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FÍSICA e
matemática
APLICADAs A
PETRÓLEO
E GÁS
sÉRIE PETRÓLEO E GÁS
FÍSICA e
matemática
APLICADAs A
PETRÓLEO
E GÁS
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Conselho Nacional
FÍSICA e
matemática
APLICADAs A
PETRÓLEO
E GÁS
© 2013.SENAI – Departamento Nacional
Reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico,
mecânico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia
autorização, por escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI do
Rio de Janeiro, com a coordenação do SENAI – Departamento Nacional, para ser utilizada
por todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.
Ficha Catalográfica
Catalogação-na-Publicação (CIP) – Brasil
Biblioteca Artes Gráficas – SENAI-RJ
S491f
SENAI/DN.
Física e matemática aplicadas a petróleo e gás / SENAI/DN [e] SENAI/RJ.
– Brasília :
SENAI/DN, 2013.
132 p. : il. ; 29,7 cm. – (Série Petróleo e Gás).
ISBN 978-85-7519-600-7
CDD: 665.5
SENAI Sede
Serviço Nacional de Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto
Aprendizagem Industrial Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (0xx61) 3317-9001
Departamento Nacional Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br
Lista de ilustrações
Figura 1 – Tecnologia de ponta na área de petróleo e gás..................................................................................15
Figura 2 – Símbolos e números formam as grandezas físicas............................................................................19
Figura 3 – Reta numérica.................................................................................................................................................21
Figura 4 – Frações...............................................................................................................................................................25
Figura 5 – Representação gráfica de frações............................................................................................................25
Figura 6 – Triângulo de Pascal.......................................................................................................................................29
Figura 7 – Radiciação........................................................................................................................................................32
Figura 8 – Cálculo da vazão de uma bomba em função do tempo.................................................................35
Figura 9 – Gráficos da equação de 2º grau em que x e x' são raízes da equação........................................37
Figura 10 – Triângulo retângulo....................................................................................................................................38
Figura 11 – Tabela dos ângulos notáveis...................................................................................................................41
Figura 12 – Representação do ângulo da Terra com o satélite..........................................................................41
Figura 13 – Formas geométricas...................................................................................................................................43
Figura 14 – Formas geométricas básicas...................................................................................................................43
Figura 15 – As formas geométricas e suas características...................................................................................44
Figura 16 – Perímetro do quadrado............................................................................................................................44
Figura 17 – Cálculo da área do paralelogramo........................................................................................................45
Figura 18 – Cálculo da área de um triângulo...........................................................................................................45
Figura 19 – Cálculo da área do losango.....................................................................................................................46
Figura 20 – Área dos triângulos....................................................................................................................................46
Figura 21 – Cálculo da área do círculo........................................................................................................................47
Figura 22 – Cálculo da área da coroa circular...........................................................................................................47
Figura 23 – Cálculo da área do setor circular............................................................................................................47
Figura 24 – Figuras tridimensionais.............................................................................................................................48
Figura 25 – Calculo do volume do prisma hexagonal...........................................................................................48
Figura 26 – Equipamentos de medição de pressão...............................................................................................51
Figura 27 – Fogo gera calor – água em ebulição....................................................................................................52
Figura 28 – Petróleo jorrando........................................................................................................................................59
Figura 29 – Representação de uma máquina térmica..........................................................................................60
Figura 30 – Termômetro nas escalas Celsius e Fahrenheit .................................................................................61
Figura 31 – Gráfico PV ......................................................................................................................................................63
Figura 32 – Gráfico da transformação isométrica ..................................................................................................64
Figura 33 – Gráfico da transformação isobárica......................................................................................................64
Figura 34 – Transferência de calor ..............................................................................................................................66
Figura 35 – Sistema aberto e sistema fechado .......................................................................................................68
Figura 36 – Diagrama dos estados sólido, líquido e gasoso...............................................................................69
Figura 37 – Diagramas PV, TS, HS, HP..........................................................................................................................69
Figura 38 – Ciclo Rankine ...............................................................................................................................................71
Figura 39 – Ciclo com reaquecimento........................................................................................................................71
Figura 40 – Gráfico do Ciclo Otto..................................................................................................................................72
Figura 41 – Motor diesel..................................................................................................................................................73
Figura 42 – Gráfico do Ciclo Joule................................................................................................................................74
Figura 43 – Tipos de compressores..............................................................................................................................75
Figura 44 – Funcionamento de um compressor alternativo..............................................................................75
Figura 45 – Funcionamento de compressor alternativo duplo efeito.............................................................76
Figura 46 – Compressor de membrana......................................................................................................................77
Figura 47 – Compressor rotativo..................................................................................................................................78
Figura 48 – Compressor tipo root.............................................................................................................................. 78
Figura 49 – Turbocompressor axial .............................................................................................................................79
Figura 50 – Tipos de turbinas ........................................................................................................................................80
Figura 51 – Turbina a gás – ciclo...................................................................................................................................82
Figura 52 – Lâmpadas incandescentes transmitem calor...................................................................................85
Figura 53 – Transmissão de calor por condução.....................................................................................................86
Figura 54 – Transmissão de calor por radiação........................................................................................................88
Figura 55 – Trocador de calor de carcaça e tubo....................................................................................................89
Figura 56 – Condensador de ar condicionado.........................................................................................................90
Figura 57 – Máquina térmica – geração de vapor (Tiradentes-MG)................................................................91
Figura 58 – Passagem de vapor para sólido em função da pressão................................................................91
Figura 59 – Funcionamento de uma caldeira aquatubular.................................................................................92
Figura 60 – Gráfico do efeito da pressão na absorção de calor.........................................................................93
Figura 61 – Variação da intensidade conforme a pressão...................................................................................93
Figura 62 – Líquidos e gases: a diferença entre a resistência e a compressão.............................................97
Figura 63 – Tabela de massa específica......................................................................................................................98
Figura 64 – Lei de Stevin..................................................................................................................................................99
Figura 65 – Vasos comunicantes ............................................................................................................................... 100
Figura 66 – Empuxo........................................................................................................................................................ 102
Figura 67 – Equação da continuidade..................................................................................................................... 103
Figura 68 – Equação Bernoulli.................................................................................................................................... 104
Figura 69 – Escoamento unidimensional............................................................................................................... 107
Figura 70 – Tipos de escoamento.............................................................................................................................. 108
Figura 71 – Conjunto de geradores.......................................................................................................................... 113
Figura 72 – Controle da unidade de processo de uma refinaria de petróleo............................................ 114
Figura 73 – Explicando um sistema elétrico.......................................................................................................... 114
Figura 74 – A válvula foi aberta.................................................................................................................................. 115
Figura 75 – Fazendo a ligação com os polos......................................................................................................... 115
Figura 76 – Múltiplos e submúltiplos do volt e seus símbolos....................................................................... 116
Figura 77 – Medidor e medição de corrente contínua...................................................................................... 116
Figura 78 – Medidor e medição de corrente alternada..................................................................................... 116
Figura 79 – Procedimento para medição de corrente....................................................................................... 117
Figura 80 – Símbolos para diversos tipos de resistências................................................................................. 118
Figura 81 – Medidor analógico de resistência e a medição de resistência................................................ 119
Figura 82 – Medidor da intensidade de corrente e medição de corrente.................................................. 119
Figura 83 – Procedimento para medição de intensidade de corrente........................................................ 119
Figura 84 – Fonte geradora de tensão..................................................................................................................... 120
Figura 85 – Gerador........................................................................................................................................................ 121
Figura 86 – Resistência ................................................................................................................................................. 122
