): o conceito ético
deve ser extraído do fato de que cada um deve se comportar de acordo
com os princípios universais, e deve ser alcançado pela aplicação de duas
regras:

a) Qualquer conduta aceita como padrão ético deve valer para


todos os que se encontrem na mesma situação, sem
exceções.
b) Só se deve exigir dos outros o que exigimos de nós mesmos.
4) Contratualista (John Locke – 1632-1704 e Jean Jacques
Rousseau – 1712-1778: o ser humano assume com os seus pares a
obrigação de se comportar de acordo com regras morais estabelecidas para
o convívio social. Assim, os conceitos éticos são oriundos das regras

2
(Vázquez, 2002)
3
http://eticaparatodosnos.blogspot.com.br/p/as-teorias-que-explicam-os-conceitos.html

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morais necessárias à perpetuação da sociedade, da paz e da


harmonia do grupo social. Essa Teoria não levou em consideração para
a mudança de regras morais aplicadas a diferentes grupos sociais.
5) Relativismo: Cada pessoa, com base nas suas próprias
convicções e na sua própria concepção sobre o bem e o mal, decide sobre
o que é ético ou não. Assim, o conceito ético pode variar de um indivíduo
para o outro.

Ética da Convicção e Ética da Responsabilidade

Vamos ver agora a diferença entre estes dois tipos de ética: a ética
da responsabilidade e a ética da convicção (ou do valor absoluto).
Quem criou estes dois conceitos foi Weber. Para ele, a ética da convicção
adotaria os valores como absolutos.
Desse modo, se temos a vida humana como um valor absoluto, não
poderíamos atentar contra a vida em nenhuma situação. O aborto de fetos
anencéfalos (que nascem sem cérebro), por exemplo, seria um assassinato
para quem se baseia neste tipo de ética.
De acordo com o autor, este tipo de ética seria baseado em valores
inegociáveis, que deveriam ser cegamente observados por todos os
indivíduos. Estes valores seriam observáveis principalmente na religião e
na política (entendida como a defesa de ideologias).
De acordo com Weber4,
"A ética absoluta simplesmente não pergunta quais
as consequências. Esse ponto é decisivo"
Ou seja, neste tipo de ética não podemos “negociar” nossos valores.
Não importa que o resultado de nossas convicções nos resulte em um
cenário catastrófico – teremos de segui-las!
Já a ética da responsabilidade colocaria os valores em um tipo de
hierarquia. Nada seria absoluto. O valor da vida, como qualquer outro, teria
de ser colocado em análise quanto aos outros valores envolvidos no caso
em questão (por exemplo, a vida da mãe).
Tivemos esta discussão há pouco na nossa sociedade, não é verdade?
De um lado estavam as pessoas que acreditam que o aborto nestes casos
não seria aceitável e de outro lado pessoas que pensavam que o melhor
seria preservar a mãe nos casos em que a vida da criança seria impossível.

4
(Weber, 1967)

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Assim, a ética da responsabilidade estaria preocupada com os


resultados derivados das nossas escolhas. Muitas vezes, temos escolhas
que são difíceis e teríamos de escolher visando o melhor resultado final,
mesmo que tenhamos de tomar decisões que não nos agradam.
A ética da responsabilidade nos levaria a tentar fazer o “melhor
possível”, buscar o resultado de acordo com as contingências do momento.
Este seria o tipo de ética prevalente nas atividades parlamentares e no ato
de governar.
O político poderia ter uma convicção muito grande da importância da
defesa do meio ambiente, por exemplo. O problema é que não deteria o
poder de, sozinho, definir a política pública para a defesa dos seus
interesses.
Como depende do apoio de outros parlamentares, este político
depende de negociações e deverá fazer concessões para que tenha pelo
menos parte do que deseja. Essas concessões são normais no Congresso
Nacional. Esse tipo de negociação seria baseado então na ética da
responsabilidade.
Muitos autores criticam a ética da responsabilidade, que consideram
como a ética do “oportunismo” ou da conveniência. Mas Weber era muito
crítico da ética da convicção. Para ele, este tipo de ética teria causado
diversas guerras e decisões catastróficas, pois não há preocupação com os
resultados finais, apenas em manter vivos os valores.
De acordo com Weber5,
“Devemos ser claros quanto ao fato de que toda
conduta eticamente apropriada pode ser guiada por
uma de duas máximas fundamentalmente e
irreconciliavelmente diferentes: a conduta pode ser
orientada para uma "ética das últimas
finalidades", ou para uma "ética da
responsabilidade". Isso não é dizer que uma ética
das últimas finalidades seja idêntica à
irresponsabilidade, ou que a ética de
responsabilidade seja idêntica ao oportunismo sem
princípios. Naturalmente, ninguém afirma isso. Há,
porém, um contraste abismal entre a conduta
que segue a máxima de uma ética dos
objetivos finais – isto é, em termos religiosos,
“o cristão faz o bem e deixa os resultados ao
Senhor” – e a conduta que segue a máxima de
uma responsabilidade ética, quando então se
tem de prestar contas dos resultados
previsíveis dos atos cometidos. ”

5
(Weber, 1967)

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Vamos voltar então para o caso dos políticos. De acordo com o autor,
a ética da convicção seria seguida pelo político em sua campanha política
– quando defende seus valores arduamente.
Enquanto que, na sua atuação governamental, ele teria de atender a
diversos interesses, entrar em acordo com pessoas que não pensam como
ele, etc. Assim sendo, acabaria seguindo a ética das responsabilidades.
Já a burocracia (os agentes públicos) teria “em teoria” de seguir a
ética da responsabilidade. Isto decorre do fato de que a burocracia é
baseada no caráter racional-legal. Ou seja, deveria utilizar seus recursos
buscando os fins desejados.
Na prática, no entanto, o que vemos é que a burocracia – os agentes
públicos – se apegam demasiadamente as normas legais, aos
regulamentos, sem preocupação com os resultados deste comportamento.

Vamos praticar agora?

(ESAF – TCU - AFC) A racionalização burocrática consolidou,


entre os funcionários do Estado, a ética da convicção, traduzida
pelo predomínio de uma visão tecnicista do processo legislativo;
já entre os políticos prevalecia a ética das responsabilidades,
mais afeita às negociações e soluções de compromisso entre
demandas conflitantes. Isso dificultava as relações entre
Executivo e Legislativo, gerando conflitos institucionais e
paralisia decisória.

A primeira parte da frase está correta. O predomínio de uma “visão


tecnicista do processo legislativo”, ou seja, a interpretação técnica das
leis existentes leva a uma “obediência cega” aos regulamentos. Este
ponto está mesmo ligado a uma ética da convicção.
A segunda parte da questão também está correta. As negociações
políticas no ambiente do parlamento realmente estão inseridas dentro
da ética da responsabilidade.
Entretanto, a frase final está incorreta. Como a burocracia segue
“fielmente” a legislação, não ocorrem estes conflitos entre os políticos e
os agentes públicos. O gabarito, portanto, é questão errada.

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Código de Ética do Servidor Público Federal

Continuando, a maioria das questões de concurso sobre este tema se


baseia no Decreto 1.171 de 19946. Desta forma, irei comentar o Código
de Ética do Servidor Público Federal e algumas questões ligadas a ele,
além do Decreto 6.029/20077. Abaixo, deixo o link para quem quiser baixar
a “lei seca”.
Infelizmente, as questões ligadas a este tema são quase todas
“decorebas”, como irão ver abaixo. Assim sendo, recomendo uma leitura
do decreto um pouco antes da prova, para que estes assuntos estejam na
“memória quente” de vocês.
Seção I

Das Regras Deontológicas

As regras Deontológicas relacionam-se com as regras e os princípios


de um grupo profissional. Dessa forma, todo grupo de uma classe de
trabalhadores é regrado por um Código de Ética.
Os profissionais, que possuem suas regras deontológicas, submetem-
se aos deveres e princípios estabelecidos na sociedade sobre uma
determinada profissão.

I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos


princípios morais são primados maiores que devem nortear o servidor
público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele, já que
refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus atos,
comportamentos e atitudes serão direcionados para a preservação da
honra e da tradição dos serviços públicos.”

Vejam que, para o código de ética, não basta que o servidor se


comporte de modo ético apenas dentro do setor público onde
trabalha. É necessário se manter ético também em sua vida privada, pois
este representa o serviço público perante a sociedade.
Ao dispor que um dos primados é a eficácia, o Código não está
querendo impor fazer apenas o que deve ser feito, mas, sim, que o servidor
não poderá praticar atos que sejam considerados errados.
Por fim, não há hierarquia entre os primados citados. Isto é, a
consciência dos princípios morais não se sobressai à eficácia, por exemplo,
e vice-versa.

6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d1171.htm
7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d1171.htm

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II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de


sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal,
o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o
inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto,
consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição
Federal.

Esta parte mostra que o servidor público sempre deve estar atento
aos desvios éticos, mesmo que venham “revestidos” de legalidade. Ele deve
observar que suas ações são comprometidas pelas decisões a que venha
seguir, decisões estas que resultem no comprometimento de suas atitudes.

III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre


o bem e o mal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre
o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na
conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato
administrativo.

Desta forma, não basta ser legal. Deve ser legal e moral ao
mesmo tempo. No entanto, o interesse público e o bem comum são a
finalidade de qualquer ato administrativo.
Por fim, procura-se alcançar o equilíbrio entre a legalidade e a
finalidade com o intuito de gerar a consolidação da moralidade do ato
administrativo praticado.

IV- A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos


pagos direta ou indiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso
se exige, como contrapartida, que a moralidade administrativa se integre
no Direito, como elemento indissociável de sua aplicação e de sua
finalidade, erigindo-se, como consequência em fator de legalidade.

A moralidade deve ser associada integralmente à legalidade pelo


servidor público na prática de um ato administrativo.

V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a


comunidade deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio
bem-estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse
trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio.

O que o código tenta mostrar nesse inciso é que o servidor público


dever prestar um bom trabalho, uma vez que ele também será beneficiado

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pela qualidade do atendimento da Administração Público, no papel de


cidadão.

VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto,


se integra na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e
atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada
poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.

Vejam novamente esta noção de que, para o servidor público, a


conduta privada integra a vida funcional.
Assim, o servidor deve se manter ético em todas as instâncias de sua
vida, de modo honesto e íntegro, inclusive quando estiver fora do horário
de trabalho ou até de férias.

VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais


ou interesse superior do Estado e da Administração Pública, a serem
preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos da
lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito
de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão comprometimento
ético contra o bem comum, imputável a quem a negar.

Vejam que, fora os casos em que a publicidade deve ser resguardada


legalmente, este é um requisito de eficácia e moralidade de um ato
administrativo. Ou seja, nota-se que se permite que a publicidade seja
afastada em casos resguardados pela lei, como nas hipóteses legais
de sigilo.

VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la
ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa
interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer
ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão,
ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana
quanto mais a de uma Nação.

Neste caso, o servidor deverá preservar a verdade como forma de


evitar qualquer tipo de conduta opressora ou mentirosa, que levaria a
corromper a dignidade de uma pessoa ou até mesmo de um país.
Dessa forma, nota-se que é permitido que a publicidade seja afastada
em casos resguardados pela lei. Contudo, não é permitido omitir a verdade,
ok?

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IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao


serviço público caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal uma
pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa
causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar dano a qualquer bem
pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má
vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às
instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de boa vontade que
dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus esforços
para construí-los.

Um dos deveres de um servidor público é o de atender com presteza,


prestando as informações requeridas, exceto, claro, aquelas protegidas por
sigilo, zelando pela economia de material e conservando o patrimônio
público.
Da mesma forma, a deterioração de bem público por descuido ou má
vontade constitui ofensa ao equipamento e instalações, assim como ao
Estado e a todos que se dedicaram para sua construção. Constitui-se,
portanto, falta de ética, pois cabe, ao servidor público, zelar tanto pela
economia do material, quanto pela conservação do patrimônio público.

X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que


compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a formação
de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do
serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de
desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos usuários dos
serviços públicos.

Como vimos, os servidores devem tratar a todos de maneira cortês.


Deste modo, não só o descuido com a coisa pública, como os atrasos
injustificados são considerados falta de ética. Desta forma, fica proibido o
servidor de se ausentar no serviço, sem que o chefe imediato autorize.

XI - 0 servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de


seus superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e,
assim, evitando a conduta negligente Os repetidos erros, o descaso e
o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e
caracterizam até mesmo imprudência no desempenho da função pública.

Um dos deveres de um servidor público é o de cumprir as ordens de


seus superiores, a não ser que se mostrem totalmente ilegais.

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XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é


fator de desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à
desordem nas relações humanas.

Qualquer servidor público tem como alguns de seus deveres: a


assiduidade e a pontualidade.

XIII - O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional,


respeitando seus colegas e cada concidadão, colabora e de todos pode
receber colaboração, pois sua atividade pública é a grande oportunidade
para o crescimento e o engrandecimento da Nação.

Estes últimos três incisos tratam do comportamento do servidor


perante seus chefes e colegas de trabalho. Assim sendo, deve existir
respeito e atenção às ordens dos superiores. Além disso, o servidor não
deve se ausentar do serviço sem justificativa, pois isto também é
considerado uma atitude antiética.

Seção II
Dos Principais Deveres do Servidor Público

XIV - São deveres fundamentais do servidor público:

a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou


emprego público de que seja titular;

b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e


rendimento, pondo fim ou procurando prioritariamente resolver situações
procrastinatórias, principalmente diante de filas ou de qualquer outra
espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor em que exerça suas
atribuições, com o fim de evitar dano moral ao usuário;

O significado da palavra procrastinar nada mais é do que protelar ou


demorar. Logo, o ato de procrastinar deve ser evitado e o servidor terá que
agir de modo célere, agilizando o atendimento ao usuário de serviço
público.

c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do


seu caráter, escolhendo sempre, quando estiver diante de duas
opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum;

Prestem bastante atenção nesta última frase. Entre duas opções,


deve ser escolhida aquela mais vantajosa para o bem comum. Portanto,
se cair na prova que deverá ser escolhido o melhor para o Estado ou a para

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a Administração Pública ou até mesmo para o órgão em que você trabalha,


a questão estará errada, ok?

d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição


essencial da gestão dos bens, direitos e serviços da coletividade a seu
cargo;

O andamento da gestão de bens, serviços ou direitos de uma


coletividade que esteja a cargo de um servidor não pode encontrar
resistência que não seja justificada. O retardo no processo ou na
execução de serviço deve ser evitado.

e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando o


processo de comunicação e contato com o público;

Busca-se que qualquer usuário de serviço público entenda o que as


regras da Administração. Para isso, a linguagem, os símbolos
utilizados, devem ser de fácil compreensão por qualquer um.

f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos


que se materializam na adequada prestação dos serviços públicos;

Os valores morais e ideais do comportamento do homem


devem ser observados durante o trabalho de um servidor para que ele se
paute durante o exercício de sua função.

g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção,


respeitando a capacidade e as limitações individuais de todos os usuários
do serviço público, sem qualquer espécie de preconceito ou distinção de
raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e posição
social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral;
h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de
representar contra qualquer comprometimento indevido da estrutura em
que se funda o Poder Estatal;

Vejam que, apesar de ter de respeitar a hierarquia, o servidor pode


e deve representar contra seus superiores quando estes faltarem com a
ética. O próximo inciso confirma isso, senão vejamos.

i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de


contratantes, interessados e outros que visem obter quaisquer
favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações
imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las;

O servidor deve cumprir as ordens de seu superior hierárquico, a não


ser que estejam agindo dentro da ilegalidade. Se isso ocorrer, fica o
servidor obrigado a representá-lo contra ilegalidade e abuso de poder,

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resistindo a qualquer pressão que venha sofrer, de qualquer um, em


decorrência de ações aéticas.

j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências


específicas da defesa da vida e da segurança coletiva;

Desta forma, mesmo que em greve, o servidor deve manter os


serviços básicos de saúde e segurança pública funcionando
adequadamente.

l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua


ausência provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo negativamente
em todo o sistema;

m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato


ou fato contrário ao interesse público, exigindo as providências
cabíveis;

Cabe ao servidor público, informar, à autoridade superior, qualquer


irregularidade que vier a tomar conhecimento em virtude do cargo em que
ocupa. Além da denúncia, ele deverá exigir que alguma providência seja
tomada para sanar a irregularidade.

n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os


métodos mais adequados à sua organização e distribuição;

O servidor público tem o dever de conservar o patrimônio público e


de zelar pela economia do material utilizado durante o expediente.

o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a


melhoria do exercício de suas funções, tendo por escopo a realização do
bem comum;

O servidor público deve manter-se atualizado. Para isso, cabe a ele


realizar cursos, participar de palestras, ler a legislação atualizada, para se
aperfeiçoar e, assim, realizar sua função com maior eficiência.

p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao


exercício da função;

Até a melhoria dos processos de trabalho está relacionada com o


comportamento ético que um servidor deve apresentar. O mesmo ocorre
em relação ao vestuário.

q) manter-se atualizado com as instruções, as normas de


serviço e a legislação pertinentes ao órgão onde exerce suas funções;

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Aqui cabe o mesmo comentário da alínea “o”. Atualizar-se sempre,


seja por meio de cursos, seja por meio de leituras sobre legislação vigente.

r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções


superiores, as tarefas de seu cargo ou função, tanto quanto possível,
com critério, segurança e rapidez, mantendo tudo sempre em boa
ordem.

s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de


direito;

As atividades de um servidor podem sofrer fiscalização de outro órgão


desvinculado ao que ele atue. Para tanto, o servidor não pode obstruir o
trabalho do colega, devendo facilitar a fiscalização, entregando papelada e
documentações solicitadas, permitindo acesso a salas e arquivos
necessários para o exercício da função.

t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais


que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos
legítimos interesses dos usuários do serviço público e dos jurisdicionados
administrativos;

u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou


autoridade com finalidade estranha ao interesse público, mesmo que
observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação
expressa à lei;

O servidor, obviamente, não pode se utilizar dos poderes e benesses


do cargo para benefício próprio.

v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre


a existência deste Código de Ética, estimulando o seu integral
cumprimento.

