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PERSPECTIVA DE ANÁLISE.
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ABSTRACT
RESUMO
SUMÁRIO
4 - Considerações finais
Referências Bibliográficas
O crescimento acelerado dos "meninos de rua", visíveis nas ruas das cidades
de grande e médio porte constitui uma questão importante com que a
comunidade internacional se depara no limiar do século XXI. Embora este
problema esteja presente nos países mais desenvolvidos do mundo
industrializado, é particularmente mais preocupante nas Américas Central e do
Sul. Segundo estimativas do UNICEF há entre 25 e 40 milhões de crianças
"de rua" somente na América Latina.
Este fenômeno dos "meninos de rua", pode também ser entendido como um
dos elementos de um padrão social mais abrangente, da luta por parte dos
integrantes dos setores populares para terem acesso às suas necessidades
básicas. Vários estudos com crianças "de rua" na América Latina, ao longo
das últimas décadas, demonstram que elas vão para as ruas para trabalhar ou
ganhar dinheiro, porque não é suficiente a renda doméstica, ou porque não
têm outra alternativa. Estes estudos apontam para o fato de que parece faltar
uma compreensão clara de quem, de fato, são essas crianças. Nitidamente, o
conceito popular que tende a associá-las a violência, crime, drogas e a
ilegalidade em geral, vem se tornando mais forte. Contudo, pesquisadores
(Lusk, 1989 ; Rizzini et al 1986 ; Cheniaux, 1988) tem deixado claro que a
prática de atividades ilegais por parte dos meninos de rua não é uma
característica predominante. Na verdade as crianças envolvidas com
delinquência, como tática de sobrevivência são uma minoria (furtos, assaltos,
venda de drogas), embora seja a imagem deste subgrupo que se sobreponha ao
trabalho diário e às táticas de sobrevivência da maioria.
Nos anos 70 e mesmo no início da década de 80, no Brasil, não era tão obvio
quanto parece hoje, que o problema do "menor abandonado" fosse uma
conseqüência direta da política nacional de priorização do crescimento
econômico em detrimento do bem estar da população. Os anos 80 marcaram o
reconhecimento por parte da sociedade, de que a presença em massa de
crianças na rua refletia os resultados de uma política social excludente. E,
incluídos na pobreza absoluta, as crianças em situação de rua se situam "numa
concepção que consagra e justifica ações emergenciais ou de pronto
atendimento, em oposição a noção de pobreza relativa ou de desigualdade
social, que requer ações planejadas, sistemáticas e
continuadas."(Pereira,1993 , r. 2)
3.1 A heterogeneidade.
Apesar da propaganda oficial, reforçada pela mídia, fazer alarde em torno dos
pequenos negócios como sendo capazes de resolver todos os problemas
relacionados ao desemprego crescente, não esclarece os riscos inerentes aos
pequenos e médios empreendimentos. Escamoteiam a verdade, pois nem os
trabalhadores adultos da informalidade estão por opção nestas atividades. É
uma falácia esta felicidade geral dos "patrões de si mesmos"; se pudessem
escolher tanto as crianças como os adultos prefeririam empregos estáveis, e se
possível bem remunerados.
4 Considerações finais.
Referências Bibliográficas