Figura 87 – Representação da potência ................................................................................................................. 123
Figura 88 – Medidor analógico de potência e a medição do consumo...................................................... 124
Figura 89 – Procedimento para medição de potência....................................................................................... 124
Figura 90 – Experimentos............................................................................................................................................. 126
Figura 91 – Aplicação de método sísmico de reflexão offshore.....................................................................127
Sumário
1. Introdução........................................................................................................................................................................15
2. Fundamentos de Matemática...................................................................................................................................19
2.1 Cálculos matemáticos ................................................................................................................................20
2.1.1 Conjunto dos números naturais – Conjunto N...............................................................20
2.1.2 Conjunto dos números inteiros – Z e suas operações..................................................21
2.2 Potência e radiciação..................................................................................................................................29
2.2.1 Definição de potência..............................................................................................................29
2.2.2 Representação de potência...................................................................................................30
2.2.3 Regras de potência ou propriedades.................................................................................30
2.2.4 Radiciação.....................................................................................................................................32
2.2.5 Operações algébricas ..............................................................................................................33
2.3 Equação de primeiro grau e do segundo grau..................................................................................35
2.3.1 Equação do primeiro grau......................................................................................................35
2.3.2 Equação do segundo grau......................................................................................................37
2.4 Relações trigonométricas .........................................................................................................................38
2.4.1 Triângulo retângulo ..................................................................................................................38
2.4.2 Relação fundamental ..............................................................................................................40
2.4.3 Ângulos notáveis.......................................................................................................................41
2.5 Regra de três simples e inversamente proporcional.......................................................................42
2.5.1 Regra de três ou relação direta.............................................................................................42
2.5.2 Regra de três inversamente proporcional.........................................................................42
2.6 Geometria ......................................................................................................................................................43
2.6.1 Formas geométricas ................................................................................................................43
2.6.2 Cálculo do perímetro das figuras planas...........................................................................44
2.6.3 Cálculo da área das principais figuras planas..................................................................45
2.6.4 Cálculo de volume dos prismas e sólidos regulares......................................................48
3. Fundamentos da Física................................................................................................................................................51
3.1 Calor..................................................................................................................................................................52
3.1.1 Lei Zero da Termodinâmica....................................................................................................53
3.2 Temperatura...................................................................................................................................................54
3.2.1 Correspondência entre as principais escalas de temperatura...................................54
3.2.2 Volume específico e densidade............................................................................................54
3.3 Pressão.............................................................................................................................................................55
3.4 Força .................................................................................................................................................................55
3.4.1 Força normal (N).........................................................................................................................55
3.4.2 Força de atrito (FA).....................................................................................................................55
3.4.3 Força de tração (σ)....................................................................................................................55
3.5 As Leis de Newton........................................................................................................................................56
3.5.1 A Primeira Lei de Newton, também conhecida como Lei da Inércia......................56
3.5.2 A Segunda Lei de Newton......................................................................................................56
3.5.3 Terceira Lei de Newton ou Lei de Ação e Reação...........................................................57
4. Termodinâmica...............................................................................................................................................................59
4.1 Definição de Termodinâmica...................................................................................................................60
4.2 Leis da Termodinâmica...............................................................................................................................60
4.2.1 Lei Zero da Termodinâmica....................................................................................................60
4.2.2 Primeiro Princípio da Termodinâmica ou Lei da Conservação da Energia............62
4.2.3 Transformações termodinâmicas.........................................................................................62
4.2.4 Segundo Princípio da Termodinâmica ..............................................................................66
4.3 Máquinas térmicas.......................................................................................................................................66
4.4 Sistema em malhas aberto e fechado...................................................................................................67
4.5 Diagramas usados na Termodinâmica..................................................................................................68
4.5.1 Diagramas de estado ...............................................................................................................68
4.5.2 Diagrama de Clapeyron...........................................................................................................69
4.5.3 Diagrama de Mollier ................................................................................................................70
4.6 Ciclos térmicos..............................................................................................................................................70
4.6.1 Ciclo de Rankine.........................................................................................................................71
4.6.2 Ciclo com ressuperaquecimento.........................................................................................71
4.6.3 Ciclo regenerativo......................................................................................................................72
4.6.4 Ciclos das máquinas de combustão interna....................................................................72
4.7 Compressores e turbinas...........................................................................................................................74
4.7.1 Compressores..............................................................................................................................74
4.7.2 Turbinas.........................................................................................................................................79
5. Transmissão de calor.....................................................................................................................................................85
5.1 Calor..................................................................................................................................................................85
5.1.1 Transmissão de calor ................................................................................................................86
5.2 Trocadores de calor......................................................................................................................................89
5.2.1 Tipo de trocador de carcaça e tubo.....................................................................................89
5.2.2 Trocador de corrente cruzada...............................................................................................90
5.3 Geração de vapor.........................................................................................................................................90
5.3.1 Vapor .............................................................................................................................................91
5.3.2 Caldeiras........................................................................................................................................92
Referências......................................................................................................................................................................... 129
Introdução
Para o desenvolvimento profissional, a Física é um dos principais elementos, seja para o téc-
nico de mecânica, elétrica ou civil, mas, dentre todos, o técnico de petróleo e gás é que apresen-
ta aplicação com maior nitidez desses conhecimentos, seja usando Acústica e Ondas na pros-
pecção do petróleo, seja a Termodinâmica, utilizada na área de produção, seja a Mecânica dos
Fluidos, na área de transportes, e a Elétrica, usada na área de controle (Figura 1).
Anotações:
Fundamentos de Matemática
∑ (Xk – X)2
k=1
S=
n–1
In-Fólio/Cris Marcela
Podemos considerar a Física como sendo a Matemática aplicada à parte técnica. Sem ela, na-
da poderia ser explicado no mundo.
A nossa vida está cheia de números: desde o nosso nascimento até a nossa mor-
te, temos número de certidão de nascimento, de telefone, de CPF, carteira de iden-
tidade, de titulo de eleitor... Enfim, os números regem a nossa vida.
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9
Entretanto, esses números não foram o bastante, pois o comércio exigia outros
tipos de numerações que permitissem o registro de valores emprestados.
Os números inteiros hoje em dia fazem parte de nossa vida, seja em operações
bancárias, com cheques especiais e empréstimos, ou no controle de sistemas, de
temperatura, de altitude, de intensidade de correntes e das medições em geral.
São os números formados por algarismos iguais, mas que apresentam sinais di-
ferentes.
Exemplo
O simétrico de 6 é –6
O simétrico de –7 é 7
Reta numérica
..., –10, –9, –8, –7, –6, –5, –4, –3, –2 , –1, 0, + 1, +2, +3, +4, +5, + 6, +7, ...
Valor absoluto
Chamamos de valor absoluto a distância desse número até a origem; para faci-
litar, valor absoluto seria o valor do número sem o sinal.
Exemplo
| –4 | = 4 | –9 | = 9
FÍSICA e matemática APLICADAs A PETRÓLEO E GÁS
22
Na = N – 1
Onde
Na – É o número antecessor
N – É o número dado
Np = N + 1
Onde
Np – É o número sucessor
N – É o número dado
Exemplo
Ache o antecessor a N = + 6
Pela fórmula, Na = + 6 – 1 = + 5
Ache o sucessor a N = + 6
Pela fórmula temos, Np = + 6 + 1 = + 7
2 FUNDAMENTOS De Matemática
23
A adição de números com mesmo sinal não apresenta dificuldade, pois é só so-
mar e acrescentar o sinal existente.
Exemplo
Exemplo
(–7) + (+9) = 9 –7 = 2
Regrinha
saiba Para definirmos o sinal, verificamos quem é maior, se o 9 ou
mais o 7. No caso, 9 maior que 7; então o 9 nos dará o sinal.
Aplicando a regrinha acima
(–9) + (+3) = –6
Pesquise no site www.somatematica.com.br
mais informações sobre essa regra matemática.
VOCÊ Regrinha
SABIA? Sinais iguais
Resultado com sinal positivo
Sinais diferentes
Resultado com sinal negativo
Multiplicação
(–7) x (–3) = (+21)
O resultado é positivo, pois os
números possuem o mesmo sinal.
(–5) x (+9) = (–45)
O resultado é negativo, pois os
números possuem sinais diferentes.
Divisão
(–40) ÷ (–5) = (+8)
Sinais iguais, resultado positivo.
In-Fólio/Paula Moura
Números fracionários
In-Fólio/Paula Moura
Figura 4 – Frações
A representação da letra b da figura abaixo é 3/6, que se lê três sextos; ela re-
presenta uma barra dividida em seis pedaços, dos quais foram retirados três.
a C d
In-Fólio/Paula Moura
B e
Podemos ter frações de diversos valores na parte de cima, que recebe o no-
me de numerador (representa o número de partes retiradas), e na parte de bai-
xo, que recebe o nome de denominador (representa em quantas partes foi divi-
dida essa barra).