Vamos praticar agora?


(CESPE - ANVISA – TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Por meio do
exercício dos princípios e valores morais no trabalho, como ser
probo, reto, leal e justo, entre outros, o servidor, além de
desenvolver suas capacidades, habilidades e competências,
projeta também seus valores éticos.
Vejam que as questões da banca são tiradas do Código de Ética.
Com a leitura do Decreto, confirmamos tudo o que foi dito no enunciado.
Dessa forma, o servidor deverá desempenhar suas atribuições a
tempo, com rapidez, perfeição e rendimento, sendo probo, reto, leal e
justo, decidindo sempre pela melhor e mais vantajosa opção para o bem
comum. O gabarito, portanto, é questão correta.

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Vamos continuar com os comentários ao Código de Ética:


Seção III

Das Vedações ao Servidor Público


XV - E vedado ao servidor público;
a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição
e influências, para obter qualquer favorecimento, para si ou para
outrem;

O uso do cargo ou função, quando utilizados para obter vantagens


para si ou para terceiros, pode ser enquadrado no crime de Corrupção
Passiva.

b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou


de cidadãos que deles dependam;

c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro


ou infração a este Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão;

Estes primeiros incisos são bastante óbvios e por isso mesmo, não
costumam ser muito cobrados.
d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular
de direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material;

e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance


ou do seu conhecimento para atendimento do seu mister;

O inciso D se refere a atrasos injustificados. Além disso, se o servidor


pode atender ao cidadão hoje, não deve deixar para amanhã. Já a letra “e”
se mostra interessante. De acordo com ela, o servidor não pode deixar de
utilizar os avanços científicos ao seu alcance no atendimento do seu dever.

f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos,


paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram no trato com o
público, com os jurisdicionados administrativos ou com colegas
hierarquicamente superiores ou inferiores;

Assim sendo, o servidor deve ser imparcial com todas as pessoas com
quem se relacionar dentro do trabalho (eu sei, é mais fácil falar do que
fazer!).

g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda


financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de
qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para o

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cumprimento da sua missão ou para influenciar outro servidor para o


mesmo fim;

h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar


para providências;

O ato de modificar ou adulterar dados de um documento também é


crime previsto penalmente. Então muito cuidado, pois, mesmo que não o
faça diretamente, só o fato de permitir o acesso para que outro o faça, já
é considerado crime.

i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do


atendimento em serviços públicos;

Estes três últimos itens lidam com desvios penais. Fica tranquilo em
entender ser proibição imputada a servidor, não é mesmo?

j) desviar servidor público para atendimento a interesse particular;

l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado,


qualquer documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público;

Se o servidor retirar qualquer objeto ou documento ou bem móvel de


uma repartição pública, sem autorização, estará incorrendo no crime de
Peculato.

m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu


serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros;

Se o servidor utilizar informações sigilosas ou privilegiadas que


obteve no serviço, ou em função do cargo que ocupe, incorrerá no crime
de Violação de sigilo funcional. Pessoal, vira e mexe, vemos denúncias de
crimes como este na televisão, não é verdade?

n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente;

o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a


moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa humana;

p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a


empreendimentos de cunho duvidoso.

Vejam novamente que mesmo os atos ocorridos quando o servidor


estiver fora do seu trabalho não são permitidos e serão considerados
infrações éticas.

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CAPÍTULO II
Das Comissões de Ética

XVI - Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal


direta, indireta autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade
que exerça atribuições delegadas pelo poder público, deverá ser criada
uma Comissão de Ética, encarregada de orientar e aconselhar sobre
aética profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e com o
patrimônio público, competindo-lhe conhecer concretamente de imputação
ou de procedimento susceptível de censura.

Assim sendo, todos os órgãos e entidades da Administração Federal


e até entidades que exerçam atribuições delegadas pelo poder público
devem ter uma comissão de ética.

XVII - Cada Comissão de Ética, integrada por três servidores públicos e


respectivos suplentes, poderá instaurar, de ofício, processo sobre ato,
fato ou conduta que considerar passível de infringência a princípio ou norma
ético-profissional, podendo ainda conhecer de consultas, denúncias ou
representações formuladas contra o servidor público, a repartição ou o
setor em que haja ocorrido a falta, cuja análise e deliberação forem
recomendáveis para atender ou resguardar o exercício do cargo ou função
pública, desde que formuladas por autoridade, servidor,
jurisdicionados administrativos, qualquer cidadão que se
identifique ou quaisquer entidades associativas regularmente
constituídas.

Portanto, a comissão pode instaurar de ofício um processo para


averiguar infrações éticas. Qualquer cidadão, desde que seja identificado,
pode representar para a comissão.

XVIII - À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos organismos


encarregados da execução do quadro de carreira dos servidores, os
registros sobre sua conduta Ética, para o efeito de instruir e
fundamentar promoções e para todos os demais procedimentos próprios
da carreira do servidor público.

A promoção de um servidor poderá estar pautada no relato de


conduta dele fornecido pela Comissão de Ética a quem for responsável pelos
procedimentos de instrução do ato de promoção.

XIX - Os procedimentos a serem adotados pela Comissão de Ética, para


a apuração de fato ou ato que, em princípio, se apresente contrário à ética,
em conformidade com este Código, terão o rito sumário, ouvidos apenas

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o queixoso e o servidor, ou apenas este, se a apuração decorrer de


conhecimento de ofício, cabendo sempre recurso ao respectivo Ministro de
Estado.

Desta forma, o resultado dos processos poderá ser utilizado para


instruir processos de promoções, entre outros. Os procedimentos da
comissão terão o rito sumário, ou seja, acelerado.

XX - Dada a eventual gravidade da conduta do servidor ou sua


reincidência, poderá a Comissão de Ética encaminhar a sua decisão e
respectivo expediente para a Comissão Permanente de Processo
Disciplinar do respectivo órgão, se houver, e, cumulativamente, se for
o caso, à entidade em que, por exercício profissional, o servidor
público esteja inscrito, para as providências disciplinares cabíveis. O
8
retardamento dos procedimentos aqui prescritos implicará
comprometimento ético da própria Comissão, cabendo à Comissão de Ética
do órgão hierarquicamente superior o seu conhecimento e providências.

Se o caso for grave ou reincidente, a comissão poderá inclusive


encaminhar o caso à entidade de classe que o servidor seja inscrito (Por
exemplo: o CRO no caso dos servidores que sejam dentistas).

XXI - As decisões da Comissão de Ética, na análise de qualquer fato ou ato


submetido à sua apreciação ou por ela levantado, serão resumidas em
ementa e, com a omissão dos nomes dos interessados, divulgadas no
próprio órgão, bem como remetidas às demais Comissões de Ética,
criadas com o fito de formação da consciência ética na prestação de
serviços públicos. Uma cópia completa de todo o expediente deverá ser
remetida à Secretaria da Administração Federal da Presidência da
República.

As decisões serão publicadas no órgão e enviadas às demais


comissões de ética, com o objetivo de aumentar a consciência ética.

XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de


censura e sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado
por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso.

Este é um dos itens mais cobrados em provas de concurso. A pena


cabível nestes casos é apenas a de censura! Não ocorrem suspensões,
exonerações ou demissões. Esta é uma pegadinha recorrente em
concursos.
Lembrem-se de que não é a finalidade, de qualquer Comissão de
Ética, aplicar sanções disciplinares. O objetivo dela é justamente o de evitar

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que um servidor incorra em uma infração e venha a sofrer alguma


penalidade, induzindo a ética nas atitudes do agente.

XXIII - A Comissão de Ética não poderá se eximir de fundamentar o


julgamento da falta de ética do servidor público ou do prestador de serviços
contratado, alegando a falta de previsão neste Código, cabendo-lhe
recorrer à analogia, aos costumes e aos princípios éticos e morais
conhecidos em outras profissões;

XXIV - Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por


servidor público todo aquele que, por força de lei, contrato ou de
qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente,
temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira,
9
desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder
estatal, como as autarquias, as fundações públicas, as entidades
paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou
em qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado.

A noção de servidor público é lato senso, ou seja, qualquer pessoa


que, mesmo eventualmente e sem receber por isso, esteja exercendo
uma função pública.

XXV - Em cada órgão do Poder Executivo Federal em que qualquer


cidadão houver de tomar posse ou ser investido em função pública,
deverá ser prestado, perante a respectiva Comissão de Ética, um
compromisso solene de acatamento e observância das regras
estabelecidas por este Código de Ética e de todos os princípios éticos
e morais estabelecidos pela tradição e pelos bons costumes.

Apenas um alerta. O Decreto 6.029, de 2007, que instituiu o Sistema


de Gestão de Ética do Poder Executivo Federal, revogou os incisos XVII,
XIX, XX, XXI, XXIII e XXV, mas o mantive, pois ninguém sabe o que se
passa na cabeça de um examinador, ok? Falaremos sobre esse Decreto um
pouco mais a frente.

Vamos praticar agora?


(CESPE - MPE-PI – TÉCNICO MINISTERIAL) Em cada órgão e
entidade da administração pública federal direta, indireta
autárquica e fundacional, deverá ser criada uma comissão de
ética, encarregada de orientar e aconselhar sobre a ética
profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e com o
patrimônio público.

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O artigo 2º do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil


do Poder Executivo Federal dispõe praticamente o que foi descrito no
enunciado da questão, senão vejamos:

“Art. 2° Os órgãos e entidades da


Administração Pública Federal direta e
indireta implementarão, em sessenta dias, as
providências necessárias à plena vigência do
Código de Ética, inclusive mediante a
Constituição da respectiva Comissão de Ética,
integrada por três servidores ou empregados
titulares de cargo efetivo ou emprego
permanente”.
c
Mais à frente, no item XVI do anexo do Código, quando trata sobre
as Comissões, o legislador dispôs que:

“XVI - Em todos os órgãos e entidades da


Administração Pública Federal direta, indireta
autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão
ou entidade que exerça atribuições delegadas
pelo poder público, deverá ser criada uma
Comissão de Ética, encarregada de orientar
e aconselhar sobre a ética profissional do
servidor, no tratamento com as pessoas e com
o patrimônio público, competindo-lhe conhecer
concretamente de imputação ou de
procedimento susceptível de censura”.

O gabarito, portanto, é questão correta.

Decreto 6.029/07

Art. 1o Fica instituído o Sistema de Gestão da Ética do Poder


Executivo Federal com a finalidade de promover atividades que dispõem
sobre a conduta ética no âmbito do Executivo Federal, competindo-lhe:
I - integrar os órgãos, programas e ações relacionadas com a ética pública;
II - contribuir para a implementação de políticas públicas tendo a
transparência e o acesso à informação como instrumentos fundamentais
para o exercício de gestão da ética pública;

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III - promover, com apoio dos segmentos pertinentes, a compatibilização e


interação de normas, procedimentos técnicos e de gestão relativos à ética
pública;
IV - articular ações com vistas a estabelecer e efetivar procedimentos de
incentivo e incremento ao desempenho institucional na gestão da ética
pública do Estado brasileiro.
Art. 2o Integram o Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo
Federal:
I - a Comissão de Ética Pública - CEP, instituída pelo Decreto de 26 de maio
de 1999;

Decreto de 26 de maio de 1999


b
Art 1º Fica criada a Comissão de Ética Pública, vinculada ao
Presidente da República, competindo-lhe proceder à revisão das
normas que dispõem sobre conduta ética na Administração Pública
Federal, elaborar e propor a instituição do Código de Conduta das
Autoridades, no âmbito do Poder Executivo Federal.

II - as Comissões de Ética de que trata o Decreto no 1.171, de 22 de junho de


1994; e
III - as demais Comissões de Ética e equivalentes nas entidades e órgãos
do Poder Executivo Federal.

Assim sendo, este decreto criou um efetivo sistema “hierárquico”, no


qual congrega todas as Comissões de Ética dos órgãos públicos do
Executivo Federal, sob coordenação, avaliação e supervisão da Comissão
de Ética Pública (CEP) da Presidência da República.
Esta CEP será composta de sete membros, todos brasileiros, com
idoneidade moral, reputação ilibada e notória experiência em administração
pública.
Os membros serão designados pelo Presidente da República, tendo
mandatos de três anos, que não poderão ser coincidentes (será permitida
apenas uma recondução ao cargo).
Apesar disso, a participação dos membros não gera nenhuma
remuneração! Os trabalhos eventualmente prestados serão considerados
como de relevante prestação de serviço público.
O presidente terá o voto de qualidade nas eventuais deliberações da
comissão. A CEP conta com uma Secretaria Executiva vinculada à Casa Civil
da Presidência da República, que deverá prestar apoio técnico e
administrativo aos trabalhos da Comissão.

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Conflito de interesses. Lei nº 12.813/2013

Atualmente, a Lei n° 12.813 dispõe sobre o conflito de interesses no


exercício de cargo ou emprego do Poder Executivo federal e impedimentos
posteriores ao exercício do cargo ou emprego.

Lembram quando falamos sobre conflito de interesses e


informações privilegiadas? Pois bem, o primeiro artigo da Lei refere-se
a essas situações.

Conforme o artigo primeiro, as situações de conflito de interesses,


envolvendo ocupantes de cargo ou emprego no âmbito do Poder Executivo
Federal, além dos requisitos e restrições a ocupantes de cargo ou emprego
que tenham acesso a informações 3privilegiadas serão reguladas por esta
Lei.

Mas aí vem a pergunta: “quem se submeteria a esses comandos


legais? Conforme o artigo segundo, seriam:

Os ministros de Estado

Os ocupantes de cargos de natureza especial

Os presidentes de entidades da Administração Indireta, assim


como seus vices e diretores

Aqueles que ocuparem cargos de Grupo-Direção e


Assessoramento Superior (DAS), nos níveis 6 ou 5 ou equivalentes

Figura 1. Agentes submetidos à Lei de Conflito de Interesses

Pessoal, não devemos nos esquecer dos agentes públicos cujo


exercício proporcione acesso a informação privilegiada capaz de trazer
vantagem econômica ou financeira para si ou para outrem, ok? Isso está
disposto no parágrafo único do artigo segundo da Lei em estudo.

No entanto, todos, exceto esses últimos (agentes públicos cujo


exercício proporcione acesso a informação privilegiada) deverão divulgar,

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diariamente, suas agendas de compromissos públicos na rede mundial de


computadores (internet).

O conflito de interesses deve ser prevenido ou impedido, sempre


que possível, pelo ocupante de cargo ou emprego no Poder Executivo
Federal.

Percebam que, em caso de dúvidas sobre como agir, caberá uma


consulta à Comissão de Ética Pública ou à Controladoria Geral da União,
que são competentes pela fiscalização e avaliação do conflito de interesses,
ok? Nessa situação, essa regra alcança qualquer agente público do Poder
Executivo Federal e não só os listados anteriormente.

Esses órgãos estabelecem normas, procedimentos e mecanismos


com a finalidade de prevenir ou impedir conflito de interesses. Logo,
fica evidente a necessidade de determinar medidas para a prevenção ou
eliminação do conflito.

Outra função desses órgãos é a de permitir que o ocupante de cargo


ou emprego no âmbito do Poder Executivo Federal exerça atividade
privada, quando verificado que não existe de conflito de interesses.

Além disso, devem ser comunicadas as alterações relevantes no


patrimônio dos ocupantes de cargos ou empregos a aqueles órgãos, em
conjunto com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Serão dispostos, agora, algumas situações que são consideradas


conflito de interesses no exercício de cargo ou emprego no âmbito do
Poder Executivo Federal. Aqui, a regra também alcança qualquer agente
público do Poder Executivo Federal, ok?

