EMPREENDER

PARA INOVAR

SISTEMA NACIONAL DE INOVAÇÃO
Você já deve ter ouvido falar que vivemos em um contexto da
economia baseada no Conhecimento! Isso mesmo, em mundo
de tanta informação, o conhecimento se transformou no
principal insumo para o processo de inovação.
Nesse contexto, você, pesquisador(a), é visto como ator central,
uma vez que, além de pesquisa e ensino, assume o papel de
empreendedor e é chamado para atuar ativamente no
desenvolvimento econômico regional, por meio da criação e
transferência de conhecimento científico e tecnológico aplicado
e, consequentemente, inovação (ETZKOWITZ; LEYDESDORFF,
1997; ETZKOWITZ, 1998; ETZKOWITZ et al., 2000).
As principais formas de transferência de tecnologia são:
licenciamento, geração de uma nova empresa para explorar a
tecnologia desenvolvida (spin-off acadêmica) e a inserção de
mestres e doutores em empresas já constituídas no mercado.
Então pesquisador(a), saiba que a sua pesquisa é fundamental para
o desenvolvimento econômico e social do nosso país. Por isso o
Catalisa ICT preparou essa capacitação, para provocar um processo
de reflexão e lhe dar ferramentas para assumir essa missão
empreendedora. Ser empreendedor não é necessariamente gerar
uma empresa, mas fazer com que a sua pesquisa se torne em um
produto ou processo inovador e seja transferido para a sociedade.
Ou até mesmo, que o seu conhecimento possa aumentar a
competitividade de empresas já consolidadas, gerando maior bem-
estar social.
Contudo, tornar-se empreendedor, é um desafio complexo, não
acontece de um dia para outro. Por isso, muitos países, inclusive o
Brasil, têm se articulado para tentar criar uma infraestrutura para
apoiar esse processo de transformação no papel das universidades e
instituições de ciência e tecnologia (ICTs).

Imagem 4: Modelo da Hélice Tríplice
Fonte: Adaptado de Etzkowitz e
Leydesdorff (2000, p. 111)
EMPREENDER
PARA INOVAR
Essa infraestrutura de apoio à inovação tem sido chamada de Hélice Tríplice (Imagem
4), um modelo de sistema nacional de inovação que coloca a universidade como
indutora das relações entre empresas e governos. Este modelo pressupõe um sistema
de sobreposição mais flexível, que consiste numa infraestrutura de conhecimento, com
cada um interagindo com o papel do outro e com organizações híbridas que emergem
em relação às interfaces.
Essas organizações híbridas e redes trilaterais, normalmente estimulados por políticas
públicas de apoio à inovação, têm o objetivo de ajudar você nesse processo.
Provavelmente você já deve ter ouvido falar em Núcleos de Inovação Tecnológica,
Incubadoras de Empresas, Parques Tecnológicos, entre outros. Todos essas inciativas,
assim como o próprio Sebrae, são exemplos de organizações híbridas e redes
trilaterais que surgem da intersecção entre as três esferas (governos, universidades e
empresas) – ou incorporam um novo papel – para dar suporte a este sistema. A
imagem 5 apresenta o Mapa do Sistema Brasileiro de Inovação.
 EMPREENDEDORISMO
ACADÊMICO

Imagem 5: Mapa do Sistema

Brasileiro de Inovação
Fonte: Extraído de Anpei (2017)

Um dos principais marcos do sistema brasileiro de inovação foi a
criação da Lei de Inovação em 2004 (BRASIL, 2004). O
estabelecimento dessa lei levou à obrigatoriedade de criação, ou
dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) nas instituições
públicas de pesquisa . E, também, estimulou a criação de
ambientes de inovação dentro das ICTs. Atualmente, o Marco
Legal da Inovação (BRASIL, 2016) é o principal instrumento legal
de apoio à inovação no país.
NÚCLEOS DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
Os NITs surgem com a função inicial e primordial de zelar pelo
conhecimento e gerir a Propriedade Intelectual produzida nas ICTs.
Sendo assim, é o mecanismo institucional responsável pela
transferência de conhecimento e de tecnologia (PARANHOS;
CATALDO; PINTO, 2017). Então, caso você, pesquisador(a), queira
interagir com alguma empresa ou gerar uma spin-off, é
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PARA INOVAR
cogente que procure o NIT da sua instituição e conheça a política de
inovação interna. Além disso, antes de divulgar a sua tecnologia,
verifique com o NIT quais os cuidados necessários.
AMBIENTES DE INOVAÇÃO
É muito provável que a sua ICT tenha uma incubadora de empresas
ou, até mesmo, um parque tecnológico. Esses ambientes são
responsáveis por disseminar o empreendedorismo e estimular a
criação empresas inovadoras, que utilizam o conhecimento científico
e tecnológico como insumo principal do processo de produção.
Então se você quer abrir uma empresa, verifique se a sua instituição
possui incubadora de empresas.
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PARA INOVAR

INTERAÇÃO WORLDLABS

Faça uma pesquisa na sua instituição, identifique se ela possui NIT e ambientes de
inovação. Acesse o grupo Catalisa ICT - Ciclo 1 - Etapa 1, na Comunidade Catalisa da
WorldLabs (www.worldlabs.org) e compartilhe o site desses ambientes no Fórum do
grupo. Aproveite para trocar uma ideia sobre a política de inovação da sua instituição,
respondendo a pergunta também no Fórum do grupo:

Ø Como a política de inovação da minha instituição contribui para eu empreender?