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Introdução
Esse trabalho tem por objetivo fazer a análise das medições de vibrações que foram feitas em
um estudo da transmissibilidade da vibração no corpo humano na direção vertical e
desenvolvimento de um modelo biodinâmico de quatro graus de liberdade que foram realizados
por ANAFLOR (2003).
As medições foram realizadas no corpo humano com o objetivo de obter a transmissibilidade da
vibração no corpo em relação a um banco de assento de um veículo. Sabe-se que os estudos da
transmissibilidade de vibrações no corpo são de extrema importância para evitar que ocorra
ressonância, acontece quando a frequência de excitação se iguala a frequência do corpo. As
medições foram realizadas com micro acelerômetros uniaxiais e um acelerômetro uniaxial.
O acelerômetro é um instrumento que mede a aceleração de um corpo vibratório. Acelerômetros
são amplamente usados para medir vibração e para registrar terremotos (RAO,2008).
Os acelerômetros utilizados utilizam transdutores piezoelétricos, é um dispositivo que
transforma valores de variáveis físicas em sinais elétricos equivalentes, para medir o
deslocamento da massa de prova. Esses tipos de acelerômetros apresentam uma larga banda,
apresentando respostas em frequências de 1 Hz até 200 kHz. Os micro acelerômetros
apresentam peso leve (0,4 g) efetivamente elimina os efeitos de carregamento de massa.
O acelerômetro, sensor de vibração, é um instrumento que consiste em um sistema massa-
mola-amortecedor. O princípio físico é da 2ª lei de Newton(F=ma), associando o deslocamento
da massa, que estará fixa no corpo vibratório, é possível obter as acelerações do movimento do
deslocamento da massa e do deslocamento da base.
Diante do que já foi abordado durante o semestre, é possível montar a equação do movimento
da modelagem de acelerômetro, usando também o deslocamento relativo ( z=x− y ), que está
representada abaixo.
Figura 1- Modelagem de um Acelerômetro Equação do movimento→ m z̈ +c ż + kz=F
Sabendo que a força aplicada ao sistema é: F=Y cos(wt ), utilizando a resposta permanente
para o sistema e substituindo na equação do movimento, pode-se chegar na equação da
transmissibilidade, razão entre a amplitude da resposta e a amplitude de excitação. Que neste
caso é uma razão entre as acelerações.
w n2 Z 1
Equação da transmissibilidade → 2
=
w Y 2 2
√( 1−r ) ++(2 εr)
2
Metodologia de medição
As medições foram realizadas com cinco pessoas, antes da medição de vibrações foram
realizadas medições da massa total, massa de cada individuo na posição sentada e ereta.
As medições foram realizadas com o individuo sentado, utilizando o encosto do banco. Os
participantes foram expostos a uma vibração sinusoidal na direção vertical nas frequências de
10,2-11,6-16,1 e 20,3 Hz.
As medições foram realizadas em cinco pontos, sendo quatro delas realizadas com o micro
acelerômetro: na cabeça, sobre o ombro, sobre a espinha ilíaca anteroposterior, na interface
entre o banco e o assento; e uma delas com o acelerômetro: na base do banco. Como mostra a
figura abaixo.
Figura 3- Pontos de medições
A fixação dos acelerômetros foi feita de forma cuidadosa na direção de interesse de medição
(direção z).
A magnitude da aceleração do r.m.s nas medições em momento algum ultrapassou um Valor
dose de vibração (VDV)de 7 m/s 1,75, seguindo assim os critérios da norma ISSO 2631-1997;
essa norma determina os limites da exposição humana a vibrações de corpo inteiro para a saúde,
em relação aos seus limites inferiores e superiores na zona de cuidado é de 8,5 e 17,5 m/s 1,75,
respectivamente; seguindo também a norma BS 7085(1989), essa norma recomenda que caso o
VDV seja maior que 15 m/s 1,75,será necessário o acompanhamento médico durante os ensaios.
Resultados e Conclusões
Depois da realização das medições foram analisadas quatro transmissibilidades (entre assento-
piso, pélvis-assento, ombro-assento e cabeça-assento) para todos os cinco indivíduos. Os
resultados podem ser analisados nos gráficos abaixo, em que cada curva representa um
indivíduo.
Gráfico 1- assento-Piso Gráfico 1- assento- Pélvis
Um outro ponto relevante é que a transmissibilidade entre assento-piso era quase sempre maior
do que um e nos gráficos seguintes houve uma atenuação gradual da transmissibilidade da
vibração. Foi levantada a hipótese que a estrutura da coluna e dos órgãos internos funcionou
como um amortecedor e atenuou parte da magnitude da transmissibilidade.
Importante ressaltar que todo o grupo foi exposto ao mesmo sinal de vibração e de mesma
magnitude e frequência e mesmo assim o corpo de cada individuo alguns valores bem destintos
dos demais como pode ser percebido nos gráficos anteriores.
Referências