Imagine que um agente divulgue para a imprensa, por exemplo, uma


informação privilegiada que obteve por exercer certa função, por um
motivo qualquer. Ou que outro agente preste serviços a uma empresa cuja
atividade seja controlada, fiscalizada ou regulada pelo ente ao qual o
agente público está vinculado. É bastante claro que eles estarão incorrendo
no que se denomina de conflito de interesses. Não há como pensar
diferente nesse caso, não é verdade?

Outra forma de um agente “cair” em conflito de interesses seria se


ele estivesse exercendo papel de procurador, consultor, assessor ou
intermediário de interesses privados nos órgãos ou entidades da
administração pública direta ou indireta de qualquer dos Poderes. Neste
caso, mesmo que ele atue informalmente, indicando pessoas ou orientado
no processo, configurará conflito de interesses.

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No mesmo contexto do exemplo do parágrafo anterior, podemos citar


o caso em que o agente atue beneficiando uma pessoa jurídica, cujo
cônjuge, companheiro ou parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta
ou colateral, até o terceiro grau, participe.

Também é motivo para gerar conflito de interesses, o fato de o


agente público receber presente de alguém que seja parte interessada
naquilo no qual ele for decidir, assim como se ele vier a prestar serviços à
empresa cuja atividade seja controlada, fiscalizada ou regulada pelo ente
ao qual o agente público esteja vinculado.

Pessoal, vimos várias situações de conflito de interesses quando o


agente estiver em pleno exercício do cargo ou emprego público. Veremos,
agora, como configurará o conflito de interesses após o citado exercício.

Aqui, cabe saber o tempo em que o agente deixou o cargo ou


emprego público. Se, em até 6 (seis) meses da dispensa, exoneração,
destituição, demissão ou aposentadoria, o agente fizer algumas das
situações que serão listadas abaixo, será configurado conflito de interesses.
Depois desse tempo (após 6 (seis) meses), só será considerado conflito,
caso divulgue ou faça uso de informação privilegiada que obteve quando
exercia as atividades, ok?

Conforme inciso II do artigo 6° da Lei 12.813/2013, a Comissão de


Ética ou a Controladoria-Geral da União considerará situação de conflito de
interesses:

“Art. 6° Configura conflito de interesses após o


exercício de cargo ou emprego no âmbito do
Poder Executivo federal:

I - a qualquer tempo, divulgar ou fazer uso de


informação privilegiada obtida em razão das
atividades exercidas; e

II - no período de 6 (seis) meses, contado da data


da dispensa, exoneração, destituição, demissão ou
aposentadoria, salvo quando expressamente
autorizado, conforme o caso, pela Comissão de
Ética Pública ou pela Controladoria-Geral da União:

a) prestar, direta ou indiretamente, qualquer tipo


de serviço a pessoa física ou jurídica com quem
tenha estabelecido relacionamento relevante em
razão do exercício do cargo ou emprego;

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b) aceitar cargo de administrador ou


conselheiro ou estabelecer vínculo
profissional com pessoa física ou jurídica que
desempenhe atividade relacionada à área de
competência do cargo ou emprego ocupado;

c) celebrar com órgãos ou entidades do Poder


Executivo federal contratos de serviço,
consultoria, assessoramento ou atividades
similares, vinculados, ainda que indiretamente, ao
órgão ou entidade em que tenha ocupado o
cargo ou emprego; ou

d) intervir, direta ou indiretamente, em favor de


interesse privado perante órgão ou entidade
em que haja ocupado cargo ou emprego ou
com o qual tenha estabelecido relacionamento
relevante em razão do exercício do cargo ou
emprego”.

Nas situações relatadas de conflito de interesses, tanto durante,


quanto após o exercício do cargo, o agente público que vier a cometê-las,
incorrerá em improbidade administrativa contra os princípios da
Administração Pública, conforme artigo 11 da Lei 8.429, de 2 de junho de
1992.

Essa Lei trata das sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos
de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou
função na administração pública direta, indireta ou fundacional, conforme
podemos observar abaixo:

“Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os


Princípios da Administração Pública.

Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que


atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação
ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade,
legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:

I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou


diverso daquele previsto, na regra de competência;

II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;

III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão

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das atribuições e que deva permanecer em segredo;

IV - negar publicidade aos atos oficiais;

V - frustrar a licitude de concurso público;

VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;

VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de


terceiro, antes da respectiva divulgação oficial, teor de medida política ou
econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço”.

Continuando, temos que, o agente público que se encontrar em


situação de conflito de interesses, além de incorrer em improbidade
administrativa, sob pena de sofrer sanções cabíveis, dispostas em outros
instrumentos, como a Lei 8.112, de 1990, se sujeitará à penalidade de
demissão.

Os agentes públicos que se submetem ao regime desta Lei, isto é,


mesmo que estejam em período de afastamento ou em gozo de licença,
serão obrigados a enviar uma declaração sobre a sua situação patrimonial,
assim como de seu cônjuge, companheiro ou parente, por consanguinidade
ou afinidade, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, todo o ano.

Eles também ficam obrigados a comunicar qualquer atividade na


iniciativa privada que venham a exercer ou, então, contrato ou negócio a
ser firmado, pelo período de até 6 (seis) meses após o exercício de cargo
ou emprego público no âmbito do Poder Executivo Federal. A comunicação
deve ser feita por escrito à Comissão de Ética Pública ou à unidade de
recursos humanos do órgão ou entidade respectivo

Fiquem atentos a um detalhe: o agente tem a obrigação não apenas


de comunicar atividade que possam trazer potencial conflito de interesses
entre a atividade pública e a privada, mas, inclusive, alguma proposta de
trabalho, nesses parâmetros, a qual pretenda aceitar, caso venha a
receber.

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Resumo

Memorex

Ética & Moral

✓ A Ética pode ser definida como um estudo ou uma


reflexão, científica ou filosófica, sobre os costumes ou
Conceito Ética
sobre as ações humanas8.
✓ Relaciona-se com os valores que cada pessoa tem.

✓ A moral é relativa aos costumes e às normas de


Conceito Moral comportamento considerados consensuais na
sociedade no momento.

✓ Os dois conceitos, em sentido amplo, buscam


apresentar os comportamentos considerados
aceitáveis em uma determinada sociedade e em
determinado tempo. Entretanto, em sentido mais
restrito, os dois conceitos são distintos.
✓ A ética, em sentido estrito, é considerada como o
Diferença entre estudo da moral Seria portanto o estudo das
ética e moral razões que levaram certos comportamentos a serem
aceitos e quais poderiam ser os comportamentos
universalmente aceitáveis
✓ A moral se relaciona, em sentido restrito, com os
costumes aceitos em cada sociedade ou grupo
humano. Como os costumes mudam, a moral também
se altera com o tempo.

Conceitos Éticos - Teorias

✓ Os preceitos éticos são externos, como se fossem


Fundamentalismo regras a serem cumpridas. Não há espaço para que o
indivíduo, por si só, distinga o certo ou errado.

8
(Valls, 2008)

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✓ Conceito ético elaborado com base no maior bem para


Utilitarismo a sociedade. Assim, a conduta do indivíduo sempre
será a que gerar um maior bem para a sociedade.

✓ Cada um deve se comportar de acordo com os


princípios universais.
✓ Regras:
Dever Ético 1) Qualquer conduta aceita como padrão ético deve
(Emanuel Kant) valer para todos os que se encontrem na mesma
situação, sem exceções.
2) Só se deve exigir dos outros o que exigimos de nós
mesmos

Contratualista ✓ Obrigação de se comportar de acordo com as regras


(John Locke e morais estabelecidas para o convívio social. Essa
Jean Jacques Teoria não levou em consideração a mudança de
Rousseau) regras morais aplicadas a diferentes grupos sociais.

✓ Cada pessoa, com base nas suas próprias convicções e


na sua própria concepção sobre o bem e o mal, decide
Relativismo
sobre o que é ético ou não. Assim, o conceito ético
pode variar de um indivíduo para o outro.

Ética da Convicção e Ética da Responsabilidade

✓ Baseia-se em valores inegociáveis, que deveriam ser


Ética da Convicção
cegamente observados por todos os indivíduos. Estes
(ou do Valor
Absoluto) valores seriam observáveis principalmente na religião
e na política (entendida como a defesa de ideologias).

✓ Coloca os valores em um tipo de hierarquia. Nada seria


Ética da absoluto. O valor da vida, como qualquer outro, teria
Responsabilidade de ser colocado em análise quanto aos outros valores
envolvidos.

Código de Ética do Servidor Público Federal

Das Regras ✓ A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência


Deontológicas dos princípios morais (sem hierarquia entre eles)

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devem nortear o servidor público, seja no exercício do


cargo ou função, ou fora dele.
✓ O servidor público não poderá jamais desprezar o
elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que
decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o
injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno
e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e
o desonesto.
✓ A moralidade da Administração Pública não se limita à
distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida
da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O
equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta
do servidor público, é que poderá consolidar a
moralidade do ato administrativo.
✓ A remuneração do servidor público é custeada pelos
tributos pagos direta ou indiretamente por todos, até
por ele próprio, e por isso se exige, como
contrapartida, que a moralidade administrativa se
integre no Direito, como elemento indissociável de
sua aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, como
consequência em fator de legalidade.
✓ O trabalho desenvolvido pelo servidor público
perante a comunidade deve ser entendido como
acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como
cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse
trabalho pode ser considerado como seu maior
patrimônio.
✓ A função pública deve ser tida como exercício
profissional e, portanto, se integra na vida particular
de cada servidor público. Assim, os fatos e atos
verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida
privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom
conceito na vida funcional.
✓ Salvo os casos de segurança nacional, investigações
policiais ou interesse superior do Estado e da
Administração Pública, a serem preservados em
processo previamente declarado sigiloso, nos termos
da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo
constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando
sua omissão comprometimento ético contra o bem
comum, imputável a quem a negar.

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✓ Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não


pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos
interesses da própria pessoa interessada ou da
Administração Pública.
✓ A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo
dedicados ao serviço público caracterizam o esforço
pela disciplina.
✓ Deixar, o servidor público, qualquer pessoa à espera
de solução que compete ao setor em que exerça suas
funções, permitindo a formação de longas filas, ou
qualquer outra espécie de atraso na prestação do
serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética
ou ato de desumanidade, mas principalmente grave
dano moral aos usuários dos serviços públicos.
✓ O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens
legais de seus superiores, velando atentamente por
seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta
negligente. Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo
de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e
caracterizam até mesmo imprudência no
desempenho da função pública.
✓ Toda ausência injustificada do servidor de seu local de
trabalho é fator de desmoralização do serviço público,
o que quase sempre conduz à desordem nas relações
humanas.
✓ O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura
organizacional, respeitando seus colegas e cada
concidadão, colabora e de todos pode receber
colaboração, pois sua atividade pública é a grande
oportunidade para o crescimento e o
engrandecimento da Nação.

✓ Desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo,


função ou emprego público de que seja titular;
✓ Exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e
Dos Principais rendimento, com o fim de evitar dano moral ao
Deveres do usuário;
Servidor Público
✓ Ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a
integridade do seu caráter, escolhendo sempre,
quando estiver diante de duas opções, a melhor e a
mais vantajosa para o bem comum;

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✓ Jamais retardar qualquer prestação de contas,


condição essencial da gestão dos bens, direitos e
serviços da coletividade a seu cargo;
✓ Tratar cuidadosamente os usuários dos serviços
aperfeiçoando o processo de comunicação e contato
com o público;
✓ Ter consciência de que seu trabalho é regido por
princípios éticos que se materializam na adequada
prestação dos serviços públicos;
✓ Ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção,
respeitando a capacidade e as limitações individuais
de todos os usuários do serviço público, sem qualquer
espécie de preconceito ou distinção de raça, sexo,
nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e
posição social, abstendo-se, dessa forma, de causar-
lhes dano moral;
✓ Ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor
de representar contra qualquer comprometimento
indevido da estrutura em que se funda o Poder
Estatal;
✓ Resistir a todas as pressões de superiores
hierárquicos, de contratantes, interessados e outros
que visem obter quaisquer favores, benesses ou
vantagens indevidas em decorrência de ações imorais,
ilegais ou aéticas e denunciá-las;
✓ Zelar, no exercício do direito de greve, pelas
exigências específicas da defesa da vida e da
segurança coletiva;
✓ Ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que
sua ausência provoca danos ao trabalho ordenado,
refletindo negativamente em todo o sistema;
✓ Comunicar imediatamente a seus superiores todo e
qualquer ato ou fato contrário ao interesse público,
exigindo as providências cabíveis;
✓ Manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho,
seguindo os métodos mais adequados à sua
organização e distribuição;
✓ Participar dos movimentos e estudos que se
relacionem com a melhoria do exercício de suas
funções, tendo por escopo a realização do bem
comum;

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✓ Apresentar-se ao trabalho com vestimentas


adequadas ao exercício da função;
✓ Manter-se atualizado com as instruções, as normas de
serviço e a legislação pertinentes ao órgão onde
exerce suas funções;
✓ Cumprir, de acordo com as normas do serviço e as
instruções superiores, as tarefas de seu cargo ou
função, tanto quanto possível, com critério,
segurança e rapidez, mantendo tudo sempre em boa
ordem.
✓ Facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por
quem de direito;
✓ Exercer com estrita moderação as prerrogativas
funcionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de
fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos
usuários do serviço público e dos jurisdicionados
administrativos;
✓ Abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função,
poder ou autoridade com finalidade estranha ao
interesse público, mesmo que observando as
formalidades legais e não cometendo qualquer
violação expressa à lei;
✓ Divulgar e informar a todos os integrantes da sua
classe sobre a existência deste Código de Ética,
estimulando o seu integral cumprimento.

✓ O uso do cargo ou função, facilidades, amizades,


tempo, posição e influências, para obter qualquer
favorecimento, para si ou para outrem;
✓ Prejudicar deliberadamente a reputação de outros
servidores ou de cidadãos que deles dependam;
✓ Ser, em função de seu espírito de solidariedade,
Das Vedações ao conivente com erro ou infração a este Código de Ética
Servidor Público ou ao Código de Ética de sua profissão;
✓ Usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o
exercício regular de direito por qualquer pessoa,
causando-lhe dano moral ou material;
✓ Deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao
seu alcance ou do seu conhecimento para
atendimento do seu mister;

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✓ Permitir que perseguições, simpatias, antipatias,


caprichos, paixões ou interesses de ordem pessoal
interfiram no trato com o público, com os
jurisdicionados administrativos ou com colegas
hierarquicamente superiores ou inferiores;
✓ Pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber
qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação,
prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer
espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para o
cumprimento da sua missão ou para influenciar outro
servidor para o mesmo fim;
✓ Alterar ou deturpar o teor de documentos que deva
encaminhar para providências;
✓ Iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite
do atendimento em serviços públicos;
✓ Desviar servidor público para atendimento a interesse
particular;
✓ Retirar da repartição pública, sem estar legalmente
autorizado, qualquer documento, livro ou bem
pertencente ao patrimônio público;
✓ Fazer uso de informações privilegiadas obtidas no
âmbito interno de seu serviço, em benefício próprio,
de parentes, de amigos ou de terceiros;
✓ Apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele
habitualmente;
✓ Dar o seu concurso a qualquer instituição que atente
contra a moral, a honestidade ou a dignidade da
pessoa humana;
✓ Exercer atividade profissional aética ou ligar o seu
nome a empreendimentos de cunho duvidoso.

Das Comissões de Ética

✓ Todos os órgãos e entidades da Administração Pública


Federal direta, indireta autárquica e fundacional, ou
Abrangência em qualquer órgão ou entidade que exerça
atribuições delegadas pelo poder público, deverá ser
criada uma Comissão de Ética.

Principais ✓ Encarregada de orientar e aconselhar sobre a ética


Características profissional do servidor, no tratamento com as

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pessoas e com o patrimônio público, competindo-lhe


conhecer concretamente de imputação ou de
procedimento susceptível de censura;
✓ Para fins de apuração do comprometimento ético,
entende-se por servidor público todo aquele que, por
força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico,
preste serviços de natureza permanente, temporária
ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira,
desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer
órgão do poder estatal, como as autarquias, as
fundações públicas, as entidades paraestatais, as
empresas públicas e as sociedades de economia mista,
ou em qualquer setor onde prevaleça o interesse do
Estado.

✓ Instaurar, de ofício, processo sobre ato, fato ou


conduta que considerar passível de infringência a
princípio ou norma ético-profissional.
✓ Fornecer, aos organismos encarregados da execução
Competências do quadro de carreira dos servidores, os registros
sobre sua conduta Ética, para o efeito de instruir e
fundamentar promoções e para todos os demais
procedimentos próprios da carreira do servidor
público.

✓ A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de


Ética é a de censura e sua fundamentação constará do
Pena Aplicável
respectivo parecer, assinado por todos os seus
integrantes, com ciência do faltoso.

Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal

✓ Promover atividades que dispõem sobre a conduta


Finalidade
ética no âmbito do Executivo Federal.