3 Numerador
6 Denominador
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26
Adição de frações
Exemplo
5 + 7 = 12
8 8 8
5 7
+ =
16 32
5x2 7 10 7 17
+ = + =
16 x 2 32 32 32 32
2x2=4 4 x 4 = 16 8 x 8 = 64
4x2=8 4 x 8 = 32 64 x 2 = 128
8 x 2 = 16 32 x 2 = 64 16 x 8 = 128
In-Fólio/Paula Moura
16 x 2 = 32 16 x 4 = 64 128 x 2 = 256
2 FUNDAMENTOS De Matemática
27
Subtração de frações
5 3 2
– =
7 7 7
3 5 6 5 1
– = Transformando em denominador comum – =
4 8 8 8 8
Multiplicação de frações
Exemplo
5 4 5 x 4 20
x = =
6 8 6 x 8 48
FÍSICA e matemática APLICADAs A PETRÓLEO E GÁS
28
Divisão de frações
Exemplo
Só temos que inverter a
5 6 5 9 45 segunda fração; a primeira
÷ = x = permanece inalterada.
8 9 8 6 48
Casos e Relatos
Você, como técnico responsável, ao saber dessa nova exigência, fez seu pe-
dido de material e informou que as medidas das peças e das ferramentas ti-
nham que ser as especificadas na requisição, já que uma grande parte delas
era no sistema inglês, e alertou que algumas das medidas não poderiam ser
transformadas para o Sistema Internacional, pois o processo em que elas
iriam ser usadas estava no Sistema Inglês.
Ao receber os pedidos de materiais, esse chefe constatou que você não ti-
nha efetuado a transformação para o Sistema Internacional e fez a devi-
da conversão.
Números decimais
Os números decimais foram derivados da divisão de um número por uma po-
tência de 10.
Exemplo
Porcentagem
Representamos porcentagem (%) como sendo um valor dividido por cem ou
na forma de fração.
Triângulo de Pascal
No esquema ao lado, 1 soma = 1 = 20
o primeiro e o último
número de cada linha 1 1 soma = 2 = 21
são iguais a 1. 1 2 1 soma = 4 = 22
Os demais são
formados pela soma 1 3 3 1 soma = 8 = 23
de dois números da 1 4 6 4 1 soma = 16 = 24
In-Fólio/Paula Moura
linha anterior.
1 5 10 10 5 1 soma = 32 = 25
Adaptado do livro 1 6 15 20 15 6 1 soma = 64 = 26
de Matemática
de Imenes e Lellis 1 7 21 35 35 21 7 1 soma = 128 = 27
+ Par +
In-Fólio/Paula Moura
+ Ímpar +
– Par +
– Ímpar –
Primeira Propriedade
Exemplo
segunda Propriedade
Toda potência de base diferente de zero elevada a expoente ímpar tem o sinal
da base.
Exemplo
terceira Propriedade
Exemplo
quarta Propriedade
Exemplo
quinta Propriedade
Exemplo
(–2)0 = +1
(+10)0 = +1
sexta Propriedade
Exemplo
(2 x 3)2 = 22 x 32 = 4 x 9 = 36
sétima Propriedade
Exemplo
2 2= 22 = 4
3 32 9
oitava Propriedade
Exemplo
3–1 = 1
3
nona Propriedade
Exemplo
décima Propriedade
Exemplo
√2 = (2)1/2
2.2.4 Radiciação
3
2 64 27
23 = 8 64 = 8 27 = 3
In-Fólio/Paula Moura
2x2x2=8 8 x 8 = 64 3 x 3 x 3 = 27
Figura 7 – Radiciação
2 FUNDAMENTOS De Matemática
33
Onde
n n = Índice da raiz
a =b a = Radicando
b = Valor da raiz de índice n
Podemos dizer que bn = a desde que n seja diferente de zero (n ≠ 0).
As propriedades ou regrinhas da potência se aplicam também na radiciação.
Exemplo 4
34 = 34/4
Quando trabalhamos com relatórios e gráficos, muitas vezes ficamos com dú-
vidas sobre o que aconteceria se algum daqueles parâmetros fosse alterado. Isso
é o que ocorre na exploração de petróleo, quando nos deparamos com diversos
valores inseguros ou que possam ter sofrido alguma deformação. É aí que surgem
as operações algébricas como ferramenta que nos permite analisar essas modifi-
cações propostas. As operações algébricas são expressões que envolvem incógni-
tas representadas por letras, para as quais atribuímos valores.
Para entender operações algébricas, temos que saber o que é termo semelhan-
te e identificar o que é parte numérica e parte literal.
Termo
Termo de uma expressão algébrica é um elemento formado por um número e
uma letra; essa letra recebe o nome de incógnita1.
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34
1
Incógnita Termos semelhantes
Grandeza indeterminada. São termos que possuem a mesma letra, isto é, a mesma incógnita.
Exemplo
Exemplo
Adição e subtração
Exemplo
2x + 5x = (2 + 5)x = 7x
Não podemos somar ou subtrair termos algébricos com letras (incógnitas) di-
ferentes.
Multiplicação
Exemplo
3x . 4x = (3 . 4) (x . x) = 12x2
Procedemos à
multiplicação de
3 por 4, encontrando
o valor de 12, e das
letras iguais x por x,
obtendo x2.
2 FUNDAMENTOS De Matemática
35
Divisão
Exemplo
(6x2y)
= 2x2-1 y = 2xy
(3x)
4 80
bomba
5 100
Onde
y = ax + b a e b = Valores y = ax + b com a ≠ 0
a = É diferente de zero
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36
Em algumas situações, podemos ter o valor de b igual a zero; nesse caso, a equa-
ção assume a forma y = ax.
Considerando Fazendo y = 0
Temos ax = –b
y = ax + b Logo –b
x=
a
Chamamos esse valor de raiz da equação.
–b Onde a = 0 e b ≠ 0.
x=
a Dizemos que essa equação não é do primeiro grau; logo, é impossível.
x=
a Dizemos que essa equação é indeterminada.
Onde
ax2 + bx + c = 0 a, b e c – São números reais
a≠0
–b± b2 – 4ac
ax2 + bx + c = 0 x=
2a
O gráfico de uma equação do segundo grau é uma parábola, que pode ter sua
curvatura para cima ou para baixo, dependendo do valor de a. Veja a Figura 9.
Se a > 0 Se a < 0
x' = x''
x
x' = x'' x
In-Fólio/Paula Moura
O triângulo retângulo é o triângulo que possui um dos seus ângulos igual a 90º.
No triângulo da Figura 10
identificamos os lados do triângulo
retângulo; localizamos os catetos AC
e AB e a hipotenusa BC.
Hi
po
ten
Cateto
us
a
In-Fólio/Paula Moura
A Cateto B
Seno
Seno
Cateto oposto AC
Seno α = Representamos assim Seno α =
Hipotenusa BC
Cosseno
Cosseno é a razão entre as medidas do cateto adjacente e da hipotenusa.
Cosseno
Cateto adjacente AB
Cosseno α = Representamos assim Cos α =
Hipotenusa BC
Tangente
Tangente
Cateto oposto AC
Tangente α = Representamos assim Tg α =
Cateto adjacente AB
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40
AB2 AC2
+ =1
BC2 BC2
Hi
po
ten
Cateto
us
a
In-Fólio/Paula Moura
A Cateto B
In-Fólio/Paula Moura
Acompanhe na
página ao lado na
Figura 11 a Tabela
dos ângulos notáveis.
2 FUNDAMENTOS De Matemática
41
O valor desses ângulos deve ser conhecido, pois são os mais aplicados no nos-
so cotidiano (Figura 11).
1 3 3
30º
2 2 3
2 2
45º 1
2 2
In-Fólio/Paula Moura
3 1
60º 3
2 2
Figura 11 – Tabela dos ângulos notáveis
Casos e Relatos
É a fórmula que, dados três valores, nos permite obter um quarto valor em fun-
ção dos três fornecidos.
