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Mito na antiguidade Grega (p.

35)

Na antiguidade Grega, e não somente nela, os mitos consistiam em explicações sobrenaturais para
fenômenos naturais tais como os relâmpagos e o nascer do sol. Todas as civilizações pré-científicas
produziram mitos. Os seres humanos produziam mitos na antiguidade para tornar o desconhecido
conhecido e assim não só diminuir o medo que vem do desconhecido, mas também obter algum
controle sobre os fenômenos que o rodeavam. Temos como exemplo disso o mito do deus grego
Zeus, ele era o responsável pelos relâmpagos. Os relâmpagos eram uma força desconhecida para os
gregos antigos, mas com o mito de Zeus eles se tornavam algo conhecido, eram as lanças que Zeus
jogava na terra para punir os mortais que o desagradaram. Com o mito de deus Zeus os gregos
antigos recuperam um pouco do controle sobre a sua vida, pois agora se quiserem evitar relâmpagos
basta fazer sacrifícios a Zeus em seu templo.

Na atualidade os mitos ganham outro sentido, a atualidade cria seus mitos transformando artistas,
atletas, políticos e sacerdotes em ídolos. Os ídolos são nossos heróis contemporâneos, da mesma
forma que Hércules era um herói para os gregos antigos. Quando as pessoas se tornam ídolos
começam atribuir a ela capacidades espetaculares, as vezes até mesmo poderes sobrenaturais, elas
deixam de ser vistas como pessoas comuns, torna-se especiais e estão acima dos outros porque tem
capacidades especiais. Não é preciso dizer que isso é apenas um exagero e que essas pessoas nada
possuem de sobrenatural.

Senso comum (p.31)

É possível pensar que já conhece suficientemente um determinado assunto, no entanto talvez esse
conhecimento tenha chegado pronto ao seu possuidor, ou seja, que ele não tenha sido analisado e
comprovado, mas simplesmente assimilado. Nesse caso o conhecimento em questão pode estar
baseado no senso comum.

O senso comum é uma forma de conhecimento que se caracteriza por ser compartilhado por um
grande número de pessoas, daí ser conhecido como “comum”. É transmitido de forma oral de uma
pessoa para outra e de geração para geração. Um exemplo conhecimento do senso comum são os
ditados populares. Todos nós somos capazes de pensar sobre nossas experiências e construir uma
visão de mundo com elas, isso constituí o senso comum, porém esse conhecimento é superficial,
não passa pela reflexão racional, muitas vezes apenas repete preconceitos sem fundamento.

O pensamento científico (p.41)

A ciência é uma forma de pensamento sistemática e metódica que cria conhecimento sobre os
fenômenos da natureza através da experimentação. A ciência é sistemática devido a sua
organização, ela procura relacionar as várias partes desse conhecimento seguindo uma linha de
raciocínio coerente. Ela é metódica porque segue um caminho previamente planejado para produzir
seus conhecimentos. Isso significa que antes de produzir um conhecimento científico é necessário
estudar o método que será utilizado. A ciência atual foi criada no século XVII um momento
histórico de grandes transformações no conhecimento, vários pensadores da época procuravam
novas formas de produzir conhecimentos. Um dos maiores representantes da época foi Galileu
Galilei, ele foi astrônomo, matemático e físico. Alguns dos acontecimentos que ocorreram a partir
do século XVII que contribuíram para essas transformações no conhecimento foram:

- Retomada de valores, ideias, textos e obras da Grécia antiga e de Roma na busca de uma
renovação artística e cultural através da valorização do ser humano (antropocentrismo) e do
pensamento.
- As grandes navegações, elas expandiram os territórios europeus, estabeleceram novas rotas
comerciais e possibilitaram o contato com outras civilizações.

- A Reforma protestante, segundo seus preceitos o lucro não era condenado, muito menos a prática
da usura (emprestar dinheiro a juros) o que era mais adequado à mentalidade da burguesia
capitalista. Vale ressaltar que ainda que o pensamento científico tenha se solidificado no século
XVII ele é resultado de um processo que se iniciou bem antes, remonta a Grécia antiga.

A ciência hoje – p. 50

- Os elementos que compõe a ciência moderna existem desde a antiguidade, mas se consolidaram
no século XVII. Até antes deste período específico a ciência fazia parte e estava contida dentro da
filosofia, porém a partir do século XVII, devido a criação do método científico, alguns ramos da
ciência se especializaram e se tornaram independentes da filosofia. As primeiras ciências foram, em
ordem de surgimento, a física, a química e a biologia.

- Posteriormente, na segunda metade do século XIX, o método científico, com adaptações, foi
aplicado aos fatos humanos o que levou a criação das ciências humanas e daí surgiram a história, a
sociologia e a psicologia.

- No século XX a forma como a ciência e seus resultados são pensados sofre uma transformação,
nesse período a ciência é vista como uma forma de conhecimento aberto, sempre aproximativo e
corrigível e não como o estabelecimento de verdades absolutas como era pensado no século XIX.

- O final do século XX foi marcado por intensas discussões filosóficas sobre o conhecimento
científico. No meio dessas discussões encontra-se o filósofo da ciência austríaco Paul Feyerabend
que em sua obra “Contra o método” defende o que ele chama de “anarquismo epistemológico”
segundo esse princípio a ciência não seria um processo organizado e metódico como pensam a
maioria das pessoas, na verdade a ciência progrediria de forma anárquica, sem regras definidas e a
única diretriz que não atrapalha seu progresso é aquela que afirma “tudo vale” no pensamento
científico. Para Feyerabend o fundamental no pensamento científico é a criatividade que seria
prejudicada se fosse adotado um único método.

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