✓ Integrar os órgãos, programas e ações relacionadas


com a ética pública;
Competências ✓ Contribuir para a implementação de políticas públicas
tendo a transparência e o acesso à informação como
instrumentos fundamentais para o exercício de
gestão da ética pública;

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✓ Promover, com apoio dos segmentos pertinentes, a


compatibilização e interação de normas,
procedimentos técnicos e de gestão relativos à ética
pública;
✓ Articular ações com vistas a estabelecer e efetivar
procedimentos de incentivo e incremento ao
desempenho institucional na gestão da ética pública
do Estado brasileiro.

✓ Comissão de Ética Pública.


✓ Comissões de Ética de que trata o Decreto no 1.171, de
Integrantes 22 de junho de 1994 (citadas acima); e
✓ As demais Comissões de Ética e equivalentes nas
entidades e órgãos do Poder Executivo Federal.

✓ Composta de sete membros, todos brasileiros, com


idoneidade moral, reputação ilibada e notória
experiência em administração pública;
✓ Os membros serão designados pelo Presidente da
República, tendo mandatos de três anos, que não
poderão ser coincidentes (será permitida apenas uma
recondução ao cargo).
Comissão de Ética
Pública ✓ A participação dos membros não gera nenhuma
remuneração.
✓ O presidente terá o voto de qualidade nas eventuais
deliberações da comissão.
✓ A CEP conta com uma Secretaria Executiva vinculada
à Casa Civil da Presidência da República, que deverá
prestar apoio técnico e administrativo aos trabalhos
da Comissão.

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Questões Comentadas

1. (VUNESP – SÃO JOSÉ DO REIO PRETO-SP - AGENTE - 2015) O


sucesso ao longo da carreira, baseado na ética e no sigilo
profissional, deve-se, em parte, ao cuidado de, ao sair de uma
empresa e iniciar um trabalho na concorrência:
(A) explanar detalhadamente todas as nossas atividades e
funcionalidade no fechamento de negócios da antiga
organização.
(B) apresentar um portfólio com todo o passo a passo das
tratativas ao fechar negócios para a antiga empresa.
(C) guardar toda a informação que pode afetar a antiga empresa
e/ou os colegas de trabalho.
(D) relatar os trâmites das negociações sem se importar com os
resultados de suas informações prestadas à nova empresa.
(E) verificar as informações mais precisas e repassá-las para a
nova organização, para ganhar novas concorrências e assim
conseguir neutralizar os negócios de sua antiga empresa.

O funcionário, ao trocar de empresa, não pode prejudicar seu antigo


empregador e expor suas práticas e segredos. O certo é preservar o
trabalho que foi feito e não se aproveitar dos conhecimentos e
relacionamentos obtidos na empresa antiga para tirar clientes da mesma
ou para repassar informações aos seus concorrentes. O gabarito é mesmo
a letra C.

2. (VUNESP – JABOTICABAL-SP - AGENTE - 2015) Ética é o conjunto


de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana
na sociedade. A ética no trabalho deve ser entendida como um
valor da organização que assegura sua sobrevivência e
reputação e, consequentemente, seus resultados. Uma das
características do profissional ético é “ser responsável”. Isso
significa que ele deve
(A) cooperar com todas as chefias em relação a todas as
irregularidades ocorridas durante o expediente de trabalho para
não afetar seus resultados.
(B) comunicar a seu superior toda e qualquer transgressão das
normas nas rotinas administrativas de seus colegas, no seu
departamento.
(C) cuidar em apontar diariamente, sem que isso seja o seu
trabalho, as necessidades de melhorias do trabalho dos demais
colaboradores.

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(D) estar consciente de suas atividades, seus deveres e suas


atribuições. Saber o que, como e quando fazer.
(E) estar rigorosamente no seu horário de entrada na empresa,
desenvolver seu trabalho e preservar pontualmente seu horário
de saída.

Questão capciosa! Vejam que a banca não está pedindo o conceito de


ética, mais amplo, mas sim o que significa ser “responsável”. Dessa forma,
a letra D está mais alinhada com o conceito de responsabilidade: cumprir
seus deveres e executar suas atividades na melhor maneira possível,
cumprindo com o que foi acordado, com o que é esperado de você.
Portanto, o gabarito da banca é a letra D.

3. (VUNESP – JABOTICABAL-SP - AGENTE - 2015) Código de Ética


utilizado na maioria das organizações pode ser considerado um
documento de
(A) texto que orienta as pessoas quanto à forma de se relacionar
civilizadamente com os colegas no ambiente de trabalho.
(B) texto com dicas de sucesso na carreira e como se manter
moralmente empregável no mercado de trabalho.
(C) texto com normas que objetivam orientar condutas e que
devem ser seguidas pelos profissionais no exercício de seu
trabalho.
(D) texto produzido para que os profissionais de determinadas
áreas cumpram suas obrigações de trabalho para os quais foram
contratados.
(E) texto que objetiva conduzir pessoas e profissionais a
resultados comuns exigidos pela organização.

Um código de ética é um texto que busca orientar os membros de


uma organização em relação aos comportamentos aceitáveis e as normas
de conduta naquele ambiente. Um código de conduta pessoal e profissional,
que deve orientar todos os seus funcionários.
Deste modo, a letra A está errada, pois um código de ética vai muito
além de um comportamento civilizado entre colegas de trabalho. O mesmo
pode ser dito da letra B. Um código de ética não guarda relação com um
texto de “dicas” de carreira.
Já a letra C está perfeita e é o nosso gabarito. A letra D está errada.
Um código de ética vai além do cumprimento das tarefas e atividades.
Finalmente, a letra E está equivocada. O que se busca não são “resultados
comuns”, mas uma conduta ética. O gabarito é letra C.

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4. (VUNESP - EMPLASA - ANALISTA - 2014) Pode-se atribuir como


um dos elementos constitutivos da ética da convicção:
(A) as decisões decorrem de deliberação em função de uma
análise das circunstâncias.
(B) a máxima: as pessoas são socialmente responsáveis por
aquilo que os seus atos provocam.
(C) a vertente da finalidade: “alcance os objetivos custe o que
custar”.
(D) a vertente de princípio: “respeite as regras haja o que
houver”.
(E) a vertente utilitarista: “faça o maior bem para a maior
quantidade de pessoas”.

De acordo com Weber, existem dois tipos de ética: a ética da


responsabilidade e a ética da convicção (ou do valor absoluto). Para
ele, a ética da convicção adotaria os valores como absolutos.
De acordo com o autor, este tipo de ética seria baseado em valores
inegociáveis, que deveriam ser cegamente observados por todos os
indivíduos. Estes valores seriam observáveis principalmente na religião e
na política (entendida como a defesa de ideologias).
Ou seja, neste tipo de ética não podemos “negociar” nossos valores.
Não importa que o resultado de nossas convicções nos resulte em um
cenário catastrófico – teremos de segui-las!
Já a ética da responsabilidade colocaria os valores em um tipo de
hierarquia. Nada seria absoluto. Desta forma, o gabarito é a letra C.

5. (VUNESP – SEDUC-SP - ANALISTA - 2014) O padrão que define


que a conduta ética dos servidores públicos não pode ir de
encontro ao padrão ético mais geral da sociedade, segundo a
Constituição Federal, é o princípio da Administração Pública
denominado
(A) subsidiariedade.
(B) impessoalidade.
(C) moralidade.
(D) publicidade.
(E) eficiência.

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O princípio constitucional que está associado com a ética é o da


moralidade. Na verdade, os dois conceitos são relacionados.
A Ética pode ser definida como um estudo ou uma reflexão, científica
ou filosófica, sobre os costumes ou sobre as ações humanas9. De certa
forma, a ética vem de “dentro” do ser humano. Assim sendo, relaciona-se
com os valores que cada pessoa tem.
Já a moral, termo relacionado com a ética (mas não sinônimo, em
sentido restrito), é relativa aos costumes e às normas de comportamento
considerados consensuais na sociedade no momento. O termo “moral” é
derivado do latim (moris). Já a palavra “ética” é derivada do grego “ethos”.
Os dois conceitos, em sentido amplo, buscam apresentar os
comportamentos considerados aceitáveis em uma determinada sociedade
e em determinado tempo. O gabarito é a letra C.

6. (FESMIP-BA – MPE-BA – ANALISTA – 2011) Examine as


assertivas abaixo.
I. Assim como a palavra “moral” vem do latim (mos, moris), a
palavra “ética” vem do grego (ethos) e ambas se referem a
costumes, indicando as regras do comportamento, as diretrizes
de conduta a serem seguidas.
II. A moral social trata dos valores e das normas de conduta que
são exigidas do indivíduo para realizar sua personalidade.
III. As normas éticas são aquelas que prescrevem como o
homem deve agir.
IV. A norma ética possui, como uma de suas características, a
impossibilidade de ser violada.
Assinale a alternativa que contém as assertivas corretas.
a) I e II.
b) I e III.
c) I e IV.
d) II e III.
e) II e IV.

A primeira frase está correta, pois tanto a ética quanto a moral estão
ligadas aos costumes e aos comportamentos esperados em uma sociedade.
Já a segunda frase está incorreta, pois a ética não está ligada a este
objetivo de que o indivíduo “realize sua personalidade”. Se cada um fizer o

9
(Valls, 2008)

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que “der na telha”, não teremos uma sociedade ética, não é mesmo? Desta
maneira, a terceira frase está certa.
A última frase está equivocada, pois a ética pode sim ser violada, não
é mesmo? (Essa estava de graça...). O gabarito é mesmo a letra B.

7. (FCC – COPERGÁS/PE – ANALISTA – 2016) Cássio, servidor


público federal, negou-se a dar andamento a pedido de
licenciamento de empreendimento apresentado por uma
empresa integrante da Administração indireta estadual,
alegando que não dominava o sistema de informática que
introduziu o processamento eletrônico de pleitos dessa
natureza. De acordo com o Código de Ética Profissional do
Servidor Público Civil, aprovado pelo Decreto nº 1.171/1994 e
suas alterações, a conduta de Cássio
a) constitui uma das vedações impostas ao servidor, sendo
passível de pena de censura, aplicável pela Comissão de Ética.
b) está compreendida no dever de informar o usuário, não
ensejando qualquer punição, salvo se o servidor faltar com o
dever de urbanidade.
c) não viola nenhum dos deveres funcionais e tampouco constitui
vedação, mas, se caracterizada desídia, sujeita o servidor à pena
de advertência.
d) constitui conduta imprópria, que atenta contra os princípios
deontológicos e causa dano moral ao administrado, sendo
passível de pena de suspensão.
e) atenta contra um dos deveres fundamentais do servidor, o da
eficiência, ensejando pena de repreensão e, na hipótese de
reincidência, suspensão ou multa.

A primeira alternativa está correta. De acordo com o Código de Ética:


XV - E vedado ao servidor público;
...

e) deixar de utilizar os avanços técnicos e


científicos ao seu alcance ou do seu
conhecimento para atendimento do seu mister;
Já a pena aplicável, ela é mesmo a censura. Este é um dos itens mais
cobrados em provas de concurso. A pena cabível nestes casos é apenas a
de censura! A comissão de ética não aplica suspensões, exonerações ou
demissões. Desta forma, o gabarito é logo a letra A.

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8. (FCC – COPERGÁS/PE – AUXILIAR – 2016) De acordo com as


disposições do Código de Ética Profissional do Servidor Público
Civil Federal, aprovado pelo Decreto no 1.171/1994 e suas
alterações, a realização de greve pelo servidor
a) é expressamente vedada, por ofensa aos direitos
fundamentais do cidadão, sendo passível de instauração de
processo disciplinar para apuração de responsabilidade
funcional.
b) é vedada, enquanto não editada legislação infraconstitucional
que estabeleça seus limites, assegurado, contudo, o direito de
manifestação e reivindicação.
c) deve observar as exigências específicas da defesa da vida e
da segurança coletiva, sendo dever do servidor zelar por tal
observância.
d) é desaconselhável, cabendo censura ao servidor que aderir a
movimento grevista, bem como o desconto dos dias parados.
e) constitui um direito inafastável, não podendo ser imposta
qualquer restrição ao seu exercício, a qual será caracterizada
como abuso de poder hierárquico.

De acordo com o Decreto 1171/94,


“XIV - São deveres fundamentais do servidor
público
j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas
exigências específicas da defesa da vida e da
segurança coletiva;
Deste modo, o gabarito só pode mesmo ser a letra C.

9. (FCC – COPERGÁS/PE – AUXILIAR – 2016) Fábio, servidor


público de uma autarquia federal da área previdenciária, na
condição de responsável pelo atendimento aos cidadãos,
tentando reduzir sua carga de trabalho passou a informar
àqueles que buscavam atendimento que alguns serviços
estavam temporariamente suspensos, informação essa que não
correspondia à verdade. De acordo com as disposições do Código
de Ética Profissional do Servidor Público Civil Federal, aprovado
pelo Decreto no 1.171/1994 e suas alterações, a conduta de
Fábio
a) constitui falta grave, passível de demissão, por violação aos
deveres fundamentais do servidor.
b) caracteriza violação às regras deontológicas, ensejando pena
de repreensão.

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c) não obstante reprovável, não é capitulada como violação à


ética profissional.
d) caracteriza-se como conduta imprópria, que viola os direitos
dos usuários, passível de suspensão.
e) corresponde a conduta expressamente vedada ao servidor,
passível de aplicação de pena de censura.

De acordo com o Decreto 1.171/94,


“XV – É vedado ao servidor público
d) usar de artíficios para procrastinar ou dificultar o
exercício regular de direito por qualquer pessoa,
causando-lhe dano moral ou material"
Quanto a pena aplicável, ela é mesmo a censura. A comissão de ética
não aplica suspensões, exonerações ou demissões, apenas a censura.
Deste modo, o gabarito só pode mesmo ser a letra E.

10. (FCC - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - ANALISTA – 2013) Quando se


determina ao servidor público que ele exerça com zelo e
dedicação as atribuições de seu cargo e atenda com presteza o
público, está-se diante de:
a) obrigação legal implícita, na medida em que são decorrentes
da interpretação dos direitos e deveres dos servidores que
constam na legislação vigente.
b) deveres morais, que somente podem ser utilizados para
punição disciplinar na hipótese de haver positivação da regra na
unidade de classificação do servidor.
c) recomendação disciplinar implícita, punível, na reiteração,
com demissão.
d) recomendação moral a todos os servidores públicos, não
havendo possibilidade de punição disciplinar em decorrência do
desatendimento, a não ser pela análise de desempenho.
e) deveres legalmente expressos, de modo que o
desatendimento possibilita a adoção de providências por parte
da Administração pública.

O comando da questão traz um dever do servidor público civil


expresso na Lei nº 8.027, de 1990, que dispõe sobre as normas de conduta
dos servidores públicos civis da União, das Autarquias e das Fundações
Públicas.
Esse dever também está expresso na Lei nº 8.112, no inciso I, artigo
116, senão vejamos:

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“Art. 116. São deveres do servidor:

I - exercer com zelo e dedicação as atribuições


do cargo;

II - ser leal às instituições a que servir;

III - observar as normas legais e regulamentares;

IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando


manifestamente ilegais;

V - atender com presteza:

a) ao público em geral, prestando as informações


requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;

b) à expedição de certidões requeridas para defesa


de direito ou esclarecimento de situações de
interesse pessoal;

c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública.

VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em


razão do cargo ao conhecimento da autoridade
superior ou, quando houver suspeita de
envolvimento desta, ao conhecimento de outra
autoridade competente para apuração;

VII - zelar pela economia do material e a


conservação do patrimônio público;

VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição;

IX - manter conduta compatível com a moralidade


administrativa;

X - ser assíduo e pontual ao serviço;

XI - tratar com urbanidade as pessoas;

XII - representar contra ilegalidade, omissão ou


abuso de poder”.

Pessoal, o zelo, assim como a dignidade, o decoro, a eficácia e a


consciência dos princípios morais estão expressos, também, no Código de
Ética como um primado maior que deva nortear o servidor público, tanto

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no exercício do cargo, quanto fora dele. Dessa forma, o item E está correto
e é o gabarito da questão.

11. (FCC - INSS – PERITO MÉDICO PREVIDENCIÁRIO – 2012) Tratar


com urbanidade as pessoas constitui:
a) regra de trato social, mas cujo descumprimento impede o
servidor de ocupar cargo de provimento em comissão.
b) regra de trato social, cujo descumprimento não acarreta
sanção administrativa para o servidor público.
c) dever legal do servidor público, cuja violação sempre
acarretará a pena de suspensão, mas não a de demissão.
d) dever legal do servidor público, cuja violação pode acarretar
a pena de advertência.
e) conduta irrelevante no serviço público, não constituindo seu
descumprimento infração legal, nem de regra de trato social.