Exemplo
40
40% = = 0,40
100
Essa regra deve ser usada quando temos três valores, mas dois deles guardam
entre si um sentido de crescimento invertido, isto é, um cresce e o outro diminui.
Exemplo
2 10
5 y
2 x 10
y= = 4 dias
5
2 FUNDAMENTOS De Matemática
43
2.6 Geometria2
In-Fólio/Paula Moura
Como podemos ver na Figura 13, o mundo é cheio de formas geométricas, co-
mo quadrados, retângulos, trapézios, círculos e triângulos, entre outras formas.
2
Geometria
Número Número
Figura plana Possui ângulos retos
Geo – Terra de lados de ângulos
Metria – Medida
É a medida da Terra.
Quadrado 4 4 Sim, todos
Pode ter
Trapézio 4 4
ângulos retos
Losango 4 4 –
Hexágono 6 6 Não
Pentágono 5 5 Não
In-Fólio/Paula Moura
Não tem Não tem
Círculo Não
lado ângulo
Figura 15 – As formas geométricas e suas características
O perímetro do quadrado é igual à soma dos quatro lados. Veja na Figura 16.
L
P = L + L + L+ L
Temos também o
semiperímetro, que é igual à
metade do valor do perímetro. L L
Paralelogramo
h
A=bxh
b
Observe que:
In-Fólio/Paula Moura
h 2 h 2
1 1
b b
Triângulo
h
bxh
A∆ =
2
b
Observe que:
In-Fólio/Paula Moura
h h
b b
Losango
4 1
4 1
d d
3 2
3 2
D D
In-Fólio/Paula Moura
D.d
Veja que a área do losango corresponde A =
2
à metade do retângulo de base (D) e altura (d). Logo:
Triângulos
b.h
h A=
2
A b C
B
a h a
a
h
C a H a B
A b C 2 2
In-Fólio/Paula Moura
1 a2 3
A= x ab x sen C A=
2 4
Círculo
2 r x r
A = = r2
Decompondo, temos 2
In-Fólio/Paula Moura
Logo:
r
A = r2
C= 2r
R
A = R2 – r2
r
In-Fólio/Paula Moura
0
A = (R2 – r2)
Acírculo 360º
=
Asetor
R2 360
A
In-Fólio/Paula Moura
A= x R2
360º
Essas são as áreas mais importantes a serem calculadas no dia a dia do técnico
em petróleo e gás.
FÍSICA e matemática APLICADAs A PETRÓLEO E GÁS
48
Todo volume é dado em função da área de uma figura plana multiplicada pela
altura do objeto. Para o técnico em petróleo e gás, é importante saber como cal-
cular volumes de reservatórios dos mais diversos tipos.
cubo cilindro
In-Fólio/Paula Moura
Vcubo = L3 Vcil = r2 x L
exemplo
Área do O volume de um
AF = ah 2 3
hexágono regular AB = 3a prisma é igual ao
2 produto da área da
AL = 6ah base pela medida
de sua altura.
3a2 3
AT = AL + 2AB = 6ah + 2 x = 3a 2h + a 3
2 Vprisma = ABh
AF – Área de face
AL – Área lateral
AT – Área total
h
In-Fólio/Paula Moura
In-Fólio/Paula Moura
gás; entretanto, o
importante é você saber
como calcular a área e o
volume dos principais
elementos da geometria.
Recapitulando
No capítulo anterior fizemos uma revisão sobre os principais tópicos de Matemática; esses
tópicos permitem uma visão da sua utilidade na área de petróleo e gás, principalmente na área
de medidas. Podemos considerar a Física como sendo a Matemática aplicada, pois todos os co-
nhecimentos já aprendidos aqui serão utilizados.
Calor Força
Temperatura Leis de Newton
Pressão (Figura 26)
FÍSICA e matemática APLICADAs A PETRÓLEO E GÁS
52
3
BTU 3.1 Calor
É a unidade de medida
térmica inglesa. Muito
utilizada em sistemas de
ar-condicionado
Caloria:
1 cal = 4,18 J
1kcal = 3,968 BTU3
Calor específico
É a medida numérica da quantidade de calor que acarreta uma variação unitá-
ria de temperatura na unidade de massa da substância.
Unidade usual de calor especifico: caloria por grama e por grau Celsius.
c = cal / g ºC
Tipos de calor
Calor sensível
É o calor que produz apenas variação de temperatura em uma substância.
O calor sensível é calculado pela fórmula
Q = m . c ΔT
Onde:
Q = Calor sensível
c = Calor específico
ΔT = Variação da temperatura
Calor latente
È o que produz apenas mudança de estado de uma substância. A fórmula
para cálculo do calor latente é
Q=m.L
Onde:
L é calor latente de fusão Lf ou
calor latente de vaporização Lv
Capacidade térmica
É a quantidade de calor que produz na substância uma alteração de 1ºC.
Na fórmula Q = mc (t2 –t1), o valor mc é considerado a capacidade térmica
C de um corpo e é medida em kcal/kgºC.
Calor de combustão
Calor de combustão é a quantidade de calor liberada na queima de 1,0kg
de uma substância, medida em kcal/kg.
3.2 Temperatura
Onde: Unidades:
v= 1 = V
ρ m v = Volume específico
v = m3/kg
ρ = Massa específica
ρ = kg/m3
V = Volume
m = Massa
Onde:
d=m ρ=m
v v d = densidade
ρ = Massa específica
2 FUNDAMENTOS De Matemática
55
3.3 Pressão
3.4 Força
Temos diversas definições para força; algumas não atendem à área da Física e da
Mecânica, outras que são bastante sucintas. Nós preferimos definir força como sendo:
Uma ação capaz de alterar a velocidade ou a forma de um corpo, ou modi-
ficar o seu estado de inércia
É a força que se opõe ao movimento; para que exista força de atrito, deve-se ter
um corpo em contato com outro corpo ou com uma superfície. A força de atrito
pode ser estática antes do início do movimento ou força de atrito dinâmica, du-
rante o movimento.
Onde:
FAe = μe x N μe = Coeficiente de atrito
N = Força normal
A força de tração é uma força que age de dentro para fora de um corpo, ten-
dendo a aumentar o seu comprimento, apresentando uma direção, um sentido e
uma intensidade.
FÍSICA e matemática APLICADAs A PETRÓLEO E GÁS
56
4
Pressão Absoluta 3.5 As Leis de Newton
É o somatório da pressão
manométrica com o valor da As leis de Newton tratam da interação entre força e movimento. Estudam o que
pressão atmosférica da acontece num corpo, sujeito ou não à ação de uma força, alterando ou mantendo
localidade.
a sua situação.
A fórmula da força é:
Fα m . a
F =m.a
Essa lei diz que a toda ação teremos como resultado uma reação de igual valor,
mas de sentido contrário.
Se um corpo A exerce uma força sobre um corpo B, o corpo B reage
em A com uma força de igual intensidade, mesma direção, mas de
sentido contrário
Recapitulando
In-Fólio/Cris Marcela
O petróleo, ao jorrar do poço, sai com pressão e temperatura bastante altas, além de grande
quantidade de água dissolvida. Para poder retirar essa quantidade de água e devolvê-la ao po-
ço, facilitando a saída de mais petróleo, devemos provocar uma diminuição de calor e de pres-
são, facilitando a condensação da água. Esse calor pode ser devolvido ao rio ou ao mar ou trans-
formado em energia para movimentar o sistema de extração de petróleo (Figura 28).
Além da água que desejamos retirar, também há o gás que vem junto com o petróleo; gran-
de quantidade dele é queimada, devolvida ao poço ou transformada em energia. Todas essas
duas situações requerem do técnico em petróleo e gás grande conhecimento de Termodinâmi-
ca e trocadores de calor, que são os objetos de nosso estudo agora. A Termodinâmica é de vital
importância no desenvolvimento de projetos de sistemas geradores de potência, motores alter-
nativos de combustão interna e turbinas a gás.
