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Métodos de ensaios não destrutivos para estruturas de

concreto
Sobre Concreto8 de março de 2010
Métodos não destrutivos contribuem para evitar danos à estrutura

Créditos: Engª. Giovana Medeiros – Assessora Técnico Comercial Itambé

Comumente, a inspeção e o diagnóstico do desempenho de estruturas de concreto armado estão


relacionados com ensaios de resistência à compressão em testemunhos extraídos da própria estrutura,
ou seja, ensaios destrutivos que danificam ou comprometem seu desempenho.

A utilização de ensaios não destrutivos passa a ser uma alternativa mais atraente, uma vez que os
métodos se modernizaram, aumentando a precisão de análise. As vantagens dos ensaios não destrutivos
são: proporcionar pouco ou nenhum dano à estrutura, serem aplicados com a estrutura em uso e permitir
que problemas possam ser detectados em estágio ainda inicial.

Na construção civil, as aplicações destes ensaios são para verificar as resistências à compressão,
localizar e detectar corrosão em armaduras do concreto armado e encontrar defeitos localizados como
rachaduras e vazios, dentre outros. Frequentemente assistimos a quedas de marquises, viadutos e outras
obras. Desta forma, a manutenção preventiva das estruturas é imprescindível, muito mais eficiente, com
baixos custos e permite maior vida útil.

De maneira geral, existem duas classes de métodos de ensaios não destrutivos para aplicação em
estruturas de concreto. A primeira consiste em métodos utilizados para estimar a resistência do material,
tais como ensaio de dureza superficial (esclerometria), resistência à penetração e método da maturidade.
A segunda classe inclui métodos que medem outras características e defeitos internos do concreto, por
meio de propagação de ondas e termografia infravermelha. Além destes métodos, existem ainda outros
que fornecem informações sobre armaduras para localizar barras, especificar seu diâmetro e o potencial
da corrosão.

Métodos de ensaios não destrutivos

Os métodos esclerométricos, segundo a NBR 7584/1995, fornecem informações sobre a dureza


superficial do concreto e devem ser empregados principalmente em circunstâncias onde haja averiguação
da uniformidade da dureza superficial do concreto, comparação de concretos com um referencial e
estimativa da resistência à compressão do concreto. Neste método, é muito importante a capacitação do
profissional que irá realizar os ensaios, para evitar erros e decisões precipitadas.

O método de resistência à penetração utiliza um penetrômetro Windsor, que por sua vez dispara um
pino contra o concreto. O comprimento do pino que fica exposto é uma medida da resistência à
penetração do concreto. Esta medida pode ser relacionada com sua resistência à compressão.

O método da maturidade permite uma estimativa da resistência do concreto, a partir do seu histórico


de tempo e temperatura. Sendo assim, é possível realizar o cálculo do tempo necessário para que
elementos estruturais sejam desmoldados após atingirem uma resistência suficiente às cargas
decorrentes do andamento da obra.
O método do ultrassom, segundo a NBR 8802/1994, determina a velocidade de propagação de ondas
longitudinais, obtidas por pulsos ultrassônicos, através de um componente de concreto. As principais
aplicações deste método são: verificar a homogeneidade do concreto; detectar eventuais falhas internas
de concretagem, profundidade de fissuras e outras imperfeições; e monitorar variações no concreto, ao
longo do tempo, decorrentes de agressividade do meio.

A termografia infravermelha constitui na percepção da temperatura superficial de um corpo pelo


mecanismo de transferência de calor (radiação), sendo possível detectar, com precisão, grandes defeitos
e delaminações no interior de estruturas de concreto.

Com o crescimento considerável da construção civil, novos materiais foram desenvolvidos e as


propriedades do concreto foram aprimoradas. Tecnologias mais avançadas por técnicas não-destrutivas
não têm sido utilizadas com a eficiência e frequência no campo do concreto. E a carência de
normalização nacional, que reflete no cenário tecnológico, faz com que a aplicação de ensaios não-
destrutivos na indústria da construção civil se torne cada vez menos frequente.

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