Tratar com urbanidade está explícito no Código de Ética do Servidor


Público Civil como um dever fundamental. Entretanto, no inciso XXII do
Anexo do Decreto nº 1.171, de 1994, dispõe que caberá a pena de censura
ao servidor que não cumprir com esse dever.
Ao ler o artigo 129 da Lei 8.112/90, notamos que a pena que poderá
ser aplicada ao servidor que descumprir o dever de ter urbanidade é a de
advertência por escrito.
A letra D está correta, uma vez que a urbanidade é um dever previsto
na legislação. Quando o examinador colocou que “pode acarretar” significa
que não obrigatoriamente a pena será a de advertência. Até mesmo porque
vimos que a pena poderá ser outra. Dessa forma, o gabarito é mesmo a
letra D.

12. (FCC - INSS – TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – 2012) João,


servidor público federal, é membro de Comissão de Ética de
determinado órgão do Poder Executivo Federal e foi acusado do
cometimento de infração de natureza ética. Nesta hipótese, a
infração ética será apurada:
a) pelo Ministério da Justiça.
b) pelo Presidente da República.
c) pelo Ministro Chefe da Casa Civil.
d) pela Comissão de Ética Pública.
e) pela própria Autarquia Federal a que está vinculado.

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Questão tranquila desde que conheçamos o teor do artigo 2º da


Resolução nº 4, de 2001, que aprovou o Regimento Interno da Comissão
de Ética Pública.
De acordo com a Resolução, compete à Comissão de Ética Pública
o seguinte:
“Art. 2º.

(...)

I - assegurar a observância do Código de


Conduta da Alta Administração Federal, aprovado
pelo Presidente da República em 21 de agosto de
2000, pelas autoridades públicas federais por
ele abrangidas;

II - submeter ao Presidente da República


sugestões de aprimoramento do Código de Conduta
e resoluções de caráter interpretativo de suas
normas;

III - dar subsídios ao Presidente da República


e aos Ministros de Estado na tomada de
decisão concernente a atos de autoridade que
possam implicar descumprimento das normas do
Código de Conduta;

IV - apurar, de ofício ou em razão de denúncia,


condutas que possam configurar violação do
Código de Conduta, e, se for o caso, adotar as
providências nele previstas;

V - dirimir dúvidas a respeito da aplicação do


Código de Conduta e deliberar sobre os casos
omissos;

VI - colaborar, quando solicitado, com órgãos e


entidades da administração federal, estadual e
municipal, ou dos Poderes Legislativo e Judiciário;
e

VII - dar ampla divulgação ao Código de


Conduta”.

O caso, em questão, enquadra-se no inciso IV do artigo citado acima,


como vocês devem ter percebido.

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Só mais uma observação sobre essa Comissão. Ela está vinculada à


Casa Civil da Presidência da República, a qual deverá prestar suporte
técnico e administrativo. O gabarito, portanto, é letra D.

13. (FCC - INFRAERO – ANALISTA DE SISTEMAS – 2011) João,


servidor público civil do Poder Executivo Federal, retirou da
repartição pública, sem estar legalmente autorizado, documento
pertencente ao patrimônio público. Já Maria, também servidora
pública civil do Poder Executivo Federal, deixou de utilizar
avanços técnicos e científicos do seu conhecimento para
atendimento do seu mister. Sobre os fatos narrados, é correto
afirmar que:
a) nenhuma das condutas narradas constitui vedação prevista no
Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder
Executivo Federal.
b) apenas João cometeu conduta vedada pelo Código de Ética
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal.
c) apenas Maria cometeu conduta vedada pelo Código de Ética
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal.
d) ambos praticaram condutas vedadas pelo Código de Ética
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal.
e) João e Maria não estão sujeitos a Código de Ética; portanto,
suas condutas, ainda que eventualmente irregulares, deverão
ser apreciadas na seara própria.

As condutas dos dois servidores estão previstas, como vedações ao


Servidor Público, no Código de Ética Profissional do Poder Executivo
Federal, senão vejamos:
“Seção III

Das Vedações ao Servidor Público

XV - E vedado ao servidor público;

a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades,


tempo, posição e influências, para obter qualquer
favorecimento, para si ou para outrem;

b) prejudicar deliberadamente a reputação de


outros servidores ou de cidadãos que deles
dependam;

c) ser, em função de seu espírito de solidariedade,

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conivente com erro ou infração a este Código de


Ética ou ao Código de Ética de sua profissão;

d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o


exercício regular de direito por qualquer pessoa,
causando-lhe dano moral ou material;

e) deixar de utilizar os avanços técnicos e


científicos ao seu alcance ou do seu
conhecimento para atendimento do seu
mister;

f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias,


caprichos, paixões ou interesses de ordem pessoal
interfiram no trato com o público, com os
jurisdicionados administrativos ou com colegas
hierarquicamente superiores ou inferiores;

g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber


qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação,
prêmio, comissão, doação ou vantagem de
qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer
pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para
influenciar outro servidor para o mesmo fim;

h) alterar ou deturpar o teor de documentos que


deva encaminhar para providências;

i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que


necessite do atendimento em serviços públicos;

j) desviar servidor público para atendimento a


interesse particular;

l) retirar da repartição pública, sem estar


legalmente autorizado, qualquer documento,
livro ou bem pertencente ao patrimônio
público;

m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas


n) âmbito interno de seu serviço, em benefício
próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros;

n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora


dele habitualmente;

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o) dar o seu concurso a qualquer instituição que


atente contra a moral, a honestidade ou a dignidade
da pessoa humana;

p) exercer atividade profissional aética ou ligar o


seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso”.

Vimos que ambos praticaram condutas vedadas pelo Decreto nº


1.171, de 1994, logo o gabarito é letra D.

14. (FCC – ALESP – CONHECIMENTOS GERAIS – 2010) Ética é o


conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de
um indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade. A
respeito de ética, considere:
I. A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos
princípios morais são primados maiores que devem nortear o
servidor público.
II. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do
servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato
administrativo.
III. A moralidade na Administração Pública se limita à distinção
entre o bem e o mal, não devendo ser acrescida da ideia de que
o fim é sempre o bem comum.
IV. A função pública deve ser tida como exercício profissional e,
portanto, se integra na vida particular de cada servidor público.
V. O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a
comunidade não deve ser entendido como acréscimo ao seu
próprio bem-estar, embora, como cidadão, seja parte integrante
da sociedade.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, II, e IV.
b) I, III e IV.
c) II, III e V.
d) II, IV e V.
e) III, IV e V.

Vejam como esta questão é um “ctrl-c ctrl-v” do Decreto 1.171.


Portanto, as duas primeiras frases estão corretas. Na terceira frase, a banca
retirou o “não” do terceiro inciso. De acordo com o texto legal:
III - A moralidade da Administração Pública não se
limita à distinção entre o bem e o mal, devendo

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ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o


bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e
a finalidade, na conduta do servidor público, é que
poderá consolidar a moralidade do ato
administrativo. ”
Assim sendo, esta assertiva está incorreta. Já a quarta frase está
correta. Entretanto, a quinta frase está errada. O trabalho desenvolvido
pelo servidor deve sim ser entendido como acréscimo de seu próprio bem-
estar. Desta forma, o nosso gabarito é a letra A.

15. (FCC – ALESP – CONHECIMENTOS GERAIS – 2010) Considere as


seguintes afirmativas:

O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de


seus superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e,
assim, evitando a conduta negligente

PORQUE

os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se,


às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo
imprudência no desempenho da função pública.

É correto concluir que


a) as duas afirmativas são falsas.
b) a primeira afirmativa é falsa e a segunda verdadeira.
c) a primeira afirmativa é verdadeira e a segunda é falsa.
d) as duas afirmativas são verdadeiras e a segunda justifica a
primeira.
e) as duas afirmativas são verdadeiras e a segunda não justifica
a primeira.

Esta questão nada mais é do que o inciso XI da primeira seção do


Decreto 1.171. Veja abaixo o texto original:
“XI - 0 servidor deve prestar toda a sua
atenção às ordens legais de seus superiores,
velando atentamente por seu cumprimento, e,
assim, evitando a conduta negligente. Os
repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios
tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e

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caracterizam até mesmo imprudência no


desempenho da função pública.”
Como as duas frases da questão estão corretamente descritas, as
duas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. Deste modo, o
gabarito é a letra D.

16. (FCC – DNOCS – AGENTE ADM – 2010) Com relação às Comissões


de Ética dispostas no Código de Ética Profissional do Servidor
Público Civil do Poder Executivo Federal, considere:
I. Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública
Federal direta, indireta autárquica e fundacional, ou em qualquer
órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas pelo poder
público, deverá ser criada uma Comissão de Ética.
II. Incumbe ao servidor fornecer seu registro da sua conduta
ética para a Comissão de Ética, encarregada da execução do
quadro de carreira dos servidores, para o efeito de instruir e
fundamentar promoções e para todos os demais procedimentos
próprios da carreira do servidor público.
III. A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética
é a de censura e sua fundamentação constará do respectivo
parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do
faltoso.
IV. Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-
se por servidor público, exclusivamente, a pessoa que, por força
de lei, preste serviços de natureza permanente condicionada ao
recebimento de salário e esteja ligado direta ou indiretamente a
qualquer órgão do poder estatal, como as autarquias e as
fundações públicas.
Está correto o que consta APENAS em
a) I e III.
b) I e II.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.

A primeira e a terceira frase estão corretas. Já a segunda frase inverte


o processo, pois é a comissão que deve enviar o registro de conduta para
o seu órgão.
Em relação à quarta frase, é considerado servidor público mesmo
quem eventualmente ou excepcionalmente exerça uma função pública.
Desta forma, o gabarito é a letra A.

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17. (FCC – DNOCS – AGENTE ADM – 2010) No que concerne às


Regras Deontológicas estabelecidas no Código de Ética
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal,
é correto afirmar que
a) o trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a
comunidade deve ser entendido como obrigação,
independentemente do seu próprio bem-estar, já que, como
funcionário público, integrante do Poder Executivo, o êxito desse
trabalho é requisito essencial à manutenção de seu cargo, não
dizendo respeito ao seu patrimônio e a sua vida particular.
b) a remuneração do servidor público é custeada pelos tributos
pagos direta ou indiretamente por todos, até por ele próprio, e
por isso se exige, como contrapartida, que a moralidade
administrativa se integre no Direito, sendo dissociável de sua
aplicação e de sua finalidade.
c) a moralidade da Administração Pública não se limita à
distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da idéia de
que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade
e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá
consolidar a moralidade do ato administrativo.
d) toda pessoa tem direito à verdade, sendo que o servidor
poderá omiti-la, caso seja contrária aos interesses da própria
pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado
pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo da
opressão, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana
quanto mais a de uma Nação.
e) deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução
que compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a
formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na
prestação do serviço, é comum e normal e, portanto, não causa
dano moral aos usuários dos serviços públicos e nem mesmo
configura atitude contra a ética ou ato de desumanidade.

No caso da primeira frase, o êxito de seu trabalho deverá ser


considerado seu maior patrimônio, de acordo com o inciso n° 5. Assim
sendo, a letra A está errada. O erro da letra B está na palavra “dissociável”.
A palavra correta é indissociável.
Entretanto, a letra C está correta. Já a letra D é absurda, pois
obviamente o servidor não poderá omitir uma informação se for contrária
ao interesse do administrado. O mesmo ocorre na letra E, pois, a ocorrência
de filas e demoras não é normal nem ético. Portanto, o nosso gabarito é
mesmo a letra C.

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18. (FCC - DPE-SP – ADMINISTRADOR – 2010) O servidor público


quando instado pela legislação a atuar de forma ética, não tem
que decidir somente entre o que é legal e ilegal, mas, acima de
tudo entre o que é:
a) oportuno e inoportuno.
b) conveniente e inconveniente.
c) honesto e desonesto.
d) público e privado.
e) bom e ruim.

Questão tranquila demais, não é verdade? Já vimos diversas vezes


as regras deontológicas previstas no Código de Ética do Servidor Público
Civil do Poder Executivo Federal.
Umas das regras é que o servidor público não desprezará o elemento
ético de sua conduta. Tendo que decidir não somente entre o legal e o
ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o
inoportuno, mas, principalmente, entre o honesto e o desonesto.
O Gabarito, portanto, é letra C.

19. (FCC – MRE – OFCHAN – 2009) NÃO é considerada regra


deontológica, dentre outras, destinada ao servidor público civil
do Poder Executivo federal:
a) A publicidade de todo e qualquer ato administrativo constitui
requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão
comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem
a negar.
b) O servidor deve prestar toda a atenção às ordens legais de
seus superiores, velando por seu cumprimento e evitando
conduta negligente, sendo que o descaso e o acúmulo de desvios
revelam imprudência no desempenho funcional.
c) Toda ausência injustificada do servidor de seu local de
trabalho é fator de desmoralização do serviço público, o que
quase sempre conduz à desordem nas relações humanas.
d) Toda pessoa tem direito à verdade, motivo pelo qual o
servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos
interesses da própria pessoa interessada ou da Administração
Pública.
e) A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao
serviço público caracterizam o esforço pela disciplina, sendo que

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tratar mal uma pessoa que paga seus tributos é causa de dano
moral.

Esta questão tem uma “maldade”. Na verdade, o único erro é que, ao


contrário do que está escrito na letra A, não são todos os atos que devem
ser tornados públicos.
Como o próprio Decreto descreve, existem situações em que os atos
devem ser mantidos em segredo (casos de segurança nacional,
investigações policiais ou interesse superior do Estado e da Administração
Pública). Desta forma, o gabarito é a letra A.

20. (FCC - TRT-24ª REGIÃO – AUXILIAR JUDICIÁRIO – 2006) O


Auxiliar Judiciário de Serviços Gerais não está feliz. Nunca foi
sua vontade exercer essa função, pois quer outros cargos e
funções no Tribunal. Por isso não se empenha no que faz, realiza
suas tarefas superficialmente e sempre procura fugir do trabalho
mais pesado, alegando problemas de saúde. A atitude desse
funcionário é:
a) compreensível, pois desejar melhores funções é sempre
positivo.
b) normal, pois acredita que tudo na vida é transitório.
c) eficiente, pois poderá despertar o interesse de seus superiores
para uma promoção.
d) leal, pois não gosta do que faz e demonstra publicamente seu
desinteresse.
e) errada, pois um de seus deveres é exercer com dedicação as
atribuições de seu cargo.

Pessoal, mesmo que nunca tenhamos lido o Código de Ética do


Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, por um bom senso,
conseguiríamos resolver essa questão, não é verdade?
É claro que é dever de um servidor público exercer seu cargo com
dedicação. O usuário do serviço público não tem nada a ver com os
problemas do servidor.
Mesmo que ele não goste do seu serviço, deverá prestá-lo com
dedicação, dignidade, zelo, entre outros. O gabarito, dessa forma, é mesmo
a letra E.

21. (ESAF – ANAC – ESPECIALISTA – 2016) Tendo em vista o


conceito de ética no setor público, julgue as afirmativas a seguir

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como verdadeiras (V) ou falsas (F). Ao final, assinale a opção


correta.
I. A ética estabelece a conduta apropriada e as formas de
promovê-la segundo as concepções vigentes na sociedade como
um todo ou em grupos sociais específicos.
II. As frequentes denúncias de corrupção, como a recente
Operação Lava Jato, estimulam a sociedade a ter um conceito
negativo da conduta ética da classe política.
III. A ética no serviço público segue o pressuposto de que os fins
justificam os meios, uma vez que o interesse maior está na
eficácia administrativa.
(A) Apenas a afirmativa I é verdadeira.
(B) Todas as afirmativas são verdadeiras.
(C) Apenas a afirmativa II é verdadeira.
(D) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.
(E) Apenas a afirmativa III é verdadeira.

A primeira frase foi um pouco polêmica. O conceito de Ética pode ser


definido como um estudo ou uma reflexão, científica ou filosófica, sobre os
costumes ou sobre as ações humanas10. Assim, a ética viria de “dentro” do
ser humano.
Já a moral, termo relacionado com a ética (mas não sinônimo, em
sentido restrito), é relativa aos costumes e às normas de comportamento
considerados consensuais na sociedade no momento. O termo “moral” é
derivado do latim (moris). Já a palavra “ética” é derivada do grego “ethos”.
Os dois conceitos, em sentido amplo, buscam apresentar os
comportamentos considerados aceitáveis em uma determinada sociedade
e em determinado tempo. Entretanto, em sentido mais restrito, os dois
conceitos são distintos. Me parece claro que a banca está tratando do
conceito amplo na questão, já que não menciona a comparação entre a
ética e a moral. Desta forma, a frase está sim certa.
Já a letra D é de simples resolução e está claramente certa,
dispensando maiores comentários. Finalmente, a terceira frase está errada,
pois a ética no setor público pressupõe que os fins não justificam os meios.
O gabarito é mesmo a letra D.