FÍSICA e matemática APLICADAs A PETRÓLEO E GÁS
60
No capítulo Fundamentos da Física, verificamos que, para que haja fluxo de ca-
lor, é necessário que haja variação de temperatura, pois o calor só se move espon-
taneamente de um corpo quente (maior temperatura) para um mais frio (menor
temperatura). O processo inverso só ocorre com a utilização de maquinas ou equi-
pamentos (Figura 29).
Q1
Caldeira T1
Q1
W M W
Bomba
Turbina Q2
In-Fólio/Cris Marcela
T2
Condensador
Q2
Correspondência entre as
principais escalas de temperaturas
ºC ºF
100 212
37,7 100
0 32
In-Fólio/Cris Marcela
–17,7 0
Se é fornecido calor a um sistema gasoso, essa energia recebida pode ser arma-
zenada ou pode ser utilizada na realização de trabalho.
Podemos escrever:
Q = Quantidade de calor
Q = ΔU + W ΔU = Q – W
P1V1 P V
= 2 2 = K constante
T1 T2
Onde:
P1, V1 e T1 = Valores da pressão, do volume e da temperatura na condição 1
P2, V2 e T2 = Valores de pressão, do volume e da temperatura na condição 2
A b
P
P
2 > 1
Isoterma 1
In-Fólio/Cris Marcela
V V
Figura 31 – Gráfico PV
Onde:
W=0 e ΔU = Q
Qv = Calor cedido a volume constante
m = Massa
Qv = m . Cv . ΔT
Cv = Calor específico
ΔT = Variação de temperatura.
Essa situação ocorre em recipientes que não se deformam; embora o gás este-
ja forçando as paredes do recipiente, ele não consegue deslocar o ponto de apli-
cação, não realizando trabalho. Aplicando a Lei dos Gases Perfeitos, temos:
P1 P
= 2
T1 T2
FÍSICA e matemática APLICADAs A PETRÓLEO E GÁS
64
5
Isotérmica
A b
Mesma temperatura.
P P
2
P2
6
Isométrica e isocórica
Mesmo volume.
1
P1
7
Isobárica
In-Fólio/Cris Marcela
Mesma pressão.
0 T1 T2 T(K) V
In-Fólio/Cris Marcela
V0
V=0 t
Transformação isobárica
Onde
Qp = m . Cp . ΔT Pela Lei dos Gases
Qp = Calor cedido a pressão constante
Perfeitos, temos:
m = Massa
Cp = Calor específico V1 V2
=
ΔT = Variação de temperatura T1 T2
3 TERMODINÂMICA
65
Nas transformações adiabáticas não existe a troca de calor com o meio ambiente.
Verifique na equação abaixo.
Q=0
W = – ΔU
Onde:
P = Pressão
(PV)γ = constante
V = Volume
C
γ = p
Cv
Relação de Mayer
Esta relação explica o aparecimento da constante universal dos gases perfeitos,
bastante útil na área da termodinâmica – R.
n = Número de mol
PV = nRT
R = Constante
8
Adiabática Assim, podemos dizer que o calor específico de
Não há transferência de calor. um gás sob pressão constante é maior que o calor Cp – Cv = R
específico de um gás a volume constante, e a dife-
rença entre esses dois valores é a constante universal dos gases perfeitos (R).
Exemplo
aparelhos destinados a
Fonte quente
transformar a energia
calorífica em energia
Q1 mecânica.
T
Máquina térmica
Q2
In-Fólio/Cris Marcela
Fonte fria
Máquina de Carnot
As máquinas de vapor foram os primeiros motores térmicos. Sua fonte quente
era obtida da queima do carvão e possuíam baixo rendimento (menos de 5%).
Qf Tf
ή Carnot =1 – ou ή Carnot =1 –
Qq Tq
Esse rendimento será sempre inferior a 100%, tendo em vista que é difícil atin-
gir o zero absoluto (0K).
9
Fusão
Se formos estudar o Se formos estudar uma
Passagem da substância na conjunto, estaremos bomba, estaremos
fase sólida para a fase líquida.
estudando um estudando um
sistema fechado sistema aberto
10
Vaporização
Fronteira móvel Sistema aberto
Converter o líquido em vapor.
11
Sublimação
Fronteiras
Passar do estado sólido para o imaginárias
gasoso.
Sistema
fechado
In-Fólio/Cris Marcela
Fronteiras Fronteira
fixas reais fixa real
Curva de fusão 9
Curva de vaporização 10
Curva de sublimação 11
O ponto comum às três curvas é chamado ponto tríplice da substância; ali po-
dem coexistir em equilíbrio os três estados (sólido, líquido, gasoso).
3 TERMODINÂMICA
69
P (atm)
1.000
D
100
Y
10
X C Líquido B
1
0,1
Sólido Z Gasoso
0,01 A
Ponto triplo (0,01 ºC; 0,006atm)
In-Fólio/Cris Marcela
0,001 O
l v
v
l
t = Constante
p = Constante
v s
Diagrama h-s Diagrama h-p
h t = Constante h
p = Constante
k v v
t = Constante k
In-Fólio/Cris Marcela
p . t = Constante l
l
s p
Quanto maior for essa diferença no ciclo teórico, teremos maior rendimento do
equipamento.
É o mais simples de todos os ciclos das máquinas a vapor. Este ciclo é o produ-
zido pela água que é aquecida e move uma turbina (máquina de expansão com-
pleta). A Figura 38 mostra um ciclo de Rankine.
3 3
A compressão isentrópica do
2
W líquido (1-2) na bomba, o
T
recebimento de calor a pressão
constante (2-3) na caldeira, a
C expansão adiabática reversível
(3-4) na turbina e a condensação
4 a pressão constante (4-1) no
condensador constituem o Ciclo
K Ideal de Rankine, que se compõe
1 de duas transformações
2 1
B isobáricas e duas transformações
In-Fólio/Cris Marcela
isentrópicas.
C = Caldeira K = Condensador
T = Turbina B = Bomba
3
O seu rendimento está
2 atrelado ao ponto da curva
3 5 Temperatura x Entropia
5
(T x s), de que valor da
temperatura sai da turbina
W
AP BP de alta pressão (AP) para o
R ressuperaquecedor (R).
4
4 4
6
In-Fólio/Cris Marcela
2 1
Neste ciclo, parte do vapor que sai da turbina é condensada e outra parte é uti-
lizada para reaquecer a água que vem das bombas para a caldeira, isto é, reapro-
veitamos o calor que é descarregado pelas turbinas para dar um primeiro aqueci-
mento à água antes de entrar na caldeira.
In-Fólio/Cris Marcela
Este ciclo tem rendimento maior que o de
Rankine devido ao reaproveitamento do
vapor. É muito usado para gerar energia
elétrica para cidades de médio e grande porte.
Ciclo Otto
p T
3 3
4
2
4 2 5
In-Fólio/Cris Marcela
1 1 6
V2 V1 V s
A taxa de compressão é
limitada não pela
detonação, como no caso
do Ciclo Otto, mas sim pela
In-Fólio/Cris Marcela
p T 3
2 3
p2
a
4
2
o
4 1
p1
In-Fólio/Cris Marcela
1
V2 V1 V s
Até aqui falamos sobre aumento de pressão, mas não apresentamos o que é
um compressor e como é feito esse aumento de pressão.
4.7.1 Compressores
Tipos de compressores
Tipos de compressores
Compressor Compressor
de êmbolo com de êmbolo turboCompressor
movimento linear rotativo
Compressor Compressor
In-Fólio/Cris Marcela
rotativo helicoidal Compressor
multicelular de fuso root
(palhetas) rosqueado
Compressores alternativos
Muito usados quando necessitamos de baixas vazões e pressões elevadas; seu fun-
cionamento baseia-se na admissão do gás na pressão e na temperatura atmosférica,
quando o êmbolo atinge a sua parte superior e quando realiza o curso, gerando des-
se modo o que chamamos de volume útil do cilindro, volume efetivo ou volume des-
locado. A seguir temos a reversão desse movimento, quando o êmbolo começa a su-
bir, comprimindo esse gás até atingir a pressão de descarga. A esse processo de des-
cida e subida do êmbolo chamamos de ciclo mecânico. Quem permite a entrada e a
saída do gás são as válvulas situadas na entrada (ou de baixa), e na saída (de alta).
