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Síntese de Materiais Poliméricos - Baquelite

Bruno Spanhol Utzig, Gabriel Andrade Carvalho, Gian Lucas Schenatto dos Santos, Guilherme
Giovane Scholer, Igor Felipe Alves, Vinicius Quadros Reis.
Curso de Engenharia Civil, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Campus Toledo,
85902-490 - Toledo/Paraná/Brasil.

Resumo

O baquelite é um polímero de forma condensada criada sinteticamente no ano de 1909


pelo químico Belga Leo Baekeland. É formado pela combinação de fenol (C6H5OH) e
formaldeído (HCHO), que são dispostos sob calor e pressão em sua formação. A utilização deste
material polimérico estava voltada na época para a fabricação de utensílios como: louças de
cozinha, telefone, tomadas elétricas, entre outros, pois possui propriedades de resistência ao
calor e isolamento. O material ao ser aquecido assume propriedades sólidas cristalinas, é
originado o plástico termofixo, na qual suas propriedades não podem ser alteradas ou modeladas
após a obtenção do material polimérico.

Palavras-Chaves: Baquelite, Polímero, Termofixo.

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1. Introdução

A palavra polímero é utilizada para classificar moléculas orgânicas formadas por um grande
número de unidades moleculares repetidas, denominadas meros. O termo polímero vem do
grego e quer dizer "muitas partes" [1].

Estes materiais podem ser divididos em três grupos gerais: termofixos, termoplásticos e
elastômeros. Daremos mais ênfase nos materiais do tipo termofixo, que são aqueles que se
tornam plásticos, ou seja, amolecem, por meio de calor, sofrem transformação química em sua
estrutura e, ao endurecerem, adquirem a forma do molde na qual foram moldados, não podendo
mais ser amolecidos. Se forem reaquecidos nas temperaturas de processamento eles não
readquirirão a plasticidade [2].

A baquelite é um material polimérico do grupo dos termofixos, sendo uma resina sintética,
quimicamente estável e resistente ao calor. É obtido pela condensação do fenol com o
formaldeído, formando um polímero chamado polifenol, que é popularmente chamada de
baquelite. No primeiro estágio da reação, forma-se um polímero predominantemente linear, de
massa molecular relativamente baixa. A reação, no entanto, prossegue, dando origem ao
material. Os polímeros de condensação são formados, geralmente, pela reação entre dois
monômeros diferentes, com a eliminação de algum subproduto, no caso do baquelite, água [3].

1
brunohsutzig@hotmail.com, gabriel_ancarvalho@hotmail.com, Gian,
guihermegiovane.s@hotmail.com, igor_felipe1@hotmail.com, viniciusqreis@hotmail.com
A reação de formação do polímero Baquelite é expressa na figura abaixo. Na figura 1 é
expresso o mero formador do polímero em questão.

É comum a utilização de alguns ácidos em reações que formam polímeros, pois eles agem
como agentes catalisadores da reação, ou seja, fazem com que essa ocorra de forma mais rápida
e eficaz. Um processo que poderia levar algumas horas tem seu tempo reduzido com a utilização
dos mesmos [2].

2. Procedimentos

2.1. Materiais e Reagentes

Materiais Reagentes
1 Funil Água, Etanol
1 Proveta de 25 mL Ácido clorídrico
Bastão de vidro Fenol
Béquer 100 mL Formaldeído a 37%

(Tabela 1)

2.2. Procedimento Experimental

Dando início ao experimento, primeiramente pegamos o béquer de 100 mL e adicionamos


7,5 ml de formaldeído a 37% em solução aquosa. Posteriormente, dissolvemos 2,5g de fenol
nessa solução e adicionamos lentamente e cuidadosamente 5 mL de HCl, agitando com bastão
de vidro. Prosseguindo com a agitação, anotamos o que aconteceu no sistema e observamos a
formação de um polímero.

Após a formação do polímero, o lavamos e deixamos secar, anotando suas características.


Por fim, testamos sua solubilidade em água, etanol e clorofórmio.
2
3. Resultados e Discussões

A mistura dos reagentes formaldeído, fenol e ácido clorídrico, resultou na formação do


produto denominado Baquelite, polímero termofixo de cor rosada e de estrutura física rígida.

1. Solubilidade em Água
O polímero não apresentou mudanças na estrutura física obtida. A cor inicialmente
obtida na formação do produto permaneceu inalterada.

2. Solubilidade em Etanol
O polímero apresentou pequenas mudanças estruturais. Teve a coloração inicial
alterada, (a cor inicialmente rosada apresentou pequenas manchas brancas na camada
superficial do produto), a viscosidade tornou-se mais perceptível, o polímero não
amoleceu, porém começou a degradar-se com o tempo (produto quebradiço) [6].

O produto formado a partir da polimerização de condensação entre um aldeído e um álcool


fez surgir o Baquelite em questão. Ele apresentou coloração rósea devido à oxidação de álcool
fenol, que inicialmente era incolor.

Os polímeros tridimensionais conhecidos como termofixos, apresentam propriedades físicas


rígidas ao serem aquecidos, por isso não se é possível os mesmos readquirirem as características
antigas após a sua formação. Por isso a modelagem desse tipo de polímero deve ser realizada
antes do ponto final de formação do produto. Isso explica as suas características de
insolubilidade e de não poder ser fundido (não amolecem com o aquecimento progressivo).

No experimento realizado a reação exotérmica esta presente. Ocorre liberação de calor para
o ambiente, isso se da devido ao rearranjo das moléculas para a formação do produto final. Esta
etapa por sua vez é acelerada devido à presença do acido clorídrico que age como sendo um
catalisador da reação química.

4. Conclusão
Com o presente estudo, verificou-se que misturando os reagentes: formaldeído, fenol e
ácido clorídrico, ocorreram à formação de um polímero de cor rosada. O polímero em questão é
o baquelite, que, depois de ocorrida a reação, torna-se rígido e não maleável, sendo impossível
voltar a ser reamolecido, por mais que o aqueça na mesma temperatura de processamento, assim
o resultante da reação não possui características plásticas. O baquelite foi e ainda permanece
sendo um importante polímero da humanidade, pois suas propriedades de resistência ao calor e
isolamento térmico ajudam na utilização do material para a formação de vários utensílios para o
homem como rádios, telefones, interruptores de tomadas e outros. Também foi utilizada na
produção de câmeras fotografias, bolas de bilhar, panelas, entre outros.

3
Referências

[1] ATKINS, Peter e JONES, Loreta. Princípios de Química: questionando a vida moderna e
o meio ambiente. Porto Alegre: Bookman, 2001.
[2] RUSHING, R.A., THOMPSON, C., CASSIDY, P.E., J. Applied Polymer Science, v. 53, pp.
1211-1219, 1994.
[3] http://educar.sc.usp.br/licenciatura/2003/quimica/paginahtml/polimeros7.htm. Acesso em
26/01/2014
[4] http://www.unirio.br/laqam/organica/aula_7.pdf
[5] http://torresnetworking.com/Sociesc/apostila_materiais_polimericos.pdf. Acesso em
26/01/2014.
[6] http://www.fem.unicamp.br/~assump/Projetos/2010/g5. Acesso em 02/02/2014

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