10
(Valls, 2008)

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22. (ESAF – ANAC – ESPECIALISTA – 2016) De acordo com o Código


de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo
Federal, são deveres do servidor público, exceto:
(A) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou
emprego público de que seja titular.
(B) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição
essencial da gestão dos bens, direitos e serviços da coletividade
a seu cargo.
(C) ceder às pressões de superiores hierárquicos, de
contratantes, interessados e outros que visem obter quaisquer
favores.
(D) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços
aperfeiçoando o processo de comunicação e contato com o
público.
(E) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios
éticos que se materializam na adequada prestação dos serviços
públicos.

Questão sem maiores dificuldades. Naturalmente, não é um dever do


servidor público “ceder às pressões de superiores hierárquicos”. O servidor
deve sim resistir à essas pressões. O gabarito é a letra C.

23. (ESAF – ANAC – ESPECIALISTA – 2016) De acordo com o Código


de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo
Federal, são vedações ao servidor público, exceto:
(A) utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou
do seu conhecimento para atendimento do seu ofício.
(B) retirar da repartição pública, sem estar legalmente
autorizado, qualquer documento, livro ou bem pertencente ao
patrimônio público.
(C) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito
interno de seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de
amigos ou de terceiros.
(D) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente
com erro ou infração ao Código de Ética ou ao Código de Ética de
sua profissão.
(E) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício
regular de direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral
ou material.

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Questão bem direta! A letra A é logo o gabarito da banca, já que os


servidores devem sim utilizar os avanços técnicos e científicos para atender
ao seu ofício, ou seja, isso não é um comportamento vedado. O gabarito é
mesmo a letra A.

24. (ESAF – RFB - AUDITOR - 2014) Segundo o Código de Ética


Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal,
é vedado ao servidor público:
a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo,
posição e influências, para obter qualquer favorecimento, para si
ou para outrem.
b) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo
de ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou
vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer
pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar
outro servidor para o mesmo fim.
c) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou
autoridade com finalidade estranha ao interesse público, mesmo
que observando as formalidades legais.
d) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu
alcance ou do seu conhecimento para atendimento do seu
mister.
e) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito
interno de seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de
amigos ou de terceiros.

Questão mal formulada pela ESAF! A banca deveria solicitado a


alternativa incorreta, pois quase todas as alternativas são relacionadas com
práticas vedadas pelo código de ética. De acordo com o mesmo:

“XV - E vedado ao servidor público;

a) o uso do cargo ou função, facilidades,


amizades, tempo, posição e influências, para
obter qualquer favorecimento, para si ou para
outrem;

b) prejudicar deliberadamente a reputação de


outros servidores ou de cidadãos que deles
dependam;

c) ser, em função de seu espírito de solidariedade,


conivente com erro ou infração a este Código de
Ética ou ao Código de Ética de sua profissão;

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d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o


exercício regular de direito por qualquer pessoa,
causando-lhe dano moral ou material;

e) deixar de utilizar os avanços técnicos e


científicos ao seu alcance ou do seu
conhecimento para atendimento do seu
mister;

f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias,


caprichos, paixões ou interesses de ordem pessoal
interfiram no trato com o público, com os
jurisdicionados administrativos ou com colegas
hierarquicamente superiores ou inferiores;

g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou


receber qualquer tipo de ajuda financeira,
gratificação, prêmio, comissão, doação ou
vantagem de qualquer espécie, para si,
familiares ou qualquer pessoa, para o
cumprimento da sua missão ou para
influenciar outro servidor para o mesmo fim;

h) alterar ou deturpar o teor de documentos que


deva encaminhar para providências;

i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que


necessite do atendimento em serviços públicos;

j) desviar servidor público para atendimento a


interesse particular;

l) retirar da repartição pública, sem estar


legalmente autorizado, qualquer documento, livro
ou bem pertencente ao patrimônio público;

m) fazer uso de informações privilegiadas


obtidas no âmbito interno de seu serviço, em
benefício próprio, de parentes, de amigos ou
de terceiros;

n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora


dele habitualmente;

o) dar o seu concurso a qualquer instituição que


atente contra a moral, a honestidade ou a dignidade
da pessoa humana;

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p) exercer atividade profissional aética ou ligar o


seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso.

Já a letra C refere-se a uma conduta relacionada nos “deveres” do


agente público. Muitos candidatos recorreram do gabarito oficial e a banca
confirmou a anulação da questão. De acordo com a ESAF:

“O enunciado correto deveria ser: “Segundo o


Código de Ética profissional do Servidor Público Civil
do Poder Executivo Federal, é vedado ao servidor
público, exceto: ” Confirma-se falha de enunciado e
confirmo a anulação da questão."

Deste modo, a questão foi teve seu gabarito anulado pela banca.

25. (ESAF – MIN. TURISMO – ANALISTA – 2014) De acordo com o


Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder
Executivo Federal, conforme Decreto n. 1.171/1994, é vedado ao
servidor público, exceto:
a) o uso do cargo ou função para obter qualquer favorecimento,
para si ou para outrem.
b) retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da
gestão dos bens, direitos e serviços da coletividade a seu cargo.
c) permitir que perseguições, antipatias, ou interesses de ordem
pessoal interfiram no trato com o público.
d) adulterar o teor de documentos que deva encaminhar para
providências.
e) solicitar ao subordinado atendimento a interesse particular.

As vedações ao servidor público estão dispostas na Seção III do


Decreto nº 1.171, de 1994, senão vejamos:
“XV - É vedado ao servidor público;
a) o uso do cargo ou função, facilidades,
amizades, tempo, posição e influências, para
obter qualquer favorecimento, para si ou para
outrem;
b) prejudicar deliberadamente a reputação de
outros servidores ou de cidadãos que deles
dependam;

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c) ser, em função de seu espírito de solidariedade,


conivente com erro ou infração a este Código de
Ética ou ao Código de Ética de sua profissão;
d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o
exercício regular de direito por qualquer pessoa,
causando-lhe dano moral ou material;
e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos
ao seu alcance ou do seu conhecimento para
atendimento do seu mister;
f) permitir que perseguições, simpatias,
antipatias, caprichos, paixões ou interesses
de ordem pessoal interfiram no trato com o
público, com os jurisdicionados
administrativos ou com colegas
hierarquicamente superiores ou inferiores;
g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber
qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação,
prêmio, comissão, doação ou vantagem de
qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer
pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para
influenciar outro servidor para o mesmo fim;
h) alterar ou deturpar o teor de documentos
que deva encaminhar para providências;
i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que
necessite do atendimento em serviços públicos;
j) desviar servidor público para atendimento a
interesse particular;
l) retirar da repartição pública, sem estar
legalmente autorizado, qualquer documento, livro
ou bem pertencente ao patrimônio público;
m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas
no âmbito interno de seu serviço, em benefício
próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros;
n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora
dele habitualmente;
o) dar o seu concurso a qualquer instituição que
atente contra a moral, a honestidade ou a dignidade
da pessoa humana;
p) exercer atividade profissional aética ou ligar o
seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso”.
Percebam que de todas as alternativas da questão, a única que não
conta nesse dispositivo é a letra B, que é o gabarito. Um dos deveres

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fundamentais do servidor público é não permitir qualquer retardo nas


prestações de contas, sendo uma condição essencial para a gestão dos
bens, direitos e serviços da coletividade a seu cargo. Dessa forma, o
gabarito é letra B.

26. (ESAF – MIN. TURISMO – ANALISTA – 2014) As comissões de


ética pública, dispostas no Decreto n. 1.171/1994, constituem-
se de:
I. órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta.
II. órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta e
indireta.
III. autarquias e fundações.
IV. qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas
pelo poder público.
V. órgãos e entidades da Administração Pública e Poder
Judiciário.
Está correto o que se afirma em:
a) I e II apenas.
b) II e IV apenas.
c) IV e V apenas.
d) I, II, III e IV apenas.
e) Todas estão corretas.

De acordo com o Decreto nº 1.171, de 1994, os órgãos e entidades


da Administração Pública Federal direta e indireta autárquica e
fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade que exerça
atribuições delegadas pelo poder público, deverá ser criada uma
Comissão de Ética.
Percebam que o Decreto não menciona o Poder Judiciário, logo
apenas o item V está errado. O gabarito, portanto, é letra D.

27. (ESAF – MIN. TURISMO – ANALISTA – 2014) De acordo com o


Código de Ética, conforme Decreto n. 1.171, de 22 de junho de
1994, assinale a opção incorreta.
a) A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos
princípios morais devem nortear o servidor público, seja no
exercício do cargo ou função, ou fora dele.

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b) A função pública deve ser tida como exercício profissional e,


portanto, não se integra na vida particular de cada servidor
público.
c) A moralidade da Administração Pública não se limita à
distinção entre o bem e o mal.
d) Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou
indiretamente significa causar-lhe dano moral.
e) A ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é
fator de desmoralização do serviço público.

A letra A está correta, pois a dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e


a consciência dos princípios morais devem nortear o servidor público e os
seus atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para a
preservação da honra e da tradição dos serviços públicos.
Pessoal, a letra B está errada e é o nosso gabarito. A função pública
deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida
particular de cada servidor público. Diante disso, os fatos e atos
verificados em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom
conceito na vida funcional, ok?
A letra C está correta. Deve-se atentar ao fato de que o bem comum
é sempre o fim buscado, logo o equilíbrio entre a legalidade e a finalidade,
na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do
ato administrativo.
A letra D está correta, pois é inadmissível tratar mal qualquer um que
pague os seus tributos. Da mesma forma, não é permitido causar dano a
qualquer bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, por
descuido ou má vontade. Isso constitui ofensa ao equipamento, às
instalações, ao Estado, e a todos os homens de boa vontade que dedicaram
sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus esforços para construí-
los.
A letra E está correta. Vale apenas lembrar de que essa
desmoralização quase sempre conduz à desordem nas relações humanas.
Dessa maneira, o gabarito é letra B.

28. (ESAF – MIN. TURISMO – ANALISTA – 2014) Julgue os itens a


seguir e assinale a opção correta.
I. A Comissão de Ética Pública será integrada por cinco
brasileiros que preencham os requisitos de idoneidade moral e
reputação ilibada e notória experiência, designados pelo
Presidente da República, para mandatos de três anos, permitida
uma única recondução.

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II. A atuação na Comissão de Ética Pública enseja remuneração


para seus membros e os trabalhos nela desenvolvidos são
considerados prestação de relevante serviço público.
III. Compete à Comissão de Ética Pública apurar condutas em
desacordo com as normas nele previstas, quando praticadas
pelas autoridades a ele submetidas.
IV. A Comissão de Ética Pública contará com uma Secretaria-
Executiva, vinculada à Casa Civil da Presidência da República, à
qual competirá prestar o apoio técnico e administrativo aos
trabalhos da Comissão.
V. À pessoa que esteja sendo investigada, é assegurado o direito
de ter vista dos autos, no recinto das Comissões de Ética,
somente após ter sido notificada da existência do procedimento
investigatório.
a) apenas I e IV estão corretos.
b) apenas II, III e IV estão corretos.
c) apenas III e IV estão corretos.
d) apenas I, II e III estão corretos.
e) Todos estão corretos.

O item I está errado, pois a Comissão de Ética Pública será integrada


por sete brasileiros e não cinco como afirmam.
O item II está errado, pois a atuação não enseja qualquer
remuneração para seus membros.
O item V está errado, pois o direito de ter vista dos autos pode se dar
mesmo que ainda não tenha sido notificada da existência do procedimento
investigatório.
Dessa forma, o gabarito é letra C, pois apenas os itens III e IV estão
corretos.

29. (ESAF - CVM - ANALISTA – 2010) O Decreto n. 1.171, de 22 de


junho de 1994, aprovou o Código de Ética Profissional do
Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal e, entre outras
providências, determinou que os órgãos e entidades da
Administração Pública Federal direta e indireta constituíssem as
respectivas Comissões de Ética. A respeito dos termos desse
Código, assinale a opção incorreta.
a) A função pública deve ser tida como exercício profissional e,
portanto, se integra na vida particular de cada servidor público.
Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia a dia em sua

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vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na


vida funcional.
b) A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é
a censura.
c) É vedado ao servidor iludir ou tentar iludir qualquer pessoa
que necessite do atendimento em serviços públicos.
d) É dever fundamental do servidor público abster-se, de forma
absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com
finalidade estranha ao interesse público, mesmo que observando
as formalidades legais e não cometendo qualquer violação
expressa à lei.
e) O Código de Ética elenca apenas deveres negativos do servidor
público. ==89cb3==

A banca pede a alternativa incorreta, então vamos direto a ela. A


letra E fala sobre deveres negativos. Mas, o que seriam esses deveres
negativos? E qual a diferença para deveres positivos?
Ambos os conceitos se relacionam diretamente com o aspecto moral.
No dever positivo, você teria o dever moral de agir. No dever negativo,
você teria o dever moral de não agir.
O Código de Ética apresenta tantos deveres positivos, quantos
negativos do servidor público, o que confirma o gabarito ser letra E.

30. (ESAF – MPOG - EPPGG - 2009) No exercício da função, o servidor


público civil do Poder Executivo Federal afronta o Código de Ética
Profissional quando:
a) diante de duas opções, escolhe sempre a melhor e a mais
vantajosa para o bem comum.
b) exige de seus superiores as providências cabíveis contra ato
ou fato contrário ao interesse público de que lhes tenha dado
ciência.
c) representa contra superior hierárquico, no caso de
comprometimento indevido da estrutura em que se funda o
Poder Estatal.
d) apresenta-se ao trabalho com vestimentas inadequadas.
e) facilita a fiscalização, por quem de direito, de seus atos ou
serviços.

Esta questão é bem fácil. Basicamente, a Esaf fez um “ctrl-c ctrl-v”


do artigo XIV do Decreto 1.171/94. Entretanto, não precisava nem se
lembrar do texto legal.

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Vejam que a única opção que nos apresenta um comportamento


reprovável é a letra D. De acordo com o Decreto 1.171/94, artigo XIV, todo
servidor deve:
“p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas
adequadas ao exercício da função;”
Obviamente, ninguém pode aparecer de calção de banho no órgão
público para trabalhar, não é mesmo? Desse modo, o gabarito é mesmo a
letra D.

31. (ESAF - ANEEL – ANALISTA - 2006) Assinale a opção correta.


a) Ética e moral, num sentido amplo, são palavras sinônimas.
Referem-se aos valores que regem a conduta humana, tendo
caráter normativo ou prescritivo.
b) Ética e moral, num sentido amplo, são palavras sinônimas.
Referem-se ao estudo dos princípios que explicam regras de
conduta consideradas como universalmente válidas.
c) A ética, num sentido restrito, está preocupada na construção
de um conjunto de prescrições destinadas a assegurar uma vida
em comum justa e harmoniosa.
d) A ética, num sentido restrito, diz respeito aos costumes,
valores e normas de conduta específicas de uma sociedade ou
cultura.
e) A moral, num sentido restrito, está preocupada em detectar
os princípios que regem a conduta humana.

A letra A está correta. A palavra “ética” é derivada do termo grego


“ethos”, ao passo que a palavra “moral” é derivada do termo latino “moris”.
Esses termos são, realmente, muitas vezes utilizados como
sinônimos e são, em sentido amplo, conceitos conexos, com uma
característica de prescrição. Tanto a ética quanto a moral buscam
apresentar os comportamentos considerados aceitáveis em uma sociedade.
A letra B está errada, pois o “estudo dos princípios que explicam
regras de conduta consideradas como universalmente válidas” diz respeito
ao conceito de ética, em sentido restrito. A letra C está incorreta, pois este
é o conceito de moral em sentido restrito (e de ética no sentido amplo). Do
mesmo modo, a letra D está incorreta.
Finalmente, a letra E também está errada. É a ética, em sentido,
restrito, que estudará e detectará os princípios que regem a conduta
humana. O gabarito é, assim, a letra A.

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32. (ESAF – MPOG - EPPGG - 2005) De acordo com o Código de Ética


Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal,
são deveres fundamentais do servidor público:
I. quando estiver diante de mais de uma opção, escolher aquela
que melhor atenda aos interesses do governo.
II. exigir de seus superiores hierárquicos as providências
cabíveis relativas a ato ou fato contrário ao interesse público que
tenha levado ao conhecimento deles.
III. zelar pelas exigências específicas da defesa da vida e da
segurança coletiva, quando no exercício do direito de greve.
IV. materializar os princípios éticos mediante a adequada
prestação dos serviços públicos.
V. resistir às pressões ilegais ou aéticas e denunciá-las, mesmo
que os interessados sejam seus superiores hierárquicos.
Estão corretas:
a) as afirmativas I, II, III, IV e V.
b) apenas as afirmativas II, III, IV e V.
c) apenas as afirmativas I, II e V.
d) apenas as afirmativas I, IV e V.
e) apenas as afirmativas I, III e IV.