A B C
In-Fólio/Cris Marcela
Compressor de êmbolo
Este compressor possui apenas uma câmara de compressão por cilindro; a par-
te superior do êmbolo aspira e comprime o ar.
A B C
In-Fólio/Cris Marcela
É muito utilizado quando necessitamos ter altas pressões. Nele, o primeiro êm-
bolo comprime e passa para o segundo, que comprime mais ainda, aumentando
a pressão já adquirida pelo primeiro êmbolo. Dependendo da pressão a ser atin-
gida, fazemos uso de um sistema de resfriamento intermediário que pode ser a
água ou a ar. Normalmente, até 4 bar usamos um único estagio; até 15, dois está-
gios; e, acima de 15, três ou mais estágios.
Vantagens obtidas com compressores de vários estágios:
Compressores de membrana
Compressores rotativos
In-Fólio/Cris Marcela
Figura 47 – Compressor rotativo
Neste processo, o ar ou o gás entra num rotor que, por diferença de volume,
provoca um aumento de pressão. Esse aumento de pressão é causado pelo fato
de o centro do rotor ser deslocado, transformando um movimento excêntrico no
rotor e por suas palhetas serem móveis. Sua vantagem é um funcionamento equi-
librado, fornecimento uniforme e livre de qualquer pulsação.
Compressor root
É um compressor
de deslocamento
rotativo usado para
trabalhos a baixa
In-Fólio/Cris Marcela
razão de pressão.
Turbocompressor
In-Fólio/Cris Marcela
4.7.2 Turbinas
Turbinas a gás
Não é nosso objetivo esgotar todo o conhecimento sobre turbinas, mas sim dar
uma visão geral do que são turbinas e sua utilização. Com a crescente necessida-
de de energia elétrica, grande número de equipamentos alternativos está sendo
utilizado para fornecimento de energia.
A crescente evolução da metalurgia e da aeronáutica tem aumentado o rendi-
mento das turbinas, que dependem da temperatura final e da eficiência no esco-
amento dos gases. Utilizamos como ciclo padrão o Brayton nas turbinas a gás de
combustão contínua ou suas alterações, que podem ser introduzidas nele a fim
de melhorar o seu rendimento.
FÍSICA e matemática APLICADAs A PETRÓLEO E GÁS
80
Fixas ou estacionárias
Locomotivas
Marítimas
Aeronáuticas
A
Vapor da caldeira
Válvula deslizante
Pistão
Cilindro
B
In-Fólio/Cris Marcela
Caldeira
3 3
2 W
K T
2 1 1
B
B" Q B'
h
3
b
p2
4
a
p1
2
1
In-Fólio/Cris Marcela
s
Figura 51 – Turbina a gás – ciclo
Na comparação das turbinas a gás com o motor diesel, devemos destacar que a
resistência dos materiais tem grande influência no projeto das turbinas, se compara-
da à de motores diesel, já que as altas temperaturas na combustão em motores die-
sel atuam em pequenos intervalos de tempo, enquanto as turbinas estão sujeitas às
altas temperaturas, o que obriga a construção de suas palhetas com ligas de cobalto,
cromo e níquel. Existem diversos tipos de turbinas, como a de impulsão ou de Laval,
a turbina Curtis, a turbina de Rateau e a de reação; a seguir trataremos apenas da tur-
bina de impulsão, pois todas as outras decorrem do seu processo de utilização.
Vimos até agora o que é uma turbina e como pode ser usada no sistema de pe-
tróleo e gás, mas a turbina só será útil se tivermos como criar o seu elemento vital,
que é o vapor. Esse será o objeto do nosso próximo estudo, que tratará da trans-
missão de calor e da geração de vapor.
Recapitulando
Para tanto devemos entender o que é calor, como ocorre a transferência dessa energia para
os outros corpos e sua importância na área de trocadores de calor e de geração de vapor.
5.1 Calor
A capacidade da água de absorver ou ceder calor tem importância crucial nas consequên-
cias ambientais.
FÍSICA e matemática APLICADAs A PETRÓLEO E GÁS
86
A transferência de calor do corpo mais quente para o mais frio pode ser efetu-
ada de três maneiras:
Por condução
Por convecção
Por radiação
Os dois primeiros dependem do material; o terceiro é uma transmissão por meio
de ondas eletromagnéticas.
Condução
A Calor
Baixa
Alta
temperatura
temperatura
In-Fólio/Cris Marcela
Esse fluxo será dado por Ф = Q/Δt, onde Ф (fi) é o fluxo de calor através da
seção, Q é o calor transferido e t é a variação de tempo. Para determinar o flu-
xo de calor usamos esta fórmula:
Onde
K x A x (T2 – T1)
Ф= K = Condutibilidade térmica do material
L
A = Área da seção através da qual o calor flui por
condução, medida perpendicular à direção do fluxo
Convecção
Este processo de transmissão de calor ocorre apenas nos líquidos e gases. O calor
se move dentro do próprio fluido que o recebe; esse processo explica a propagação
de incêndio quando está localizado num ponto e logo depois aparece em outro.
Q = h x A (Tf – Ti)
Onde
h = É o coeficiente de transferência
de calor dado em W/m2ºC
IrRadiação
Este é o processo de transmissão de calor usado pelo calor do Sol que chega à
Terra; sem esse calor não poderia existir vida no nosso planeta.
Esse processo não usa meio material intermediário ocorre no vácuo; sua pro-
pagação é por meio de ondas eletromagnéticas ou por meio de fótons. Seu pro-
cesso real tem falhas; entretanto, a sua velocidade de propagação é grande, da
ordem da velocidade da luz c.
In-Fólio/Cris Marcela
Neste trocador, um dos fluidos penetra no tubo (mais quente) e o outro (mais
frio) fica externamente, dentro da carcaça que envolve os tubos.
Ganha esse nome quando o fluido que faz o resfriamento e o fluido a ser resfria-
do fazem entre si um ângulo de 90°. É muito usado em sistemas de resfriamento de
ar-condicionado ou de turbinas regeneradoras, que recuperam parte da energia
dos gases na saída das turbinas. A quantidade de calor trocada entre o fluido mais
quente e o mais frio varia em função do caminho percorrido, e sua temperatura de-
pende da diferença de temperatura dos fluidos quente e frio em cada seção.
5.3.1 Vapor
F1
F2
F3
F4 F5
F6
In-Fólio/Paula Moura
In-Fólio/Paula Moura
Geração possível em equipamentos com alta eficiência.
Fácil distribuição e controle.
Matéria-prima de baixo custo e farto suprimento.
5.3.2 Caldeiras
Vapor
Água
Espelhos
Circulação da água
Circulação de gases
Fornalha
In-Fólio/Paula Moura
Face ao perigo existente, seu projeto, sua operação e manutenção são fiscali-
zados pelo Ministério do Trabalho, que regulamenta todas as operações envolven-
do vasos de pressão e caldeiras no Brasil.
In-Fólio/Paula Moura
Podemos ter dois tipos de caldeiras a combustão:
100
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220
Pressão (kgf/cm2)
1
0,9
0,8
0,7
Diferencial de
0,6
densidade
Densidade 0,5
0,4
Pressão crítica
0,3
0,3
0,1 Água saturada
In-Fólio/Paula Moura
0
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225
Pressão (kgf/cm2)
Figura 61 – Variação da intensidade conforme a pressão
FÍSICA e matemática APLICADAs A PETRÓLEO E GÁS
94
Recapitulando
Anotações:
Mecânica dos fluidos
A Mecânica dos Fluidos é a parte responsável pelo entendimento de como o fluido se com-
porta, seja ele gás ou líquido, já que possui uma propriedade comum: fluir facilmente.
Seu emprego dentro do sistema de petróleo e gás vai desde os reservatórios até a transferên-
cia dos produtos, sejam eles gases, petróleo bruto ou produto final. O conhecimento da mecâni-
ca dos fluidos permite desde a seleção de bombas e tubulações até a perfeita compreensão de co-
mo age o fluido dentro da tubulação. A grande diferença entre líquidos e gases é que os líquidos
oferecem grande resistência à compressão, enquanto os gases são facilmente compressíveis.