Questãozinha maldosa! A Esaf nessa quis “pegar” os candidatos


desavisados. Todas as alternativas estão corretas, menos a primeira frase.
O decreto 1.171/94 diz que todo servidor público deve:
“c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda
a integridade do seu caráter, escolhendo sempre,
quando estiver diante de duas opções, a melhor e
a mais vantajosa para o bem comum;”
Assim, entre duas alternativas o servidor deve escolher o que for
melhor para o bem comum, não o que for melhor para o governo! Vejam
que a finalidade é melhorar a vida do povo, da coletividade.
Os governos entram e saem, mas o Estado se mantém, ok? As demais
alternativas estão corretas e o gabarito é a letra B.

33. (ESAF – MPOG - EPPGG - 2005) De acordo com o Código de Ética


Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal:
I. a publicidade de qualquer ato administrativo constitui
requisito de eficácia e moralidade, salvo nos casos em que a lei
estabelecer o sigilo.

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II. atenta contra a ética o administrador que não adota as


medidas necessárias a evitar a formação de longas filas na
repartição pública.
III. todo aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer
ato jurídico, preste serviços de natureza temporária, ainda que
sem retribuição financeira, mas desde que ligado direta ou
indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, é considerado
servidor público.
IV. o servidor não deve deixar que simpatias ou antipatias
influenciem os seus atos funcionais.
V. incide em infração de natureza ética o servidor que deixar de
utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance.
Estão corretas:
a) as afirmativas I, II, III, IV e V.
b) apenas as afirmativas I, III, IV e V.
c) apenas as afirmativas I, II, III e IV.
d) apenas as afirmativas III, IV e V.
e) apenas as afirmativas I, III e IV.

Esta questão é baseada no Decreto 1.171/94. Todas as alternativas


estão corretas. De acordo com o Código de Ética:
VII - Salvo os casos de segurança nacional,
investigações policiais ou interesse superior do
Estado e da Administração Pública, a serem
preservados em processo previamente declarado
sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de
qualquer ato administrativo constitui
requisito de eficácia e moralidade, ensejando
sua omissão comprometimento ético contra o bem
comum, imputável a quem a negar.
Vejam que a primeira afirmativa é corretíssima! Vamos a mais uma:
“X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à
espera de solução que compete ao setor em que
exerça suas funções, permitindo a formação de
longas filas, ou qualquer outra espécie de
atraso na prestação do serviço, não caracteriza
apenas atitude contra a ética ou ato de
desumanidade, mas principalmente grave dano
moral aos usuários dos serviços públicos.”

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Ou seja, deixar o povo esperando horas enquanto você “bate papo”


com o pessoal do setor atenta contra a ética, certo? A segunda afirmativa
está ok! Vamos para mais uma:
“XXIV - Para fins de apuração do comprometimento
ético, entende-se por servidor público todo
aquele que, por força de lei, contrato ou de
qualquer ato jurídico, preste serviços de
natureza permanente, temporária ou
excepcional, ainda que sem retribuição
financeira, desde que ligado direta ou
indiretamente a qualquer órgão do poder
estatal, como as autarquias, as fundações
públicas, as entidades paraestatais, as empresas
públicas e as sociedades de economia mista, ou em
qualquer setor onde prevaleça o interesse do
Estado.”
Assim sendo, de acordo com o Código de Ética não são só os
servidores estatutários os que devem seguir os princípios de ética do
Decreto. A terceira afirmativa também está certa. Vamos para a próxima?
“XV - É vedado ao servidor público;
f) permitir que perseguições, simpatias,
antipatias, caprichos, paixões ou interesses
de ordem pessoal interfiram no trato com o
público, com os jurisdicionados administrativos ou
com colegas hierarquicamente superiores ou
inferiores;”
Desse modo, os servidores públicos não podem deixar as emoções
influenciarem em seu trabalho. A quarta frase está perfeita. Finalmente, a
quinta frase também está certa, de acordo com o texto abaixo:
“XV - É vedado ao servidor público;
e) deixar de utilizar os avanços técnicos e
científicos ao seu alcance ou do seu
conhecimento para atendimento do seu mister”
Portanto, o gabarito é mesmo a letra A.

34. (ESAF - CGU - AFC – 2004) Não têm a obrigação de constituir as


comissões de ética previstas no Decreto nº 1.171/1994 (Código
de Conduta do Servidor Público Civil do Poder Executivo
Federal):
a) as autarquias federais.
b) as empresas públicas federais.
c) as sociedades de economia mista.

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d) os órgãos do Poder Judiciário.


e) os órgãos e entidades que exerçam atribuições delegadas pelo
poder público.

O Decreto nº 1.171, de 1994, aprovou o Código de Ética (ou Conduta)


Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal.
Dessa forma, essa norma alcança apenas o Poder Executivo,
deixando o Poder Legislativo e o Judiciário de fora. Vale ressaltar que o
Decreto abrange apenas o Poder Executivo Federal, logo não é correto
afirmar que as outras esferas (estadual e municipal) devam observá-lo, ok?
Dessa forma, a única alternativa que não faz parte do Poder Executivo
Federal é a letra D, sendo o gabarito da questão.

35. (ESAF – RFB - AFRF - 2003) De acordo com o Código de Ética


Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal,
“a moralidade da Administração Pública não se limita à distinção
entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da idéia de que o fim
é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a
finalidade, na conduta do servidor, é que poderá consolidar a
moralidade do ato administrativo”. Esse enunciado expressa:
a) o sentido do princípio da legalidade na Administração Pública.
b) que o estrito cumprimento da lei conduz à moralidade na
Administração Pública.
c) que o ato administrativo praticado de acordo com a lei não
pode ser impugnado sob o aspecto da moralidade.
d) que todo ato legal é também moral.
e) um valor ético que deve nortear a prática dos atos
administrativos.

Esta questão busca mostrar as conexões e diferenças entre a moral


e a legalidade. Como estamos acostumados a ver no Brasil, muitas leis são
imorais. Assim, um comportamento pode ser legal (por estar de acordo
com a norma legal), mas ser considerado pela sociedade como imoral (a
aposentadoria integral de governadores após apenas quatro anos de
contribuição foi um caso que evidenciou isto).
Assim sendo, a letra B está errada, pois algo pode ser legal e imoral
ao mesmo tempo. A letra A está igualmente incorreta, pois o enunciado
expressa o conceito de moralidade, e não de legalidade.
A letra C está também errada, pois um ato dentro da legalidade pode
sim ser impugnado sob o aspecto da moralidade. Do mesmo modo que a
letra B, a letra D está errada. Já a letra E está perfeita (a ética aqui está

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sendo avaliada em seu sentido amplo – igual ao da moral) e é o gabarito


da banca.

36. (ESAF – TCU - AFC - 2002) O caráter racional-legal está


diretamente relacionado à ética da convicção ou do valor
absoluto.

A questão está incorreta porque o caráter racional-legal está ligado a


gestão dos recursos na busca dos fins desejados. Se existe uma
preocupação central com os resultados, estamos nos referindo a uma ética
da responsabilidade – e não de uma ética da convicção.
Dessa forma, o gabarito é questão errada.

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Lista de Questões Trabalhadas na Aula.

1. (VUNESP – SÃO JOSÉ DO REIO PRETO-SP - AGENTE - 2015) O sucesso


ao longo da carreira, baseado na ética e no sigilo profissional, deve-se,
em parte, ao cuidado de, ao sair de uma empresa e iniciar um trabalho
na concorrência:
(A) explanar detalhadamente todas as nossas atividades e
funcionalidade no fechamento de negócios da antiga organização.
(B) apresentar um portfólio com todo o passo a passo das tratativas ao
fechar negócios para a antiga empresa.
(C) guardar toda a informação que pode afetar a antiga empresa e/ou
os colegas de trabalho.
(D) relatar os trâmites das negociações sem se importar com os
resultados de suas informações prestadas à nova empresa.
(E) verificar as informações mais precisas e repassá-las para a nova
organização, para ganhar novas concorrências e assim conseguir
neutralizar os negócios de sua antiga empresa.

2. (VUNESP – JABOTICABAL-SP - AGENTE - 2015) Ética é o conjunto de


valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na
sociedade. A ética no trabalho deve ser entendida como um valor da
organização que assegura sua sobrevivência e reputação e,
consequentemente, seus resultados. Uma das características do
profissional ético é “ser responsável”. Isso significa que ele deve
(A) cooperar com todas as chefias em relação a todas as irregularidades
ocorridas durante o expediente de trabalho para não afetar seus
resultados.
(B) comunicar a seu superior toda e qualquer transgressão das normas
nas rotinas administrativas de seus colegas, no seu departamento.
(C) cuidar em apontar diariamente, sem que isso seja o seu trabalho,
as necessidades de melhorias do trabalho dos demais colaboradores.
(D) estar consciente de suas atividades, seus deveres e suas atribuições.
Saber o que, como e quando fazer.
(E) estar rigorosamente no seu horário de entrada na empresa,
desenvolver seu trabalho e preservar pontualmente seu horário de
saída.

3. (VUNESP – JABOTICABAL-SP - AGENTE - 2015) Código de Ética utilizado


na maioria das organizações pode ser considerado um documento de

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(A) texto que orienta as pessoas quanto à forma de se relacionar


civilizadamente com os colegas no ambiente de trabalho.
(B) texto com dicas de sucesso na carreira e como se manter
moralmente empregável no mercado de trabalho.
(C) texto com normas que objetivam orientar condutas e que devem ser
seguidas pelos profissionais no exercício de seu trabalho.
(D) texto produzido para que os profissionais de determinadas áreas
cumpram suas obrigações de trabalho para os quais foram contratados.
(E) texto que objetiva conduzir pessoas e profissionais a resultados
comuns exigidos pela organização.

4. (VUNESP - EMPLASA - ANALISTA - 2014) Pode-se atribuir como um dos


elementos constitutivos da ética da convicção:
(A) as decisões decorrem de deliberação em função de uma análise das
circunstâncias.
(B) a máxima: as pessoas são socialmente responsáveis por aquilo que
os seus atos provocam.
(C) a vertente da finalidade: “alcance os objetivos custe o que custar”.
(D) a vertente de princípio: “respeite as regras haja o que houver”.
(E) a vertente utilitarista: “faça o maior bem para a maior quantidade
de pessoas”.

5. (VUNESP – SEDUC-SP - ANALISTA - 2014) O padrão que define que a


conduta ética dos servidores públicos não pode ir de encontro ao padrão
ético mais geral da sociedade, segundo a Constituição Federal, é o
princípio da Administração Pública denominado
(A) subsidiariedade.
(B) impessoalidade.
(C) moralidade.
(D) publicidade.
(E) eficiência.

6. (FESMIP-BA – MPE-BA – ANALISTA – 2011) Examine as assertivas


abaixo.
I. Assim como a palavra “moral” vem do latim (mos, moris), a palavra
“ética” vem do grego (ethos) e ambas se referem a costumes, indicando
as regras do comportamento, as diretrizes de conduta a serem seguidas.

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II. A moral social trata dos valores e das normas de conduta que são
exigidas do indivíduo para realizar sua personalidade.
III. As normas éticas são aquelas que prescrevem como o homem deve
agir.
IV. A norma ética possui, como uma de suas características, a
impossibilidade de ser violada.
Assinale a alternativa que contém as assertivas corretas.
a) I e II.
b) I e III.
c) I e IV.
d) II e III.
e) II e IV.

7. (FCC – COPERGÁS/PE – ANALISTA – 2016) Cássio, servidor público


federal, negou-se a dar andamento a pedido de licenciamento de
empreendimento apresentado por uma empresa integrante da
Administração indireta estadual, alegando que não dominava o sistema
de informática que introduziu o processamento eletrônico de pleitos
dessa natureza. De acordo com o Código de Ética Profissional do
Servidor Público Civil, aprovado pelo Decreto nº 1.171/1994 e suas
alterações, a conduta de Cássio
a) constitui uma das vedações impostas ao servidor, sendo passível de
pena de censura, aplicável pela Comissão de Ética.
b) está compreendida no dever de informar o usuário, não ensejando
qualquer punição, salvo se o servidor faltar com o dever de urbanidade.
c) não viola nenhum dos deveres funcionais e tampouco constitui
vedação, mas, se caracterizada desídia, sujeita o servidor à pena de
advertência.
d) constitui conduta imprópria, que atenta contra os princípios
deontológicos e causa dano moral ao administrado, sendo passível de
pena de suspensão.
e) atenta contra um dos deveres fundamentais do servidor, o da
eficiência, ensejando pena de repreensão e, na hipótese de reincidência,
suspensão ou multa.

8. (FCC – COPERGÁS/PE – AUXILIAR – 2016) De acordo com as disposições


do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil Federal,
aprovado pelo Decreto no 1.171/1994 e suas alterações, a realização de
greve pelo servidor

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a) é expressamente vedada, por ofensa aos direitos fundamentais do


cidadão, sendo passível de instauração de processo disciplinar para
apuração de responsabilidade funcional.
b) é vedada, enquanto não editada legislação infraconstitucional que
estabeleça seus limites, assegurado, contudo, o direito de manifestação
e reivindicação.
c) deve observar as exigências específicas da defesa da vida e da
segurança coletiva, sendo dever do servidor zelar por tal observância.
d) é desaconselhável, cabendo censura ao servidor que aderir a
movimento grevista, bem como o desconto dos dias parados.
e) constitui um direito inafastável, não podendo ser imposta qualquer
restrição ao seu exercício, a qual será caracterizada como abuso de
poder hierárquico.

9. (FCC – COPERGÁS/PE – AUXILIAR – 2016) Fábio, servidor público de


uma autarquia federal da área previdenciária, na condição de
responsável pelo atendimento aos cidadãos, tentando reduzir sua carga
de trabalho passou a informar àqueles que buscavam atendimento que
alguns serviços estavam temporariamente suspensos, informação essa
que não correspondia à verdade. De acordo com as disposições do
Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil Federal, aprovado
pelo Decreto no 1.171/1994 e suas alterações, a conduta de Fábio
a) constitui falta grave, passível de demissão, por violação aos deveres
fundamentais do servidor.
b) caracteriza violação às regras deontológicas, ensejando pena de
repreensão.
c) não obstante reprovável, não é capitulada como violação à ética
profissional.
d) caracteriza-se como conduta imprópria, que viola os direitos dos
usuários, passível de suspensão.
e) corresponde a conduta expressamente vedada ao servidor, passível
de aplicação de pena de censura.

10. (FCC - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - ANALISTA – 2013) Quando se determina


ao servidor público que ele exerça com zelo e dedicação as atribuições
de seu cargo e atenda com presteza o público, está-se diante de:
a) obrigação legal implícita, na medida em que são decorrentes da
interpretação dos direitos e deveres dos servidores que constam na
legislação vigente.

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b) deveres morais, que somente podem ser utilizados para punição


disciplinar na hipótese de haver positivação da regra na unidade de
classificação do servidor.
c) recomendação disciplinar implícita, punível, na reiteração, com
demissão.
d) recomendação moral a todos os servidores públicos, não havendo
possibilidade de punição disciplinar em decorrência do desatendimento,
a não ser pela análise de desempenho.
e) deveres legalmente expressos, de modo que o desatendimento
possibilita a adoção de providências por parte da Administração pública.

11. (FCC - INSS – PERITO MÉDICO PREVIDENCIÁRIO – 2012) Tratar com


urbanidade as pessoas constitui:
a) regra de trato social, mas cujo descumprimento impede o servidor de
ocupar cargo de provimento em comissão.
b) regra de trato social, cujo descumprimento não acarreta sanção
administrativa para o servidor público.
c) dever legal do servidor público, cuja violação sempre acarretará a
pena de suspensão, mas não a de demissão.
d) dever legal do servidor público, cuja violação pode acarretar a pena
de advertência.
e) conduta irrelevante no serviço público, não constituindo seu
descumprimento infração legal, nem de regra de trato social.

12. (FCC - INSS – TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – 2012) João, servidor


público federal, é membro de Comissão de Ética de determinado órgão
do Poder Executivo Federal e foi acusado do cometimento de infração de
natureza ética. Nesta hipótese, a infração ética será apurada:
a) pelo Ministério da Justiça.
b) pelo Presidente da República.
c) pelo Ministro Chefe da Casa Civil.
d) pela Comissão de Ética Pública.
e) pela própria Autarquia Federal a que está vinculado.

13. (FCC - INFRAERO – ANALISTA DE SISTEMAS – 2011) João, servidor


público civil do Poder Executivo Federal, retirou da repartição pública,
sem estar legalmente autorizado, documento pertencente ao patrimônio
público. Já Maria, também servidora pública civil do Poder Executivo
Federal, deixou de utilizar avanços técnicos e científicos do seu

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conhecimento para atendimento do seu mister. Sobre os fatos narrados,


é correto afirmar que:
a) nenhuma das condutas narradas constitui vedação prevista no Código
de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal.
b) apenas João cometeu conduta vedada pelo Código de Ética
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal.
c) apenas Maria cometeu conduta vedada pelo Código de Ética
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal.
d) ambos praticaram condutas vedadas pelo Código de Ética Profissional
do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal.
e) João e Maria não estão sujeitos a Código de Ética; portanto, suas
condutas, ainda que eventualmente irregulares, deverão ser apreciadas
na seara própria.