P mg
= V
=
V
P m
= V
=
V
g
m
O termo é chamado de ; logo, temos:
V
= g
Densidade relativa
μsubst
d=
μH2O
6.1.2 Pressão
F
P=
S
P2 – P1 = h . g
Δ p = dg Δ h
A diferença de
pressão entre os
pontos A e B,
pA A Δp = PB – PA, é
diretamente
proporcional ao
Δh desnível vertical
entres esses pontos
B
pB
In-Fólio/Cris Marcela
P2 – Patm = h . g
Pa = Pb
Po + h . μ g = Po + h . g In-Fólio/Cris Marcela
h1 . 1 = h2 . 2
Teorema de Pascal
F1
P=
S1
Temos:
F1 F
= 2
S1 S2
Teorema de Arquimedes
E = VdLíquido . g
Onde:
dLíquido = Densidade absoluta do líquido
FÍSICA e matemática APLICADAs A PETRÓLEO E GÁS
102
12
imiscíveis Corpos imersos
Não misturáveis.
Todo corpo mergulhado sofre a ação de duas forças: o peso e o empuxo exer-
cido pelo líquido.
13
empuxo a) Quando o peso é maior que o empuxo:
F=P–E
F=E–P
F=0E=P
Pa
Pr
In-Fólio/Cris Marcela
Figura 66 – Empuxo
5 MECÂNICA DOS FLUIDOS
103
d1
d2
d1 A1
A1 d2
V1 V2
V1 = V2 A1 . d1 = A2 . d2
d1 = v2 . ∆t e d2 = v2 . ∆t
De modo que:
In-Fólio/Cris Marcela
A1 . v1 . ∆t = A2 . v2 . ∆t A1 . v1 = A2 . V2
14
Viscosidade 6.2.3 Vazão volumétrica
Apresenta visco ou que é
pegajoso, gruda. É o produto entre a velocidade e a área através de uma tubulação e a quanti-
dade de volume de fluido que passa num ponto pela unidade de tempo.
15
Continuidade
Q= V Q=v.s
t
Onde: Onde:
Q = Vazão v = Velocidade
V = Volume s = Área
t = Tempo
Concluímos que:
V=s.v.t
( . v2)
P= + h . . g = constante
2
B
V
Fluido em
movimento Tubulação
h
In-Fólio/Cris Marcela
6.2.5 Viscosidade
Dissemos anteriormente que o fluido ideal não tem viscosidade, mas isso não
é o que ocorre na realidade; a viscosidade está sempre presente nos líquidos, on-
de é grande, principalmente nos óleos e no petróleo, tem valor intermediário na
água e pequeno nos gases.
A viscosidade pode se manifestar de três modos ao causar atrito:
v= 2 g.h
Se multiplicarmos essa equação pela área, teremos a vazão do fluido que sai
pelo orifício.
Q=S.v=S 2 g.h
FÍSICA e matemática APLICADAs A PETRÓLEO E GÁS
106
6.3 Escoamento
Vx = f (x, y, z, t)
Vy = g (x, y, z, t)
Vz = h (x, y, z, t)
Onde:
Vx = Velocidade no eixo x
In-Fólio/Paula Moura
Se as propriedades e características
do escoamento, em cada posição
no espaço, permanecerem
invariáveis com o tempo,
chamaremos de escoamento
permanente ou estacionário.
No caso de o escoamento
depender do tempo, chamaremos
de escoamento não permanente
ou transitório ou transiente.
Escoamento unidimensional
In-Fólio/Cris Marcela
Perfil Perfil
unidimensional real
Escoamento bidimensional
Fluxo laminar
Fluxo turbulento
In-Fólio/Cris Marcela
Na Figura 70 verificamos a
passagem do movimento
laminar para o movimento
turbulento num fluido.
Irregularidade
Difusibilidade 16
Dissipação de energia
No regime turbulento, a troca de energia no interior do escoamento resulta em
tensões maiores, dissipando energia por atrito viscoso.
A viscosidade turbulenta não é propriedade termodinâmica do fluido e sim das
condições de escoamento.
D
Re = ρ . v . μ
Onde:
ρ = Massa específica do fluido
μ = Viscosidade dinâmica do fluido
v = Velocidade do escoamento
D = Diâmetro da tubulação
FÍSICA e matemática APLICADAs A PETRÓLEO E GÁS
110
16
Difusibilidade A importância fundamental do número de Reynolds é poder analisar a estabi-
Espalhar-se, propagar-se, lidade do fluxo do fluido indicando o tipo de escoamento, além de permitir a mon-
transmitir. tagem de modelos. Podemos dizer que dois sistemas são dinamicamente seme-
lhantes se eles possuírem o mesmo número de Reynolds.
17
Vorticidade
6.3.5 Cálculo do diâmetro da tubulação
Redemoinho.
Onde:
d = Diâmetro interno em polegadas
193,2 . Q2 . V Q = Vazão em t/h
d= x 0,1875
DP100 V = Volume específico em m3/kg
DP100 = Perda de carga em kgf/cm2
por 100m de tubulação
Onde:
v = Velocidade de escoamento em m/s
549 . Q . V Q = Vazão em t/h
v=
d2 V = Volume específico em m3/kg
d = Diâmetro interno em polegadas
(μ . v2)
p= + h . ρ . g = Constante Equação de Bernoulli
2
Onde:
p = Pressão
p v2 ρ = Massa específica
+g.Z+ = Constante
ρ 2 g = Aceleração da gravidade
Z = Altura
v = Velocidade do fluido
5 MECÂNICA DOS FLUIDOS
111
Onde:
v = Velocidade
m = ρ .v . A = constante
A = Área da seção de escoamento
ρ = Massa específica
Recapitulando
In-Fólio/Acervo
18
No-Break
Então podemos verificar que existem dois tipos de corrente elétrica: a corren-
Sistema de fornecimento de
energia constante, também te alternada e a corrente contínua. Iremos estudar as suas diferenças e aplicações
conhecido como UPS mais adiante.
(Uninterruptible Power Supply)
20
hidráulica
Antes de iniciarmos nossos estudos, vamos fazer uma analogia entre um siste-
ma hidráulico20 simples e um sistema elétrico. Veja na Figura 73 uma diferença de
níveis entre o reservatório A e o reservatório B. Com isso, a válvula sofre pressão
do peso do combustível mais a força da gravidade.
100% em uso de
combustível Reservatório vazio
In-Fólio/Cris Marcela
Reservatório A Reservatório B
Válvula fechada
Na Figura 74, a válvula foi aberta; com isso, 50% do combustível do reservató-
rio A foram transferidos para o reservatório B. Concluímos que, para termos a trans-
ferência do combustível, é necessário um desnível (pressão).
In-Fólio/Cris Marcela
Reservatório A Reservatório B
Válvula aberta
7.1.1 Tensão
+
+ – +
G
In-Fólio/Paula Moura
–
Gerador elétrico
Bateria
7.1.2 Resistência
Apesar de a tabela conter diversos múltiplos e submúltiplos para leitura das re-
sistências, os mais usados no mercado são o quilo-ohm (kΩ) = 1.000Ω e o mega-
ohm (MΩ) = 1.000.000Ω.
A seguir temos vários símbolos utilizados para representar diversos tipos de resis-
tências. Pode até parecer que são iguais, mais cada um tem sua função especifica, para
a qual devemos ficar atentos a fim de termos condições de identificar corretamente.
FÍSICA e matemática APLICADAs A PETRÓLEO E GÁS
118
símbolos
–V
+ tº – tº
PTC NTC Trimpot LDR – Fotorresistência
Resistência que altera Resistência que altera Resistência ajustável, LDR (light depended
seu valor conforme o seu valor conforme o que é colocada no resistor) é uma
In-Fólio/Paula Moura
coeficiente da coeficiente da interior dos circuitos resistência sensível à
temperatura positiva. temperatura negativa. eletrônicos. luminosidade.