14. (FCC – ALESP – CONHECIMENTOS GERAIS – 2010) Ética é o conjunto


de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo, de
um grupo social ou de uma sociedade. A respeito de ética, considere:
I. A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios
morais são primados maiores que devem nortear o servidor público.
II. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor
público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.
III. A moralidade na Administração Pública se limita à distinção entre o
bem e o mal, não devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre
o bem comum.
IV. A função pública deve ser tida como exercício profissional e,
portanto, se integra na vida particular de cada servidor público.
V. O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade
não deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio bem-estar,
embora, como cidadão, seja parte integrante da sociedade.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, II, e IV.
b) I, III e IV.
c) II, III e V.
d) II, IV e V.
e) III, IV e V.

15. (FCC – ALESP – CONHECIMENTOS GERAIS – 2010) Considere as


seguintes afirmativas:

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O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus


superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e, assim,
evitando a conduta negligente

PORQUE

os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, às


vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo imprudência no
desempenho da função pública.

É correto concluir que


a) as duas afirmativas são falsas.
b) a primeira afirmativa é falsa e a segunda verdadeira.
c) a primeira afirmativa é verdadeira e a segunda é falsa.
d) as duas afirmativas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
e) as duas afirmativas são verdadeiras e a segunda não justifica a
primeira.

16. (FCC – DNOCS – AGENTE ADM – 2010) Com relação às Comissões de


Ética dispostas no Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil
do Poder Executivo Federal, considere:
I. Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal
direta, indireta autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou
entidade que exerça atribuições delegadas pelo poder público, deverá
ser criada uma Comissão de Ética.
II. Incumbe ao servidor fornecer seu registro da sua conduta ética para
a Comissão de Ética, encarregada da execução do quadro de carreira
dos servidores, para o efeito de instruir e fundamentar promoções e para
todos os demais procedimentos próprios da carreira do servidor público.
III. A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de
censura e sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado
por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso.
IV. Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por
servidor público, exclusivamente, a pessoa que, por força de lei, preste
serviços de natureza permanente condicionada ao recebimento de
salário e esteja ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder
estatal, como as autarquias e as fundações públicas.
Está correto o que consta APENAS em
a) I e III.

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b) I e II.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.

17. (FCC – DNOCS – AGENTE ADM – 2010) No que concerne às Regras


Deontológicas estabelecidas no Código de Ética Profissional do Servidor
Público Civil do Poder Executivo Federal, é correto afirmar que
a) o trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade
deve ser entendido como obrigação, independentemente do seu próprio
bem-estar, já que, como funcionário público, integrante do Poder
Executivo, o êxito desse trabalho é requisito essencial à manutenção de
seu cargo, não dizendo respeito ao seu patrimônio e a sua vida
particular.
b) a remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos
direta ou indiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se
exige, como contrapartida, que a moralidade administrativa se integre
no Direito, sendo dissociável de sua aplicação e de sua finalidade.
c) a moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre
o bem e o mal, devendo ser acrescida da idéia de que o fim é sempre o
bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta
do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato
administrativo.
d) toda pessoa tem direito à verdade, sendo que o servidor poderá omiti-
la, caso seja contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou
da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-
se sobre o poder corruptivo da opressão, que sempre aniquilam até
mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação.
e) deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que
compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a formação
de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do
serviço, é comum e normal e, portanto, não causa dano moral aos
usuários dos serviços públicos e nem mesmo configura atitude contra a
ética ou ato de desumanidade.

18. (FCC - DPE-SP – ADMINISTRADOR – 2010) O servidor público quando


instado pela legislação a atuar de forma ética, não tem que decidir
somente entre o que é legal e ilegal, mas, acima de tudo entre o que é:
a) oportuno e inoportuno.
b) conveniente e inconveniente.
c) honesto e desonesto.

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d) público e privado.
e) bom e ruim.

19. (FCC – MRE – OFCHAN – 2009) NÃO é considerada regra deontológica,


dentre outras, destinada ao servidor público civil do Poder Executivo
federal:
a) A publicidade de todo e qualquer ato administrativo constitui requisito
de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão comprometimento
ético contra o bem comum, imputável a quem a negar.
b) O servidor deve prestar toda a atenção às ordens legais de seus
superiores, velando por seu cumprimento e evitando conduta
negligente, sendo que o descaso e o acúmulo de desvios revelam
imprudência no desempenho funcional.
c) Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator
de desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à
desordem nas relações humanas.
d) Toda pessoa tem direito à verdade, motivo pelo qual o servidor não
pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria
pessoa interessada ou da Administração Pública.
e) A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço
público caracterizam o esforço pela disciplina, sendo que tratar mal uma
pessoa que paga seus tributos é causa de dano moral.

20. (FCC - TRT-24ª REGIÃO – AUXILIAR JUDICIÁRIO – 2006) O Auxiliar


Judiciário de Serviços Gerais não está feliz. Nunca foi sua vontade
exercer essa função, pois quer outros cargos e funções no Tribunal. Por
isso não se empenha no que faz, realiza suas tarefas superficialmente e
sempre procura fugir do trabalho mais pesado, alegando problemas de
saúde. A atitude desse funcionário é:
a) compreensível, pois desejar melhores funções é sempre positivo.
b) normal, pois acredita que tudo na vida é transitório.
c) eficiente, pois poderá despertar o interesse de seus superiores para
uma promoção.
d) leal, pois não gosta do que faz e demonstra publicamente seu
desinteresse.
e) errada, pois um de seus deveres é exercer com dedicação as
atribuições de seu cargo.

21. (ESAF – ANAC – ESPECIALISTA – 2016) Tendo em vista o conceito de


ética no setor público, julgue as afirmativas a seguir como verdadeiras
(V) ou falsas (F). Ao final, assinale a opção correta.

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I. A ética estabelece a conduta apropriada e as formas de promovê-la


segundo as concepções vigentes na sociedade como um todo ou em
grupos sociais específicos.
II. As frequentes denúncias de corrupção, como a recente Operação
Lava Jato, estimulam a sociedade a ter um conceito negativo da conduta
ética da classe política.
III. A ética no serviço público segue o pressuposto de que os fins
justificam os meios, uma vez que o interesse maior está na eficácia
administrativa.
(A) Apenas a afirmativa I é verdadeira.
(B) Todas as afirmativas são verdadeiras.
(C) Apenas a afirmativa II é verdadeira.
(D) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.
(E) Apenas a afirmativa III é verdadeira.

22. (ESAF – ANAC – ESPECIALISTA – 2016) De acordo com o Código de


Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal,
são deveres do servidor público, exceto:
(A) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou emprego
público de que seja titular.
(B) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da
gestão dos bens, direitos e serviços da coletividade a seu cargo.
(C) ceder às pressões de superiores hierárquicos, de contratantes,
interessados e outros que visem obter quaisquer favores.
(D) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando o
processo de comunicação e contato com o público.
(E) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que
se materializam na adequada prestação dos serviços públicos.

23. (ESAF – ANAC – ESPECIALISTA – 2016) De acordo com o Código de


Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal,
são vedações ao servidor público, exceto:
(A) utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu
conhecimento para atendimento do seu ofício.
(B) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado,
qualquer documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público.
(C) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de
seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos ou de
terceiros.

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(D) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro


ou infração ao Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão.
(E) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular
de direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material.

24. (ESAF – RFB - AUDITOR - 2014) Segundo o Código de Ética Profissional


do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, é vedado ao
servidor público:
a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e
influências, para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem.
b) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda
financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de
qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para o
cumprimento da sua missão ou para influenciar outro servidor para o
mesmo fim.
c) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou
autoridade com finalidade estranha ao interesse público, mesmo que
observando as formalidades legais.
d) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou
do seu conhecimento para atendimento do seu mister.
e) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de
seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos ou de
terceiros.

25. (ESAF – MIN. TURISMO – ANALISTA – 2014) De acordo com o Código


de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal,
conforme Decreto n. 1.171/1994, é vedado ao servidor público, exceto:
a) o uso do cargo ou função para obter qualquer favorecimento, para si
ou para outrem.
b) retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão
dos bens, direitos e serviços da coletividade a seu cargo.
c) permitir que perseguições, antipatias, ou interesses de ordem pessoal
interfiram no trato com o público.
d) adulterar o teor de documentos que deva encaminhar para
providências.
e) solicitar ao subordinado atendimento a interesse particular.

26. (ESAF – MIN. TURISMO – ANALISTA – 2014) As comissões de ética


pública, dispostas no Decreto n. 1.171/1994, constituem-se de:
I. órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta.

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II. órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta e indireta.


III. autarquias e fundações.
IV. qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas pelo
poder público.
V. órgãos e entidades da Administração Pública e Poder Judiciário.
Está correto o que se afirma em:
a) I e II apenas.
b) II e IV apenas.
c) IV e V apenas.
d) I, II, III e IV apenas.
e) Todas estão corretas.

27. (ESAF – MIN. TURISMO – ANALISTA – 2014) De acordo com o Código


de Ética, conforme Decreto n. 1.171, de 22 de junho de 1994, assinale
a opção incorreta.
a) A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios
morais devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou
função, ou fora dele.
b) A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto,
não se integra na vida particular de cada servidor público.
c) A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre
o bem e o mal.
d) Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou
indiretamente significa causar-lhe dano moral.
e) A ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator
de desmoralização do serviço público.

28. (ESAF – MIN. TURISMO – ANALISTA – 2014) Julgue os itens a seguir e


assinale a opção correta.
I. A Comissão de Ética Pública será integrada por cinco brasileiros que
preencham os requisitos de idoneidade moral e reputação ilibada e
notória experiência, designados pelo Presidente da República, para
mandatos de três anos, permitida uma única recondução.
II. A atuação na Comissão de Ética Pública enseja remuneração para
seus membros e os trabalhos nela desenvolvidos são considerados
prestação de relevante serviço público.
III. Compete à Comissão de Ética Pública apurar condutas em desacordo
com as normas nele previstas, quando praticadas pelas autoridades a
ele submetidas.

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IV. A Comissão de Ética Pública contará com uma Secretaria-Executiva,


vinculada à Casa Civil da Presidência da República, à qual competirá
prestar o apoio técnico e administrativo aos trabalhos da Comissão.
V. À pessoa que esteja sendo investigada, é assegurado o direito de ter
vista dos autos, no recinto das Comissões de Ética, somente após ter
sido notificada da existência do procedimento investigatório.
a) apenas I e IV estão corretos.
b) apenas II, III e IV estão corretos.
c) apenas III e IV estão corretos.
d) apenas I, II e III estão corretos.
e) Todos estão corretos.

29. (ESAF - CVM - ANALISTA – 2010) O Decreto n. 1.171, de 22 de junho


de 1994, aprovou o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil
do Poder Executivo Federal e, entre outras providências, determinou que
os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta e indireta
constituíssem as respectivas Comissões de Ética. A respeito dos termos
desse Código, assinale a opção incorreta.
a) A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto,
se integra na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e
atos verificados na conduta do dia a dia em sua vida privada poderão
acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.
b) A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a
censura.
c) É vedado ao servidor iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que
necessite do atendimento em serviços públicos.
d) É dever fundamental do servidor público abster-se, de forma
absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com finalidade
estranha ao interesse público, mesmo que observando as formalidades
legais e não cometendo qualquer violação expressa à lei.
e) O Código de Ética elenca apenas deveres negativos do servidor
público.

30. (ESAF – MPOG - EPPGG - 2009) No exercício da função, o servidor


público civil do Poder Executivo Federal afronta o Código de Ética
Profissional quando:
a) diante de duas opções, escolhe sempre a melhor e a mais vantajosa
para o bem comum.
b) exige de seus superiores as providências cabíveis contra ato ou fato
contrário ao interesse público de que lhes tenha dado ciência.

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c) representa contra superior hierárquico, no caso de comprometimento


indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal.
d) apresenta-se ao trabalho com vestimentas inadequadas.
e) facilita a fiscalização, por quem de direito, de seus atos ou serviços.

31. (ESAF - ANEEL – ANALISTA - 2006) Assinale a opção correta.


a) Ética e moral, num sentido amplo, são palavras sinônimas. Referem-
se aos valores que regem a conduta humana, tendo caráter normativo
ou prescritivo.
b) Ética e moral, num sentido amplo, são palavras sinônimas. Referem-
se ao estudo dos princípios que explicam regras de conduta
consideradas como universalmente válidas.
c) A ética, num sentido restrito, está preocupada na construção de um
conjunto de prescrições destinadas a assegurar uma vida em comum
justa e harmoniosa.
d) A ética, num sentido restrito, diz respeito aos costumes, valores e
normas de conduta específicas de uma sociedade ou cultura.
e) A moral, num sentido restrito, está preocupada em detectar os
princípios que regem a conduta humana.

32. (ESAF – MPOG - EPPGG - 2005) De acordo com o Código de Ética


Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, são
deveres fundamentais do servidor público:
I. quando estiver diante de mais de uma opção, escolher aquela que
melhor atenda aos interesses do governo.
II. exigir de seus superiores hierárquicos as providências cabíveis
relativas a ato ou fato contrário ao interesse público que tenha levado
ao conhecimento deles.
III. zelar pelas exigências específicas da defesa da vida e da segurança
coletiva, quando no exercício do direito de greve.
IV. materializar os princípios éticos mediante a adequada prestação dos
serviços públicos.
V. resistir às pressões ilegais ou aéticas e denunciá-las, mesmo que os
interessados sejam seus superiores hierárquicos.
Estão corretas:
a) as afirmativas I, II, III, IV e V.
b) apenas as afirmativas II, III, IV e V.
c) apenas as afirmativas I, II e V.
d) apenas as afirmativas I, IV e V.

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e) apenas as afirmativas I, III e IV.

33. (ESAF – MPOG - EPPGG - 2005) De acordo com o Código de Ética


Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal:
I. a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de
eficácia e moralidade, salvo nos casos em que a lei estabelecer o sigilo.
II. atenta contra a ética o administrador que não adota as medidas
necessárias a evitar a formação de longas filas na repartição pública.
III. todo aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato
jurídico, preste serviços de natureza temporária, ainda que sem
retribuição financeira, mas desde que ligado direta ou indiretamente a
qualquer órgão do poder estatal, é considerado servidor público.
IV. o servidor não deve deixar que simpatias ou antipatias influenciem
os seus atos funcionais.
V. incide em infração de natureza ética o servidor que deixar de utilizar
os avanços técnicos e científicos ao seu alcance.
Estão corretas:
a) as afirmativas I, II, III, IV e V.
b) apenas as afirmativas I, III, IV e V.
c) apenas as afirmativas I, II, III e IV.
d) apenas as afirmativas III, IV e V.
e) apenas as afirmativas I, III e IV.

34. (ESAF - CGU - AFC – 2004) Não têm a obrigação de constituir as


comissões de ética previstas no Decreto nº 1.171/1994 (Código de
Conduta do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal):
a) as autarquias federais.
b) as empresas públicas federais.
c) as sociedades de economia mista.
d) os órgãos do Poder Judiciário.
e) os órgãos e entidades que exerçam atribuições delegadas pelo poder
público.

35. (ESAF – RFB - AFRF - 2003) De acordo com o Código de Ética Profissional
do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, “a moralidade da
Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal,
devendo ser acrescida da idéia de que o fim é sempre o bem comum. O
equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor, é

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que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo”. Esse


enunciado expressa:
a) o sentido do princípio da legalidade na Administração Pública.
b) que o estrito cumprimento da lei conduz à moralidade na
Administração Pública.
c) que o ato administrativo praticado de acordo com a lei não pode ser
impugnado sob o aspecto da moralidade.
d) que todo ato legal é também moral.
e) um valor ético que deve nortear a prática dos atos administrativos.

36. (ESAF – TCU - AFC - 2002) O caráter racional-legal está diretamente


relacionado à ética da convicção ou do valor absoluto.

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Gabarito

1. C 13. D 25. B
2. D 14. A 26. D
3. C 15. D 27. B
4. C 16. A 28. C
5. C 17. C 29. E
6. B 18. C 30. D
7. A 19. A 31. A
8. C 20. E 32. B
9. E 21. D 33. A
10. E 22. C 34. D
11. D 23. A 35. E
12. D 24. X 36. E

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Bibliografia
Mendes, J. R., Valle, A. B., & Fabra, M. (2009). Gerenciamento de projetos
(1° Ed. ed.). Rio de Janeiro: FGV.
Um guia do conhecimento em gerenciamento de projetos (Guia PMBOK)
(4° Ed. ed.). (s.d.). Newton Square: Project Management Institute.
Valls, Á. L. (2008). O que é ética (9° Ed. ed.). São Paulo: Brasiliense.
Vázquez, A. (2002). Ética (22ª ed.). (J. Dell’Anna, Trad.) Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira.
Weber, M. (1967). A Política como Vocação. Em H. Gerth, & o. C.Wright
Mills, Ensaios de Sociologia. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e
Científicos.

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