A resistência diminui
quando iluminada.
Normalmente se
confunde resistência com
resistor, mas há uma
diferença. Veja qual é.
Qualquer material tem resistência elétrica; por exemplo, uma lâmpada, um reos-
tato, motores elétricos, um pedaço de condutor, dentro de uma bateria etc. O ter-
mo resistor caracteriza componente eletrônico normalmente utilizado em placas
de circuito impresso.
Pode-se medir a intensidade de uma corrente que flui num condutor, com um
amperímetro. Esta medida é usada para verificar a intensidade da corrente consu-
mida por um aparelho ou circuito. Ao contrário da medição de tensão, que é rea-
lizado em paralelo, colocamos o medidor em série no circuito.
21
alternador 7.1.3 Corrente
É um dispositivo automotivo
que pode transformar a Em nossos estudos verificamos que uma fonte geradora de tensão fornece uma
energia mecânica em energia
elétrica. diferença de potencial de elétrons livres que irá percorrer um circuito gerando um
fluxo de elétrons; esse fluxo é chamado corrente elétrica.
Fio
Bateria
Corrente Lâmpada
In-Fólio/Cris Marcela
Diferença de
potencial
O símbolo do ampère é A.
nA µA mA A kA MA GA
nanoampère microampère miliampère ampère quiloampère mega-ampère giga-ampère
Tipos de corrente
Símbolo: ~
Esta corrente é formada a partir de geradores, conversores ou inversores.
A corrente alternada é gerada por um alternador21. Esse alternador é constitu-
ído por uma bobina que roda em torno de um ímã; com essa rotação se gera uma
corrente, e essa corrente muda de direção conforme os polos dos ímãs; em outras
palavras, a direção da corrente fica variando. A velocidade que muda essa direção
da corrente é chamada frequência.
6 ELETRICIDADE APLICADA
121
CC (Corrente contínua)
Símbolo: =
Esta corrente é gerada a partir de baterias ou conversores.
A corrente continua também e conhecida como DC (corrente direta); ela nor-
malmente é fornecida por meio de acumuladores químicos (pilhas e baterias). Tam-
bém é possível, a partir da corrente alternada, produzir DC (corrente contínua), por
meio de conversores ou retificadores com sistema de filtragem.
Circuito elétrico
Estudado o que é uma corrente elétrica, para garantir o fluxo de corrente é ne-
cessário ter um circuito fechado composto por pelo menos um gerador, fio con-
dutor (geralmente cobre) e pelo menos um receptor. Lembre-se: um material que
não deixa a corrente fluir é considerado um isolante elétrico.
Fio condutor
Gerador
Receptor
Figura 85 – Gerador
FÍSICA e matemática APLICADAs A PETRÓLEO E GÁS
122
Lei de Ohm
Esta é uma das leis fundamentais da eletricidade. Ela expressa a relação entre
a diferença de potencial nos terminais da bateria V, gerando a intensidade da cor-
rente I em proporção ao valor do resistor R. A diferença de potencial em volts nos
terminais da resistência é igual ao produto do valor em ohms da resistência pela
intensidade da corrente em ampères.
+
V R
V=RxI
Onde:
V (gerador) = Valor da força eletromotriz em volts In-Fólio/Paula Moura
Figura 86 – Resistência
7.2.1 Potência
In-Fólio/Paula Moura
200 kg 50 kg
E
P=
t
A energia elétrica consumida por uma unidade é igual ao produto da sua po-
tência (P . t) consumida pela duração da sua operação.
E = Pt
1 Wh = 3.600 J
nW µW mW W kW MW GW
nanowatt microwatt miliwatt watt quilowatt megawatt gigawatt
FÍSICA e matemática APLICADAs A PETRÓLEO E GÁS
124
Podemos verificar no circuito abaixo que temos uma medição de 12 volts aplicada
na lâmpada, fornecendo uma intensidade de corrente no circuito de 0,5 ampéres.
P = 12 x 0,5 = 6 Watts
7.2.2 Magnetismo
Pode-se facilmente criar um ímã artificial esfregando uma barra de aço con-
tra um ímã. As formas usuais dos ímãs são: uma barra reta, uma agulha magné-
tica ou uma ferradura, mas existem muitas outras formas de ímãs, como cilíndri-
cos e de esfera.
Atração magnética
Além de atrair os objetos de ferro, aço, níquel, cobalto, um ímã atrai outro ímã.
No entanto, a atração entre dois ímãs somente é possível entre os polos opos-
tos: um polo sul atrai um polo norte e vice-versa. Dois polos da mesma polarida-
de se repelem.
Quaisquer dois objetos carregados irão criar uma força um sobre o outro. Car-
gas opostas irão produzir uma força de atração, enquanto cargas semelhantes
irão produzir uma força de repulsão. Quanto maior for a distância entre os obje-
tos, menor é a força.
Então temos:
F = Força em cada carga q F F q
1 2
+ = Indica repulsão
– = Indica atração r
k = Constante eletrostática
q1 = Quantidade de carga 1 (medida em coulombs)
q2 = Quantidade de carga 2 (medida em coulombs)
In-Fólio/Paula Moura
22
Campo geomagnético 7.2.3 Eletromagnetismo
Campo magnético do planeta.
Anteriormente, a eletricidade e o magnetismo eram dois conceitos distintos.
Contudo, em 1819, Oersted mostrou que a passagem de uma corrente elétrica em
23
Dínamo um fio desviava uma agulha da bússola colocada próximo ao experimento; ele en-
tão pôde verificar que a corrente elétrica criava um campo magnético. Inversamen-
Gerador para a tranformação
de energia mecânica em te ao experimento, foi verificada, ao movimentar de forma alternada um ímã (mag-
eletricidade pelo fenômeno neto) em uma bobina (fio), a presença de corrente elétrica, que é o princípio de
da indução da
eletromagnética. funcionamento do dínamo23.
24
camadas de sedimentos
Disposição de material
orgânico ou não orgânico em
camadas na supefície terrestre
ao longo de um período de
tempo.
25
hidrofones
Equipamento com
propriedade de escutar sons Esquerda
debaixo d'água e podendo ser Corrente gera campo magnético
registrados por sismógrafos.
sonda stream
26
de hidrofones
formando um corredor.
Direita
Campo magnético do ímã gera corrente
Figura 90 – Experimentos
Existem dois tipos de aparelhos: um inferior, Sub, está cheio de sensores que
são arrastados pela água por uma corda atrás do barco. Esse sistema opera em al-
ta frequência para atingir alta resolução vertical.
Barco de
Barco Fonte de som registro
sísmico Canhões de ar dos dados
Receptores de
Caixa som
coletora Hidrofones
In-Fólio/Cris Marcela
Reflexão
Bega, Egídio Alberto. Instrumentação industrial. Rio de Janeiro: Interciência – IBP, 2006.
Trabalhou na década de 1980 no laboratório da Labo Eletrõnica S/A, no setor de manutenção dos
minicomputadores de tecnologia Nixdorf/Labo.
Desde 1988 atuando na supervisão, treinamento e suporte técnico para empresas nos seguimen-
tos de: Informática, Telecomunicação, Eletrônica e Segurança.
Ministra aulas de Matemática há 10 anos em diversas escolas, sendo professor concursado da Se-
cretaria de Estado de Educação. Participou durante o período de 2004 a 2007, como professor de
diversas disciplinas, no Senai Euvaldo Lodi, por contrato, sendo efetivado em agosto de 2010. Foi
supervisor técnico do Banerj e do Banco Itaú na área de sistemas de ar condicionado e refrigera-
ção, durante o período de 1988 a 2002, tendo projetado diversos sistemas de ar condicionado pa-
ra as agências do Banerj. Atualmente é responsável técnico pelas empresas Multitec Ar Condicio-
nado Ltda. e MTS Comércio e Serviços Ltda. – ME.
Diana Neri
Coordenação Geral do Desenvolvimento dos Livros
i-Comunicação
Projeto Gráfico
Cris Marcela
Paula Moura
André Brito
Ilustrações
Grafitto
Produção Executiva
In-Fólio
Programação Visual, Edição e Produção Editorial